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- História da origem humana muda de novo, desta vez graças a uma nova descoberta na Argélia
- Sheryl Sandberg, diretora do Facebook, ordenou pesquisa sobre George Soros após críticas à rede social, diz jornal
- O primeiro teste clínico de um gel anticoncepcional masculino está a caminho
- DJ Khaled e boxeador Floyd Mayweather Jr. são acusados de promover criptomoeda fraudulenta
- Instagram anuncia recurso para compartilhar stories apenas com melhores amigos
- Mais de 600 funcionários do Google estão exigindo o fim do projeto de busca censurada para a China
- Microsoft vence licitação de US$ 479 milhões para desenvolver realidade aumentada para exército dos EUA
- Este raríssimo console dos anos 80 é o tataravô do Switch
- Governo chinês diz ter interrompido polêmico projeto de edição de genes de bebês
História da origem humana muda de novo, desta vez graças a uma nova descoberta na Argélia Posted: 30 Nov 2018 01:10 PM PST A descoberta de ferramentas de pedra e ossos de animais abatidos de 2,4 milhões de anos em um sítio arqueológico na Argélia sugere que nossos parentes distantes homininis se espalharam para as regiões do norte da África muito antes do que os arqueólogos supunham. A descoberta acrescenta credibilidade à nova sugestão emergente de que os antigos homininis viveram — e evoluíram — fora de um suposto Jardim do Éden na África Oriental. • Arqueólogos encontram túmulos bem elaborados em cemitério anglo-saxão do século 5 Essa descoberta extraordinária começou em 2006, quando Mohamed Sahnouni, principal autor do novo estudo e arqueólogo do Centro Nacional de Pesquisas sobre a Evolução Humana, da Espanha, encontrou alguns artefatos intrigantes em um sítio arqueológico chamado Ain Boucherit, no nordeste da Argélia, perto da cidade de El-Eulma. Esses itens estavam incorporados em uma camada sedimentar exposta por uma ravina profunda. Dois anos depois, Sahnouni encontrou outra camada no local, ainda mais antiga. De 2009 a 2016, sua equipe trabalhou meticulosamente em Ain Boucherit, descobrindo uma coleção de ferramentas de pedra e restos de animais abatidos. A equipe trabalhando no sítio arqueológico Ain Boucherit. Imagem: M. Sahnouni Usando várias técnicas de datação, Sahnouni e seus colegas dataram as duas camadas estratigráficas, denominadas AB-Up e AB-Lw, em 1,9 milhão e 2,4 milhões de anos, respectivamente. Os itens dentro dessas duas camadas são agora os artefatos mais antigos conhecidos no Norte da África, com o recorde anterior pertencendo a ferramentas de pedra de 1,8 milhão de anos encontradas no final dos anos 1990 em um sítio arqueológico próximo chamado Ain Hanech. As ferramentas encontradas na camada AB-Lw, com 2,4 milhões de anos, são 600 mil anos mais antigas do que as encontradas em Ain Hanech e 200 mil anos mais novas do que as ferramentas mais antigas encontradas na África Oriental (e no mundo) — as ferramentas olduvaienses de Gona, na Etiópia, datadas de 2,6 milhões de anos atrás. Os cientistas acreditavam que os primeiros homininis haviam se desenvolvido nessa área da África, espalhando-se para o norte cerca de um milhão de anos depois. Mas essa descoberta agora sugere uma data de dispersão muito anterior no continente. Mudança de narrativaPara colocar essas datas em perspectiva, a nossa espécie, o Homo sapiens, surgiu há 300 mil anos. Portanto, os homininis desconhecidos que construíram essas ferramentas estavam no leste e no norte da África cerca de 2,3 milhões de anos antes de os humanos modernos entrarem em cena. As novas descobertas em Ain Boucherit, cujos detalhes foram publicados nesta quinta-feira (29) na revista Science, sugerem que o Norte da África não foi apenas um lugar onde os ancestrais humanos viveram e desenvolveram ferramentas — foi também um lugar onde eles evoluíram. De fato, essa nova pesquisa está alimentando uma narrativa emergente, segundo a qual os humanos evoluíram no continente africano como um todo, e não apenas na África Oriental, como se pensa. Além disso, ela deve estimular o interesse arqueológico no Norte da África.
Técnicas de dataçãoPara datar as camadas, Sahnouni usou três técnicas diferentes: magnetostratigrafia, ressonância de spin eletrônico (ESR, em inglês) e uma análise biocronológica dos ossos de animais encontrados misturados com as ferramentas. Eleanor Scerri, arqueóloga da Universidade de Oxford que não esteve envolvida no novo estudo, disse que os pesquisadores fizeram um ótimo trabalho com a datação, afirmando que é “incrivelmente difícil” datar com precisão os sítios arqueológicos de homininis antigos. “Os autores combinaram vários métodos de datação para produzir uma estimativa de idade para a ocupação inicial (da camada AB-Lw) para cerca de 2,4 milhões de anos atrás”, disse Scerri ao Gizmodo. “Eles fizeram isso primeiro reconstruindo a sequência de reversões geomagnéticas preservadas na localidade, que são globalmente bem datadas. Os pesquisadores então encontraram o lugar cronológico das… camadas de ocupação dentro dessa sequência por meio de uma combinação da datação por ressonância de spin eletrônico (ESR) de minerais nos sedimentos e a identificação de fósseis (animais).” Scerri disse que esses métodos restringem bem as datas, mas envolvem algumas incertezas e suposições. Jean-Jacques Hublin, pesquisador do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva — também não envolvido no novo estudo —, não ficou entusiasmado com as técnicas de datação empregadas por Sahnouni e seus colegas. “Alegações extraordinárias exigem evidências extraordinárias, e se pode ter algumas reservas em relação às idades propostas para os sítios Ain Boucherit e Ain Hanech”, disse Hublin ao Gizmodo. “Paleomagnetismo não é um método de datação. Ele ajuda a restringir datas obtidas por outros métodos e está sujeito a várias interpretações.” Justo. Essas afirmações são, de fato, extraordinárias. Portanto, um esforço independente para datar essas camadas e os artefatos daria força às conclusões do estudo. “Se confirmadas, as descobertas sugerem que os homininis estavam ocupando o norte da África quase um milhão de anos antes do que se pensava anteriormente”, disse Scerri. “Essas datas também tornariam o Olduvaiense no Norte da África apenas um pouco mais jovem do que na África Oriental.” Algumas ferramentas olduvaienses encontradas no sítio arqueológico, incluindo núcleos e lascas. Imagem: M. Sahnouni et al., 2018 Por Olduvaiense, Scerri está se referindo à mais antiga indústria de ferramentas de pedra do mundo. Essa tecnologia alterou irrevogavelmente a história evolutiva dos homininis, preparando o terreno para ferramentas de pedra ainda mais sofisticadas, como a cultura acheuliana que se seguiu. Notavelmente, as ferramentas de pedra encontradas em Ain Boucherit eram surpreendentemente semelhantes às ferramentas olduvaienses da África Oriental. Líticos olduvaienses apresentam núcleos de pedra com lascas removidas da superfície, resultando em bordas afiadas. Além dessas ferramentas, os pesquisadores descobriram rochas lascadas em forma de bola, cujo propósito não está completamente claro. “A arqueologia do Ain Boucherit, que é tecnologicamente semelhante ao Olduvaiense de Gona, mostra que nossos ancestrais se aventuraram em todos os cantos da África, não apenas na África Oriental”, disse Sahnouni em um comunicado. “As evidências da Argélia mudaram (nossa) visão anterior sobre a África Oriental (como) sendo o berço da humanidade. Na verdade, toda a África foi o berço da humanidade.” Explicando origensPara explicar a presença da tecnologia olduvaiense no Norte da África, os pesquisadores postulam dois cenários: ou a tecnologia foi desenvolvida por homininis na África Oriental há cerca de 2,6 milhões de anos, que rapidamente espalharam a si mesmos e sua nova tecnologia para o norte, ou homininis vivendo no Norte da África inventaram a tecnologia olduvaiense de forma independente de outros grupos. Marcas de corte consistentes com abate. Imagem: I. Caceres Em termos dos ossos de animais descobertos, os arqueólogos encontraram vestígios de mastodontes, elefantes, cavalos, rinocerontes, hipopótamos, antílopes selvagens, porcos, hienas e crocodilos. Claramente, esses antigos homininis não eram comedores exigentes. É importante apontar que muitos desses animais estão associados a ambientes de savana aberta e corpos de água doce permanente fáceis de se acessar. Isso provavelmente descreve a paisagem habitada por esses homininis na época. A análise dos ossos fossilizados revelou sinais característicos de abate de animais, como entalhes em forma de V envolvidos na evisceração e escarnação e entalhes de impacto que sugerem extração de medula óssea. O Ain Boucherit é agora o sítio mais antigo do Norte da África com evidências arqueológicas tangíveis de uso de carne em conjunto com o uso de ferramentas de pedra. “O uso efetivo de ferramentas cortantes de pedra, afiadas e parecidas com facas em Ain Boucherit sugere que nossos ancestrais não eram meros catadores”, disse Isabel Caceres, arqueóloga da Universidade Rovira i Virgili, na Espanha, e coautora do estudo, em um comunicado. “Não está claro neste momento se eles caçavam ou não, mas a evidência mostrou claramente que eles estavam competindo com sucesso com os carnívoros por carne e desfrutavam de acesso a carcaças de animais.” Infelizmente, nenhum osso de hominini foi encontrado no local. Então, os pesquisadores só podem fazer suposições sobre as espécies exatas responsáveis pelas ferramentas. Pode ter sido o Homo habilis, uma espécie humana primitiva que existia na época, ou mesmo australopitecos tardios, o gênero hominídeo associado ao famoso fóssil de Lucy. Importância do Norte da África e do SaaraScerri disse que este artigo destaca a importância do Norte da África, e também do Saara, para os arqueólogos que buscam aprender mais sobre as origens humanas. O estudo, segundo ela, também levanta novas questões sobre a evolução hominini anterior, como a origem e disseminação da tecnologia olduvaiense. “O artigo não consegue responder a essas perguntas, mas muda a narrativa, levantando-as, apontando, com efeito, que poderia haver alternativas ao modelo dominante de uma origem na África Oriental”, ela disse ao Gizmodo. “Como os autores apontam, os fósseis do Australopithecus bahrelghazali, de 3,3 milhões de anos de idade, já foram encontrados na região saariana do Chade. As descobertas relatadas por Sahnouni e seus colegas, portanto, adicionam um crescente corpo de evidências de que o Norte da África e o Saara poderiam produzir descobertas que seriam um divisor de águas.” Essas descobertas são impressionantemente consistentes com a pesquisa da própria Scerri. Em um artigo publicado na Trends in Ecology and Evolution em julho, Scerri e seus colegas afirmaram que o Homo sapiens tinha uma origem panafricana e que nossa espécie não evoluiu de uma única população ancestral. “Em nosso modelo, ancestrais humanos já estavam espalhados pela África”, ela explicou. “Diferentes populações entraram em contato umas com as outras em diferentes épocas e em diferentes lugares, com esses padrões dinâmicos de mistura e separação que uma hora levando ao surgimento das características comportamentais e biológicas das populações humanas contemporâneas. As descobertas de Sahnouni e seus colegas se encaixam com essa visão, embora de forma bastante frouxa, uma vez que antecedem os primeiros lampejos da divergência de nossa espécie em cerca de 1,8 milhão de anos.” Mais para a frente, Scerri espera que os cientistas façam um esforço mais combinado para explorar as regiões supostamente “menos importantes” da África para obter uma imagem mais precisa — e real — da evolução hominini ao longo do tempo. “Explorar o Saara e outras áreas que estão nos cantos menos glamourosos do mapa de origens humanos provavelmente produzirá retornos importantes, o que de modo algum diminui as descobertas incrivelmente importantes e valiosas do leste e do sul da África.” [Science] The post História da origem humana muda de novo, desta vez graças a uma nova descoberta na Argélia appeared first on Gizmodo Brasil. |
Posted: 30 Nov 2018 12:20 PM PST A diretora de operações do Facebook, Sheryl Sandberg, estava diretamente envolvida na decisão da empresa de pesquisar informações sobre o bilionário filantropo e crítico do Facebook, George Soros, informou o New York Times na quinta-feira. • Documentos apreendidos mostram que Facebook sabia de coleta de dados por russos desde 2014 Citando pessoas familiarizadas com o assunto que pediram anonimato para evitar retaliações, o Times informou que Sandberg solicitou especificamente informações sobre os interesses financeiros de Soros. O pedido se deu após as críticas do investidor à rede social durante o Fórum Econômico Mundial em janeiro, quando ele se referiu ao Facebook como uma “ameaça”. Diz o Times:
O BuzzFeed News informou na quinta-feira que esse e-mail de Sandberg também foi mencionado para a reportagem. Um porta-voz do Facebook confirmou ao BuzzFeed News que a empresa “pesquisou potenciais motivações” de Soros após seus comentários em janeiro, mas não chegou a admitir que realizaria qualquer tipo de ataque subsequente ao bilionário. “O Sr. Soros é um investidor proeminente, e analisamos seus investimentos e atividades relacionadas ao Facebook”, disse um porta-voz da empresa. “Essa pesquisa já estava em andamento quando Sheryl enviou um e-mail perguntando se o Sr. Soros havia vendido as ações do Facebook.” Após a publicação da matéria do New York Times sobre a decisão da empresa de contratar a empresa de pesquisa política Definers em 2017 para conduzir investigações de oposição sobre seus críticos, Sandberg inicialmente negou ter qualquer conhecimento sobre a contratação. Mas, na semana passada, em um memorando convenientemente programado para a noite anterior ao Dia de Ação de Graças, Sandberg alegou que as informações sobre a empresa podiam estar contidas em materiais que "passaram por sua mesa". No memorando da semana passada, o bode expiatório da empresa — o diretor de comunicações e política do Facebook, Elliot Schrage — assumiu a culpa pela contratação da Definers, bem como pelas consequências das revelações feitas na matéria publicada pelo Times. “A responsabilidade por essas decisões é da liderança da equipe de comunicações. Sou eu”, ele disse. “Mark [Zuckerberg] e Sheryl confiaram em mim para gerenciar isso sem controvérsia.” Mas novas reportagens novamente questionam as motivações e o envolvimento do segundo nome na chefia do Facebook. Aparentemente, mais informações parecem sugerir que os chefes da empresa, que haviam negado qualquer conhecimento dos ataques do Facebook a seus críticos, podem saber mais do que eles estão deixando transparecer. The post Sheryl Sandberg, diretora do Facebook, ordenou pesquisa sobre George Soros após críticas à rede social, diz jornal appeared first on Gizmodo Brasil. |
O primeiro teste clínico de um gel anticoncepcional masculino está a caminho Posted: 30 Nov 2018 11:38 AM PST Um avanço medicinal elusivo pode finalmente estar ao alcance da ciência. Nesta semana, pesquisadores iniciaram oficialmente o primeiro teste clínico em grande escala de um gel tópico contraceptivo masculino. • Pílula anticoncepcional masculina diária se mostra promissora em teste humano O teste, financiado pelo Instituto Nacional de Saúde da Criança e Desenvolvimento Humano (NICHD, na sigla em inglês), deve receber 420 casais jovens e saudáveis. Os casais serão recrutados a partir de nove diferentes locais de estudo, em sete países ao redor do mundo, incluindo Chile, Inglaterra, Escócia, Quênia, Itália e Suécia. Porém, a primeira leva de voluntários virá de locais nos Estados Unidos, das cidades de Seattle, Califórnia e Kansas. O gel em si é uma combinação de uma nova droga chamada Nestorone, que é um hormônio progesterona e testosterona. Embora ainda dependam de outros anticoncepcionais, voluntários do sexo masculino aplicarão o gel NES/T diariamente (nos braços e ombros) por cerca de 20 semanas. Uma vez que a contagem de espermatozóides caia até um ponto identificado como infertilidade, os participantes e suas parceiras deverão usar o gel apenas para a prevenção da gravidez no próximo ano. Depois de um ano, eles deixarão de tomar o gel e serão rastreados por mais seis meses para garantir que os efeitos na contagem de espermatozóides sejam reversíveis. A premissa básica do gel é simples, de acordo com Christina Wang, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Biomédica de Los Angeles e líder do estudo. A droga Nestorone e outras progestinas já são usadas regularmente em muitos contraceptivos femininos, incluindo o anel vaginal. Mas quando a progesterona é usada sozinha nos homens, ela reduz a contagem de espermatozóides e faz com que os níveis de testosterona diminuam, o que pode causar efeitos colaterais indesejados, como acne, ganho de peso e diminuição do desejo sexual. Assim, a adição de testosterona destina-se a neutralizar esses efeitos enquanto mantém a contagem de esperma incrivelmente baixa. O progresso do desenvolvimento do contraceptivo masculino não tem corrido como o planejado. Houve muitos candidatos promissores, mas todos fracassaram. Mais recentemente, um ensaio clínico de uma dose de anticoncepcional masculino causou sérios riscos de segurança, fazendo com que os pesquisadores encerrassem o estudo no início de 2016. Dito isso, Wang e seu time vêm trabalhando e refinando o gel há quase uma década, com pequenos testes em humanos que datam desde 2009. E eles acreditam que conseguiram encontrar o equilíbrio ideal entre os dois hormônios para criar um contraceptivo hormonal seguro. “Mais de 200 homens já foram expostos à medicação e não tivemos nenhum evento adverso grave”, disse ela ao Gizmodo. “Mas vamos monitorar tudo muito de perto”. Além de rastrear a contagem de espermatozóides e a saúde física dos homens, Wang e toda a equipe internacional acompanhará de perto como o casal está se saindo por meio de questionários periódicos – o que seria uma ruptura com a tradição, segundo Wang. "É algo bem diferente do que costumávamos fazer. Quando você olha para os estudos de contraceptivos femininos, eles nunca avaliam os caras", disse Wang. “Queremos ter certeza de que o casal que está no estudo, o casal que está usando esse contraceptivo, esteja satisfeito em usar esse método”. A existência de um contraceptivo masculino obviamente tiraria parte do peso das mulheres que precisam manter uma rotina cuidadosa ao tomar o contraceptivo. Wang ressalta que há uma necessidade real de uma opção melhor para os homens que procuram sexo seguro e responsável, algo que seja mais conveniente do que um procedimento cirúrgico irreversível, como uma vasectomia. “Camisinhas são boas e protegem contra doenças sexualmente transmissíveis, mas a taxa de falha durante o uso diário de preservativos é muito alta”, disse ela, fazendo referência à pesquisas que mostram que durante um ano, 18% dos casais que usam exclusivamente preservativos ainda engravidam. Espera-se que o gel seja tão eficaz na prevenção da gravidez quanto as opções hormonais disponíveis para as mulheres. A expectativa é obter taxas de 90% de eficácia ou mais, dependendo de quão bem os homens seguirem as instruções de dosagem. Levará algum tempo até que o gel esteja disponível nas farmácias, mesmo que ele funcione como o esperado. O teste será encerrado até 2022. E como trata-se apenas de um teste clínico de fase 2b, será preciso mais estudos, envolvendo milhares de homens. Depois disso, órgãos reguladores, como o Food and Drug Administration (a FDA, equivalente à Anvisa), dêem o selo de aprovação. Como a pesquisa está sendo patrocinada pelo governo federal dos EUA, em conjunto com o Population Council, uma organização sem fins lucrativos que detém o direito do Nestorone, Wang acredita que o preço final do gel NES/T não será um impeditivo para casais de diferentes faixas de renda. "Se isso funcionar e os casais quiserem usá-lo, não será uma medicação restrita apenas a pessoas que possam pagar por ela. Esse é o meu entendimento ", disse ela. Ainda não se sabe se instituições religiosas fará tanto esforço para impedir que os homens tenham acesso ao controle de natalidade como ainda faz com os contraceptivos femininos. [NIH] The post O primeiro teste clínico de um gel anticoncepcional masculino está a caminho appeared first on Gizmodo Brasil. |
DJ Khaled e boxeador Floyd Mayweather Jr. são acusados de promover criptomoeda fraudulenta Posted: 30 Nov 2018 10:26 AM PST Os últimos tempos têm sido difíceis para criptomoedas. A cotação do bitcoin despencou, e muitas outras moedas digitais e corretoras foram acusadas de fraude. O mais novo episódio do tipo envolveu duas celebridades: o produtor DJ Khaled e o boxeador Floyd Mayweather Jr. Os dois promoveram em suas redes sociais a ICO (oferta inicial de moedas, na lista em inglês) de uma moeda chamada Centra (CTR) e não revelaram que foram pagos para isso pela empresa responsável. A SEC (órgão regulador do mercado financeiro nos EUA, equivalente à nossa CVM) acusou os dois pela irregularidade e cobrou multas e ressarcimentos que, combinados, passaram de US$ 750 mil. • Mineração de bitcoin pode usar mais energia que a de metais, sugere estudo Os fundadores da Centra, empresa por trás do ICO do CTR, já haviam sido alvo de processo judicial em abril por fraude na operação. Sohrab "Sam" Sharma e Robert Farkas, os responsáveis pela companhia, foram acusados de conseguir US$ 32 milhões dos investidores por meio de uma "oferta inicial de moedas fraudulenta". A empresa alegava ter apoio de empresas de cartão de crédito e bancos — mas era tudo mentira. Farkas chegou a ser preso tentando sair dos EUA, inclusive.
A ICO do CTR foi promovida nas redes sociais de DJ Khaled e Floyd Mayweather Jr. Eles foram pagos para fazer isso, mas não revelaram nas mensagens nem comunicaram os órgãos competentes. A SEC determina que quaisquer pagamentos para promover investimentos em ações, títulos ou moedas devem ser informados ao público, para que investidores possam avaliar corretamente as informações e propagandas. Weather Jr. foi obrigado a entregar às autoridades os US$ 300 mil pagos a ele e pagar US$ 300 mil de multa e US$ 14.775 de juros. Khaled entregou os US$ 50 mil recebidos pela divulgação e pagou US$ 100 mil de multa e US$ 2.725 de juros. Nenhum dos dois confirmou ou negou as acusações. [SEC] The post DJ Khaled e boxeador Floyd Mayweather Jr. são acusados de promover criptomoeda fraudulenta appeared first on Gizmodo Brasil. |
Instagram anuncia recurso para compartilhar stories apenas com melhores amigos Posted: 30 Nov 2018 09:22 AM PST Em breve, você poderá criar uma lista de melhores amigos no Instagram e compartilhar stories exclusivamente com esse grupo. A novidade foi anunciada nesta sexta-feira (30) pela rede social, que vinha testando há um bom tempo o recurso. Inicialmente anunciado em junho do ano passado, a funcionalidade de compartilhar stories com uma lista restrita de pessoas foi testada desde então, incluindo a possibilidade de também restringir conteúdo das postagens fixas feitas no perfil — mas essa parte fica para depois, já que, por ora, só é possível fazer essa seleção com os stories. O recurso faz parte da mais nova atualização do app, que está sendo liberada globalmente a partir desta sexta-feira para Android e iOS. Uma vez que seu aplicativo esteja atualizado, basta acessar a aba de configurações, indo até seu perfil e clicando no botão do canto superior direito. Isso abrirá um menu, que terá a opção "Lista de Melhores Amigos". Clique lá para adicionar pessoas à sua lista. Na hora de compartilhar os stories, você terá a opção de um botão de estrelinha verde. Tocando nele, a publicação só poderá ser vista por aqueles incluídos na sua lista de pessoas próximas. As pessoas que fazem parte da lista saberão que se trata de uma postagem mais pessoal, já que ela virá com um selo verde. O recurso certamente ajuda muito os famosos que tinham o costume de criar contas falsas para se engajar de forma mais pessoal com seu círculo mais próximo. Mas também vai servir para você, apenas um simples usuário que queria poder postar algumas coisas mais pessoais sem ter que revelar sua vida para um bando de desconhecidos que só estão fazendo número na sua lista de seguidores. The post Instagram anuncia recurso para compartilhar stories apenas com melhores amigos appeared first on Gizmodo Brasil. |
Mais de 600 funcionários do Google estão exigindo o fim do projeto de busca censurada para a China Posted: 30 Nov 2018 06:58 AM PST O Dragonfly, projeto controverso do Google para criar um produto de buscas censuradas para a China, já gerou duas cartas separadas dos funcionários da empresa, argumentando a favor e contra o programa. Até esta sexta-feira (30), no entanto, uma carta se opondo ao projeto coletou mais de 600 assinaturas, ofuscando os supostos números de um texto diferente defendendo o Dragonfly. O Verge noticiou na quinta-feira (29) que a carta aberta pedindo para o Google acabar com o projeto havia coletado mais de 400 nomes, mas esse número rapidamente cresceu ao longo do dia. Em comparação, uma carta interna a favor do projeto obtida pelo TechCrunch havia reunido 500 assinaturas até o momento em que a reportagem do site foi publicada, na quarta-feira (28), apesar de estar “em circulação há várias semanas”. Os funcionários que criticaram o projeto na carta publicada no Medium nesta semana se alinharam com grupos de direitos humanos que levantaram preocupações sobre a censura e a vigilância do projeto, bem como a potencial implicação de sua adoção. “Nossa oposição ao Dragonfly não é sobre a China: nós nos opomos a tecnologias que ajudem os poderosos a oprimir os vulneráveis, onde quer que eles estejam”, escreveram os empregados do Google. “O governo chinês certamente não é o único em sua prontidão para sufocar a liberdade de expressão e usar a vigilância para reprimir a dissidência. O Dragonfly na China estabeleceria um perigoso precedente em um momento político volátil, um precedente que dificultaria para o Google negar concessões parecidas a outros países.” Reforçando o ponto dos funcionários, o Intercept publicou na quinta-feira (29) que o Google havia excluído as equipes de privacidade e segurança de seu envolvimento com o projeto, com o ex-engenheiro de segurança do Google Yonatan Zunger dizendo ao site que Scott Beaumont, uma das figuras centrais do projeto, “não achava que as equipes de segurança, privacidade e jurídica devessem poder questionar suas decisões de produto, mantendo uma relação abertamente adversária com elas — algo incomum para a norma do Google”. Beaumont é o chefe das operações da empresa na China. De acordo com o Intercept:
Na esteira da reportagem do Intercept, a engenheira do Google Liz Fong-Jones convocou uma paralisação em massa caso o projeto seja aprovado sem a supervisão das equipes de privacidade e segurança da companhia. Oferecendo-se para igualar os US$ 100 mil para fundos de uma possível greve ou de demissões em massa, Fong-Jones arrecadou mais de US$ 200 mil em questão de horas. The post Mais de 600 funcionários do Google estão exigindo o fim do projeto de busca censurada para a China appeared first on Gizmodo Brasil. |
Posted: 30 Nov 2018 06:21 AM PST A Microsoft garantiu um contrato de mais de US$ 479 milhões com as Forças Armadas dos EUA para a criação de protótipos de Integrated Visual Augmentation System (IVAS), ou “Sistema Integrado de Aumento Visual”, segundo a Bloomberg noticiou nesta quarta-feira (28). O acordo, que foi disputado também por outras empresas, expande o relacionamento da companhia com os militares. • Google abandona competição por contrato com exército dos EUA em meio a pressão de funcionários De acordo com a proposta do governo norte-americano, o programa pretende “acelerar capacidades ofensivas e defensivas letais utilizando componentes inovadores”. A Bloomberg informou que o contrato poderia levar as forças armadas a comprar mais de 100 mil headsets de realidade aumentada da Microsoft, colocando os militares como um grande consumidor da tecnologia HoloLens, da companhia. As especificações fornecidas pelos militares mostram que os dispositivos parecem destinados a serem usados em papéis de combate ativos:
“A tecnologia de realidade aumentada fornecerá às tropas mais e melhores informações para tomar decisões”, disse um porta-voz da Microsoft ao Gizmodo, em um comunicado por e-mail. “Esse novo trabalho amplia nossa longa e confiável relação com o Departamento de Defesa para essa nova área.” O contrato é uma derrota notável para concorrentes como a Magic Leap, que a Bloomberg disse estar entre as mais de duas dúzias de empresas que se reuniram com o Exército (embora talvez seja questionável se a Magic Leap algum dia foi mesmo uma concorrente nessa licitação). Como apontou a Bloomberg, a notícia do contrato chega em meio à disputa entre a Microsoft e seus funcionários, que levantaram preocupações sobre sua proposta para o contrato Joint Enterprise Defense Infrastructure (JEDI), um acordo militar de computação em nuvem avaliado em até US$ 10 bilhões. Os funcionários da Microsoft também levantaram preocupações sobre outros contratos com órgãos do governo que enfrentam críticas por motivos de direitos humanos, incluindo a Agência de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE, na sigla em inglês). “Muitos funcionários da Microsoft não acreditam que o que construímos deva ser usado para travar uma guerra”, escreveram empregados da Microsoft em uma carta aberta no mês passado. “Quando decidimos trabalhar na Microsoft, estávamos fazendo isso na esperança de ’empoderar cada pessoa no planeta para conquistar mais’, não com a intenção de acabar com a vida e aumentar a letalidade.” O presidente da empresa, Brad Smith, mais tarde defendeu a decisão da companhia de oferecer sua tecnologia para uso militar, basicamente citando patriotismo e afirmando que a Microsoft acredita “na forte defesa dos Estados Unidos” por meio de tecnologia de ponta como a sua. Smith também apontou o relacionamento contínuo da companhia com o Departamento de Defesa, alegando que a proposta para o projeto JEDI era simplesmente uma extensão de seus serviços para um exército que já é amplamente dependente de sua tecnologia. Ele incluiu um curioso ponto que parecia argumentar que os militares deveriam ter acesso à tecnologia da Microsoft porque os soldados libertaram escravos durante a Guerra Civil e lutaram contra os nazistas:
Não tenho certeza se existe alguma maneira perfeita de defender as relações comerciais questionáveis da sua empresa com o complexo militar-industrial, mas essa, definitivamente, não é uma delas. The post Microsoft vence licitação de US$ 479 milhões para desenvolver realidade aumentada para exército dos EUA appeared first on Gizmodo Brasil. |
Este raríssimo console dos anos 80 é o tataravô do Switch Posted: 30 Nov 2018 05:42 AM PST Sem a internet espalhando instantaneamente imagens para milhões de pessoas, era muito mais fácil manter os protótipos de videogames em segredo nos anos 1980. Naquela época, um punhado de fotos começou rumores sobre a possível existência de uma versão em miniatura do malfadado console Vectrex. Agora, isso não é mais um boato: o National Videogame Museum, em Frisco, Texas, conseguiu colocar as mãos no mítico protótipo e incluí-lo em sua coleção. • Este clone do SNES roda todos os jogos do antigo console em alta definição O Vectrex fez parte do boom de videogames pós-Atari que teve quase todas as fabricantes de brinquedos tentando colocar um console no mercado, incluindo a Milton Bradley, que era mais conhecida por jogos de tabuleiro na época. O Vectrex poderia renderizar gráficos vetoriais em sua própria tela vertical (que usava a mesma tecnologia que os osciloscópios) para trazer jogos com qualidade de arcade para dentro de casa. Mas ele chegou com um preço alto, perto de US$ 500 em valores atualizados, e foi uma das muitas vítimas da bolha de videogames de 1983. Mesmo com a tela embutida de 9 por 11 polegadas, o Vectrex não chegava a ser uma peça de hardware complicada. Seu controle até se encaixava na frente do console, de modo que tudo era muito fácil de carregar. Mas um artigo na edição de abril de 2003 da revista Edge revelou a suposta existência de um console Vectrex muito menor, do tamanho de uma caixa de sapatos, que um fã viu na mesa do presidente da empresa durante uma visita no início dos anos 1980. Então, há oito anos, alguém que dizia ser filho de alguém que trabalhou na divisão de pesquisa e design da Milton Bradley compartilhou no Flickr fotos escaneadas, com aspecto envelhecido, do suposto Vectrex miniatura. Elas pareciam bastante reais, mas estavam longe de ser uma prova definitiva de que o console realmente existia, ou até mesmo que tinha passado das fases iniciais do projeto de mock-up.
Algumas semanas atrás, no entanto, a existência do console mini Vectrex foi confirmada pelo National Videogame Museum, que anunciou no Twitter ter conseguido levar o protótipo real para sua coleção. Para confirmar sua autenticidade, o museu até desmontou o protótipo e encontrou muitos circuitos iguais aos do Vectrex que chegou ao mercado. O museu até compartilhou um vídeo do mini Vectrex, que, surpreendentemente, ainda funciona muito bem.
Com uma alça de transporte integrada ao topo do console, a versão mini do Vectrex foi, sem dúvida, projetada para ser muito mais portátil do que o hardware original. Mas será que isso influenciou diretamente a criação do Nintendo Switch, ou mesmo o Game Boy, que chegou alguns anos depois da morte da Vectrex? O protótipo era um segredo bem protegido, mas é possível argumentar que os designers de hardware da indústria mudam de empresa para empresa, e os segredos, sem dúvida, são compartilhados. Embora o mini Vectrex ainda exigisse que você levasse um cabo de alimentação onde quer que fosse, o meu eu criança teria adorado levar essa coisa em viagens, visitas à casa da vó ou, basicamente, para qualquer lugar que hoje levo meu Switch. Eu só ia precisar de uma tomada, claro. The post Este raríssimo console dos anos 80 é o tataravô do Switch appeared first on Gizmodo Brasil. |
Governo chinês diz ter interrompido polêmico projeto de edição de genes de bebês Posted: 30 Nov 2018 03:20 AM PST Um projeto que alega ter produzido os primeiros bebês geneticamente editados do mundo foi interrompido pelo governo chinês, que está declarando o trabalho do cientista He Jiankui tanto ilegal quanto antiético, de acordo com a agência de notícias Associated Press. • Cientista chinês diz que primeiros bebês com genes editados nasceram, mas alegação levanta dúvidas O mundo soube do experimento de He no início desta semana, embora ainda estejamos esperando para ver uma confirmação científica externa de suas afirmações. Em Hong Kong, o cientista afirmou que usou a ferramenta de edição de genes CRISPR/Cas9 para modificar embriões humanos, mas não pediu desculpas por isso, dizendo estar “orgulhoso” do trabalho. As gêmeas resultantes, nascidas no início deste mês, filhas de um casal desconhecido, são supostamente imunes ao HIV. Essa notícia foi recebida com condenação quase universal, com a maioria dos cientistas e especialistas em ética reclamando que He violou padrões científicos e éticos estabelecidos, entre outras queixas. He está sendo acusado de fazer experimentos de forma indevida em humanos, com uma tecnologia não comprovada e potencialmente perigosa. Na terça-feira (27), a China ordenou uma “investigação completa” sobre o projeto, mas, como a Associated Press noticiou nesta quinta (29), o governo tomou agora o passo extra de encerrar o trabalho até novo aviso. Falando à televisão estatal CCTV, o vice-ministro de Ciência e Tecnologia da China, Xu Nanping, disse que o governo se opõe fortemente ao projeto. Xu disse que o experimento “cruzou a linha da moralidade e da ética aderida pela comunidade acadêmica e foi chocante e inaceitável”, conforme noticiado pela AP. Nenhum outro detalhe foi dado, e o ministro também não explicou o que poderia acontecer com He e seus associados nos próximos dias e semanas. A resposta da China a esse incidente poderia estabelecer um importante precedente para um país acusado de ser o Velho Oeste da pesquisa biomédica. Sem dúvidas, a China tem estado na vanguarda da pesquisa de edição genética há alguns anos. Cientistas de lá criaram o primeiro embrião humano editado por genes do mundo e os primeiros macacos clonados, dando dois exemplos. Críticos reclamaram que essas conquistas são produto da estrutura regulatória frouxa da China, em comparação com a situação nos EUA ou na Europa. Essas acusações à parte, o projeto de He parece ser o trabalho de um laboratório não supervisionado que se esforçou muito para evitar os canais apropriados, como não entregar o teste clínico ao registro do país até o começo de novembro, que era mais ou menos o mesmo período em que as gêmeas nasceram. Além disso, cientistas chineses foram rápidos em condenar o trabalho de He. Em um comunicado conjunto publicado no início desta semana, a Sociedade de Genética da China e a Sociedade Chinesa para Pesquisa de Células-Tronco disseram que “condenam fortemente” o projeto por sua “extrema irresponsabilidade, tanto científica quanto eticamente”. E, como noticia o Voice of America, mais de 300 cientistas, tanto da China quanto de outros países, assinaram uma petição questionando a necessidade do trabalho. Esse incidente certamente é um momento de aprendizado — esperamos que não tenha sido às custas dessas duas gêmeas, cuja saúde futura permanece desconhecida. The post Governo chinês diz ter interrompido polêmico projeto de edição de genes de bebês appeared first on Gizmodo Brasil. |
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