sábado, 17 de novembro de 2018

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Casal e homem sem teto são acusados nos EUA por campanha falsa que arrecadou US$ 400 mil

Posted: 16 Nov 2018 12:03 PM PST

Nesta quinta-feira (15), a promotoria pública de Burlington County, em Nova Jersey (EUA), anunciou que acusou formalmente três pessoas envolvidas em uma campanha de financiamento coletivo no GoFundMe, que se tornou viral e arrecadou US$ 400 mil no ano passado para ajudar um homem sem teto. As autoridades disseram que "toda a campanha era uma mentira".

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Em uma conferência de imprensa, o promotor Scott Coffina disse aos repórteres que Mark D'Amico, Kate McClure e Johhny Bobbitt Jr estão sendo processados por roubo, engano e conspiração em segundo grau. As acusações vêm da campanha "Paying it Forward" feita na plataforma GoFundMe cuja história foi "completamente inventada". Embora a acusação acredite que Johnny Bobbitt Jr era de fato um sem teto, eles disseram que as afirmações de McClure, de que foi salva por Bobbitt Jr por usar seus últimos US$ 20 para que ela comprasse gasolina, era falsa.

Segundo comunicado distribuído para repórteres, McClure e D'Amico são um casal que conheceu Bobbitt cerca de um mês antes da campanha de financiamento coletivo. Coffina disse a repórteres que acredita que o casal encontrou Bobbitt próximo a um cassino que eles frequentavam. Eles deram algum dinheiro ao homem e eles criaram laços com o tempo. Ele disse às autoridades que não sabe ao certo sobre o planejamento ou quem iniciou o golpe, mas se sabe que em 2012, Johhny Bobbitt postou uma história em sua página pessoal do Facebook que era muito parecida com a apresentada na campanha do GoFundMe.

A campanha tratava de uma história inspiradora de bondade que atraiu doações de 14 mil pessoas, além da atenção da mídia dos EUA. A campanha mais do que ultrapassou o objetivo original de US$ 10 mil, e Coffina disse que após descontarem as taxas do GoFundMe, eles ficaram com US$ 367 mil. Promotores ainda não sabem que tipo de acordo foi feito entre as partes para dividir o dinheiro, mas uma disputa na justiça entre Bobbitt e o casal chamou a atenção deles.

Bobbit disse em setembro que tinha recebido apenas US$ 75 mil do dinheiro e que ele temia que o casal tinha gasto todo o resto. D'Amico disse à imprensa que o dinheiro estava seguro, mas que ele deu aos poucos para Bobbitt, pois o sem teto tinha histórico de alcoolismo. Quando um juiz ordenou que o casal desse o dinheiro, eles foram forçados a admitir que já tinha acabado, e então começou uma investigação criminal.

Promotores disseram que eles analisaram 60 mil mensagens de texto e milhares de páginas de documentos financeiros para entender o que aconteceu. Diz o comunicado à imprensa:

Menos de uma hora após a campanha do GoFundMe começar, McClure, em uma troca de mensagem de texto com um amigo, disse que a história sobre Bobbitt era completamente 'falsa'. Ela não ficou sem gasolina em uma estrada, e o sem teto não gastou US$ 20 para ajudá-la. Em vez disso, D'Amico, McClure e Bobbitt conspiraram para fabricar e promover uma história positiva que convenceria os doadores a contribuírem com a causa deles.

Os promotores disseram que nenhum dinheiro sobrou da enorme quantia arrecadada e que todo dinheiro foi "desperdiçado" em viagens, compras em shopping e, provavelmente, jogos de azar. Eles dizem que McClure ficou nervosa quando Bobbitt os processou, mas D'Amico acreditava que um livro contando o lado deles da história iria fazer com que ganhassem ainda mais dinheiro. O título preferido dele para o livro era: "No Good Deed" (Algo como "Sem boa ação").

Advogados dos réus não quiserem comentar ou não quiserem responder aos pedidos de entrevista do Gizmodo. O escritório de advocacia de Christopher Fallon Jr tem representado Bobbitt pro bono (sem cobrar). McClure e D'Amico se apresentaram à polícia e Coffina disse que eles foram liberados sem necessidade de pagar fiança. Bobbitt está sob custódia em Filadélfia e ele está para ser extraditado para Nova Jersey.

Coffina disse que não quer que sua ação pare de incentivar as pessoas a doar para boas causas, que muito provavelmente são legítimas. Ele também expressou simpatia pela situação de Bobbitt e agradeceu a ele pelo serviço militar — o sem teto é um veterano de guerra dos EUA.

Em um e-mail enviado ao Gizmodo, um porta-voz do GoFundMe nos disse que a companhia está cooperando com as autoridades e que todos os doadores vão receber reembolso. "Uma campanha fraudulenta é demais, mas quando ocorre, nós tomamos ações para proteger os doadores", disse um porta-voz.

Se provado na Justiça, os crimes poderão fazer com que o casal seja sentenciado de cinco a 10 anos de prisão.

[Promotoria pública de Burlington County]

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Firefox vai avisar se você visitar sites que sofreram vazamento de dados

Posted: 16 Nov 2018 10:47 AM PST

Pode ser difícil saber se você foi afetado por um vazamento de dados – mais difícil ainda saber quando isso aconteceu. Os usuários do Firefox Quantum ganharão uma mãozinha nesse sentido. A partir de agora, a Mozilla irá alertar usuários do desktop quando acessarem algum site que sofreu uma invasão.

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• Mozilla cria extensão para que o Facebook não veja o que você faz fora do site

Basicamente, se você acabar entrando em um site que teve um vazamento nos últimos 12 meses, o Firefox exibirá uma pequena notificação na barra de endereço. E a Mozilla sabe que muitas notificações fazem com que as pessoas tenham vontade de jogar seus computadores pela janela e, por isso, prometem que vão mostrar os alertas “na maioria das vezes uma vez por site”.

Depois de enviar a primeira notificação, o navegador só repetirá o alerta caso você acesse um endereço que foi adicionado à base de dados de sites invadidos há menos de dois meses. E se você realmente odeia notificações e não se importa com vazamento de dados, dá para desabilitar a funcionalidade.

A Mozilla disse em uma publicação em seu blog que a base de dados vem do parceiro Have I Been Pwned (HIBP), que foi integrado ao Firefox neste ano. Há ainda uma extensão do serviço Firefox Monitor que notifica se o e-mail do usuário foi detectado em algum vazamento. Além das notificações no desktop, que deve aparecer nas próximas semanas, a Mozilla anunciou que tornará o Firefox Monitor disponível em 26 idiomas.

A ideia por trás dessa liberação é ajudar os usuários a ficarem mais atentos sobre os sites que frequentam e alertar que os endereços podem não ser tão cuidadosos com dados. Enquanto eu escrevia essa matéria, coloquei meu endereço de e-mail principal no HIBP e fiquei abismada ao saber que meus dados apareceram em cinco vazamentos.

Embora as notificações sejam úteis, a Mozilla diz que essa é uma solução temporária e que estão trabalhando para criar um sistema melhor no futuro.

Ah, e fica o lembrete para trocar suas senhas de vez em quando.

[TechCrunch]

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Inteligência artificial pode fazer impressões digitais falsas para enganar leitores biométricos

Posted: 16 Nov 2018 08:50 AM PST

Pesquisadores de inteligência artificial usaram uma rede neural para criar impressões digitais falsas que podem ser o sonho de consumo de um hacker.

Cinco pesquisadores, liderados por Philip Bontrager, da escola de engenharia da Universidade de Nova York, desenvolveram o que eles chamaram de "DeepMasterPrints". Segundo o Guardian, a pesquisa foi apresentada em uma conferência de biometria em Los Angeles em outubro. O levantamento explica como impressões falsas que eles geraram poderia replicar mais de uma em cinco impressões digitais reais em um sistema de identificação biométrica.

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O estudo sugere que esta técnica poderia ser usada para replicar impressões digitais e serem empregadas em algo conhecido como "ataque de dicionário" , mas em vez de usar um software que usa milhões de senhas populares em um sistema, a ferramenta inspirada no DeepMasterPrints poderia testar várias impressões digitais falsas em um sistema para ver se tem alguma correspondência.

À esquerda, amostras de impressões reais, enquanto à esquerda são amostras de impressões feitas com ajuda de inteligência artificial. Captura de tela: Philip Bontrager, Aditi Roy, Julian Togelius, Nasir Memon, Arun Ross (eepMasterPrints: Generating MasterPrints for Dictionary Attacks via Latent Variable Evolution)

O ponto chave da pesquisa é que muitos leitores de impressões digitais apenas leem uma pequena porção do dedo, e algumas áreas da impressão digital tem mais aspectos em comum que outras.

Então, quando os pesquisadores criaram novas impressões ao alimentar um conjunto de dados com impressões reais em uma rede geradora de adversários, eles só precisavam criar impressões que correspondiam a certas porções dos outros registros — as partes que tendem a ter pontos em comum

É improvável, porém, que alguém use tal técnica para acessar seu smartphone. "Uma configuração similar poderia ser usada para fins nefastos, mas dificilmente um atacante teria a taxa de sucesso que nós reportamos, ao menos que otimizassem para um sistema de smartphone", disse Bontrager ao Gizmodo. "Exigiria muito trabalho para tentar fazer um sistema de engenharia reversa como este."

Mas se um hacker acessou um sistema com muitas contas acessíveis de impressão digital, eles teriam uma boa chance de conseguir usar uma delas.

Bontrager e sua equipe quer que suas pesquisas inspirem as empresas a intensificar os esforços de segurança de impressões digitais. "Sem verificar que uma biometria vem de uma pessoa real, muito desses ataques se tornam possíveis", disse. "A real esperança de trabalhar assim é impulsionar a detecção da vivacidade no sensor biométrico."

[The Guardian]

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Sharp lança smartphone com dois entalhes – o pesadelo para quem não curte esse design

Posted: 16 Nov 2018 07:16 AM PST

Na guerra entre entalhes (ou notches) e bordas, a Sharp escolheu o seu lado e marcou território: o Aquos R2 Compact virá com não um, mas dois chifrinhos. É isso aí mesmo, os seus olhos não estão te enganando. É um celular com dois entalhes.

• A incrível evolução dos recortes nas telas dos smartphones: das grandes bordas às telas completas
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O visual é uma atualização do Aquos R Compact lançado no ano passado – que, com seu pequeno entalhe no topo e uma borda exagerada para o sensor de impressões digitais embaixo, não era lá um exemplo de beleza.

Desta vez, a Sharp decidiu se livrar das bordas como um todo e, para isso, colocou um entalhe para encaixar o sensor de impressões digitais na parte inferior. Mas, se você pensar bem, perceberá que a marca nunca foi muito fã de bordas – lembra do Aquos Crystal de 2014?

A Sharp simplesmente saiu cortando as bordas inferiores. Imagem: Sharp

Esse é um dos primeiros smartphones com dois entalhes que eu já vi – pelo menos intencionalmente. Há algumas semanas, um bug deu ao Pixel XL um notch extra. E se você ficou preocupado com a possibilidade da Sharp chegar no ano que vem com um aparelho de três entalhes, saiba que o Google está te protegendo. Existe uma diretriz que limita a quantidade de notches para os smartphones Android, e só podem dois mesmo.

Independente de você amar, odiar ou ser indiferente ao design com dois entalhes, saiba que o R2 Compact tem especificações responsáveis em seu corpo diminuto. Ele vem com chipset Snapdragon 845, 4GB de RAM, tela IGZO LCD de 5,2 polegadas com resolução de 2280 por 1080 pixels e roda Android 9 Pie. Ele vem ainda com câmera de 22,6 megapixels, bateria de 2.500 mAh e pesa apenas 136 gramas.

O smartphone deve ser lançado em janeiro, mas não há detalhes sobre disponibilidade por região. A Sharp não vende seus smartphones no Brasil.

Por enquanto, trata-se apenas de mais um integrante da evolução dos entalhes.

[Verge]

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Facebook diz que removeu 1,5 bilhão de contas falsas só no primeiro semestre de 2018

Posted: 16 Nov 2018 05:24 AM PST

Nesta quinta-feira (15), o Facebook realizou uma conferência por telefone para falar sobre a reportagem do New York Times e divulgar dados de seu relatório de transparência. Mark Zuckerberg, CEO da rede social, publicou ainda uma carta fazendo um balanço sobre as medidas tomadas durante o ano – no início de 2018, Zuckerberg disse que um dos seus objetivos era resolver os maiores problemas de sua criação.

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Pois bem, a o CEO afirma que sua companhia melhorou os seus métodos de detecção de conteúdo sensível e conteúdo de ódio, além de ter removido 1,5 bilhão de contas falsas nos primeiros seis meses do ano. A empresa deve contar com um órgão externo de avaliação de conteúdo no ano que vem, além de desestimular publicações sensacionalistas.

Sobre a moderação de conteúdo, Zuckerberg destaca que os investimentos em inteligência artificial melhoraram a eficácia na remoção de publicações indevidas. Segundo o chefão da rede social, os sistemas identificam proativamente 96% do conteúdo de nudez que são removidos – esse número era quase zero há alguns anos. Já para o discurso de ódio, a identificação proativa é de 52%.

Cerca de 30 mil pessoas são responsáveis pela aplicação da política e revisão dos conteúdos.

Ele ainda comentou conteúdos de ódio em Mianmar, onde uma campanha de militares na rede social colaborou com o avanço do genocídio dos muçulmanos rohingyas.

"No ano passado, priorizamos significativamente a identificação de pessoas e conteúdos relacionados à disseminação do ódio em países com crises como Mianmar. Fomos muito lentos para iniciar esse trabalho, mas no terceiro trimestre de 2018 identificamos proativamente cerca de 63% do discurso de ódio que removemos em Mianmar, um aumento de 13% no último trimestre de 2017″, escreveu Zuckerberg em sua carta.

O debate sobre o limite de liberdade de expressão no Facebook deverá ganhar um componente externo em 2019. A empresa pretende se afastar desse tipo de moderação e um órgão externo independente deverá tomar as decisões. “Sua finalidade seria defender o princípio de dar voz às pessoas, ao mesmo tempo em que reconheça a realidade de mantê-las seguras”, escreveu o CEO da companhia.

Zuckerberg disse ainda que as pessoas “interagem desproporcionalmente mais com conteúdos sensacionalistas e provocativos” quando as redes sociais são deixadas sem nenhum controle. Ele afirma que essa não é uma exclusividade da internet e cita que canais de TV a cabo e tabloides se aproveitam dessa inclinação há tempos. “Em escala, pode minar a qualidade do discurso público e levar à polarização. No nosso caso, também pode degradar a qualidade dos nossos serviços”, disse.

Para resolver o problema, o algoritmo do Facebook deverá ser mais duro com conteúdos considerados sensacionalistas pela rede, diminuindo o alcance e, consequentemente, o engajamento. Esse novo algoritmo será ativado por padrão e diminuirá o alcance das publicações que estão perto da linha do que a rede considera sensacionalista, mesmo que não viole os padrões e regras do site. Aparentemente, haverá uma opção para desativar esse filtro.

Por fim, Zuckerberg anunciou que pretende divulgar relatórios de transparência e aplicações das nossas políticas a cada trimestre, além de publicar atas de reuniões que discutam mudanças nas políticas da rede social.

A carta do CEO do Facebook é, como sempre, bem intencionada. Mas a realidade é que a rede social anda uma bagunça. Prova disso são divergências entre o que é divulgado para a imprensa e as falas de Zuckerberg.

Na chamada que o chefão fez com jornalistas para falar sobre a reportagem do NYT, ele disse que desconhecia que o Facebook havia contratado a empresa de consultoria política Definers, que teria espalhado teorias conspiratórias sobre quem criticasse a rede social. "Eu, pessoalmente, não sabia que trabalhávamos com eles. Soube sobre isso lendo a reportagem do New York Times“, disse.

Porém, quando o Facebook refutou a reportagem do NYT, foi destacado que a “relação com a Definers era bem conhecida pela mídia”.

Aparentemente, o CEO do Facebook anda mal informado sobre o que acontece em sua própria empresa.

O escândalo da Cambridge Analytica era só a ponta do iceberg.

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Valeu a pena aguardar pelo modo de fotografia noturna do Pixel 3

Posted: 16 Nov 2018 04:09 AM PST

O smartphone Google Pixel 3 é bacana, mas quando foi lançado no mês passado, havia um sentimento de que algo estava incompleto. Parte disso tem relação com a abordagem do Google de privilegiar o software em detrimento do design, o que significa que sempre há possibilidades de o usuário receber boas atualizações. Porém, o mais importante é que o Google simplesmente ainda não liberou dois dos maiores recursos do Pixel 3 exibidos durante sua apresentação.

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Começando nesta quarta-feira (14), uma das novidades, no caso o Night Sight (um modo de câmera para imagens noturnas), está finalmente sendo liberado para o Pixel 3, e após ter um tempo de usá-lo por alguns dias, posso dizer com tranquilidade que valeu a pena aguardar o recurso.

Antes, em situações de baixa luminosidade, o Pixel 3 tinha alguns problemas comparado com outros smartphones com lentes de maior abertura, como o Galaxy Note 9, ou a sofisticada técnica do modo noturno presente em aparelhos da Huawei, que impulsionou o uso de processamento HDR quando foi lançado no P20 Pro.

No entanto, o Night Sight muda tudo, e graças ao esforços do Google em conhecimentos de fotografia computacional, o Pixel 3 agora é capaz de capturar imagens incríveis em cenas com pouca luz. E para provar isso, peguei todas os telefones com as melhores câmeras do mercado para uma espécie de desafio em ambientes pouco ou mal iluminados.

Uma observação antes de ir para o comparativo. Para acessar o Night Sight, o usuário precisa ir até a guia Mais no app de câmera do Google e selecionar o ícone Night Sight. Mas quando você vai tirar a foto, não é só clicar e pronto. Como o modo noturno da Huawei, o Night Sight captura múltiplas fotos durante um período de três a quatro segundos, e então combina essas imagens para criar uma só foto. Isso significa que para ter bons resultados, você precisa manter seu smartphone o mais estabilizado que você conseguir.

Ok, vamos às fotos. Para começar, comecei tirando duas fotos com o Pixel 3, uma com o Night Sight desligado e outra com o Night Sight ligado. E embora, em alguns aspectos, eu tenha gostado da imagem sem Night Sight por causa de suas cores mais ricas e exposição mais escura dando uma aparência melancólica, quando notamos detalhes e nitidez, a foto tirada com o Night Sight é claramente superior. Textos em placas são muito mais claros, e imagem tem muito menos granulação, e você consegue inclusive ver os detalhes dos tijolos do prédio.

As imagens não foram editadas, embora elas tenham sido configuradas para 10 MP para ficar com a resolução do Huawei Mate 20 Pro. Crédito: Sam Rutherford/Gizmodo

Na sequência, a batalha foi entre o Pixel 2 e o Galaxy Note 9; uma briga de algoritmo de câmera contra uma lente de abertura f/1.5 e uma ajudinha de inteligência artificial. Desta vez neste bar, embora as duas fotos sejam bonitas, ao dar um zoom, você ainda consegue ver certo exagero da cor amarela em imagens produzidas por câmeras da Samsung em condições de baixa iluminação.

Crédito: Sam Rutherford/Gizmodo

Mas quando você começa a dar zoom, você consegue apreciar os pequenos detalhes da nitidez de cada letreiro e adesivo da cena com a habilidade do Pixel 3 de capturar o grão de madeira do quadro emoldurado e da textura nos torneiras de cerveja.

Para o terceiro desafio do Pixel 3, tirei uma foto de uma paisagem noturna com o novo Huawei Mate 20 Pro. E, mais uma vez, embora a imagem do Pixel 3 mostre alguns sinais de exagero de nitidez como contorno rosa nas luzes no topo do edifício do meio, o Night Sight ainda é melhor que o modo noturno da Huawei, que até o momento era a melhor forma de captar imagens com poucas condições de luminosidade.

Crédito: Sam Rutherford/Gizmodo

Além disso, enquanto estava fazendo este teste, quis ver se o Night Sight funcionava em combinação com o recurso Super Res Zoom (que possibilita fazer imagens com zoom em alta resolução), e, olha, parece que sim. A principal surpresa é que para uma câmera com 3x zoom, como a do Mate 20 Pro, a imagem do celular da Huawei no modo noturno estava embaçada comparada com a do Pixel 3. Agora, isso pode ter acontecido, pois tive de segurar os dois smartphones simultaneamente, o que não é o ideal, mas as imagens captadas uma seguida da outra foram feitas nas mesmas circunstâncias, e eu ainda estou tentando entender por que a imagem do Mate 20 Pro saiu tão esquisita.

Embora a imagem do Mate 20 Pro tenha mais zoom, o sacrifício em qualidade ao usar o modo noturno não vale a pena. Crédito: Sam Rutherford/Gizmodo

Finalmente, no que foi o desafio mais difícil, tirei foto de uma pizza usando o Pixel 3 e um iPhone Xs — a única iluminação era uma vela. E a diferença é gritante. As cores da foto do Pixel 3 são mais brilhantes, e ela também tem contraste melhor, apesar do ruído no fundo escuro. De modo geral, tudo está muito mais claro. Resumindo, se você tirar um monte de fotos em um restaurante mal iluminado, o Pixel 3 com o Night Sight é provavelmente sua melhor opção para fotos de comida.

Crédito: Sam Rutherford/Gizmodo

O Night Sight é exatamente o que o Pixel 3 precisava para completar seu kit de ferramentas fotográficas. Mas de uma forma esquisita, os maiores vencedores dessa adição devem ser os donos de aparelhos Pixel 1 e Pixel 2, que também devem receber o Night Sight nos próximos dias. O Night Sight está disponível como uma atualização do app da câmera do Pixel 3 via Play Store.

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