quinta-feira, 30 de agosto de 2018

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Facebook quer abastecer todos seus datacenters com energia renovável até 2020

Posted: 29 Aug 2018 03:12 PM PDT

Os esforços do Facebook de limpar o conteúdo em seu site não vão bem. E os de limpar a energia que abastece suas enormes operações de dados? Estão indo muito que bem.

A gigante das redes sociais anunciou na terça-feira (28) que planeja usar energia 100% renovável em 2020, ao mesmo tempo reduzindo suas emissões de gases de efeito estufa em 75%.

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O Facebook consome uma quantidade monstruosa de energia. Para manter esses vídeos de reprodução automática prontos para você curtir e compartilhar, seus datacenters tem que funcionar a todo vapor 24 horas por dia, sete dias por semana. A empresa usou 2,46 milhões de megawatts-hora de energia em 2017, o equivalente ao uso anual de quase 342 mil lares americanos. Desses, 95% foram consumidos por datacenters.

A empresa já deu passos largos no sentido de garantir que sua energia venha de fontes renováveis, comissionando projetos eólicos e solares que, de outra forma, não teriam sido construídos, segundo um porta-voz da empresa. Esses projetos representaram 51% de toda a energia que o Facebook usou em 2017 (essa energia renovável vai para a rede, então não é completamente certo dizer que o Facebook é 51% abastecido por energias renováveis), colocando a companhia acima de seu objetivo de 50% de energia renovável para 2018. A segunda maior fonte de energia que o Facebook usa é carvão, com 18%, seguida por energia nuclear e de gás natural.

No entanto, essa mistura segue mudando para energias renováveis em 2018, com a empresa financiando um gigawatt de energia renovável neste ano. O maior aumento virá da limpeza das operações do datacenter em Prineville, no Oregon, a maior fonte de poluição por carbono da empresa. O Facebook atualmente está construindo ou financiando seis projetos de energia renovável em escala no Oregon e em Utah para ajudar a equilibrar as emissões atualmente necessárias para manter os datacenters funcionando.

Se a empresa alcançar seu objetivo de energia 100% renovável, ela ainda terá um pouco de poluição por carbono para limpar. O Facebook emitiu 979 mil megatons de dióxido de carbono — o equivalente ao emitido por 213 mil carros — em 2017, de acordo com seu relatório de sustentabilidade corporativa. Viagens diárias, viagens corporativas e a construção de novos edifícios são outras áreas em que o Facebook pode diminuir sua emissão de carbono. O porta-voz da empresa disse ao Earther que outras fontes de gases de efeito estufa da empresa incluíam o gás natural, para cozinhar e para aquecer os escritórios, e o diesel, para operar geradores em seus datacenters.

Mas o Facebook parece comprometido a fazer o trabalho. E, sinceramente, todos os incentivos estão aí. Tudo isso é questão de a economia com energia renovável ficando mais barata a cada dia. Além disso, quem diabos vai usar o Facebook se todos formos devastados pela mudança climática?

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Vão abrir um “bordel” de bonecas sexuais em Toronto em setembro

Posted: 29 Aug 2018 01:36 PM PDT

Em breve, clientes interessados poderão se divertir com uma boneca sexual em um shopping de Toronto. Considerando que as bonecas sexuais têm se tornado cada vez mais populares, não é surpresa alguma que empresas queiram recriar um bordel, substituindo o trabalho de profissionais do sexo humanas pelo de réplicas de silicone ultrarrealistas.

A Aura Dolls, empresa por trás do “bordel”, afirma em seu site que sua “visão é trazer uma nova maneira empolgante de atender suas necessidades sem várias das restrições e limitações que uma parceira real traz consigo”.

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O negócio está programado para abrir em 8 de setembro, em um endereço divulgado durante o processo de reserva. Ele atualmente permite aos consumidores selecionar entre seis bonecas, cada uma das quais com um perfil extenso. As bonecas têm todas elas “idades” entre 21 e 24 anos e incluem detalhes sobre sua etnia, seu cabelo, sua cor dos olhos, suas curvas e sua silhueta. Cada perfil também destaca que seus seios são “naturais”. Os perfis certamente buscam passar a ideia de qualidades humanas, como ciúmes.

“Yuki é uma criatura de hábitos e é seletiva com quem ela se relaciona”, diz um dos perfis. Cada um deles tem a mesma descrição, só que ajustada para incluir o nome correto. “Se você passou um tempo com a Yuki, já sabe que ela ama ser reservada com antecedência e não gosta quando você se encontra com outras Aura Dolls sem ela.”

Os preços vão de US$ 80 por 30 minutos com uma boneca a US$ 960 por quatro horas com duas bonecas, segundo a página de preços da Aura Dolls, que também indica que a empresa irá lançar planos mensais diferentes no futuro. O site da companhia afirma que existem portas separadas de entrada e saída, para garantir a privacidade — os clientes vão entrar pelos fundos e sair usando um sistema de campainha, informou o CityNews.

Supostamente, os clientes não vão interagir com nenhum funcionário durante sua visita. “Eles fazem o pagamento no caixa e vão direto para o quarto”, disse a diretora de marketing da Aura Dolls, Claire Lee, em entrevista ao CityNews. “Eles provavelmente não vão se deparar com nenhuma pessoa.” Em vez disso, os clientes seriam supostamente vigiados por meio de uma câmera quando chegarem. A boneca os espera em seu quarto.

“Acho que isso abrirá uma conversa mais ampla em torno da descriminalização do trabalho sexual e da importância em torno de como ela permitirá a profissionais do sexo trabalhar com segurança, ter direitos e validar que é uma forma de trabalho”, disse a ativista Monica Forrester ao CityNews. “Com a coisa do bordel, acho que abrirá mais diálogos, espero, e as profissionais do sexo serão incluídas nisso, em (discutir) como elas podem ser parte da mudança desse estigma.”

Mas críticos contrários argumentam que as bonecas sexuais estimulam a desumanização das mulheres. Ativistas franceses protestaram contra um estabelecimento em Paris neste mês. O bordel de bonecas sexuais Xdolls permite aos clientes alugar uma boneca por uma hora. Os manifestantes ligam o ato de transar com um silicone a uma referência à degradação das mulheres e ao estupro.

Este não é um argumento novo. Desde que homens (em sua maioria esmagadora, mas também mulheres) têm modelado máquinas a partir da imagem de sua mulher ideal, opositores têm questionado a ética de trazer tais estereótipos de gênero à vida — e ao mercado. Porém, como apontou Stassa Edwards, do Jezebel, o elemento mais notório dessa tendência não é simplesmente os produtos degradantes, mas seus criadores problemáticos.

“Existe, sem dúvida, um desconfortável relacionamento de Pigmalião [referência ao escultor que fez uma estátua e se apaixonou por ela] que sustenta toda a ideia de robôs sexuais, particularmente porque o desenvolvimento da tecnologia é em grande parte unilateral e aparentemente focado no cumprimento do desejo masculino heterossexual. Mas a ênfase aqui é no dano abstrato; isso é, basicamente, um tratamento dos sintomas e não da causa. Reduzir uma mulher a um receptáculo silencioso de fantasia não é feito simplesmente pela robótica, mas também pela pouco criativa imaginação masculina.”

Seja lá de qual lado do debate você fique, a grande abertura da Aura Dolls no próximo mês indica que essa tendência esteja longe de esfriar. Vamos só torcer que não seja uma tendência amplamente dominada por estereótipos perigosos que atendem exclusivamente aos homens heterossexuais.

[CityNews]

Imagem do topo: Getty

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O Facebook Watch já está disponível em todo o mundo, inclusive no Brasil

Posted: 29 Aug 2018 12:14 PM PDT

Em 2017, o Facebook lançou o Facebook Watch, uma plataforma de vídeos dentro da rede social, nos Estados Unidos. Nesta quarta-feira (29), a companhia decidiu expandir seus serviços de vídeo para o resto do mundo, o que também inclui o Brasil.

Antes de falar da plataforma em si, o Facebook tem deixado claro nos últimos tempos o quanto quer se concentrar em vídeos. Além do IGTV, a rede social passou boa parte do ano comprando direitos (geralmente, em parceria com algum canal) de campeonatos de futebol. No ano que vem, a rede pode transmitir, por exemplo, a Liga dos Campeões da Europa e a Libertadores no Brasil. Nos EUA, a companhia comprou os direitos da MLB (Major League Baseball), para citar um exemplo.

Depois da Libertadores, Facebook garante direitos de transmissão da Liga dos Campeões no Brasil
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Sobre a ferramenta em si, confesso que a vi pela primeira vez no fim de semana, após uma atualização do app do Facebook para Android. Trata-se de uma seção do aplicativo em que a ferramenta mostra vídeos com assuntos que possam lhe interessar e arquivos de páginas que você segue. Não há séries ou programas sociais, por enquanto.

Fora o acesso via app no iOS e no Android, o Facebook Watch poderá ser acessado via Apple TV, SmartTVs da Samsung, Amazon Fire TV, Android TV, Xbox One e Oculus TV. Por ora, não terá acesso via desktop.

Num primeiro momento, a rede não vai oferecer "intervalos comerciais" para esses vídeos, pelo menos no Brasil. Em um media blog, o Facebook diz que, primeiro, essas páginas devem ser elegíveis para poder exibir esses comerciais. Na prática, isso quer dizer que elas devem criar vídeos de três minutos e gerarem mais de 30 mil visualizações de um minuto nos últimos dois meses, além disso a página deve ter mais de 10 mil seguidores.

Os produtores de conteúdo dos seguintes países poderão usar a modalidade de anúncio: Austrália, nos EUA, na Irlanda, na Nova Zelândia e no Reino Unido. Em setembro, será expandido para Alemanha, Argentina, Bélgica, Bolívia, Chile, Colômbia, Dinamarca, Espanha, Equador, El Salvador, França, Guatemala, Honduras, México, Noruega, Países Baixos, Peru, Portugal, República Dominicana, Suécia e Tailândia (meu chute é que o Brasil não entrou na lista por causa do período eleitoral).

O Facebook promete adicionar mais recursos ao Watch, como promover Watch Parties e vídeos focados na participação da audiência — como um game show de perguntas e respostas.

A investida do Facebook na área de vídeos pode balançar esse mercado que, de alguma forma, é dominado pelo YouTube. A diferença aqui é que a rede social tem bilhões de usuários. Resta saber se a monetização dos conteúdos será tão interessante quanto a do YouTube. Boa programação já tem (disponibilizar futebol pode ser um grande chamariz para a rede). Só falta saber se haverá uma grande migração de produtores de conteúdo ou o nascimento de uma nova classe que teve no Facebook sua primeira experiência com vídeo.

Imagem do topo: Divulgação

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O que nós achamos que sabemos sobre o novo iPhone

Posted: 29 Aug 2018 11:41 AM PDT

Todo setembro é a mesma coisa. Tem feriado, tem o começo da primavera, tem a Apple chamando jornalistas para uma sala escura, onde ela revela o futuro dos iPhones. Estamos no começo da corrida louca para ficar na fila e pegar um novo aparelho da Apple com algumas melhorias modestas. Você está curioso? Com medo? Preparado para gastar muito dinheiro?

• Os preços dos smartphones não vão parar de subir tão cedo
• Por que seu iPhone fica cada vez mais lento com o passar do tempo

Os rumores deste ano apontam para uma nova linha capaz de deixar sua carteira vazia. A Bloomberg diz que a Apple, aparentemente, está menos interessada em fazer mais pessoas comprar iPhones e quer mesmo que as pessoas paguem mais por um iPhone.

Isso significa que o alto valor que vimos no iPhone X do ano passado pode se refletir em outros modelos. Mas também significa que o design com tela indo de borda a borda e o Face ID também podem estar presentes em aparelhos mais baratos. Vai ser caro, mas vai ser bacana.

Como vai ser a cara deles?

De acordo com relatos não confirmados, a Apple vai lançar três novos iPhones este ano. Um deles, aparentemente, vai ter uma tela OLED de 5,8 polegadas sem bordas, Face ID, moldura de aço inoxidável e o mesmo design do iPhone X, incluindo as duas lentes organizadas na vertical e colocadas na traseira de vidro.

Outro iPhone, de acordo com fontes, virá com uma tela OLED sem bordas de 6,5 polegadas — o que seria a maior tela já usada em um iPhone — e Face ID, moldura de aço inoxidável, traseira de vidro e câmera dupla. Pense nesse modelo como um iPhone X Plus, mas provavelmente com outro nome. Falaremos mais dele em breve.

O terceiro é talvez o mais interessante. As evidências apontam para uma tela de 6,1 polegadas LCD, sem bordas, Face ID, traseira de vidro e moldura de alumínio.

Isso significa que ele vai ter a mesma cara de um iPhone X maior, mas com materiais mais baratos, o que deve dar a ele um preço menor. Para manter os custos baixos, a Apple, dizem relatos, vai colocar só uma câmera nesse modelo com tela LCD. Ou seja, vai ser meio que uma versão premium do iPhone 8.

Além dessa questão do preço, o aparelho com LCD deve vir com mais de uma opção de cor. De acordo com Ming-Chi Kuo, um dos analistas de Apple mais respeitados, este modelo deve vir com vários tons, incluindo cinza, branco, azul, vermelho e laranja. Já os aparelhos com tela OLED, diz Kuo, terão opção em preto, prata e dourado.

O site MacRumor deu uma olhada em modelos do tipo mock-up do novo iPhone, feitos com base nos rumores e vazamentos.

O que parece iminente é o fim das bordas. O novo design de tela completa e Face ID fez muito sucesso entre a crítica, mesmo com o entalhe e tudo. Além disso, colocar todos os modelos de iPhone em um mesmo formato significa tornar o design de apps e o processo de fabricação mais fácil e eficiente.

Alguns vazamentos indicam que a tela do aparelho com tela LCD de 6,1 polegadas vai ter uma borda um pouco maior que a dos aparelhos com OLED. Mas mesmo assim, telas grandes parecem ser o futuro dos iPhones.

Qual vai ser o nome?

Essa é a maior curiosidade de todo mundo. O esquema de nomeação dos iPhones costumava ser fácil. Desde o lançamento do iPhone 4, um modelo novo completamente redesenhado ganhava um novo número, como iPhone 5.

No ano seguinte, a Apple lançava um aparelho com o mesmo design, mas com componentes melhores, colocando apenas um "s" no nome, como o iPhone 5s.

A partir do iPhone 6, aparelhos maiores ganhavam um Plus no fim do nome.

Só que isso virou uma bagunça no décimo aniversário do iPhone, quando a Apple lançou o iPhone 8 junto com o especialíssimo iPhone X ("dez").

Este ano, se a Apple lançar três telefones de tamanhos diferentes, a coisa vai ficar mais confusa ainda. Ninguém espera que a Apple lance um iPhone 9 junto com um iPhone XI ("onze") e um iPhone XI Plus.

Entretanto, muitos analistas sugerem que a empresa vai aderir a uma versão do ciclo de produto anterior, o do "s". Isso significa que os novos modelos com tela OLED podem ser chamados de iPhone Xs e iPhone Xs Plus.

Talvez o novo aparelho com LCD seja chamado de iPhone 9, mas parece confuso.

Quem sabe, no fim das contas, a Apple deixa de lado o sistema de numeração e apareça apenas com um "o novo iPhone". Mas como diferenciar entre os três tamanhos? O novo iPhone Grande, Médio, Pequeno? Vai saber.

E os componentes internos?

A guerra de especificações está pegando fogo. A Samsung, recentemente, lançou o Galaxy Note 9 com alguns números suculentos. E, baseado nos rumores, a nova linha de iPhones não vai deixar barato. Pense em processadores mais rápidos, mais RAM, baterias maiores (para alguns modelos) e telas melhores.

Vários relatos da cadeia de produção indicam que os novos iPhones terão um processador A12, feita pela fornecedora de longa data da Apple, a Taiwanese Semiconductor Manufacturing Company (TSMC). Estes chips de 7 nm seriam muito menoers que os A11 de 10 nm que equipam atualmente o iPhone X e o iPhone 8.

Eles também seriam 10% mais rápidos, de acordo com testes postados no Geekbench em junho. A tecnologia atualizada de chips também poderia tornar o uso de energia dos novos iPhones mais eficiente.

Esses benchmarks também indicam que os aparelhos OLED devem vir com 4 GB de RAM, contra 3 GB do iPhone X.

Ming-Chi Kuo banca essa informação e acrescenta que os dispositivos OLED também virão com uma bateria de duas células em formato de "L", semelhante à do iPhone X. Graças ao tamanho maior, o celular de tela de 6,5 polegadas terá uma bateria com capacidade 25% maior que a do iPhone X, algo por volta de 3.400 mAh.

O iPhone mais barato, com tela LCD, terá, de acordo com fontes ouvidas, 3 GB de RAM e uma bateria em formato de retângulo, parecida com a do iPhone 8.

Um dos mais intrigantes e controversos rumores envolve as belas e enormes telas. Kuo diz que os iPhones mais baratos usarão um sensor sobre o vidro, em vez de um sensor no próprio vidro. Isso tornaria a tela mais forte (pense em chances menores de trincar) e ficaria mais barato para produzir.

Entretanto, a Apple pode reduzir ainda mais os custos removendo o suporte ao 3D Touch, o que está longe de ser uma tragédia. Também existem chances de a empresa colocar o Gorilla Glass 6, lançado recentemente, nos três aparelhos, mas aí fica difícil distinguir o que é rumor do que é nosso desejo falando mais alto.

E o Touch ID?

Tchau!

Tá bom. E o Face ID?

Se os rumores estiverem certos, todos os três novos iPhones virão com Face ID. Isto pode deixar alguns entusiastas nervosos, já que as câmeras TrueDepth, responsáveis por fazer o sistema de reconhecimento facial funcionar, causaram alguns atrasos na produção do iPhone X ano passado.

A Apple investiu, desde então, quase US$ 1 bilhão para expandir seu negócio de módulos de câmera e atender à demanda, como forma de se preparar para os novos iPhones e, potencialmente, um novo iPad com Face ID.

Dito isso, não espere grandes mudanças no sistema. Alguns analistas previram que a Apple iria colocar uma segunda geração do módulo TrueDepth que permitiria reduzir o tamanho do entalhe, mas os rumores não vêm apontando para isso. Dados os atrasos do ano passado, faz sentido que a empresa prefira opções mais seguras desta vez.

E o USB-C?

Se você tem esperanças de usar um cabo USB-C no iPhone no fim desse ano, pode continuar sonhando.

Um rumor sugere que a Apple vai substituir a porta Lightning, proprietária, pelo USB-C, mais conveniente. É quase certo que isso não vai acontecer porque, entre outros motivos, a Apple ainda ganha caminhões de dinheiro licenciando sua tecnologia Lightning para fabricantes de acessórios.

O que parece possível é outro boato, que diz que a Apple vai trocar o USB-A dos carregadores do iPhone por uma nova tomada com USB-C, com carregamento rápido. O rumore apareceu primeiro com uma imagem na rede social chinesa Weibo, mas ganhou força nos últimos meses, como a Apple começou a cortar os preços de cabos USB-C para Lightning na Apple Store.

Ao tornar esse cabo padrão, a empresa finalmente resolve a maldição que tornava impossível ligar um iPhone em um MacBook novo sem comprar aquele cabo especial.

O Apple Pencil finalmente vai funcionar com o iPhone?

Provavelmente não.

Quando eu vou poder comprar?

Parece certo que a Apple vai anunciar seus novos iPhones em um evento no teatro Steve Jobs em 12 de setembro. Fontes de duas operadoras alemãs também contaram que as pré-vendas começarão no dia 14 de setembro, com as vendas de verdade iniciando em 21 de setembro. Nenhuma dessas datas está confirmada, mas elas parecem alinhadas com os lançamentos de anos anteriores.

Dito isso, há motivos para acreditar que os novos iPhones não serão entregues imediatamente. O iPhone X, no fim das contas, foi anunciado em 12 de setembro do ano passado, mas não começou a ser distribuído até o dia 3 de novembro nos Estados Unidos.

Pode não ser o caso esse ano. Kuo e outras fontes sugerem que os três modelos serão distribuídos em setembro. Outros, porém, acreditam que o aparelho com tela LCD pode sofrer com um atraso de um mês por causa de limitações na cadeia de fornecedores.

Quanto vai custar?

Essa parte é complicada. Lembra aquela história da Apple aumentar o preço médio de todos os iPhones? Isso não quer dizer, necessariamente, que a empresa vai subir o valor do seu aparelho de topo de linha.

De acordo com Kuo, a empresa, em vez disso, vai adotar uma política de preços "mais agressiva". Isso significa que, enquanto a versão mais cara continuará na casa dos US$ 1.000 (R$ 4.155,32, em conversão direta), outras serão levemente mais caras que os modelos atuais.

Os números flutuam entre US$ 900 e US$ 1.000 (entre R$ 3.739,79 e R$ 4.155,32) para o modelo de tela OLED de 6,5 polegadas. Kuo prevê que o aparelho com tela OLED de 5,8 polegadas vai custar entre US$ 800 e US$ 900 (entre R$ 3.324,25 e R$ 3.739,79) e a versão básica, com tela LCD de 6,1 polegadas, terá um preço entre US$ 600 e US$ 700 (entre R$ 2.493,19 e R$ 2.908,72).

Se você considerar que o preço médio dos iPhones no segundo trimestre desse ano foi de US$ 724, dá para imaginar como este número vai subir à medida que mais pessoas comprarem os iPhones de 2018. A menos que você seja acionista da Apple, estes valores não significam tanto para você. Mas você deve se acostumar com a ideia de iPhones mais caros. Alguém precisa pagar pelas telas maiores.

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Google Wear OS finalmente recebe uma atualização necessária em sua interface

Posted: 29 Aug 2018 10:06 AM PDT

No começo desse ano, eu fiquei um pouco irritado quando o Google renomeou o Android Wear para Wear OS. A intenção da companhia era tornar o seu sistema operacional para smartwatches menos específico para uma plataforma, mas fizeram isso sem nenhuma novidade no software ou hardware. Ficou só no nome mesmo.

• Wear OS parece enfim estar em alta com maior interação com o Google Assistente
• O Android Wear agora se chama Wear OS

Mas aí, durante o Google I/O 2018, as coisas começaram a melhorar. A empresa mostrou novas funcionalidades do Google Assistente para o Wear OS – o software ajuda a prever aquilo que você precisa e opera como um assistente de inteligência artificial, igual ao que temos em outros produtos da marca.

Mas era só o começo. Agora, o Google tem outra atualização para o Wear OS, que deve ajudar a amarrar algumas coisas que estavam cada uma jogada em um canto. Parece que o sistema ficará mais acessível e simplificado.


GIF: Google

Na atualização, o Google Assistente do Wear OS tentará utilizar o GPS e outros pedaços de informações relevantes para oferecer dicas úteis, antes mesmo de você pensar em perguntar ao relógio. Ele exibirá um alerta se perceber que há muito trânsito no caminho para o trabalho, ou vai te dizer como está o clima na cidade para a qual você está viajando de avião, por exemplo.


GIF: Google

Eles também melhoraram a integração com o Google Fit – que recebeu uma grande atualização na semana passada – e agora o seu smartwatch será capaz de manter mais informações sobre a sua saúde e exercícios, uma característica que tem ganhado protagonismo entre os smartwaches. E para garantir que você não saia da linha, o Wear OS irá mostrar dicas do Google Fit para te ajudar a manter o seu foco nos objetivos de bem-estar. Ao mesmo tempo, haverá um acesso mais fácil para o registro de exercícios – basta deslizar para o lado esquerdo na tela inicial.


GIF: Google

Parece que toda a interface do Wear OS foi simplificada para reduzir o número de toques extras que é preciso para acessar os aplicativos e funcionalidades mais importantes do relógio. Depois da atualização, você poderá deslizar para cima para ver múltiplas notificações de uma só, deslizar para a esquerda para chegar ao Google Fit, deslizar para a direita para ir até o Google Assistente, deslizar para baixo para ver os atalhos para o Google Pay, Encontre meu celular, entre outros.

Com a integração melhorada com os aplicativos recém-atualizados do Google, o grande anúncio no mercado de smartwatches que a Qualcomm deve fazer no dia 10 de setembro e todos os rumores a respeito de um Pixel Watch, eu ficaria bem surpreso se a companhia não lançasse um produto próprio até o final do semestre.

A atualização do Wear OS deve chegar aos smartwaches em algum momento do mês que vem. A chegada depende da fabricante do seu dispositivo, de qual versão do Wear OS ele está rodando agora e em qual país você o comprou.

Imagem do topo: Google

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Grupo conservador de funcionários do Facebook vê suposto viés político dentro da empresa

Posted: 29 Aug 2018 08:34 AM PDT

No ano passado, um engenheiro do Google chamado James Damore desencadeou uma polêmica completamente desnecessária e improdutiva depois de que seu memorando de dez páginas denunciando “a câmara de eco ideológica do Google” publicado internamente se tornou uma questão pública. Damore, que meio que usou a ciência como máscara para tentar sugerir que alguns de seus colegas de trabalho podiam ser funcionários inúteis escolhidos pela diversidade, foi demitido por criar um ambiente hostil de trabalho — mas não sem antes tentar ganhar um crédito com a mídia de direita nos Estados Unidos.

• Guerra do Facebook contra as mentiras não está indo bem, dizem responsáveis por checagem de fatos
• Facebook bane app de teste de personalidade que coletou dados de 4 milhões de usuários

Enquanto isso, os conservadores nos EUA ficaram cada vez mais bravos com um suposto viés em empresas de tecnologia, com o presidente norte-americano, Donald Trump, reclamando ele próprio — com alegações que carecem de fontes que pudessem corroborar a afirmação — de supostas censuras e resultados de busca arranjados. Agora, parece que um engenheiro sênior do Facebook decidiu tirar uma página do livro de estratégias de Damore, segundo o New York Times, postando uma reclamação em uma mensagem corporativa interna intitulada “Temos um Problema de Diversidade Política”. O tal engenheiro, que se autodenomina como o “Objetivista”, se chama Brian Amerige e também criou um grupo de discussão para promover a mensagem da carta.

Como informa o New York Times:

“Somos uma monocultura política que é intolerante a diferentes visões”, escreveu Brian Amerige, engenheiro sênior do Facebook, em um post, que foi obtido pelo New York Times. “Alegamos acolher todas as perspectivas, mas somos rápidos em atacar — muitas vezes em multidões — qualquer um que apresente uma visão que parece estar em oposição à ideologia de esquerda.”

Desde que o post foi ao ar, mais de 100 funcionários do Facebook se juntaram ao Sr. Amerige para formar um grupo online chamado FB’ers for Politcal Diversity (“Facebookers pela Diversidade Política”), segundo duas pessoas que viram a página do grupo e que não estavam autorizadas a falar publicamente. O objetivo da iniciativa, segundo o memorando do Sr. Amerige, é criar um espaço de diversidade ideológica dentro da empresa.

No texto completo da mensagem obtida pelo New York Times, Amerige aludiu a uma série de reclamações contra a suposta “monocultura política” do Facebook e contra o comportamento de manada contra “qualquer um que apresente uma visão que pareça estar em oposição à ideologia de esquerda”.

As queixas de Amerige iam de indivíduos não especificados retirando “pôsteres dando as boas-vindas a apoiadores de Trump” a críticas ouvidas contra indivíduos de direita envolvidos com a plataforma, como o fundador do Oculus VR, Palmer Luckey, e o membro do conselho Peter Thiel (Thiel secretamente financiou uma ação judicial que levou à falência da antiga proprietária do Gizmodo, a Gawker Media). Eles também incluíram alegações de que funcionários haviam sido demitidos por causa de seu apoio ao lema “All Lives Matter” (“Todas as Vidas Importam”), em contraposição ao “Black Lives Matter” (“Vidas Negras Importam”), um movimento que combate a violência direcionada a pessoas negras. Amerige também alega ter sido chamado de “transfóbico” por, segundo ele próprio, chamar a atenção de “nossa arte corporativa de politicamente radical”.

Há também muitas citações assustadoras em torno de termos como “justiça social”, “diversidade”, “igualdade” e “ofensivo”, sugerindo que ter a temeridade de dizer as coisas erradas sobre essas questões delicadas no Facebook pode custar caro para a “reputação e carreira” de alguém:

Seus colegas têm medo porque sabem que eles — não suas ideias — serão atacados. Eles sabem que todo o papo sobre “abertura a diferentes perspectivas"”não se aplica às causas da “justiça social”, imigração, “diversidade” e “igualdade”. Nessas questões, você pode ficar quieto ou sacrificar sua reputação e sua carreira.

Esses não são medos sem causa. Porque nós derrubamos pôsteres dando boas-vindas aos apoiadores de Trump. Nós propomos regularmente remover Thiel de nosso conselho porque ele apoiou Trump. Somos rápidos em sugerir demitir pessoas que acabam sendo mal compreendidas e ainda mais rápidos em concluir que nossos colegas são intolerantes. Fizemos de “All Lives Matter” uma ofensa passível de demissão. Colocamos Palmer Luckey numa caça às bruxas porque ele pagou por anúncios anti-Hillary. Nós escrevemos uns aos outros feedback ad hoc na ferramenta PSC por ter ideias “ofensivas”. Pedimos ao RH para investigar aqueles que ousam criticar o histórico de direitos humanos do Islã por criar um “ambiente não inclusivo”. E eles me chamaram de transfóbico quando chamei a atenção da nossa arte corporativa por ser politicamente radical.

A mensagem de Amerige não inclui nenhuma acusação falsificável de censura de usuários conservadores no Facebook, além de questionar se o suposto viés interno da empresa significa que ela ainda pode ser “confiada por uma grande parte do mundo como sendo portadores imparciais e transparentes de artigos, ideias e comentários”. No entanto, ele cita a opinião de Trump de que o Facebook é, de alguma forma, injusto com os conservadores:

O Congresso não acha que podemos fazer isso. O presidente não acha que podemos fazer isso. E, gostando deles ou não, merecemos essa crítica. Somos cegos para e dispensamos o que as pessoas além de nossas paredes (ou nem mesmo dentro delas) pensam sobre assuntos complexos que importam. Estou aqui há quase 6,5 anos, e isso ficou exponencialmente ruim nos últimos 2.

A carta de Amerige encoraja os funcionários a debater política no grupo, segundo o NYT, o que já resultou em alguns empregados denunciando as discussões lá como ofensivas contra minorias (um outro funcionário disse ao jornal que elas pareciam ser construtivas e inclusivas).

Basicamente, não há evidências de que o Facebook esteja ativamente censurando usuários conservadores — na verdade, tudo sugere que, nos últimos anos, o site tem estado completamente apavorado de irritá-los, consequentemente desencadeando repercussão negativa por parte de seus aliados no governo. E, no que diz respeito às alegações de censura interna, as preocupações de Amerige parecem refletir as de Damore, no sentido de que sua principal queixa é que uma pequena minoria de pessoas que escolhem expressar visões “ofensivas” no ambiente de trabalho enfrentam repercussões sociais ou profissionais. Em outras palavras, ela se apropria da linguagem dos direitos civis para promover o que, basicamente, se resume a uma queixa política pessoal no ambiente de trabalho. Liberdade de expressão não é livre de consequências, especialmente no setor privado.

De qualquer forma, a carta de Amerige parece ter sido feito quase que deliberadamente para chamar a atenção da mídia conservadora e, talvez, do próprio presidente. Então, apertem os cintos, porque isso provavelmente não vai acabar tão cedo.

O Gizmodo entrou em contato com Amerige para esclarecimentos sobre certas partes da carta, e nós atualizaremos esta publicação ou escreveremos uma outra nota caso tenhamos uma resposta.

[New York Times]

Imagem do topo: AP

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Carrefour quer testar lojas sem caixas e com pagamento pelo celular este ano no Brasil

Posted: 29 Aug 2018 07:47 AM PDT

Dar suas compras para um funcionário passar no leitor de código de barras deve mesmo virar coisa do passado. O presidente do Carrefour, Noël Prioux, afirmou que a rede deverá testar um sistema de pagamento via celular que dispensa a passada no caixa.

• Por que a fila do caixa ao lado é sempre mais rápida que a sua?
• A história da origem dos códigos de barras

Com o Scan & Go, como é chamado o método, o cliente lê os códigos de barra dos produtos com a câmera do seu próprio smartphone. O aparelho também fica responsável pelo pagamento. É um sistema diferente do Amazon Go, por exemplo, que usa câmeras e sensores espalhados pela loja para identificar o que o consumidor pegou e fazer a cobrança automaticamente.

Segundo Prioux, a novidade deve ser testada em "quatro ou cinco lojas" ainda esse ano, como parte do processo de transformação digital da empresa. Levando em consideração que, pelo menos aqui em São Paulo, tem um Carrefour Express a cada esquina, opções não faltam.

O Scan & Go já funciona em alguns países. Na Espanha, existe desde 2010, mas com aparelhinhos próprios da loja. Este relato de uma imigrante americana no país (em inglês) comenta que os funcionários conferem o que foi escaneado antes de o cliente sair da loja.

Já na Polônia, o sistema opera com smartphones mesmo, como deve acontecer por aqui. Por lá, foi feita uma parceria com a MasterCard para usar a carteira virtual Masterpass como forma de pagamento. Mesmo se seu conhecimento do idioma polonês não for grande coisa, dá para entender como funciona nesse vídeo.

O Scan & Go também está presente em uma loja-conceito de Xangai, na China, chamada Le Marche.

O sistema deve encontrar consumidores sedentos por coisas desse tipo. Segundo uma pesquisa do Ibope, 87% dos entrevistados afirmaram que gostariam de comprar em supermercados sem caixa. Uma iniciativa do tipo veio da loja Zaitt, do Espírito Santo, que criou um sistema parecido com este que deverá ser adotado pelo Carrefour. Esperamos que isso diminua a raiva de sempre escolher a fila do caixa mais demorado.

[Reuters]

Imagem do topo: Ali Yahya/Unsplash

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Acer Predator Thronos: um trono maluco para gamers

Posted: 29 Aug 2018 07:12 AM PDT

A linha Predator tem alguns produtos peculiares, mas temos agora um destaque absoluto: o Predator Thronos. Trata-se de uma estação gamer completamente maluca, praticamente o cockpit de uma nave futurista.

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O “trono” tem um metro e meio de altura, pesa 220 quilos e tem todo um sistema de imersão: é possível colocar três monitores de 27 polegadas, que ficam a poucos centímetros de distância dos seus olhos.

Além disso, ele se integra aos jogos para vibrar quando você toma um tiro ou quando está decolando com um avião, por exemplo. A estação ainda reclina em até 140 graus e tem um descanso para os pés. E é claro que é cheio de luzes!

Infelizmente, não há informações sobre a disponibilidade, nem de preço. Mas não dá para esperar nada barato: uma estação mais ou menos parecida com essa, como a a MWE Labs Emperor Workstation, custa US$ 5.305 (R$ 21.980, na cotação atual).

Haja dinheiro.

Imagem do topo: Acer

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Intel completa 8ª geração de processadores com chips que vão equipar laptops superfinos

Posted: 29 Aug 2018 05:50 AM PDT

Já faz quase um ano que a Intel lançou a 8ª geração de seus processadores. Agora, finalmente, a companhia parece completar a linha com uma série de CPUs voltadas para laptops superfinos e 2-em-1. O pulo do gato é que as maiores melhorias não estão na velocidade de processamento, mas no Wi-Fi.

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No material liberado pela Intel que detalha as novas CPUs série-U e série-Y pouco é dito sobre o quão mais rápidas são essas CPUs em tarefas do dia a dia. Por outro lado, eles não economizaram linhas para contar sobre a adição do Gigabit Wi-Fi.

Em CPUs voltadas para produtos maiores – como laptops baratos ou desktops – essa seria uma estratégia boba. Esses dispositivos podem muito bem ter um módulo de terceiros que lide com o Wi-Fi.

Mas esses chips série-U e série-Y são voltados para aparelhos superfinos, onde o espaço vale muito. Ter o Gigabit Wi-Fi (também conhecido como 802.11ac) embutido torna esses chips mais atraentes para as fabricantes de notebooks que poderão eliminar mais milímetros de seus dispositivos.

Então, o que isso significa para você e para mim – consumidores à mercê das fabricantes? Na teoria, deve significar laptops e dispositivos 2-em-1 mais finos e com maior autonomia de bateria. Se a bateria precisa alimentar apenas um chip, e não precisa gerenciar energia para um módulo de Wi-Fi separado, certamente haverá mais eficiência – além disso, as fabricantes podem aproveitar o espaço liberado para colocar baterias maiores.

Na verdade, a Intel afirma que seu novo processador da linha série-U consegue ter uma autonomia estimada de 16 horas caso o brilho da tela do computador esteja em 200 nits e a tarefa realizada seja a reprodução de um vídeo na resolução 1080p. É um ótimo número para uma CPU da Intel, que tende a consumir mais energia do que uma CPU Qualcomm Snapdragon, que algumas fabricantes de laptops Windows têm utilizado neste ano.

Mas além de velocidades maiores no Wi-Fi (que, vamos ser sinceros, nunca é demais) e autonomia de bateria, esses novos chips não parecem ser muito mais rápidos do que a atual geração. Nos materiais liberados pela Intel, todas as comparações de velocidade colocava a nova geração contra sistemas lançados há cinco anos.

Então, embora a afirmação de que esses novos processadores sejam duas vezes mais rápidos do que um sistema lançado há cinco anos possa impressionar, ela não nos dá a compreensão sobre sua velocidade comparado com as CPUs de 7ª geração.

Quando o Gizmodo pressionou a Intel a dar mais detalhes, a empresa nos disse que as melhorias de velocidade para esses chips de 8ª geração contra os de 7ª geração estavam em “dois dígitos”. Temos uma ampla possibilidade de melhoria de velocidade aqui!

Eles esclareceram depois que, quando comparados com os chips da série-U de 7ª geração, as novas CPUs série-U de 8ª geração eram cerca de 50% mais velozes. Quando comparados com as CPUs série-U Kaby Lake R de 8ª geração, que a Intel lançou em agosto, os novos processadores eram cerca de 10% a 15% mais rápidas.

Foram anunciados no total seis chips diferentes. As CPUs da série-U são baseadas na arquitetura Whiskey Lake – uma adaptação da arquitetura Kaby Lake encontrada na 7ª geração de processadores da Intel. Haverá um i7-8565U com clock máximo de 4.6GHz, um i5-8265U com clock máximo de 3.9GHz e um i3-8165U com clock máximo de 3.9GHz.

Esses três chips possuem um TDP de 15W. CPUs de 15W geralmente são encontrados nos laptops mais finos do mercado, onde a velocidade é sacrificada pelo design. Eles são, basicamente, um pequeno avanço em relação às CPUs da série-U de 8ª geração atuais, que foram anunciados em agosto – que eram baseados na arquitetura Kaby Lake R e estão disponíveis em dispositivos como o Dell XPS 13 e Razer Blade Stealth.

Mas se assegure de anotar qual é a CPU que a fabricante do seu laptop afirma ter incluído no pacote. A série-U agora tem um misto de processadores com a arquitetura mais antiga Kaby Lake R (que não tem a melhoria na velocidade do Wi-Fi) e há também o Whiskey Lake (que possui o Gigabit Wi-FI). Vale a pena checar isso. Um jeito fácil de verificar qual arquitetura está sendo usada é olhar o último número que aparece depois da letra “U”. CPUs mais antigas com Kaby Lake R terminam em zero, enquanto as mais novas com Whiskey Lake terminam em cinco.

Mas para aqueles dispositivos em que a espessura realmente importa, é provável que as fabricantes optem pela nova série-Y, baseada na arquitetura Amber Lake. Novamente, essa arquitetura é uma adaptação da Kaby Lake. Esses chips são todos CPUs 5W, voltados para 2-em-1 superfinos (pense no Surface Pro mais barato) e laptops (como o Apple MacBook). Assim como a série-U, há três chips. Um i7-8500Y com clock máximo de 4.2GHz, um i5-8200Y com clock máximo de 3.9GHz e um m3-8100Y com clock máximo de 3.4GHz.

A IFA, a maior feira de eletrônicos da Europa, está prestes a começam em Berlim, e diversas fabricantes de laptops devem anunciar novidades com esses chips. Se você está ansioso pela chegada da 8ª geração, a expectativa é que esses produtos cheguem às prateleiras até o final do ano. Mas é bom lembrar que o Gigabit Wi-Fi só funciona com um roteador que suporte 802.11ac.

Imagem do topo: Um close das CPUs para desktop com arquitetura Coffee Lake – também da 8ª geração de processadores da Intel. Créditos: Alex Cranz (Gizmodo)

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A história do inventor americano que teve uma patente recusada por ser escravo

Posted: 29 Aug 2018 04:33 AM PDT

O mundo da invenção é famoso por suas disputas de patente. Mas o que acontece quando sua disputa não foi com um outro inventor, mas, sim, com o Gabinete de Patentes dos EUA, que não te via sequer como uma pessoa? Em 1864, um homem negro chamado Benjamin T. Montgomery tentou patentear sua nova hélice para barcos a vapor. O Gabinete de Patentes disse que ele não tinha permissão para patentear sua invenção. Tudo porque ele era um escravo.

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Benjamin T. Montgomery nasceu na escravidão, no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, em 1819. Acredita-se que ele aprendeu a ler e a escrever desde cedo, algo que não era permitido à maioria dos escravos porque os brancos proprietários de escravos acreditavam que o conhecimento poderia levar a rebeliões.

A alfabetização de Montgomery lhe deu uma vantagem em sua busca posterior de diversas coisas, de pesquisas a elaboração arquitetônica. Ele até mesmo se tornou o primeiro funcionário público negro do estado do Mississippi, depois da Guerra Civil, como um juiz de paz. Mas era sua proficiência com máquinas que o tornaria notável para os livros de história — contanto que os principais livros de história americana cobrissem tais coisas.

Montgomery inventou uma série de máquinas, e documentos do século 19 alegam que elas envolviam níveis incrivelmente altos de habilidade para se fabricar. Mas o número preciso de invenções feitas por Montgomery se perdeu na história. A invenção de que mais sabemos atualmente foi sua hélice para barcos a vapor. Ele tentou patenteá-la em 1864, mas o Gabinete de Patentes dos EUA rejeitou sua solicitação porque ele era um escravo.

Por que o gabinete de patentes do Norte seria tão discriminatório contra pessoas negras durante a Guerra Civil? Joseph Holt, chefe do gabinete na época, era do Kentucky e interpretou o Caso Dred Scott como significando que uma pessoa negra livre que havia escapado para o Norte não tinha o direito de patentear sua invenção. Holt também negou a homens negros de estados mais ao norte o mesmo direito, apesar de objeções de senadores do norte como Charles Sumner, de Massachusetts.

Benjamin T. Montgomery (Imagem: Black Then)

Benjamin T. Montgomery foi vendido em um leilão de escravos em 1837 para Joseph Davis, irmão do futuro presidente do Estado Confederado da América Jefferson Davis. Os irmãos Davis viveram no sul de Vicksburg, no Mississippi, onde tinham grandes plantações próximas umas das outras.

Por duas razões, não está claro quem foi o primeiro americano negro a conquistar uma patente: o Gabinete de Patentes não exigia que as pessoas informassem sua raça ao se inscreverem para uma patente; e inventores negros às vezes usavam terceiros brancos para obter as patentes, de forma a não serem discriminados.

Dito tudo isso, o primeiro inventor negro conhecido a conseguir uma patente foi Thomas L. Jennings, de Nova York, em 1821. Mas as leis em relação a patentes mudaram com frequência na primeira metade do século 19. Durante alguns anos, era exigido que as pessoas que solicitassem uma patente americana fossem cidadãos dos Estados Unidos. Em outros momentos, os não-cidadãos foram autorizados a receber patentes americanas. E é daí que vem o problema de Montgomery. A infame decisão da Suprema Corte de Dred Scott v. Sanford em 1857 disse que os escravos não tinham legitimidade no tribunal porque não eram cidadãos. E o Gabinete de Patentes aplicou essa lógica à lei de patentes. Se Montgomery não era um cidadão, ele não podia fazer o juramento como cidadão de que sua invenção havia sido concebida por ele.

Praticamente todos os relatos modernos sobre Benjamin T. Montgomery apontam o quão “progressista” seu dono era. Mas isso é algo que, obviamente, precisa ser encarado com muito ceticismo. Mesmo que Joseph Davis permitisse a Montgomery algum nível de autonomia, como as histórias sugerem, o fazendo trabalhar como comerciante e gerente comercial na plantação, Montgomery ainda era propriedade de outra pessoa.

O livro The History of Black Business in America nos lembra dessa perspectiva:

Como escravos, Montgomery e sua família foram sujeitados a todos os horrores da escravidão. A qualquer momento, eles poderiam ter sido vendidos, separadamente ou juntos. As mulheres poderiam ter sido sexualmente abusadas por brancos com sua impunidade. É duvidoso que Davis teria alforriado Montgomery, que provou ser um escravo bastante valioso e que virtualmente geria a plantação não apenas como um CEO, mas também como um diretor de operações. Tal posição forneceu a Montgomery uma influência para proteger sua família dos piores abusos da escravidão. Quais eram suas alternativas?

[…]

Embora a vida material “privilegiada” da família de escravos Montgomery fosse altamente incomum, se não única, nos anais da escravidão americana, as atividades intraempreendedoras e empreendedoras de Benjamin Montgomery não eram. Na verdade, em grandes plantações, tais atividades eram mais a regra do que a exceção.

A natureza relativa de nossas circunstâncias é iluminada pela disputa de Montgomery com o Gabinete de Patentes. Suas invenções não podiam ser patenteadas porque ele não era visto como um ser humano, com todos os direitos que um homem branco livre poderia ter.

Professor associado de Direito na Escola de Direito de Kentucky, Brian Frye escreveu um artigo fascinante sobre Montgomery chamado “Invenção de um Escravo“. Esse estudo inclui uma descrição antiga da invenção de hélice de Montgomery:

Atuando no “princípio de remo da canoagem”, as lâminas cortam a água em um ângulo, causando menos resistência e, portanto, menos perda de potência e vibração do barco. Com essa hélice, que pesava uma fração da roda de pás convencional, não havia necessidade de uma ponte de comando. (Montgomery) Fez um protótipo que ele operava manualmente no Mississippi por dois anos antes da Guerra Civil, mas sonhava em alimentá-lo com uma máquina a vapor para que suas vantagens pudessem ser verdadeiramente testadas.

Tanto Jefferson Davis quanto seu irmão Joseph tentaram patentear a invenção de Montgomery em 1859, mas lhes foi dito que não poderiam, porque não haviam inventado o dispositivo. E os senhores de escravos viram isso como uma grande injustiça. Acredite ou não, os proprietários de escravos acreditavam que estavam sendo discriminados por não conseguirem patentear as invenções de seus escravos. Quando a Guerra Civil estourou em 1860, os novos Estados Confederados da América formaram seu próprio gabinete de patentes, mas ninguém jamais registrou uma patente com ele. Os irmãos Davis estavam muito ocupados lutando uma guerra traidora para se preocupar com essas coisas.

O artigo de Frye inclui alguns documentos sobre a era, incluindo argumentos de sulistas da época de que invenções feitas por pessoas escravas provavam que a escravidão era melhor para o povo negro. Sério.

O senador Albert G. Brown, do Mississippi, escreveu para um senhor de escravos de Holmesville, Mississippi, sobre um novo arado inventado por seu escravo:

Fico feliz de saber que seu instrumento é a invenção de um escravo negro — desmentindo, assim, o grito da abolição de que a escravidão diminui a mente do negro. Quando é que um negro livre inventou alguma coisa?

Impressionantemente, esse era um sentimento comum que permitia aos senhores brancos de escravos racionalizar a escravidão do povo negro. Um outro senador, David S. Reid, da Carolina do Norte, até apresentou um projeto de lei em 1859 que permitiria aos senhores de escravos patentear as invenções de seus escravos, mas ele nunca decolou. Jornais abolicionistas ridicularizaram a ideia, com artigos sarcásticos destacando as invenções dos escravos, como um satírico de Washington, que o jornal The National Era intitulou como: “Uma Peça Inventiva de Propriedade”.

Montgomery assumiu o controle da plantação de Joseph Davis depois de ela ser queimada por soldados da União em 24 de junho de 1862. Mas em 1863, ele chegou ao Cincinnati, onde sua hélice foi exibida na feira Western Sanitary Fair. Essas feiras eram usadas pelo Norte para arrecadar dinheiro durante a Guerra Civil, mas Montgomery encontrou um Ohio repleto de hostilidade contra pessoas de cor, apesar de ser situado no Norte.

Existe pouca documentação sobre o esforço rejeitado de Montgomery de patentear sua invenção, mas Brian Frye cita uma interessante carta que está atualmente na Universidade Rice. A carta era de William E. Simonds, o Comissário de Patentes, à Sra. Jefferson V. Davis.

A carta diz:

Cara Madame:

28 de junho de 1864, um homem de cor de nome B. T. Montgomery apresentou um pedido de patente para uma hélice neste gabinete. Ele se representou como tendo sido em algum período anterior o servo de seu marido. Gentilmente, me avise se tem algum conhecimento da correção ou incorreção de sua representação e se você sabe qual foi o fato.

Por que Montgomery se identificou como um antigo escravo? Por que os oficiais do governo no Norte queriam verificar com senhores de escravo no Sul se Montgomery havia sido um escravo? A resposta certamente decorre do “racismo”. Mas os detalhes parecem ter se perdido na história.

O resto da vida de Montgomery foi de graves altos e baixos. Ele retornou à plantação de seu ex-senhor após a Guerra Civil e a comprou secretamente de Joseph Davis e seu irmão no final de 1866. Tinha que ser em segredo porque, embora os escravos agora estivessem livres, ainda era ilegal vender terras para negros no Mississippi. Essa lei se tornou inexequível no ano seguinte, quando o governo federal buscou trazer liberdade aos ex-escravizados.

A ideia para a terra recém-adquirida de Montgomery era transformar a área em uma “comunidade composta exclusivamente de pessoas de cor”, como descreveu um anúncio que Montgomery publicou na edição de novembro de 1866 do Vicksburg Daily Times — apenas uma das várias sociedades intencionais construídas no Sul após a Guerra Civil. Montgomery a chamou de Davis Bend, mas a comunidade sempre lutou contra a hostilidade das comunidades brancas vizinhas.

Inundações e uma colheita ruim complicaram ainda mais as coisas em Davis Bend, e Montgomery não conseguiu seguir os pagamentos para seus antigos senhores, os irmãos Davis. Embora Joseph supostamente quisesse “perdoar” os pagamentos de juros e permitir que Montgomery mantivesse a terra enquanto pudesse continuar pagando a obrigação, seu irmão Jefferson, agora o líder derrotado de um ex-país traidor, não estava de acordo com nada disso. Depois que Joseph morreu em 1870, seu irmão Jefferson efetivamente roubou a terra de Montgomery.

Benjamin T. Montgomery morreu em 12 de maio de 1877, depois de uma longa batalha contra deficiência física. Ele se machucara em dezembro de 1874, enquanto ajudava a demolir uma casa, e nunca se recuperou completamente.

Suas invenções foram exibidas tanto na Feira Mundial de 1876, na Filadélfia, a primeira Feira Mundial nos Estados Unidos (apenas um ano antes de sua morte), assim como na Feira Mundial de 1893, em Chicago.

Infelizmente, não consegui encontrar ilustrações ou fotos das invenções de Montgomery em exposição. A inventividade de Montgomery foi “redescoberta” no começo do século 20, com americanos interessados na história da tecnologia descobrindo sobre sua infeliz dificuldade. O filho de Montgomery, Isaiah, deu uma entrevista a uma revista em 1909, informando parte do que sabemos sobre o inventor hoje em dia, incluindo o fato de que seu proprietário era “progressista”. Mas Isaiah teve uma relação complicada com os grupos de direitos afroamericanos que deve ser considerada quando olhamos essas alegações. Como aponta Frye, Isaiah escreveu sua própria história como o único delegado republicano negro na convenção do partido no Mississippi em 1890. Porém, estranhamente, Isaiah defendia que os negros não tivessem o direito ao voto.

Uma carta de um advogado de patentes em 1892 dá um bom exemplo do quão habilidoso Benjamin T. Montgomery era como inventor. Sugerindo que um modelo da hélice de Montgomery fosse incluído em uma exposição da Feira Mundial de 1893, o advogado escreveu que ela poderia estar em exibição com a invenção de um pedalinho de Abraham Lincoln.

“Agora, se o modelo de hélice do escravo pudesse ser adquirido e exibido no mesmo espaço que o modelo de barco do grande emancipador, isso atrairia a atenção de milhares”, escreveu o advogado de patentes. “Entretanto, tenho a impressão de que o modelo de Lincoln sofreria pela comparação.”

Imagem do topo: The Cooper Collections

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