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- Armazenado por 25 anos em museu, espécime de pássaro-dinossauro empolga cientistas
- Zuckerberg teria pedido para diretores só usarem Android depois de críticas da Apple
- O novo ministro de cibersegurança do Japão nunca usou um computador
- As lojas online que você deve evitar nesta Black Friday, segundo o Procon
- Nubank Rewards simplifica sistema de conversão de pontos e ganha novos parceiros
- Novo estudo reforça que Facebook e outras redes sociais estão te deixando solitário
Armazenado por 25 anos em museu, espécime de pássaro-dinossauro empolga cientistas Posted: 15 Nov 2018 11:21 AM PST Um museu pode te impressionar com todos seus espécimes fósseis à mostra, mas, frequentemente, isso é só uma pequena parte do que está lá dentro — espécimes são guardados nos fundos, em gavetas ou em caixas embrulhadas, silenciosamente contendo segredos a serem revelados ou mais mistérios sobre o passado. Esse é o caso de um incrível fóssil de pássaro, encontrado 25 anos atrás no estado do Utah e mantido no Museu de Paleontologia da Universidade da Califórnia, mas descrito só recentemente. • Descobriram uma nova espécie de dinossauro apelidada de "incrível dragão" na China O fóssil é bem maluco — um pássaro extinto do tamanho de um peru chamado enantiornithine, aparentemente bastante capaz de voar e talvez um dos mais completos de seu tipo já encontrados na América do Norte. Isso aumenta o mistério sobre por que alguns dinossauros foram extintos, enquanto outros (os pássaros que vemos hoje) ficaram por aqui. Fúrcula, ou “osso da sorte”. Foto: Atterholt et al (PeerJ 2018) “O esqueleto conta uma história evolutiva interessante. Antes de se extinguirem, os pássaros enantiornitinos haviam separada e independentemente desenvolvido adaptações para voos avançados, exatamente como os pássaros modernos”, disse a autora Jessie Atterholt, professora assistente da Western University of Health Sciences, em entrevista ao Gizmodo. Este fóssil tem uma história de um quarto de século. O paleontólogo Howard Hutchison o encontrou em uma viagem ao Grand Staircase-Escalante National Monument, no Utah, em rochas de 75 milhões de anos. Vários paleontólogos sabiam sobre o “importante” espécime explicou Atterholt — mas nunca haviam completado sua análise. Atterholt estava interessada especificamente em como esses enantiornitinos evoluíram e perguntou se ela poderia trabalhar nisso. “Agora, estamos finalmente fazendo isso acontecer”, ela disse. Atterholt, Hutchison e a pesquisadora Jingmai O’Connor publicaram os resultados nesta terça-feira (13), no PeerJ. O esqueleto fóssil, agora uma nova espécie chamada Mirarce eatoni, inclui várias vértebras, a base da espinha que sustentaria as penas da cauda, quase todos os ossos do pé esquerdo e alguns do direito, um úmero, um fêmur, o osso mais baixo da perna encontrado em aves chamado tarsometatarso, uma fúrcula (também conhecida como “osso da sorte”) e outras peças. A espécie tinha aspecto de pássaro e provavelmente o tamanho de um peru. Talvez mais empolgante ainda, a ulna, ou osso anterior, apresentava pequenos entalhes ásperos interpretados como “botões de pena” (“quill knobs”), saliências frequentemente usadas como indicação indireta de penas fortemente fixadas em espécimes fósseis, indicando, consequentemente, presença de voo avançado, disse Atterholt. Peças de pé esquerdo. Foto: Atterholt et al (PeerJ 2018) “Sem dúvida, esse é um dos mais importantes fósseis de aves da era dos dinossauros”, disse Steve Brusatte, paleontólogo da Universidade de Edimburgo que não participou do estudo, em entrevista ao Gizmodo. Esse fóssil conta a história de um grupo de aves que evoluiu em paralelo aos precursores dos pássaros modernos de hoje, mas que não conseguiu sobreviver ao evento de extinção em massa. Seu alto nível de detalhes preservados mostra ainda que uma enorme quantidade de diversidade não conseguiu suportar o impacto do asteroide. Mas ele também aumenta o mistério. Após a colisão, apenas algumas aves sobreviveram, e elas então se diversificaram até chegarmos às dez mil espécies que existem atualmente. Brusatte falou mais sobre o mistério:
Todos os ossos encontrados. Ilustração: Scott Hartman Atterholt continua pesquisando esses ossos para estudar como era esse pássaro e como ele evoluiu. Ela também mencionou a recente polêmica sobre o local de origem do fóssil, o Grand Staircase-Escalante. Recentemente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reduziu o tamanho desse monumento nacional. Ela apontou que decisões assim poderiam pôr fim a descobertas como essa. “Esse material estaria sob risco de destruição e ameaça de reduzir o tamanho das terras protegidas.” [PeerJ] The post Armazenado por 25 anos em museu, espécime de pássaro-dinossauro empolga cientistas appeared first on Gizmodo Brasil. |
Zuckerberg teria pedido para diretores só usarem Android depois de críticas da Apple Posted: 15 Nov 2018 09:14 AM PST O New York Times publicou uma extensa reportagem sobre o Facebook que mostra detalhes de como a empresa lidou com os problemas dos últimos anos. Após entrevistar mais de 50 pessoas, incluindo ex-funcionários e atuais, o jornal norte-americano sustenta a tese de que a companhia foi negligente em tomar ações para evitar, por exemplo, a influência russa. • Acionistas querem tirar poder de comando de Zuckerberg após escândalos do Facebook De acordo com o NYT, os líderes da empresa demoravam para tomar ações, num segundo momento negavam a existência do problema e, num terceiro momento, tentavam desviar a atenção daquilo. O Facebook publicou um longo comunicado respondendo às "imprecisões" do jornal norte-americano. A reportagem é imensa, e trata de tudo um pouco: a raiva de Zuckerberg com Tim Cook, da Apple; a demora para reconhecer os problemas e uma suposta operação para descreditar críticos. Só usar telefones AndroidTim Cook, CEO da Apple, passou a criticar fortemente o Facebook depois de haver relatos que dados pessoais de usuários tinham sido obtido por terceiros. "Privacidade para nós é um direito humano, é um direito civil", disse o chefão da empresa da maçã em uma entrevista para a MSNBC. "Nós não vamos espionar sua vida." Zuckerberg teria ficado furioso com as declarações e pediu para que toda a equipe de gerentes utilizasse apenas telefones Android, argumentando que o sistema tinha muito mais usuários que a Apple. O que o Facebook diz: a decisão de pedir para os funcionários usarem o Android tem relação com o fato de ser a plataforma mais popular do mundo. Então, faz sentido que as pessoas a conheçam para desenvolver melhor os produtos da empresa. Deixando os problemas para depoisA liderança da empresa, diz o New York Times, estava preocupada em crescer e ligava muito pouco para problemas de desinformação ou o uso da rede para espalhar ódio. O primeiro sinal de problema apareceu e 2015 quando o então candidato Donald Trump havia proposto o banimento da entrada de muçulmanos nos EUA. A rede considerou tomar algum tipo de ação, mas preferiu não fazê-lo pelo fato de Trump ser uma pessoa pública. Sheryl Sandberg, chefe de operações do Facebook, tinha acabado de voltar ao trabalho após a morte de seu marido e delegou delegou a tarefa de lidar com assuntos relacionados à disseminação de ódio a outros funcionários. Apenas recentemente, portanto depois de três anos, a empresa admitiu ter influenciado na disseminação de discursos de ódio. Os casos atuais mais notórios têm relação com conflitos no Sri Lanka ou o genocídio de muçulmanos rohingyas em Myanmar. Sobre a disseminação de notícias falsas, em 2016, antes das eleições presidenciais nos EUA, foi comunicado internamente que havia sinais de atividade russa para influenciar o pleito. A rede pouco fez e Zuckerberg chegou a publicar no fim daquele ano que não acreditava que as notícias falsas tivessem tido alguma influência significativa no pleito. Posteriormente, forneceu detalhes de gastos feitos durante as eleições por agentes russos e começou a tratar as fake news mais a sério. Em 2017, enquanto Zuckerberg fazia um tour para ouvir mais as pessoas nos EUA, a rede publicou um documento sobre notícias falsas. Segundo o jornal, havia certa preocupação interna em citar a Rússia, pois pareceria que o Facebook estaria contra o partido republicano, que havia ganhado as eleições com Trump no ano anterior — o Vale do Silício geralmente se identifica com os democratas, então citar a Rússia daria argumento para os republicamos dizerem que o Facebook tem lado. O que o Facebook diz: sobre as notícias falsas no pleito de 2016, o Facebook informa que em novembro de 2016 detectou diversas ameaças de agentes russos, que usavam identidades falsas e que apagou essas contas. Sobre o documento em que a Rússia não foi mencionada, o Facebook alega que preferiu citar um documento do Governo dos Estados Unidos em que era citada a influência. Aqui, o argumento foi meio que "botar na boca do governo" a afirmação de que o país comandado por Putin tinha metido o bedelho nas eleições. Lembre-se: o Facebook atua na Rússia também. Campanha contra críticosO Facebook teria contratado uma empresa de consultoria política, chamada Definers, para espalhar teorias conspiratórias sobre quem criticasse a rede social. Ainda que a rede tenha pedido desculpas pelos escândalos — da interferência russa à questão da Cambridge Analytica —, a rede passou a se voltar para a crítica de adversários. Em um caso, a Definers começou a espalhar que um grupo de ativistas era financiado pelo mega investidor George Soros. Soros, se você nunca ouviu falar dele, é um bilionário e filantropo de origem húngara. Ele costuma apoiar causas políticas progressistas por meio da sua fundação Open Society Foundations. Alguns republicanos acreditam que Soros está em uma grande cruzada para prejudicar os Estados Unidos. Recentemente, uma bomba foi deixada perto de sua casa nos EUA, mas foi interceptada pela polícia. O que o Facebook diz: a companhia rompeu o contrato com a Definers nesta quarta-feira (14) e a rede diz que nunca pagou "para que a Definers escrevesse artigos em nome do Facebook — ou espalhar informações falsas". A Definers, informa a rede, tentou chamar a atenção para o financiamento de uma organização chamada "Freedom from Facebook". A ideia era demonstrar que não era algo espontâneo, mas uma empreitada que tinha suporte de críticos conhecidos da empresa. [NYT] The post Zuckerberg teria pedido para diretores só usarem Android depois de críticas da Apple appeared first on Gizmodo Brasil. |
O novo ministro de cibersegurança do Japão nunca usou um computador Posted: 15 Nov 2018 07:05 AM PST O novo ministro de cibersegurança do Japão, Yoshitaka Sakurada, nunca usou um computador na vida. Nem uma vez. Mas ele insiste que a falta de experiência não terá um impacto negativo em seu trabalho. “Desde que eu tinha 25 anos de idade e era independente, orientei minha equipe e secretários. Eu nunca usei um computador na minha vida”, disse Sakurada ao parlamento japonês nesta quinta-feira (15), respondendo a perguntas sobre suas qualificações, conforme conta a reportagem do Kyodo News. Sakurada tem 68 anos e seu papel será supervisionar a segurança cibernética das Olimpíadas de 2020, que acontecerá em Tóquio. Ele se tornou chefe de cibersegurança do país no mês passado, quando o primeiro-ministro Shinzo Abe foi reeleito. Quando um parlamentar expressou espanto com o fato de alguém que nunca usou um computador ocupar esse cargo, Sakurada disse que esse “é um assunto que deveria ser tratado com o governo como um todo”. “Estou confiante de que não tenho culpa”, completou. Em outras palavras, não coloque a culpa em mim, eu só trabalho aqui. Parece que a ignorância de Sakurada com a tecnologia pode representar um problema real. Outro parlamentar perguntou a ele se as estações de energia nuclear do Japão utilizam drives USB. Sakurada não fazia ideia e disse que “especialistas” poderiam responder à questão. Uma repórter da ABC na Austrália chegou a questionar no Twitter se Sakurada seria capaz de usar uma máquina de fax. Pode parecer meio sarcástico, mas o fax ainda é popular no Japão. Em 2011, 45% das casas tinham um fax.
Até agora, ninguém pediu diretamente para que Sakurada renuncie ao seu posto, mas é difícil dizer que ele conseguirá se manter em uma posição tão importante sem absolutamente nenhuma experiência relevante. Mas coisas estranhas como essa têm acontecido em todo o mundo… The post O novo ministro de cibersegurança do Japão nunca usou um computador appeared first on Gizmodo Brasil. |
As lojas online que você deve evitar nesta Black Friday, segundo o Procon Posted: 15 Nov 2018 06:11 AM PST Desde 2012, o Procon-SP mantém uma lista com lojas online que você deve evitar. Ela é elaborada a partir de reclamações de consumidores registradas no órgão fiscalizador. Quando o Procon notifica a empresa e ela não é encontrada ou não responde, passa a figurar ali. • Consolidada, Black Friday verá brasileiro pronto para gastar em 2018 Com a proximidade da Black Friday (será dia 23 de novembro), é bom ficar de olho nas recomendações para não cair em furadas. A lista completa tem 419 sites, foi atualizada pela última vez em abril deste ano e pode ser acessada neste link. A maioria dos endereços já não estão mais no ar, mas vale a pena entrar no link, dar um Ctrl + F (ou CMD + F) e digitar algum site que você não tenha certeza se deve comprar ou não. Caso ele figure na lista, é melhor nem continuar navegando. O pessoal do Tecnoblog reuniu 28 lojas na lista suja do Procon-SP que ainda estão no ar. É claro que muitas lojas não estão na lista, mas ainda podem ser fontes de dores de cabeça. O maior número de reclamações no Procon está relacionado à lojas grandes, por exemplo – segundo o órgão, as empresas mais reclamadas na Black Friday de 2017 foram Cnova (Casas Bahia, Extra, Ponto Frio), B2W (Americanas, Submarino, Shoptime, Soubarato) e Magazine Luiza. De acordo com a reportagem do Estadão, os principais problemas são a maquiagem de desconto (quando aumentam o preço dias antes e depois anunciam um desconto inexistente), estoque terminado e mudanças de preço no carrinho ao finalizar a compra. Para se proteger nas compras online, recomendamos também que você visite o Reclame Aqui ou Reclamão.com para saber se a loja acumula queixas – especialmente as não-respondidas. The post As lojas online que você deve evitar nesta Black Friday, segundo o Procon appeared first on Gizmodo Brasil. |
Nubank Rewards simplifica sistema de conversão de pontos e ganha novos parceiros Posted: 15 Nov 2018 05:07 AM PST O programa de recompensas Nubank Rewards ganhou novidades nesta semana. A partir de agora, o sistema de conversão de pontos mudou e ficou mais simples. Além disso, foram adicionados quatro novos parceiros e qualquer compra classificada como “Restaurantes” também poderá ser abatida da fatura. Por fim, será possível transferir pontos para adquirir milhas da Smiles em 2019. • Novo cartão do Nubank é compatível com débito, mas não comemore O Rewards continua convertendo cada R$ 1 em um ponto – e vale, inclusive, para compras feitas em dólar, e o valor é convertido automaticamente. A novidade no sistema de conversão é a simplificação da tabela – antes, cada serviço dependia de uma pontuação diferente:
Foram adicionados quatro novos parceiros: Airbnb, Ingresso.com, Petlove (pet shop online) e Liv Up (comida congelada). Outra novidade é a adição de qualquer estabelecimento classificado pelo app como “Restaurantes”. Além deles, é possível usar os pontos em compras feitas no iFood, Rappi, Amazon, Uber, Cabify, Netflix, Ingresso Rápido, Evino, AMARO, Nike, Microsoft, em qualquer diária de hotel e mensalidades de streaming de música (Spotify, Deezer e Apple Music). O Nubank anunciou também que, a partir de 2019, os usuários do Rewards poderão converter seus pontos para milhas Smiles. A taxa de conversão ainda não foi revelada, mas a transferência estará disponível no primeiro trimestre de 2019. Os usuários do Rewards que juntarem 3 mil pontos (gastando R$ 3 mil) vão receber o novo cartão de crédito, com visual diferente e tecnologia contactless. Como usar o Nubank Rewards
Para saber se o programa vale a pena para você, veja quanto você gasta no cartão todos os meses e quais são os itens que poderia deixar de pagar com as recompensas. Com a nova tabela, essa conta ficou mais fácil: se você assinar o plano mensal, por exemplo, precisará gastar R$ 1.900 (ou seja, acumular 1900 pontos) para não ficar no prejuízo e poder apagar uma compra de R$ 19. Se você optar por pagar a anuidade à vista, precisará gastar R$ 1.600 todos os meses para pelo menos ficar no zero a zero. O Rewards pode realmente valer a pena se você gasta muito no cartão de crédito. Inclusive, esse era o objetivo do Nubank com o programa: atrair os clientes que gastam mais e fazer aqueles que possuem mais de um cartão migrar suas despesas. The post Nubank Rewards simplifica sistema de conversão de pontos e ganha novos parceiros appeared first on Gizmodo Brasil. |
Novo estudo reforça que Facebook e outras redes sociais estão te deixando solitário Posted: 15 Nov 2018 03:47 AM PST Há anos, estudos têm documentado a relação problemática entre redes sociais e saúde mental. Tem crescido o respaldo científico para a impressão crescente de que o uso de serviços como Facebook, Twitter e Instagram pode levar à depressão e a outros problemas, como ansiedade, e uma nova pesquisa vem para reforçar o corpo de materiais sobre o assunto. O estudo, conduzido pela psicóloga Melissa G. Hunt, da Universidade da Pensilvânia, será publicado em dezembro no periódico Journal of Social and Clinical Psychology e é o primeiro a provar causalidade nessa relação. • Por que as empresas começaram a se importar com vício tecnológico Para isso, a equipe liderada por Hunt coletou dados objetivos de uso de três plataformas — Facebook, Instagram e Snapchat — por parte de 143 estudantes universitários, coletados automaticamente por iPhones para apps ativos, excluindo os que rodavam em segundo plano. Cada um dos participantes teve que responder a um questionário para determinar seu humor e bem-estar no começo do estudo, compartilhando também capturas de tela da bateria do iPhone para se ter dados de base do uso de redes sociais em uma semana. Os estudantes então foram divididos em dois grupos aleatoriamente, com um grupo de controle em que os participantes mantiveram seus hábitos de utilização das redes social e um outro grupo experimental que teve seu tempo em cada um dos apps limitado a dez minutos por dia. Os dados foram coletados ao longo de três semanas por meio de capturas de tela do status da bateria dos iPhones, dando aos pesquisadores estatísticas semanais de cada participante. Com essas informações em mãos, era hora de avaliar o estado dos estudantes. Para medir os participantes ao fim da observação, Hunt observou sete aspectos de bem-estar comumente relacionadas a redes sociais, entre eles ansiedade, depressão, solidão e Fear of Missing Out, ou FoMO, síndrome descrita pela primeira vez em 2000 e que pode se traduzir como "medo de ficar de fora" — o temor de que outras pessoas estejam tendo boas experiências que você não está tendo, incentivando, por exemplo, a ficar constantemente conectado para ficar por dentro. O estudo da Universidade da Pensilvânia descobriu que aqueles que reduziram seu tempo nas redes sociais viram uma queda significativa em seus índices de depressão e solidão, enquanto o grupo de controle não relatou nenhuma melhora. A conclusão de Hunt e seus colegas foi de que limitar o uso de redes sociais tem um impacto direto e positivo no bem-estar ao longo do tempo, especialmente "em relação a diminuir a solidão e a depressão". "Ou seja, nosso estudo é o primeiro a estabelecer uma ligação causal clara entre a diminuição do uso de redes sociais e as melhorias em solidão e depressão. É irônico, mas talvez não surpreendente, que reduzir (o uso de) redes sociais, que prometeram nos conectar com os outros, na verdade ajuda as pessoas a se sentirem menos sozinhas e deprimidas", escrevem os autores no estudo. Em entrevista ao Science Daily, Hunt afirma que não quis com seu estudo sugerir que as pessoas parem de usar redes sociais, o que considera uma meta irrealista. A psicóloga diz ter composto o estudo da maneira que o fez, com limitação do tempo de uso — em vez da interrupção total — justamente para reforçar esse ponto. "Mas limites podem ser úteis", pondera. Ao Verge, uma porta-voz do Facebook disse que a empresa não participou da pesquisa, mas ressaltou o esforço da companhia para que o tempo das pessoas no Facebook seja "significativo e positivo", afirmando que estão "construindo ferramentas levando em conta o bem-estar das pessoas, de forma que elas possam gerir melhor sua experiência". No final de 2017, em um post de blog, o Facebook reconheceu que determinados usos das redes sociais podem ser prejudiciais à saúde mental e levar os usuários a se sentirem piores. No entanto, citou pesquisas que afirmam que o uso passivo das redes tem esse efeito. Ou seja: participe mais do Facebook! Curta, comente, compartilhe! O que se seguiu a isso foi uma série de medidas por parte da rede social para incentivar o engajamento entre seus usuários, incluindo o foco em posts de amigos em detrimento dos de páginas. O estudo conduzido por Hunt agora traz uma outra alternativa, que não é exatamente a que o Facebook mais apoia (considerando que tem que mostrar para os anunciantes o quão usada é a sua rede): tire os olhos da tela um pouco e vá fazer outra coisa. Muita empresa já entendeu que esse é o caminho a se seguir. Neste ano, o YouTube introduziu um recurso que permite controlar o tempo que você passa no app, criando alertas para quando o uso estiver em excesso. O Facebook, apesar de anunciar, há meses, a chegada de um recurso de monitoramento de tempo de uso de sua plataforma e do Instagram, ainda não liberou a funcionalidade para o Brasil. Companhias como Google e Apple também não são bobas: de olho no que dizem os estudos, criaram também recursos para monitorar quanto tempo você passa de olho no seu celular ou em apps específicos. Afinal, se o vício tecnológico fizer você questionar o consumo desses produtos como um todo, o que essas companhias vão vender? [Science Daily via The Verge] The post Novo estudo reforça que Facebook e outras redes sociais estão te deixando solitário appeared first on Gizmodo Brasil. |
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