sábado, 1 de setembro de 2018

Gizmodo Brasil

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Google teria comprado dados bancários secretamente, e essa nem é a pior parte

Posted: 31 Aug 2018 03:06 PM PDT

Em um mundo pós-capitalista que parece muito especificamente projetado para arrancar dos pobres em benefício dos ricos, gastar dinheiro é complicado. Porém, pelo menos até recentemente, você podia viver sem o medo de que alguma empresa multibilionária do Vale do Silício comprasse seus dados bancários para servir anúncios mais efetivos para você. Com base nos novos detalhes sobre um aparente acordo entre Google e Mastercard, esses dias chegaram ao fim.

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A Bloomberg noticia que, depois de quatro anos de negociações, o Google comprou uma enorme quantidade de dados de transação da Mastercard, supostamente por “milhões de dólares”. O Google então teria usado esses dados para fornecer a anunciantes seletos uma ferramenta chamada “medição de vendas da loja”, que a companhia anunciou bem quietinha em um post de blog no ano passado, embora não tenha mencionado a inclusão dos dados da Mastercard no fluxo de trabalho.

A ferramenta consegue rastrear como anúncios online levam a compras no mundo real, e esses dados extras são projetados para tornar os produtos de anúncios do Google mais atraentes para anunciantes (leia-se: todo mundo ganha mais dinheiro assim). O público não foi informado sobre o suposto acordo da Mastercard, embora anunciantes tenham acesso aos dados de transação há pelo menos um ano, de acordo com a Bloomberg.

Essa é uma grande bomba, quando você para para pensar. Graças, em parte, a uma forte regulação governamental, seu cartão de crédito e seus dados bancários há muito tempo são privados. Se você quisesse gastar US$ 98 na Sephora em uma tarde de terça-feira, essa transação ficava entre você, seu banco e a Sephora. Agora, parece que o Google descobriu uma maneira de achar o caminho até o canal de dados que conecta consumidores e suas compras. Se você clicou em um anúncio da Sephora enquanto estava logado no Google no ano passado e comprou coisas da loja com um Mastercard, existe uma chance de que o Google saiba sobre isso, pelo menos de alguma maneira, e venha servindo anúncios especiais como resultado.

Mas quando você considera tudo o que o Google sabe sobre você, a proposta se torna mais orwelliana. O Google disse ao Gizmodo em um comunicado compartilhado também com a Bloomberg que criptografa e anonimiza os dados de transações com cartão de crédito que está usando com a nova ferramenta de anúncios. Não há como ignorar o fato de que o Google se torna um mecanismo de anúncios mais poderoso e abrangente quando consegue ver detalhes específicos sobre os hábitos de consumo das pessoas, mesmo que eles sejam anonimizados e usados de forma agregada, conforme o Google diz que são os dados da Mastercard. Esse futuro, no qual seu e-mail, seu histórico de pesquisas, suas conexões sociais e agora seus hábitos de consumo são mercadorias, é algo de que devemos ter medo, dizem os defensores da privacidade.

“Confiar em e nomear uma plataforma como a única protetora e guardiã das suas informações é bastante perigoso”, disse Gennie Gephart, da Electronic Frontier Foundation (EFF), em entrevista ao Gizmodo. “Parece-se bastante com ter dispositivos de escuta em sua casa. Isso está trazendo essa tecnologia para mais e mais áreas de nossas vidas que costumavam ser sagradas: a casa, a escola, informações financeiras e informações de saúde.”

Não é que o Google venha usando dados de cartão de crédito para servir anúncios mais efetivos, mas, sim, que ele está fazendo essas coisas em uma escala enorme, e a natureza completa do que está sendo feito está sendo mantida em segredo. O suposto acordo entre Google e Mastercard imediatamente suscitou comparações com a saga recente do Facebook, que estaria se encontrando com bancos para tentar ganhar acesso aos dados financeiros privados dos usuários.

Segundo o Wall Street Journal, a rede social queria informações financeiras detalhadas, como saldos de conta corrente e até transações individuais. Fontes disseram que o Facebook queria construir chatbots para o Messenger para que as pessoas pudessem fazer perguntas bancárias simples a um robô, como seu saldo na conta corrente. Realisticamente falando, o Facebook poderia estar fazendo muito mais com esse tipo de dado.

Como já sabemos por causa da notícia do Google, os anunciantes adorariam saber mais sobre quanto dinheiro você tem e como você o gasta. Um porta-voz do Facebook, no entanto, disse neste mês que a rede social não “usa dados de compra de bancos ou empresas de cartão de crédito para anúncios”. Esse porta-voz também não negou que a empresa teve conversas com bancos para conseguir informações financeiras detalhadas de seus consumidores. O Facebook aparentemente só quer que o mundo saiba que essas conversas, se tiverem acontecido, não indicam atualmente um mecanismo de anúncio orwelliano. Quando pedimos para o Facebook esclarecer essas afirmações, a empresa não respondeu.

Esse mecanismo de anúncios orwelliano existe na nova ferramenta do Google. Considerando todo o segredo em torno do suposto programa de anúncio a partir da parceria com a Mastercard, é difícil saber quais outros gigantes da tecnologia estão fazendo com nossas informações financeiras pessoais. A Amazon certamente sabe muito sobre as coisas que compramos, e descobrimos neste ano que a gigante do varejo online estava explorando a possibilidade de entrar no ramo bancário. O Wall Street Jounal também noticiou que a Amazon, assim como Facebook e Google, conversou com bancos sobre a possibilidade de ter acesso a informações financeiras pessoais.

Não fazemos ideia do que acontecerá daqui em diante. A ideia de que Google, Facebook e Amazon estejam interessados no histórico financeiro e nos hábitos de gastos das pessoas potencialmente levanta comparações com como algumas empresas estão capitalizando em cima do chamado crédito social sendo desenvolvido pelo governo chinês. Essa métrica combina informações sobre a saúde financeira dos cidadãos chineses com dados de outros aspectos de sua vida social, alguns dos quais são coletados por meio de observação do comportamento online.

Não há indicação de que empresas de tecnologia americanas estejam esperando criar algo equivalente, mas o Facebook teria, sim, discutido a possibilidade de incluir dados de redes sociais com as pontuações de crédito nos Estados Unidos ao determinar quem deveria receber empréstimos. O Facebook até mesmo patenteou uma tecnologia que permitiria a bancos analisar os dados de Facebook de uma pessoa quando elas pediam um empréstimo. No fim das contas, o Facebook recuou em sua ideia, embora ainda não esteja claro o que as empresas de tecnologia poderiam fazer com dados financeiros nos bastidores. Sabemos que o Facebook agora tem pontuações de confiabilidade para seus usuários. Talvez alguma espécie de pontuação de crédito social seja a próxima etapa.

As leis são rigorosas”, disse a Dra. Jennifer King, da Centro de Internet e Sociedade da Escola de Direito de Stanford, em entrevista ao Gizmodo. “Mas se você está fazendo algo único ou um sistema como de crédito sem oferecer crédito [uma espécie de ferramenta de pontuação], talvez seja possível que (empresas de tecnologia) possam usar essa informação.”

Portanto, a notícia ruim não é só que o Google está usando dados financeiros para te oferecer anúncios. A notícia pior é que a empresa supostamente tem feito grande parte disso em segredo, e outras empresas de tecnologia, como Facebook e Amazon, estão explorando maneiras de conseguir seus dados bancários também. Talvez a pior notícia, no entanto, seja o que vem pela frente. Parece improvável que sua atividade no Facebook afetará se você consegue uma hipoteca ou não no futuro. Porém, parece possível que o Google saiba não apenas o que você quer comprar agora, mas também o que você fará amanhã, aonde irá, quem você verá.

Dito tudo isso, a boa notícia é que você não precisa usar o Facebook, o Google ou a Amazon. Se o fizer, existem maneiras fáceis de escapar das garras de empresas de tecnologia famintas por dados. Você pode instalar ferramentas como o Privacy Badger para evitar ser seguido pela web por rastreadores invisíveis. Você pode evitar permanecer conectado ao Gmail ou ao Google Chrome. Você pode usar o Firefox no lugar. Você pode cancelar sua assinatura do Amazon Prime. Você pode excluir seu perfil no Facebook. Você pode usar dinheiro quando fizer compras na Sephora. Você pode enrolar seu celular e seu laptop em um saco, amarrar e jogar no rio mais próximo de você.

Imagem do topo: Adam Clark Estes/Gizmodo

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Governo norte-americano alega que a China está usando o LinkedIn para recrutar espiões nos EUA

Posted: 31 Aug 2018 02:37 PM PDT

O governo norte-americano alega que a China está usando o LinkedIn para recrutar espiões nos Estados Unidos. E agora ele está pedindo para a Microsoft, a empresa dona do LinkedIn, derrubar contas supostamente falsas sendo usadas para construir a rede de espionagem. Primeiro noticiadas pela Reuters, as alegações estão sendo feitas por William Evanina, diretor do Centro de Segurança e Contrainteligência dos Estados Unidos.

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“Recentemente, vi que o Twitter está cancelando, sei lá, milhões de contas falsas, e nosso pedido seria que talvez o LinkedIn pudesse fazer parte disso”, Evanina contou à Reuters.

Em entrevista à agência de notícias, o ministro das Relações Exteriores da China disse que as alegações são um “completo absurdo”, acusando os Estados Unidos de terem “segundas intenções”. Os EUA e a China são atualmente vistos como adversários em uma nova guerra fria, e o crescimento contínuo de uma guerra comercial do governo Trump esfriou ainda mais as coisas. Trump deve anunciar na próxima semana cerca de US$ 200 bilhões em novas tarifas contra a China.

Por sua parte, Evanina ofereceu poucas provas para apoiar suas alegações de que a China buscou recrutar espiões usando o LinkedIn, embora outros países, como a Alemanha, tenham feito afirmações parecidas recentemente. No ano passado, os serviços de inteligência alemães afirmaram que espiões chineses estavam visando funcionários governamentais da Alemanha, alegando que mais de dez mil haviam sido contatados.

“Serviços de inteligência chineses estão usando novas estratégias de ataque no espaço digital. Redes sociais, especialmente o LinkedIn, estão sendo usadas de maneira ambiciosa para coletar informações e para recrutamento. Estamos lidando com uma tentativa ampla de infiltrar parlamentos, ministérios e governos”, disse Hans-Georg Maassen, diretor do Bundesamt für Verfassungsschutz (BfV), em dezembro de 2017.

A prova pública para a qual Evanina apontou quando falou com a Reuters foi a condenação por espionagem em junho de Kevin Mallory, um agente aposentado da CIA. Mallory foi recrutado no LinkedIn para fazer espionagem para a China e foi preso depois de voltar de Xangai com US$ 16 mil em dinheiro em espécie não declarado. Quando o FBI vasculhou seu smartphone, descobriram históricos de mensagens excluídas no WeChat entre ele e seu chefe chinês. Não está precisamente claro quais informações Mallory deu aos chineses em troca do pagamento.

O LinkedIn tem aproximadamente 562 milhões de usuários, o que faz dele uma plataforma muito menor do que o Facebook, por exemplo, mas, ainda assim, uma ferramenta importante para pessoas buscando empregos. Porém, à medida que o mundo se torna mais interconectado, fica mais fácil para espiões internacionais não apenas serem recrutados, mas também visados por exibir comportamento que os pode tornar um alvo para recrutamento. Pessoas com problemas financeiros, como Mallory supostamente tinha, são especialmente cobiçadas por causa de seu desespero, o que as torna menos propensas a obter habilitações de segurança do governo americano.

No entanto, como aponta a Reuters, oficiais de inteligência da China não estão visando apenas funcionários do governo. O FBI estima que cerca de 70% dos esforços de espionagem da China nos Estados Unidos são voltados para pessoas no mundo corporativo ou acadêmico, em que tudo, de segredos comerciais a tecnologia, passando por pesquisa acadêmica sobre assuntos aparentemente inofensivos, pode se tornar valioso para as necessidades de inteligência da China.

Entramos em contato com a Microsoft para comentários sobre o pedido de Evanina e atualizaremos este artigo se tivermos mais alguma informação.

[Reuters]

Imagem do topo: Getty

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Três estações de trem de São Paulo ganham Wi-Fi gratuito

Posted: 31 Aug 2018 01:03 PM PDT

Algumas estações de trens de São Paulo, da CPTM, ganharam Wi-Fi gratuito nesta semana. São elas: Palmeiras-Barra Funda, Pinheiros e Tamanduateí, que se ligam com as estações do metrô das linhas vermelha, amarela e verde, respectivamente.

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Os usuários poderão se conectar a uma rede com velocidade mínima de 10 Mb/s e o sistema é bem similar ao que foi implementado nas estações de metrô. A diferença é que, na CPTM, será possível usar a conexão mesmo nas plataformas.

É preciso fazer um cadastro apenas com o nome completo e email para utilizar o Wi-Fi, e a sessão dura apenas 15 minutos. Apesar disso, é possível se conectar novamente quantas vezes quiser.

Durante esse primeiro momento, a página de cadastro não exibirá publicidade, mas a Linktel esclareceu ao Gizmodo Brasil que elas devem ser incluídas “em um futuro próximo”, após as negociações do departamento comercial.

A inclusão de publicidade é, basicamente, a contrapartida para a infraestrutura instalada pela companhia que, segundo a CPTM, não está recebendo verba para realizar os testes.

De acordo com a Linktel, outras estações receberão os roteadores nos próximos meses. A expectativa é que Tatuapé e Itaquera ganhem a novidade em breve e, Brás e Luz, recebam posteriormente. A empresa garante que o seu sistema suporta milhares de pessoas em conexão simultânea.

Segundo o MobileTime, os testes vão durar um ano e deverão fomentar a elaboração de um edital da CPTM para licitar a contratação do serviço de forma definitiva em todas as estações.

[MobileTime]

Imagem do topo: Diego Torres Silvestre/Flickr

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LG V35 chega ao Brasil por R$ 4.999

Posted: 31 Aug 2018 12:11 PM PDT

Estamos vivendo a temporada de lançamentos de smartphones de topo de linha no Brasil. Hoje, foi a vez da LG anunciar a chegada de seu V35 ThinQ no país. O aparelho será vendido nas lojas da marca em São Paulo e Rio de Janeiro com preço de R$ 4.999.

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O V35 ThinQ foi anunciado junto com o G7, mas só começou a ser vendido agora. Ele é o aparelho com as maiores especificações na linha de produtos da LG — são 6 GB de RAM e 128 GB de armazenamento, processador Qualcomm Snapdragon 845 e tela OLED de 6 polegadas com resolução QuadHD+. Ah, e nada de notch no topo da tela, diferente do G7.

O smartphone também conta com recursos interessantes de áudio, como Super Far Field Voice Recognition (algo como “reconhecimento de voz de campos super distantes”), que permite falar com o Google Assistente a até 5 metros de distância, e som surround virtual 3D com 7.1 canais de áudio.

Imagem do topo: Sam Rutherford

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Este guarda-chuva com pau de selfie soluciona um problema que você não tem

Posted: 31 Aug 2018 11:17 AM PDT

O pau de selfie já teve dias mais gloriosos mas, mesmo passada a moda, ele continua sendo um acessório interessante para colocar mais gente em uma foto ou pegar ângulos que seriam impossíveis segurando a celular com a mão.

O problema é carregar um pau de selfie por aí — em 99% do tempo, você não vai precisar de um, então deixar na bolsa ou na mochila é só carregar peso à toa. E se ele estivesse junto com um objeto mais útil? Foi o que pensou a Bagaggio, que criou um guarda-chuva com pau de selfie.

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O inusitado híbrido tem um suporte para colocar o smartphone junto ao cabo. Assim, é só segurar pela cobertura e pronto, está feito seu pau de selfie improvisado.

Também dá para usar o negócio como tripé — basta apoiar a cobertura do guarda-chuva no chão e o seu smartphone fica estável no suporte. É meio baixo, é verdade — 32 cm de altura — mas já quebra um galho. O guarda-chuva-pau-de-selfie conta ainda com um botão disparador.

O produto está à venda por R$ 80 no site da Bagaggio, sua fabricante. É caro, mas pelo menos parece ser um guarda-chuva resistente. Só não vá esquecer ele por aí — você pode acabar molhado e mal na foto.

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Uau, Giz! Dez anos já? – por Adriano Silva

Posted: 31 Aug 2018 11:00 AM PDT

Querido Giz,

Já faz 10 anos? Uau.

Era junho de 2008 quando compusemos a empresa – a Spicy Media. Minha estreia no empreendimento, eu que tinha sido só executivo até ali. Em agosto, estreamos. (E o servidor caiu na primeira hora. Soou charmoso, parecia uma avalanche de acessos. Mas era só um bug de programação e hospedagem.)

Em 10 semanas, fizemos tudo – definimos o nome da empresa, a registramos, criamos um logo, imprimimos cartões. Desenhamos o site e desenvolvemos a plataforma sobre a qual rodaríamos o Giz – escolhemos Drupal em vez de Joomla. (Por que diabos não fizemos tudo logo em WordPress?)

Quando o Gizmodo chegou ao Brasil, o iPhone ainda não era nem 3G

Definimos o modelo de negócios (eu não sabia o que era um Superbanner e tive que aprender o que era uma clicktag), precificamos, fizemos o material de vendas. E eu saí para vender. Palmilhei o emergente mercado de mídia digital brasileiro. Não conhecia ninguém, fiquei conhecendo todo mundo. Dezenas de cold letters e cold calls. Havia dias em que eu tinha reunião de apresentação comercial das 8h às 20h. Não dava tempo de almoçar. Eu levava uma boa nova – o Gizmodo, o maior blog do mundo, bíblia dos geeks mais bacanas do planeta, chegava ao Brasil.

As redes sociais ainda não haviam revolucionado nossas vidas. A blogosfera – ambiente em que você brilhava, Giz – era a grande novidade dentro do mundo digital. A gente era visto como oportunidade – mas também como ameaça. (E muita gente simplesmente não entendia o que éramos e o que fazíamos.)

Apostamos tudo em Brand Content – na época, nem se usava esse termo. Mas era o que vendíamos – a nossa expertise em produzir conteúdo de primeira linha para as marcas, e sua supervitrine, Giz, para conectar essas histórias com os consumidores de tecnologia mais influentes do mercado. (Quem primeiro usou o termo "Brand Channel" no Brasil não foi o You Tube, Giz, fomos nós.) Muitas agências e muitos clientes ainda não estavam preparados para fazer essa compra – queriam saber apenas quantos page views de square banner tínhamos em nosso inventário. Felizmente, encontramos ótimos parceiros. E deu tudo certo.

Muita gente boa passou pelo Giz. Pedro Burgos, Fabio Sabba, Renata Mesquita, Fabio Bracht, Felipe Ventura, Leo Martins, José Roberto Gomes. Crescemos. Naquele fim de década, com grande otimismo em relação ao Brasil, a Vila Olímpia era uma espécie de Vale do Silício brasileiro. E a gente marcou época a partir do canto de escritório que ocupávamos naquelas quebradas digitais.

Aí um dia veio Caio Maia e pediu para cuidar de você. Com três anos de vida no país, você trocou de casa. E que bom que foi assim. Bons projetos são feitos para voar, não para ficar na mão da gente. Em seguida, a Mariana Castro caiu dentro. E desde então vocês têm feito uma bela dupla.

Parabéns, Giz.

E muito obrigado por tudo, mas tudo mesmo, que você me ensinou.

Adriano Silva é founder e publisher do Projeto Draft. Em 2008, ele criou a Spicy Media que trouxe o Gizmodo ao Brasil.

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Uber irá avisar motorista qual a forma de pagamento da corrida

Posted: 31 Aug 2018 08:42 AM PDT

Uma reclamação antiga dos motoristas da Uber foi, finalmente, atendida pelo aplicativo. A partir de agora, eles serão avisados sobre a forma de pagamento que o usuário escolheu para pagar a corrida.

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O recurso ajudará os motoristas a terem mais controle sobre suas corridas e se sentirem mais seguros – quando a opção de pagamento em dinheiro foi lançada em 2016, eles passaram a reclamar da frequência de assaltos.

Por outro lado, o usuário que costuma escolher essa opção de pagamento pode ter mais dificuldades para ser atendido. Alguns usuários do 99 reclamam que, no pagamento com dinheiro, é preciso esperar mais tempo até achar um carro, conforme indica o UOL.

A informação sobre o método do pagamento na Uber só irá aparecer depois que o motorista aceitar realizar a corrida, mas antes do passageiro entrar no carro. Se ele quiser, poderá cancelar o chamado e o aplicativo do usuário irá procurar outro motorista.

Segundo a Uber, a função já está disponível na nova versão do aplicativo para motoristas, que foi lançado no começo deste mês. Além dessa novidade há um rastreador de ganhos em tempo real, guia básico do motorista parceiro, otimização de conexão para iniciar e encerrar corridas mesmo quando está sem internet.

A empresa tem tentado aumentar suas medidas de segurança após uma série de escândalos internos e casos de violência envolvendo passageiras. No mês passado, a companhia anunciou um investimento de R$ 250 milhões para os para abertura de um centro de desenvolvimento tecnológico no Brasil voltado para a segurança.

Recentemente, o aplicativo ganhou uma “Central de segurança” e botões para compartilhar trajeto com amigos e contatar a polícia diretamente a partir do app.

Imagem do topo por Alessandro Feitosa Jr./Gizmodo Brasil

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Motorola One: smartphone com carinha de iPhone X e atualizações ágeis chegará ao Brasil em breve

Posted: 31 Aug 2018 07:12 AM PDT

No meio de agosto, a Motorola anunciou o P30 no mercado chinês, e se especulava que o modelo chegaria a outros mercados como Motorola One. Pois bem, o Motorola One e o One Power foram anunciados para o resto do mundo, mas não se trata exatamente dos mesmos aparelhos. Eles compartilham muitas características, a mais notável delas sendo a semelhança com o iPhone X.

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O destaque dos dois novos modelos é que eles fazem parte do programa Android One, que o Google preparou para dar mais agilidade às atualizações de segurança e aos updates maiores do sistema. O programa Android One prevê correções de segurança mensais por três anos após o lançamento global.

A Motorola promete atualizar rapidamente os aparelhos com o Android Pie, recém lançado, e com o Android Q, que só será anunciado no ano que vem – ah, é a versão pura que vem embarcada.

Sistema à parte, os componentes do Motorola One são intermediários. O modelo base tem tela de 5,9 polegadas com resolução de 1520×720 pixels, processador octa-core Snapdragon 625 de 2,0 GHz, câmera dupla de 13 megapixels na traseira, sensor de 8 megapixel para selfies e… só. A fabricante não revelou a quantidade de RAM, nem o tamanho da bateria, mas afirma que o aparelho terá autonomia para um dia inteiro com uma só carga.

Já o One Power tem tela 6,2 polegadas com resolução de 2280×1080 pixels, processador octa-core Snapdragon 636 de 1,8 GHz, câmera dupla de 13 megapixels na traseira, sensor de 8 megapixel para selfies, 64 GB de armazenamento e promessa para “até dois dias de bateria”.

O Motorola One será vendido na Europa, América Latina e Ásia a partir de setembro. O preço sugerido para a Europa foi de 299 euros (R$ 1.440, na cotação atual). Ainda não há informações de disponibilidade e preço para o Brasil.

Já a versão mais potente, o One Power, vai chegar à Índia em outubro, sem valor definido. O material de divulgação da Motorola não menciona se esse modelo chegará a outros mercados. Entramos em contato com a assessoria da Motorola para saber se o produto deve desembarcar no mercado brasileiro.

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Vazamento revela possíveis imagens de versão menor do Google Pixel 3

Posted: 31 Aug 2018 05:47 AM PDT

Após a blogosfera russa ter tido acesso ao que parece ser o Google Pixel 3 XL, nós não esperávamos mais surpresas sobre os smartphones do Google. Mas agora apareceram algumas fotos da suposta versão menor do Pixel 3 que pode trazer a esperança para pessoas que odeiam o notch.

Vazamentos dão alguma ideia de como devem ser o próximo iPhone e o Apple Watch

Baseado nas imagens, o Pixel 3 padrão tem um visual diferente do Pixel 3 XL. Como já falamos, não tem o notch, e ele conta com bordas menos largas no topo e nos lados do dispositivo. Para falar a verdade, o Pixel 3 me parece muito mais equilibrado que seu irmão maior.

Apesar do tamanho, o Pixel 3 não parece ter recursos a menos, pois ele conta com duas câmeras selfie de 8 megapixels e dois alto-falantes estéreo na frente. O que chama a atenção é que o menu do Pixel 3 indica uma tela de 5,5 polegadas, o que é um grande salto para a tela de 5 polegadas do Pixel 2 lançado no ano passado.

 

A bateria do suposto Pixel 3 parece ser boa. Uma das imagens mostra a capacidade do telefone em 2.915 mAh com 94% de carga, o que significa que estamos falando de um dispositivo com capacidade total na casa dos 3.000 mAh. Esse é um bom incremento, pois o Pixel 2 tem uma bateria de 2.500 mAh, cuja autonomia alcançou 8h59m — duas horas menos que o Pixel 2 XL (11h17m), de acordo com nossos testes.

Pelo menos para minha alegria, a imagem da traseira do telefone mostra que o Google não vai abandonar a sua assinatura, mantendo o acabamento em dois tons de cores, que é um dos poucos recursos visualmente interessantes do Pixel.

Infelizmente, isso foi tudo o que conseguimos espremer analisando essas fotos. Apesar de várias rodadas de rumores e vazamentos, parece que temos já muitos detalhes de como serão tanto o Pixel grande como o tamanho normal. Se as coisas continuarem assim, a apresentação do Google, prevista para outubro, deve vazar antes mesmo do evento.

[Reddit]

Imagem do topo: Foto do Pixel 2 lançado no ano passado. Crédito: Sam Rutherford/Gizmodo

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Buracos negros podem temporariamente trazer estrelas mortas de volta à vida

Posted: 31 Aug 2018 05:04 AM PDT

O que acontece quando uma estrela morta se encontra com um buraco negro? A resposta parece ser um breve despertar zumbi, de acordo com um novo artigo.

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Uma equipe de cientistas estava interessada em como anãs brancas — objetos densos e pequenos que, acredita-se, se formam quando estrelas maiores ficam sem combustível — interagem em torno de buracos negros com peso de uma a dez mil vezes a massa do Sol, também chamados de buracos negros de massa intermediária. Acontece que, pelo menos de acordo com esses novos cálculos, essas anãs brancas poderiam se reacender em uma explosão como de supernova, gerando elementos mais pesados. Talvez um dia os físicos consigam observar os resultados dessas explosões.

“As rupturas das marés de estrelas anãs brancas por buracos negros de massa intermédiaria são eventos cósmicos complexos e violentos, capazes de gerar energias eletromagnéticas e de ondas gravitacionais observáveis significativas”, escrevem os autores no estudo aceito para publicação no The Astrophysical Journal.

Os pesquisadores construíram uma simulação física desses dois objetos passando um pelo outro. Eles apontam que essas simulações dependem de muito poder computacional, exigindo uma compreensão de toda a matéria em movimento, magnetismo, radiação e gravidade no sistema. “Não consideramos campos magnéticos ou radiação neste trabalho”, eles escreveram, mas ainda incluem um tratamento completo dos efeitos das reações nucleares, assim como a gravidade do buraco negro, incluindo não apenas as leis mais simples da física elaboradas por Isaac Newton, mas também a teoria da relatividade geral, de Albert Einstein.

Aproximações curtas entre esses dois objetos resultariam em reações nucleares na anã branca em todos os cálculos do grupo. As explosões foram muito parecidas com as supernovas do tipo Ia, os tipos causados ​​por anãs brancas sugando a matéria de um anfitrião mais pesado e depois experimentando uma explosão em sua superfície. Mas, neste caso, o intenso puxão gravitacional do buraco negro na anã branca causa as explosões. Esses eventos de fusão nuclear podem levar à produção de elementos mais pesados ​​— especificamente, cálcio ou ferro. Basicamente, seria como se a estrela fosse temporariamente reacendida.

Essas interações também podem levar a explosões de ondas gravitacionais que experimentos futuros, como as espaçonaves do LISA, poderiam detectar, mas os sinais seriam raros. “Embora esses sinais estejam dentro da faixa de frequência do LISA, as amplitudes são suficientemente pequenas para não serem observadas, exceto a distâncias das fontes dentro de 33 mil a 333 mil anos-luz, o que, se as estimativas atuais da (anã branca a buracos negros de massa intermediária) taxa de ruptura … estiverem corretas, seriam eventos extremamente raros”, escrevem os autores no artigo.

Para K.E. Saavik Ford, professora da Faculdade Comunitária Borough of Manhattan, da Universidade da Cidade de Nova York, e pesquisador associado no Museu Americano de História Natural, essa é uma bela pesquisa, conforme avaliou em entrevista ao Gizmodo por e-mail. “Esta é uma explicação potencial para um tipo incomum de fonte ‘transiente’ ou temporária — uma que aparece e depois desaparece —, que contém quantidades substanciais de cálcio, mas não tanto ferro ou níquel, como poderíamos esperar em supernova típica gerada por uma anã branca (supernovas de tipo Ia)”, ela escreveu. Essas supernovas geram muito ferro, mas, às vezes, os astrônomos veem eventos com menos ferro e mais cálcio. Talvez esses encontros entre anãs brancas e buracos negros estejam causando esses eventos.

Mas Ford apontou que poderiam haver outras maneiras de produzir “transientes ricas em cálcio” em que cientistas ainda não pensaram. Ela também mencionou que “a simulação termina apenas dois segundos do momento mais violento, enquanto observamos supernovas ao longo de meses”. O que de fato aconteceria pode ser mais complicado do que o que o estudo prevê, ela disse.

Ainda assim, o artigo também pode oferecer uma outra maneira de potencialmente identificar buracos negros de massa intermediária. Como escrevemos no Gizmodo, existem provas convincentes, mas nada que seja uma maravilha, apontando para se esses buracos negros de massa intermediária, mais massivos que uma estrela bem pesada e mais leves que os buracos negros de supernovas no centro das galáxias, realmente existem.

O telescópio Swift talvez já tenha observado uma interação entre um buraco negro de massa intermediária e uma anã vermelha na forma de uma explosão de raio-gama chamada GRB060218.

Em outras palavras, talvez consigamos ver esses despertares zumbi a partir do nosso planeta.

[ApJ]

Imagem do topo: imagem conceito de um buraco negro engolindo uma estrela. Créidto: NASA JPL/Caltech

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