sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

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IBM quer usar sensor no seu smartphone para criar previsão do tempo de alta resolução

Posted: 10 Jan 2019 01:18 PM PST

No mundo das previsões meteorológicas, a batalha pela supremacia é geralmente travada entre os modelos europeu e americano, mantidos pelas agências governamentais dos EUA e da União Europeia. Mas há muitas outras opções para escolher, e uma nova surgiu nesta terça-feira (8), na CES 2019, em Las Vegas.

A IBM e sua subsidiária The Weather Company (TWC) criaram um modelo que visa oferecer uma perspectiva extremamente detalhada do clima ao redor do mundo. Se for comprovadamente preciso, o modelo pode mudar a previsão do tempo, particularmente no mundo em desenvolvimento, onde a escassez de dados dificulta as boas previsões. Mas também pode gerar controvérsia ao depender de dados de celular do aplicativo Weather Channel, que a cidade de Los Angeles processou recentemente por enganar seus usuários sobre a quantidade de dados que coleta.

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O novo modelo, apelidado de Global High-Resolution Atmospheric Forecasting System (“Sistema Global de Previsão Atmosférica de Alta Resolução), ou GRAF, tem algumas coisas a seu favor, mas o mais impressionante é sua resolução. O modelo se baseia na estrutura do modelo MPAS, criado pelo Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica dos EUA, financiado pelo governo federal do país.

Usando essa estrutura e supercomputadores potentes (falaremos mais sobre isso em um instante), o GRAF emite previsões com uma precisão de três quilômetros em lugares como os EUA, com uma infinidade de dados. No mundo em desenvolvimento, onde os dados não são tão disponíveis, essa resolução é de 15 quilômetros. Além disso, o GRAF é atualizado a cada hora.

Em comparação, o modelo europeu oferece uma resolução plana de nove quilômetros, enquanto o modelo americano funciona com 13 quilômetros. Esses modelos são atualizados apenas algumas vezes por dia.

“Um dos objetivos de funcionar com resolução mais alta é elevar os padrões de previsão do tempo (no mundo em desenvolvimento) de acordo com outros padrões do resto do mundo”, disse Todd Hutchinson, líder em análise meteorológica computacional e previsão da TWC/IBM, ao Earther.

A resolução super alta permite que o modelo resolva detalhes íntimos na atmosfera, mostrando não apenas uma grande tempestade chegando, mas também células de tempestade individuais embutidas nela. Ter esse tipo de informação pode ser útil para uma série de pessoas, desde gerentes de emergência que se preparam para um tornado até controladores de tráfego aéreo preocupados com a turbulência.

Mas uma maior resolução não garante imediatamente uma melhor previsão. O modelo precisa, é claro, acertar a previsão. Hutchinson disse que o GRAF tem funcionado relativamente bem no geral, mas que ainda existem desafios na previsão de tempestades em que o modelo vai de três a 15 quilômetros de resolução. Isso acontece gradualmente, e os algoritmos de mudança de uma área para a seguinte são uma linha complexa que esperamos que corra mais suave à medida que Hutchinson e sua equipe reúnem mais modelos para comparar com o clima de verdade, que está acontecendo no mundo real.

Nada disso seria possível sem uma enorme capacidade computacional. O sistema funciona com uma configuração semelhante à dos supercomputadores Summit e Sierra, do Departamento de Energia dos EUA, que estão entre os mais robustos do mundo (embora não seja necessariamente tão rápido quanto). Para processar todos os dados, o sistema tem 3,5 petabytes de armazenamento elástico, equivalente a aproximadamente 55 mil iPhones de 64 GB.

A razão pela qual todo essa potência computacional é necessária é que, além das formas tradicionais de dados meteorológicos de balões e observações de estações meteorológicas em todo o mundo, o GRAF também se baseia em dados atmosféricos coletados por aviões e dados de pressão terrestre de milhões de telefones celulares que têm o aplicativo Weather Channel.

A maioria dos smartphones tem um barômetro no interior, que é usado para ajudar o rastreador fitness do seu telefone a descobrir quantas escadas você subiu. Há anos, ele tem sido um Santo Graal para os meteorologistas, porque a pressão fornece pistas sobre tempestades. Porém, embora acessar uma rede de minúsculos sensores de pressão abra um mundo de melhorias na previsão, isso também levanta preocupações de privacidade, especialmente nesse caso. Ainda na semana passada, o aplicativo Weather Channel foi fortemente criticado por supostamente enganar os usuários e coletar uma grande quantidade de dados para a TWC lucrar com isso.

Na CES, a IBM disse que os usuários podem optar por aceitar esse novo tipo de coleta de dados assim que o modelo for ampliado no final de 2019. Mas isso é mais um lembrete dos sacrifícios que os usuários cada vez mais enfrentam quando ponderam ter maior privacidade ou saber se devem pegar o guarda-chuva antes de sair correndo pela porta.

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Novo recurso deixa mais fácil publicar o mesmo post em várias contas do Instagram

Posted: 10 Jan 2019 12:38 PM PST

Facebook e Twitter têm funções para compartilhar conteúdo de outros usuários. O Instagram, por sua vez, sempre abordou essa questão de forma diferente e prestigiou a originalidade — até hoje, não há um recurso nativo para postar uma foto do feed de outro usuário no seu próprio feed.

Isso, porém, está começando a mudar: o app de iOS vai começar a oferecer a opção de postar a mesma imagem ou vídeo em múltiplas contas ao mesmo tempo. Ao criar uma nova publicação, o aplicativo vai permitir marcar cada uma das contas que você administra.

• Quando inevitavelmente estragarem o Instagram, você pode culpar este cara do meio

Ainda não se sabe quando a novidade estará disponível para Android ou se ela chegará também para os Stories. Isso ainda não é um "regram" — você só vai poder postar a mesma coisa em várias contas que você mesmo administra, não pegar coisas de outras contas que você vê segue. De qualquer forma, é curioso pensar nisso em comparação com o que era o Instagram em seus primórdios: um app para fotos pessoais e instantâneas.

Imagem: Alessandro Feitosa Jr./Gizmodo Brasil

Replicar conteúdo em contas diferentes, como comenta o TechCrunch, pode facilitar a vida de produtores que administram vários perfis, mas também pode atrapalhar a recepção, já que cada um tem sua própria linguagem e público. A qualidade da rede tende a cair, com mais conteúdo produzido em série e uma abordagem menos artesanal, por assim dizer. O algoritmo que escolhe o que vemos, porém, pode dar conta disso e continuar selecionando posts interessantes com base nas reações dos usuários.

A novidade acompanha o crescimento da rede, que já tem mais de um bilhão de usuários e não conta apenas com pessoas, mas também marcas, empresas, lojas e sites de notícias — nós estamos lá, inclusive! Relatos dão conta que Mark Zuckerberg vê o Instagram como o potencial principal produto de sua empresa no futuro. É uma leitura que faz sentido: a rede de imagens já é mais popular que o Facebook entre os mais jovens.

Já faz um tempo que o Instagram não é mais o mesmo. Recursos copiados de outras redes, como os Stories inspirados no Snapchat, e o fim do feed por ordem cronológica, matando a ideia de instantaneidade da rede, distanciaram bastante o aplicativo da ideia inicial de compartilhar fotos bonitas com filtros e efeitos retrô. Ter um recurso para postar a mesma coisa em várias contas pode ser uma mudança sensível, mas ainda há bastante diferença para outras redes. Resta saber até quando isso ainda vai durar.

[TechCrunch]

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Estudo mostra que idosos foram os que mais compartilharam notícias falsas nas eleições dos EUA em 2016

Posted: 10 Jan 2019 12:09 PM PST

Os idosos talvez tenham o pior nível de alfabetização midiática na internet. É o que diz o senso comum, mas não só ele: novas pesquisas sobre a disseminação das chamadas "fake news" imediatamente antes e depois das eleições presidenciais de 2016 nos EUA.

Um estudo publicado hoje na revista Science Advances sugere que os usuários idosos do Facebook nos EUA seriam muito mais propensos a compartilhar notícias falsas e enganosas do que qualquer outro grupo etário.

• Demorou, mas em 2018 repararam no poder que o Facebook tem
• Desafio de 2019 de Zuckerberg envolve uma espécie de talk show com especialistas sobre problemas tecnológicos

O estudo, conduzido por pesquisadores da Universidade de Nova York e da Universidade de Princeton, teve como foco a atividade no Facebook nos meses antes e depois da eleição. A equipe começou reunindo um painel de 3.500 usuários e não usuários do Facebook no primeiro semestre de 2016. Logo após a eleição presidencial, os pesquisadores solicitaram que os usuários do Facebook daquele grupo instalassem um aplicativo. Ele compartilhava os dados do Facebook, incluindo seus pontos de vista políticos e religiosos, com os pesquisadores. O Facebook aprovou o uso do aplicativo para pesquisa. Quase metade dos participantes que eram usuários do Facebook consentiu em disponibilizar seus dados de perfil.

Nos meses seguintes, os pesquisadores monitoraram os links dos participantes postados no Facebook. Eles compararam esses links com uma lista de sites de notícias falsas que o BuzzFeed reuniu para analisar em profundidade como "notícias falsas" superaram "notícias reais" no Facebook antes da eleição.

O estudo descobriu que mais de 90% dos participantes não compartilhavam links dos sites incluídos na lista de “notícias falsas”. Mas a maioria das pessoas que compartilhou artigos na lista de "notícias falsas" tinha mais de 65 anos.

Os resultados também mostram que as pessoas que se identificaram como republicanas e conservadoras eram mais propensas a compartilhar histórias falsas e enganosas do que democratas e liberais (18% contra 3,5%). No entanto, embora os pesquisadores tentassem remover sites partidários de sua lista (como Breitbart), muitos dos sites incluídos na lista estavam sendo usados ​​para espalhar propaganda pró-Trump e anti-Clinton.

Questionado pelo Gizmodo, o Facebook não quis comentar o estudo em si. Mesmo assim, um porta-voz compartilhou informações sobre os esforços da empresa para fornecer um contexto com o objetivo de ajudar os usuários a verificar a validade das matérias em seus feeds. Eles também compartilharam informações sobre pesquisas mostrando como as iniciativas do Facebook aparentemente estão ajudando a resolver o problema das notícias falsas.

É claro que muita coisa aconteceu no cenário online e de mídia desde 2016. Como os autores do estudo escreveram em um editorial no Washington Post sobre sua pesquisa, "nossos resultados enfocam o comportamento da mídia social de mais de dois anos atrás. Online, isso é praticamente uma eternidade."

No artigo do Washington Post, eles também reconhecem que "não sabem se 'ser velho' está associado a compartilhar mais notícias falsas, ou se é ser da geração nascida antes de 1950" e não são capazes de dizer "se as pessoas criadas no ambiente digital moderno — os nativos digitais — compartilharão mais notícias falsas à medida que envelhecerem".

Espera-se que pesquisas como essas ajudem as redes sociais a descobrir onde concentrar seus esforços na potencialmente fútil guerra contra as mentiras.

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O brinquedo sexual robótico Osé ganhou o prêmio de inovação na CES, mas foi barrado logo depois

Posted: 10 Jan 2019 10:44 AM PST

Junto com a CES, a CTA (Consumer Technology Association, entidade responsável pelo gerenciamento da feira) promove um prêmio de inovação em 28 categorias. É uma importante vitrine para startups e um espaço para mostrar novas tecnologias. Na edição deste ano, uma empresa de brinquedos sexuais foi selecionada na categoria de Drones e Robôs por um produto chamado Osé – um dispositivo “hands-free” que utiliza biomimética para imitar um parceiro humano e proporcionar orgasmos múltiplos às mulheres.

O Gizmodo Brasil conversou com a equipe da Lora DiCarlo, empresa criadora da tecnologia. E, de fato, é um produto inovador. A companhia não dá muitos detalhes sobre os componentes internos do dispositivo, mas explica que criou um produto totalmente personalizado e “fisiologicamente apropriado para a anatomia das mulheres”.

Ele não vibra, uma vez que a vibração pode causar perda de sensibilidade e até inflamações. Em vez disso, ele faz um movimento mecânico para estimular o ponto G dentro da vagina, enquanto usa ar e outros movimentos para imitar uma boca em contato com o clitóris.

Lola Vars, diretora técnica, define um produto como um robô: “a ideia por trás de um robô é substituir um humano, certo? Por isso pensamos em um dispositivo que pudesse executar várias coisas que um parceiro pode fazer”.

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Apesar das inovações e da seleção para o CES Innovation Awards, a CTA revogou o prêmio da empresa. A organização também proibiu que a startup apresentasse o produto na feira. A explicação, segundo eles, é que o produto não se encaixa em nenhuma categoria existente para a CES.

Lora Haddock, fundadora e CEO da Lora DiCalor, conta que recebeu um e-mail no final de outubro anunciando que haviam sido escolhidas para o prêmio, após passar por um painel de especialistas. Imediatamente, a companhia começou a se movimentar para fazer contato com investidores e com a imprensa, ao mesmo tempo que tentava conseguir um espaço de exibição na feira. Após um mês, veio o balde de água fria: o prêmio seria retirado e a companhia não estaria na feira.

Em uma carta de justificativa para retirada do prêmio, a CTA citou uma regra presente em seu regulamento, que diz que produtos que possam ser considerados “imorais, obscenos, indecentes, profanos ou que possam causar danos à imagem da CTA” serão desqualificados. Os termos da organização também incluem um parágrafo que diz que eles “se reservam no direito de desqualificar a qualquer momento qualquer inscrição que, na opinião da CTA, coloque em perigo a segurança ou o bem estar de qualquer pessoa, ou que falhe em cumprir com as Regras Oficiais”. A organização disse, por fim, que o produto não se encaixava na categoria de Drones e Robôs.

Lora Haddock discorda. Ela cita que o produto, Osé, tem cinco patentes pendentes nas áreas de robótica, biomimética e engenharia, além de ter sido desenvolvido em parceria com um dos principais laboratórios de engenharia robótica dos EUA, da Universidade do Estado de Oregon.

Em um comunicado enviado ao pessoal do Gizmodo US, a CTA reafirmou que “o produto em questão não se encaixa em nenhuma de nossas categorias de produtos existentes e não deveria ter sido aceito para o Programa do Innovation Awards. A CES não possui uma categoria para brinquedos sexuais. A CTA comunicou o seu posicionamento à Lora DiCarlo há quase dois meses e pedimos desculpas pelo nosso erro”.

A feira, de fato, não tem nenhuma categoria relacionada a brinquedos sexuais. Ainda assim, a OhMiBod, uma empresa que vende brinquedos sexuais conectados, está exibindo os seus produtos nesta edição da CES, no estande 31909 do Centro de Convenções de Las Vegas – a mesma companhia chegou a receber, em 2016, um prêmio na categoria Fitness e Saúde. A Naughty America, empresa que produz conteúdo adulto, também participa dessa edição da feira apresentando uma experiência de um “Strip Club” com realidade virtual e realidade aumentada.

Para a fundadora da Lora DiCarlo, essa discussão está relacionada com desigualdade de gênero na indústria da tecnologia e no fato de não quererem promover uma empresa fundada por uma mulher. Ela cita também que a organização achou obsceno um produto voltado especificamente para o prazer feminino.

Os problemas com a feira não devem desanimar a companhia. A fundadora arrecadou mais de uma US$ 1 milhão em investimentos para a produção de seu produto e pretende lançá-lo no terceiro semestre desse ano nos Estados Unidos. A companhia ainda trabalha para o lançamento de outros produtos, incluindo brinquedos que possam ser usados em conjunto com os parceiros e uma ferramenta para desenvolvedores para integrarem o Osé com realidade virtual.

A fundadora diz que existem planos de expansão de mercado, mas é preciso resolver questões de escala na fabricação.

A companhia, inclusive, recebeu um prêmio de inovação na categoria de Drones e Robôs durante o ShowStoppers, evento paralelo à CES que acontece simultaneamente em Las Vegas. As funcionárias estão confiantes no produto que, segundo elas, é inédito no mercado. O Osé deve custar entre US$ 250 e US$ 300.

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O jornalista viajou para Las Vegas a convite da CTA, empresa que organiza a CES.

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Samsung vai mostrar novo Galaxy S10 em fevereiro, e smartphone dobrável também deve dar as caras

Posted: 10 Jan 2019 10:05 AM PST

Interrompemos a programação de posts sobre a CES 2019 para um anúncio. No caso, agora temos uma data para o lançamento dos próximos smartphones topo de linha da Samsung.

A empresa sul-coreana vai mostrar detalhes do seu próximo smartphone — que, pela ordem, deve ser o Galaxy S10 — no dia 20 de fevereiro em um evento em San Francisco, na Califórnia (EUA). Além disso, segundo o Wall Street Journal, a companhia deve dar mais detalhes sobre seu smartphone dobrável, que vem sendo falado já há um tempo.

• Samsung está trabalhando em um Galaxy S10 especial com seis câmeras
• Provavelmente é assim que o Galaxy S10 vai evitar o notch na tela

Tradicionalmente, a Samsung lança seus aparelhos da linha Galaxy S durante o Mobile World Congress, evento de tecnologia realizado anualmente em Barcelona (Espanha). No entanto, por ser o ano em que a família Galaxy S completa 10 anos, parece que a empresa decidiu concentrar toda a atenção em si, optando por um evento próprio numa cidade diferente e uma semana antes do congresso que reúne as principais empresas de tecnologia.

O convite da empresa diz apenas que "a Samsung Electronics vai revelar novos dispositivos que prometem conduzir novas experiências Galaxy baseadas em 10 anos de inovações".

Sobre o Galaxy S10, por ora, só sabemos que ele deve contar com variantes de diferentes tamanhos de tela e múltiplas câmeras. Existe ainda a expectativa de ser lançado posteriormente uma versão com conexão 5G. Em um vazamento, Evan Blass mostrou um aparelho com um pequeno buraco na parte frontal.

Já o smartphone dobrável vai ser uma aposta da companhia com um novo tipo de produto. O Galaxy F, como tem sido chamado, deve custar quase US$ 2.000 (o que estabeleceria um novo teto no preço de smartphones). Ele possivelmente será um produto exclusivo, sem fabricação em larga escala.

Na CES 2019, testamos brevemente o Royole Flexpai, o primeiro smartphone dobrável, e notamos que mexer nele ainda é uma tarefa ingrata. Se depender da Samsung, as coisas podem ser diferentes com o Galaxy F, até porque a empresa sul-coreana estava já combinando com o Google de como fazer o Android funcionar bem com este novo tipo de interface.

Recentemente, a Samsung reduziu suas expectativas de receita por causa da alta competitividade no ramo de smartphones e pela baixa procura por memórias. Então, a empresa deve colocar bastante esforço nesses lançamentos para aumentar as vendas.

De agora em diante, se mantidas as tradições, o negócio é já se preparar, pois o que vai ter de vazamentos sobre os produtos até o lançamento não está escrito no gibi.

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Twitter pensa em redesign parecido com o Facebook para a plataforma

Posted: 10 Jan 2019 08:45 AM PST

O Twitter irá lançar atualizações beta, incluindo balões de fala no estilo de conversa e respostas com indentação/codificadas por cor dependendo se você seguir outro usuário nas próximas semanas, informou o Verge na quarta-feira (9). Outros recursos sendo levados em consideração, mas que não estarão disponíveis na próxima versão beta, incluem ícones de disponibilidade de status coloridos em verde que podem indicar se um usuário está online.

Capturas de tela publicadas pela diretora de gerenciamento de produtos do Twitter, Sara Haider, ilustram como serão essas mudanças. Praticamente qualquer um que já tenha passado pelo Twitter — algo que, como um usuário de longa data da plataforma, eu não recomendo — estará familiarizado com a aparência: parece muito com o Facebook. Só que, você sabe, com hordas muito maiores de neonazistas, trolls e supremacistas brancos que continuam a inundar a rede.

Possível redesign do Twitter. Captura de tela: Sara Haider/Twitter

Uma vez que você vê, é difícil de ignorar. Isso se parece bastante com o Facebook, exceto que, no Facebook, você normalmente só precisa aturar alguém usando o nome Reich_Daddy_420 se ele for o primo de segundo grau da sua tia-avó ou se você se aventurar em suas solicitações de mensagens privadas ou algo assim.

A intenção dessas mudanças, obviamente, parece ser aumentar o engajamento dos usuários. Isso é algo que seria necessário para que o Twitter mantivesse sua tendência no quarto trimestre de 2018 de enfim obter lucro, apesar de aparentemente chegar a um limite no crescimento de usuários nos EUA. Outros recursos em desenvolvimento, como os tuítes “para quebrar o gelo”, escreveu o Verge, também têm aparentemente a intenção de incentivar mais conversas no site:

Outro recurso que pode surgir no futuro são os tuítes “para quebrar o gelo”, que devem ajudar a iniciar uma conversa sobre um tópico específico. Os usuários seriam capazes de publicar seus próprios tuítes para quebrar o gelo para que outros respondam. Um recurso adicional permitiria que as pessoas colocassem tags em seus tuítes que explicassem a que se referiam, como um programa de TV.

Embora Haider tenha escrito em seu tuíte que as mudanças tinham a intenção de “tornar o Twitter mais conversador”, elas também levam o site para longe de sua concepção original como um fluxo estritamente linear de posts — algo parecido com a decisão muito mal alinhada de colocar tuítes organizados com curadoria algorítmica em feeds. E criar conversas pode ser algo bom, exceto se as pessoas que estiverem tendo a conversa forem você e os outros forem as hordas de Reich_Daddies citadas acima.

Uma reportagem do BuzzFeed News na quarta-feira enfatizou que a infame e covarde “infraestrutura de denúncias de abuso do Twitter segue opaca e às vezes confusa”, e informações sobre o site não conseguir tomar medidas até mesmo nas questões mais simples de assédio seguem aumentando. Como o BuzzFeed apontou, um editor da revista judaica americana Tablet, Yair Rosenberg, recentemente denunciou um usuário que tinha como descrição de perfil a seguinte frase: “Conta para o meu filho Yair Jr, controlada por @yair_rosenberg”. Rosenberg denunciou um tuíte da conta com suásticas colocadas sobre uma foto de um bebê no que parecia ser uma violação de políticas sobre comportamento abusivo e falsificação, recebendo uma resposta imediata que dizia: “Nós revisamos seu relato cuidadosamente e descobrimos que não houve violação das regras do Twitter contra comportamento abusivo”.

[The Verge]

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Royole FlexPai: é legal ver um smartphone com tela flexível – mexer, nem tanto

Posted: 10 Jan 2019 07:07 AM PST

O Royole FlexPai talvez seja um dos dispositivos mais disputados na CES 2019 – todo mundo quer ver, tirar uma foto e conversar sobre o produto. Isso porque ele é o primeiro smartphone de tela dobrável disponível no mercado.

Apresentado na China em outubro de 2018, o aparelho é vendido por cerca de US$ 1.400 e basicamente é o fura olho da Samsung, que também pretende lançar um dispositivo do tipo ainda neste ano.

Ver um celular com tela flexível ao vivo é bem legal – você fica se perguntando o tempo todo como aquilo não quebra. Mexer nele já são outros quinhentos. A real é que os smartphones dobráveis devem fracassar por um único motivo: a gente não precisa disso. E o Royole FlexPai é a primeira prova disso.

Primeiro que ele é pesado: são 320 gramas. E como você pode imaginar, quando ele está dobrado, fica bem grosso; não tem como colocar no bolso da calça direito. Fora que ele é feio: a traseira do dispositivo que funciona como um híbrido entre tablet e smartphone parece uma sanfona de ônibus articulado.

O pior mesmo é o software, baseado no Android 9 Pie, que trava ao ser dobrado e engasga por não perceber rapidamente em que modo deveria estar, mesmo com toda a potência do aparelho. Por dentro, ele tem processador Snapdragon 855, até 8 GB de RAM e até 256 GB de armazenamento, com possibilidade de expansão por microSD.

A tela é de AMOLED e tem 7,8 polegadas com resolução de 1920×1440 pixels no modo expandido. O aparelho tem um par de câmeras com sensores de 16 e 20 megapixels, elas ficam na parte frontal e podem ser usadas tanto para selfies quanto para outras fotos – é só orientar o lado da tela que você quer visualizar.

A Royole diz que a tela não quebra, uma vez que é de plástico em vez de vidro. Porém, há um limite de vezes para dobrar e desdobrar o aparelho: 200 mil ciclos. Eu duvido que dure tudo isso, pra ser sincero.

A experiência, como comentei, é essa: ver esse aparelho ao vivo dá uma sensação futurística e causa entusiasmo. Mas depois de alguns minutos com ele na mão, você fica um pouco frustrado pelo design atabalhoado e a performance esquisita. Pode ser que no futuro encontrem soluções para os problemas desse dispositivo, mas eu estou muito satisfeito com meu celular normal.

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Esta pulseira basicamente tenta ser um ar-condicionado pessoal

Posted: 10 Jan 2019 05:57 AM PST

Enquanto São Paulo e boa parte do Brasil passa um calor infernal, Las Vegas tem tido dias de frio suportável – parecido com os dias mais frios do nosso inverno. Cada lugar lida da maneira que pode com a temperatura: alguns lugares daí se valem de ventiladores, outros de ar-condicionado e por aqui o sistema de calefação está a todo vapor. O Embr Waze, esse bracelete doido da foto, tenta personalizar a sua sensação térmica.

A ideia é meio maluca mesmo. Segundo o representante da marca, trata-se de “um bracelete inteligente que hackeia a maneira com que você sente a temperatura”. A ideia é que caso você esteja com calor, ele te ajude a esfriar; caso você esteja com frio, ele aquece o seu corpo. O bracelete faz isso por meio de ondas frias ou quentes que vão direto para o seu pulso.

Segundo a companhia, os sensores de temperatura de pele sentem a mudança e enviam um sinal para o cérebro que muda a sensação térmica no corpo inteiro. É mais ou menos o mesmo mecanismo de quando seguramos uma caneca de chocolate quente no inverno e, por isso, ele é seguro. No final das contas, o aparelho não muda a temperatura do corpo, mas apenas a sensação térmica na pele.

As sessões de onda de frio ou calor duram de três a cinco minutos e a diferença na sensação térmica pode ser de 3ºC para cima ou para baixo. Por meio de um aplicativo, é possível configurar uma sessão mais longa, que dura 30 minutos – pode ser útil para aquela reunião na sala gelada do escritório, por exemplo.

Essa é a primeira geração do Embr Waves e, pelas fotos, eu achei que ele era maior. No meu pulso ele ainda fica gigantesco e é meio desengonçado – seria difícil digitar ao vesti-lo, por exemplo. A companhia diz que há intenção de lançar uma segunda versão, que tenha um corpo menor e que seja mais poderoso. O problema nesse caso está relacionado com a autonomia de bateria, que provavelmente seria sacrificada.

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No modelo atual, é possível passar por cerca de 50 sessões de três minutos até que ela acabe. O representante diz que, em média, o usuário do produto o recarrega a cada três dias.

Ainda assim, foi destacado que a maior parte das novas funcionalidades para o bracelete deve ser disponibilizado via software. Um dos planos é liberar um modo específico para ajudar o usuário a dormir.

Eu fiz um rápido teste com o Embr Wave, passando pelos dois modos. Como o ambiente em que estávamos era quente, decidi ficar os três minutos no modo esfriar. As ondas emitidas são agradáveis, mas não é como se você tivesse uma sensação imediata de estar mais gelado. É algo sutil e que te deixa ligeiramente mais confortável. A sensação, inclusive, dura por mais tempo do que os três minutos – o problema é que senti muito mais no braço em que vesti o produto do que no resto do corpo.

Por US$ 299 (R$ 1.100, na cotação atual), é difícil dizer se vale a pena – seria preciso usar por muito mais tempo para dar um veredito. O dispositivo por enquanto é vendido apenas nos Estados Unidos e Canadá, mas há planos para expansão.

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O que está em jogo no processo antitruste movido contra a Qualcomm na justiça americana

Posted: 10 Jan 2019 05:34 AM PST

Na semana passada, a Qualcomm finalmente entrou em uma sala de tribunal para se defender das acusações antitruste que estão em andamento há anos. Para a fabricante de chips, seu modelo de negócios fundamental está em risco, pois boa parte da receita da companhia vem do licenciamento de tecnologias. Para a Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês), é uma chance de finalmente obter uma vitória que não seja apenas uma solução simbólica e realmente envolva a relação intrinsecamente conflitante entre patentes e antitruste. Enquanto isso, a Apple certamente está observando atentamente para ver como suas próprias disputas legais com a Qualcomm podem se desenrolar.

• O que está acontecendo entre a Apple e Intel? Um guia de especulações

Sim, a Qualcomm está envolvida em várias disputas legais no momento, por isso é fácil ficar confuso sobre qual delas. Felizmente, o processo da FTC, que será julgado nas próximas semanas, é basicamente sobre a mesma questão no centro de processos anteriores e em andamento contra a Qualcomm: a empresa é acusada de usar suas patentes para agir de maneira gananciosa.

Já faz dois anos que a FTC acusou a Qualcomm de, nas palavras da agência, monopolizar "certos processadores de banda base para impor condições onerosas e anticompetitivas de fornecimento e licenciamento aos fabricantes de celulares e enfraquecer os concorrentes". Desde esse processo inicial, ações semelhantes foram movidas pela Apple e por órgãos reguladores do governo. Em janeiro do ano passado, os reguladores antitruste europeus ordenaram que a Qualcomm pagasse uma multa de US$ 1,23 bilhão por usar seu poder para bloquear concorrentes e mantê-los fora do mercado. Mas também obteve vitórias recentes, persuadindo a China e a Alemanha a bloquear a venda de alguns iPhones, alegando que a Apple viola suas patentes.

O caso da FTC é visto como decisivo, e seu resultado deve nos dar uma ideia de como será a batalha judicial entre a Apple e a Qualcomm, prevista para começar em abril. Os promotores dos EUA têm a tarefa de provar que o principal negócio da Qualcomm de licenciar suas patentes para chipsets de processador de banda base ficou fora de controle a ponto de ninguém ter chances de competir, a inovação foi sufocada e os consumidores estão pagando mais do que deveriam.

Como funciona o licenciamento da Qualcomm

A Qualcomm tem estado na vanguarda do design e do patenteamento de tecnologias de processador de banda base, que lidam com a comunicação de baixo nível entre um dispositivo móvel e as estações de base das operadoras de rede móvel. Não há lei contra ser o primeiro a fazer algo e se beneficiar disso — até certo ponto. Mas essas patentes-chave foram incorporadas por organizações normativas (SSOs, na sigla em inglês) na indústria de telecomunicações, o que deu à Qualcomm uma tremenda alavancagem ao fechar acordos para impedir o crescimento de fabricantes de chips concorrentes, como a Intel.

Em um setor como as telecomunicações, muitas tecnologias diferentes feitas por diferentes empresas precisam trabalhar juntas. Assim, os grandes participantes se reúnem e concordam em estabelecer certos padrões, e esses padrões podem incluir tecnologias proprietárias que pertencem apenas a um único membro do grupo. Para mitigar o risco de a tecnologia proprietária desse único membro fornecer a eles o controle de todo o padrão, os SSOs geralmente concordam com um acordo de licenciamento "FRAND". Sigla em inglês para "justo, razoável e não discriminatório", a FRAND é uma forma de acordo maleável, na qual uma empresa dona de uma propriedade intelectual incluída em um padrão diz que sempre estará disposta a licenciá-la para concorrentes por um preço razoável. Se uma das partes decide que as coisas se tornaram irracionais, os tribunais podem intervir e decidir quais ajustes devem ser feitos.

Um alegado fracasso em cumprir os compromissos da FRAND em relação às suas patentes essenciais é o que colocou a Qualcomm em maus lençóis. A FTC diz que a fabricante de chips se tornou um monopólio abusivo de três maneiras:

  • Ela supostamente mantém uma política de "sem licença, sem chips" que exige que um fabricante de dispositivos concorde com os termos preferidos de royalties da Qualcomm. A FTC afirma que esta política resulta em royalties "elevados" pagos à Qualcomm no caso de um de seus fabricantes clientes querer, por exemplo, usar uma CPU da Qualcomm, mas usar o processador de banda básica da Intel.
  • Ela se recusa a licenciar suas patentes para concorrentes diretos.
  • De 2011 a 2016, reduziu suas pesadas taxas de royalties para a Apple para ganhar exclusividade no iPhone — supostamente prejudicando as chances dos concorrentes de se firmarem no setor, impedindo-os de fazer parte de um dos smartphones mais populares do planeta.

Essas alegações de práticas anticompetitivas foram repetidas em pareceres amici curiae apresentados pela Intel e pela Samsung para apoiar o processo da FTC.

Nenhum desses concorrentes tentou alegar que a Qualcomm é ruim no que faz, e ambos elogiaram sua história de inovação. Mas a Intel alegou que a liderança da Qualcomm no setor resultou em uma "rede interligada de patentes abusivas e práticas comerciais" que “forçaram ilegalmente fabricantes de telefones celulares a comprarem os chipsets que precisam da Qualcomm e somente da Qualcomm".

A Samsung diz que, por ser fabricante de chipsets e de telefones celulares que licenciam patentes da Qualcomm, tem experimentado rotineiramente a recusa da empresa para "licenciar seus SEPs [sigla em inglês para patente essencial para padrão, em tradução livre] em termos justos, razoáveis ​​e não discriminatórios ('FRAND') para que a Samsung possa produzir e vender chipsets licenciados".

Por que esse processo é importante

Ok, isso é muito complicado, e não está claro como isso é importante para o usuário médio de gadgets. A conclusão é que a FTC acredita que estaríamos todos pagando preços significativamente mais baixos pelos nossos dispositivos se a Qualcomm não cobrasse um “imposto” por essas patentes.

Obviamente, a Samsung é uma empresa enorme que não merece simpatia. Mas, como apontou seu parecer, os players menores não conseguem nem mesmo sobreviver às pressões desse tipo de litígio, muito menos subir ao nível de competir com a Qualcomm. Potenciais rivais da Qualcomm também podem ter medo de atacar a fera e atrapalhar outras relações do setor. "Outros fabricantes de chips podem não querer processar a Qualcomm por vários motivos, incluindo o medo de processo por infração, escalação, taxas de litígio, relacionamentos interrompidos com fabricantes", escreveram os advogados da Samsung.

Uma grande parte do que está sendo discutido é que pouca inovação aconteceu, pois as patentes da Qualcomm se tornaram essenciais para conectar smartphones a uma rede. Mas conectar-se a uma rede celular é apenas uma das muitas coisas que os smartphones modernos fazem. Em outras palavras, o que torna um smartphone inteligente agora não é exatamente o mesmo que, digamos, em 2006. A Qualcomm, então, deveria exigir a mesma taxa de royalties do que há uma década?

A lei antitruste não é uma ciência exata e, do jeito que funciona hoje, descobrir se uma empresa violou as regras antitruste é bem diferente de determinar se alguém roubou um banco ou cometeu um assassinato. O ativista de propriedade intelectual Florian Mueller resumiu as difíceis complicações da legislação antitruste e de patentes em seu blog em 2017:

Direitos de propriedade intelectual são monopólios (limitado a 20 anos no caso específico de patentes), mas a lei antitruste é uma lei anti-monopólio. Se todo royalty de patente legítimo fosse considerada uma “taxa” imposta por um “monopolista”, a lei antitruste se aplicaria de forma muito ampla, mas os direitos de patentes seriam desvalorizados. No entanto, se todo monopolista (verdadeiro) pudesse acabar com a lei de concorrência rotulando uma taxa de monopólio como "royalties de patentes", os direitos de patentes serviriam como um pretexto (poderoso) e quem mantivesse uma patente estaria imune ao escrutínio antitruste.

O processo da FTC está tentando provar que uma variedade de comportamentos da Qualcomm — como a suposta exclusividade de braço forte e cobrar "royalties elevados" de alguns concorrentes — resultam em uma violação da lei. A juíza distrital dos EUA, Lucy Koh, é a pessoa que terá que avaliar as variáveis ​​e decidir se a FTC fez uma peça suficientemente consistente.

Muitos especialistas acham que houve um forte caso antitruste contra a fusão entre a AT&T e a Time-Warner em junho passado, mas promotores públicos não conseguiram convencer o juiz. Até agora, no entanto, há razões para acreditar que as coisas podem estar indo do jeito pretendido pela FTC desta vez. A juíza Koh já emitiu um julgamento preliminar em novembro determinando que a Qualcomm deve licenciar suas patentes a um preço justo para seus concorrentes.

Surpreendentemente, Koh também rejeitou o pedido de ambas as partes para adiar um julgamento enquanto se envolvem em negociações de acordo. Em suas mais recentes audiências de supervisão do Senado, todos os cinco líderes da comissão da FTC concordaram que uma das maiores prioridades da agência deveria ser levar mais casos aos tribunais. Os julgamentos têm consequências maiores do que os acordos — eles são demorados, caros, criam incertezas nos investidores e, em alguns casos, podem acarretar penalidades criminais. Todos esses fatores atuam como impeditivos para evitar que as empresas pareçam mesmo envolvidas em práticas anticompetitivas. Acordos, por outro lado, são muito mais fáceis de calcular como custo de fazer negócios. Seja qual for o raciocínio de Koh para insistir que o julgamento avance, a FTC deve ficar feliz em entrar em uma sala de audiências e combater.

No caso de Koh considerar a Qualcomm culpada, a FTC deixou as possíveis consequências razoavelmente abertas. Em sua denúncia, os promotores pediram uma "ordem judicial para desfazer e impedir os métodos injustos de concorrência da Qualcomm" e um pedido para que "a Qualcomm cessasse sua conduta anti-concorrencial e tomasse medidas para restaurar as condições competitivas". Ninguém sabe o que isso significa em termos concretos.

Além da integridade da fiscalização antitruste e do preço geral dos dispositivos mais recentes, também estamos vendo uma batalha para decidir quem será a próxima Qualcomm.

Na sexta-feira passada, as duas primeiras testemunhas da FTC contra a Qualcomm foram as concorrentes chinesas Huawei e Lenovo. A declaração da Huawei de que está sendo tratada de forma injusta coincide com a alegação do governo dos EUA que o domínio potencial da empresa asiática na infraestrutura 5G representa uma ameaça à segurança nacional, porque seu equipamento pode ser comprometido pelas autoridades chinesas.

As "preocupações de segurança" não especificadas estão no centro deste caso ao longo do caminho, já que um dos maiores fabricantes de chips dos Estados Unidos enfrenta a perda potencial de royalties que sustentam a inovação futura. A briga legal de dois anos da FTC com a Qualcomm levou os nervosos investidores a buscarem uma fusão com a empresa Broadcom, sediada em Singapura. Em março, o presidente Trump bloqueou a fusão por preocupações com a segurança nacional.

Muitas questões essenciais sobre como nossa ecosfera tecnológica funciona estarão surgindo em um tribunal da Califórnia durante as próximas três semanas. Seja qual for o resultado, será disruptivo para uma indústria que se orgulha de ser disruptiva.

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Esta varinha é como um Photoshop da vida real para a sua pele

Posted: 10 Jan 2019 04:36 AM PST

Quando se trata de pele boa, pelo menos há sempre software de edição de fotos. Na vida real, no entanto, a única solução para cobrir manchas de idade, cicatrizes de acne, vermelhidão e olheiras é se besuntando em cremes. Mas a varinha de beleza da Opté é como usar um airbrush do Photoshop na sua pele na vida real. Na verdade, depois de vê-lo em ação, estou meio convencida de que se trata de bruxaria.

O dispositivo funciona escaneando a pele, usando luzes LED azuis e uma câmera digital integrada. De acordo com a Opté, as luzes destacam o contraste na melanina da pele para detectar até três vezes mais pigmentação do que a olho nu. Enquanto isso, a câmera captura até 200 imagens por segundo, que são analisadas em tempo real usando 70 mil linhas de código para descobrir o tamanho, a forma e a intensidade do ponto pigmentado.

Um representante da Opté me disse que a varinha basicamente compara o tom de pele de uma mancha com o da pele natural ao redor dela. Uma vez que detecta uma área que não corresponde ao resto, uma microimpressora na varinha corrige o ponto usando um picolitro — que corresponde a um bilionésimo de um litro — de um soro contendo pigmentos minerais, hidratantes e ingredientes de iluminação para desvanecer a área hiperpigmentada ao longo do tempo.

O processo é muito sutil. Você basicamente balança uma varinha sobre sua pele, e o resultado é praticamente o mesmo que uma base aplicada com perícia. Exceto que, como você está vendo em tempo real, a transformação não parece tão dramática. Mas tenho que admitir: quando vi a tecnologia em ação, fiquei estupefata ao ver várias manchas de idade de um modelo desaparecer. Fiquei mais perplexa quando uma toalhinha de remoção de maquiagem mal tinha manchas depois de usada após a aplicação da varinha.

Foto: Victoria Song/Gizmodo

De acordo com a Opté, o dispositivo deve funcionar com qualquer tipo de hiperpigmentação, incluindo sardas, manchas de idade e cicatrizes de acne. A companhia também disse que o aparelho lida muito bem com a vermelhidão, mas que o dispositivo têm dificuldades com grandes áreas de descoloração, como é o caso da rosácea severa. Eu os fiz testarem em uma pinta bem escura no meu braço, e, embora ela não tenha desaparecido completamente, a varinha a deixou menos aparente.

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Por ora, não há data de lançamento ou informações sobre preços. A Opté diz que ainda está trabalhando nesses detalhes para o lançamento ao consumidor. Será interessante ver o quão bem o dispositivo funciona em peles mais escuras. A Opté me garantiu que ele deve funcionar com todos os tons de pele, mas, historicamente, tecnologias baseadas em LED, como monitores de frequência cardíaca em wearables, têm frequentemente tido dificuldades com tons de pele mais escuros.

Ainda assim, se isso um dia significar que eu posso jogar fora minhas bases, meus corretivos e corretivos em bastão, só digo uma coisa: Opté, toma meu dinheiro.

Abaixo, um vídeo do fim de 2017 mostrando a tecnologia:

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As TVs 8K estão chegando, mas qual a vantagem delas?

Posted: 10 Jan 2019 03:54 AM PST

Samsung, LG, Sony, TCL e outras fabricantes anunciaram suas TVs 8K durante a CES 2019. Parece que começamos a falar sobre 4K ontem, mas foi em 2012 que as coisas começaram a surgir no noticiário. E cá estamos, entrando na era do 8K, dos 7680 x 4320 pixels.

O meu pensamento ao acompanhar esses lançamentos foi: “por que eu precisaria de um negócio desses se o conteúdo nem está disponível?”. Fiz exatamente essa pergunta para os representantes das marcas que mencionei acima.

As respostas foram exatamente as mesmas. O primeiro ponto desses caras foi me contar que quando as TVs 4K surgiram, também não havia conteúdo disponível. É verdade.

Acontece que, pelo menos no Brasil, nem o 4K se difundiu amplamente. Tivemos algumas transmissões com essa qualidade (como o carnaval) e só foi na Copa de 2018 que a TV fechada ofereceu essa possibilidade – e com um delay brochante.

Carnaval em 8K no estande da Sony.

Netflix, YouTube, Amazon Prime Video e outros serviços de streaming também oferecem um cardápio de conteúdos 4K, mas é preciso ter uma internet boa o suficiente para aproveitá-lo – pelo menos 25 Mbps de download, algo que pouquíssimas casas brasileiras possuem. O 8K demanda o dobro da velocidade.

O segundo argumento dos representantes foi o chamado “upscalling”. Basicamente, é uma técnica de aumento de resolução das imagens. Diversos televisores 4K possuem essa tecnologia, mas as companhias afirmam que a nova geração de TVs está mais inteligente e com uma capacidade de processamento ainda melhor para fazer esse trabalho.

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A Samsung, por exemplo, aposta em inteligência artificial para oferecer um upscalling mais preciso, além de um processador pomposo. A ideia é que a máquina aprenda como se melhora uma imagem de uma flor, por exemplo. De acordo com o gerente de produto da marca no Brasil, Guilherme Campos, existem quase oito milhões de imagens em diferentes categorias e resoluções na memória desse chip – tudo isso para fazer referências entre os materiais de baixa e alta resolução para completar os pixels de uma maneira precisa.

Essa TV da Samsung tem 98 polegadas!

Todas as companhias afirmam que qualquer tipo de conteúdo passará pelo o upscalling. Desde vídeos em HD até 4K. É claro que, quanto maior a qualidade original do vídeo, mais bonito ele ficará na TV.

Um representante da LG também apresentou outro ponto importante para a chegada das TVs 8K: o tamanho. Segundo ele, conforme as telas ficam maiores, o 4K já não dá mais conta do recado; é possível perceber pixels a partir de telas de 65 polegadas, por exemplo. Esse mesmo argumento foi repetido por um representante da TCL, que disse que a companhia enxerga que haverá mais demanda para telas maiores.

Foi legal ver as TVs 8K na feira e algumas marcas, como TCL, Samsung e LG, prometem trazer alguns desses modelos ainda neste ano para o mercado brasileiro. São imagens belíssimas, com cores vívidas, muita nitidez – ver alguns games rodando nos televisores também foi bacana. Mas esses detalhes extras só são percebidos quando você está muito perto. Eu não sei você, mas eu não fico colado na minha TV enquanto assisto um filme.

Essa da LG é menor, mas ainda gigante: 88 polegadas. Não cabe direito na minha casa.

É claro que elas serão caríssimas no começo, item para poucos. Só que alguém tem que começar, certo? E veja pelo lado bom: a tendência é que as TVs 4K comecem a ficar ainda mais baratas. Pelo menos por enquanto, estou muito mais animado com a possibilidade de televisores mais baratos e com tecnologias que realmente chamam minha atenção, como o HDR.

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O jornalista viajou para Las Vegas a convite da CTA, empresa que organiza a CES.

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