domingo, 30 de setembro de 2018

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Muito tempo olhando para telas pode prejudicar desenvolvimento cognitivo das crianças, sugere estudo

Posted: 30 Sep 2018 01:27 PM PDT

Manter a cabeça do seu filho afiada pode envolver garantir que eles não passem o dia inteiro no smartphone ou em outros dispositivos com telas, sugere mais uma pesquisa, publicada nesta semana.

Pesquisadores canadenses analisaram os primeiros dados de um projeto de dez anos dos Estados Unidos feito para estudar como os cérebros das crianças se desenvolvem ao longo do tempo, chamado de estudo de “Desenvolvimento Cognitivo do Cérebro Adolescente” (Adolescent Brain Cognitive Development, em inglês, com a sigla ABCD).

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Como parte do projeto, financiado pelo National Institutes of Health, pesquisadores em todo os Estados Unidos entrevistaram crianças e seus pais com perguntas sobre seus hábitos. Isso incluiu quanto tempo elas passavam se exercitando, dormindo e olhando para telas em um dia comum. As crianças também responderam a questionários, forneceram amostras de saliva e solucionaram enigmas que mediam suas funções cognitivas.

O estudo atual observou os resultados de 4.524 crianças, com idade entre oito e 11 anos, que participaram do estudo ABCD entre setembro de 2016 e setembro de 2017.

No Canadá, assim como nos Estados Unidos, os médicos geralmente recomendam às crianças com mais de seis anos de idade não passar mais de duas horas por dia olhando para telas. Mas apenas 37% das crianças do estudo preencheram esse critério. E essas crianças, descobriram os pesquisadores, eram mais propensas a pontuar melhor em seus testes cognitivos.

As descobertas foram publicadas no periódico Lancet Child & Adolescent Health.

“Precisamos prestar atenção em quanto tempo passamos em frente a telas”, disse o autor principal do estudo Jeremy Walsh, pós-doutorando na Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, em entrevista ao Washington Post. “Esse estudo está mostrando que menos de duas horas de tempo recreacional em frente a uma tela é benéfico para as crianças.”

O tempo de frente para telas não foi a única razão possível para as habilidades cognitivas piores das crianças. Apenas 50% do grupo relatou dormir as nove a 11 horas recomendadas de sono pelos médicos, enquanto apenas 18% fazia a quantidade recomendada de exercícios, de pelo menos 60 minutos por dia. E as crianças que não seguiam essas diretrizes também se saíram pior, em média.

Além disso, o estudo é apenas observacional, o que quer dizer que ele não pode provar uma ligação direta entre um tempo maior em frente a telas e uma capacidade menor de pensar. Porém, em comparação com crianças que não cumpriam nenhuma das três recomendações, aquelas com menos tempo em frente a telas se saíram melhor nos mesmos testes, descobriram os pesquisadores. Um padrão parecido foi visto entre crianças que dormiam o bastante e passavam menos tempo olhando para telas, reforçando a ligação entre dormir mal e as telas.

Segundo os pesquisadores, serão necessários mais estudos para confirmar se e como exatamente o excesso de tempo em frente a uma tela pode afetar a cognição das crianças.

Em outros exemplos, a Academia Americana de Pediatria (AAP) parou de focar em uma diretriz rígida de número máximo de duas horas por dia em frente a telas para crianças com mais de seis anos, chamando-a, em vez disso, de “limites consistentes” estabelecidos por pais que garantam que as crianças estejam passando tempo suficiente dormindo e em outros comportamentos saudáveis. Para crianças entre 18 meses e seis anos, no entanto, a AAP ainda recomenda um máximo de uma hora em frente a telas por dia, enquanto crianças mais jovens não deveriam passar tempo algum olhando para telas. Ainda assim, alguns estudos já sugeriram que o potencial para danos se trata mais do tipo de conteúdo nas telas e se os pais estão envolvidos na atividade, e não sobre a quantidade de tempo as usando.

O estudo ABCD planeja inscrever mais de dez mil crianças até o fim do projeto.

[Lancet Child & Adolescent Health via Washington Post]

Imagem do topo: Pexels (Pixabay)

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Encontraram uma pirâmide escondida em meio a milhares de estruturas maias antigas recém-descobertas

Posted: 30 Sep 2018 10:20 AM PDT

Usando uma técnica aérea de mapeamento a laser chamada de “LIDAR“, uma equipe internacional de arqueólogos descobriu um número impressionante de estruturas anteriormente não detectadas, pertencentes à antiga civilização maia — uma descoberta que está mudando o que sabemos sobre essa notável sociedade.

Por mais difícil que seja de acreditar, esse esforço de mapeamento, que agora é o maior levantamento de LIDAR da história da arqueologia mesoamericana, revelou a presença de 61.480 estruturas distintas escondidas dentro das densas florestas tropicais da Guatemala.

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“Ainda que alguns estudos com LIDAR anteriores nos tenham preparado para isso, ver a quantidade pura de estruturas antigas pela paisagem foi surpreendente”, disse Thomas Garrison, coautor do novo estudo e arqueólogo da Ithaca College, em entrevista ao Gizmodo. “Tenho andado pelas selvas da área maia há 20 anos, mas o LIDAR me mostrou o quanto eu não tinha visto. Havia três a quatro vezes mais estruturas do que eu havia imaginado. Um sítio arqueológico em que trabalho, o El Palmar, agora é 40 vezes maior do que pensávamos! Isso é um tipo completamente diferente de lugar do que o que havíamos projetado — e ele exige uma interpretação completamente nova.”

Usando o LIDAR, arqueólogos conseguiram documentar um novo local ao norte de Tikal. O edifício alongado no canto superior direito é parte de um complexo que pode remontar a 500 a.C. Do outro lado do vale está uma grande acrópole, provavelmente mil anos mais nova. Imagem: Luke Auld/Thomas Garrison/PACUNAM

Esse projeto, cujos detalhes foram publicados nesta quinta-feira (27) na Science, envolveu uma equipe de 18 especialistas de Estados Unidos, Europa e Guatemala e, como aponta Garrison, está oferecendo novas informações sobre a antiga civilização maia das terras baixas, particularmente em relação à sua demografia, agricultura e economia política.

A civilização maia das terras baixas floresceu por quase 2.500 anos, começando por volta de 1000 a.C. e terminando com a chegada dos europeus no século 16 d.C. Os antigos maias, cuja extensão abrangia o que é hoje o sul do México, Guatemala e Belize, eram conhecidos por sua arquitetura, arte, escrita, astronomia e matemática sofisticadas. Em seu auge, essa civilização havia se espalhado por um território de 95 mil quilômetros quadrados, com grande parte disso sendo de terras úmidas. Atualmente, uma parte considerável desse território é obscurecida pela floresta tropical, que é difícil de se explorar a pé. Como resultado, existem algumas lacunas na nossa compreensão das antigas sociedades maias.

E é aí que o LIDAR pode ajudar. Essa técnica de levantamento aéreo funciona ao emitir luz laser pulsada sobre uma área alvo, medindo a luz refletida com um sensor. O LIDAR produz uma visão tridimensional de alta resolução da área abaixo, revelando, como nesse caso, características de superfície inéditas.

O levantamento com LIDAR foi concluído em 2016 e cobriu 2.144 quilômetros quadrados do norte da Guatemala. Os pesquisadores, liderados por Marcello A. Canuto, da Universidade de Tulane, mapearam uma dúzia de áreas diferentes em Petén, na Guatemala, conseguindo varreduras LIDAR de assentamentos e infraestrutura maias. Como apontado acima, a pesquisa resultou na identificação de 61.480 estruturas antigas, que foram posteriormente analisadas usando mapas já existentes de trabalhos de escavação anteriores. É importante destacar, no entanto, que muitos desses locais também foram confirmados por pesquisas no terreno (ou seja, inspeção visual dos locais a partir do solo) e pela realização de novas escavações, ambas realizadas de agosto a dezembro de 2017.

Este estudo exigiu meses de trabalho meticuloso, em que os pesquisadores tiveram que traduzir dados do terreno obtidos com o LIDAR para interpretações arqueológicas significativas. Todas as três imagens acima são do sítio arqueológico de Dos Torres, nas colinas de carste acidentadas entre as cidades de Tikal e Uaxactun. Imagem: Luke Auld-Thomas and Marcello A. Canuto/PACUNAM

“Uma das estruturas mais empolgantes encontradas foi um pequeno complexo de pirâmides bem no coração do centro de Tikal”, disse Garrison. “Embora ainda não saibamos muito sobre essa estrutura, o fato de que o LIDAR revelou uma nova pirâmide em uma das cidades mais profundamente mapeadas e compreendidas é incrível e realmente destaca o poder dessa tecnologia para os arqueólogos.”

Observando os dados do LIDAR, os pesquisadores estimam que entre sete milhões e 11 milhões de pessoas viveram em todas as terras baixas maias durante o fim do período clássico (650 a 800 d.C.). Essa população antiga estava distribuída de maneira desigual pelas planícies centrais, com graus variados de urbanização.

Isso é um monte de gente. E provavelmente quer dizer que uma porção significativa de áreas úmidas teve que ser modificada para o uso agrícola, de forma a sustentar essa população. Como escrevem os autores no estudo:

Aproximadamente metade das terras baixas centrais é composta por zonas úmidas sazonais conhecidas como “bajos”. Como os assentamentos permanentes tendiam a evitar essas áreas propensas a inundações e mal drenadas, eles permaneceram em grande parte desabitados e poderiam então estar disponíveis, depois de investimentos adicionais, para a agricultura intensiva.

E, de fato, da área varrida, cerca de 1.314 quilômetros quadrados de terra foram usados para a agricultura, dos quais 362 quilômetros quadrados tiveram que ser bastante modificados.

As varreduras também revelaram uma extensa rede de estradas (os pesquisadores documentaram cerca de 106 quilômetros de vias), que conectavam cidades e vilas. Muitos desses centros urbanos foram bastante fortificados, o que não era esperado.

“As redes de vias que vemos refletem um tempo antigo para os maias — o que chamamos de pré-clássico —, quando as cidades eram ligadas por longas estradas que atravessavam a paisagem da selva”, disse Garrison. “No período clássico, os maias eram divididos em dezenas de cidades-estados concorrentes, cada uma com sua própria dinastia local. Parece que parte da manutenção desses reinos envolveu investimentos em projetos substanciais de infraestrutura para integrar a população (vias internas), alimentar as pessoas (extensos sistemas de campo) e proteger o reino (terraplanagem defensiva).”

De fato, os maias se envolviam em guerras de tempos em tempos. Garrison diz que seus próprios relatos escritos fornecem descrições vívidas da guerra, em um caso usando furacões como uma metáfora para a fúria da batalha e, em outro, descrevendo suas consequências, como o “empilhamento de crânios e o acúmulo de sangue”. Os arqueólogos também tinham conhecimento de alguns trabalhos de terraplanagem defensiva em sítios arqueológicos como Tikal e até mesmo em pontos de paisagem estratégicos na área maia ocidental. Mas os novos dados de LIDAR estão mostrando que essas características eram muito mais comuns do que os arqueólogos pensavam, refletindo um nível de militarização anteriormente não levado em consideração.

“Como exemplo, eu trabalho no pequeno reino de El Zotz, a cidade mais próxima de Tikal. O LIDAR revelou uma fortaleza de verdade na beira de uma escarpa entre essas duas cidades”, Garrison contou ao Gizmodo. “A cidadela é protegida por muros com mais de 7,60 metros de altura e tem um grande reservatório artificial que parece com uma piscina de natação olímpica. Em outras palavras, esse lugar, chamado de La Cuernavilla, estava pronto para um cerco. Esse não é exatamente o tipo de conflito em que pensamos quando falamos dos maias antigos.”

Garrison admite que o LIDAR não é perfeito e que ele deixa passar algumas coisas, ocasionalmente fazendo características naturais parecerem artificiais. No geral, no entanto, ele sente que “esse é um rastro quase completo dos maias antigos”. O que traz mais uma limitação.

“Essas imagens representam toda a duração da antiga civilização maia. São mais de dois mil anos comprimidos em imagens que você está vendo”, afirmou. “Nem tudo foi ocupado ao mesmo tempo, e agora é nosso trabalho, como arqueólogos, resolver tudo isso. Mas certamente estamos felizes de ter esses novos problemas!”

[Science]

Imagem do topo: Thomas Garrison/PACUNAM

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Elon Musk deixará presidência da Tesla e pagará US$ 20 milhões de multa por causa de tuíte

Posted: 30 Sep 2018 08:23 AM PDT

Em agosto, o CEO da Tesla, Elon Musk, desencadeou uma cadeia de eventos catastrófica e completamente evitável ao tuitar que estava “considerando fechar o capital da Tesla em US$ 420 (por ação). Com financiamento garantido”. Musk não forneceu detalhes de financiamento, e a Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) mais tarde determinou que ele nunca finalizou nenhum tipo de acordo com o fundo soberano saudita por trás da aparente compra. Na semana passada, a comissão o acusou de fraude por fazer declarações “falsas e enganosas” e por não cumprir as exigências regulatórias.

Musk e o conselho da Tesla inicialmente pareciam estar buscando uma batalha, mas, de acordo com o Washington Post, ele cedeu no sábado (29). Musk fechou um acordo em que ele e a Tesla pagarão multas separadas de US$ 20 milhões, e o executivo deixará o cargo de presidente da Tesla por pelo menos três anos. O único lado positivo disso para Musk é que ele poderá permanecer como CEO da empresa, escreveu o Washington Post:

O presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, concordou no sábado em pagar uma multa de US$ 20 milhões e deixar a presidência da empresa como parte de um acordo com a Comissão de Títulos e Câmbio.

A Tesla irá pagar, separadamente, US$ 20 milhões e concordou em acrescentar dois novos diretores independentes ao seu conselho e monitorar as comunicações públicas do bilionário mais atentamente… Sob o acordo, Musk deixará o cargo de presidente da montadora em até 45 dias e será barrado da posição por três anos. Mas ele seguirá como CEO da Tesla e, como parte do acordo, não precisa admitir nenhuma transgressão.

(“Novo arquivamento na Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos dos Estados Unidos v. Musk: Julgamento”)

Em um comunicado, a SEC escreveu:

A SEC hoje também acusou a Tesla de não ter exigido controles e procedimentos de divulgação em relação aos tuítes de Musk, uma acusação com que a Tesla entrou em acordo.

Os acordos, que são sujeitos à aprovação do tribunal, vão resultar em uma governança corporativa abrangente e em outras reformas na Tesla — incluindo a remoção de Musk como presidente do conselho da Tesla — e no pagamento de penalidades financeiras por Musk e pela Tesla.

Esta é uma grande humilhação para Musk, que, nos últimos meses, viu surgir uma série de polêmicas bizarras e, em sua maioria, causadas por ele mesmo. Elas foram desde um processo de difamação por acusar, sem base alguma, um dos mergulhadores da caverna inundada na Tailândia de pedofilia, passando por alegações de uso de drogas até uma entrevista no New York Times em que descreveram-no alternando “entre risos e lágrimas”. Nesse meio tempo, vários executivos de alto escalão na Tesla deixaram a empresa, e uma investigação do National Labor Relations Board (Conselho Nacional de Relações do Trabalho) sobre as práticas na fábrica em Fremont, na Califórnia, foi ganhando tração. A sua remoção como presidente do conselho trará limites significativos à capacidade de Musk de exercer poder de forma unilateral na empresa.

Também é humilhante porque a SEC alegou no processo que Musk escolheu o número 420 especificamente para impressionar sua (possivelmente ex-) namorada, a cantora Grimes:

De acordo com Musk, ele calculou o preço de US$ 420 por ação com base em um prêmio de 20% sobre o preço de fechamento do dia porque ele pensou que 20% era um “prêmio padrão” em transações de fechamento de capital. Esse cálculo resultou em um preço de US$ 419, e Musk afirmou que ele arredondou o preço para US$ 420 porque ele havia recentemente descoberto sobre o significado do número na cultura da maconha e achou que sua namorada “acharia engraçado, o que ele admitiu não ser um bom motivo para escolher um preço”.

De acordo com a CNBC, as ações da Tesla na Nasdaq já haviam “fechado com cerca de 14% de queda na sexta-feira (28), a US$ 264 por ação”.

Entretanto, poderia ter sido pior: sem um acordo, a SEC teria buscado a proibição de Musk agir mesmo como oficial ou diretor de uma empresa pública. Como CEO, ele permanecerá como responsável das operações diárias da Tesla, e a empresa não perderá um fundador que é amplamente visto como um visionário essencial para o futuro da companhia. Como apontou o New York Times na sexta-feira, se Musk tivesse se recusado a aceitar o acordo, as coisas poderiam ter se arrastado por anos.

[Washington Post]

Imagem do topo: Getty

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Hacker que fez caixa eletrônico cuspir dinheiro nos EUA pega um ano de cana

Posted: 30 Sep 2018 05:59 AM PDT

Um juiz federal sentenciou nesta semana um homem em Springfield, Massachussetts, à prisão por hackear caixa eletrônicos para que eles cuspissem dinheiro. Será a primeira vez que alguém nos Estados Unidos é preso por esse tipo de ataque, conhecido como "jackpotting".

Erro em banco permitiu rapaz gastar US$ 1 milhão e ficar livre de qualquer dívida

O Departamento de Justiça dos EUA anunciou na quarta-feira (26) que Argenys Rodriguez ficará 12 meses e um dia na cadeia. O departamento anunciou em fevereiro que Rodriguez e Alex Alberto Fajin-Diaz foram acusados por envolvimento de um esquema de jackpotting.

Brian Krebs, que é blogueiro especializado em segurança, noticiou após um mês que o Serviço Secreto dos EUA passou a informar instituições bancárias de que hackers estavam instalando hardware e software em caixas eletrônicos que faria as máquinas cuspirem dinheiro. Antes disso, o jackpotting era uma prática conhecida apenas na Europa e na Ásia.

De acordo com o departamento, os hackers envolvidos no esquema de Rodrigues se passavam por técnicos e instalavam o malware no caixa eletrônico. Em seguida, outros caras iam até o local para fazer o dinheiro ser cuspido. Documentos da corte mostram que eles usaram um malware Ploutus, que permite que os atacantes usem o smartphone para pegar o dinheiro.

A polícia de Cromwell, de Connecticut (EUA), encontrou Fajin-Diaz e Rodriguez próximos a um caixa eletrônico que estava cuspindo dinheiro em 27 de janeiro, após investigadores do Citizen Bank terem alertado as autoridades de atividades suspeitas. A polícia encontrou no carro dos suspeitos ferramentas necessárias para a obtenção do dinheiro.

Além disso, eles tinham cerca de US$ 5.600 em dinheiro vivo, mas as autoridades ainda acharam outros dois parceiros deles que tinham tirado US$ 63.200 do caixa. Cinco dias antes, a operação conseguiu pegar US$ 63.820 de um caixa eletrônico em Rhode Island.

Tanto Rodriguez quanto Fajin-Diaz, que é cidadão espanhol, foram declarados culpados por conspiração por fraude bancária. Fajin-Diaz ainda está aguardando sua sentença.

Além da sentença de prisão, Rodriguez ficará dois anos sob supervisão e terá de devolver US$ 121.355,38.

[Departamento de Justiça, ZDNet]

Imagem do topo: Jorge Díaz/Flickr/CC

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