quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Gizmodo Brasil

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Quando o Gizmodo chegou ao Brasil, o iPhone ainda não era nem 3G

Posted: 22 Aug 2018 01:31 PM PDT

Este post faz parte da série comemorativa dos 10 anos do Gizmodo Brasil. Nas próximas semanas, publicaremos outras histórias sobre o passado, o presente e o futuro.

Há dez anos, você conversava por MSN – ou seus pais. Alguém conversava por MSN, acredite. Talvez os primeiros contatos para trazer o Gizmodo para o Brasil tenham sido por MSN ou SMS. Há dez anos, ainda existia a Gawker Media. E o Gizmodo ainda não tinha dado o furo que o transformou em assunto – o novo iPhone 4, descoberto em um bar antes de seu lançamento. Bem, há dez anos existia, e bombava, o Orkut.

Em 2008, as eleições americanas que fariam de Barack Obama o primeiro presidente negro dos EUA ganhavam cara nova com uma campanha que pela primeira vez acontecia também nas redes sociais. A falência do banco de investimento americano Lehman Brothers desencadeou uma das piores crises econômicas da atualidade. Por aqui, Cesar Cielo, Maurren Maggi e a seleção feminina de vôlei traziam medalhas de ouro das Olimpíadas de Pequim, enquanto nosso comportamento no trânsito começava a mudar graças ao endurecimento da Lei Seca.

Foi nesse cenário que em 1º de setembro de 2008 estreava o Gizmodo Brasil. De lá pra cá, acompanhamos de perto uma baita transformação no mundo tecnológico, que mudou a forma como lidamos com nossos dispositivos, com nós mesmos e como interagimos com as pessoas.

Um dos marcos dessa mudança chegou ao Brasil, em sua segunda edição, poucos dias após a nossa estreia: o iPhone 3G. O mercado de smartphone ainda ganhava tração. Usávamos BlackBerry com seus modelos clássicos com teclado, e o conceito de uma tela grande sensível ao toque ainda era bem esquisito. A concorrente Nokia tinha modelos como o N95, com slide, recurso de mapas e uma câmera monstruosa de impressionantes 5 megapixels. Outros tempos.

Saudades smartphone Nokia N95 😍. Crédito: stephendotcarter/Flickr/CC

Em 2008, segundo a consultoria IDC, foram vendidos 15 milhões de smartphones no Brasil. Para se ter uma ideia, no ano passado, o número saltou para 47,7 milhões. Apesar dessa conversa sobre smartphones, o grosso da base móvel era formado por feature phones (ou simplesmente celulares). Ainda era possível ver muita gente com aparelhos Nokia com o jogo da cobrinha (meu caso, inclusive) e usuários desfilando por aí com seus Motorola V3. Oficialmente, a venda de smartphones só superou a de celulares em 2013.

Naquela época, nossos computadores eram de mesa, e o browser predominante, o Internet Explorer. O mercado de música digital ainda estava longe de ter o nível de legalidade de hoje. Na época, tinha muita gente usando programas P2P. Lembra do eMule, K-Lite, LimeWire ou Shareaza? Lógico que isso não acabou totalmente, mas os serviços de streaming, tanto de vídeo como de música, além de sistemas mais organizados de licenciamento de software — via aquisição ou assinatura em lojas de aplicativo —, facilitaram muito a nossa vida.

Emule velho de guerra. Crédito: Wikicommons

Aliás, essa história de ter uma loja centralizada também fez 10 anos em 2018. A pioneira App Store ganhou vida em 10 de julho de 2008, com 500 aplicativos. O que talvez pouca gente tenha imaginado é como esse marketplace foi importante para muitos apps que usamos hoje, como o Instagram e o WhatsApp, por exemplo.

Acompanhamos de novas conquistas no espaço à paquera por geolocalização

Nesse período, vimos a influência da tecnologia nas mais distintas áreas, como a da saúde. Há um crescente número de dispositivos vestíveis que facilitam a medição da glicose ou que permitem avaliar atividades físicas, como o Apple Watch, que estreou em 2014. O número de fumantes no mundo tem reduzido consideravelmente, mas um fenômeno recente é o de cigarros eletrônicos, com a promessa de ser menos pior que o cigarro convencional.

Na área de transporte, vimos da explosão dos aplicativos de GPS (pense em como era a sua vida antes do Waze) até o surgimento de aplicativos de transporte. Importante lembrar que eles começaram por aqui apenas para táxis e foram posteriormente expandidos para carros de passeio, com a estreia da Uber e de outros concorrentes. A paquera também já não é mais a mesma. Ainda que sites de namoro existam há um tempo, o Tinder ajudou a levar o xaveco para a mobilidade. Qualquer pessoa pode buscar seu próximo date sentado no sofá ou durante uma viagem de ônibus.

Quer goste ou não, o Tinder mudou a paquera. Crédito: Divulgação

A vida no espaço foi bastante movimentada nos últimos 10 anos. Mandamos a sonda Curiosity para Marte, achamos fortes indícios de que existe (ou pelo menos já existiu) água por lá, comprovamos a existência de ondas gravitacionais e passamos a ter muitas iniciativas privadas relacionadas ao espaço. A SpaceX, do bilionário Elon Musk, começou a mandar foguetes para o espaço com muita frequência, e temos uma corrida entre diferentes companhias para poder explorar o turismo espacial.

De olho no futuro

Para o futuro, estamos de olho em como a inteligência artificial vai mudar nossas vidas. Estamos próximo de usar carros autônomos que prometem evitar acidentes e nos guiar para onde quisermos apenas com comando de voz. Em breve, a medicina contará com sistemas que vão analisar dados e exames de forma precisa, prevendo doenças. Provavelmente, aprenderemos a nos relacionar afetivamente com humanoides, já que a tendência é que nos tornemos cada vez mais tecnológicos enquanto a tecnologia se tornará cada vez mais humana.

Seja como for, assim como a gente vem fazendo nesses últimos dez anos, vamos continuar acompanhando de perto as grandes notícias que nos ajudam a contar nossa história, sempre pelo viés da tecnologia. Afinal, como escreve Yuval Noah Harari no livro Homo Deus – Uma breve história do amanhã , o melhor motivo para estudar a história não é predizer o futuro, mas se livrar do passado e imaginar destinos alternativos.

Imagem do topo por Sean Gannan/Flickr/CC

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Este vazamento do Pixel 3 XL meio que já acabou com as novidades do próximo aparelho do Google

Posted: 22 Aug 2018 01:08 PM PDT

Smartphones topo de linha novos são alguns dos segredos mais bem guardados na tecnologia, e, embora vazamentos frequentemente aconteçam um ou dois meses antes de um lançamento oficial, normalmente existe mistério suficiente para manter as coisas interessantes até lá.

Porém, em uma reviravolta quase inacreditável, o blog russo Rozetked parece ter colocado as mãos em um Google Pixel 3 XL acabado e postou uma série de fotos para o mundo ver.

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Mas espera aí, você diria. O Google sequer anunciou uma data oficial para o evento de lançamento do aparelho, então como é que esse blog russo conseguiu um Pixel 3 XL acabado? Bom, de acordo com algumas pessoas no Twitter, uma fonte desconhecida pode ter roubado uma remessa de smartphones Pixel em trânsito antes de passar um dos dispositivos para o blog.

Essa sequência de eventos não foi explicitamente confirmada pelo Rozetked, mas traduzindo o post do blog, uma parte diz: “O Google cometeu um grande erro e, dois meses antes do lançamento do smartphone, perdeu o rastro de um lote de aparelhos finalizados”.

E parece que o Rozetked pode não ter sido o único site a pôr as mãos em um Pixel 3 XL, já que um outro vlogger russo, chamado Wylsacom, postou mais fotos de um dispositivo visualmente parecido no Twitter.

Se o aparelho mostrado acima for legítimo, assim como o resto das informações postadas no Rozetked, o que isso nos diz sobre o novo Pixel 3 XL?

A primeira coisa é aquele notch gigante no topo da tela, que, junto com a borda grande da parte de baixo do telefone, deixa o dispositivo bem esquisito. Julgando pelas duas telas nas partes superior e inferior do smartphone, provavelmente é seguro dizer que, assim como o Pixel 2, o Pixel 3 manterá seu alto-falante estéreo frontal duplo.

Infelizmente, parece que uma coisa que o Google não levou para a geração seguinte de Pixels foi o seu esquema de cor único de dois tons. A traseira do dispositivo visto acima parece ser completamente branca. Anteriormente, mesmo nos Pixel 2 de uma cor, o Google incluiu uma seção pequena de vidro que contrastava com o metal na porção inferior do dispositivo.

Outra grande coisa a se destacar é a suposta câmera do Pixel 3 XL, que o Rozetked alega que vai, mais uma vez, superar as capacidades de outros smartphones de ponta. O site russo postou um artigo separado e algumas fotos de Instagram, mostrando as imagens capturadas com o suposto Pixel 3 XL, e elas parecem bastante impressionantes. Dito isso, é difícil julgar qualidade de imagem sem ter outra foto de um dispositivo diferente como parâmetro de comparação.

Em termos de especificações, o Pixel 3 XL teria uma resolução de 2960 x 1440 e um processador Snapdragon 845, rodando ainda o Android 9 Pie, tudo isso coisas que já esperávamos do novo topo de linha Pixel. Infelizmente, o Rozetked não mencionou o tamanho da tela do dispositivo.

Na caixa, parece que o Pixel 3 XL virá com um cabo USB-C de dupla face e uma fonte de alimentação USB-C, um dongle USB-C-fone de ouvido e um adaptador OTG para a transferência de dados de um smartphone para o outro. Por fim, de acordo com as fotos vazadas, parece que o aparelho incluirá uma versão com fio dos Pixel Buds que o Google lançou no ano passado. Embora, sem vê-los em ação, é difícil dizer se essas versões com fio incluiriam a tradução em tempo real ou os recursos de Google Assistente que fizeram dos Pixel Buds um aparelho tão interessante.

Entramos em contato com o Google para uma declaração oficial sobre esse vazamento do suposto Pixel 3 XL. Entretanto, como a política da empresa é não comentar rumores ou especulação, a resposta que tivermos pode não trazer nenhuma informação esclarecedora.

Imagem do topo: Reprodução/Rozetked

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Motorola traz Moto E5 Play com Android Go ao Brasil por R$ 799

Posted: 22 Aug 2018 12:12 PM PDT

Há pouco mais de um mês, falamos sobre a edição do Moto E5 Play com Android Go que foi lançada na Europa e alguns países da América Latina. Hoje, o aparelho chegou por aqui. De acordo com a Motorola, o aparelho está disponível a partir de hoje nos principais varejistas do país, nas lojas online e na loja oficial da marca. O preço sugerido é de R$ 799.

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• Quantum You 2: existe Android Go Premium?

Vamos retomar as especificações do smartphone:

(…) são 5,3 polegadas, que agora estão dispostas em proporção 18:9. Por outro lado, ele conta só com 1 GB de RAM e bateria de 2.100 mAh (…) Logo, faz sentido que ele venha equipado com a versão reduzida do sistema operacional. As câmeras mantiveram os 8 MP na traseira e 5 MP na frente. O processador continua sendo o Snapdragon 425.

São números consideravelmente inferiores aos outros modelos da linha Moto E5. O Moto E5 “normal” tem tela HD+ de 5,7 polegadas, 2 GB de RAM, bateria de 4.000 mAh e câmera com 13 MP de resolução. O Moto E5 Plus tem a mesma quantidade de RAM e a mesma câmera que o Moto E5, mas vem com tela ainda maior (6 polegadas) e uma bateria de 5.000 mAh. Todos são equipados com Snapdragon 425 e contam com leitor de digitais na traseira.

O preço, porém, é quase igual para todos. Na loja oficial, o Moto E5 Play sai por R$ 799 a prazo ou R$ 703 com os 12% de desconto no boleto à vista. Uma busca no comparador de preços Zoom mostra que o Moto E5 regular já pode ser encontrado por R$ 719 à vista ou os mesmos R$ 799 a prazo. Nos últimos 40 dias, ele chegou a ser visto por R$ 699 em parcela única.

Já o Moto E5 Plus é um pouco mais caro: nos últimos 40 dias, ele tem estado por volta de R$ 791 à vista. Em uma promoção pontual, dá para levá-lo para casa por R$ 738 — menos de R$ 40 reais de diferença para a versão básica.

Claro, esse é o preço de lançamento e deve cair nos próximos meses. O próprio Moto E5 Plus chegou por aqui por R$ 949. Mas, por enquanto, a ideia de limitar especificações e entregar um sistema operacional em versão reduzida não está mostrando muita vantagem em termos monetários.

O Moto E5 Play se junta a dispositivos da Alcatel, Positivo/Quantum e Multilaser com Android Go que já estão disponíveis no mercado brasileiro, com preços que vão de R$ 399 a R$ 749.

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Facebook remove páginas iranianas e russas usadas para influenciar política de outros países

Posted: 22 Aug 2018 10:36 AM PDT

Em mais uma iniciativa para tentar reprimir o uso de sua plataforma por interessados em interferir na política de outros países, o Facebook derrubou 652 páginas, grupos e contas em sua rede social e contas no Instagram. As iniciativas vinham do Irã e da Rússia, mas segundo um comunicado, não há relação entre elas.

A empresa alega que as contas praticavam "comportamento não autêntico coordenado". "Proibimos esse tipo de comportamento porque queremos que as pessoas possam confiar nas conexões que fazem no Facebook", diz a publicação em seu blog.

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Segundo a rede social, a dica para a investigação foi dada pela empresa de cibersegurança FireEye. As páginas iranianas estavam organizadas em uma rede chamada "Liberty Front Press" — em tradução livre, alguma coisa como "Imprensa do Front da Liberdade".

Elas publicavam conteúdo político direcionado ao Oriente Médio, à América Latina, aos EUA e ao Reino Unido. Desde 2017, o foco nesses dois últimos países se intensificou.

A investigação da empresa identificou laços estreitos entre a Liberty Front Press e a mídia estatal iraniana, como administradores de páginas, IPs e registros de websites em comum. Ao todo, foram gastos mais de US$ 6 mil em propaganda desde janeiro de 2015. Os pagamentos foram feitos em dólares americanos e dólares australianos.

Uma segunda parte da investigação revelou que, além de publicações políticas coordenadas, feitas por páginas ligadas à Liberty Front Press que se passavam como organizações de mídia, a rede também participou de ataques cibernéticos, como hackear contas pessoais e espalhar malware.

Já uma terceira etapa do inquérito do Facebook revelou outro conjunto de contas e páginas que publicavam conteúdo sobre a política do Oriente Médio em árabe e farsi (outro nome da língua persa, falada no Irã) e sobre a política dos EUA e do Reino Unido em inglês.

Novamente, mais de US$ 6 mil foram usados em propaganda no Facebook e no Instagram, pagos com dólares americanos, liras turcas e rupias indianas, desde julho de 2012.

Além das medidas, o Facebook comunicou os resultados de suas investigações com os governos norte-americano e britânico. Como o Irã é alvo de sanções econômicas, o Departamento de Estado dos EUA e o Departamento do Tesouro também foram informados.

Como nota o The Verge, o Twitter também suspendeu 284 contas. A rede social diz que o motivo foi "participação em manipulação coordenada" e que sua análise aponta que a origem dos perfis era iraniana.

Páginas russas também são removidas

A rede social também removeu páginas, grupos e contas que "podem estar ligados a fontes que o governo americano identificou anteriormente como serviços da inteligência militar russa".

Segundo o Facebook, não há relações entre essas páginas e as iranianas. A rede social diz que alguns dos envolvidos já haviam participado de ataques à cibersegurança em 2016, antes das eleições americanas, e estão ligados a páginas que espalhavam conteúdo político sobre Síria e Ucrânia, com viés pró-Assad e pró-Rússia.

O Facebook diz que estas investigações ainda estão em curso e, por isso, não divulgará mais detalhes por enquanto.

[Facebook via The Verge]

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WhatsApp vai criar ferramentas para combater disseminação de notícias falsas na Índia

Posted: 22 Aug 2018 10:01 AM PDT

A Índia é o maior mercado do WhatsApp no mundo, com 200 milhões de usuários, que também são responsáveis pelo maior número de encaminhamentos de mensagens, fotos e vídeos na plataforma entre todos os países. Os números são impressionantes, mas trazem consigo também uma triste realidade: o país tem sido afetado por inúmeros casos de linchamentos alimentados pela disseminação de notícias falsas no app de mensagens. E a empresa agora assumiu um compromisso de ajudar as autoridades a combater o problema, criando ferramentas para frear e reprimir o fenômeno.

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Segundo a Reuters, o ministro de Tecnologia da Informação da Índia, Ravi Shankar Prasad, pediu ao WhatsApp para desenvolver maneiras de rastrear a origem de mensagens definidas como "sinistras", como as que levaram aos linchamentos no país em 2018.

Prasad afirmou que o WhatsApp se comprometeu a designar um "oficial de queixas" para lidar com os problemas na Índia e que a empresa estava trabalhando com agências do governo para combater o problema, planejando inclusive uma grande ação de conscientização sobre mensagens falsas.

O WhatsApp afirmou em julho deste ano que o encaminhamento de mensagens seria limitado a cinco conversas por vez, sejam elas em grupo ou individuais. A companhia disse também que eliminaria o botão de encaminhamento rápido que vem junto com as mensagens contendo mídia.

Existe ainda uma preocupação de que a disseminação de informações falsas desempenhe um papel prejudicial durante as eleições presidenciais de 2019, com apoiadores de partidos políticos liderando os esforços de desinformação com fins eleitoreiros.

De modo alternativo, sem esperar a boa vontade do Facebook, dono do WhatsApp, o estado de Bihar, no leste da Índia, decidiu usar a plataforma de onde o problema está surgindo para também encontrar soluções. Segundo o India Times, a polícia local criou grupos conjuntos com os moradores em 38 distritos do estado para combater a disseminação de notícias falsas. A implementação da rede de comunicação entre autoridades e população está em andamento, e cada grupo terá entre 100 e 250 membros, com as conversas sendo administradas pelos policiais.

[Reuters]

Imagem do topo: Getty

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Colômbia testa drones para jogar herbicida sobre plantações usadas para produção de cocaína

Posted: 22 Aug 2018 08:39 AM PDT

Com o recém-eleito presidente Iván Duque, a Colômbia está testando drones pilotados por controle remoto para rastrear e destruir coca, a planta usada na produção de cocaína. O governo supostamente testou dez drones até agora.

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Os drones carregam cargas de glifosato, um poderoso herbicida. Durante testes iniciais, eles destruíram “centenas de hectares de coca”, noticia o Wall Street Journal. O governo de Duque espera que os drones ofereçam mais precisão do que os métodos tradicionais de pulverização de plantações, que dependem de aviões pequenos e, frequentemente, prejudicam plantações próximas legítimas.

O presidente Duque disse em uma entrevista que os drones, fornecidos à polícia colombiana pela empresa Fumi Drone SAS, “permitem precisão total em baixa altitude acima das plantas e, além disso, minimizam o dano e as implicações para terceiros”. Diferentemente da pulverização tradicional de colheita, os drones podem sobrevoar a cerca de 60 cm acima das plantas de coca, borrifando uma concentração muito menor de glifosato.

Conforme noticia o WSJ, a Colômbia teve reduções drásticas na produção de plantas de coca entre 2001 e 2012, graças em parte ao policiamento aéreo agressivo. Em 2012, entretanto, a prática foi desacelerada depois de a Organização Mundial da Saúde alertar que o glifosato podia ser cancerígeno. O ex-presidente Juan Manuel Santos proibiu a prática completamente em 2016, apaziguando as preocupações com a saúde, mas revertendo os ganhos feitos na destruição de plantações. O jornal norte-americano informa que havia 190 mil hectares de coca na Colômbia em 2001 e 78 mil em 2012. A Casa Branca, no entanto, alega que os campos de coca chegaram a 208 mil hectares em 2017.

Imagem: Divulgação/Fumi Drone SAS

A reportagem menciona que Duque teme que o uso de drones levará a mais confrontos no solo entre a polícia e os fazendeiros. Um drone individual só consegue lidar com uma carga útil de 1/80 da quantidade de herbicida de um avião tradicional. A baixa altitude e a necessidade de reabastecer o herbicida significa a presença de mais operadores de drone e policiais em terra, potencialmente levando a confrontos — especialmente com muitos fazendeiros descobrindo que, economicamente, um campo de coca não pode ser facilmente substituído por plantações legalizadas.

“Se eles vierem com fumigação (controle de praga) forçada, haverá confrontos com a polícia”, disse Leider Valencia, porta-voz de uma organização que representa os fazendeiros de coca, em entrevista ao Wall Street Journal. “Isso eu prometo.”

[WSJ]

Imagem do topo: AP

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Próximo passo para evitar congestionamentos é “tirar carros das ruas”, diz CEO do Waze

Posted: 22 Aug 2018 07:37 AM PDT

O Waze Carpool, serviço de caronas para pessoas que moram e trabalham próximas uma das outras, estreou no Brasil nesta terça-feira (21). O objetivo da companhia com o aplicativo é diminuir o trânsito das cidades ao compartilhar o carro. Em troca, o motorista recebe uma ajuda de custo pela viagem.

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O Carpool faz parte da estratégia do Waze para oferecer opções para que as pessoas fujam dos congestionamentos. Em entrevista ao Gizmodo Brasil, o CEO do Waze, Noam Bardim, disse que o app já não tem muitas alternativas em algumas cidades e que o próximo passo é “tirar carros das ruas”.

Para se ter uma ideia, São Paulo é a cidade com o maior número de usuários do Waze no mundo, e o uso do aplicativo é capaz de afetar diretamente a dinâmica do trânsito da cidade.

Em outubro do ano passado, o índice de lentidão na capital paulista, na parte da tarde, ficou mais do que o triplo acima da média dos dias comuns – com grande concentração na avenida 23 de maio. O aplicativo teve uma falha que mandou todos os motoristas para o mesmo lugar.

Nos Estados Unidos, o app causou um fluxo intenso de trânsito na cidade de Leonia, em Nova Jérsei, que funcionava como alternativa rápida para chegar a Nova York.

Esses são alguns exemplos que confirmam a tese de que o Waze está ficando sem opções.

O plano inicial é convencer as pessoas a utilizarem o Carpool. Segundo o CEO, o competidor do aplicativo é o motorista que dirige sozinho. “O maior desafio para nós é fazer a pessoa usar o Carpool pela primeira vez. Todo mundo tem medo, imaginam muitas coisas sobre quem vai entrar no carro delas. Mas quando usam pela primeira vez, elas ficam mais abertas e mudam de ideia. O passageiro não senta atrás, senta na frente. E isso muda a dinâmica”, afirmou.

Noam disse que os bugs existem e sempre vão existir, mas que muita gente culpa o Waze pelo trânsito, quando na verdade os verdadeiros culpados são os carros. “Enxergamos que o Carpool é uma resposta para esse problema. Quando eu projeto o futuro para daqui cinco anos, gostaria de ver usuários do Waze que costumavam dirigir, mas que estão deixando seus carros em casa. Talvez essas pessoas dirijam dois dias, peguem caronas em outros dois dias. São essas as ações que podemos fazer para que os carros saiam das vias e melhore a vida de todos”.

Para que as pessoas adotem o Carpool como alternativa, o Waze está conversando com municípios e traçando planos para incentivar as pessoas a deixarem seus carros em casa algumas vezes por semana. Os preços também podem motivar as pessoas: as corridas custam entre R$ 4 a R$ 25. Para trajetos de cinco a 40 quilômetros, a corrida custa R$ 10.

Em sua visita ao Brasil, Bardim se encontrou com o secretário de Mobilidade e Transportes de São Paulo, João Octaviano. Não houve nenhum acordo, mas o CEO afirma que as ideias foram muito bem recebidas. “Penso que o papel do governo nesse caso é oferecer incentivos, não vamos forçar as pessoas a fazerem nada. É preciso oferecer opções para que as pessoa não dirijam sozinhas”, comentou.

Uma das ideias, que inclusive foi citada por João Octaviano durante o evento de lançamento do Waze Carpool, é a criação de uma faixa exclusiva em horários de pico para carros ocupados por mais de uma pessoa. O modelo não é novo e a própria cidade de São Paulo já fez campanhas desse tipo nas faixas reversíveis, em 2012.

Algumas cidades dos Estados Unidos, como Seattle, adotaram o modelo de forma permanente, com as faixas HOV (High-occupancy vehicle lane). “Essas faixas são muito mais rápidas do que as outras, é um grande incentivo”, frisou Bardim.

Outras ideias incluem tarifa zero em alguns estacionamentos, desde que o motorista esteja acompanhado de passageiros. Segundo o CEO, o app já está trabalhando com algumas cidades para oferecer esse tipo de estacionamento gratuito.

Ele disse que a cidade de São Paulo foi muito receptiva às ideias e elogiou o secretário de mobilidade da cidade: “Fiquei impressionado com a inovação proposta e olha que tenho encontros com muitas pessoas da área de transportes”, disse Bardim. “Fico animado com o fato que todos podemos concordar o quão ruim são os congestionamentos, cada um com sua própria perspectiva. E não há mocinho nessa história. Todo mundo sofre com o trânsito e existe uma grande motivação para que todos cooperem”.

Imagem do topo: Luciana Aith/Divulgação/Waze

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Facebook está ranqueando confiabilidade de pessoas que denunciam notícias falsas

Posted: 22 Aug 2018 06:54 AM PDT

Conforme revelado pelo Washington Post nesta terça-feira (21), o Facebook tem ranqueado seus usuários com base em sua confiabilidade na identificação de informações falsas — embora, em uma declaração ao Gizmodo, a empresa se distancie de insinuações de que o ranking de confiança seja amplamente aplicável a todas as facetas da rede.

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“A ideia de que temos uma pontuação de ‘reputação’ centralizada para as pessoas que usam o Facebook é simplesmente errado, e a manchete no Washington Post é enganosa. O que estamos fazendo na verdade: desenvolvemos um processo para proteger a rede de pessoas que marcam indiscriminadamente notícias como falsas e tentam enganar o sistema”, escreveu um porta-voz do Facebook por e-mail. “A razão pela qual fazemos isso é para garantir que nossa luta contra a desinformação seja a mais eficaz possível.”

O Facebook alega que o ranking de confiança — que é uma pontuação decimal entre 0 e 1 — só é aplicável a usuários que optaram por marcar um post como “notícia falsa”. Uma vez sinalizado, o Facebook gera uma pontuação para o usuário que está denunciando algo como potencialmente falso, que, como reforçou a empresa, é apenas um dos vários sinais que a plataforma utiliza. Em aplicações no mundo real, um grande número de usuários “confiáveis” sinalizando um post pode colocar essa publicação mais para cima na lista de artigos a serem revisados pelos verificadores de fatos, porém, segundo um porta-voz, é basicamente só isso.

O exemplo fornecido ao Washington Post pela gerente de produtos do Facebook, Tessa Lyons, deixa clara a aplicação desse ranking:

“Se alguém anteriormente nos deu um feedback de que um artigo era falso e o artigo foi confirmado como falso por um verificador de fatos, então podemos pesar mais o feedback de notícia falsa dessa pessoa no futuro do que o de alguém que indiscriminadamente fornece feedbacks de notícias falsas em vários artigos, incluindo aqueles que acabam sendo avaliados como verdadeiros.”

Realisticamente, o feedback dos usuários pode muitas vezes ser de baixo valor — o exemplo que o Facebook dá é de um conteúdo sendo marcado como “falso” porque o leitor simplesmente discorda dele — e esse é um jeito relativamente fácil de eliminar pessoas que mandam spam na função de denúncia.

Por mais que a reputação do Facebook tenha caído neste ano, o ranking de confiança não parece ser uma ferramenta nefasta como seu nome sugere.

[WaPo]

Imagem do topo: AP

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Produtora de vídeos quer colocar seu rosto no lugar de estrelas pornô usando deepfake

Posted: 22 Aug 2018 05:33 AM PDT

Os deepfakes, vídeos digitalmente alterados por meio de técnicas de machine learning que trocam o rosto de alguém pelo de outras pessoas, estão ficando inacreditavelmente bons.

A gente já viu políticos “falando” o que jamais disseram e, no começo do ano, aconteceu um boom de vídeos pornográficos que trocava o rosto de atrizes por de outras mulheres – bastava ter fotos o suficiente de qualquer pessoa para manipular os vídeos.

• Pornhub diz que 'deepfakes' gerados digitalmente não são consensuais e vai removê-los
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Uma produtora de vídeos pornográficos dos EUA viu uma oportunidade de negócios com essa técnica. A Naughty America anunciou que assinantes podem “personalizar” seus vídeos a partir dessas edições deepfake.

Entre essas personalizações, os usuários podem substituir a face de atores ou atrizes com o seu próprio rosto ou colocar as estrelas pornô em diferentes lugares – dá para levar uma atriz ou um ator para a sua cama, por exemplo. Pelo menos na edição de vídeo.

A produtora divulgou em seu site pequenas demonstrações da capacidade da tecnologia. Em um dos casos, a empresa trocou os rostos de duas atrizes; em outro vídeo, a atriz foi para o cenário de uma praia, com recortes muito mal feitos. (É melhor não ver isso no trabalho, mas se você quiser, tá aqui).

Deepfake da Naughty America troca o rosto de atrizes. Imagem: Naughty America/Variety.

A Naughty America desenvolveu um script que pede para que os assinantes gravem algumas cenas de si mesmo e é necessário fazer algumas expressões faciais específicas para o resultado ser satisfatório.

Isso porque a inteligência artificial precisa de material o suficiente para analisar o rosto original e substituí-lo por outro de forma convincente. Mas não é necessário imitar a performance dos atores – como já vimos, os deepfakes podem colocar personalidades em contextos completamente diferentes dos originais.

A empresa afirma que o seu departamento de compliance irá se assegurar que todo o material utilizado para a edição será cedido com o consentimento das pessoas envolvidas. Agora, imagina quanto dado você não está colocando nas mãos de uma produtora de vídeos pornográficos.

Andreas Hronopoulos, CEO da Naughty America, disse à Variety que “enxerga a personalização dos vídeos como o futuro” e que pretende desenvolver novas formas de customização com a ajuda de inteligência artificial. Uma das ideias é fazer com que atrizes ou atores possam falar o seu nome ou frases que você pedir.

[Variety]

Imagem do topo: AP

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Tem gelo na Lua – pouco, mas tem

Posted: 22 Aug 2018 04:35 AM PDT

Uma equipe de pesquisadores encontrou a assinatura da água em estado sólido em alçapões frios próximos aos polos da Lua. É o que diz um novo estudo.

Marte, o planeta anão Ceres e mesmo Mercúrio têm gelo em suas superfícies. Nestes dois últimos, ele está em áreas permanentemente sombreadas, como crateras. Mesmo assim, detectar água diretamente na Lua ainda era um desafio. Os cientistas finalmente observaram evidências de gelo no satélite, usando linhas espectrais.

"A observação de características espectrais de H2O confirma que o gelo está preso e acumula nas regiões permanentemente sombreadas da Lua", escrevem os autores do artigo publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences.

Ceres, Mercúrio e a Lua estão levemente inclinados em relação ao Sol, deixando algumas crateras permanentemente nas sombras. Estas regiões podem ser extremamente frias, chegando a -163,15°C. O único calor que elas recebem é da luz solar refletida e dos próprios corpos celestiais.

É de se imaginar que regiões como estas acumulam sólidos, como gelo — e, de fato, isso acontece, em Mercúrio e Ceres. Mas os cientistas só haviam achados algumas evidências ambíguas de gelo na Lua, graças ao Orbitador de Reconhecimento Lunar (LRO, do inglês Lunar Reconnaissance Orbiter).

Diagrama mostrando a localização do gelo nos polos lunares. Imagem: Li et al (PNAS 2018)

A grande questão era que os instrumentos do LRO mediram a interação característica da água em estado sólido com certos tipos de comprimento de onda de luz, ou espectros, na faixa do ultravioleta. Mas as assinaturas ultravioleta também podem ter vindo de outras moléculas, como o hidróxido — OH, e não H2O.

O Mapeador de Mineralogia Lunar (M3, do inglês Moon Mineralogy Mapper), um instrumento a bordo da espaçonave indiana Chandrayaan-1, por sua vez, procurou por água em estado sólido absorvendo três comprimentos de ondas de luz específicos, próximos do infravermelho. "A co-ocorrência das três absorções seria uma evidência de gelo", escrevem os autores.

Então, os cientistas mediram a luz que rebateu nas paredes ou colinas e partiu para as regiões permanentemente sombreadas. Eles encontraram os espectros e o gelo. Só que foi menos gelo do que se esperava.

"No total, apenas aproximadamente 3,5% dos alçapões frios em ambos os polos lunares apresentaram assinaturas e gelo", diz o texto. Os sedimentos nos alçapões de Mercúrio e Ceres estão aparentemente cheios de gelo, enquanto os da Lua parecem ser apenas 30% de água em estado sólido.

Analisar os dados não foi fácil. "Quando Shuai Li [autor do primeiro estudo, da Universidade do Havaí] descreveu pela primeira vez o que ele queria investigar usando os dados do M3, eu pensei que ele estava louco", diz Carle Pieters, cientista planetária da Universidade Brown que não participou da pesquisa, à Scientific American.

Ela explicou que os pesquisadores desistiram de procurar usando os dados de baixa qualidade do M3, mas Li perseverou, usando vários testes estatísticos. Ela declarou estar convencida pelo estudo.

Por que a Lua tem menos gelo do que se esperava? Eles ainda não sabem, mas pretendem descobrir com pesquisas futuras.

Mas, sim, há água na Lua. Talvez ela tenha estado lá este tempo todo. Mas os mistérios continuam. A Lua é um lugar muito estranho.

[PNAS]

Imagem do topo: Nigel Howe (Flickr)

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