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- Chupar a chupeta de seu filho para limpá-la pode prevenir alergias, sugere um novo estudo
- Vídeo mostra que o novo iPad Pro entorta com muita facilidade
- Dona do Google suspende projeto de lente de contato com medidor de glicose
- Primeira grande chuva em séculos causa morte de várias formas de vida no deserto mais seco do mundo
Chupar a chupeta de seu filho para limpá-la pode prevenir alergias, sugere um novo estudo Posted: 18 Nov 2018 11:34 AM PST É uma cena que todos pais já passaram: a chupeta do filho cai no chão. Quando isso acontecia com meu primeiro filho, eu corria até uma torneira ou para água quente para limpá-la. Mas com meu segundo filho, eu já estava mais relaxado e comecei a fazer algo que alguns pais consideram nojento: eu chupava a chupeta do meu filho para limpá-la. Não percebia na época, mas segundo um novo estudo, o que eu fazia aparentemente fez com que melhorasse o sistema imunológico do meu filho. • É possível lembrar-se de como era ser um bebê? Mães que limpam a chupeta dos filhos chupando-a têm bebês com menos resposta alérgica, segundo uma pesquisa conduzida pelos cientistas do Hospital Henry Ford em Detroit. A principal autora do novo estudo, a alergista Eliane Abou-Jaoude, apresentará os resultados da pesquisa com detalhes no encontro anual da ACAAI (American College of Allergy, Asthma and Immunology), que vai ocorrer em Seattle neste semana. "Nós entrevistamos 128 mães de filhos por um período de 18 meses e perguntamos como elas limpavam a chupeta dos filhos", diz Abou-Jaoude em um comunicado. Das 58% das mães cujas crianças usavam chupetas, 41% disseram que usavam a chupeta com esterilização (por exemplo com água quente ou em água corrente da torneira), 72% disseram que limpavam com as mãos e 12% disseram que elas limpavam chupando-as. Os pesquisadores descobriram os filhos de mães que limpavam as chupetas chupando-as tinham níveis menores de anticorpo chamado imunoglobina E, ou IgE. Este anticorpo é relacionado a respostas alérgicas no corpo, segundo a líder do estudo, Abou-Jaoude. Com algumas exceções, os altos níveis de IgE indicam um risco maior de ter alergias e asma alérgica. A condição associada à diminuição de níveis de IgE, e portanto efetiva contra alergias, começou há cerca de 10 meses, e o efeito continuou até os 18 meses. Ainda são necessárias mais pesquisas para entender o que está acontecendo, mas Abou-Jaoude suspeita que as mães estão transferindo micróbios que promovem uma melhor saúde em seus filhos. Os pesquisadores também gostariam de saber como a produção de baixos níveis de IgE são em crianças evoluem com o passar dos anos. Que a limpeza de chupetas chupando-as poderia ajudar a prevenir alergias não é algo totalmente chocante. Pesquisa publicada em 2016 mostrou que crianças Amish são menos suscetíveis à alergia, uma provável consequência da exposição delas a uma variação maior de micróbios. De forma parecida, crianças que mordem as unhas e chupam dedo desenvolvem menos alergias. Essas conclusões adicionam maior credibilidade à "hipótese da higiene" — a ideia de que altas taxas de doenças auto-imunes e alérgicas vistas pelo mundo são relacionadas com a recente obsessão das pessoas por limpeza. Conviver com alguma sujeira pode, na verdade, fazer com que as crianças sejam mais saudáveis. "Sabemos que a exposição a certos micro-organismos no início da vida estimula o desenvolvimento do sistema imune e pode proteger contra doenças alérgicas posteriormente", disse Abou-Jaoude. "Os pais chuparem a chupeta para limpá-la pode ser um exemplo de uma forma como os parentes podem transferir micro-organismos saudáveis para suas crianças." É importante ressaltar que o novo estudo aponta para uma associação entre pais que chupam a chupeta dos filhos e crianças com baixos níveis de IgE — mas elas não provam que chupar chupeta causa baixos níveis de IgE. A correlação, como sabemos, nem sempre implica uma causa. Outra coisa que deve se levar em conta é que esta pesquisa foi baseada em respostas reportadas por pais. Segundo a nova pesquisa, cerca de 12% das mães disseram que elas usam a técnica de chupar as chupetas para limpá-las. Os dados podem ser maiores que isso, pois as mães poderiam muito bem omitir a prática por algum tipo de vergonha. Também existe a possibilidade de esse número ser menor. Independente disso, esta incerteza pode ter afetado os resultados. E, por fim, esta pesquisa não fala dos riscos associados à limpeza de chupetas sujas potencialmente cheias de germes. Pegar a chupeta do chão de um shopping e limpá-la chupando poderia colocar tanto a mãe quanto o filho em risco ao contrair doenças transmissíveis. Este novo estudo, embora ofereça revelações importantes sobre os fatores que influenciam a resposta alérgica das crianças, não deveria ser levado como um endosso a essa prática. The post Chupar a chupeta de seu filho para limpá-la pode prevenir alergias, sugere um novo estudo appeared first on Gizmodo Brasil. |
Vídeo mostra que o novo iPad Pro entorta com muita facilidade Posted: 18 Nov 2018 08:49 AM PST O novo iPad Pro da Apple é o mais novo tablet de topo de linha, mas é melhor você tomar cuidado com ele. O queridinho da Apple parece se dobrar com facilidade quando submetido à quantidade certa de pressão. Isso seria de se esperar, mas, mesmo assim, dói ver acontecendo. • Novos iPad Pro chegam ao Brasil com preços que vão de R$ 4.999 a R$ 9.599 Essa observação é de Zack Nelson, o YouTuber por trás do popular canal de teste de produtos JerryRigEverything. Seu último teste de durabilidade do novo produto da Apple — de acordo com seu procedimento regular, ele tenta destruí-lo com objetos pontiagudos, força e fogo — mostra que é necessária uma pressão mínima para tornar o produto essencialmente inútil. "Um tablet do tamanho de uma folha de papel se dobra como uma folha de papel", diz Nelson. "O iPad Pro é um saco fino de alumínio, sem estrutura para manter as coisas juntas. É como papel alumínio enrolado em purê de batatas. Ai. Como Nelson ressalta, a capacidade do produto de entortar com certa facilidade pode ser um problema para pessoas que carregam seu tablet na mochila, com outros objetos grandes ou pesados — e relatos do tipo já apareceram. Como foi o caso do iPhone 6 Plus durante o Bendgate de 2014, isso também pode ser um problema se você se sentar nele (o que parece muito menos provável, dado o tamanho do iPad Pro). Nelson testou o modelo com tela de 11 polegadas, a menor dos modelos de iPad Pro da Apple. E é certo presumir que, se a versão de 11 polegadas se dobra dessa maneira, a de 12,9 polegadas deve entortar também. De acordo com Nelson, "o iPad Pro simplesmente não tem nada de integridade estrutural". Se você curte ver aparelhos eletrônicos sendo destruídos, o resto do vídeo é muito interessante também, especialmente se você tiver curiosidade para ver as entranhas do iPad Pro ou do Apple Pencil. A conclusão disso tudo é que você precisa ficar atento à maneira como trata um tablet que pode custar quase R$ 10 mil, dependendo do tamanho do armazenamento e da tela. No mínimo, coloque uma capa nele. E, definitivamente, não tente dobrá-lo. The post Vídeo mostra que o novo iPad Pro entorta com muita facilidade appeared first on Gizmodo Brasil. |
Dona do Google suspende projeto de lente de contato com medidor de glicose Posted: 18 Nov 2018 06:53 AM PST A Alphabet, holding proprietária do Google e de outras empresas, suspendeu um projeto de sua divisão de biotecnologia Verily que tinha como objetivo criar lentes de contato inteligentes para pessoas com diabetes. A iniciativa, bastante ambiciosa e que já durava anos, tinha como objetivo medir os níveis de glicose em lágrimas usando sensores na lente. • Lentes de contato que escurecem no sol vão te proteger de raios UV (e te deixar assustador) A Verily fez o anúncio na sexta-feira, em um post em seu blog oficial. A decisão foi tomada em conjunto com a Alcon, e as empresas adiaram o projeto sem previsão de retorno, citando inconsistências em suas medições entre os níveis de glicose no sangue e nas lágrimas. (A Verily tinha uma parceria com a empresa de cuidados oftalmológicos suíça Alcon, uma subsidiária da Novartis, desde 2014, visando o desenvolvimento de lentes de contato com sensores de glicose.) “Nosso trabalho clínico nas lentes com sensor de glicose demonstrou que não havia, em nossas medições, consistência suficiente de correlação entre concentrações de glicose nas lágrimas e no sangue para suportar as exigências de um dispositivo médico”, disse a empresa. “Em parte, isso se deve aos desafios de obter leituras confiáveis de glicose lacrimal no complexo ambiente ocular.” A Verily disse que vai continuar as parcerias com a Alcon em seus dois outros dispositivos Smart Lens: uma lente intra-ocular projetada para melhorar a visão após a cirurgia de catarata e outra para a presbiopia. A Alcon confirmou que a decisão de suspender o projeto foi mútua. É um movimento notável para a empresa e que não ocorreu sem dar sinais de alerta anteriormente. Especialistas e funcionários do Google já tinham criticado o projeto. Em uma matéria publicada em 2016 pela Stat, um ex-gerente da Verily descreveu a lente inteligente como “slideware” — um projeto que parece bom em teoria, mas tem pouco potencial para ir além de uma apresentação no PowerPoint. Defendendo sua tecnologia e pesquisa naquele momento, a Verily disse à Stat: “como com todas as verdadeiras inovações, alguns projetos podem e vão falhar”. Ainda assim, a companhia declarou na sexta-feira que está comprometida com outros projetos focados em diabetes, incluindo outros métodos de detecção de glicose baratos e discretos. The post Dona do Google suspende projeto de lente de contato com medidor de glicose appeared first on Gizmodo Brasil. |
Primeira grande chuva em séculos causa morte de várias formas de vida no deserto mais seco do mundo Posted: 18 Nov 2018 04:48 AM PST Após não ter precipitações por pelo menos 500 anos, o deserto do Atacama, no Chile, finalmente está recebendo chuva. O inesperado, no entanto, é que estas chuvas, em vez de fomentar a vida, estão fazendo exatamente o oposto. A vida na Terra não pode existir sem água, mas para micróbios super adaptados a condições áridas, a introdução repentina de excesso de água pode ser devastadora. Esta é a conclusão de um novo estudo publicado na Scientifc Reports. Surpreendentemente, estas conclusões, embora aplicáveis à vida na Terra, também podem ser aplicadas à Marte — um planeta em que possivelmente houve vida microbial no passado, mas que ao mesmo tempo é suscetível a inundações. • Múmia 'alienígena' encontrada no Atacama é na verdade um ser humano repleto de mutações Localizado no norte do Chile e com uma área de 105 mil quilômetros quadrados, o deserto do Atacama é um dos mais antigos e secos do mundo, e ele tem sido assim por 150 milhões de anos. Este deserto conta com um centro super árido, com modelos climáticos que preveem chuvas uma vez por século. Dito isso, não foram registradas chuvas na região nos últimos 500 anos. Mas as coisas estão mudando no deserto do Atacama — e não necessariamente para melhor. Uma lagoa que se formou no Atacama. Crédito: Carlos González Silva Desde 2015, este deserto teve três eventos significativos de chuva — duas em 2015 e uma em 2017. A água dessas chuvas ficou em lagoas super salgadas, que permaneceram por meses sem se dissipar. À luz desses eventos meteorológicos sem precedentes, uma equipe de astrobiologistas da Universidade Cornell e do Centro da Espanha de Astrobiologia (CAB) visitou o Atacama para ver como as chuvas e estas lagoas super salinas afetaram a vida microbial neste lugar excepcionalmente árido. A água pode ser escassa no deserto do Atacama, mas isso não significa que a área não conta com vida. O solo contém muitos sais, nitratos e sulfatos, e poucos compostos orgânicos. Dito isso, sabe-se que existe uma quantidade de vida surpreendente de vida no solo seco, organismos que representam todos os três domínios da vida (bactérias, archaea e eucariotos). Os micróbios extremófilos, depois de evoluírem por milhares de anos, conseguiram encontrar um nicho neste ambiente extraordinário. As chuvas recentes, como mostra o novo estudo, não foram gentis com essas pequenas criaturas. Em vez de desencadear o florescimento de vida, as chuvas causaram tremenda devastação nas espécies microbianas que fizeram do deserto sua casa por milênios. "Aqui mostramos que a repentina e maciça entrada da chuva em regiões que permaneceram hiperáridas por milhões de anos é prejudicial para a maioria das espécies microbianas do solo da superfície, que são muito adaptadas para sobreviver com escassas quantidade de água líquida, e rapidamente sofrem um choque osmótico quando a água se torna subitamente abundante", escreveram os autores no estudo. Por "choque osmótico", os pesquisadores se referem ao processo em que uma mudança súbita na concentração de água interrompe o funcionamento normal de uma célula. É basicamente um termo chique para o afogamento celular. Evolução das nuvens que chegaram ao Atacama vindas do Pacífico. Crédito: A. Azua-Bustos et al., 2018/Science Advances As chuvas sem precedentes, dizem os autores, são o resultado da mudança das condições climáticas no Oceano Pacífico. Uma extensa "massa de nuvens" proveniente do Oceano Pacífico chegou ao deserto — um "fenômeno sem precedentes", dizem os pesquisadores, que ocorreu duas vezes em três anos. A precipitação resultou em uma extinção generalizada de espécies microbiais nativas. A taxa da extinção local, segundo o novo estudo, alcançou em até 85% nos lugares mais atingidos. Organismos extremófilos, acostumados a condições áridas, eram incapazes de lidar com o influxo de água. "Os solos hiperáridos antes das chuvas eram habitados por até 16 diferentes espécies de micróbios antigos e diferentes", disse Alberto G. Fairén, um astrobiólogo e coautor do novo estudo, em um comunicado. "Depois da chuva, houve apenas duas ou quatro espécies que foram encontrados em lagoas", disse Fairén, que também é um pesquisador do Centro de Astrobiología de Madri. "O evento de extinção foi maciço." Entre os micróbios que sobreviveram à inundação estava a recém-identificada bactéria chamada Halomonas. Esta investigação mostra que a baixa biodiversidade microbial que atuava nesses ambientes extremo se tornou ainda menor quando a água repentinamente apareceu no local. Os pesquisadores disseram que estas conclusões podem trazer implicações para nossa compreensão de como a vida microbial foi extinta em Marte (algo que os especialistas ainda têm de provar). Marte atualmente é uma planeta seco e empoeirado, mas nem sempre foi assim. Além disso, Marte é conhecido por ter tido inundações catastróficas em seu passado. "Marte teve um primeiro período, o Noachian — entre 4,5 bilhões e 3,5 bilhões de anos atrás — no qual havia água em sua superfície", disse Fairén. Eventualmente, o planeta vermelho perdeu sua atmosfera, e sua superfície de água se escolheu. Quando isso aconteceu, no entanto, entre 3,5 bilhões e 3 bilhões de anos atrás, grandes volumes de água ainda fluíam na superfície. "Se ainda tivessem comunidades microbiais resistentes ao processo de seca extrema, elas teriam sido alvo de um estresse osmótico similar ao que nós estudamos no Atacama", explicou Fairén. "Portanto, nosso estudo do Atacama sugere que a recorrência de água em Marte pode ter contribuído com o desaparecimento da vida marciana, se ela existiu em algum dia, em vez de representar uma oportunidade para para a microbioma resiliente florescer novamente." Será interessante ver o que acontecerá com o deserto do Atacama nos próximos anos. Será que nossa mudança climática vai levar mais chuvas ao deserto? Se sim, será que essas chuvas vão continuar a acabar com a vida lá ou talvez criar um novo ecossistema? Só o tempo dirá. The post Primeira grande chuva em séculos causa morte de várias formas de vida no deserto mais seco do mundo appeared first on Gizmodo Brasil. |
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