quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Gizmodo Brasil

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Tudo que o Google lançou em seu evento de hoje

Posted: 09 Oct 2018 04:40 PM PDT

O Google realizou hoje seu evento #madebygoogle, para apresentar seus novos produtos de hardware. O grande destaque ficou por conta dos dois novos smartphones da marca do buscador, o Pixel 3 e o Pixel 3 XL. Além deles, outros produtos também foram apresentados, como o novo alto-falante inteligente com tela Google Home Hub e o tablet Pixel Slate. Veja, a seguir, um resumão das novidades.

Pixel 3 e Pixel 3 XL

Os novos smartphones da linha Pixel foram apresentados. O Pixel 3 e o Pixel 3 XL têm praticamente os mesmos componentes: processador Snapdragon 845, 4 GB de RAM, câmeras duplas na frente de 8 MP e uma única atrás, de 12,2 MP. A diferença dos dois fica por conta do tamanho da tela: o Pixel 3 tem display de 5,5 polegadas na proporção 18:9, enquanto o Pixel 3 XL tem um visor de 6,3 polegadas na proporção 18,5:9, com um recorte bem grande na parte superior.

O grande destaque do aparelho é a câmera. Apesar de um único módulo — enquanto concorrentes recorrem a câmeras duplas ou até mesmo triplas — o Google promete uma qualidade excelente de imagens, usando recursos de inteligência artificial e software.

Google Home Hub

O Google também apresentou a nova versão do seu alto-falante inteligente. O Google Home Hub traz uma tela como maior novidade. Ele oferece todas as capacidades de controle de aparelhos inteligentes e serve também como um belo porta-retratos integrado ao Google Fotos ou como um assistente na cozinha.

O Google Home Hub vai custar US$ 149 lá fora e começa a ser despachado aos clientes no dia 22 de outubro. Não há informações sobre lançamento oficial no Brasil.

Pixel Slate

O novo tablet do Google se chama Pixel Slate. Ele roda Chrome OS e conta com Google Assistente e suporte a apps do Google Play Store. O Pixel Slate tem uma tela de proporção 3:2 e resolução de 3000 x 2000 pixels, o que garante uma boa resolução de 293 ppi. O sistema operacional parece mais completo do que nunca, com dois ambientes de trabalho distintos para modos laptop e tablet e suporte a apps de Android e Linux, o que deve ser ótimo para quem é desenvolvedor.

O preço inicial do tablet é US$ 600, podendo chegar a até US$ 1600, dependendo da configuração. Junto com ele, o Google apresentou um teclado chamado Pixel Slate Keyboard, que custa US$ 199, e uma caneta chamada Pixelbook Pen, que sai pelo preço de US$ 99.

Chromecast 3

Ele não deu as caras no evento, como esperávamos que fosse acontecer, mas uma atualização no site do Google mostra que a terceira versão do Chromecast foi lançada. Ele traz uma mudança sutil no design, suporte à tecnologia Wi-Fi 5 (também conhecido como Wi-Fi 802.11ac) e a transmissão de vídeos a 60 fps, bem como integração com os alto-falantes Google Home.

Imagens: Google

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Com o Pixel Slate, Google pode ter finalmente criado um aparelho quase perfeito com Chrome OS

Posted: 09 Oct 2018 03:04 PM PDT

Depois de anos de tentativa e erro, o Google finalmente atendeu nossos pedidos e fez um tablet com Chrome OS. Ele pode ser o aparelho perfeito para o sistema operacional.

O Google Pixel Slate pode parecer um iPad com um verniz de Pixel aplicado, mas é um dos produtos mais animadores do mercado. O novo aparelho do Google com Chrome OS é o sucessor natural do excelente porém caro Pixelbook.

Ele era fino demais para ser um laptop, mas grosso demais para um tablet — um 2-em-1 que deu certo principalmente por causa de seu sistema operacional. Eu suspeito que o Pixel Slate pode se sair ainda melhor por esse mesmo motivo — falaremos mais disso adiante. E isso não quer dizer que o hardware dele deixa a desejar.

Imagem: Raul Marrero (Gizmodo)

O Pixel Slate terá apenas 7 milímetros de espessura, superando com folga o Pixelbook e sua espessura de 10,16 mm. Assim como o aparelho anterior, ele virá com uma tela de 12,3 polegadas, mas sua resolução pulou de 2.400 x 1.600 pixels para 3.000 x 2.000 pixels. A densidade, claro, acompanhou isso e saltou de 235 ppi para 293 ppi. O Google afirma que a carga completa da bateria dura 12 horas.

Apesar de a empresa insistir que o Pixel Slate não é apenas um smartphone enorme, ele tem duas câmeras, uma frontal e uma traseira.

Sua tela, naturalmente, tem sensibilidade ao toque e suporte à caneta Pixelbook Pen, que custa US$ 100. O Pixelbook e outros aparelhos com Chrome OS, como o Chromebook Pro da Samsung, nunca tiveram respostas rápidas o suficiente para canetas, deixando-os bem para trás do Surface e do iPad.

O Pixel Slate, por outro lado, não parece sofrer do mesmo problema, pelo que vimos no pouco tempo que passamos com ele. Isso ocorre, de acordo com o Google, porque os algoritmos que o Chrome OS usa para antecipar onde a caneta vai tocar melhoraram muito. Mas, para ter certeza disso, vamos precisar passar mais do que essa horinha que tivemos com o aparelho.

Imagem: Raul Marrero (Gizmodo)

O Pixelbook tinha seu próprio teclado embutido. Já o Pixel Slate precisa de uma capa-teclado chamada Pixel Slate Keyboard, que custa US$ 200. É bem mais do que os preços cobrados por Microsoft e Apple para seus acessórios (US$ 130 e US$ 160, respectivamente), mas o Pixel Slate pode ter suas vantagens.

Em vez de botões quadrados isolados, o Google optou por teclas redondas, que, de acordo com o que nos disseram, devem tornar a digitação mais agradável — uma teoria que usuários de máquinas de escrever e fãs das capas da Spherical All (SA) devem endossar.

Nesses dois casos, as teclas empregam depressões redondas para guiar os dedos para o centro da tecla. A capa de teclado do Google tenta fazer alguma coisa parecida, mas com relevos mais rasos.

Imagem: Google

A parte traseira da capa é deliciosamente esperta. Ela usa ímãs para permitir que você ajuste o ângulo da tela quando está usando o aparelho no modo laptop. Ímãs podem ser grudentos demais nos aparelhos 2-em-1, mas, no tempo em que usamos o Pixel Slate, foi bem fácil ajustar isso com apenas dois dedos.

O dispositivo escorrega para o lugar certos em intervalos regulares e ângulos seguros. Não é tão exato como as dobradiças de um Microsoft Surface Pro ou de um HP Spectre Folio, mas para um 2-em-1 que está mais para tablet do que para laptop é uma das melhores opções que já vimos.

Em termos de componentes, há várias opções, dependendo de quanto você quer gastar. O armazenamento varia entre 32 GB e 256 GB, a RAM vai de 4 GB a 16 GB, e o processador pode ser tanto um Intel Celeron quanto um i3, i5 ou i7 da série Y da oitava geração.

Dispositivos com Chrome OS tendem a demandar menos do hardware do que aparelhos com Windows ou macOS. Existem até mesmo muitos laptops que rodam o sistema muito bom com processadores Celeron.

Então, o Pixel Slate de US$ 600 com processador Celeron, 4 GB de RAM e SSD de 32 GB não é alarmante, apenas um pouco caro. O Chromebook Plus v2 da Samsung custa US$ 100 a menos e vem com caneta e teclado. Some isso e o Pixel Slate é, na verdade, US$ 300 mais caro!

A versão de US$ 1.600 com i7, SSD de 256 GB e 16 GB de RAM é ainda mais cara. É um dos produtos com Chrome OS mais caros já feitos — o Pixelbook de topo de linha do ano passado ainda o supera. Assim como acontecia com os aparelhos passados com o mesmo sistema, pede a pergunta: quem vai gastar tudo isso em um Chromebook?

Em uma conversa com a equipe do Pixel Slate há algumas semanas, ficou claro para nós do Gizmodo que o Google espera que desenvolvedores embarquem no sistema.

A última versão do Chrome OS tem suporte a aplicativos do sistema, de Android e de Linux, Ele se destina não apenas a estudantes fazendo trabalhos ou blogueiros velhos que jogam Fallout Shelter (oi), mas também programadores e administradores de sistema que que passam muito tempo no Linux e querem uma máquina poderosa e atraente que rode aplicativos de Linux de modo nativo.

O Chrome OS foi difamado com justiça por ser incapaz de oferecer produtividade de verdade, como a de um macOS e de um Windows. Não há, por exemplo, versões completas do Photoshop ou do Microsoft Word. Mas agora tem pelo menos o GIMP (que ainda não serve muito bem para comparar) e LibreOffice.

Também há a capacidade de desenvolver e implantar aplicativos de Android e Linux no mesmo aparelho. O Google afirma que este é o dispositivo que permite desenvolver e testar apps de Android, e isso pode ser bastante chamativo para desenvolvedores, que até agora estavam presos ao macOS, Linux ou Windows, e precisavam rodar seus testes ou em um dispositivo virtual ou em um hardware separado.

Imagem: Google

O Linux no Chrome OS, no entanto, está disponível desde agosto. Outra mudança é um pouco mais nova, e é tão boba que custa a acreditar que ela tenha demorado tanto para chegar, mas também é maravilhosa. O Chrome OS agora tem dois ambientes de desktop.

Um lembra um ambiente tradicional de desktop e estará ativo a qualquer momento que o usuário conecte o teclado US$ 200 e use o aparelho como um laptop tradicional.

O outro lembra mais a gaveta de aplicativos do Android. Coloque o Pixel Slate no modo tablet e todos os apps de Android, Chrome e Linux aparecerão prontos para serem ativados com um toque de dedo ou da caneta opcional Pixelbook Pen, que custa US$ 100.

Concorrentes (ok, só a Microsoft) já tentaram separar interfaces de desktop e de tablet anteriormente, mas, ao contrário da Microsoft, a equipe do Chrome OS tem o verdadeiro benefício de uma década de design em interfaces de tablets e smartphones para usar como base.

A Microsoft fez uma interface de tablet do zero, como pudemos ver. O Chrome OS pode se basear no Android, usando não apenas sua interface já aprovada, mas também sua gama de aplicativos que funcionam melhor no modo tablet.

Tudo isso se junta para mostrar que o novo aparelho tem muito potencial. Apesar disso, reiteramos que o Pixel Slate não é barato. Ao contrário de outros aparelhos com Chrome OS, o Google está cobrando um preço de aparelho premium. US$ 800 para ter apenas um tablet e uma capa com teclado é muito para um aparelho com Chrome OS.

No entanto, ainda é barato quando comparado a outros aparelhos de concorrentes como Apple e Microsoft. Um iPad Pro de 10,5 polegadas e teclado sai por US$ 810. Um iPad Pro de 12,9 polegadas custa US$ 970. Um Microsoft Surface Pro 6 básico começa em US$ 1.030, já com a capa de teclado.

Quando comparado a esses aparelhos, o Pixel Slate básico parece mais acessível. Mas a robustez do Chrome OS na comparação com o iOS e o Windows vai depender do quanto ele melhorou, algo que não saberemos até testarmos melhor o dispositivo daqui a algumas semanas.

Se você já comprou a ideia, porém, o Google Pixel Slate começou a ser vendido hoje. Ele não está disponível oficialmente no Brasil.

[Google]

Imagem do topo: Google

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Por que os chineses estão colocando medidores de atividade física em rolos de papel higiênico?

Posted: 09 Oct 2018 01:53 PM PDT

Tudo começou com um mistério: por que um medidor de atividade física detectaria batimentos cardíacos em um rolo de papel higiênico?

Como reportado pelo site chinês Abacus, papel higiênico se tornou viral na China depois que donos de aparelhos medidores de atividade física descobriram que a Xiaomi Mi Band 3 mostrava uma medição de batimento cardíaco quando colocada em um rolo de papel. Usuários da plataforma de mídia social Weibo postaram um monte de imagens documentando o fenômeno. Eles também testaram outros objetos cilíndricos, como garrafas, latas e até mesmo em um bicho de pelúcia — e em todas as ocasiões apareceu uma medição fantasma de batimento cardíaco.

Até a Intel acha que os dispositivos vestíveis não têm futuro
O Samsung Galaxy Watch é um smartwatch decente e bem grande

O Abacus testou a brincadeira em um vídeo e descobriu que uma Mi Band 3, da Xiaomi, em um rolo de papel registrou 81 BPM (batimentos por minuto). Uma caneca de café registrou 72 BPM, enquanto uma banana teve 77 BPM. Mas não é algo que ocorre só com a Xiaomi — o mesmo experimento foi feito com o Apple Watch Series 4 e um smartwatch Android, e os resultados foram parecidos, com a única diferença de que os batimentos eram menores.

O site chinês descobriu que bananas e canecas forneciam uma medição de "batimento cardíaco" mais rápida e consistente que um rolo de papel — o que nos dá uma da possível explicação para esse fenômeno.

Para detectar o batimento cardíaco, esses aparelhos emitem uma luz verde no pulso do usuário. O sangue absorve essa luz verde, e quando o sangue circula rápido, ele absorve essa luz. Este processo, conhecido como PPG (photoplethysmography), é uma forma relativamente simples de detectar a quantidade de batimentos cardíacos de uma pessoa.

Apple, Google e Xiaomi não nos responderam imediatamente sobre a razão disso acontecer. O Abacus pediu uma explicação para a Xiaomi que, por sua vez, só enviou um link do site Zhihu explicando que objetos podem refletir luz e confundir os sensores. O site Abacus também informa que um engenheiro biomédico especializado em PPG confirmou que é comum que esses sensores não leiam o reflexo de luz de forma apropriada.

Como bananas e canecas têm superfícies mais reflexivas que de um papel higiênico, faz sentido que esses itens mostrem uma medição de batimento cardíaco mais rápido do que um rolo de papel.

O engenheiro biomédico ressalta que isso não significa que os medidores de atividade física estão lendo errado os batimentos cardíacos dos humanos, pois eles foram pensados para executar bem essa tarefa. No entanto, não foram desenvolvidos para determinar se um rolo de papel higiênico tem pulso ou não.

[Abacus News]

Imagem do topo por Abacus

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Voyager 2 detecta indícios de que está próxima do espaço interestelar

Posted: 09 Oct 2018 11:30 AM PDT

Seis anos atrás, a sonda espacial Voyager 1 informou aos cientistas que havia se tornado o primeiro objeto fabricado pelo homem a entrar no espaço interestelar. Agora, a Voyager 2 começou a retornar sinais de que a sua própria saída do Sistema Solar pode acontecer em breve.

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Dois instrumentos da Voyager 2 mediram um aumento no número partículas de alta energia, chamadas de raios cósmicos, que estão atingindo a sonda, conforme o comunicado da NASA. Cientistas acreditam que a heliosfera, a região de partículas e campos magnéticos que estão sob influência do Sol, bloqueia alguns raios cósmicos. Um aumento nessa taxa significa que a sonda pode estar se aproximando da heliopausa, a barreira externa da heliosfera.

Isso pode ser indício de algumas coisas que estão por vir. “Vamos aprender muitas coisas nos próximos meses, mas ainda não sabemos quando chegaremos à heliopausa”, disse o cientistas Ed Stone do Voyager Project, conforme o comunicado. “Ainda não estamos lá – isso é algo que posso dizer com confiança”.

As sondas Voyager 1 e 2 foram lançadas em 1977 com o objetivo de explorar Saturno e Júpiter. A Voyager 1 posteriormente embarcou em sua missão para além do Sistema Solar, enquanto a Voyager 2 foi capaz de retornar dados de Urano e Netuno, antes de começar sua própria jornada. As sondas fizeram descobertas, enviaram dados importantes e nos mostraram imagens icônicas de planetas. Cientistas ainda operam as naves 40 anos depois de seus lançamentos, embora as missões tenham mudado – agora, as sondas exploram os limites do Sistema Solar, periodicamente enviando dados via ondas de rádio.

A Voyager 1 mediu um aumento dos raios cósmicos em maio de 2012 antes de cruzar a heliopausa três meses depois – a medição foi acompanhada de um aumento repentino na densidade do plasma ambiente. Talvez a Voyager 2 esteja se aproximando da barreira, também, embora um cientista de Princeton que utiliza dados da Voyager, Jamie Rankin, salientou ao Gizmodo que a Voyager 2 ainda não atingiu nem o espaço interestelar.

Randy Gladstone, cientista do Southwest Research Institute na missão da New Horizons, explicou porque cruzar a heliopausa com uma segunda sonda é importante: “Assim como todas as coisas, fazer algo pela segunda vez significa comprovar que você realmente entende aquilo ou não. A cruzada da Voyager 2 está em um local muito diferente, e embora os modelos atuais possam ser ajustados para isso, é praticamente certo que esses modelos são muito simples para entendermos os dados perfeitamente. Sempre aprendemos muito nessas situações (e é uma das grandes razões pelas quais temos Voyager 1 e Voyager 2)”.

É difícil dizer se Voyager 2 deixará o Sistema Solar em breve. Mas é outro lembrete do quão incrível essas missões são. A Voyager 2 está atualmente a 17 bilhões de quilômetros de distância do Sol, 118 vezes a distância entre o Sol e a Terra. A Voyager 1 está a mais de 20 bilhões de quilômetros de distância do Sol, o que equivale a 144 vezes a distância entre o Sol e a Terra. Ainda assim, elas são capazes de nos enviar dados científicos interessantes e, sim, explorar o espaço mesmo além da influência do Sol.

[NASA/JPL-CalTech]

Imagem do topo: Ilustração mostra a localização da Voyager 1 e 2. Crédito: NASA/JPL-CalTech

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Google Home Hub é uma smart display para controlar sua casa e auxiliar na cozinha

Posted: 09 Oct 2018 10:55 AM PDT

Um dia depois do Facebook anunciar a smart display Portal, o Google estreou um dos seus dispositivos de internet das coisas mais cheio de funções. Sendo bem direto, trata-se de um Google Home (um alto-falante inteligente) com uma tela, chamado de Google Home Hub, e que vai ser vendido nos EUA por US$ 150.

Google continua a apostar em fotografia com o novo Pixel 3

Apesar das preocupações com privacidade e pouco senso de utilidade, quase 27% das residências do EUA compraram um assistente digital. Isso fez com que mais pessoas passassem a experimentar luzes inteligentes, câmeras de segurança e micro-ondas que podem ser controlados com comandos de voz. Embora o mercado nesse ramo esteja crescendo, telas são mais úteis, especialmente se você curte cozinhar.

Um dos recursos prometidos pelo Google tem relação direta com isso: usar o Google Home Hub enquanto você assiste a tutoriais ou vídeos do YouTube com instruções para preparar algum prato. Será possível também configurar alarmes e timers para você não se esquecer de algo no forno.

O Google chega nesse ramo de smart display após a Amazon e a Lenovo. No entanto, a companhia tem como vantagem o Google Assistant, que é um bom assistente de voz e fornece uma experiência sólida para utilização em casa, além de ter suporte ao YouTube. Aliás, existe uma briga entre as Google e Amazon nesse ramo e pode ser que a plataforma de vídeo nunca esteja presente na linha Echo de smart displays.

Para o Google Home Hub, a companhia fez uma versão otimizada do YouTube para tela e para funcionar apenas com comandos de voz. Foram também personalizados serviços como busca, mapas, calendários e fotos.

Desses, um dos que talvez vai ser mais útil é o de fotos. A funcionalidade Live Albums pega imagens de sua conta do Google Photos para exibir no Home Hub, como se fosse um porta-retrato digital. A companhia promete não mostrar fotos ruins tiradas pelas pessoas, pois utiliza machine learning para escolher as melhores.

O produto do Google lembra muito o produto lançado pela Lenovo recentemente nos EUA. Você pode controlar várias funções de sua casa conectada por meio da plataforma da plataforma Android Things (versão do sistema para internet das coisas). Tudo isso é feito por meio de uma interface simples. Você não vai precisar usar múltiplos apps, pois o Google diz que sua plataforma é compatível com 200 milhões de aparelhos de mais de 1.000 marcas. Então, você vai poder mudar a temperatura do termostato da sua casa, ter informações sobre a previsão do tempo e navegar na web.

O alto-falante traseiro é coberto com o mesmo material que já vimos em outros aparelhos da linha Home do Google, e o Home Hub estará disponível nas cores verde, rosa, cinza escuro e branco. A pré-venda nos EUA, Austrália e Reino Unido começa nesta terça-feira e a entrega (junto com a disponibilização no varejo) será no dia 22 de outubro.

[Google]

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Google continua a apostar em fotografia com o novo Pixel 3

Posted: 09 Oct 2018 09:33 AM PDT

Depois de meses de vazamentos, finalmente chegou o dia do evento de lançamento da nova linha de smartphones Pixel, do Google. O Pixel 3 e o Pixel 3 XL são os novos modelos.

O mais novo celular do Google adota a tendência do notch na borda superior da tela. E que notch, hein? Ele é bem mais alto do que o de outros modelos na versão XL. O Pixel 3 roda Android 9 Pie, a versão mais recente do sistema operacional. A tela do modelo base é de 5,5 polegadas.

Pixel 3 XL tem um super notch; o irmão menorzinho, não. Crédito: Google

Seu irmão maior, o Pixel 3 XL, de tela de 6,3 polegadas, também foi apresentado hoje pelo Google.

O Pixel 3 XL conta com duas câmeras frontais e apenas uma traseira de 12,2 megapixels. A câmera já vinha sendo um diferencial desde a primeira versão do Pixel, e ela parece estar ainda melhor.

O aparelho usa a tecnologia HDR+, que combina diferentes capturas com exposições variadas para entregar fotos com mais detalhes e mais luminosidade. Também há a tecnologia Top Shot, que ajuda a recuperar momentos que você pode ter perdido por alguns milissegundos ao bater uma foto.

No modo Top Shot, você poderá passar por uma timeline e escolher a melhor cena de um clique

Outros recursos são o Super Res Zoom, que usa inteligência artificial e métodos de astronomia para aproximar fotos sem perder detalhes, e Night Sight, que promete dispensar o uso de flash em condições ruins de luminosidade. A boa notícia é que donos de dispositivos Pixel receberão essa funcionalidade ainda neste ano via update.

Para mostrar o poder do Night Sight, o Google comparou lado a lado uma imagem tirada com o Pixel 3 com uma clicada com o iPhone Xs

Nas câmeras frontais, a novidade é a Group Selfie Cam, que promete capturar uma área de 184% em relação a uma câmera normal.

Sistema de câmeras frontais do novo Pixel promete enquadrar todo mundo na cena

Outro recurso da câmera é o app Playground, exclusivo do Pixel, que usa realidade aumentada para projetar personagens, celebridades e bichinhos fofos usando a câmera. Assim, você pode interagir com super-heróis da Marvel ou com o rapper Childish Gambino, por exemplo.

O Pixel 3 também vem com um novo recurso chamado Screen Call. Ao receber uma chamada enquanto você estiver em uma reunião ou com a família, você toca na opção Screen Call e um sistema robotizado vai tentar obter informações como quem é e o motivo da chamada. Ao obter essas informações, o sistema vai transcrevendo na tela e aí você decide se quer atender ou dar uma resposta inteligente (do tipo "Te ligo mais tarde"). Infelizmente, esse recurso só estará disponível num primeiro momento em inglês e nos Estados Unidos. Também dará para se livrar de ligações indesejadas simplesmente virando a frente do aparelho para baixo.

Outro recurso, também exclusivo para o mercado norte-americano, é que donos do Pixel 3 poderão usar um novo recurso do Assistant, baseado na tecnologia Duplex, para fazer reserva em restaurantes de forma automatizada, por exemplo. A funcionalidade, que foi rapidamente apresentada durante o evento, começará a funcionar ainda neste ano em Nova York, Atlanta, Phoenix e na região da Baía de San Francisco.

O aparelho também ganhou suporte a um novo carregador sem fio, o Pixel Stand. Ele também se torna uma espécie de Google Home quando apoiado, podendo ser controlado pelo Google Assistente.

O Google Pixel 3 vai custar a partir de US$ 799, enquanto o Pixel Stand sai por US$ 79. Alguns países foram listados, mas o Brasil não está entre eles.

Especificações: Pixel 3/Pixel 3 XL
Processador: Qualcomm Snapdragon 845 Octa-Core
Tela 5,5 polegadas Oled/6,3 polegadas Oled
Câmeras: 12 megapixels f/1.8 (traseira) e câmera dupla frontal de 8 megapixels
Sistema Android Pie
Memórias: 64 GB e 128 GB (armazenamento) e 4 GB de RAM
Áudio: dois alto-falantes frontais
Bateria: 2.915 mAh/3.430 mAh (Pixel 3 XL)
Preço: US$ 799 (Pixel 3 com 64 GB) e US$ 899 (Pixel 3 com 128 GB) / US$ 899 (Pixel 3 XL com 64 GB) e US$ 999 (Pixel 3 XL com 128 GB)

Post em desenvolvimento

Imagem do topo: Andrew Liszewski

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Agora o Gmail vai completar frases em português enquanto você digita

Posted: 09 Oct 2018 09:01 AM PDT

O Google anunciou recentemente que o Gmail seria capaz de escrever alguns e-mails para você. Ou de pelo menos completar as frases batidas que a gente costuma escrever nas mensagens.

O truque viria com o Smart Compose, uma inteligência artificial capaz de preencher automaticamente informações nos e-mails que você escreve. Ele estava disponível em inglês, mas a partir desta terça-feira (9), quatro novos idiomas serão contemplados: português, espanhol, francês e italiano.

• Conheça algumas alternativas ao Inbox do Google, que vai fechar em breve
• O Google vai possibilitar que você desligue as respostas inteligentes do Gmail

Para usar o Smart Compose, basta pressionar a tecla tab para acrescentar o texto de preenchimento automático à sua mensagem, que aparece automaticamente, conforme você escreve.

Segundo o Google, a novidade será liberada aos poucos e estará disponível para todos os usuários ao longo dos próximos meses. Por enquanto, ela só funciona no Gmail do computador, nada de autocompletar no smartphone (pelo menos, por lá, nossos teclados já manjam dessa função).

A companhia diz que o recurso não identifica o estilo de escrita de cada usuário, mas vai aprendendo de acordo com o contexto das mensagens. Isso significa que quanto maior for uma conversa, mais provável surgir sugestões precisas.

No comunicado enviado à imprensa, o Google disse que a ferramenta, além de agilizar a troca de e-mails, dá mais confianças às pessoas “já que palavras sugeridas seguem as regras gramaticais e de ortografia da Língua Portuguesa”. Que bom.

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Google não tem certeza sobre quais usuários do Google+ tiveram seus dados pessoais expostos

Posted: 09 Oct 2018 08:08 AM PDT

Depois de uma reportagem nesta segunda-feira (8) alegar que o Google manteve em segredo uma falha de segurança que pode ter impactado centenas de milhares de usuários do Google+, a empresa pouco se explicou sobre o silêncio em que ficou por tanto tempo.

• Hora de dar tchau: o Google+ vai ser desativado em agosto de 2019

O Wall Street Journal informa que o Google optou por não divulgar publicamente a exposição — tanto por preocupação de como o Congresso dos EUA poderia reagir quanto por causa do dano que ela poderia ter causado à própria reputação da empresa. O artigo do WSJ, que citou várias fontes informadas sobre o incidente, além de um memorando para executivos de alto escalão vazado preparado por advogados do Google, antecedeu um anúncio de que o Google+ seria fechado em 10 meses a partir de agora.

O Google em si divulgou na segunda-feira que um “bug” havia exposto usuários da fracassada rede social. Mas a empresa aparentemente não conseguiu dizer se os dados vazados haviam sido usados inadequadamente em algum momento — apenas afirmou que não encontrou evidências disso ocorrendo. Também não está claro se a decisão do Google de anunciar o desligamento do Google+ foi incitada pelo artigo do WSJ. A companhia se recusou a responder a perguntas, limitando-se a enviar ao Gizmodo um curto comunicado.

Até 438 aplicativos diferentes podem ter tido acesso aos dados pessoais, que incluíam os nomes completos dos usuários, endereços de e-mail, datas de nascimento, gênero, fotos de perfil, onde eles viviam, seus cargos de trabalho, entre vários outros detalhes. O bug estaria ativo desde 2015. Ainda não se sabe quantos usuários exatamente foram afetados (ou se algum deles foi afetado).

O Google disse em um e-mail que sua equipe de privacidade não conseguiu atingir os “limites” necessários para divulgação pública das informações. Por exemplo, a empresa não conseguiu “identificar precisamente” quais usuários deveriam ser notificados (o Google não respondeu quando pedimos que esclarecesse por que isso aconteceu). A companhia também não conseguiu especificar se os dados foram mal utilizados em algum momento.

Além disso, disse a empresa, não estava claro quais ações, se alguma, podem ser tomadas por desenvolvedores que receberam acesso aos dados equivocadamente.

“Nosso Escritório de Privacidade e Proteção de Dados inspecionou esse problema, observando o tipo de dado envolvido, se poderíamos identificar precisamente os usuários a informar, se havia alguma evidência de uso indevido e se havia alguma ação que um desenvolvedor ou usuário poderia tomar em resposta”, afirmou o Google, acrescentando que “nenhum desses patamares foi atendido nesse caso”.

A empresa acrescentou que faz mais do que as exigências legais quando acredita que dados de usuários podem ser afetados por um incidente de segurança.

O memorando visto pelo WSJ teria focado nas ramificações que o Google enfrentaria caso o incidente viesse a público em um momento em que o Facebook vinha sendo alvo de críticas pesadas do Congresso por causa do escândalo da Cambridge Analytica. O jornal também apontou que o CEO do Google, Sundar Pichai, provavelmente seria forçado a testemunhar perante o Capitólio se o conhecimento sobre a exposição viesse a público.

Citando alguém familiarizado com as ideias do Google, o WSJ escreveu que o memorando legal “não foi um fator na decisão” de não vir a público, mas, sim, “refletiu discordâncias internas sobre como lidar com o assunto”.

Sundar foi criticado em setembro por recusar um convite para testemunhar diante do Comitê de Inteligência do Senado dos EUA. Mais tarde, o CEO concordou em se apresentar a um comitê da Câmara dos Representantes dos EUA para responder a perguntas sobre uma ampla gama de assuntos, incluindo as alegações infundadas de que o Google “censura” vozes conservadoras.

Durante uma audiência do Comitê de Comércio do Senado no mês passado, o diretor de privacidade do Google, Keith Enright, reconheceu que a empresa havia “cometido erros no passado, dos quais aprendemos, melhorando nosso robusto programa de privacidade”. Procurado pelo Gizmodo, o chefe do comitê, o senador John Thune, não respondeu a nosso pedido de entrevista.

Um porta-voz do Comitê de Energia e Comércio da Câmara disse ao Gizmodo que “o comitê leva a proteção das informações dos consumidores muito a sério, e estamos atualmente revendo a situação”.

Atualizaremos esta publicação se o Google responder a nossos pedidos.

Imagem do topo: Getty

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Agora você pode baixar um reparo para os maiores problemas do iPhone Xs

Posted: 09 Oct 2018 06:06 AM PDT

Se você comprou o novo iPhone Xs, temos boas notícias: a Apple soltou uma atualização para todos os usuários nesta segunda-feira (8) que conserta dois dos problemas mais frustrantes que assolaram os donos do iPhone Xs e do Xs Max. Se você teve problemas de carga ou de conectividade, é melhor atualizar seu iPhone para o iOS 12.0.1 agora.

• Testando o iPhone Xs: o quão rápido é o processador A12 e o quão boa é a duração da bateria
• Foto esquisita, problemas para carregar e conexão: as principais reclamações sobre o iPhone Xs

A Apple diz que o iOS 12.0.1 “conserta um problema em que alguns dispositivos iPhone Xs não carregavam imediatamente ao serem conectados a um cabo Lightning”. A empresa lidou com os problemas de carga (Chargegate) do novo iPhone em um lançamento beta do iOS 12.1. O lançamento maior do 12.1 ainda está a caminho e irá incluir uns emojis novos quando chegar.

Mas, por ora, a companhia diz que o iOS 12.0.1 deve também reparar “um problema que poderia fazer dispositivos iPhone Xs se reconectarem a uma rede Wi-Fi em 2,4 GHz, em vez de 5 GHz”. Isso pode estar relacionado a alguns dos problemas de conectividade e velocidade que os donos de iPhone Xs e Xs Max relataram.

Outras mudanças descritas pela Apple em sua atualização incluem um conserto para a falta de legendas em “alguns apps de vídeos” e um reparo para o problema de Bluetooth “indisponível”, embora nenhuma dessas questões tenha gerado tanta atenção quanto as duas anteriores.

Para receber a atualização mais recente, vá até o menu de ajustes do seu dispositivo, aperte Geral e então seleciona Atualizar Software.

[Engadget]

Imagem do topo: Alex Cranz (Gizmodo)

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Nubank recebe investimento de gigante chinesa e é avaliada em US$ 4 bilhões

Posted: 09 Oct 2018 05:34 AM PDT

A startup brasileira Nubank recebeu um investimento de peso nesta semana. A Tencent, uma das maiores empresas de tecnologia da China, anunciou um investimento de US$ 180 milhões na companhia que oferece cartão de crédito sem anuidade e conta digital.

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Esse é o primeiro investimento da Tencent no Brasil, mas ele é bem estratégico. O Nubank tem cinco milhões de clientes ativos no cartão de crédito, o que, segundo o seu CEO, David Velez, o coloca como o maior banco digital do mundo ocidental e o quinto maior emissor de cartões do Brasil. A startup tem ainda 2,5 milhões de usuários na NuConta.

De acordo com o TechCrunch, o investimento foi separado em dois: trata-se de US$ 90 milhões em investimento direto e os outros US$ 90 milhões em mercado secundário. A notícia do aporte foi dada primeiramente pelo Information, que afirmou que o Nubank já está avaliado em US$ 4 bilhões.

O valor é o dobro da avaliação realizada em março, quando a fintech também recebeu investimentos.

De acordo com Velez, o investimento da Tencent também é estratégico para a startup brasileira, já que a empresa chinesa tem uma forte atuação no mercado financeiro digital asiático. Segundo ele, a companhia não precisava de mais capital, mas eles “enxergaram muito valor na parceria”.

Na China, a Tencent é dona do aplicativo WeChat, ferramenta de mensagens mais utilizada no país, que é integrado ao sistema de pagamentos via celular WeChat Pay. A empresa possui ainda a QQ, uma empresa de pagamentos digitais similar ao PayPal. A Tencent é avaliada pelo mercado em US$ 370 bilhões e é a segunda maior empresa de tecnologia da China; só fica atrás da Alibaba, avaliada em US$ 400 bilhões.

Já o Nubank levantou cerca de US$ 420 milhões captados em sete rodadas de investimentos desde que foi fundada em 2013.

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Arqueólogos encontram mais antigo exemplo de comida temperada com noz-moscada

Posted: 09 Oct 2018 04:58 AM PDT

Ah, noz-moscada. O tempero que traz um algo a mais para tortas de abóbora, cremes e xícaras de café. Hoje em dia, somos apaixonados pela noz-moscada, mas uma descoberta arqueológica recente mostra que sua origem remonta a um tempo muito diferente — e muito mais distante do que pensávamos.

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Humanos do neolítico que viveram na ilha indonésia de Pulau Ay já estavam usando a noz-moscada como ingrediente há 3.500 anos, segundo uma pesquisa publicada nesta semana no periódico científico Asian Perspectives. Isso são dois mil anos mais cedo do que pensávamos anteriormente, e o estudo destaca o uso do ingrediente entre alguns dos primeiros humanos a se estabelecerem no Sudeste Asiático.

Pulau Ay é uma ilha de calcário bem pequena, com menos de 4 km². Localizada entre as Ilhas Banda de Maluku, ela foi o lar de uma população de humanos de 3.500 anos a 2.300 anos atrás. Na época, a ilha não tinha mamíferos terrestres nativos ou águas superficiais. A ocupação humana seria quase impossível sem o benefício das tecnologias, como a domesticação animal e o armazenamento de água.

Arqueólogos trabalhando no sítio arqueológico de Pulau Ay. Imagem: Andrew Lawless

Um sítio arqueológico em Pulau Ay foi escavado em 2007 e de novo em 2009, tempo durante o qual os arqueólogos retiraram de lá vários ossos de animais, cerâmicas, ferramentas de pedra e evidências de habitação. Uma nova análise desses artefatos, conduzida por Peter Lape, da Universidade de Washington, junto com pesquisadores da Universidade Gadjah Mada, na Indonésia, e da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, entre outras instituições, traz agora uma perspectiva cronológica dessa comunidade, revelando mudanças em seus hábitos de vida ao longo do tempo.

Este período na história do Sudeste Asiático foi testemunha de muitos novos desenvolvimentos, incluindo o surgimento de novas plantas, animais e tecnologia para a região. As evidências apresentadas no novo estudo sugerem que essas mudanças não aconteceram de uma vez — elas foram muito graduais. Pulau Ay apresentou um ambiente muito desafiador, e seus habitantes tiveram que seguidamente encontrar novas maneiras de se adaptar.

De cerca de 3.500 a 3.000 anos atrás, essa população se alimentou principalmente de peixes e outros frutos do mar, mas depois eles passaram a comer porcos domesticados. Lape e seus colegas puderam ver essa transição por meio dos ossos de animais deixados no local, mas também analisando sua cerâmica; a princípio, essas pessoas usavam vasos com paredes finas, capazes de conter água, mas depois mudavam para vasos mais grossos, que eram melhores para cozinhar e eram encontrados ao lado dos ossos de porcos.

A análise bioquímica de resíduos encontrados na cerâmica revelou uma série de ingredientes de comida, incluindo sagu, batatas-doces roxas e noz-moscada. Os arqueólogos não têm certeza se esses ingredientes foram coletados da natureza, cultivados por meio da agricultura ou uma combinação dos dois.

O fruto da moscadeira é cortado para revelar sua semente. Imagem: Baptiste Vauchelle

A noz-moscada vem da moscadeira, uma árvore de crescimento lento e muito aromática que cresce até 15 metros. A semente dentro do seu fruto em formato de pera pode ser transformada em um pó, que todos nós chamamos de noz-moscada.

“Esse sítio arqueológico nos mostra como as pessoas se adaptaram para viver nessas pequenas ilhas tropicais em estágios, do uso ocasional delas como acampamentos de pesca até a ocupação permanente”, disse Lape, em um comunicado. “Também é fascinante ver um uso tão antigo da noz-moscada, um tempero que mudou o mundo alguns milhares de anos atrás.”

De fato, a descoberta está agora oferecendo novos detalhes sobre a origem desse popular ingrediente e seu lugar na história. No início da era moderna, em torno do século 14 (e, como sugere essa nova pesquisa, possivelmente muito antes), as Ilhas Banda se tornaram populares entre comerciantes de longa distância, que estavam ansiosos para adquirir a tão celebrada noz-moscada. De seu início humilde há 3.500 anos, a noz-moscada um dia explodiu, se tornando a indústria multimilionária que é hoje.

Por razões desconhecidas, a comunidade de Pulau Ay desapareceu há cerca de 2.300 anos. Estranhamente, nenhum resto arqueológico foi encontrado em outra das Ilhas Banda que remontem à era entre 2.300 e 1.500 anos atrás. Os autores do novo estudo dizem que trabalhos futuros devem se concentrar nessa grande lacuna, de forma a descobrir por que os humanos abandonaram essas ilhas por quase 800 anos.

Um verdadeiro mistério, de fato. Mas, qualquer que seja a razão, ela deve ter sido séria. É difícil imaginar qualquer um em sã consciência abandonando um lugar que é fonte de um ingrediente tão gostoso.

[Asian Perspectives]

Imagem do topo: Peter Lape/Universidade de Washington

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