sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

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Da tragédia no Museu Nacional ao estranho caso dos bebês geneticamente editados, o 2018 da ciência foi bem agitado

Posted: 28 Dec 2018 12:16 PM PST

Não faltaram histórias importantes no mundo da ciência em 2018. Algumas bem tristes, como o incêndio que devastou o Museu Nacional e comprometeu a pesquisa de muitas cientistas ou o falecimento de Stephen Hawking. Outras esquisitas, como a história mal contada do cientista chinês que afirma ter editado o DNA de dois bebês. E também vimos ótimas notícias, como a inédita gestação de uma mulher que recebeu um útero de uma doadora morta e o novo acelerador de partículas brasileiro.

Fizemos um resumo dessas e de outras histórias que agitaram nossas mentes inquietas e curiosas ao longo de 2018.

• O 2018 das criptomoedas teve queda pesada e famosos lançando seus próprios projetos
• Demorou, mas em 2018 repararam no poder que o Facebook tem

O novo quilograma

Imagem: National Institute of Standards and Technology / Wikimedia Commons

Em 2018, uma mudança importante para a ciência aconteceu. O cilindro de metal usado para definir um quilograma saiu de cena — ele foi aposentado porque, bem, tudo se deteriora, então não é muito confiável usar um objeto físico como padrão de medida. Em seu lugar, foi adotada uma fórmula científica usando a constante de Planck.

O sarcófago que deixou muita gente doida

Imagem: Ministério de Antiguidades do Egito

Um assunto que deu muito o que falar em 2018 foi a arqueologia. E grande parte disso aconteceu depois que um sarcófago supostamente amaldiçoado foi aberto no Egito. Até agora, não percebemos nenhuma maldição, mas muita gente ficou com vontade de beber o estranho líquido que estava no túmulo — que devia ser de um esgoto que passava lá por perto. Nojento.

Muita gente também falou em comer um queijo milenar e um pão de 14 mil anos. Até nós entramos na brincadeira e sugerimos um "lanchinho" com esses dois itens e a carne de um cavalo de 30 mil anos muito bem preservado encontrado na Rússia.

O mistério dos bebês (supostamente) geneticamente editados

O final de 2018 ainda reservou um episódio para lá de esquisito. O cientista chinês He Jiankui afirmou ter participado da primeira edição genética em bebês, e que as crianças já teriam, inclusive, nascido. A alteração no DNA, feita usando o método CRISPR, seria para dar mais resistência ao vírus HIV, causador da AIDS.

A alegação de Jiankui, entretanto, parece fraca: não há qualquer confirmação do procedimento, e outros cientistas questionaram se o método utilizado seria realmente eficaz. Além disso, preocupações de ordem ética foram levantadas. O próprio governo chinês veio a público dizer que interrompeu um projeto desse tipo. Jiankui desapareceu desde então.

Os problemas enfrentados pela ciência brasileira

Imagem: Tânia Rego/Agência Brasil

O ano não foi nada fácil para a ciência brasileira. Uma grande tragédia (anunciada) marcou de maneira bastante simbólica os problemas que pesquisadores enfrentam: o Museu Nacional pegou fogo depois de anos de negligência. O incêndio destruiu grande parte de seu acervo e prejudicou o trabalho de muitos cientistas.

Felizmente, alguns itens puderam ser recuperados, como fragmentos crânio de Luzia, o fóssil humano mais antigo das Américas, e o meteorito de Bendegó, maior siderito já encontrado em solo brasileiro. No fim do ano, o Google lançou um tour virtual pelo museu antes do incêncio.

A falta de recursos também atingiu as agências responsáveis pelo financiamento de pesquisas científicas. Mais de uma vez, CNPq e Capes vieram a público alertar que, se mantidos os orçamentos previstos para 2019, haverá problemas no pagamento a cientistas e no custeio a atividades.

Os cortes de gastos também comprometeram a participação brasileira no Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) — o país foi suspenso do consórcio por não efetuar o pagamento combinado.

Os feitos realizados pela ciência brasileira

Mesmo com tantos problemas, a ciência brasileira ainda teve alguns motivos para comemorar.

Um trabalho feito em parceria com instituições dos EUA e da Alemanha resultou em uma nova teoria sobre o povoamento do continente americano. Com isso, Luzia ganhou uma nova reconstituição facial, com características mais adequadas às novas descobertas.

Imagens: Rovena Rosa/Agência Brasil

A primeira etapa da construção do acelerador de partículas Sirius foi entregue em novembro. Em construção desde 2012 e com custo estimado em R$ 1,8 bilhão, pagos pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), ele é considerado "o maior projeto da ciência brasileira" e será a "maior e mais complexa estrutura de pesquisa do País".

Cientistas brasileiros transplantaram um útero de uma doadora falecida em uma mulher que não tinha mais o órgão. A paciente deu à luz uma criança, algo inédito em transplantes desse tipo, e que dá esperanças a muitas mulheres que querem ser mães.

O adeus a Stephen Hawking

Foto: AP

2018 também foi um ano marcado pela tristeza. A humanidade se despediu do físico Stephen Hawking — ele faleceu em março, aos 76 anos. A grande contribuição de Hawking para "vários campos diferentes, mas igualmente fundamentais, da teoria física: gravitação, cosmologia, teoria quântica, termodinâmica e teoria da informação", como diz seu perfil publicado na BBC, permanecerá conosco por muito mais tempo.

 

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Este monitor promete corrigir sua postura ajustando-o conforme você se move

Posted: 28 Dec 2018 10:07 AM PST

Por mais que estejamos a todo momento com o smartphone, é em frente ao computador que boa parte dos trabalhadores passa o dia, e o uso da máquina pode causar problemas de postura quando a pessoa não se senta corretamente ou quando a tela está na altura errada.

A Samsung parece ter uma solução para este tipo de problema, e ela é bem esquisita. Chamado de Girin Monitor Stand, ele consiste em um monitor inteligente com sensores que vão lendo a postura da pessoa e ajustando o posicionamento, de modo que o usuário fique com a postura correta durante o uso do computador.

Quando a pessoa estiver com a postura errada, o sistema, utilizando inteligência artificial, move o monitor, que naturalmente treina os usuários a ficarem com uma postura melhor, sem mudar drasticamente a posição da tela. A ideia é evitar tensão postural no pescoço, nas costas e nos ombros.

O Girin Monitor Stand faz parte do C-Lab, uma iniciativa da Samsung para criar projetos e reunir startups com projetos inovadores. Este vai ser um dos produtos do laboratório que vai ser mostrado durante a CES 2019, evento anual de tecnologia realizado nos Estados Unidos.

Junto com este monitor inteligente, o C-Lab também exibirá alguns outros produtos esquisitos, como um dispositivo com orelhas acopladas para gravar vídeos relaxantes tipo ASMR e um serviço que permite personalizar fragrâncias de perfume.

Ainda não há detalhes sobre a comercialização do Girin Monitor Stand, mas não deixa de ser um produto interessante, sobretudo para quem sofre com dores após ficar muito tempo no computador. Que não demore para ser disponibilizado e, de preferência, que não custe os olhos da cara.

[Samsung]

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Mãe pega filho no pulo usando a Alexa para resolver contas de matemática da lição de casa

Posted: 28 Dec 2018 08:24 AM PST

Se você ganhou uma alto-falante inteligente da Amazon no Natal, você talvez agora queira ficar de olho nas crianças em sua casa. Isso porque na última semana, uma mãe de Nova Jersey (EUA) pegou o filho usando a assistente da Amazon para colar em sua lição de casa de de matemática.

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Yerelin Cueva postou um vídeo de 11 segundos de seu filho de 6 anos, Jariel, pedindo para a Alexa resolver questões de matemática. "Quanto é 5 menos 3?", perguntou o menino. A mãe de Jariel disse que eles compraram o alto-falante inteligente Amazon Echo uma semana antes de pegar o filho usando o aparelho para fazer seu dever de casa.

Embora o vídeo seja fofo, ele levanta uma questão sobre como as crianças estão sendo educadas com assistentes virtuais em suas casas. Recentemente, o Google introduziu o recurso "Pretty Please", que incentiva as crianças a serem educadas com o Google Assistant.

Embora não dê para ver no vídeo, Cueva disse ao New York Post que o filho dela agradeceu à Alexa por ajudá-lo na lição de casa.

Sobre essa história de a Alexa ajudar na lição de casa, há uma série de capacidades da Alexa que podem ajudar na tarefa, e em junho, a conferência ISTE (International Society for Technology in Education) para professores teve uma sessão detalhando como usar a Alexa na sala de aula. O que eu gostaria de saber é o seguinte: onde estava a Alexa quando eu tinha que fazer cálculo no Ensino Médio?

[New York Post]

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Os EUA vão investir US$ 1,2 bilhão para não ficarem atrás na corrida pela computação quântica

Posted: 28 Dec 2018 06:37 AM PST

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto que vai prover um bilhão de dólares para financiar pesquisa quântica.

Após mais de três décadas de pesquisa e trabalho, cientistas e empresas de tecnologia começaram a desenvolver a tecnologia que opera baseada na matemática de partículas fundamentais. Embora estes dispositivos ainda sejam rudimentares, eles podem eventualmente oferecer novas capacidades computacionais e até mesmo representar uma ameaça para a cibersegurança tal como a conhecemos atualmente. A nova lei, chamada de National Quantum Initiative Act, aloca US$ 1,2 bilhão em financiamento para manter os EUA competitivos no ramo em escala global.

Estamos entrando em uma nova era de computação quântica
• Está na hora de pensar nos potenciais perigos da computação quântica, dizem especialistas

A mecânica quântica é uma série de regras em que partículas fundamentais, como elétrons, interagem umas com as outras. Partículas subatômicas adquirem propriedades de partículas e de ondas simultaneamente enquanto interagem — embora voltem a se transformar em partículas (ou ondas) assim que são observadas. Isso significa que elas podem conter sobreposições, assumindo vários locais ou identidades ao mesmo tempo; interferir, fazendo que algumas dessas localizações e identidade sejam mais ou menos prováveis sob observação; e emaranhar, significando que propriedades de múltiplas partículas tornam-se correlacionadas independente da distância entre elas.

A ciência da informação quântica aplica estas três regras ao armazenamento, transmissão e computação com dados, além de fazer medições.

Por que os governos estão investidos nisso?

Os governos estão interessados em pesquisa quântica pois um computador baseado em nestes fundamentos, o chamado computador quântico, pode rodar um algoritmo de forma muito mais eficiente que um computador convencional o faz. Tal algoritmo quebraria a criptografia que protege nossos dados, e isso em si já seria uma ameaça para segurança dos Estados Unidos — e de qualquer país que use criptografia.

A tecnologia quântica poderia ser útil nas guerras, na criação de sistemas de posicionamento super precisos. Além disso, a tecnologia pode também trazer benefícios sociais — um computador quântico poderá, algum dia, bater um computador clássico ao simular moléculas complexas para aplicações médicas, por exemplo.

Computadores quânticos são computadores que resolvem problemas baseados em uma arquitetura completamente diferente de computadores comuns. Computadores normais ou clássicos solucionam problemas traduzindo dados em bilhões e bilhões de "bits" interligados, ou sistemas físicos que representam dois estados diferentes, como botões de liga-desliga que dependem de outros botões do mesmo tipo.

Computadores quânticos, no entanto, usam qubits, ou bits quânticos, que equivalem a alguma probabilidade entre zero e um simultaneamente enquanto a computação ocorre. Qubits conversam entre si durante a computação usando regras da mecânica quântica, com conceitos como "interferência quântica" e "enredamento quântico". Uma computação quântica meio que se parece com um jogo de cara ou coroa que termina em empate.

A lei foi uma das duas apresentadas no meio do ano, e cria uma infraestrutura quântica, incluindo um Escritório Nacional de Coordenação Quântica, um subcomitê de Ciência da Informação Quântica e um Comitê Consultivo da Iniciativa Quântica Nacional. Isso inclui diretivas e um financiamento de US$ 80 milhões por ano, entre 2019 e 2023, para o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST, em inglês). A legislação define ainda que a Fundação Nacional da Ciência (NSF, em inglês) deverá criar "pelo menos 2, mas não mais que 5, Centros Multidisciplinares de Educação e Pesquisa Quântica", em que cada um receberá US$ 10 milhões por ano entre 2019 e 2023, e também estabelece que o Departamento de Energia crie "pelo menos 2, e não mais que 5, Centros de Pesquisa Nacional de Ciência da Informação Quântica", cada um recebendo US$ 25 milhões por ano durante o mesmo período.

Isso tudo foi criado para que seja um esforço coordenado para o avanço da ciência quântica nos EUA, como a União Europeia e a China já fizeram. Há quem diga que a competição por esta tecnologia entre outros países (especialmente a China) e os Estados Unidos será como a próxima "corrida espacial".

A lei ainda ressalta o treinamento de cientistas e uma abordagem multidisciplinar — no fim das contas, os primeiros computadores quânticos usam os mesmos tipos de técnicas bioquímicas usadas em máquinas de ressonância magnética. E também menciona o Departamento de Defesa apenas uma vez, em uma função consultiva, apesar de o departamento ter inicialmente investido em esforços de computação quântica e ressaltar sobre as ameaças de cibersegurança colocadas pela computação quântica.

Apesar das promessas, ainda não está claro quando nós veremos aplicações quânticas reais que superem a tecnologia atual.

[MIT Tech Review]

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O céu de Nova York ficou azul após a explosão de um transformador

Posted: 28 Dec 2018 05:05 AM PST

O céu de Nova York, durante a noite desta quinta-feira (27), ficou em um tom azulado. A polícia diz que há uma investigação sobre o fato, mas acredita que o estranho fenômeno pode ter sido resultado da explosão de um transformador em uma usina do bairro Astoria, no Queens.

Um misterioso objeto espacial verde cruzou o céu da Califórnia
Estas luzes no céu de Ontário parecem um encontro alienígena

"As luzes vistas pela cidade parecem ter sido formadas pela explosão de um transformador em uma instalação da Com Ed, no Queens", postou o Departamento de Polícia de Nova York durante a noite desta quinta-feira, informando ainda que o fogo estava "sob controle". Falando por telefone com o Gizmodo, o porta-voz da polícia disse que não houve ferimentos ou mortes causados pelo incidente.

No Twitter, um monte de gente postou vídeos da luz azul que deixou os nova-iorquinos perplexos:

Aqui é possível ter uma noção de como foi a explosão:

De acordo com diferentes relatos nas redes sociais, houve falta de energia no aeroporto de LaGuardia, que fica no Queens. O aeroporto tuitou que estava registrando atrasos e que alguns voos não iriam partir em decorrência do incidente.

A instalação de Con Edison inicialmente tuitou que estava trabalhando com os Bombeiros de Nova York para "responder a um incêndio em uma subestação."

"Houve um breve incêndio elétrico em nossa subestação em Astoria, que envolveu alguns transformadores elétricos e causou uma queda na transmissão na área", disse a companhia em um tuíte, acrescentando que estava investigando a causa.

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[Review] Asus ROG Phone é o smartphone com LED que o público gamer merece

Posted: 28 Dec 2018 04:09 AM PST

Muita gente ainda não está convencida de que smartphones gamers são algo que deveria existir. Mas se há um telefone que pode mudar a opinião das pessoas, é o Asus Republic of Gamer (ou ROG) Phone. De fato, baseado em algumas mudanças corporativas, a Asus está tão convencida do ROG Phone que a companhia está alterando sua estratégia móvel para se concentrar mais em jogos móveis e usuários de dispositivos sofisticados. É uma aposta ambiciosa, mas após brincar um pouco com o ROG Phone, devo admitir que há um pouco de brilho neste dispositivo gamer.

É claro, o smartphone conta com um design invocado que atende a uma estética gamer. Mas no ROG Phone, a Asus usou bastante os tons metálicos e laranja, e honestamente achei impressionante. Na frente, há dois alto-falantes estéreos enfeitados com grades de cobre brilhantes, enquanto na traseira, tem um sistema de circuito eletrônico falso complementado com outra grade de cor laranja (desta vez para circulação de ar) e um leitor hexagonal de impressão digital e o módulo de câmera. E acima de tudo isso, tem o logotipo invocado da Asus com, adivinha, leds personalizáveis. Este é verdadeiramente o visual gamer.

Crédito: Sam Rutherford/Gizmodo

Mas por trás dessa fachada agressiva, tem muitas coisas para se curtir neste chassis do ROG Phone. Na parte de baixo, tem uma porta USB tipo C 3.1 e entrada para fone de ouvido de 3,5 mm, mas se você reparar no lado, há um pequeno plugue de silicone que esconde outras duas portas USB-C. Na verdade, é tipo uma porta e meia USB-C, pois uma delas está aí para ser usada com acessórios do ROG Phone (algo que vamos falar com mais detalhe posteriormente). No entanto, tem ainda uma porta USB-C para o uso que você quiser, que é algo que eu não me importaria de ver em outros aparelhos.

Na lateral, tem duas portas escondidas. Crédito: Sam Rutherford/Gizmodo

E se você olhar bem de perto a lateral do ROG Phone, você verá pequenos símbolos (dois à direita e um à esquerda), que são na verdade botões sensíveis ao toque que podem ser customizados para jogos. Eles podem ser configurados no Game Genie. Lá você pode arrastar pequenos círculos sobre uma tela de controle e configurá-los para que sejam acionados pelos AirTriggers sensíveis ao toque do ROG Phone. Embora não seja um sistema perfeito de botões na tela, ele possibilita uma forma melhor de se jogar títulos como Fortnite e PUBG Mobile.

Repare nesta ranhura na lateral; é um dos botões AirTriggers. Crédito: Sam Rutherford/Gizmodo

Enquanto isso, a interface do ROG Phone conta com um tema que lembra bastante o exterior dele, com um app Game Center servindo como um portal para controlar coisas como a iluminação RGB na traseira, perfis de vários jogos, o modo performance (que a Asus chamada de X Mode), e mais.

Você consegue, inclusive, ver o uso de memória do smartphone e a velocidade de clock da CPU e da GPU, o que parece ser esquisito ver em um dispositivo móvel. No entanto, no ROG Phone faz sentido, pois você quer velocidade, e, olha, ele tem bastante.

Equipado com o chip Qualcomm Snapdragon 845 (que a Asus diz ter sido selecionado por entregar a melhor performance), 8 GB de RAM e 128 GB de armazenamento (ou 512 GB), o ROG Phone é uma máquina. No Geekbench 4 e 3DMark, ele entregou cifras de 5 a 10% superiores quando comparado com outros aparelhos topo de linha, e facilmente se equipara com desempenho visto com o Razer Phone 2. E embora a tela Amoled de 6 polegadas do ROG Phone não tenha a taxa de atualização de 120 Hz do competidor da Razer, suas cores são melhores que a da tela LCD do aparelho gamer; a taxa de atualização do dispositivo da Asus é 90 Hz (que é a taxa de atualização padrão do Razer Phone 2 quando sai da caixa) ainda faz com que os games rodem um pouco mais suaves que o normal.

O que pode ser melhor que o desempenho do ROG Phone é sua autonomia. Graças a uma célula de 4.000 mAh, o ROG Phone durou por 12 horas e 57 minutos em nossos testes, o que o coloca no mesmo patamar do iPhone Xs Max (13h07m) e apenas uma hora atrás da autonomia do Galaxy Note 8 (14h11m).

Crédito: Sam Rutherford/Gizmodo

Ok, mas e os acessórios? Bem, são vários e eles são bem variados, e são uma das grandes vantagens do ROG Phone sobre o Razer Phone 2. Incluído na caixa, o ROG Phone vem com uma ventoinha que é para ser ligada nas portas USB-C da lateral. Infelizmente, a habilidade de reduzir a temperatura do telefone é meio ruim — mesmo quando ajuda na circulação de ar, ele fica sobre a porta USB lateral. Isso significa que quando o smartphone está no modo paisagem — orientação em que geralmente se joga — as laterais do aparelhos estão livres de itens.

Talvez meu acessório favorito do ROG Phone é provavelmente o Mobile Desktop Dock de US$ 230. Não só ele ele permite o uso como uma pequena tela, ele também inclui uma monte de portas que você poderá conectar ao ROG Phone, como um mouse, teclado e um monitor externo, então você poderá emitir comandos no game com grande precisão. Ninguém mais vai facilmente te atacar novamente. E se o acessório US$ 230 não for o suficiente para você, há ainda uma versão menor do Pro Dock que tem menos portas, mas faz essencialmente a mesma coisa.

No entanto, entre os acessórios, um que não atendeu as expectativas é o TwinView Dock, de US$ 400. Por fora, ele parece ser um controlador, mas quando você o utiliza, é na verdade uma segunda tela de 6 polegadas que se conecta com o ROG Phone. Infelizmente, embora pareça o que deveria, o TwinView Dock não transforma seu ROG Phone a um Nintendo DS futurista, pois nenhum app, na verdade, usa a segunda tela de forma significativa.

Tinha esperanças que em jogos como PUBG seria capaz de usar a tela menor como um controle adicional, deixando o topo da tela livre para jogar o game. Mas fora alguns poucos títulos, isso não é realmente possível. Basicamente, isso significa que você pode colocar dois games diferentes ou vídeos em cada tela, o que parece melhor na teoria que na prática. E pelo fato de o multitasking do Android ser limitado, quando você joga um game, os outros ficam impedidos de abrir. Então, você não consegue jogar dois games ao mesmo tempo, não importe o tanto que você tente.

Como um smartphone convencional, um dos destaques da estação de jogos da Asus é que graças à experiência da marca de fazer aparelhos, o ROG Phone conta na verdade com um bom conjunto de câmeras. Na frente, ele tem uma câmera selfie de 8 megapixels, enquanto na traseira o setor principal tem 12 megapixels e o secundário, para tirar fotos grande angular, tem 8 megapixels.

Comparado com o Razer Phone 2, o ROG Phone tira fotos mais vibrantes e com mais detalhes. E em uma foto de comida em que o ROG Phone apresentou uma imagem com menos exposição, a imagem do smartphones da Asus tinha menos ruído e capturou detalhes como a textura da tigela e os detalhes com maior precisão. Para um smartphone para gamers, teria sido fácil ter uma câmera de qualidade inferior. Mas a Asus não fez isso, e em vez de ser apenas OK — embora não num nível de um Galaxy S9 e um Pixel 3 — o dispositivo entrega fotos que não são nem um pouco ruins.

No fim, um dos fatores mais controversos sobre o ROG Phone é seu preço inicial de US$ 900. Isso não quer dizer que o smartphone gamer da Asus não tenha especificações ou recursos compatíveis — ele tem — para um telefone que custa quase US$ 1.000. Mas qualquer opção neste nicho e com este preço, vai ser difícil de ser vendido.

No entanto, quando comparado com o Razer Phone 2, o ROG Phone é melhor em quase todos os aspectos. Tem câmeras melhores, bateria maior, os botões AirTriggers e uma coleção de acessórios caros que permitem melhorar as possibilidades de jogo que o competidor da Razer nã tem. E com luzes RGB, o ROG Phone é um abraço sem remorso à cultura gamer, para o bem ou para o mal.

Direto ao ponto

  • A performance do ROG Phone é tão boa quanto a de outros aparelhos com o chip Snapdragon 845, e sua bateria é bastante sólida.
  • Para um telefone gamer, as câmeras do ROG Phone são melhor do que eu esperava.
  • A estética gamer da Asus é tão agressiva que é cativante.
  • Começando em US$ 900, este não é um aparelho barato, especialmente se você quiser comprar alguns dos caros acessórios para o ROG Phone.

Especificações do Asus ROG Phone

Android 8.1
Qualcomm Snapdragon 845
8 GB de RAM
128 GB de armazenamento
Tela de 6 polegadas OLED 2.160 x 1080 90 Hz
Câmeras: 8 megapixels (Selfie) e 12 megapixels e 8 megapixels (ambas na traseira)
Alto-falante estéreo
Bateria de 4.000 mAh
Porta USB-C 3.1, além de uma porta bônus
802.11 a/b/g/n/ac/ad wi-fi
Bluetooth 5.0
Entrada de fone de ouvido 3,5 mm
Dimensões: 15,8 cm x 7,62 cm x 0,83 cm (A x L x E)
Peso: 199 gramas.

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