terça-feira, 14 de agosto de 2018

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O Google rastreia onde você esteve mesmo com o Histórico de Localização desativado

Posted: 13 Aug 2018 02:59 PM PDT

Quando um usuário opta por pausar o rastreamento de dados de localização do Google na opção "Histórico de Localização", a gigante das buscas continua coletando e armazenando informações desse tipo. É quase um truque de ilusionismo, suficiente para fazer quem se preocupa com segurança e privacidade tomar medidas mais drásticas.

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Seguindo um post de K. Shankari, pesquisador da Universidade de Berkeley, a Associated Press decidiu verificar o que é exatamente preciso fazer para desativar a gravação do seu histórico de localização ao usar produtos do Google. A agência de notícias descobriu que os controles de usuários podem ser bem confusos, se você não estiver prestando atenção.

Todos os apps do Google têm uma opção para desativar o rastreamento e o armazenamento dos seus dados de localização de um jeito ou de outro. Você pode entrar em um labirinto de dados próprios, histórico de buscas, configurações de anúncios e mais coisas no hub de gerenciamento de controles de privacidade.

O jeito mais fácil de ajustar as preferências de localização é ir aos controles de atividade usando um navegador — pode ser em um computador ou um em celular. Você verá vários tipos de rastreamentos de atividade com botões liga/desliga. Um deles é o "Histórico de Localização". Aparentemente, essa deveria ser a configuração óbvia para quem quer que o Google pare de lembrar as vezes que seguiu seus movimentos pelo mundo.

Mas isso não é o suficiente. Baseado na categoria e na descrição, é totalmente compreensível que alguém acredite que desligar isso seja o suficiente para proteger suas informações de localização. De fato, a página de suporte do Google para o Histórico de Localização diz exatamente isso: "Com o Histórico de Localização desativado, os lugares que você frequenta não são mais armazenados."

Na verdade, não é bem isso o que acontece. Essa configuração só faz com que o Google pare de colocar seus dados de localização em uma linha do tempo visual, baseada nas suas interações com serviços. Para fazer a empresa parar de armazenar lugares em que você esteve ao usar seus vários aplicativos, você precisa pausar a configuração chamada "Atividade na Web e de Apps".

A descrição dessa preferência poderia fazer você acreditar que ela tem mais a ver com resultados de busca personalizados. No entanto, a mesma opção também controla o rastreamento de dados de localização que, associados com algumas buscas, podem mostrar propagandas mais precisas quando você procura alguma coisa como "cookies de chocolate".

Você pode encontrar aqui para ver instruções detalhadas sobre como deletar o histórico completo armazenado pelo Google. Depois de ir em "Minha atividade" e "Excluir atividade por", o processo é bem auto-explicativo.

A AP procurou Jonathan Mayer, cientista da computação formado em Princeton e ex-chefe de tecnologia do escritório executivo da FCC (equivalente da Anatel nos EUA), para se certificar que seu entendimento sobre as práticas do Google estava correto. Mayer colocou um de seus pesquisadores de pós-doutorado, Gunes Acar, para andar por diversos lugares de Nova York levando consigo um telefone com o Histórico de Localização pausado. Depois disso, ele subiu um mapa das atividades que foram registradas.

Mayer disse à AP que acha que o que o Google está fazendo é errado. "Se você permite que o usuário desative uma coisa chamada 'Histórico de Localização', isso deveria desligar todas as coisas que registram um histórico de localização."

Mas a verdade é que uma análise de pesquisadores de Princeton e evidências diretas não são tão necessárias. O próprio Google admite que é assim mesmo que o sistema funciona. Um porta-voz declarou à AP:

Há diversas maneiras diferentes pelas quais o Google pode usar a localização para melhorar a experiência do usuário, incluindo o Histórico de Localização, a Atividade na Web e de Apps e, no nível do dispositivo, os Serviços de Localização. Nós fornecemos descrições claras e controles robustos sobre essas ferramentas. Assim, as pessoas podem ligar ou desligar, bem como deletar seus históricos a qualquer momento.

"Descrições claras" e "controles robustos" são as frases centrais aqui. O Google tem um monte de controles, menus, explicações, pop-ups, termos de serviços e políticas de privacidade ao longo de todos os seus produtos. É objetivamente confuso.

Quando eu fiz uma revisão do que o Google estava coletando sobre nós e tentei desativar todo o histórico de localização usando um iPhone, minha experiência foi bem diferente daquela da AP.

Eles receberam um pop-up em que se lê "Nenhum dos seus apps do Google vai poder armazenar dados de localização no Histórico de Localização" — uma mensagem sorrateira, que é tecnicamente verídica.

Nós vimos um aviso mais longo, que era levemente mais claro sobre as intenções do Google de continuar coletando dados de localização. Pode ser simplesmente porque nós acessamos os controles por um método diferente do que a AP usou em seus testes. Mas a questão continua: isso não deveria ser tão confuso.

Procurado sobre o assunto, o Google mandou a seguinte declaração ao Gizmodo:

O Histórico de Localização é um produto do Google que é inteiramente opcional, e os usuários têm controles para editar e apagar as informações ou desligá-lo a qualquer momento. Como nota a matéria, nós garantimos que os usuários do recurso saibam que, ao desativar o produto, nós continuamos usando a localização para aprimorar a experiência com o Google ao fazer coisas como buscas ou rotas.

Não é uma descoberta pioneira, feita por uma delação ou uma denúncia. É basicamente uma prática que estava escondida bem diante de nossos olhos. Bastava prestar mais atenção, e quase ninguém fazia isso. E, convenhamos, não deveria ser necessário ficar tão atento assim.

Imagem do topo: Getty

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Este robô que amarra cadarços foi construído por estudantes com orçamento de apenas US$ 600

Posted: 13 Aug 2018 02:05 PM PDT

Com um orçamento de apenas US$ 600 — uma mixaria perto do custo de desenvolvimento de robôs como o ATLAS —, estudantes da Faculdade de Engenharia da Universidade da Califórnia em Davis criaram uma máquina capaz de amarrar os cadarços de um sapato sozinha.

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Depois de dominar a habilidade aos cinco anos de idade, você provavelmente não pensou muito mais sobre o intrincado balé de dedos e laços que é executado cada vez que você amarra os sapatos. Mas, na realidade, é um processo complicado. O que torna a máquina desses estudantes de engenharia ainda mais impressionante é que ela é alimentada por apenas dois motores, contando com uma série de engrenagens e hastes móveis para pegar e mover um par de cadarços.

O robô não é exatamente rápido, e é duvidoso que alguém vá querer essa engenhoca do lado da porta só para evitar se agachar para amarrar os sapatos. Mas imagine o que esses estudantes seriam capazes de criar com um orçamento muito maior — a Nike poderia não ter mais o monopólio dos tênis que se amarram sozinhos.

[YouTube via IEEE Spectrum, Reddit]

Imagem do topo: Reprodução

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Record entra na guerra do streaming no Brasil com a plataforma PlayPlus

Posted: 13 Aug 2018 01:52 PM PDT

A maioria das empresas de mídia está entrando na onda do streaming, seja disponibilizando seus conteúdos em plataformas que já existem ou criando suas próprias opções. A última a entrar nessa foi a Record, com a plataforma PlayPlus.

A companhia define o PlayPlus como um serviço de streaming e um marketplace. Vai funcionar assim: serão três opções de planos: gratuito (plano play), R$ 12,90 (plano play plus) e R$ 32,80 (plano play plus + esportes).

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O primeiro basicamente dá acesso à programação ao vivo dos canais da TV Record (o que inclui os canais de notícia e de praças da TV Record em diferentes estados).

O segundo conta com conteúdos originais da plataforma (como um programa sobre eleições e outros de variedades com artistas da Record), conteúdos para o público infantil da PlayKids, séries da rede e licenciadas (como Chicago PD e Heroes), além de parte do acervo histórico da emissora — o que inclui episódios da Família Trapo, Especial Elis Regina e Programa Flavio Cavalcanti (alguns conteúdos, inclusive, são alvo de batalhas judiciais). Até aí é um sistema de streaming como os que já conhecemos.

O terceiro item, mais caro, entra no que a empresa chama de marketplace. Isso porque a plataforma oferecerá conteúdos de parceiros — no caso, acesso a todos os canais ESPN com o acréscimo de R$ 19,90 no valor inicial de assinatura, somando R$ 32,80. Há quem diga que essa parceria com a ESPN e com a PlayKids seja uma forma de a emissora cobrir uma lacuna na área esportiva e na programação infantil.

O Grupo Record informou que trata-se de uma plataforma aberta. Portanto, com o tempo, é possível que haja outros pacotes como esse da ESPN, mas com outros tipos de conteúdos.

O PlayPlus vai começar a funcionar nesta terça-feira (14). A plataforma vai ser acessível via web e contará com apps para Android e iOS. O primeiro mês de quem utilizar a plataforma é gratuito.

O Grupo Record entra num mercado que já conta com a Netflix, Amazon Prime Video e Looke, além das opções específicas de canais, como o Globoplay ou o HBO Go, para citar algumas opções. A companhia informa que a adoção da estratégia de oferecer streaming e ser um marketplace tem relação com a redução no número de adeptos de TV por assinatura.

Vai ser interessante notar como será a adoção do PlayPlus em meio a tantos outros concorrentes. De modo geral, é o bom conteúdo que leva as pessoas para a plataforma X ou Y. Veremos com o tempo como a Record vai se sair nessa nova área de atuação. Por ora, pode ser uma boa para quem gosta de esporte, para quem gosta da programação da emissora ou simplesmente para quem quiser dar uma variada no entretenimento infantil, com outras opções que não sejam a Galinha Pintadinha.

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Briga política entre estranhos no Facebook acaba em tiro na bunda na Flórida

Posted: 13 Aug 2018 12:27 PM PDT

Discussões políticas online são sempre perigosas. Mas uma recente disputa no Facebook entre dois estranhos na Flórida levou a um tiro na bunda. Brian Sebring, de 44 anos, enfrenta acusações criminais depois de decidir levar uma briga nas redes para o mundo offline.

“Eu fui ao fundo do poço”, ele disse ao Tampa Bay Times. “Não estava pensando direito. Você sabe, depois disso vou para um terapeuta ou algo assim, cara, porque é assustador que eu possa perder a cabeça desse jeito e fazer algo tão estúpido.”

Tampa Bay Times noticia que a briga provavelmente começou quando Sebring comentou em um post de um amigo sobre Donald Trump, que desde então foi removido.

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Sebring disse ao jornal que respondeu a um homem chamado Alex Stephens, que postou que queria expressar sua opinião, apesar de ter perdido o direito de votar, depois de ser condenado por acusações de crimes. Sebring teria respondido dizendo que alguém que quer expressar uma opinião não deveria cometer crimes.

Segundo Sebring, Stephens, então, lhe enviou mensagens privadas com ameaças, inclusive contra a família de Sebring. Stephens, de 46 anos, esteve preso por acusações que incluíam posse de drogas e roubo.

Sebring também tem ficha criminal. Ele foi preso e se declarou culpado de acusações de lesão corporal. Sebring frequentou aulas de controle de raiva e manteve seu direito a voto.

Tampa Bay Times revisou capturas de tela da conversa entre Sebring e Stephens, em que Sebring disse: “Cara, vou descarregar uma 5.56 na sua cara” e “Você realmente quer que eu vá para sua casa”.

Brian Sebring (à esquerda) é acusado de atirar em Alex Stephens (à direita). Imagem: Hillsborough County Sheriff’s Office

Sebring afirmou que saiu do trabalho mais cedo na segunda-feira passada (6), dirigiu em direção à casa em que mora com sua mãe, sua esposa e seus filhos e pegou um fuzil AR-15 e a pistola de sua mulher. Então, ele dirigiu até a casa de Stephens. “Eu surtei e deixei uma raiva primitiva assumir o controle”, contou ao jornal.

Stephens disse ao Gizmodo que Sebring o ameaçou de morte e afirmou que ele não havia ameaçado a família de Sebring. “Eu não faço isso”, escreveu Stephens em uma mensagem de Facebook para o Gizmodo. “É, eu disse para ele vir até minha casa… para lutar! Não para uma batalha armada. Sou o tipo de cara que sai na mão, não com Glocks e AR-15.”

De acordo com Sebring, Stephens saiu da casa e foi para cima dele. “Parecia que ele estava segurando uma faca de cozinha na mão, e eu me assustei”, contou ao Tampa Bay Times. “Quando atirei nele, ele largou a faca e correu de volta para dentro da casa.” Stephens levou tiros nas nádegas e na coxa.

O porta-voz da polícia Steve Hegarty disse ao jornal que nenhum dos homens mencionou uma faca em seus relatos iniciais. Stephens disse ao Gizmodo que não partiu para cima de Sebring com uma faca. “Não mesmo”, ele afirmou.

Stephens também forneceu ao Gizmodo uma captura de tela de uma conversa de Facebook, em que Sebring se gaba de ter atirado nele. Um usuário do Facebook que participou da conversa, cuja identidade concordamos em não publicar, confirmou a autenticidade das afirmações de Sebring. Este, por sua vez, não respondeu a nosso pedido por comentários.

Captura de tela: Alex Stephens (Usada com permissão)

Em sua entrevista para o Tampa Bay Times, Sebring mostrou mais remorso. “Arruinei a minha vida por causa disso. Agora minha mãe está com medo de sair de casa, meus filhos estão com medo de ir andando até a escola ou a igreja, tudo por causa de uns gângsters de teclado.”

Agora, Sebring encara acusações de porte de arma oculta e de lesão corporal com agravante de arma mortal. Em breve, ele pode perder seu direito ao voto.

[Tampa Bay Times]

Imagem do topo: Getty

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Os patinetes elétricos estão vindo aí e já começam a aparecer por São Paulo

Posted: 13 Aug 2018 11:38 AM PDT

São Paulo deve ter, em breve, outro tipo de veículo circulando pelas vias da cidade e disputando a preferência dos consumidores. O Estadão falou com três startups que estão em fase de testes para oferecer o aluguel de patinetes elétricos na cidade, em moldes parecidos aos serviços de bicicletas já disponíveis nas metrópoles brasileiras.

Ride e Scoo são empresas voltadas especificamente para o setor. A terceira é a Yellow, de dois fundadores da 99, que oferece bicicletas sem que seja necessário devolvê-las em estações, como acontece com o Bike Sampa e o CicloSampa, patrocinados por Itaú e Bradesco Seguros, respectivamente.

Novo serviço colocará 20 mil bikes nas ruas de São Paulo sem pontos fixos

Os serviços pioneiros provavelmente enfrentarão um vácuo de regulamentação. Ouvida pelo Estadão, a Prefeitura de São Paulo "diz não ter previsão para regulamentar a atividade". As leis de trânsito permitem que patinetes elétricos rodem em ciclovias ou calçadas, com velocidades máximas de 20 km/h e 6 km/h, respectivamente.

Nos EUA, o serviço já é oferecido por empresas como Bird e Lime. A primeira já é um “unicórnio”, nome dado às startups que atingem US$ 1 bilhão em valor de mercado. Já a Lime recebeu um aporte de US$ 335 milhões do Uber.

Lá, houve ainda outro tipo de problema: os patinetes começaram a se acumular em calçadas. A questão se tornou tão séria que a prefeitura de San Francisco, na Califórnia, mandou recolher todos os veículos em junho.

Além disso, há questões sobre a viabilidade econômica do negócio. Alugar patinetes elétricos pode não ser tão simples quanto alugar bicicletas, pois há outros custos envolvidos, como recarregar as baterias dos veículos. E o preço precisa ser competitivo para atrair quem hoje usa ônibus, metrô, bike, aplicativos de transporte ou simplesmente anda a pé.

Na tabela de preços do app da Yellow, o serviço (com um "em breve" de aviso) custa R$ 8 para desbloquear mais R$ 2 a cada 30 minutos de uso. Segundo o G1, na Scoo, há uma cobrança de R$ 1 para destravar mais R$0,25 por minutos de uso — ela começou a operar neste sábado e não vai cobrar até o dia 31; quem quiser testar o serviço pode se cadastrar. Já a Ride, que promete começar a operar no mês que vem, cobrará R$ 2,50 para destravar e R$ 0,50 por minuto. É o preço que se paga para não ter o esforço de pedalar ou andar.

[Estadão, G1]

Imagem do topo: Ride/Divulgação

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Guerra da Nintendo à pirataria desativa um dos sites mais antigos de emulador

Posted: 13 Aug 2018 09:45 AM PDT

A Nintendo tocou o terror em sites que ofereciam emuladores de jogos retrô. A companhia entrou com uma ação judicial contra os sites LoveRetro e LoveRoms, que ofereciam emuladores de jogos da Sega, Sony, Atari e da própria Nintendo.

Na ação, a companhia pediu US$ 150 mil (R$ 584 mil) para cada jogo da Nintendo, além de US$ 2 milhões (R$ 7,8 milhões) por cada marca registrada infringida.

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A iniciativa assustou um dos serviços mais antigos de emulador, o EmuParadise. Ativo há 18 anos, o site deixará de oferecer downloads de games antigos: “fazemos o EmuParadise por amor aos jogos retrô e para permitir que você revisite essa época boa. Infelizmente, não será possível fazer isso de uma forma que deixe todos felizes e nos mantenha longe de problemas”, escreveu o fundador MasJ.

Na ação judicial, a Nintendo descreveu que a LoveRetro e a LoveRom “foram desenvolvidos quase que completamente se valendo da violação dos direitos de propriedade intelectual” e acusou os sites de “traficar cópias ilegais” de seus jogos, além de usar marcas registradas em autorização.

O discurso agressivo da empresa japonesa acendeu o alerta nos sites e serviços que oferecem emuladores, mas não deve cessar a disponibilidade. Como bem apontou o pessoal do TorrentFreak, as ROMs de jogos retrô não parecem causar muitos danos financeiros às desenvolvedoras. São títulos antigos, que rodam em consoles obsoletos e já geraram lucro o suficiente para cobrir os custos de produção milhares de vezes.

Não se pode negar que a Nintendo produziu alguns dos melhores jogos de todos os tempos, com títulos como Super Mario 64, que garantiu um lugar na história por ser inovador e absolutamente mágico. Mas apesar de sua incrível habilidade trazer emoções aos gamers de uma forma que nenhuma outra desenvolvedora consegue, a Nintendo parece subestimar as emoções que os gamers retrô sentem todas as vezes que param para jogar.

A iniciativa da Nintendo provavelmente está relacionada ao serviço de assinatura que deve ser lançado em setembro para o console Switch. Um dos benefícios dessa assinatura será o acesso a alguns dos títulos retrô da companhia – mas que não devem contemplar nem um terço de todos os joguinhos disponíveis via ROMs.

[BBC, TorrentFreak]

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Parece que o navio de guerra afundado que teria bilhões em ouro era um golpe de criptomoeda

Posted: 13 Aug 2018 08:09 AM PDT

Um navio de guerra russo que, acreditava-se, carregava bilhões de dólares em ouro foi “descoberto” por uma empresa sul-coreana no mês passado, e a companhia imediatamente começou a afirmar como iria distribuir o tesouro encontrado. Agora, a polícia está investigando os líderes da empresa e têm razões para acreditar que foi tudo um golpe para impulsionar uma nova companhia de criptomoeda.

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O Dmitrii Donskoi era um cruzador russo que foi deliberadamente afundado por seu capitão depois de sofrer fortes danos na Batalha de Tsushima, em 1905. Ao longo dos anos, rumores se espalharam de que o navio carregava 200 toneladas de ouro, uma quantidade estimada em US$ 133 bilhões atualmente.

Em julho, uma equipe de resgate sul-coreana trabalhando para uma empresa chamada Shinil Group alegou ter descoberto os destroços do navio e exibiu um vídeo capturado por submarinos robóticos. A equipe não trouxe de volta o ouro, mas disse ter visto uma “caixa de tesouro” no navio. E, então, tudo em torno da história começou a desabar.

Antes mesmo de o Shinil Group solicitar os direitos de salvamento com o Ministério dos Assuntos Marítimos e Pesca da Coreia do Sul, a companhia começou a promover como faria a divisão do tesouro: o governo russo ficaria com metade, 10% iriam para projetos de infraestrutura sul-coreanos, e outros 10% iriam para acionistas da empresa.

Isso causou um pequeno caos nos mercados coreanos, porque, de acordo com o Korea Herald, o Shinil Group foi fundado em 1º de julho, tem o mesmo nome de uma empresa diferente em Cingapura, e houve alguma confusão em torno da possibilidade de ele ser relacionado a uma empresa local, a Jeil Steel. As ações da empresa de aço dispararam e rapidamente caíram quando ela emitiu um comunicado dizendo que não tinha nenhum envolvimento com o Shinil Group.

À medida que tudo isso ia acontecendo, o Instituto de Ciência e Tecnologia Oceânicas da Coreia (KIOST), administrado pelo governo coreano, estava dizendo a repórteres que já havia descoberto os destroços do navio em 2003. Segundo a Reuters, um porta-voz do Shinil Group disse: “a alegação do KIOST de ter encontrado os destroços foi ‘fraudulenta’, e a existência de ouro é apoiada por registros históricos”.

Reviravoltas mais bizarras e alegações ultrajantes continuaram aparecendo, o que culminou em uma coletiva de imprensa em 26 de julho em que o presidente da empresa, Choi Yong-seok, disse a repórteres: “Não há como descobrirmos se haveria moedas ou barras de ouro no Donskoi”. Ele ainda disse que as alegações anteriores da empresa foram baseadas em especulações e reportagens da mídia. Ele também disse que havia acabado de se tornar presidente da companhia, algumas horas antes da coletiva, e que outros membros de liderança haviam renunciado a seus cargos.

O que a maioria das reportagens do Ocidente deixou passar é que os “acionistas” que o Shinil Group estava afirmando que receberiam os dividendos do tesouro eram, na verdade, pessoas que estavam comprando a criptomoeda da empresa. Na quinta-feira (9), a agência de notícias Yonhap informou que a polícia havia interrogado Choi Yong-seok e seu antecessor, Rhu Sang-mi. Da reportagem:

A polícia acredita que Choi teve um papel no negócio da empresa como um parceiro dos irmãos Rhu — Rhu Sang-mi e Rhu Seung-jin —, que comandavam a unidade da companhia em Cingapura…

Na época, sua afiliada com sede em Cingapura supostamente tentou vender a investidores uma criptomoeda baseada no valor potencial dos destroços do navio.

A empresa atraiu investidores ao dizer que o valor da moeda subiria para até 10 mil wons até o fim de setembro deste ano, em comparação com os atuais 200 wons.

Rhu Seung-jin deixou a Coreia do Sul em 2014, sob alegações de fraude, e acredita-se que ele estaria no Vietnã. As autoridades pediram que a Interpol o colocasse em sua lista de procurados internacionais.

Ainda não está claro como esse golpe deveria funcionar, exceto pelo fato de tentar conseguir dinheiro rápido de alguns desavisados e sumir. O site do Shinil Group está fora do ar, e o vídeo no YouTube sobre os destroços do navio foi excluído.

O fato é que não sabemos com 100% de certeza que se tratava de um golpe, mas certamente parece um. E golpes quase sempre levantam a questão: como eles achavam que isso possivelmente funcionaria?

[Yonhap News Agency via Popular Mechanics]

Imagem do topo: Wikimedia

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De uma vez por todas: é melhor um curso de desenvolvimento web presencial ou online?

Posted: 13 Aug 2018 06:41 AM PDT

Se você está pensando em mergulhar no universo de desenvolvimento web, muito provavelmente já teve uma dessas duas dúvidas – quem sabe até ambas. "Por onde eu devo começar?" e/ou "qual o formato ideal para eu aprender melhor: o curso de desenvolvimento web presencial, o online ou ainda tentar aprender sozinho, já que a internet tem tanto conteúdo à disposição?".

Com certeza, não é fácil tomar essa decisão. Cada modalidade tem seus prós e seus contras, inevitavelmente. No entanto, é importante colocar na balança o nível de aprendizagem, os recursos disponíveis em cada uma delas e o que você deseja e precisa do curso.

O curso online pode ser uma opção viável se você não tem muito tempo disponível ou não consegue se deslocar até uma escola, por exemplo, mas mesmo assim quer adquirir conhecimento. O mesmo vale para o caso de tentar aprender sozinho, só que com algo a mais: você vai economizar o investimento do curso, mas irá precisar montar o plano de aula, buscar material de apoio e exercícios – isso não é uma tarefa nem um pouco fácil, acredite.

Agora, se sua intenção é ter uma metodologia de ensino bem definida, acompanhamento em tempo integral, imersão nos conteúdos e desafios propostos, ampliar sua rede de contatos fazendo networking, além (é claro) da troca de experiências e insights com os colegas, o curso presencial é ideal para você. Essa, inclusive, é a receita de um curso de desenvolvimento presencial de sucesso: o da Ironhack, escola de programação global que chegou a São Paulo neste ano.

E as vantagens não param aí. Com a Ironhack, a chance de você já sair empregado após o término das aulas é bem maior. Afinal, a escola promove a Hiring Week ao final do curso, um evento em parceria com empresas de todos os portes buscando desenvolvedores full stack, que dá a oportunidade dos alunos realizarem diversas entrevistas na área. O melhor? A taxa de contratação média global chega à marca dos 85% em até 3 meses após a conclusão do curso.

Falando em metodologia, além do acompanhamento em tempo integral de um professor principal, cada sala de aula conta com pelo menos um teacher assistant. Basicamente, este profissional acompanha os alunos ainda mais de perto quando necessário. Ou seja, se surgiu uma determinada dificuldade, é possível conversar diretamente com o professor ou com o teacher assistant, que fica disponível inclusive nos intervalos.

Outro diferencial do curso de desenvolvimento presencial é a dinâmica de ensino aplicada. Todos os dias, ao longo das oito horas de aula, existe uma mistura de palestras (professor + material de apoio), atividades e exercícios em dupla (chamados de pair programming, metodologia usada em muitas empresas ao incorporarem um desenvolvedor júnior). A ideia é realmente conhecer o outro e quebrar a cabeça para resolver os problemas juntos.  

Tudo o que é estudado é colocado em prática na mesma aula. No dia seguinte, há uma revisão referente ao conteúdo anterior. Vale ressaltar que a cada aula os trabalhos são diferentes, sempre com um grau de dificuldade maior, mas de forma gradativa para que todos os alunos consigam acompanhar a evolução. Este método garante um ensino muito mais imersivo e completo. E para você, qual o modelo ideal?

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Google estuda adicionar Windows 10 como sistema secundário de Chromebooks

Posted: 13 Aug 2018 06:24 AM PDT

A maioria dos Chromebooks possui especificações básicas para um laptop; afinal, eles não precisam de muito para rodar um navegador como sistema operacional. Mas nem todos os modelos são fraquinhos em processamento – o Pixelbook, produzido pelo próprio Google, por exemplo, tem alguns componentes de ponta.

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E para esses casos, ter a opção de rodar Windows não seria nada mal, né? Aparentemente, essa é a ideia do Google. O pessoal do XDA-Developers descobriu que a companhia tem trabalhado para adicionar um “modo de sistema alternativo” – ou dual-boot – no Pixelbook, chamada de “Campfire”.

Neste momento, a companhia está tentando certificar o seu hardware junto à Microsoft para permitir que o notebook rode oficialmente o Windows. Referências ao Kit de Certificação de Hardware do Windows já apareceram nas versões de desenvolvimento do Chrome OS.

Existe uma expectativa para que outros Chromebooks também possam utilizar o Windows 10 como alternativa, mas por enquanto a funcionalidade está restrita ao Pixelbook. Instalar o sistema da Microsoft exigirá mais espaço de armazenamento, então é improvável que os modelos super básicos, com 16 GB de espaço, possam aproveitar o Campfire.

De acordo com o XDA-Developers, o código-fonte do sistema sugere que os notebooks precisarão ter pelo menos 40 GB de armazenamento livre. O Windows come 30 GB do espaço, enquanto o Chrome OS utiliza 10 GB.

Não há previsão de lançamento do Campfire, mas como bem lembra o Verge, o Google deve realizar um evento de hardware em outubro.

[The Verge, XDA-Developers]

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A sonda New Horizons viu um possível muro de hidrogênio no final do Sistema Solar

Posted: 13 Aug 2018 05:40 AM PDT

A missão New Horizons está se afastando do Sol e, aparentemente, se aproximando de um “muro”.

A espaçonave, que agora está a praticamente 6,4 bilhões de quilômetros da Terra e já ultrapassou Plutão, mediu o que parece ser um indício da energia de maior alcance do Sol – um muro de hidrogênio.

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Esse muro é muito similar a medição feita pela missão Voyager há 30 anos. Ela oferece mais informações sobre os limites de alcance do Sol no espaço.

“Assumimos que existe algo a mais lá, alguma outra fonte de brilho”, disse o autor do estudo Randy Gladstone, do Instituto de Pesquisa Southwest, ao Gizmodo. “Se tivermos a chance com a New Horizons, talvez possamos imaginar o que seja”.

A luz do Sol envia partículas carregadas para o exterior, fazendo com que as partículas de hidrogênio no espaço que estão entre os planetas emitam uma luz ultravioleta característica.

Em algum momento, essa energia do Sol provavelmente sofre um declínio, criando uma barreira onde o hidrogênio interestelar se acumula na borda de pressão externa causada pela energia do vento solar.

A barreira do sistema solar. Imagem: NASA/JPL-Caltech

Os cientistas conseguiram fazer uma visualização em 360 graus dessa emissão ultravioleta utilizando o instrumento Alice da New Horizon. Quando eles analisaram elementos a distância do Sol, viram um certo brilho a mais no sinal.

Esse brilho poderia ser causado pelas partículas de hidrogênio que estão além do Sistema Solar e interagem com as partículas mais distantes do vento solar, criando o que parece ser uma barreira, de acordo com o artigo publicado na semana passada, na Geophysical Research Letters.

A sonda Voyager mediu algo similar há três décadas. Análises recentes demonstraram que os cientistas da Voyager provavelmente superestimaram a força dos sinais. Mas uma vez que os dados da Voyager foram corrigidos, os resultados da New Horizon pareceram praticamente os mesmos.

Talvez o sinal seja outra coisa, disse Gladstone, mas a corroboração dos dados pelo menos adiciona mais uma credencial para sua existência, vindo de um muro de hidrogênio ou de alguma outra característica do espaço. Cientistas planejam observar o sinal duas vezes por ano, de acordo com o artigo.

A New Horizons atualmente está se preparando para visitar o Objeto 2014 MU69 do Cinturão de Kuiper, uma rocha de cerca de 30 quilômetros de diâmetro. Depois disso, continuará sua jornada para os limites do Sistema Solar.

É difícil de determinar a localização do limite do Sistema Solar – após o fim da influência do vento solar, ainda pode existir a teórica Nuvem de Oort, uma esfera congelada de cometas que orbitam o Sol a um terço do caminho para a nossa estrela vizinha mais próxima.

A New Horizons continuará, primeiro passando pelo 2014 MU69 e talvez por outros objetos do Cinturão de Kuiper. E seguirá em frente – mas o espaço é realmente muito grande.

Teremos que esperar pelo menos até o final da década de 2030 para que a New Horizons alcance a distância que a sonda Voyager alcançou até agora. Provavelmente estaremos mortos no momento em que a sonda deixe a influência do Sol para trás.

[GRLr]

Ilustração: NASA

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Como mudar o seu DNS deixa a sua internet mais rápida e segura

Posted: 13 Aug 2018 04:38 AM PDT

As configurações de servidor de DNS (Domain Name System) do seu computador, celular ou roteador são a porta de entrada para a internet – eles convertem os nomes dos domínios dos sites em endereços de IP; um paralelo interessante é a sua agenda de contatos, que converte os nomes em números de telefone. Você pode mudar os servidores de DNS que os seus dispositivos utilizam e, talvez, deixar sua conexão mais rápida e segura.

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Os servidores de DNS (que procuram os IPs dos domínios dos sites) que os seus dispositivos se conectam provavelmente são definidos por sua Provedora de Serviços de Internet (IPS, na sigla em inglês). Geralmente são servidores estáveis e que a sua operadora tem certa confiança.

Se você quiser mudar para outra coisa, é possível alterar as configurações individualmente em seus aparelhos, ou no seu roteador – que oferece internet para todos os dispositivos de sua casa. Quem está a fim de mudar de uma vez para um DNS alternativo pode escolher por configurar o roteador. Mas antes disso, talvez seja interesse fazer mudanças individuais nos seus aparelhos para testar as opções.

Captura de tela: Gizmodo

Alterar as configurações de DNS para redes de celular é um pouco mais complicado. O iOS não permite que você faça isso de forma nativa, enquanto que o Android só passou a permitir essa configuração no Android 9 Pie – que pode demorar um pouco para chegar no seu smartphone.

Você pode utilizar um aplicativo de terceiro como o DNS Override no iOS ou o DNS Changer para Android, que basicamente criam uma camada de VPN para que você passe por um servidor separado antes de se conectar ao DNS que escolheu. Eles cumprem com o que prometem, mas o seu celular vai ter que passar por mais uma etapa ao se conectar com a internet e você estaria confiando em um outro desenvolvedor.

Para ficar mais simples, vamos concentrar a mudança das configurações de DNS para redes Wi-Fi, mas se você quiser fazer a mudança para as redes de celular também, dê uma olhada nos aplicativos que comentamos aqui. Ou, compre um celular que rode o Android 9 Pie. E aí, vá até as Configurações, Rede & Internet, Avançado e DNS Privado para fazer a configuração do DNS escolhido.

Por que mudar as configurações de DNS?

Captura de tela: DNS Changer

Existe mais de um motivo para alterar os servidores DNS, e embora não saibamos exatamente a configuração de sua conexão atual – então uma comparação direta não é possível – a maioria das pessoas decidem mudar por privacidade, velocidade, segurança, credibilidade, customização ou todas essas cinco opções.

Em termos de privacidade, mudar o servidor DNS não impede que a sua operadora veja quais sites você visita, embora possa limitar a capacidade de traçar um perfil sobre você para oferecer anúncios, dependendo da prática de negócios que elas adotam. Para realmente esconder a sua navegação, você precisa de uma VPN ou um sistema de DNS criptografado, o que exige muito mais trabalho técnico. Se você estiver interessado, o Ars Technica tem um guia bem completo (em inglês).

Evitar o DNS da sua operadora pode ter alguns benefícios de privacidade, dependendo da empresa, mas não espere muita coisa – muito menos uma navegação anônima. Provadores de DNS alternativos também podem rastrear suas atividades, embora provedores como o Cloudflare prometam apagar todos os registros após 24 horas para proteger a privacidade dos consumidores. Além disso, muitos provedores da DNS bloqueiam automaticamente sites de phishing e malwares, embora sua operadora provavelmente faça isso também.

Imagem: Cloudflare

Velocidade e credibilidade também podem aumentar ao alterar seu servidor DNS, mas isso depende do quão bem a sua operadora está gerenciando as próprias opções e o quão perto o servidor está da sua localização atual. Não podemos analisar todas as operadoras, mas você simplesmente pode mudar a configuração e ver se houve alguma mudança na velocidade.

E aí vem a fase de customização: você pode desbloquear sites que bloqueados pela sua operadora (ou pelo governo), bloquear domínios de sites que você não queira acessar (um dos pacotes do OpenDNS limita o acesso aos sites adultos, por exemplo). Se você quiser, dá para fazer uma lista de restrição e permissão em toda a sua rede Wi-Fi, restringir anúncios publicitários, entre outras coisas.

Quando você se conecta a redes Wi-Fi públicas, você terá ainda menos informações sobre quais são as configurações da rede. Mudar para um servidor DNS que você confia é uma alternativa ainda mais importante nesse caso. Velocidade, privacidade, segurança, credibilidade e customização – você não tem muito controle sobre essas coisas em Wi-Fi público, mas um servidor DNS diferente pode ajudar a ter um pouco mais de controle.

Suas opções de DNS alternativos

Imagem: Cloudflare

Quatro dos provedores de DNS mais populares, confiáveis e fáceis de usar são o Cloudflare, Google, Quad9 e OpenDNS. Os benefícios que eles oferecem são similares no geral, embora existam algumas diferenças. Nada impede que você teste todos e veja qual funciona melhor no seu caso.

O Cloudflare é o recém chegado, prometendo servidores DNS que são rápidos, seguros e privados. Os endereços de IP que você precisa lembrar são 1.1.1.1 e 1.0.0.1 (primário e secundário). Dificilmente você irá esquecê-los e para começar a configurar é só acessar qualquer um deles. A maioria dos testes coloca essa opção como a mais rápida entre os servidores DNS, embora às vezes a diferença não seja muito grande.

Há também o DNS público do Google, que você pode encontrar nos memoráveis endereços 8.8.8.8 e 8.8.4.4. Assim como o Cloudflare, ele promete aumentar a velocidade e segurança em relação ao seu DNS atual, e é de se esperar que com o know-how do Google essa opção seja mais robusta do que as outras. Os registros de IPs são deletados dentro de 48 horas, embora dados anônimos sejam mantidos por mais tempo.

Imagem: Quad9

Os maiores benefícios do Quad9 são velocidade e segurança, utilizando “inteligência de ameaças de mais de uma dúzia de empresas líderes em cibersegurança” para te ajudar a ficar longe de sites maliciosos (IBM é um desses parceiros). É outro serviço DNS mais novo, e se vale bastante da privacidade do usuário e segurança. Você pode acessá-lo via o endereço de IP 9.9.9.9 e 149.112.112.112.

O OpenDNS tem mais foco em filtros e segurança para crianças, e oferece alguns pacotes pagos para sustentar o negócio. É um dos servidores de DNS mais velhos e foi comprado pela Cisco em 2015. Os endereços de IP da versão grátis são 208.67.222.222 (primário) e 208.67.220.220 (secundário), embora a maioria dos pacotes (até os gratuitos) exija o registro de uma conta, o que pode te desincentivar.

O melhor para você depende de qual parte do mundo você está e de quais são as suas necessidades. O OpenDNS, apesar de ser antigo e estar bem estabelecido, tem sido ofuscado por opções mais novas e focadas em privacidade. Mas o pacote Family Shield ainda pode valer a pena se você quiser um filtro para a sua família que funcione instantaneamente e não exija configurações adicionais.

Como mudar as suas configurações DNS

A boa notícia é que não é nem um pouco difícil alterar suas configurações DNS, embora você precise fazer isso em cada aparelho e em cada rede que você se conectar. Como dissemos, é possível economizar tempo se você configurar o seu servidor de DNS alternativo no roteador de sua casa: com isso feito, você não precisa configurar cada dispositivo de forma independente, até que você saia de casa e se conecte a outras redes Wi-Fi.

Se você quiser fazer a configuração do roteador, o método vai depender do seu modelo. Entre nas configurações do seu roteador por meio de um navegador (a documentação de configurações ou uma rápida pesquisa na internet pode te ajudar a encontrar o endereço para acessar essas configurações), e então encontre as configurações de DNS. É uma boa ideia ler alguns tutoriais na internet e encontrar um guia para o seu roteador e operadora. O processo deve ser bem fácil e simples – desde que o seu roteador suporte essa funcionalidade.

Captura de tela: Gizmodo

Você vai precisar de um endereço de IP do seu novo servidor DNS (como esses que listamos acima), e também é uma boa ideia anotar o seu endereço de DNS atual para o caso de você mudar de ideia e querer voltar atrás em algum tempo (ou se você tiver algum problema durante a configuração). Uma reinicialização no roteador após a finalização das configurações é o suficiente para tudo começar a funcionar.

No Windows, abra as Configurações por meio do ícone de engrenagem no Menu Iniciar, então clique em Alterar opções de adaptador. Clique com o botão direito na sua conexão Wi-Fi, escolha Propriedades e então role para baixo até Protocolo de Internet Versão 4 (IPV4, na sigla em inglês). Clique em Propriedades, e então você poderá especificar novos endereços de DNS na última opção.

No macOS, abra as Preferências de Sistema a partir do menu da Apple e então clique em Redes. Escolha sua conexão Wi-Fi, depois selecione Avançado e mude para aba de DNS. Utilize o botão “Mais” abaixo dos Servidores DNS e adicione os servidores primário e secundário de uma das opções que listamos acima. Depois, é só fechar as janelas.

Se você estiver utilizando o Android, primeiro será preciso alterar o endereço de IP para estático, o que requer alguns ajustes no roteador de sua casa para que ele aceite essa configuração – a melhor ideia é utilizar o método de alteração do DNS via roteador ou escolher um dos aplicativos que mencionamos lá no começo. Se você está usando o Android 9 Pie, dá para usar a opção de DNS Privado como alternativa – resolve todos os problemas, mas é preciso rodar a versão mais nova do sistema.

Captura de tela: Gizmodo

Se você está confortável com a configuração de endereços de IP no seu roteador (o How-To Geek tem um guia sobre isso, em inglês), abra as Configurações do Android, toque em Rede & Internet. Depois toque em Wi-Fi, então escolhe o ícone de engrenagem próxima da rede que está utilizando, depois o ícone de lápis no topo para fazer as alterações. Toque em Opções Avançadas, mude as Configurações de IP para Estático e ali você poderá fazer os ajustes para o servidor de DNS que escolheu.

Por fim, no iOS, você pode encontrar essas configurações abrindo os Ajustes, tocando em Wi-Fi e depois escolhendo a rede em que está conectado. Escolha Configurar DNS, toque em Manual e ali poderá adicionar os servidores primário e secundário pelo botão Adicionar Servidor. Utilize os botões vermelhos com o símbolo de menos para deletar os servidores existentes, e uma vez que você sair dessa tela, já estará utilizando as novas configurações DNS.

Imagem do topo: Cloudflare

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