sábado, 8 de dezembro de 2018

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Mercado Livre agora tem conta com rendimento e promete cartão de crédito para 2019

Posted: 07 Dec 2018 12:49 PM PST

O Mercado Pago vai começar a entrar na onda de produtos financeiros e passará a oferecer alguns serviços para concorrer com o Nubank. O serviço, que é integrado ao Mercado Livre, terá rendimento automático do saldo da conta (igual a NuConta) e promete um cartão de crédito sem anuidade para 2019.

• Como funciona a NuConta, "conta corrente" sem tarifas do Nubank
• Golpe em clientes do cartão sem anuidade Pag! gerou fraudes de até R$ 10 mil

O funcionamento é bem similar a outras soluções do mercado. A partir do momento em que o usuário depositar qualquer dinheiro nesta conta, a quantia será aplicada em algum título público e passará a render.

O título escolhido pelo Mercado Pago é o Tesouro Selic, com uma taxa indexada ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Atualmente, o rendimento está em 5,2% ao ano.

A partir de 2019, a conta do Mercado Pago ganhará ainda a opção de fazer transferências via TED e DOC. A conta-salário também estará disponível. A companhia disse ao Gizmodo Brasil, via assessoria de imprensa, que ainda não há informações sobre possíveis taxas, já que ainda estão em uma fase de levantamento do mercado.

Trata-se de uma conta de pagamento e, por isso, o valor fica separado do patrimônio da instituição, além da grana só poder ser usada em aplicações em Títulos Públicos Federais.

No ano que vem, a companhia também oferecerá um cartão de créditos, mas ainda não há informações sobre anuidade.

O surgimento dos novos serviços está relacionado com a a autorização que o Banco Central concedeu ao Mercado Livre para se transformar em uma instituição de pagamentos.

A companhia tem ainda em seu leque de produtos uma maquininha de cartão de crédito para lojistas e uma solução de pagamento em lojas físicas por meio de QR Code.

[InfoMoney]

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Novas imagens mostram que a sonda InSight, da NASA, pousou em um lugar excelente em Marte

Posted: 07 Dec 2018 12:01 PM PST

Faz 11 dias que a sonda InSight fez a sua aterrissagem perfeita em Marte. Novas fotos vívidas tiradas do local de pouso finalmente estão dando aos controladores de missão uma ideia da paisagem ao redor da sonda estacionária — e os primeiros sinais são muito positivos.

• A sonda InSight já pousou em Marte — e agora?
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Depois de seis anos de planeamento, US$ 814 milhões em custos de desenvolvimento e uma bem-sucedida viagem de 482 milhões de quilômetros até Marte, a receita para a NASA agora é exercitar a paciência.

InSight pousou em Elysium Planitia, uma planície localizada ao norte do equador marciano, em 26 de novembro, o que já parece uma eternidade. Ainda não vimos muito da sonda, além de uma fotografia empoeirada tirada durante a aterrissagem e uma imagem limpa mas discreta do ambiente próximo da sonda.

“Hoje conseguimos ver os primeiros vislumbres do nosso local de trabalho.”

No entanto, estamos finalmente no estágio em que os operadores da missão podem começar a revelar, muito lenta e metodicamente, os vários instrumentos da sonda, incluindo o seu braço de dois metros de comprimento.

O apêndice robótico parece estar funcionando normalmente, assim como a “Câmera de Implantação de Instrumentos” (IDC) acoplada ao cotovelo. Com o tempo, o braço será usado para pegar instrumentos científicos do deck da InSight, colocando-os suavemente na superfície marciana.

Assim que a missão estiver a todo vapor, essa ferramenta será o primeiro braço robótico a colocar instrumentos na superfície de outro planeta, incluindo um sismômetro e uma sonda de fluxo de calor.

Por ora, a Câmera de Implantação de Instrumentos da InSight está sendo usada para tirar fotos do terreno ao redor do pousador. E, rapaz, que belo lugar para a sonda aterrissar. Dá só uma olhada nessa foto:

A superfície marciana, como mostrada pela imagem da Câmera de Implantação de Instrumentos conectada ao braço robótico do InSight. Imagem: NASA/JPL-Caltech

“Hoje conseguimos ver os primeiros vislumbres do nosso local de trabalho”, disse Bruce Banerdt, investigador principal da missão da NASA, em um comunicado. “No começo da próxima semana, estaremos fazendo imagens com mais detalhes e criando um mosaico completo.”

De fato, serão necessárias mais imagens para pintar um quadro completo das novas escavações da InSight, mas esse lugar parece incrível — especialmente para uma sonda projetada para perfurar a superfície marciana.

Fotografias tiradas pelo lander mostram uma superfície relativamente plana e com poeira, livre de rochas problemáticas. Sempre houve a preocupação de que a sonda pudesse pousar em cima de uma rocha grande e parcialmente enterrada. Imagine, por exemplo, se ela tivesse aterrissado no topo de uma dessas rochas no horizonte, conforme a figura abaixo.

Vista ampliada do horizonte da Elysium Planitia, mostrando algumas pedras bem grandes ao fundo. Imagem: NASA/JPL-Caltech/Gizmodo

A InSight tem outra ferramenta de imagem, a Câmera de Contexto de Instrumentos, que irá observar o terreno próximo ao redor e abaixo do deck do lander. As fotos produzidas por essa câmera não serão tão bonitas, mas terão uma função utilitária. Infelizmente, e apesar de uma capa protetora sobre a câmera, a poeira de alguma forma conseguiu entrar na lente, de acordo com a NASA.

“Tínhamos uma capa protetora na Câmera de Contexto de Instrumentos, mas de alguma forma a poeira ainda conseguiu entrar na lente”, disse o gerente de projeto da InSight, Tom Hoffman, do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA. “Embora isso seja uma infelicidade, não afetará o papel da câmera, que é tirar imagens da área em frente ao aterrissador, onde nossos instrumentos serão futuramente colocados.”

O local de pouso é maravilhosamente tranquilo, como mostra a imagem da Câmera de Implantação de Instrumentos conectada ao braço robótico da InSight. Imagem: NASA/JPL-Caltech

A NASA diz que os instrumentos da InSight podem não estar totalmente posicionados e calibrados por mais 30 a 60 dias. Um desses instrumentos, o “Subsistema de Sensor Auxiliar de Carga Útil”, irá posteriormente coletar dados meteorológicos essenciais, como velocidade do vento e temperatura do ar. Dito isso, o sensor de pressão da sonda parece estar funcionando e já detectou uma queda repentina na pressão do ar, um possível sinal de redemoinho de poeira, disse a NASA.

A superfície marciana, como mostrada pela imagem da Câmera de Implantação de Instrumentos conectada ao braço robótico do InSight. Imagem: NASA/JPL-Caltech

A NASA está deliberadamente indo devagar, como previsto no plano. A InSight, por exemplo, é equipada com um recurso que permite que qualquer leitura inesperada acione automaticamente uma “falha”. Quando isso acontece, a sonda interrompe as operações imediatamente e aguarda que os operadores avaliem a situação e deem os próximos passos necessários.

Uma das razões por trás disso tem a ver com o atraso de tempo; dada a enorme distância entre a Terra e Marte, são necessários cerca de 12,5 minutos para que as instruções cheguem à sonda. Portanto, os operadores da NASA não podem trabalhar em tempo real. A agência diz que uma falha já foi acionada, atrasando o primeiro lote de imagens que deveriam ter sido entregues à Terra no último fim de semana.

“Fizemos testes extensivos na Terra. Mas sabemos que tudo é um pouco diferente para o aterrissador em Marte, então, as falhas não são incomuns”, disse Hoffman. “Elas podem atrasar as operações, mas não estamos com pressa. Queremos ter certeza de que cada operação que realizamos em Marte é segura, por isso, configuramos nossos monitores de segurança para serem bastante sensíveis inicialmente.”

De fato, tem muito tempo de sobra, e a NASA pode se dar ao luxo de ser paciente. A missão InSight está programada para durar dois anos. À medida que as coisas comecem a funcionar, vamos saborear essas imagens notáveis tiradas da superfície de um mundo alienígena.

[NASA]

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Google decidiu que tinha muitos apps de mensagem e cortou dois – agora são só cinco

Posted: 07 Dec 2018 11:26 AM PST

O Google anunciou uma reformulação na organização de seus aplicativos de mensagens. Apesar da tentativa, a bagunça ainda é grande, e pelo menos cinco aplicativos de chat da companhia estarão disponíveis para os usuários.

• Parece que o Google vai encerrar o Hangouts para consumidores em 2020
• Google anuncia o fim do GTalk em último passo da transição para o Hangouts

Basicamente, Allo e Hangouts darão adeus. Este último, no entanto, não irá embora para sempre – o Google decidiu que ele será divido entre Hangouts Chat (para mensagens de texto) e Hangouts Meet (para videochamadas).

Essas duas opções do Hangouts já estavam disponíveis, mas apenas para os usuários do pacote empresarial do Google, o GSuite. A partir de agora, haverá uma transição gradual dos usuários do Hangouts para esses dois aplicativos separados – na publicação oficial da empresa, não há definição de data para o encerramento do app original.

Curiosamente, outro aplicativo para videochamadas, o Duo, continuará disponível.

Isso parece só aumentar a confusão para os usuários, mas pelo jeito é assim que a banda vai tocar. Segundo o Google, o objetivo é “oferecer uma experiência de comunicação mais simples e unificada”.

Aparentemente, todos esses apps são confusos até para eles, já que o Google Voice não foi mencionado na publicação do blog, mas deve continuar funcionando.

Como lembra o ArsTechnica, o Hangouts é o aplicativo de mensagens mais antigo do Google em funcionamento. O app está disponível para Android, iOS e web. Além disso, ele era integrado ao Gmail e tinha também uma extensão para o Chrome. O serviço funcionava para mensagens de texto, chamadas de voz e chamadas de vídeo.

Um aplicativo que permanece e ainda deve viver por bastante tempo é o Mensagens, app de SMS padrão do Android. Ele irá incorporar algumas funcionalidades do Allo, que já tinha tido seu desenvolvimento “pausado” no começo deste ano, e seguir na adoção do padrão RCS. O Allo será descontinuado por completo em março de 2019.

Allo e Hangouts se juntarão ao Google Talk, Google Spaces, Google Wave, Google+ Messenger e Google Buzz no cemitério de aplicativos de mensagens da companhia.

Descansem em paz.

[Google, ArsTechnica]

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Mais da metade do mundo estará conectada à internet até o final de 2018, segundo estimativa da ONU

Posted: 07 Dec 2018 10:34 AM PST

Até o final deste ano, 3,9 bilhões de pessoas, ou cerca de 51% da população mundial, estarão conectadas à internet, de acordo com estimativas da ITU, a agência das Nações Unidas para tecnologia da informação e comunicação.

“Até o final de 2018, ultrapassaremos o marco de 50/50 para o uso da internet”, disse Houlin Zhao, secretário geral da ITU, em um comunicado. “Isso representa um passo importante para uma sociedade da informação mais inclusiva.”

Um estudo anterior da agência estimou que 48% da população mundial usou a internet em 2017.

Gráfico: ITU

De acordo com as estimativas do grupo, a adoção da internet tem aumentado de forma constante em todo o mundo. Os países desenvolvidos passaram de uma estimativa de 51,3% de uso da internet em 2005 para 80,9% em 2018. Os países em desenvolvimento passaram de uma estimativa de 7,7% para 45,3% no mesmo período.

Uma grande parte desse crescimento vem do acesso à internet móvel, particularmente da região Ásia-Pacífico e da África. O relatório observou que, atualmente, o número total de planos de dados móveis é maior do que a população humana inteira.

O documento mostra também que 96% do mundo vive ao alcance de uma rede celular, e 90% tem acesso a velocidades 3G ou superiores.

Se isso é uma coisa boa ou ruim, depende da sua visão. Por um lado, a ONU declarou em 2016 que o acesso à internet é um direito humano básico.

A internet não é apenas a fonte de memes, fotos de gatinhos e cães infinitamente fofos; ela ajuda a galvanizar importantes movimentos sociais e políticos como a Primavera Árabe e o #BlackLivesMatter.

Por causa dela, também temos algumas coisas terríveis; um exemplo claro são os escândalos envolvendo o Facebook.

De qualquer forma, não tem como voltar atrás. Estamos cada vez mais conectados.

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Por que o Grande Colisor de Hádrons será fechado por dois anos

Posted: 07 Dec 2018 09:59 AM PST

O Grande Colisor de Hádrons (LHC), maior esmagador de átomos do mundo, estará desligado nos próximos dois anos para atualizações. Esperemos que as suas capacidades de caça a partículas sejam ainda melhores quando ele reiniciar em 2021.

O experimento LHC é a joia da coroa do CERN, em Genebra, na Suíça. Um complexo de anéis sucessivos acelera partículas subatômicas antes de injetá-las em um par de anéis de interseção, om 27 km de circunferência. Em cada ponto de interseção, um detector age como uma câmera para observar o resultado da colisão das partículas. Os cientistas usaram o experimento para descobrir o bóson de Higgs, uma partícula parcialmente responsável por dar massa a outras partículas. Seu desligamento e sua atualização permitirão que os físicos explorem novas fronteiras anteriormente inacessíveis do universo.

Várias partes do LHC receberão melhorias durante esse período de dois anos, também chamado de “Long Shutdown 2”. Os injetores que alimentam o acelerador com partículas serão alterados para acomodar feixes de partículas mais fortes, de acordo com um comunicado do CERN. Os aceleradores lineares, os primeiros passos do processo de aceleração, serão substituídos. Outros aceleradores ao longo do caminho até o último anel do LHC receberão atualizações, assim como os componentes elétricos. Cada um dos detectores de medição de colisão verá atualizações; um deles, o LHCb, será quase todo substituído.

Mas o trabalho também continuará na atualização que transformará o LHC em HL-LHC, ou Grande Colisor de Hádrons de Alta Luminosidade.

Você talvez tenha ouvido alguns rumores sobre como o LHC não encontrou novas partículas desde o bóson de Higgs. Até agora, muitos físicos esperavam ter visto evidências de ” supersimetria”, uma lista de partículas parceiras para cada partícula existente que ajudaria a explicar vários problemas físicos pendentes ao mesmo tempo e que poderia ser um candidato para explicar a matéria escura. Mas a supersimetria ainda não foi descoberta. Agora, os físicos estão tentando encontrar novas pistas de outras maneiras, procurando por resultados mais raros de colisões de partículas e desvios do Modelo Padrão de física de partículas. O HL-LHC aumentaria a taxa de colisão de cinco a sete vezes, para tornar qualquer anormalidade mais óbvia.

Toda essa renovação não significa que o trabalho científico vai parar no LHC. Os detectores apenas coletam dados — mas cabe aos cientistas cavar os dados para encontrar algo novo. Os físicos ainda estão vasculhando o que foi coletado entre 2015 e 2018.

O LHC está previsto para reiniciar em 2021, e o projeto HL-LHC deve começar em 2025.

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Um resumo dos últimos acontecimentos do caso Huawei

Posted: 07 Dec 2018 08:36 AM PST

A diretora financeira da Huawei, Meng Wanzhou, foi presa no Canadá, a mando dos Estados Unidos, no último final de semana. O incidente chamou a atenção do mundo todo quando a prisão foi revelada publicamente na última quarta-feira (5).

Meng foi detida por supostamente ter violado sanções dos EUA ao Irã, mas só ouviremos as declarações oficiais de acusação durante uma audiência que deve ocorrer nesta sexta-feira (7), em Vancouver.

• China exige libertação de diretora da Huawei presa no Canadá a mando dos Estados Unidos

A China exigiu a soltura imediata de Meng, e empresário americanos estão sendo alertados sobre viagens para a China. É uma história que tem ganhado novos capítulos rapidamente e tem chamado a atenção de muitos segmentos, desde banqueiros de Wall Street até o pessoal do Vale do Silício.

O que deve acontecer agora? Reunimos aqui tudo o que aconteceu nas últimas horas para você ficar atualizado:

Executivos americanos são alertados sobre viagens para a China

Foto de arquivo do CEO da Huawei, Ren Zhengfei, falando em uma conferência em São Petersburgo, na Rússia, no dia 22 de junho. Crédito: AP

Executivos da indústria de tecnologia estão sendo alertados sobre viagens para a China. Alguns especialistas especulam que o governo chinês poderia realizar algum tipo de retaliação após a prisão de Meng.

A executiva Meng Wanzhou, de 46 anos, que também é chamada de Sabrina e Cathy, não é apenas a diretora financeira da Huawei. Ela também é filha do fundador da empresa, Ren Zhengfei, que possui fortes ligações com o Exército Popular de Libertação – as forças armadas da China.

Shaun Rein, do China Market Research Group, disse nesta sexta-feira ao Sydney Morning Herald: “Se eu fosse um executivo de alto escalão do Google ou Cisco, eu não iria para a China tão cedo”.

Bill Bishop, autor de uma newsletter focada no mercado asiático chamada Sinocism, acredita que seria um tiro no pé caso a China prendesse um executivo americano, mas não descarta totalmente essa possibilidade:

Vi especulações de que a China poderia retaliar (a prisão de Meng) por meio de uma detenção de um executivo da indústria de tecnologia dos EUA. Isso certamente seria algo explosivo, mas não tenho certeza se Pequim faria isso sem um processo judicial muito claro, já que isso minaria a enorme campanha de propaganda que o Partido tem empreendido ao apresentar a China como uma nação aberta a negócios estrangeiros e defensora do sistema de comércio global. No entanto, se eu fosse um executivo de tecnologia dos EUA, deixaria uma viagem para a China para depois, ou sairia de férias caso morasse lá…

Pelo jeito, é melhor os empresários norte-americanos esperarem caso queiram dar uma passada por lá.

[Sydney Morning Herald e Sinocism]

Essa história pode estar, na verdade, relacionada com fraude bancária

Sucursal do HSBC em Hong Kong. Crédito: AP

Por que Meng foi presa? O motivo informado foi de que a Huawei violou sanções que os EUA impuseram ao Irã ao fazer negócios com o país asiático.

Mas pode ser que as autoridades norte-americanas tenham outro argumento para processar Meng. Ela pode muito bem ser acusada de fraude bancária.

De acordo com reportagem da Reuters:

Os Estados Unidos estão analisando desde pelo menos 2016 se a Huawei enviou produtos de origem americana para o Irã e outros países, violando as leis de exportação e sanções dos EUA, como informou a Reuters em abril.

Mais recentemente, essa sondagem passou a olhar se a empresa teria utilizado o HSBC Holdings Plc para realizar transações ilegais envolvendo o Irã, de acordo com pessoas envolvidas.

As empresas são proibidas de usar o sistema financeiro dos EUA para canalizar bens e serviços para entidades sancionadas. Se a fabricante de smartphones e equipamentos de telecomunicações realizasse tais transações e depois induzisse o HSBC ao erro sobre sua verdadeira origem, ela poderia ser acusada de fraude bancária, segundo especialistas.

A Huawei, que nomeou o presidente Liang Hua como diretor financeiro interino enquanto Meng estiver detida, deve obedecer às sanções americanas se quiser ter uma presença legal nos Estados Unidos. E, se eles estiverem usando bancos sediados nos EUA para violar tais sanções, esse seria um problema sério.

[Reuters]

Japão deve banir Huawei e ZTE de contratos do governo

Primeiro-ministro do Japão (à direita) ri ao lado do presidente norte-americano Donald Trump, no dia 30 de novembro de 2018, em Buenos Aires, Argentina. Crédito: Getty

Aparentemente, o Japão irá proibir a compra de tecnologia Huawei e ZTE (ambas empresas chinesas) em contratos governamentais, um movimento que também está sendo considerado por outros países alinhados com os EUA, como a Nova Zelândia.

A CNBC, citando o jornal japonês Yomiuri, diz que as regras para novos contratos podem ser alteradas pelo Japão já na segunda-feira (10) da próxima semana. Nenhuma declaração oficial foi feita pelo governo japonês até agora.

Fontes anônimas no Japão citam preocupações de segurança, o mesmo argumento usado por outros países, como Austrália, Reino Unido e Canadá.

As preocupações envolvem os estreitos laços da Huawei e da ZTE com o governo chinês e temores de que os eletrônicos chineses possam ser usados para espionar não apenas cidadãos japoneses, mas também funcionários do governo japonês.

[CNBC]

O Presidente Trump sabia que a prisão aconteceria?

O presidente da China, Xi Jinping, em encontro com o presidente Donald Trump, no dia 1º de dezembro de 2018, mesmo dia em que Meng foi presa. Crédito: AP

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, diz que seu governo não esteve envolvido na prisão de Meng, mas que foi informado dias antes. Porém, o que o presidente Trump sabia sobre a detenção quando foi jantar com o presidente chinês Xi Jinping no fim de semana? Pelo jeito, ele não sabia de muita coisa.

Trump não fazia ideia de que a executiva da Huawei seria presa. Pelo menos foi o que o assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, deu a entender à NPR nesta quinta-feira (6).

Da NPR:

[NPR]: O presidente sabia com antecedência que essa prisão iria acontecer?

[John Bolton]: Eu não sei a resposta para isso. Eu sabia com antecedência, mas isso é algo que nós recebemos do Departamento de Justiça, e esse tipo de coisa acontece com alguma frequência. Certamente, não informamos o presidente sobre cada uma delas.

OK. Então você sabia durante aquele jantar no fim de semana com o presidente da China que essa prisão estava em curso?

Bem, você sabe, há muitas coisas que estão pendentes em um dado momento. Você não sabe exatamente o que vai acontecer em termos de uma determinada ação policial, isso depende de muitas outras circunstâncias.

Trump ainda não tuitou especificamente sobre o caso Huawei, mas é bastante surpreendente que tenhamos uma situação em que o presidente não tinha muita ideia do que estava acontecendo – um incidente internacional que deve deixar marcas por algum tempo e que tem grandes implicações para o mercado de ações dos EUA e para o setor de tecnologia norte-americano em geral.

Em vez disso, Trump parece estar muito interessado na investigação de Robert Mueller, conforme seus últimos tuítes. Mais recentemente, ele apenas publicou que “as conversas com a China estão indo muito bem”.

[National Public Radio]

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Esta árvore bonitinha na verdade é um coágulo de sangue tossido por um paciente com insuficiência cardíaca

Posted: 07 Dec 2018 07:21 AM PST

Embora se assemelhe a um coral, a uma raiz ou pequena árvore, a foto acima na verdade mostra um coágulo de sangue de 15 centímetros de largura na forma quase perfeita da árvore brônquica direita de um pulmão humano, conforme noticiou a Atlantic nesta quinta-feira (6).

Ainda mais desconfortável que a imagem é a revelação de que ele não foi removido por uma equipe médica, mas, sim, tossido para fora por um paciente que estava sofrendo de insuficiência cardíaca.

A foto foi divulgada no final de novembro como parte da série “Imagens em Medicina Clínica”, do New England Journal of Medicine. Os médicos Gavitt A. Woodard e Georg M. Wieselthaler, da Universidade da Califórnia em San Francisco, escreveram que a foto veio de seu paciente, um homem de 36 anos que há muito tempo sofria com insuficiência cardíaca crônica.

O paciente tinha um histórico médico que incluía “insuficiência cardíaca com uma fração de ejeção de 20%, substituição da válvula aórtica bioprotética para estenose aórtica bicúspide, stent endovascular de um aneurisma aórtico e colocação de um marcapasso permanente para bloqueio cardíaco completo”. Quando o paciente foi hospitalizado na unidade de terapia intensiva, eles o ligaram a uma bomba projetada para ajudar a circular o sangue pelo corpo:

Foi colocado um dispositivo de assistência ventricular Impella para o tratamento da insuficiência cardíaca aguda, e iniciou-se uma infusão contínua de heparina para a anticoagulação sistêmica. Durante a semana seguinte, o paciente teve episódios de hemoptise de pequeno volume, aumento do desconforto respiratório e aumento do uso de oxigênio suplementar (até 20 litros administrados através de uma cânula nasal de alto fluxo). Durante um episódio extremo de tosse, o paciente expectorou espontaneamente um molde intacto da árvore brônquica direita.

O paciente foi posteriormente extubado e “não teve mais episódios de hemoptise”, escreveram os médicos, mas, uma semana depois, infelizmente, ele “morreu por complicações da insuficiência cardíaca (sobrecarga de volume e débito cardíaco fraco), apesar da colocação do dispositivo de assistência ventricular”.

De acordo com a Atlantic, Wieselthaler disse que o uso da bomba requer anticoagulantes para “tornar o sangue mais fino e prevenir a formação de coágulos”, embora isso venha com o risco de sangramento interno descontrolado. Nesse caso, Wieselthaler disse à revista, o sangue que deixa o coração para estocar oxigênio fresco no sistema circulatório parece ter se acumulado na árvore brônquica direita, coagulado, e então foi ejetado pelo paciente em uma forma confusa:

Uma vez que Wieselthaler e sua equipe desdobraram cuidadosamente o coágulo e o colocaram sobre a mesa, descobriram que a arquitetura das vias aéreas tinha sido mantida tão perfeitamente que eles foram capazes de identificá-la como a árvore brônquica direita, com base apenas no número de ramificações e seu alinhamento.

Wieselthaler acrescentou que uma maneira como o coágulo pode ter permanecido intacto, em vez de ser quebrado, era por meio de uma alta concentração de fibrinogênio, uma proteína no plasma sanguíneo que ajuda a formar coágulos. O paciente teve uma infecção que agravou a insuficiência cardíaca e pode ter causado um acúmulo de fibrinogênio no sangue, resultando em um coágulo mais elástico, disse à Atlantic.

Woodard disse à revista que é também possível que o tamanho do coágulo na verdade pode ter contribuído para a sua ejeção, pois isso poderia ter permitido ao paciente “gerar força suficiente de todo um lado direito de seu tórax para empurrá-lo para cima e para fora” (entramos em contato com Woodard para esclarecer algumas questões pendentes e vamos atualizar a publicação se tivermos alguma resposta).

Pode parecer que estamos xeretando o produto do infortúnio médico alheio, mas mesmo a maioria dos médicos pode nunca ter a chance de ver algo assim. Embora existam outras condições que podem resultar em moldes brônquicos, incluindo infecções e condições asmáticas ou distúrbios de fluxo linfático que podem causar acúmulos de muco ou fluido linfático, respectivamente, Wieselthaler foi enfático ao dizer que o tamanho desse coágulo é quase sem precedentes.

“Ficamos atônitos”, disse Wieselthaler à Atlantic. “É uma curiosidade que não se pode imaginar — quer dizer, isso é muito, muito, muito raro.”

[New England Journal of Medicine via Atlantic]

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Encontraram um esqueleto de 500 anos que morreu calçando botas no fundo do rio Tâmisa, em Londres

Posted: 07 Dec 2018 06:06 AM PST

Arqueólogos em Londres, no Reino Unido, descobriram um esqueleto masculino de 500 anos de idade deitado de bruços na lama do rio Tâmisa. De maneira extraordinária, o esqueleto ainda vestia botas altas de couro.

Pesquisadores do Museu de Arqueologia de Londres (MOLA) se depararam com o esqueleto misterioso enquanto realizavam escavações no Chambers Wharf, no bairro de Bermondsey, um local que está sendo preparado para futuros trabalhos de esgoto.

A causa da morte do esqueleto ainda não foi determinada, mas a localização e a orientação do corpo — sem falar nas botas de couro — sugerem que o homem se afogou no Tâmisa há cerca de 500 anos.

Imagem aproximada das botas. Imagem: MOLA

Na altura das coxas, as botas se assemelham às calças limícolas modernas — do tipo usado por pescadores, marinheiros e “mudlarks” (pessoas que peneiram a lama em busca de objetos valiosos). Esse homem pode ter caído tragicamente no Tâmisa e se afogado enquanto cumpria sua rotina diária, especulam os pesquisadores em um comunicado de imprensa do MOLA, ou talvez ele tenha escorregado enquanto tentava subir a mureta de Bermondsey, que os cientistas dizem estar próxima.

Uma investigação mais profunda sobre as botas do homem e seus restos mortais ofereceu mais pistas.

“Estudando as botas, conseguimos ter uma visão fascinante da vida diária de um homem que viveu até 500 anos atrás”, disse a arqueóloga do MOLA Beth Richardson, em um comunicado. “Elas nos ajudaram a entender melhor como ele pode ter vivido em condições perigosas e difíceis, mas também como ele pode ter morrido. Tem sido um privilégio poder estudar algo tão raro e tão pessoal.”

Richardson e seus colegas dizem que as botas remontam ao século XV ou início do século XVI e que elas atingiam a altura das coxas quando puxadas até o topo. As botas eram feitas de couro — um material caro que era frequentemente reciclado na época, e não o tipo de coisa que era facilmente descartada. Além disso, as botas eram de excelente qualidade, contendo solas extras e algum tipo de substância, possivelmente musgo, que era usada para criar um ajuste melhor ou para aquecer.

Imagem: MOLA

Segundo os investigadores, é improvável que o homem tenha sido deliberadamente enterrado com as botas calçadas.

Os autores do estudo destacam outras pistas que sugerem que o homem encontrou a sua morte por infortúnio. Ele foi encontrado virado para baixo nos depósitos sedimentosos do Tâmisa, com um braço sobre sua cabeça e o outro dobrado de volta para si mesmo e para o lado — uma orientação mais consistente com afogamento do que com enterro intencional. O local em si, em uma curva no rio, serve como uma confluência natural, onde materiais e sedimentos se acumulam. O corpo, especulam os pesquisadores, foi rapidamente enterrado na lama.

Imagem aproximada das botas. Imagem: MOLA

Uma análise óssea não conseguiu revelar quaisquer lesões óbvias que pudessem ter acontecido no momento da morte, mas a condição do esqueleto sugere que o homem viveu uma vida difícil. Ele tinha cerca de 35 anos quando morreu, mas já estava exibindo sinais de desgaste esquelético. Ele sofria de osteoartrite, então sua vida cotidiana foi provavelmente repleta de dores. Ele também tinha ranhuras profundas esculpidas em seus dentes, provavelmente causadas por uma ação repetitiva. O homem pode ter feito as ranhuras passando corda entre os dentes, como os pescadores estão acostumados a fazer — mais um sinal de que ele ganhava a vida no rio.

Provavelmente, nunca saberemos a história completa desse homem e como sua vida acabou, mas as pistas que ele deixou para trás são envolventes — e, inegavelmente, tristes.

[MOLA Headland Archaeology]

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Rússia exibe nova arma a laser depois de EUA ameaçarem deixar tratado sobre armas nucleares

Posted: 07 Dec 2018 04:54 AM PST

A mídia estatal russa publicou um vídeo nesta quarta-feira (5) do mais recente sistema de armas a laser do país, o Peresvet. A decisão veio apenas um dia depois de os Estados Unidos dizerem que provavelmente se retirariam de um tratado sobre armas nucleares importante entre os dois países, e o momento da divulgação do vídeo não parece ser uma coincidência.

“Os sistemas a laser Peresvet, baseados em novos princípios físicos, entraram em serviço de combate em (um) regime de testes com as forças armadas russas”, disse o jornal do Ministério da Defesa russo, de acordo com uma tradução em inglês.

Quando o presidente russo, Vladimir Putin, fez seu discurso anual à Assembleia Federal da Rússia em março, ele prometeu implantar algumas armas de alta tecnologia em um futuro próximo, e o novo sistema a laser recebeu o que poderíamos chamar de “lançamento brando” em julho, quando o exército revelou o primeiro vídeo do dispositivo. Mas, à medida que as tensões aumentam entre os EUA e a Rússia, parece que Putin não quer que o Ocidente esqueça que a Rússia está desenvolvendo diversas novas armas caso a Nova Guerra Fria fique quente.

O Sputnik, um dos meios de comunicação de propaganda do Kremlin, publicou nesta manhã um vídeo da nova arma, embora ele pareça muito com o vídeo que foi publicado em julho.

E o que o sistema laser Peresvet consegue fazer? Até agora, a Rússia não está nos dando nenhuma especificação. Mas o país quer assegurar aos Estados Unidos que, se eles saírem do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (Tratado INF), como o Departamento de Estado dos EUA ameaçou fazer nesta terça-feira (4), a Rússia está pronta para ir ao ponto de atacar países europeus se for necessário.

“Se o Tratado INF for destruído, não deixaremos isso sem uma resposta”, disse nesta quarta-feira o chefe do Estado-Maior da Rússia, Valery Gerasimov, dirigindo-se a líderes militares. “Vocês, como profissionais militares, devem entender que o alvo da retaliação russa não será o território dos EUA, mas os países onde os mísseis de alcance intermediário estão implantados.”

O Tratado INF proíbe a implantação de novas armas nucleares de alcance intermediário com um alcance entre 500 km e 5.500 km — o tipo de mísseis de alta potência que representariam uma ameaça para a Rússia se fossem colocados em países europeus próximos, como a Polônia e a Romênia.

Os Estados Unidos, supostamente liderados pelo Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, afirmam que a Rússia já está violando o Tratado INF e que a Rússia tem 60 dias para se conformar ao acordo antes que os EUA anulem o tratado de 1987. O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, fez o ultimato nesta terça-feira, em uma reunião entre os líderes da OTAN em Bruxelas.

Mas Putin não está se escondendo do que considera uma enorme provocação. O presidente russo chamou a potencial violação do tratado de “passo impensado” e disse que a Rússia “reagiria de acordo”.

“Muitos outros países — cerca de uma dúzia deles, provavelmente — produzem tais armas (violando o Tratado INF), e a Rússia e os Estados Unidos têm se limitado bilateralmente”, disse nesta quarta Putin, de acordo com o Financial Times.

“Agora, aparentemente, nossos parceiros americanos acreditam que a situação mudou tanto que os Estados Unidos deveriam ter essa arma. Qual é a resposta do nosso lado? Bem, é simples: também o faremos, então.”

A Nova Guerra Fria certamente se parece muito com a Velha Guerra Fria.

[TASSSputnik]

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Novo chip da Qualcomm para laptops promete desempenho parrudo e dias de autonomia de bateria

Posted: 07 Dec 2018 04:06 AM PST

No ano passado, a Qualcomm anunciou os primeiros computadores que eles chamam Always Connected. A categoria descreve laptops com características de smartphone. Por isso, entenda estar sempre conectado à internet, ser rápido (desbloqueou e já está lá pronto para ser usado) e ter uma boa eficiência de bateria.

O 5G já está em testes nos EUA, mas ainda falta dar uma noção real de velocidade da rede
As novidades do chip Snapdragon 855, que estará nos smartphones topo de linha de 2019

Agora, a desenvolvedora de chips anunciou durante o Snapdragon Summit uma nova opção que deve equipar computadores desta categoria em 2019. Trata-se do SoC (System on a Chip) Qualcomm 8cx de 7 nm. Como novidade, a Qualcomm promete oferecer dias de bateria, "desempenho extremo" e conectividade contínua.

O Qualcomm 8cx é, segundo a companhia, o chip mais avançado já lançado por eles, superando inclusive o Snapdragon 855, a opção da companhia para smartphones topo de linha. Ele tem uma CPU Kyro 495 octa-core que promete um bom uso para quem utiliza o computador para tarefas de produtividade, além de ser uma opção para o mercado corporativo — a companhia anunciou que o Windows 10 Enterprise será compatível e que está trabalhando com Vmware e outras provedoras de software para adaptar suas aplicações para a arquitetura.

Crédito: Guilherme Tagiaroli/Gizmodo Brasil

Em uma demonstração conduzida pela empresa com um protótipo equipado com o novo chip (o aparelho que abre este post), foi possível ver um pouco do poder do Qualcomm 8cx. O computador conseguiu lidar sem problemas com dois navegadores (Chromium e Microsoft Edge) com 5 abas e Adobe Photoshop e Lightroom abertos — lembrando que estes dois softwares são emulados na plataforma da Qualcomm, pois foram desenvolvidos para arquitetura x86, e não ARM (usada por dispositivos móveis como smartphones).

Pelo menos não travou quando acessamos o site mostrado na tela. Crédito: Guilherme Tagiaroli/Gizmodo Brasil

A desenvolvedora do chip fez também questão de dizer que com sua nova solução as baterias de laptop não vão mais ser contadas em horas, mas em dias. No ano passado, falava-se em laptops com até 20 horas de autonomia; vai ser interessante ver se esse tipo de promessa vai ser, de fato, concretizada.

A GPU Adreno 680 é 60% mais eficiente que a do seu antecessor, o Snapdragon 850, e ela vai possibilitar, por exemplo, que as pessoas possam conectar o dispositivo com até dois monitores 4K externos.

Por parte de conectividade, o chip será compatível com o modem X24, da Qualcomm, que oferece conectividade 4G de até 2Gbps. No entanto, de acordo com a companhia, em 2019 eles devem contar com laptops que sejam equipados com modem 5G.

Por que diabos eu nunca vi um laptop desses no Brasil?

Algumas marcas — como Samsung, Asus, HP e Lenovo — chegaram a lançar alguns aparelhos durante o ano, mas não teve tanta aderência — os laptops ficaram restritos a alguns mercados (nenhum chegou no mercado brasileiro via varejo) e havia uma preocupação em fazer com que softwares convencionais funcionassem bem na nova categoria de PCs — imagina só a treta que é fazer com que um Photoshop da vida, que é feito há anos para computadores Intel na plataforma x86, funcionar eu um ambiente com um chip ARM pensado para smartphones.

Em conversa com o Gizmodo Brasil, Don McGuire, vice-presidente de marketing da Qualcomm Technologies, nos disse que este produto ficou restrito a alguns mercados (especificamente EUA, Europa e China), mas que vê potencial em países como o Brasil.

"Estamos analisando oportunidades com operadoras locais, como a Telefônica, para levar esse tipo de computador para um número maior de consumidores. Mesmo assim, ainda precisamos ter uma variedade de dispositivos", afirmou.

Para McGuire, esses computadores só terão sucesso em países em desenvolvimento quando tiverem preço abaixo dos US$ 500 (cerca de R$ 1.950 na cotação atual). Além disso, por terem conexão móvel, esses aparelhos Always Connected teriam de ter boas ofertas em varejistas e mesmo em operadoras de telefonia móvel, que poderiam vendê-lo com um plano de dados.

Atualmente, o mercado de PCs está bem tímido — o único ramo que tem crescido dentro do setor é o de games. Fora isso, as pessoas têm trocado muito menos de computador, pois boa parte dos seus serviços rodam diretamente na web. Laptops com o chip mais avançado da Qualcomm só serão lançados no 3º trimestre de 2019, então, o que pode rolar é chegar ao Brasil algumas das opções com Snapdragon 835 e 850.

A categoria tem uma premissa interessante (fazer com que seu laptop seja tão conectado, móvel e rápido como seu smartphone), porém, dado o ciclo demorado para troca de PCs, talvez, num primeiro momento, esses laptops Always Connected seja um item para early adopters e só, posteriormente, ser um item que atinja as massas.

*O jornalista viajou para Maui (Havaí) a convite da Qualcomm

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