sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

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O 2018 das criptomoedas teve queda pesada e famosos lançando seus próprios projetos

Posted: 27 Dec 2018 12:10 PM PST

O final de 2017 foi um tempo de muita agitação para investidores e entusiastas de bitcoin: a moeda alcançou em novembro do ano passado a marca de US$ 10 mil, e o recorde dobrou em questão de um mês, chegando a quase US$ 20 mil perto do Natal. Se 2017 foi o ano de ascensão meteórica, com a cotação tendo estado em US$ 400 em determinado momento antes da explosão que a colocou na boca mesmo de quem não acompanhava nem um pouco as criptomoedas, 2018 viu um movimento quase que completamente inverso, perdendo mais de 80% do valor alcançado no ano passado.

Atualmente, o bitcoin está cotado em apenas cerca de US$ 3,8 mil (aproximadamente R$ 14,9 mil), e essa queda também foi acompanhada por outras das principais criptomoedas, como ripple, ethereum e Bitcoin Cash. Para o analista Mike McGlone, da Bloomberg Intelligence, 2019 deve ver ainda mais perda para a bitcoin, podendo cair para US$ 1,5 mil (R$ 5,8 mil).

Outros especialistas e entusiastas, no entanto, veem o cenário futuro da principal criptomoeda com algum otimismo, pelo menos dentro do mercado das moedas digitais em si. Um relatório recente da consultoria A.T. Kearney diz esperar que o bitcoin reconquiste sua dominância em termos de capitalização de mercado. A Forbes aponta, porém, que isso não se traduz exatamente em novas altas como as vistas em 2017. Aquelas, explica a publicação, se deram pelo hype enorme em torno da moeda e a expectativa do público geral sobre seu potencial revolucionário. Um ano depois, a moeda digital não conseguiu ganhar ampla aceitação e confiança.

Independentemente do que 2019 reserva para a moeda, o rescaldo em 2018 do crescimento impressionante de 2017 foi significativo e gerou um interesse generalizado nas criptomoedas, até mesmo entre figuras públicas e artistas. O que não faltou foram personalidades que nada tinham a ver entre si se aventurando no mercado e virando o rosto de novas moedas digitais, com anúncios que ganharam manchetes ao longo do ano.

De Steven Seagal a Akon, passando por Ronaldinho Gaúcho, famosos mergulharam na febre das criptomoedas

Logo em fevereiro, o ator de filmes de ação Steven Seagal decidiu endossar uma moeda com o nome no mínimo esquisito de Bitcoiin 2Gen (isso mesmo, com dois "i"s). O projeto tinha em seu white paper a promessa de ser melhor que o bitcoin em quase todos os aspectos, com o site oficial da empreitada garantindo "custos de transações dez vezes menores" e rendimentos de mineração duas ou três vezes maiores. Não demorou muito para tudo ir por água abaixo, e no mês seguinte o ator e os fundadores abandonaram o projeto depois das autoridades de Nova Jersey, nos EUA, emitirem uma ordem para cessar a atividade.


O ator Steve Seagal entrou na onda das criptomoedas. Crédito: AP

Em março, foi a vez de Roberto Escobar, irmão do narcotraficante Pablo Escobar, se aventurar no mercado. A empresa de capital de risco de Roberto, a Escobar Inc, lançou uma oferta inicial de moeda (ICO) com uma promoção inicial de 96% na compra das moedas: de US$ 50 por US$ 2. A Diet Bitcoin era uma dark fork da bitcoin, o que significa que compartilhava código similar com a colega mais famosa, e foi apresentada como uma versão "mais leve e mais rápida" da bitcoin.

Acompanhando a nova criptomoeda, Roberto Escobar lançou também um livro, Pablo Escobar's Diet Bitcoin, em que explica a motivação por trás da criação da Diet Bitcoin. A obra está à venda na Amazon por US$ 8 (ou você pode baixar de graça do site oficial da moeda). Talvez o ponto mais interessante seja a afirmação do irmão de Pablo Escobar de que, diferentemente do que muita gente especula, o bitcoin foi criado pelo governo dos Estados Unidos, e não pelo tal do Satoshi Nakamoto.

O projeto incluía também um livro chamado Pablo Escobar's Diet Bitcoin, em que Roberto explicava a motivação por trás do lançamento da moeda — e a ousadia era tanta que a obra estava à venda na Amazon por US$ 8 (mesmo estando também disponível de graça no site oficial da criptomoeda).

DJ Khaled e boxeador Floyd Mayweather Jr. são acusados de promover criptomoeda fraudulenta

Nove meses depois, o site do empreendimento ainda pode ser acessado, mas nenhum veículo de comunicação repercutiu a moeda exceto durante aquele mês de março, no momento do lançamento.

O ano de 2018 foi também de memes sobre os rolês aleatórios de Ronaldinho Gaúcho, e o escopo da presença do ex-jogador alcançou as criptomoedas. Em julho, o brasileiro emprestou sua imagem para a criação da Ronaldinho Soccer Coin, que, mais do que uma criptomoeda, pretendia ser um projeto ambicioso, incluindo a criação de uma academia de futebol e a organização de jogos amadores em todo o mundo, desenvolvendo também uma plataforma de apostas e marketplace com direito também a estádios em realidade virtual, que analisariam as habilidades de um jogador e criariam um banco de dados na blockchain para, a partir disso, formar novas equipes com base nas informações.

Por mais maluco que tudo isso pareça, o lançamento aconteceu em julho, mas a moeda só foi ativamente negociada uma vez, em outubro, com um volume total de transação de US$ 4, o que levou o câmbio da RSC de US$ 9 para US$ 0,10, segundo o CoinCodex.

Por fim, vale lembrar também os músicos que se juntaram ao seleto e difuso grupo de celebridades empreendedoras de criptomoedas. Um deles foi Akon, que pode não ter criado uma moeda para bater de frente com a bitcoin ou a ethereum, mas certamente bolou um nome que jamais será batido no mercado: a Akoin. O apelido da moeda por si só deveria atrair atenção e chamar investimentos, mas o projeto, assim como o de Ronaldinho, também era ambicioso, envolvendo a ideia de usar o dinheiro levantado para financiar um projeto de Akon que visava promover o uso de energia solar na África. E não era só isso: como escreveu à época o Verge, o artista ainda queria criar uma comunidade no Senegal que usaria a Akoin e se chamaria Akon Crypto City.

Propaganda não oficial da moeda Akoin

A cereja no bolo foi a declaração do cantor ao falar da moeda durante o festival de publicidade Cannes Lions: "Eu venho com os conceitos e deixo os geeks descobrirem (o que fazer)".

Blockchain, a promissora tecnologia por trás da bitcoin

A tecnologia em que a bitcoin se baseia para suas transações é chamada de blockchain. Trata-se de uma plataforma digital simples que grava e verifica as transações, garantindo sua integridade e ordem cronológica e impedindo que qualquer um possa apagá-las. Descentralizada, ela utiliza a criptografia em vez de uma autoridade central. E seu potencial é muito grande.

O que é o blockchain e por que o bitcoin depende dele?

Entusiastas defendem que ela pode mudar significativamente diversos setores como o bancário, a política e o market place. Transações financeiras internacionais, que costumam levar dias para serem verificadas, demorariam questão de horas por meio do blockchain, que ainda é mais barato. Em uma época de tanta preocupação com a privacidade de nossos dados, a tecnologia poderia também ser usada por planos de saúde para registrar dados médicos confidenciais, garantindo o acessos a pessoas autorizadas.

O blockchain pode afetar também a cadeia de suprimentos da indústria alimentícia. Carrefour e Walmart, por exemplo, têm trabalhado em sistemas por meio da tecnologia para levar informações detalhadas aos consumidores sobre os alimentos que vende.

O gigante das redes sociais Facebook também tem concentrado esforços na tecnologia, criando em maio deste ano sua própria divisão de blockchain. As possíveis utilizações não foram reveladas pela empresa, mas, na semana passada, a Bloomberg revelou que a companhia estaria considerando criar uma criptomoeda para transferências no WhatsApp.

O biênio de extremos da bitcoin não permite que sejam feitas afirmações contundentes sobre o futuro da criptomoeda. O fim de 2017 parecia marcar o início de um período promissor para que os entusiastas das criptomoedas reforçassem seu argumento, mas o choque de realidade de 2018 mostrou que o desafio será tão difícil quanto se poderia esperar alguns anos atrás. Mas tem quem defenda que o grande legado delas será mesmo a adoção do blockchain em diferentes campos.

Qualquer avanço, no entanto, seja nas criptomoedas ou no blockchain em si, precisará passar por desafios regulatórios, o que ajudará a moldar o futuro dessas tecnologias.

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Um bug fez com que o feed do Instagram funcionasse lateralmente, como os Stories

Posted: 27 Dec 2018 10:47 AM PST

O Instagram liberou temporariamente uma nova forma de os usuários navegarem pelo feed da rede: na horizontal, rolando lateralmente, em vez de na vertical.

Assim, em vez de ficar rolando para baixo, a navegação ficou mais parecida com a do Tinder, por exemplo, de modo que as pessoas deveriam deslizar para o lado. É também um pouco como já acontece nos Stories. A navegação na vertical, nessa nova interface, servia para ver comentários. Mensagens diretas, perfis, busca e notificações continuavam nos mesmos lugares de sempre.

• O Instagram agora permite que você envie mensagens de voz


Gif por Andrew Liszewski, Emily Lipstein/Gizmodo

Se você não recebeu este tipo de atualização, não se preocupe. Segundo o próprio Instagram, eles liberaram este tipo de navegação para um número limitado de pessoas. No entanto, por um problema, vários usuários que abriram o Instagram na tarde desta quinta-feira (27) se depararam com esta nova interface. Pelo menos foi essa a explicação dada por Adam Mosseri, o chefe do Instagram, em um tuíte.

Caso você tenha recebido esta atualização que permite navegação lateral, você pode voltar ao feed convencional ao fechar e reiniciar o app do Instagram em seu celular.

No pouco tempo em que a interface funcionava por meio de deslizadas, o Gizmodo US não curtiu muito. A princípio, parecia que o update tinha sido pensado para priorizar Stories, mas, ao deslizar pelo feed a interface, esconde a barra de Stories automaticamente. E, estranhamente, na experiência do Gizmodo US, a mudança tirou a prioridade de publicações de amigos, enquanto posts patrocinados, de celebridades e influenciadores tinham mais destaque.

Bem, Adam Mosseri, chefe do Instagram, já se desculpou pelo imprevisto, mas, de antemão, esperamos que o Instagram não faça isso novamente. Seria, inclusive, uma medida contrária do que vem acontecendo no Facebook, em que posts de amigos e familiares passaram a ser priorizados.

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Android tem 10 anos, mas não conseguiu resolver a demora para atualização do sistema

Posted: 27 Dec 2018 09:17 AM PST

Existem muitas razões para amar a plataforma Android, mas ainda existe um problema profundamente irritante. Esse problema é tão chato que é motivo para que tudo quanto é tipo de usuário xingue o sistema operacional. O fato é que leva tempo pra caramba para o sistema operacional do Google ser atualizado em aparelhos feitos por companhias como Samsung, OnePlus e Huawei. Então, embora donos de Samsung S9 e One Plus 5 agora possam aproveitar o fato de terem o Android 9 Pie antes do fim do ano (dependendo de onde eles vivem), outros usuários de Android com aparelhos do ano passado devem esperar até o próximo ano. E isso é uma baita chatice!

Dez anos do primeiro smartphone Android: parabéns, robôzinho!

Até o momento, a liberação do Android 9 Pie tem sido lenta. Quando o Google liberou os números de adoção de versão Android em outubro, quase não havia modelos com o Pie, ainda que o sistema estivesse disponível há dois meses. Isso significa que ou o Pie foi propositalmente excluído ou teve uma taxa de adoção miserável de 0,1% (o mínimo requerido pelo Google para incluir uma fatia no gráfico).

Então, não é nenhuma surpresa a Samsung levar bastante tempo para atualizar. Com muitos aproveitando o fim de ano para descansar, a Samsung começou a liberar a atualização do Android 8 Oreo para o Android 9 Pie para alguns aparelhos Galaxy S9. Até o momento, a atualização está rolando apenas Alemanha, Suíça, Itália, Emirados Árabes Unidos, Holanda e Turquia. O Tech Radar nota que o resto da família S9 deve receber a atualização no próximo mês, mas isso já são cinco meses após o Pie ter sido disponibilizado — a atualização foi lançada em agosto de 2019. Donos de Note 9 terão de esperar até fevereiro de 2019, e proprietários de Note 8 e S8 terão de esperar até março de 2019.

Isso mesmo: quanto mais velho o aparelho, maior a espera. O Android 9 Pie, conhecido anteriormente apenas como Android P, não é exatamente uma grande atualização do sistema operacional, mas inclui recursos legais como Bem-Estar Digital, que ajuda a gerenciar quanto tempo você usa o smartphone, além de trazer um controle melhor de notificações. Estes são bons recursos que qualquer pessoa com um smartphone Pixel pode já aproveitar, e que está disponível desde que o Google liberou o update em agosto.

A grande diferença entre o lançamento do Android Pie e a disponibilidade global do update para o Samsung S9, que foi lançado em março, parece terrivelmente desagradável a este ponto. Mas esta também tem sido a maldição do Android desde o início. O sistema pode ser disponibilizado em agosto, mas a Samsung adiciona uma camada sobre o sistema e leva tempo para atualizar e testar a versão customizada do sistema operacional. Não tem uma forma clara e fácil de tornar isso mais rápido — a não ser a Samsung adotar o Android puro ou, sei lá, contratar mais engenheiros de software.

A Samsung não é a única fabricante com este problema. A Nvidia sofre com a atualização de seu set top box (vendido apenas nos EUA), o Shield, que foi finalmente atualizado para o Android 8 Oreo em junho, quase um ano após o Google ter lançado essa versão. Enquanto isso, o OnePlus 5 e o OnePlus 5T vão receber o Pie até o fim do mês (o 5 foi lançado em junho de 2017, e o 5T, seu sucessor, lançado em novembro de 2017). O sucessor, o OnePlus 6, recebeu o Pie há alguns meses.

É difícil produzir estas atualizações, mas ninguém pode negar que as companhias parecem  palhaças quando comparadas com o Google ou a Apple. O Google consegue atualizar seus dispositivos assim que sai um atualização, pois não precisa fazer modificações, enquanto o ecossistema fechado da Apple permite criar um sistema operacional que funciona perfeitamente em todos os dispositivos criados pela companhia. Assim, Google e Apple conseguem soltar atualizações rapidamente.

É claro, companhias como a Samsung precisam modificar o Android para adicionar seus recursos inovadores, mas putz, é chato saber que leva de seis meses a um ano para receber a atualização depois de ela chegar aos aparelhos Pixel.

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Japão se retira da Comissão Baleeira Internacional e retoma caça comercial de baleias

Posted: 27 Dec 2018 07:28 AM PST

O Japão anunciou esta semana que vai se separar da Comissão Baleeira Internacional (CBI) para retomar suas práticas comerciais de caça de baleias. Há anos, o Japão explora uma brecha na moratória internacional da CBI sobre a matança de baleias. O anúncio vem depois que a comissão se recusou a aprovar sua oferta pela caça comercial de baleias, informa o Wall Street Journal.

• Quando é que a humanidade será extinta?

O secretário-chefe de gabinete do Japão, Yoshihide Suga, disse nesta quarta-feira (26) que a retirada entraria em vigor em 30 de junho de 2019, com a retomada da caça às baleias em suas águas e sua zona econômica exclusiva em julho de 2019, segundo a Reuters. Suga também declarou que a caça de baleias no Japão "será conduzida de acordo com a lei internacional e dentro dos limites de captura calculados em conformidade com o método adotado pela CBI para evitar impactos negativos nos recursos cetáceos".

A medida marca uma ruptura significativa — o Japão havia abandonado a prática há mais de 30 anos. No entanto, como observou o Journal, uma brecha no acordo da CBI permitia que o Japão abatesse centenas de baleias anualmente, sob o pretexto de servir para a pesquisa científica.

A Agência de Pesca do Japão defendia sua interpretação problemática da moratória internacional da caça às baleias, alegando que o objetivo da chamada pesquisa era "fazer um cálculo detalhado do limite de captura das baleias-anãs e estudar a estrutura e a dinâmica do sistema ecológico no Oceano Antártico." É uma alegação que há muito é vista como mentirosa, e a carne de baleia está amplamente disponível em todo o país. Diz a Associated Press:

Autoridades de pesca disseram que o Japão consome anualmente milhares de toneladas de carne de baleia da pesquisa, principalmente por japoneses mais velhos que buscam uma refeição nostálgica. É uma fração do suprimento de carne de baleia do país antes da moratória da CBI, que era de cerca de 200 mil toneladas.

O anúncio recebeu condenação generalizada pela comunidade científica e ativistas. Astrid Fuchs, da organização Whale and Dolphin Conservation, criticou a decisão, dizendo à BBC que a medida poderia "estabelecer um precedente" para que outros países fizessem o mesmo. Uma supervisão tímida das práticas baleeiras do Japão, acrescentou Fuchs, poderia "significar desgraça para algumas populações".

A Agência de Pesca vai capturar baleias baleias-de-bryde, baleias-anãs e baleias-sei, de acordo com a Associated Press. A agência de notícias ainda cita números de estoque adequados. Mas Fuchs disse que a população de baleias-anãs perto do Japão já está ameaçada, e Sam Annesley, diretor-executivo do Greenpeace Japão, levantou preocupações sobre a caça comercial de baleias-sei, entre outras.

"Como resultado da moderna tecnologia de barcos, a pesca excessiva em águas costeiras japonesas e áreas de alto mar levou ao esgotamento de muitas espécies de baleias", disse Annesley em um comunicado. "A maioria das populações de baleias ainda não foi recuperada, incluindo baleias maiores como baleias-azuis, baleias-comuns e baleias-sei."

Annesley disse que o anúncio do Japão "está fora de sintonia com a comunidade internacional, muito menos a proteção necessária para salvaguardar o futuro dos nossos oceanos e essas criaturas majestosas".

[Wall Street Journal]

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Como achar conteúdos 4K para sua TV nova

Posted: 27 Dec 2018 05:47 AM PST

Atualizado às 13h27 de 27/12 com esclarecimentos sobre a forma de buscar vídeos 4K no Prime Video

Você tem em suas mãos uma nova TV 4K, ou um novo monitor 4K, ou mesmo um smartphone com uma tela 4K… e aí você se pergunta: onde está o conteúdo 4K? É triste, mas às vezes pode parecer impossível de achar bons conteúdos para sua nova tela. De fabricantes de TV, passando por fabricantes de set top boxes, a serviços de streaming, ninguém facilita a tarefa de achar tais conteúdos. Mas, não se preocupe, pois reunimos algumas dicas para lhe ajudar.

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Por que você está assistindo televisão do jeito errado e como arrumar isso

Primeiro, algumas ressalvas. Você vai precisar que tanto sua tela como sua fonte de imagem seja compatível com 4K. A maioria das TVs hoje em dia, assim como monitores de computador e smartphones, são 4K. As fontes — o set top box ou app que você vai usar para rodar este conteúdo — podem ser difíceis de descobrir. A maioria dos apps de SmartTVs 4K deve ter suporte a 4K, mas cheque com a fabricante e a desenvolvedora do app para se assegurar.

Para set top boxes, é bom checar com a fabricante também. Você pode transmitir conteúdo 4K em equipamentos como o da Apple, Microsoft e Sony, mas desenvolvedores de apps — Netflix e Amazon Prime, por exemplo — podem não necessariamente oferecer suporte ao seu set top box. Então, sempre cheque antes. É chato, mas é a situação em que estamos até estas empresas resolverem facilitar o processo.

Importante ressaltar que se a transmissão for pela internet, os serviços de streaming recomendam banda larga na casa das dezenas de Mbps (megabits por segundo). A Netflix fala em 25 Mbps, enquanto o Amazon Prime Video fala em pelo menos 15 Mbps.

No que diz respeito aos apps, mesmo se a fonte e seu display suportarem 4K, pode ser que o aplicativo não suporte 4K para o conteúdo que você queira ver. Com exceção de um ou dois serviços, na verdade é um desafio encontrar conteúdo nestas plataformas que estão preparadas para 4K. Há muito conteúdo 4K —mas não é só buscar por 4K e todo o conteúdo vai aparecer. Em vez disso, você precisa buscar por coisas em específico que você queira ver e checar se é compatível com 4K. A exceção são filmes e programas de TV desenvolvidos por uma plataforma em específico (pense, por exemplo, em conteúdos exclusivos da Netflix ou Amazon Prime). Esses conteúdos estão sempre disponíveis em 4K, e eles geralmente oferecem suporte à HDR.

E se você quiser que o conteúdo pareça ainda mais bonito, se assegure que você não está só usando um display, uma fonte de imagem e um app que suportem 4K, mas também que tenha suporte à HDR (High Dynamic Range), que é uma tecnologia que melhora as cores, contrastes e facilita a visualização de detalhes nas áreas escuras ou claras da tela.

O que diabos é o HDR?

Os serviços abaixo tipicamente suportam dois tipos de HDR. HDR10, que qualquer display que suporta HDR oferecerá suporte, e Dolby Vision, uma versão chique do HDR com objetivo de se adaptar melhor a displays específicos usando metadados. Pense assim: o HDR10 é o HDR, de fato, enquanto o Dolby Vision é uma melhoria menor, e que é boa se seu equipamento suportar, mas não é uma grande perda se não for compatível. Agora tudo faz um pouco mais de sentido? Se sim, veja como achar conteúdos 4K em seus serviços favoritos.

Netflix

Como você pode imaginar, a Netflix é um dos pioneiros quando se fala em conteúdos 4K e HDR. Nem todos os conteúdos Netflix são em 4K, mas vários deles são, especialmente os feitos pela própria empresa: busque por UltraHD (um outro nome para 4K) para achar os vídeos, séries e shows.

Você precisa ter um plano Premium para poder ver estes filmes e séries na melhor resolução oferecida. No Brasil, a mensalidade dele custa R$ 37,90 por mês, e você também tem a opção de poder ver Netflix em até quatro dispositivos simultaneamente.

A Netflix também oferece suporte a HDR — dois tipos de HDR, de fato, com conteúdos compatíveis com HDR10 e Dolby Vision. Você verá uma pequena sinalização HDR ou VISION junto com os títulos quando você buscar séries e filmes que suportam HDR, — mais uma vez, isso só vai estar disponível se você for um assinante Premium. Existem testes de um plano Ultra, mas ainda não foi oficialmente lançado.

Amazon Prime Video

O Prime Video, da Amazon, está tentando acompanhar a Netflix com alguns conteúdos em 4K e HDR. Se você paga R$ 14,90 por mês (os primeiros seis meses são R$ 7,90), você já faz parte do clube: como a Netflix, nem todos os títulos são 4K ou HDR, mas tem crescido o número de opções, incluindo as opções feitas pela própria Amazon.

Para buscar títulos 4K, basta fazer uma busca no app por UltraHD — como a Netflix, a Amazon usa “UltraHD” ou “UHD” para 4K.

Alguns dispositivos vão separar títulos 4K em uma categoria , mas não é visível em todas as plataformas com o app do Prime Video. Este destaque ocorre, por exemplo, em TVs compatíveis, onde deve aparecer na tela inicial a opção “UltraHD”. De acordo com a Amazon, suportam a tecnologia: TVs Samsung Ultra HD (modelos 2015 ou mais recenes), TVs Sony Ultrar HD (modelos 2015 ou mais recentes) e TVs LG Ultra HD (modelos 2015 ou mais recentes).

No que diz respeito à HDR, os dois padrões principais, HDR10 e Double Vision, são suportados, e como as indicações de vídeo 4K, é possível localizá-los nos detalhes dos títulos da série ou do filme. Se você não vir esse tipo de informação, seu dispositivo não oferece suporte a 4K HDR (tente buscar, por exemplo, The Man in The High Castle, que foi filmado em 4K para tirar a prova).

YouTube/Google Play Filmes

4K e HDR está disponível tanto no YouTube como no Google Play Filmes (estes serviços são separados, mas às vezes eles têm coisas em comum — suas compras de filmes são visíveis no YouTube, por exemplo). De fato, as resoluções do YouTube podem ser acima de 4K, embora pouca gente tenha hardware que suporte tais resoluções.

Há uma boa quantidade de conteúdo em 4K (ou UHD) e HDR (HDR10) no Google Play Filmes. Para títulos em HDR, ele deve estar em 4K, mas nem todos vídeos 4K são automaticamente compatíveis com HDR. Você também precisa de um dispositivo compatível para poder ver conteúdos 4K e HDR, e, no momento, a lista de conteúdos é curta (mas ainda está aumentando).

A boa notícia é que o Google está fazendo upgrade de conteúdo HD para 4K, com vários estúdios de produção disponibilizando tais conteúdos, então você pode pular direto para filmes 4K ao clicar aqui. No que diz respeito a conteúdos do YouTube, clique no botão de filtro após fazer uma pesquisa para poder achar opções 4K e HDR.

iTunes Store

Uma crescente quantidade de conteúdo 4K está disponível no iTunes, com a Apple lentamente atualizando os materiais disponibilizados. De fato, desde 2017 tem material 4K na loja, então a Apple foi líder neste segmento por um tempo. A companhia até faz upgrade de suas compras antigas gratuitamente para versões de qualidade superior, quando estiver disponível.

HDR também é suportado, tanto nas variações HDR10 como Dolby Vision. Se você navegar pela loja, você reparará que tem adesivos 4K, HDR e Dolby Vision em alguns títulos. Estas atualizações ainda não chegaram a séries de TV – por ora, compreendem apenas filmes.

Tem ainda um link para filmes 4K no lado direito da seção Filmes na iTunes Store que você pode usar como um atalho. A Apple diz que independente do filme que você comprar em um desses formatos atualizados, a versão correta para seu dispositivo será escolhida.

Blu-ray 4K

Se você preferir conteúdo 4K em um formato físico e quer a melhor versão possível do conteúdo, dê uma olhada na crescente lista de players Blu-ray 4K do mercado. Se você tiver um player Blu-ray 4K (Xbox One S e Xbox One X são dois dispositivos que entram nessa definição), e uma TV 4K, você pode assistir a filmes com a melhor resolução possível.

Você só precisa fazer uma busca por 4K Blu-ray ou "UHD Blu-ray" em sua varejista online — nos EUA, séries como Westworld, além de filmes como Venom e Jurassic Park, já têm versões em 4K. Só se assegure de que está comprando um disco Blu-ray 4K, e não um disco convencional.

O suporte HDR está presente na especificação de Blu-ray Ultra HD, então o HDR também estará disponível nessas mídias (geralmente HDR10, mas pode ser Dolby Vision também). Os preços continuam altos e a tecnologia ainda está em seus primeiros dias, mas você tem a vantagem de poder ver filmes e séries em sua TV e aproveitar a melhor qualidade possível — melhor que a oferecer por serviços como Netflix ou iTunes.

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Lagarto tem “equipamento de mergulho” natural e consegue ficar na água por até 16 minutos

Posted: 27 Dec 2018 04:17 AM PST

Imagens sem precedentes feitas na Costa Rica mostram pequenos lagartos tropicais "respirando" em um saco de ar suspenso no topo de seus focinhos, como se fosse um tanque de mergulho que os ajuda a ficar submersos por períodos prolongados.

Mutação rara no povo Bajau permite que eles permaneçam mais tempo debaixo d'água

Esta filmagem é cortesia de Lindsey Swierk, ecologista da Universidade Binghamton, em Nova York. Enquanto observava anólis (nome dado aos lagartos do gênero Anolis) aquáticos no sul da Costa Rica em 2015, ela ficou impressionada com o tempo que eles conseguiam ficar submersos. Quando perturbados ou amedrontados, os anólis aquáticos saltam para os riachos próximos, esperando e torcendo para que o possível predador vá embora. Em um caso extraordinário, a equipe de Swierk cronometrou um mergulho com duração de 16 minutos.

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"Eu me lembro claramente porque aquele lagarto seria o último que meu time estava analisando naquele dia", diz ela ao Gizmodo. "Três de nós estávamos nos aproximando do lagarto para capturá-lo, e ele mergulhou em uma área relativamente rasa no riacho, cercada por rochas. No final, nós perturbamos o lagarto aos 16 minutos — algo que, é claro, eu me arrependo agora. Imagino quanto tempo ele ficaria naturalmente submerso."

Impressionada e também muito confusa pela duração do mergulho, ela retornou alguns anos depois para dar uma olhada mais de perto — dessa vez, ela veio equipada com uma câmera subaquática. Swierk estava começando a suspeitar que o anólis aquático era "um minúsculo mergulhador", como ela escreveu em seu blog. Como mostram as novas evidências em vídeo, esses lagartos parecem ter desenvolvido um "método de tanque de mergulho para 'respirar' embaixo d’água". A nova filmagem é a primeira a capturar esse processo em ação.

Como os lagartos ficam imóveis debaixo d’água, bolhas podem ser vistas periodicamente, aparecendo acima de seus focinhos. As bolhas se expandem rapidamente e depois encolhem. Pode muito bem ser uma forma de respiração subaquática, na qual o oxigênio é retirado do ar reciclado que está na bolha da cabeça do lagarto. No entanto, mais pesquisas serão necessárias para validar essas observações visuais.

"Nós ainda não sabemos muito sobre esse fenômeno, o que o torna bastante interessante", diz Swierk ao Gizmodo. "Acho que é possível que algumas bolsas de ar estejam presas na cabeça e na garganta do anólis e que a inalação e a exalação da bolha de ar permitam alguma 'troca' de ar fresco entre essas bolsas de ar. Ou talvez tenha algo a ver com o uso da bolha para se livrar do dióxido de carbono".

No futuro, Swierk gostaria de examinar como a forma da cabeça dos lagartos pode ajudar a reter grandes bolhas de ar e como, potencialmente, ela permite que as bolhas grudem na superfície do corpo do anólis. Ela também gostaria de estudar o oxigênio na bolha durante um mergulho prolongado.

"Minha esperança é examinar esse fenômeno em um contexto ecológico e evolucionário, comparando esses traços e outros relacionados à respiração subaquática entre anólis semi-aquáticos e (a maioria das) outras espécies do mesmo gênero que normalmente não contam com a água como refúgio", adiciona Swierk "Todos esses projetos estão engatinhando, e estou animada para começar a conversar com os colaboradores."

Um artigo será publicado descrevendo as observações de Swierk na edição de março da revista Herpetological Review.

[Anole Annals via New Scientist]

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