quarta-feira, 22 de agosto de 2018

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Pesquisadores já têm as primeiras informações do conteúdo do sarcófago “amaldiçoado” aberto no Egito

Posted: 21 Aug 2018 02:53 PM PDT

Arqueólogos egípcios ousaram, no mês passado, abrir um estranho sarcófago de granito, encontrando nele três esqueletos em um líquido marrom avermelhado desagradável. Os cientistas agora completaram a análise preliminar do conteúdo do túmulo, oferecendo novas informações sobre os ocupantes da tumba de dois mil anos de idade.

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O sarcófago de granito foi descoberto no distrito Sidi Gaber, de Alexandria, no Egito, em 1º de julho, e foi aberto 16 dias depois, apesar de avisos de uma possível maldição. Como o túmulo datava do século 3 a.C., os arqueólogos egípcios acharam que ele poderia conter o corpo de Alexandre, o Grande. Infelizmente, não. Em vez disso, o sarcófago continha uma mistura de esqueletos, vários painéis de ouro e uma surpreendente quantidade de água de esgoto, que tinha entrado no túmulo por meio de uma rachadura.

Evidências de trepanação — uma antiga forma de cirurgia cerebral — foram descobertas no espécime feminino. Imagem: Ministério de Antiguidades do Egito

Depois de limpar os restos e cuidadosamente documentar os ossos, uma equipe de pesquisadores do Departamento Central de Antiguidades do Baixo Egito completou sua análise preliminar dos conteúdos do túmulo. Mostafa Waziry, chefe do Ministério de Antiguidades do Egito, anunciou alguns dos detalhes no início desta semana, dizendo que o sarcófago continha uma mulher e dois homens, junto com três paineis de ouro trazendo inscrições misteriosas.

Em entrevista ao Ahram Online, Nadia Kheider, chefe do Departamento Central de Antiguidades do Baixo Egito, disse que a mulher tinha entre 20 e 25 anos de idade quando morreu e que ela tinha um pequeno buraco, de cerca de 17 milímetros de largura, na parte de trás de seu crânio. Quando os arqueólogos examinaram o crânio pela primeira vez, eles imaginaram que a lesão havia sido causada por um objeto afiado como uma flecha, mas a mulher viveu por muito tempo com essa cavidade, sugerindo que ela foi resultado de uma forma antiga de cirurgia cerebral conhecida como trepanação. Será necessário mais trabalho para avaliar sua verdadeira natureza, mas, se for verdade, isso representaria um exemplo raro dessa cirurgia no Egito antigo.

Quanto aos dois homens, um deles morreu quando tinha entre 20 e 25 anos de idade, e o outro, aos 40 e poucos anos. Nenhuma causa de morte pôde ser determinada em nenhum dos cadáveres.

Um dos dois esqueletos masculinos encontrados no túmulo. Imagem: Ministério de Antiguidades do Egito

Waziry disse ao Ahram Online que nenhum dos três esqueletos pertencia a uma família real romana ou ptolomaica. Nenhuma inscrição ou cartela foi encontrada no sarcófago, e ele também não continha quaisquer máscaras metálicas prateadas ou douradas, pequenas estátuas, amuletos ou outros itens normalmente associados a enterros da realeza deste período. O caixão e seu conteúdo ainda precisam ser datados, mas é provável que eles remontem ao início do período ptolomaico, que começou em 323 a.C., depois da morte de Alexandre, o Grande, de acordo com os pesquisadores. Seu melhor palpite por ora é de que o caixão data de 304 a.C. a 30 a.C e que os indivíduos não foram colocados no caixão ao mesmo tempo.

Painéis de ouro encontrados no sarcófago. Imagem: Ministério de Antiguidades do Egito

Quanto à estranha cor avermelhada do líquido no sarcófago, os pesquisadores dizem que ela foi causada pela mistura da água de esgoto com os invólucros dos esqueletos. Eles planejam conduzir agora uma análise química das águas residuais para determinar seus componentes, como apontado pelo Ahram Online.

Agora, os três esqueletos serão levados ao Museu Nacional de Alexandria para mais estudos e para a datação. Os ossos serão sujeitados a exames de DNA, que poderiam gerar informações genéticas importantes sobre os indivíduos e até possíveis parentescos familiares. Quanto ao sarcófago de granito, o Ahram Online noticia que ele será restaurado e levado ao museu.

Por fim, estranheza à parte, a descoberta da água marrom avermelhado dentro do sarcófago levou a um pedido esquisito; uma petição irônica internacional, com milhares de assinaturas, exigindo que o governo egípcio deixe as pessoas beberem o líquido. É, provavelmente não seja uma boa ideia, considerando que a água veio de uma trincheira de esgoto próxima.

[Ahram Online, Egypt Today]

Imagem do topo: Ministério de Antiguidades do Egito

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Você agora vai poder comprar acessórios para smartphone da Anker em lojas físicas

Posted: 21 Aug 2018 02:02 PM PDT

A Positivo trouxe no início do ano a marca de acessórios para smartphone Anker para o Brasil. Antes, a venda era feita apenas pela internet. Nesta terça-feira (21), a companhia anunciou que vai começar a disponibilizar seus dispositivos no varejo brasileiro — mais especificamente, nas lojas físicas da Fast Shop e da a2YOU de São Paulo, Rio de Janeiro e do Paraná.

Para quem não conhece, a Anker é uma companhia fundada em 2011 por um ex-funcionário do Google. A sede da empresa é nos Estados Unidos, mas toda a fabricação dos produtos é na China.

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A operação brasileira, capitaneada pela Positivo, conta com acessórios como cabos (USB-C, micro-USB e Lightning certificado pela Apple), capas, fones de ouvido, caixas de som e powerbanks — inclusive, a empresa é uma das maiores vendedoras do acessório nos Estados Unidos.

Um dos diferenciais dos acessórios da companhia é que a empresa diz ter tecnologias que regulam a transmissão de energia e ainda possibilitam um carregamento mais rápido, com os recursos PowerIQ e VoltageBoost. No que diz respeito aos cabos, os itens da marca podem ser interessantes para donos de iPhones.

Os cabos da Anker, como os de outros competidores (como a Belkin ou a Griffin, para citar alguns), são MFI (Made for iPhone) e, portanto, certificados pela Apple, o que deve garantir que o acessório funcione adequadamente para carregar seu smartphone ou permitir a transmissão de dados com um computador. Além disso, a Anker diz que seus cabos podem ser até 30 vezes mais reforçados que os convencionais.

Os cabos da empresa não são necessariamente baratos. Os compatíveis com produtos Apple começam em R$ 90, porém tem opções de diversos tamanhos e com distintos materiais. A título de comparação, um cabo Lightning na loja online oficial da Apple custa a partir de R$ 119. No mundo Android, as coisas são menos caras. O preço dos cabos varia de R$ 32 a R$ 72.

A Anker é mais uma das marcas no portfólio da Positivo Informática. A empresa do Paraná, além de continuar sua produção de computadores e smartphones com marcas próprias (como Positivo e Quantum), distribui notebooks da marca Vaio e está envolvida na vinda de smartphones da marca chinesa Huawei ao Brasil.

Imagem do topo: Divulgação

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Netflix está testando novo sistema de pagamento para se livrar da Apple

Posted: 21 Aug 2018 12:36 PM PDT

A Netflix está buscando entrar na onda das empresas de tecnologia que querem evitar pagamento de taxas à Apple na App Store. Se você não conseguir acessar sua conta no app em seu dispositivo Apple, você pode ter que se logar em um navegador. Ainda que a empresa seja bilionária, isso não é uma notícia muito boa para a companhia da maçã.

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A App Store gerou uma receita de US$ 11,5 bilhões no ano passado. Esse dinheiro vem basicamente da taxa de 30% que a Apple cobra de vendas feitas pela loja. Dos milhões de apps disponíveis na App Store, o da Netflix é o terceiro com o maior faturamento. No entanto, segundo o TechCrunch, a empresa de streaming está testando formas de evitar o pagamento dessa taxa que dá tanto lucro para a Apple.

Até recentemente, se um usuário baixasse o app da Netflix em seu dispositivo Apple e assinasse o serviço, o pagamento era feito por meio da Apple. Agora, alguns usuários estão sendo informados que eles precisam renovar suas assinaturas acessando um navegador. Essa inconveniência (para os usuários) é grande parte do modelo de negócio da Apple, pois é muito fácil só confirmar o pagamento usando o reconhecimento facial ou a impressão digital.

Esse teste foi primeiro detectado pelo NDTV, que teve que passar por esse processo de fazer login no serviço em acesso feito na Índia. O TechCrunch confirmou com um atendente da Netflix e um porta-voz que a companhia começou a testar isso em junho e que expandiu para outros 33 países em agosto. E esse processo vai continuar até 30 de setembro.

Aparentemente, será expandido para mais países se a empresa tiver sucesso. Nós contatamos a companhia para comentar sobre isso, e um porta-voz nos respondeu que eles estão "constantemente inovando e testando novas formas de inscrição em diferentes plataformas para entender melhor o que nossos assinantes gostam mais. Baseado no que já aprendemos, nós trabalhamos para melhorar a experiência Netflix para membros de todo o mundo".

A lista completa de países inclui Brasil, México, Austrália, Canadá e Alemanha — os EUA não estavam na relação. Além disso, essa nova política só se aplica a alguns usuários desses países. Outros continuam pagando por meio do iTunes normalmente.

No mês passado, as ações da Netflix foram afetadas, pois a empresa não conseguiu aumentar consideravelmente o número de novos assinantes. Parece que o serviço de streaming está tentando aumentar suas receitas o máximo possível. Em maio, a companhia cortou o sistema de pagamento que mantinha junto à Play Store, do Google. Como sabemos, o Android é um ecossistema mais aberto para desenvolvedores, e poucos se arriscam a tomar medidas como a da Netflix no ecossistema da Apple.

Nós já vimos o Spotify cortar o pagamento de assinaturas por meio da Apple e da Amazon e forçar que os usuários realizem o processo pelo navegador, como uma forma de dar dinheiro para seus rivais. No momento, o app mais rentável da App Store é o Fortnite, que promove uma série de compras dentro do aplicativo. O game recentemente foi disponibilizado para Android e pode ser baixado por um site próprio da desenvolvedora do game. Isso fez com que golpistas se aproveitassem da situação e criassem sites falsos.

A questão de evitar "monopólios no mercado de apps" é que você precisa ser uma empresa gigante e já estabelecida. A desenvolvedora do Fortnite pode fazer o que quiser agora, pois o game é um fenômeno que faz as pessoas gastarem dinheiro por impulso.

No caso da Netflix, faz sentido o teste cauteloso. A companhia está mudando, as opções de títulos estão ficando menores, e suas produções originais vão ficando mais fracas. A empresa também recentemente desativou um sistema de avaliação e passou a adicionar propagandas da programação da companhia entre episódios. Ao mudar as opções de pagamento, a companhia corre o risco de os usuários se questionarem se vale a pena ou não renovar a assinatura.

A Apple vai continuar na boa. A primeira empresa a atingir o valor de mercado de US$ 1 trilhão pode aguentar muitas tempestades. Certamente, a companhia não vai gostar se essa tendência se tornar popular entre outros apps. Porém, se a Netflix representar algum perigo, a Apple pode simplesmente comprar a empresa, como alguns analistas cautelosamente previram no ano passado.

[TechCrunch]

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Microsoft derruba domínios controlados por hackers russos que seriam usados para fins políticos

Posted: 21 Aug 2018 10:47 AM PDT

A Microsoft tomou, na semana passada, o controle de seis domínios de internet supostamente usado por hackers russos, segundo informa a própria companhia. Os domínios incluem um website criado para imitar uma organização liderada por seis senadores republicanos, o International Republican Institute, cujo um dos membros é Mitt Romney, que já foi pré-candidato à presidência pelo partido republicano.

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Os seis domínios, diz a Microsoft, estavam entre 84 websites falsos que foram desativados pela companhia nos últimos dois anos e que teriam sido criados por hackers patrocinados pelo governo russo. A companhia disse que ainda se preocupa com os contínuos esforços de se atingir políticos e comparou essa iniciativa do grupo hacker com os incidentes nas eleições de 2016 nos EUA e nas eleições presidenciais da França em 2017. Autoridades russas disseram que as "alegações são infundadas", conforme noticia a Associated Press.

Um segundo domínio controlado pela Microsoft na última semana tinha como objetivo enganar o Hudson Institute, um think tank conservador com sede em Washington, informou a companhia.

"Os atacantes queriam que suas investidas parecessem o mais realistas possível e, portanto, criaram sites e URLs muito parecidas com sites de que os alvos esperassem receber um e-mail ou visitar", disse a Microsoft. "Os sites envolvidos no pedido judicial da semana passada se encaixam nessa descrição."

Os domínios foram apreendidos e transferidos para a unidade de crimes digitais da Microsoft após obter uma ordem na justiça, afirmou a companhia.

Os domínios apreendidos foram identificados pela Microsoft como: my-iri.org, hudsonorg-my-sharepoint.com, senate.group, adfs-senate.services, adfs-senate.email, office365-onedrive.com. No entanto, o blog post da Microsoft sobre o assunto informa que "não há evidência de que esses domínios tenham sido usados em ataques antes de a unidade de crimes digitais ter o controle deles, nem evidências que indiquem a identidade dos alvos de algum ataque planejado por esses domínios".

O grupo hacker por trás dos sites falsos é identificado como uma ameaça persistente conhecida pela Microsoft e leva o nome de Strontium. O grupo é também conhecido como Fancy Bear, APT 28, Pawn Storm, entre outros nomes.

Em uma entrevista à AP, o presidente e diretor jurídico da Microsoft, Brad Smith, disse que o objetivo das atividades do Stronium parece ser "atrapalhar a democracia" em vez de ajudar mais um lado ou outro do espectro político.

A inteligência dos Estados Unidos afirmou com grande confiança que o Strontium — que opera em nome do Departamento Central de Inteligência da Rússia, conhecido antigamente como GRU — é responsável pela invasão dos servidores do Partido Democrata e da campanha de Hillary Clinton em 2016.

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse várias vezes que duvida do envolvimento russo nos ataques de 2016. Em um e-mail ao Gizmodo, a Microsoft diz que está agora anunciando um novo serviço, chamado AccountGuard, que fornecerá proteção de cibersegurança sem custos extras a todos os candidatos nos EUA. Inicialmente, o serviço de detecção de ameaças só estará disponível para produtos da Microsoft, como Office 365, Outlook e Hotmail.

"Para ter sucesso ao defender a democracia, empresas de tecnologia, pesquisadores, governos, sociedade civil e a comunidade precisam se juntar e se associarem de formas novas e significativas", disse Tom Burt, vice-presidente de segurança da Microsoft.

[Associated Press]

Imagem do topo: AP

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Agora você pode cancelar o envio de um e-mail no Gmail do Android

Posted: 21 Aug 2018 09:41 AM PDT

Quem nunca apertou o botão "Enviar" e logo depois lembrou que precisava escrever alguma coisa a mais na mensagem ou que havia alguma informação errada, não é mesmo? Para evitar problemas desse tipo, o Gmail já disponibiliza na web e no iOS um botão "Desfazer" quando você envia um e-mail. Agora, ele está disponível também no Android.

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Segundo o Android Police, o botão fica disponível por 10 segundos depois de executar o envio. Quando você está mandando um e-mail para outro Gmail, o Google pode removê-lo da caixa do destinatário. Já quando a mensagem é para um endereço de outro provedor, há um atraso no envio — ela fica na caixa de saída, esperando para ver se você cancela ou não.

A novidade não apareceu em nenhum changelog, então não sabemos se ela é uma atualização do app ou uma mudança feita no servidor. Por aqui, com a versão mais recente do app instalada (Gmail 8.7.15.206199545.release) ela funcionou no meu Gmail pessoal depois de limpar o cache do app e forçar a parada.

Mesmo assim, o recurso não funcionou em outra conta de domínio personalizado que usa o G Suite — assim como outras atualizações, talvez demore um pouco mais para contas corporativas e acadêmicas receberem os novos recursos.

Seja como for, é muito bom saber que, em breve, todos nós poderemos corrigir alguns erros antes de enviar e-mails — desde que você perceba os erros em menos de 10 segundos.

[Android Police via TheNextWeb]

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Ação judicial sobre rastreamento de localização escondido do Google pode ser um divisor de águas

Posted: 21 Aug 2018 09:25 AM PDT

Uma reportagem da semana passada revelou que o Google seguia coletando dados de localização dos usuários mesmo quando o “Histórico de Localização” estava desativado nas opções. A empresa não se desculpou, mas mudou sua política de localização. Agora, um homem na Califórnia vai ao tribunal acusar o Google de violar as leis de privacidade do estado.

• Google atualiza página para explicar melhor o que acontece ao desativar Histórico de Localização
• O Google rastreia onde você esteve mesmo com o Histórico de Localização desativado

Associated Press foi a primeira a dar a notícia de que as configurações de rastreamento de localização do Google eram ainda mais complicadas do que pareciam.

O problema se resumia à rotulagem de vários recursos no menu de “Controles de Atividade” do Google. Um controle deslizante na seção de Histórico de Localização parecia afirmar que essa era uma solução de um só passo para evitar que o Google armazenasse seus dados de localização. Uma página de suporte do recurso dizia: “Com o Histórico de Localização desligado, os lugares aos quais você vai não são mais armazenados”. Mas isso não era completamente verdade. Para desativar totalmente o armazenamento de suas atividades de localização pelo Google, você também precisa pausar o controle de “Atividade na Web e de apps”. Isso pode ser descoberto se o usuário cavar fundo o bastante na documentação de produto do Google.

Na hora, o Google se defendeu, dizendo: “Fornecemos descrições claras dessas ferramentas e de controles robustos para que as pessoas possam ligá-las ou desligá-las e excluir seus históricos a qualquer momento”.

Na sexta-feira (17), a empresa mudou a formulação de sua página de suporte para esclarecer que alguns serviços do Google continuariam te seguindo. Esse foi também o dia em que Napoleon Patacsil entrou com uma ação judicial contra o Google no tribunal federal de San Francisco e solicitou que um juiz concedesse o status de ação coletiva para que outros usuários do Google pudessem se juntar a ele.

A Reuters informou pela primeira vez sobre o processo, cuja cópia foi revisada pelo Gizmodo. Patacsil apresenta como evidência o mapa de atividade da AP que foi gravado quando um voluntário desligou o Histórico de Localização e se locomoveu por Manhattan. A ação também inclui capturas de tela da política inalterada do Google e alega que a “principal meta da empresa era monitorar clandestinamente o Requerente e os membros da Ação Coletiva e permitir que terceiros fizessem o mesmo”.

O processo afirma que o Google violou as leis de privacidade da Califórnia em três acusações. Ele cita a seção 637.7 do código penal, que “proíbe o uso de um dispositivo de rastreamento eletrônico para determinar a localização ou o movimento de uma pessoa”.

A segunda acusação se baseia na primeira e afirma que o Google violou a expectativa razoável de privacidade do requerente. A ação diz que “o Google se engajou no rastreamento verdadeiro do histórico de localização de forma enganosa e em contradição direta com as instruções expressas do Requerente e dos membros da Ação Coletiva”.

A terceira acusação vai além, dizendo que a “solidão, a reclusão, o direito de privacidade ou os assuntos privados” do Requerente foram violados, “ao se rastrear intencionalmente sua localização”. A ação alega que o Google causou danos a seus usuários “porque divulgou informações confidenciais e delicadas de localização, constituindo uma flagrante violação das normas sociais” e que eles foram vítimas de uma “intrusão em seus assuntos privados”.

A maior questão que os tribunais terão de considerar é se o Google cumpriu ou não com sua obrigação legal de obter o consentimento de seus usuários. O enterramento de todas as informações que um usuário precisa dentro de documentos separados em páginas da web separadas informa adequadamente o usuário sobre aquilo com que ele está concordando? Se todas essas informações forem coletadas em um documento localizado em um portal separado, isso se qualificaria como explicação suficiente das políticas de uma empresa?

Ao alterar suas políticas na semana passada, parece que o Google entende que alguns usuários podem ficar confusos com sua abordagem anterior. Mas isso não significa admitir qualquer delito, apenas que a empresa está respondendo ao feedback dos usuários. Perguntamos ao Google se ele pretende combater essa ação judicial se ela avançar, mas não recebemos uma resposta imediata.

Se for concedido ao processo o status de ação coletiva, praticamente todo americano poderia potencialmente participar como um requerente. Ele não especifica uma quantia para os danos que espera que o tribunal conceda, mas a Califórnia se reserva o direito de revogar a licença comercial de uma empresa que viola sua lei de privacidade.

No mesmo dia que Patacsil entrou com seu processo, ativistas do Electronic Privacy Information Center enviaram uma carta à FCC (Comissão Federal de Comércio dos EUA), incentivando o órgão a investigar o Google por potencialmente violar um decreto de consentimento que a empresa assinou com a agência em 2011. Na época, a companhia foi acusada de usar táticas enganosas e de violar suas próprias promessas de privacidade. O Google concordou em não se engajar com futuras deturpações de privacidade e a fazer auditorias independentes periódicas de suas práticas de privacidade pelos próximos 20 anos.

[Northern District of California via Reuters]

Imagem do topo: Getty

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O que alguns candidatos à presidência pensam sobre tecnologia e inovação

Posted: 21 Aug 2018 07:07 AM PDT

A Associação Brasileira de Empresas de Software (Abes) realizou uma conferência em São Paulo nesta segunda-feira (20). O evento teve a participação de candidatos à Presidência da República. A entidade entregou aos políticos um estudo com propostas de medidas para as áreas de ciência, tecnologia e inovação para os próximos quatro anos. Além disso, os candidatos foram convidados a responder, em 20 minutos, três questões:

  • Considerando a inovação como combustível para tornar uma economia próspera, como fazer do Brasil um polo global de inovação, atrativo para startups, assim como para empresas maiores?
  • Como seu programa de governo garantirá a ampliação da transformação digital no Brasil?
  • Como seu projeto de governo pretende tornar o ambiente de negócios menos suscetível às incertezas?

O candidato José Maria Eymael (DC) disse que o próximo presidente deve ter obsessão pelo desenvolvimento e acreditar nas suas próprias razões. Eymael também destacou a importância da educação para a tecnologia e a necessidade de ter indicadores e metas para avaliar os programas de governo.

Ex-presidente do Banco Central e ex-Ministro da Fazenda, o candidato Henrique Meirelles (MDB) ressaltou a importância de um ambiente de estabilidade econômica para o crescimento de startups e empresas inovadoras. O candidato também sublinhou a importância de um governo que respeite o mercado, não intervindo em preços nem mudando regulações. Ele ainda destacou a necessidade de diminuir a burocracia e facilitar a realização de negócios no País.

Meirelles prometeu criar um gabinete digital diretamente ligado à Presidência da República caso seja eleito. Ele sugeriu dar alguma margem de preferência a startups em concorrências e licitações, como forma de fomentar a inovação; informatizar o SUS para que médicos tenham acesso a prontuários digitais dos pacientes; e investir em ensino técnico e profissionalizante a distância, para capacitar jovens a trabalharem no setor.

O candidato João Amoêdo (Novo) disse que seu próprio partido foi criado à maneira de uma startup. Ele destacou a importância da liberdade econômica e da segurança jurídica como formas de atrair investimentos. Amoêdo também propôs simplificar a tributação, com a adoção do IVA (Imposto sobre Valor Agregado) a ser cobrado no destino dos produtos e serviços. Além disso, manifestou o interesse em simplificar a cobrança de impostos sobre investidores-anjo e fazer o negociado valer sobre o legislado em questões como a participação societária de funcionários de startups.

O candidato do Novo também sugeriu o uso de blockchain para substituir a burocracia e a adoção de um governo digital, citando a Estônia e a Índia como modelos. Por fim, disse que os cinco candidatos a governos estaduais de seu partido estão empenhados na criação de polos de desenvolvimento econômico.

Vice na chapa de Ciro Gomes (PDT), a senadora pelo Estado do Tocantins e ex-Ministra da Agricultura Kátia Abreu (PDT) relembrou a contribuição que a inovação científica deu ao campo nas últimas décadas, com destaque para a criação da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), no aumento da produtividade do setor.

Abreu disse se inspirar no modelo das zonas econômicas especiais da China para atrair empresas e desenvolver tecnologia. Também propôs o fomento a polos regionais de inovação e tecnologia, a aproximação entre mercado e academia e a informatização como forma de melhorar a gestão e reduzir gastos — ela contou que, no Ministério da Agricultura, havia despesas elevadas com aluguel de salas para estocar papéis de processos que estavam parados.

Nas questões trabalhistas e tributárias, a senadora disse estar aberta a discussões sobre maior flexibilidade para startups contratarem funcionários. "São 'empresas em teste', que podem dar certo ou não. Os trabalhadores são qualificados; não é a mesma coisa que um chão de fábrica ou um setor de construção civil." Ela também propôs limitar as perdas dos investidores-anjo e isentar os ganhos de capital de startups. Por fim, Abreu também criticou as despesas tributárias, como isenções fiscais, que são feitas sem que haja avaliação de contrapartida para a sociedade, mas disse que pretende mantê-las para as áreas de ciência e tecnologia.

O candidato à vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Fernando Haddad (PT), disse ter perdido o voo e não pôde comparecer, mas declarou estar aberto a discutir com o setor. Os demais candidatos não compareceram nem enviaram representantes.

Imagem do topo: Leandro Neumann Ciuffo via Flickr

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Waze Carpool: serviço de caronas do Google começa a funcionar no Brasil

Posted: 21 Aug 2018 06:52 AM PDT

A promessa era começar os testes no final de 2017, mas o Google pisou na bola, e só agora o Waze Carpool começará a funcionar em terras brasileiras.

Nesta terça-feira (21), a companhia anunciou que o aplicativo do Waze Carpool já pode ser baixado pelos usuários de Android e iOS — e o serviço irá funcionar em todo o Brasil a partir desta terça-feira (21).

O custo será de R$ 4 a R$ 25 por carona, com pagamento apenas via cartão de crédito, e o Google afirma que, de cinco a 40 quilômetros, a corrida custará R$ 10; passando disso, há um valor por quilômetro — ainda não revelado. Os valores representam uma ajuda de custo para o combustível e a manutenção do veículo, mas o ponto chave é que a ideia do app não é ganhar dinheiro com o serviço ou fazer dele um trabalho, mas compartilhar o assento do carro com alguém que está indo para um lugar próximo e ter uma ajudinha no combustível.

Embora o app do Waze soe similar com o que é oferecido pelo Uber e equivalentes, a proposta é diferente. A ideia é dividir o carro com vários desconhecidos que estão indo mais ou menos para o mesmo lugar, e cada um ajuda com uma parte do custo da viagem.

Os motoristas não precisam lidar com nenhum tipo de registro extra, além da própria habilitação e do carro. Além disso, o Google não fica com nenhuma parte da tarifa.

Para os passageiros, o funcionamento é simples: o destino é inserido pelo aplicativo Waze Carpool, e o sistema escolhe um motorista com trajeto parecido. Os motoristas, por sua vez, utilizam o Waze tradicional, bastando ativar a opção para dar caronas. Os passageiros podem também definir filtros de com quem pegar a carona: pessoas do mesmo sexo ou que trabalham na mesma empresa, por exemplo.

Cada usuário tem um perfil em que são exibidas informações como: perfil do Facebook, perfil do Linkedin, uma nota de avaliação e dados apurados como "cartão de crédito verificado". Alguns desses dados são verificados a partir do email corporativo.

Outra diferença é o limite para os condutores receberem caronas. A ideia é que se façam duas corridas: uma na ida ao trabalho e outra na volta, por exemplo. O valor pago pelos passageiros também é menor, assim o serviço não se torna um trabalho.

O Waze Carpool vinha sendo testado por mais de 20 parceiros e 60 empresas. Já foram realizados 40 mil quilômetros em caronas.

O objetivo do Google é reduzir os congestionamentos em até 16%. Pelo menos em popularidade, o Carpool tem um ótimo suporte: São Paulo é a cidade com o maior número de usuários do Waze no mundo; o Brasil fica em segundo no ranking de usuários únicos mensais.

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Google e Imax encerram parceria em projeto de câmera de realidade virtual, diz revista

Posted: 21 Aug 2018 06:30 AM PDT

Uma joint venture entre Google e Imax para construir uma linha de câmeras de realidade virtual que vinha sendo trabalhada desde 2016 foi cortada, segundo uma reportagem da Variety nesta segunda-feira (21).

De acordo com o artigo, embora o Google tenha se recusado a comentar o assunto, um porta-voz da Imax disse à revista que a empresa “atualmente pausou o desenvolvimento da câmera de realidade virtual Imax enquanto continuamos a revisar a viabilidade de nosso programa piloto”. A companhia comanda uma série de pilotos arcade de Imax VR, dois dos quais foram desligados recentemente, deixando o futuro de sua empreitada em realidade virtual incerto.

A câmera em questão tinha a intenção de permitir aos cineastas capturar imagens em 3D de 360 graus. Segundo uma fonte ouvida pela pubicação, foi o Google que tomou a decisão de acabar com o projeto “no fim do ano passado, como parte de uma aparente mudança de foco em direção à realidade aumentada”. A Imax, que fabrica câmeras de ponta, tanto digitais como de filme, e o Google, que forneceu uma “solução de costura baseada em nuvem para conteúdo em VR, apelidada de Jump”, tinham 60 pessoas, incluindo terceirizados, envolvidos na empreitada, acrescentou a revista.

A Variety escreveu:

O Google anteriormente fez parceria com a GoPro e com a fabricante chinesa de câmeras Yi no desenvolvimento de câmeras de realidade virtual. O resultado mais recente dessas colaborações foi o Yi Halo, uma câmera VR de US$ 20 mil que captura imagens VR em 3D com a ajuda de 17 câmeras de ação individuais.

A câmera Imax VR foi descrita à Variety como muito mais ambiciosa, capturando uma experiência 3D mais imersiva. Os sinais de que a parceria pode ter terminado primeiro vieram à tona quando a Imax incluiu uma menção a um “pagamento contratual final à Imax relacionado à câmera Imax VR anunciada anteriormente” em seu relatório de lucros mais recente.

Existe uma série de razões pelas quais o Google está enfatizando a realidade aumentada. Mais especificamente, existem muito mais aplicações práticas que poderiam ser lançadas para os milhões de usuários de Android. O foco do Google em realidade aumentada não é novo, embora tenha havido uma certa dificuldade para a empresa e suas concorrentes para transformar seu interesse em monetizar a realidade aumentada em plataformas amplamente usadas.

Como apontou a Variety, o Google seguiu investindo e desenvolvendo tecnologia avançada de câmeras de campo de luz. Portanto, a notícia de que a empresa deixou de trabalhar com a Imax não significa necessariamente o fim de seu interesse em tecnologia de cinema em geral. Entretanto, a Imax diminuiu no ano passado seu interesse  em filmes 3D, e seus centros de realidade virtual aparentemente não conseguiram os números necessários para seguir o investimento neles, então isso é mais uma indicação de que as ambições da empresa em realidade virtual estão, de certa forma, sendo reduzidas.

[Variety]

Imagem do topo: AP

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Estas esculturas peruanas de 3.800 anos parecem emojis modernos

Posted: 21 Aug 2018 05:12 AM PDT

Arqueólogos no Peru descobriram um antigo relevo de parede que data de antes da Civilização de Caral — a mais antiga civilização conhecida no Novo Mundo. Embora extravagantes na aparência, esses símbolos antigos têm um significado muito sério.

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O encantador relevo foi descoberto por uma equipe da Zona Arqueológica de Caral (ZAC), no complexo arqueológico de Vichama, no Vale do Supe, a cerca de 180 km de Lima, capital do Peru, conforme noticiado pela Deutsche Welle. Remontando ao fim do Período Arcaico dos Andes Centrais, esse local já foi o lar da Civilização de Caral, também conhecida como Norte Chico, que é considerada a mais antiga civilização conhecida nas Américas.  Em seu auge, estima-se que três mil pessoas viviam nesse complexo, que tinha praças, moradias e um grande templo. As escavações no Vichama começaram em 2007, e os arqueólogos têm descoberto artefatos desde então.

A parede completa. Imagem: Zona Arqueológica de Caral

A parede, feita de adobe, tem um metro de altura e três metros de largura. A arqueóloga Ruth Shady Solís, diretora das escavações no Vichama, diz que um dia a estrutura formou a antecâmara de um prédio público e ficava de frente para os campos de agricultura do Vale do Huara, segundo o Latin American Herald Tribune. Esse antigo prédio incluía janelas escalonadas e uma praça circular afundada, abrangendo uma área de cerca de 875 m². Ao todo, 22 prédios foram localizados dentro do complexo, que foi construído entre 1800 e 1500 a.C.

O relevo de parede retrata quatro cabeças humanas com os olhos fechados. Duas cobras as cercam, levando a uma quinta cabeça central, não-humana, que supostamente representa um símbolo de semente antropomórfico ou humanoide. Com a boca aberta, a semente parece estar cavando ou brotando do solo. O relevo de parede pode simbolizar um período de seca e fome, já que outros relevos encontrados nas proximidades retratam humanos emaciados.

As cobras, provavelmente um deus da água, pousam na semente humanoide. Imagem: Zona Arqueológica de Caral

“Os relevos simbolizam a fertilização da terra: as cobras representam a divindade, ligada à água, que filtra na terra e faz a semente germinar”, explicou Shady Solís, na TeleSur. “O novo relevo reforça a abordagem de capturar, na memória coletiva, as dificuldades enfrentadas pela sociedade devido à mudança climática e à escassez de água, que causaram sérios efeitos na produtividade agrícola”, disse Shady Solís.

Em algum momento, o povo Caral abandonou seus assentamentos e a região. Não se sabe muito sobre essa civilização e o que aconteceu com ela, mas essa descoberta mais recente reforça as dificuldades enfrentadas pelos habitantes do que é provavelmente a cidade mais antiga do Novo Mundo.

[Deutsche Welle, TeleSUR, Latin American Herald Tribune]

Imagem do topo: Zona Arqueológica de Caral

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