quinta-feira, 6 de setembro de 2018

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Twitter e Facebook admitem falhas e advertem sobre ameaça a eleições americanas

Posted: 05 Sep 2018 03:05 PM PDT

Executivos do Facebook e Twitter admitiram falhas passadas de suas empresas, em uma rara demonstração de modéstia, diante do Comitê de Inteligência do Senado dos EUA, nesta quarta-feira (5). Eles também elogiaram novos esforços para combater a propaganda bancada por estados em suas plataformas, dizendo que a tarefa é geralmente "esmagadora" e drena muitos de seus recursos.

Apesar das frequentes e contraditórias observações do presidente Donald Trump, oficiais de alto escalação da segurança nacional dos Estados Unidos continuaram alertando sobre operações estrangeiras de influência, que têm como alvo as eleições norte-americanas de 2018 e 2020. Há algumas semanas, o diretor do FBI Christopher Wray disse que agentes americanos têm sido alvo de técnicas tradicionais de espionagem. Além disso, Wray acrescenta que a agência detectou iniciativas criminosas para suprimir a votação e fazer contribuições ilegais de campanha.

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Entre outras táticas empregadas por rivais estrangeiros, agentes do FBI, da Segurança Interna e do Comando Cibernético citaram ações para espalhar desinformação em redes sociais, tendo como alvo direto os eleitores norte-americanos, assim como ciberataques contra a infraestrutura eleitoral da nação. "Nossos adversários estão tentando minar nosso país de maneira regular e persistente", disse Wray, "seja época de eleição ou não".

Em seus comentários iniciais, a diretora de operações do Facebook, Sheryl Sandberg, reconheceu que o Facebook foi "muito lento para agir" em 2016 contra a campanha que partiu do Kremlin que havia sido preparada para semear discórdia entre eleitores americanos. "Isso é culpa nossa", disse Sandberg, descrevendo a intromissão de Moscou como "completamente inaceitável" e uma violação dos valores do Facebook "e do país que amamos".

 "Nossos adversários são determinados, criativos e muito bem financiados. Mas nós somos ainda mais determinados e continuaremos lutando."

"Estamos investindo no longo prazo, porque os trabalhos de segurança nunca acabam", acrescentou a diretora, notando que o Facebook aumentou o número de funcionários de segurança e comunicação para 20 mil, o dobro do ano passado. "Nossos adversários são determinados, criativos e muito bem financiados. Mas nós somos ainda mais determinados e continuaremos lutando."

O CEO do Twitter, Jack Dorsey, por sua vez, retratou a questão não apenas como um perigo para a democracia, mas como um risco para a própria saúde e segurança de seus negócios. Ele disse que, acima de tudo, a meta do Twitter é servir para a "conversa pública global". Dorsey também reconheceu um leque de ameaças enfrentadas pela empresa, incluindo abuso generalizado, manipulação por forças estrangeiras e "automação maliciosa" (isto é, bots).

"Qualquer tentativa de minar a integridade de nosso serviço representa a antítese de nossos valores fundamentais", acrescentou Dorsey. Ele também declara que a liberdade de expressão é um dos "valores principais" sobre os quais o Twitter se baseia.

O Google também foi solicitado a comparecer no comitê, mas não enviou nenhum representante. A companhia foi repreendida tanto por Democratas quanto por Republicanos. Em vez de disponibilizar a presença do CEO Sundar Pichai ou do cofundador Larry Page, a empresa ofereceu mandar Kent Walker, seu vice-presidente sênior de assuntos globais. Walker chegou a publicar seu "testemunho" antecipadamente no blog da empresa, na terça-feira (4). Uma cadeira vazia foi deixada na mesa, ao lado de Sandberg e Dorsey, para sinalizar a ausência do Google.

Cadeira vazia do Google. Foto: AP

"Considerando seu tamanho e influência, eu pensei que a liderança do Google gostaria de demonstrar o quão séria é sua postura diante desses desafios e estar aqui participando desta importante discussão pública", disse o senador Mark Warner, vice-presidente do Comitê.

O senador Marco Rubio, Republicano da Flórida, também disparou contra o Google por faltar ao testemunho. "Eles não estão aqui hoje. Talvez seja por serem arrogantes", disse, sugerindo também que a empresa pode ter evitado a audiência devido a uma reportagem publicada pelo BuzzFeed News na noite de terça-feira, delineando as ações bem-sucedidas por trolls que dizem estar a serviço do Kremlin. Eles dizem ter comprado propagandas em sites de vários conglomerados de mídia, incluindo CNN, HuffPost e Daily Beast.

"Nós simplesmente não fizemos o bastante."

O presidente da comissão, Richard Burr, reconheceu que a tecnologia frequentemente evolui de maneira muito rápida, de forma que as autoridades não conseguem acompanhar. Ele também acrescentou que as alegações recentes sobre se empresas de redes sociais deveriam ser consideradas "editoras de conteúdo" foram contraproducentes. "Eu acho que essa ambiguidade deu origem a algo como uma crise de identidade bastante conveniente, por meio da qual os julgamentos sobre o que é permitido e o que não é nas redes sociais foram muito irregulares, muito reativos, muito desestruturados", acrescentou Burr.

"A informação de que as suas plataformas disseminam muda mentes. Solidifica opiniões. Contribui para as pessoas entenderem o mundo", continua o parlamentar. "Quando você controla isso, ou mesmo influencia um pouquinho disso, você está em posição de vencer uma guerra sem ter que disparar uma bala. O negócio é sério."

Questionados pelo senador Ron Wyden, Democrata do Oregon, se o Facebook ou o Twitter viram evidências de que a Rússia ou o Irã "apoiaram, coordenaram ou tentaram amplificar" qualquer desinformação online, Dorsey e Sandberg pareceram não ter certeza do que constitui exatamente um hoax. "Nós certamente vimos evidências que mostram que eles utilizaram nossos sistemas e jogaram para amplificar informação", respondeu Dorsey. "Eu não tenho certeza — no que diz respeito à definição de hoax, neste caso —, mas é provável."

Sandberg relembrou que o Facebook derrubou 650 páginas e contas ligadas ao Irã há duas semanas, dizendo que algumas delas foram ligadas à mídia estatal do país. "Algumas delas fingiam ser de imprensa livre, mas não eram", disse ela. "Depende do que você define como 'hoax', mas acho que certamente nós vimos campanhas de desinformação."

O Twitter, de modo semelhante, removeu 284 contas ligadas ao Irã, por participarem do que a empresa chama de "manipulação coordenada".

A senadora Susan Collins, Republicana do Maine, perguntou quais medidas o Twitter tomou para notificar usuários que podem ter sido enganados por contas falsas que se passavam por americanos. Ela mencionou especificamente a conta que se passava pelo Partido Republicano do Tennessee, que foi derrubada recentemente. Dorsey reconheceu que a empresa pisou na bola nessa área.

"Nós simplesmente não fizemos o suficiente", disse ele. "Neste caso em particular, não tivemos comunicação suficiente em termos do que foi visto e do que foi publicado e de que pessoas caíram nisso."

"Nós precisamos chegar aonde as pessoas estão", acrescentou Dorsey. "Se determinarmos que aquelas pessoas estavam sujeitas a manipulação e mentiras de qualquer tipo, precisamos fornecer a elas o contexto completo. Essa é uma área em que precisamos melhorar e precisamos ser diligentes para consertar."

Dorsey também se apresentará ao Comitê de Comércio e Energia, onde se espera que ele refute firmemente as acusações de parlamentares Republicanos de que o Twitter tem censurado contas de direita.

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Os próximos iPhones grandões devem se chamar iPhone Xs Max

Posted: 05 Sep 2018 01:24 PM PDT

A Apple tem um evento marcado para o próximo 12 de setembro (daqui a uma semana), e, mantendo a tradição, um monte de informação tem vazado aos poucos. A mais nova tem relação com o nome que deve ser adotado pela companhia em sua série de novos iPhones.

Vazamentos dão alguma ideia de como devem ser o próximo iPhone e o Apple Watch

De acordo com o 9to5Mac, que já na semana passada obteve imagens que parecem de campanhas de marketing dos novos iPhones, a versão com tela OLED de 6,5 polegadas, portanto a maior, deve se chamar iPhone Xs Max. A informação foi confirmada pelo site especializado em Apple por duas fontes ligadas à área de marketing. O site BGR, também especializado em cobertura da empresa, conseguiu confirmar o mesmo nome com fontes anônimas. Já a versão menor, com tela de 5,8 polegadas, deve se chamar apenas iPhone Xs.

Existe ainda a possibilidade de ter uma versão com tela LCD de 6,1 polegadas, mas ainda não há informação sobre como ela deve se chamar.

Ao que tudo indica, a Apple deve mudar o padrão de nomes adotado desde o iPhone 6. Foi nessa versão que a Apple passou a introduzir "duplas" de dispositivos: uma convencional e outra maior, com nome Plus. Pelo menos uma reportagem da Bloomberg já dá conta de que a empresa da maçã considera mudar a nomenclatura de seus aparelhos.

Os iPhone Xs e iPhone Xs Max, informa o 9to5Mac, devem vir com 4 GB de RAM, opção dual-sim em alguns mercados e um novo chip A12. Além dos novos iPhones, a Apple deve apresentar novos Apple Watches e iPads.

No fim de agosto, nós já reunimos alguns boatos sobre o evento de setembro da Apple, e você pode ler o post aqui. Por ora, só nos resta esperar a tarde do dia 12 de setembro para saber se esses rumores se confirmam (ou não).

[9to5Mac]

Imagem do topo por 9to5Mac

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Skype passa a gravar áudio e vídeo em chamadas, mas só entre usuários da plataforma

Posted: 05 Sep 2018 12:07 PM PDT

Estudantes, pesquisadores, jornalistas: comemorem. Finalmente o Skype passou a oferecer nativamente o recurso de gravação de chamadas. A novidade, anunciada em julho, está disponível nas versões mais recentes em todas as plataformas, exceto no app para Windows 10, que deverá ganhar a funcionalidade nas próximas semanas.

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Para gravar, basta tocar no botão de + na tela da conversa e escolher a opção de iniciar gravação. O aplicativo adverte que você precisa deixar claro para todos os participantes da conversa que a chamada está sendo gravada e também mostra um banner de aviso nas telas das outras pessoas.

Depois de encerrar, a gravação fica disponível na conversa com o(s) contato(s) por 30 dias para todos os participantes terem acesso. Você pode salvar o arquivo no armazenamento do seu computador ou smartphone e também compartilhá-lo com outros contatos.

Vale notar que o Skype cria um arquivo .mp4, de vídeo, mesmo quando a chamada era apenas de áudio — nesse caso, ele mostra uma tela com os avatares dos envolvidos na chamada, destacando quem está falando em cada momento.

Lamentavelmente, o recurso não funciona ao fazer chamadas para linhas telefônicas, só para ligações entre usuários do Skype, mas já é um começo. Até agora, era preciso recorrer a aplicativos não oficiais para conseguir registrar uma conversa de áudio ou vídeo.

[Skype via The Verge]

Imagem do topo: Divulgação

 

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Um a cada quatro americanos excluiu o aplicativo do Facebook, segundo pesquisa

Posted: 05 Sep 2018 11:36 AM PDT

No último ano, muitos americanos cansaram do Facebook, à medida que mais pessoas se dão conta do papel tóxico que a plataforma pode desempenhar em suas vidas. Uma nova pesquisa do Pew Research Center mostra que uma grande porcentagem da população dos Estados Unidos tirou férias prolongadas da rede social no último ano, com 26% dos americanos dizendo que excluíram completamente o aplicativo de seus smartphones.

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O Facebook — uma plataforma que, recentemente, a Organização das Nações Unidas descobriu ser cúmplice do genocídio em Mianmar — sofreu críticas no ano passado por suas condutas temerosas com dados pessoais e pelo auxílio indireto ao presidente Donald Trump a ser eleito nos EUA por meio da falha em tratar seu problema de disseminação de notícias falsas na plataforma. A diretora operacional da rede social,  Sheryl Sandberg, inclusive apareceu no Capitólio nesta quarta-feira (5) para responder a questionamentos sobre a maneira como a empresa lida com conteúdo político.

A nova pesquisa do Pew Research Center não encontrou nenhuma correlação entre as visões políticas de alguém e sua vontade de dar um tempo do Facebook. Democratas e republicanos estão ambos diminuindo seu uso da rede social, com 42% dos americanos dizendo que pararam de usar o Facebook “por várias semanas ou mais” durante o último ano.

Houve, entretanto, uma grande diferença em como as pessoas reagiram à plataforma de acordo com sua idade. Incríveis 44% dos usuários entre 18 e 29 anos dizem ter deletado o app do Facebook de seus smartphones, enquanto apenas 12% dos usuários com mais de 65 anos relataram ter feito o mesmo.

A maioria dos usuários americanos também relataram ter mudado suas configurações de privacidade no ano passado, com 54% trancando suas contas recentemente. Mas também houve uma grande diferença de idade nesta categoria de questões. Aproximadamente 64% dos usuários mais jovens (18-29) mudaram suas opções de privacidade no ano passado, enquanto apenas um terço daqueles com mais de 65 anos tornaram suas contas mais privadas depois dos vários escândalos do Facebook.

Alguns conservadores nos EUA pediram que o Facebook fosse regulado, já que eles alegam que a plataforma de rede social discrimina suas visões. Mas essa posição não se baseia em fatos. Se há algum viés, os conservadores e os eleitores de Trump possivelmente foram os que mais se beneficiaram da fraca relação do Facebook com os fatos e da possibilidade do usuário médio do site de usar a plataforma para espalhar teorias da conspiração malucas que, às vezes, chegam ao noticiário principal.

O Gizmodo entrou em contato com o Facebook, perguntando qual motivo eles acreditam estar por trás da onda de jovens excluindo o app da empresa de seus smartphones e se isso tinha algo a ver com a cumplicidade do Facebook com o genocídio em Mianmar, entre outras coisas. Atualizaremos esta publicação se obtivermos uma resposta.

[Pew Research]

Imagem do topo: Getty

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Todas as coisas legais que foram mostradas na IFA 2018, a maior feira de tecnologia da Europa

Posted: 05 Sep 2018 08:35 AM PDT

A IFA é a maior feira de tecnologia europeia e ela começou em 1924 — 50 anos antes de a CES, que ocorre nos EUA, começar. A IFA foi o primeiro lugar a mostrar tocadores portáteis de fita cassete e os primeiros modelos de TVs portáteis. Dito isso, a gente quis dar uma resumida nas coisas mais legais que foram mostradas na IFA 2018:

Samsung e LG mostram suas TVs 8K

Tanto a Samsung quanto a LG mostraram suas TVs 8K para os consumidores na feira de Berlim. Programada para ser vendida em setembro, a Samsung Q900R virá em quatro tamanhos (65, 75, 82 e 85 polegadas) e conta com um painel QLED super brilhante de 4000 nits, além de suporte à tecnologia HDR10+ e melhoria de upscaling para conteúdos de baixa resolução. Enquanto isso, a LG vai oferecer um modelo com 3 polegadas a mais que a maior da Samsung: um painel QLED de 88 polegadas. E se isso não for grande o suficiente para você, a LG mostrou uma TV microLED gigante de 173 polegadas na IFA, embora a resolução máxima dela seja de apenas 4K.

A Acer Predator Thronos é mais que apenas uma cadeira

Quando ouvi que a Acer estava anunciando uma cadeira gamer na IFA, parecia uma expansão lógica da linha Predator de acessórios gamers. Mas a Thronos não é apenas uma cadeira, é uma estação de batalha. Com a possibilidade de se usar três monitores 4K de 27 polegadas, uma estrutura rotatória de aço com um cockpit motorizado, várias luzes RGB e espaço para um desktop poderoso, a Thronos tem tudo que você precisa para tornar realidade os desejos de se ter uma boa jogatina em um PC. A cadeira conta ainda com bandejas deslizantes especiais para segurar seu teclado e mouse para que você possa se inclinar em até 140 graus. A Acer não revelou informações oficiais sobre preços ou disponibilidade para o Thronos. Pelo que ela oferece, dificilmente será algo que você poderá pagar.

O laptop Lenovo Yoga Book C930 com um teclado e-ink

Gif por Sam Rutherford e Andrew Liszewski/Gizmodo

No início do ano, na Computex, a Intel mostrou o conceito Tiger Rapids, que contava com uma tela LCD padrão no topo e uma tela e-ink na parte de baixo, substituindo um teclado. Era uma mistura esquisita que parecida estranha ao ponto de nunca ser produzida comercialmente, até que a Lenovo tornou a ideia realidade com o Yoga Book C930.

Não só a tela e-ink serve como um teclado durante as tarefas convencionais do laptop, mas também pode ser usada de forma independente como um e-reader ou um dispositivo para tomar notas e desenhar utilizando uma caneta stylus. Comparado com o primeiro Yoga Book, a segunda geração da Lenovo tem uma tela maior de 10,8 polegadas, além de suas especificações que foram melhoradas: CPU Intel Core i5-7Y54, 4 GB de RAM e 256 GB de armazenamento SSD. No entanto, com preço sugerido de US$ 1.000, o C930 custa o dobro do seu antecessor e, desta vez, não tem opção com Android. Windows 10 é o sistema que vem nele.

A câmera slide do Honor Magic 2 (e o Xiaomi Mi Mix3)

Logo após o MWC, estava claro que os telefones com notch já estavam fora de moda, pois todo mundo adotou a opção. Mas, na IFA 2018, o Honor Magic 2 e o Xiaomi Mi Mix 3 sugerem que, além dos entalhes não serem legais, podemos viver em um mundo sem esses cortes na tela. Na frente, os dois telefones contam com telas praticamente sem bordas, com apenas algum espaço em suas arestas. Na traseira, tem um slider com uma câmera frontal que aparece manualmente em vez de ser por meio de um motor para tirar uma selfie. É uma solução simples que faz você pensar por que as companhias levaram tanto tempo para pensar nessa solução.

Estes são todos os smartphones interessantes anunciados na IFA 2018

Novos chips da Intel e da Huawei

Embora novos pedaços de silício não sejam super animadores, novos processadores da Intel e da Huawei podem impactar os próximos laptops e smartphones.

Todos os chips da Intel contam com Wi-Fi Gigabit integrado para conexões a redes sem fio ainda mais rápidas e um novo DSP para ajudar assistentes como Cortana e Alexa a se comunicarem melhor. A nova série de chips Y de 5 watts deveria permitir designs de laptops superfinos. Já na série U, a Intel diz que sua placa integrada de vídeo está pelo menos 10% mais rápida do que aquelas encontradas em chips da 7ª geração, além da capacidade de bateria ter sido expandida para 16 horas de vídeo ininterrupto.

E nessa temos também o Huawei Kirin 980, que vai estrear no Mate 20 — que vai ser lançado ainda este ano e deve ser o primeiro SoC (System on a Chip) comercial de 7 mm. Composta pelos novos núcleos Cortex A76, duas NPUs (unidades de processamento neural) e uma GPU Mali G76, a Huawei espera que o Kirin 980 melhore o desempenho em 20% e utilize 40% menos energia que as gerações anteriores. São ganhos significativos. No entanto, com a Huawei mais uma vez figurando no noticiário por supostamente ter enganado resultados de benchmark, teremos de esperar o Mate 20 estrear para verificar se houve ou não melhoria de desempenho.

O Wear OS recebeu um grande update e novos relógios já virão com ele

Ao longo dos anos, à medida que o Android Wear (agora conhecido como Wear OS) evoluia, a plataforma começou a se distanciar de ser o sistema para smartwatch que deveria ser e, em vez disso, se tornou uma solução para marcas de moda, como Fossil e Louis Vuitton, lançarem relógios premium e outras marcas adicionarem integração simples com smartphone em relógios pouco tecnológicos.

No entanto, com a última atualização do Wear OS, o Google simplificou toda a plataforma e atualizou apps como o Google Fit para ter maior integração e mecanismos mais sofisticados de saúde e de monitoramento de exercício. E, quando combinado com a suposta CPU que a Qualcomm deve lançar em breve, o novo Wear OS poderia estar alinhado para uma melhoria de ponta a ponta antes do final do ano.

Menção honrosa – o relógio smartphone Nubia-α

Crédito: Nubia

Embora a Nubia diga que vá vender o dispositivo, ainda acho que existe uma chance de o Nubia-α nunca ser lançado no mercado. Mesmo assim, me admira a audácia da companhia de apresentar algo ao mesmo tempo desajeitado e futurístico na IFA. Graças a um display flexível que se estende na pulseira e ao fato de ter 4G embutido, o Nubia-α é parte telefone e parte relógio, de uma maneira que é incrivelmente legal e esquisita ao mesmo tempo.

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Polícia britânica identifica dois russos suspeitos pelo envenenamento de um ex-agente com novichok

Posted: 05 Sep 2018 08:20 AM PDT

A polícia e oficiais de contraterrorismo britânicos identificaram dois homens que acreditam ser responsáveis pelo envenenamento do ex-agente duplo Sergei Skripal, sua filha Yulia Skripal e outras duas pessoas presentes. Os suspeitos são russos, identificados como Alexander Petrov e Ruslan Boshirov, embora as autoridades britânicas digam que os nomes provavelmente são pseudônimos.

• Polícia britânica identifica suspeitos de envenenamentos com Novichok usando reconhecimento facial

“Ambos os suspeitos têm aproximadamente 40 anos de idade e são cidadãos russos que estavam viajando com passaportes russos”, disse a Polícia Metropolitana do Reino Unido em um comunicado emitido nesta manhã.

Embora os Skripals tenham sido envenenados intencionalmente usando um agente nervoso chamado novichok, acredita-se que as outras duas pessoas foram envenenados acidentalmente. Dawn Sturgess e seu parceiro Charlie Rowley ficaram doentes depois de usar um frasco de perfume que encontraram em um parque. Sturgess, mãe de três, morreu depois. Os Skripals se recuperaram, mas estão sendo discretos.

O governo britânico diz que “não há outra conclusão alternativa senão a de que o Estado Russo foi culpado pela tentativa de assassinato de Skripal e sua filha” e apelou ao público para obter mais informações sobre os dois homens. A Rússia não extradita os seus cidadãos em caso de irregularidades criminosas em outros países, mas os britânicos obtiveram um mandado de prisão europeu para os homens.

“É provável que eles estivessem viajando com pseudônimos e que esses não sejam seus nomes verdadeiros. Gostaríamos de ouvir qualquer pessoa que os conheça. Estamos liberando essas fotos deles, dos documentos de viagem que eles usaram para entrar no país”, disse a Polícia Metropolitana.

Imagem de câmera de segurança divulgada pela polícia britânica mostrando suspeitos de intoxicação por novichok. Imagem: Polícia Metropolitana do Reino Unido

O Kremlin negou veementemente qualquer envolvimento nos envenenamentos dos Skripal e circulou várias teorias da conspiração diferentes sobre quem seriam os verdadeiros perpetradores. As contas de redes sociais do governo russo frequentemente levantam a possibilidade de que os ataques tenham sido conduzidos por autoridades britânicas para piorar as relações entre o Reino Unido e a Rússia.

Em resposta aos envenenamentos, o Reino Unido expulsou 23 diplomatas russos de Londres, e 20 outros países fizeram o mesmo em solidariedade. Cerca de 130 diplomatas russos foram expulsos de países aliados em todo o mundo.

A polícia divulgou a seguinte cronologia para os suspeitos, incluindo o voo inicial de Moscou para o Reino Unido em 2 de março e o voo de volta para a Rússia em 4 de março:

Às 15h de sexta-feira, 2 de março, os suspeitos chegaram ao aeroporto de Gatwick, vindo de Moscou no voo SU2588 da Aeroflot.

De lá, acredita-se que eles viajaram de trem para Londres, chegando à estação Victoria aproximadamente às 17h40.

Eles então viajaram no transporte público de Londres até a estação Waterloo e estiveram na área entre aproximadamente 18h e 19h. Eles foram para o City Stay Hotel, na Bow Road, no leste de Londres, onde ficaram na sexta-feira, 2 de março, e no sábado, 3 de março.

No sábado, 3 de março, eles deixaram o hotel e pegaram o metrô para a estação Waterloo, chegando lá aproximadamente às 11h45, onde pegaram um trem para Salisbury, chegando aproximadamente às 14h25.

Acredita-se que eles fizeram uma rota parecida quando voltaram para Londres na tarde de sábado, 3 de março, deixando Salisbury aproximadamente às 16h10 e chegando a Bow aproximadamente às 20h05.

Avaliamos que essa viagem foi para reconhecimento da área de Salisbury e não acreditamos que tenha existido qualquer risco para o público a partir de suas movimentações nesse dia.

No domingo, 4 de março, eles fizeram a mesma jornada a partir do hotel, mais uma vez usando o metrô de Bow à estação Waterloo, aproximadamente às 8h05, antes de continuar sua jornada de trem para Salisbury.

Câmeras de segurança mostram a vizinhança da casa do Sr. Skripal, e acreditamos que eles contaminaram a porta da frente com novichok.

Eles deixaram Salisbury e retornaram para a estação Waterloo, chegando aproximadamente às 16h45, e embarcaram no metrô aproximadamente às 18h30 para o aeroporto de Londres-Heathrow.

Do aeroporto de Londres-Heathrow, eles voltaram para Moscou no voo SU2585 da Aeroflot, partindo às 22h30 do domingo, 4 de março.

Não temos evidências de que eles entraram novamente no Reino Unido depois dessa data.

Imagem de câmera de segurança divulgada pela polícia britânica mostrando os suspeitos de envenenamento com novichok. Imagem: Polícia Metropolitana do Reino Unido

“Devemos continuar construindo uma imagem a mais abrangente possível para tranquilizar o público e garantir um futuro processo por meio do sistema de justiça criminal do Reino Unido”, disse a Polícia Metropolitana. “Qualquer informação extra do público será extremamente bem-vinda.”

A primeira-ministra britânica, Theresa May, disse que as autoridades acreditam que os dois homens são agentes da inteligência russa que trabalham para o Departamento Central de Inteligência da Rússia. May fez a afirmação no parlamento nesta quarta-feira (5).

“Suspeito que eles quiseram dar uma mensagem àqueles russos que estavam vivendo em outro lugar e que estiveram envolvidos em assuntos relacionados ao estado russo”, disse May ao parlamento. “Mas cabe aos russos explicar o que aconteceu em Salisbury.”

Os comentários de Theresa May podem ser visto no vídeo abaixo. Suas afirmações sobre o envenenamento começam a partir dos 11 minutos.

“Sr. presidente (da Câmara dos Comuns), este ataque de armas químicas em nosso solo fazia parte de um padrão mais amplo de comportamento russo que persistentemente procura minar nossa segurança e a de nossos aliados ao redor do mundo”, disse May.

“Eles fomentaram conflito em Donbas, ilegalmente anexaram a Crimeia, violaram repetidamente o espaço aéreo nacional de vários países europeus e montaram uma campanha sustentada de ciberespionagem e interferência eleitoral”, continuou May. “Eles estiveram por trás de uma violenta tentativa de golpe em Montenegro. E um míssil de fabricação russa, lançado de um território mantido por separatistas apoiados pelos russos, derrubou o MH17.”

O governo russo segue negando qualquer envolvimento. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que a divulgação das informações sobre os suspeitos “não revelou nada”.

[Metropolitan Police]

Imagem do topo: Polícia Metropolitana do Reino Unido

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Theranos, empresa que prometia exames de sangue “milagrosos”, finalmente vai fechar

Posted: 05 Sep 2018 07:34 AM PDT

A Theranos foi fundada em 2003 e anos depois lançou um serviço que prometia testes sanguíneos "milagrosos": uma única picada no dedo poderia fornecer resultados para mais de 200 tipos diferentes de exames.

A startup começou a ser questionada em 2015, após uma reportagem do Wall Street Journal e, de alguma forma, ainda conseguiu resistir até agora, apesar das diversas irregularidades.

• A empresa que promete testes sanguíneos "milagrosos" está sendo questionada nos EUA
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A empresa, no entanto, notificou seus acionistas que será dissolvida, conforme indica uma nova reportagem do WSJ. Os últimos ativos da companhia serão utilizados para pagar alguns credores quirografários (que não possuem garantias de receber seus créditos) – embora seja provável que a empresa já não tenha muita coisa de valor.

A Theranos, que alegou ter inventado uma linha de máquinas de testes sanguíneos capaz de realizar exames complicados com apenas uma gota de sangue, era uma grande fraude.

A companhia conseguiu levantar US$ 900 milhões em investimentos e alcançou uma avaliação de mercado de US$ 10 bilhões, mas sua tecnologia nunca funcionou.

Os testes que a empresa realizava eram tão irregulares e aleatórios que o CMS (Centro de Serviços de Cuidados de Saúde e Medicamentos, em tradução livre) concluiu que a companhia colocou muitos pacientes em risco.

A farsa foi revelada e a Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos (SEC) acusou a CEO, Elizabeth Holmes, e o ex-presidente da companhia, Ramesh Balwani, por uma “grande” fraude civil. Depois desse episódio, a companhia demitiu, em abril de 2018, os 125 funcionários que restavam.

Em junho, Elizabeth Holmes apareceu em reportagens que diziam que ela pretendia abrir outra empresa, apesar da determinação da SEC que impedia durante uma década que ela fosse uma responsável por uma empresa de capital aberto.

Holmes já foi comparada ao fundador da Apple, Steve Jobs, tanto pela sua abordagem nos negócios como também pela sua preferência por camisetas pretas de gola alta.

Algumas pessoas como o investidor Tim Draper ainda pareciam dispostos a dar uma segunda chance a ela. John Carreyrou, o jornalista que ajudou a desmascarar a empresa com uma série de reportagens, disse à Vanity Fair em junho que Holmes tinha “tendências sociopatas” e via ela mesma como uma vítima de uma equipe incompetente e de jornalistas agressivos.

Alguns dias depois, um júri federal indiciou Holmes e Balwani por fraudes criminosas, o que aparentemente colocou um ponto final nessas novas ambições. O julgamento ainda vai acontecer, mas não há indícios de que Holmes sairá dessa totalmente ilesa.

[Wall Street Journal]

Imagem do topo: Elizabeth Holmes, fundadora da Theranos. Crédito: Greg Allen (Invision/AP)

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Esta caixinha de som promete sons melhores se você conectar uma garrafa de plástico vazia

Posted: 05 Sep 2018 06:13 AM PDT

Você já deve ter tentado melhorar o som do seu celular fazendo uma concha com a mão ou colocando o aparelho em um copo de plástico sem fundo. Os criadores dessa caixinha de som, batizada de Sodapop, levaram a ideia para outro nível: eles prometem que a qualidade do som melhora se você encaixar uma garrafa de refrigerante vazia – o que aumentaria o volume em quase 10 decibéis.

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Esse tipo de caixinha não é capaz de competir com um sistema estéreo grandão, daqueles que se tem em casa. Mas é uma solução bacana para quando você está na praia ou naquele churrasco de família, principalmente por se conectar com o seu smartphone via bluetooth. O problema desses alto-falantes portáteis é que eles não são tão potentes.

Equilibrar portabilidade e qualidade de som é o desafio. O Sodapop promete o melhor dos dois mundos: um alto-falante portátil que tem apenas 15 centímetros de comprimento e que soa muito melhor quando conectado a uma garrafa de refrigerante vazia.

A garrafa aparentemente triplica o volume interno do Sodapop, permitindo mover mais ar e aumentar os sons das frequências de baixo em até 10 decibéis. A garrafa de plástico flexível também funciona como uma membrana, empurrando o ar de volta através dos alto-falantes, supostamente adicionando mais “entusiasmo” ao som.

O Sodapop poderia funcionar como o prometido? Basicamente, ele usa da mesma ciência acústica do copo de plástico que funciona como amplificador para os nossos celulares. Mas não espere colocar uma garrafa pet e obter um som incrível. Existe um motivo pelo qual alto-falantes de alta qualidade não utilizam plástico reciclado. A real é que o som ainda não vai ser dos melhores, mas o truque espertinho do Sodapop é um ponto positivo para uma caixa de som do seu tamanho.

O Sodapop depende de uma campanha de financiamento coletivo, mas já superou o objetivo de US$ 24 mil. A expectativa é que quem colaborou com o projeto receba o produto em outubro, mas assim como todos os produtos de crowdfunding, não existe nenhuma garantia de que as pessoas o receberão no prazo. A versão mais barata do dispositivo custa aproximadamente US$ 59 (R$ 250, na cotação atual).

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É possível lembrar-se de como era ser um bebê?

Posted: 05 Sep 2018 05:39 AM PDT

Toda fase da vida tem sua parcela de novidade — primeiro beijo, primeira restituição de imposto de renda, a primeira pontada de morte certa –, mas quando se trata de novas experiências, a maioria de nós chega ao nosso auge na infância. Simplesmente ali deitados, arrotando e sujando nossas fraldas, nós, como bebês, passamos por milhares de primeiras experiências. Seria interessante lembrar de algumas delas, já que nossas vidas desaceleram quanto às novidades — quando nos acomodamos na mesma cadeira do escritório pela centésima vez e bebemos da mesma caneca de café. Mas a infância parece um grande branco para a maioria de nós.

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Mesmo assim: muitas pessoas afirmam se lembrar de ter nascido e nem todas elas tomaram ayahuasca. Essas pessoas são tão mal orientadas e/ou mentirosas assim? É possível lembrar como era a vida aos seis meses de idade? Para o Giz Asks dessa semana, nós contatamos vários especialistas — em pediatria, psicologia, neurociência, etc. — para explicar essa questão. Acontece que a ciência ainda não descobriu por que, exatamente, nos esquecemos de praticamente todos os nossos primeiros anos de vida — mas há muitas teorias convincentes por aí.

Jennifer Zosh, Ph.D.

Professora Associada de Desenvolvimento Humano e Estudos da Família, Penn State Brandywine

Você provavelmente se lembra do nome do professor do ensino fundamental que fez você aprender as primeiras coisas, mas quando se trata de lembrar nossas vidas na infância, é um grande vazio. Quando se trata de memórias declarativas — o tipo de memória que permite que você se lembre de experiências específicas — nós eventualmente experimentamos o que o nosso campo de conhecimento chama de amnésia infantil: a incapacidade de lembrar de experiências específicas antes dos 2 a 3 anos de idade.

Isso não significa que nossos cérebros sejam um grande nada até os 2 ou 3 anos de idade. Como qualquer pessoa que já tenha estado perto de um bebê pode confirmar, a quantidade de aprendizado que acontece nos primeiros anos é surpreendente. Somos capazes de nos lembrarmos as informações que captamos (não temos que reaprender a linguagem que aprendemos quando bebês), aprendemos a andar e também informações importantes sobre o mundo que permanece conosco durante toda a vida. (Por exemplo, aprendemos se nossas necessidades serão atendidas ou se as pessoas ao nosso redor nos abusarão). Desde aprender uma língua até aprender a contar, ou mesmo aprender em quem você pode confiar no mundo, uma grande parte do trabalho dos primeiros anos é aprender (e lembrar-se de) novas informações, mesmo que não nos recordemos de experiências específicas.

Mas existem outros tipos de memórias que são mais semelhantes desde a infância até a idade adulta. Há alguns anos, trabalhei com Lisa Feigenson na The Johns Hopkins University e exploramos a memória de trabalho dos bebês, ou seja, sua capacidade de lembrar informações a curto prazo. Usamos um paradigma para explorar se as crianças conseguiam lembrar as identidades dos objetos que escondemos em uma caixa. Quando tornamos a tarefa muito difícil para coisas como contar ou truques de memória, as crianças podem, como os adultos, lembrar de até três objetos, mas, se pedirmos que lembrem mais, elas experimentam um esquecimento catastrófico.

Também descobrimos que, à medida que o número de itens aumentava de 1 para 3, o que as crianças conseguiam lembrar sobre os objetos ocultos diminuía. Por exemplo, se pedíssemos às crianças que lembrassem que um cachorrinho de brinquedo estava em uma caixa e, em seguida, pegassem um caminhão pequeno, continuariam procurando por aquele cachorrinho de brinquedo. Mas, à medida que aumentávamos os itens da caixa, as crianças sabiam que estavam procurando um determinado número de itens, mas não pareciam lembrar quais eram esses itens. Dessa forma, a arquitetura de memória infantil é muito parecida com a arquitetura de memória adulta — nós apenas aprendemos a usá-la melhor.

Lorraine E. Bahrick

Professora do Departamento de Psicologia da Universidade Internacional da Flórida

Poucos adultos realmente se lembram de terem sido bebês. Os cientistas chamam isso de "amnésia infantil". Isso se refere ao fato de que os adultos relatam pouquíssimas lembranças anteriores aos 3 ou 4 anos de idade.

Mas pesquisas mostram que as crianças em si têm excelentes memórias — elas podem reconhecer os rostos, vozes e as ações das pessoas ao seu redor, aprender nomes para as coisas e se deliciar com objetos especiais, rotinas familiares e lugares. Um estudo que fizemos em meu laboratório descobriu que bebês de 3 meses de idade podiam reconhecer o movimento (balançando contra circulando) de um objeto que tinham visto por apenas 2 minutos, 3 meses depois — com 6 meses de idade!

Outra razão que poderíamos esperar para lembrar a infância é que os primeiros anos de nossas vidas são conhecidos por terem efeitos duradouros ao longo da vida. Eles estabelecem as bases para o nosso desenvolvimento social emocional, perceptivo e cognitivo. Por exemplo, as palavras que aprendemos na infância são mantidas através da prática ao longo da vida, assim como as rotinas comuns, como segurar um garfo, beber em uma xícara e colocar um sapato. De acordo com alguns especialistas, os primeiros anos moldam nossa personalidade e determinam a natureza de nossos apegos aos outros — moldado ao quão firmemente ligados somos aos nossos cuidadores primários quando crianças.

Assim, embora possamos não lembrar explicitamente de termos sido crianças, as experiências da infância não estão perdidas — elas são sistematicamente construídas ao longo do tempo. Os cientistas propuseram uma série de razões para a amnésia infantil (por exemplo, a mudança da codificação visual para a verbal das memórias, ou à organização das memórias em torno do desenvolvimento do senso de si mesmo), mas não há uma explicação unânime.

Dito isto, há grandes diferenças individuais em quanto nos lembramos da infância e da primeira infância. Alguns de nós, inclusive eu, relatam ter lembranças claras da idade de dois anos e mais, enquanto outros relatam não ter praticamente nenhuma lembrança até os 7, 8 ou 9 anos.

Para aqueles que desejam melhorar suas memórias de infância, existem técnicas que podem ser usadas. Imagine-se no contexto da casa em que você morou quando criança. Reconstrua o espaço: imagine as cores, cheiros e sabores. Imagine os sons e visões de pessoas familiares e suas vozes. Tente invocar todos os sentidos. Imagine experimentar a vida a partir da perspectiva de uma criança pequena, engatinhando ou sendo carregada. Concentre-se no que quer que pareça familiar e vá mais fundo (o cheiro de talco de bebê, gosto de leite, a sensação de ser levado, o som da canção de ninar). A maioria das pessoas consegue recuperar algumas memórias específicas dessa maneira.

Claudia Gold, Médica

Especialista em Saúde Mental Infantil, Austen Riggs Center, Programa de Saúde Mental Infantil-Parental da Faculdade de Boston Massachusetts, e autora de The Developmental Science of Early Childhood: Clinical Applications of Infant Mental Health Concepts From Infancy Through Adolescence  (2017), entre outros livros

Os bebês não têm linguagem ou pensamento consciente, então memórias de suas experiências são diferentes daquelas que convencionalmente consideramos como "memórias". O que eles "lembram" está em seu corpo, não codificado na linguagem. A partir do momento que você nasce, você começa a entender o que está acontecendo no mundo, interagindo com as pessoas que cuidam de você: o modo como você é segurado, a maneira como você muda, como as pessoas falam com você.

Essa experiência informa como você está no mundo, no seu corpo. Ela informa o desenvolvimento de seu cérebro, seu intestino e todo o seu sistema nervoso autônomo — todas essas coisas se desenvolvem através de interações com as pessoas que cuidam de você quando você é um bebê, e tudo isso se torna literalmente parte de seu corpo, não apenas do seu cérebro.

Por exemplo, se você tem uma criação muito presente, ela sinaliza aos seus genes a produzir uma certa quantidade de proteína que determina sua resposta ao estresse. Também determina como diferentes partes do seu cérebro crescem, através de um processo chamado epigenética. A maneira como seus genes são ativados é influenciada pela forma como você é cuidado durante as primeiras semanas e meses de vida.

Digamos que você vá a algum lugar que não tem memória consciente de ter visitado antes, mas tem uma reação física a ele. Isso lembra você de algo que não está em sua memória consciente — mas está em sua memória corporal. Você tem esse tipo de reação física, mesmo que a sua memória consciente lhe diga “oh, este lugar é bom, não há nada de perigoso aqui”. Seu corpo pode ter uma reação diferente com base em experiências anteriores.

Charles Nelson, Ph.D

Professor de Pediatria e Neurociência, Harvard Medical School

Gostaria de reformular ligeiramente esta questão “o quanto nos lembramos dos primeiros anos de vida?”.

Este é um debate antigo, tipicamente conceituado como "Amnésia infantil." A grande questão tem sido o paradoxo de que mais de 40 anos de pesquisa demonstraram alguns notáveis ​​feitos de memória que são possíveis nos primeiros meses e anos de vida e, no entanto, geralmente não nos lembramos de nada de nossas vidas antes da idade de 2 anos (a média na verdade é de 4 anos). Por que isso?

Várias razões foram propostas. Freud afirmou que através da repressão dessas memórias iniciais, elas são de fato mantidas — nós simplesmente não temos acesso a elas (não há evidências para isso). Outros sugeriram que sem um sistema de linguagem, nós não sabemos como representar essas memórias e, portanto, não podemos organizá-las e recuperá-las.

Há também a teoria do cérebro — embora os sistemas neurais envolvidos na formação de uma memória entrem em funcionamento bem cedo na vida, os sistemas para armazenar essas memórias a longo prazo são imaturos durante os primeiros anos; Como resultado, a codificação de algo como uma memória não é traduzida em armazenamento a longo prazo.

Um tema relacionado é que os sistemas do cérebro que estão realmente envolvidos na recuperação — a maioria dos quais estão no córtex pré-frontal — são imaturos nesses primeiros anos.

Mikael Heimann, Ph.D

Professor de Psicologia do Desenvolvimento, Linköping University, Suécia

Em geral, os estudos que pedem às pessoas para relembrar suas memórias mais antigas concluem que as pessoas não conseguem lembrar de eventos anteriores ao seu terceiro ou quarto aniversário. Este é um valor médio, então naturalmente há alguma variação. Algumas pessoas lembram-se de eventos até mesmo antes disso, enquanto muitos outros não conseguem se lembrar de nada antes dos 6 ou 7 anos de idade.

Vale a pena notar que essa linha de pesquisa se baseia no pressuposto de que as pessoas realmente sabem que se lembram de algo, o que nem sempre é fácil hoje em dia, com tantas fotos e vídeos dos nossos primeiros anos. Eu realmente lembro ou criei uma memória baseada em histórias que me contaram ou vídeos que eu vi? Nem sempre é fácil distinguir — somos criaturas muito suscetíveis e construímos facilmente memórias que mais tarde acreditamos ter experimentado em primeira mão.

Dito isso, exceções à amnésia infantil podem ocorrer se ou quando experimentamos algo único — algo carregado de forte emoção. Mesmo que você não se lembre do seu segundo aniversário, você ainda pode ter uma forte memória visual dos novos sapatos vermelhos que ganhou antes mesmo de fazer dois anos.

Mesmo que nós, como adultos, não consigamos lembrar de eventos de nossos primeiros anos, um bebê ou uma criança conseguem. Um corpo muito grande de pesquisas mostrou que crianças de até 6 meses lembram um evento que tiveram muito brevemente durante alguns dias (e com algo que recorde dele, durante muito mais tempo). Então, por que é que não conseguimos nos lembrar de eventos de nossos primeiros anos, mas bebês conseguem?

Nós realmente não sabemos ao certo, mas suspeita-se que o cérebro, a linguagem e o desenvolvimento psicológico em conjunto sejam os fatores-chave. O cérebro passa por um desenvolvimento imenso durante os primeiros anos de vida, mudanças que provavelmente afetam como as memórias são armazenadas e recuperadas. Quanto à linguagem, suspeita-se que quando a criança entra no mundo da linguagem falada (a explosão da linguagem geralmente começa no final do segundo ano) isso também como suas memórias são organizadas. Finalmente, do ponto de vista psicológico, o self ou a autoconsciência que começa a se formar à medida que você envelhece podem ser fatores-chave. Quando você começa a ter um sentimento central de ser alguém, de ser você mesmo, isso influencia como e o que você lembra.

Devemos nos lembrar também que esquecer pode ser uma coisa boa. Lembrar cada detalhe em nossa vida não nos ajuda muito. Em vez disso, muitas vezes, é melhor deixar que as lembranças e experiências generalizadas nos guiem em nossa vida diária.

Ilustração do topo: Angelica Alzona/Gizmodo

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Japão está testando elevador espacial em miniatura perto da Estação Espacial Internacional

Posted: 05 Sep 2018 04:42 AM PDT

Uma equipe japonesa está testando um pequeno protótipo de elevador espacial, segundo reportagens na imprensa do país. Claro, não é nada como aqueles elevadores de quilômetros e mais quilômetros de extensão que você vê na ficção científica, mas ainda demonstra que pelo menos alguém está levando essa tecnologia a sério.

• Agência espacial russa diz que vazamento na Estação Espacial Internacional foi causada por erro humano
• NASA anuncia astronautas que farão o primeiro voo privado à Estação Espacial Internacional

O jornal Mainichi noticia:

No experimento, dois satélites cúbicos ultrapequenos, que foram desenvolvidos pela Faculdade de Engenharia da Universidade de Shizuoka, serão usados. Cada satélite mede 10 centímetros em cada lado, e um cabo de aço de dez metros de comprimento será usado para conectar os satélites gêmeos. O par de satélites será lançado da Estação Espacial Internacional (ISS), e um contêiner agindo como um elevador será movido em um cabo conectando os satélites com a ajuda de um motor. Uma câmera acoplada aos satélites vai gravar os movimentos do contêiner no espaço.

O cientista russo Konstantin Tsiolkovsky concebeu pela primeira vez a ideia de um elevador espacial em 1895, depois de ver a Torre Eiffel, e, desde então, isso se tornou um tema recorrente na ficção científica. Um peso na órbita geossíncrona desceria até a superfície da Terra em um cabo ultraforte de cem mil quilômetros de extensão (feito de materiais que talvez não existem), onde seria amarrado. Escaladores especiais de elevadores viajariam pelo comprimento do cabo, potencialmente fazendo viagens até estações espaciais muito mais baratas. O equilíbrio entre a gravidade da Terra e a força centrípeta do peso evitaria que o conjunto colidisse na Terra.

O teste da equipe japonesa não é nada parecido com os elevadores espaciais da ficção científica, é claro. É apenas um contêiner viajando por um cabo entre satélites no espaço. Mas ele demonstra que pelo menos alguém está disposto a testar a tecnologia. Anteriormente, Obayashi, a companhia contratante por trás da estrutura mais alta de Tóquio (o Tokyo Skytree, de 633 metros), expressou interesse em construir um elevador espacial com cabos feitos de nanotubos de carbono. Anteriormente, fomos céticos quanto à força dos nanotubos de carbono para uma tarefa como essa.

Esse experimento será lançado a partir do Centro Espacial Tanegashima, no Japão, em 11 de setembro. Mas muitos desafios precisam ser resolvidos antes da construção de um elevador espacial de fato, desde a garantia da força dos cabos e evitar impactos de meteoritos até levar eletricidade da Terra para o espaço.

Imagem do topo: Chad Kainz (Flickr)

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