sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Gizmodo Brasil

Gizmodo Brasil


Google Chrome está testando recurso para avisar usuários sobre URLs suspeitas

Posted: 31 Jan 2019 12:53 PM PST

À medida que os esquemas de phishing se tornam cada vez mais sofisticados, os engenheiros do Google têm explorado formas de ajudar os usuários a identificar melhor URLs potencialmente nocivas. O Google Chrome está atualmente testando um novo aviso para sinalizar esses tipos de domínios, informou o CNET na terça-feira (29).

[foo_related_posts]

O recurso foi destacado nesta semana por Emily Stark, engenheira da equipe de segurança do Google Chrome, que falou na terça-feira na Conferência Enigma, em Burlingame, na Califórnia. De acordo com o CNET, a ferramenta sinalizaria basicamente URLs com erros de digitação ou domínios duvidosos com o objetivo de enganar os usuários, imitando minuciosamente os endereços de outros sites — uma tática usada para manipular os usuários e fazê-los compartilhar informações pessoais ou de pagamentos. Quando isso acontece, a ferramenta leva os usuários que estavam a caminho de uma URL suspeita a irem para um endereço legítimo. Conforme noticiou o CNET:

O novo aviso, que ainda está sendo testado, alerta os usuários sobre o fato de que eles não estão indo para um site popular ou um site com o qual se envolveram no passado. Se o usuário quiser continuar nessa direção, ele pode clicar em “ignorar”. Stark disse que sua equipe queria lançar uma sinalização para os usuários sem exagerar demais no alerta de perigo.

De acordo com Stark, para os usuários, URLs não são tão eficazes quanto as sinalizações vermelhas como alertas (especialmente no celular), ainda mais com truques cada vez mais furtivos em jogo. Um questionário recente sobre práticas maliciosas de phishing do Google e da subsidiária da Alphabet, Jigsaw, por exemplo, enganou um dos redatores da equipe do Gizmodo em dois de oito exemplos. Esses exemplos foram baseados em golpes legítimos de phishing que o Google encontrou e incluíam de tudo, desde documentos e arquivos PDF falsos até domínios incompletos — alguns dos quais são extremamente convincentes.

Sabemos que o Google está trabalhando em uma solução para esse problema há algum tempo. Em entrevista à Wired em setembro, a engenheira de software do Google Adrienne Porter Felt disse que a empresa estava buscando “avançar para um caminho em que a identidade na web seja compreensível para todos — em que eles saibam com quem estão falando quando estão usando um site e podem raciocinar sobre se podem confiar neles”. Para fazer isso, disse Felt, o Google precisaria explorar “grandes mudanças” nas exibições de URLs.

O ZDNet informou na quarta-feira (30) que o Google está de fato testando um recurso “Sugestões de navegação para URLs semelhantes” desde o lançamento do ano passado do Chrome Canary 70.

O site apontou que os usuários podem habilitá-lo como um recurso experimental no Chrome Canary, assim como na versão estável do Chrome, mas acrescentou que o recurso no estável “não detectou as mesmas URLs que o Canary, o que significa que os engenheiros do Google ainda estão refinando seu sistema de detecção de URLs semelhantes antes do seu lançamento oficial”. Os usuários podem encontrar o recurso experimental colando este endereço na barra de URLs: chrome://flags/#enable-lookalike-url-navigation-suggestions

Um porta-voz do Google disse ao Gizmodo que a companhia ainda está trabalhando no recurso e que ainda não há data de lançamento oficial.

[CNET]

The post Google Chrome está testando recurso para avisar usuários sobre URLs suspeitas appeared first on Gizmodo Brasil.

Sonda Parker, da NASA, já está preparada para se aproximar novamente do Sol

Posted: 31 Jan 2019 12:39 PM PST

Já faz um tempo que ouvimos falar sobre a sonda solar Parker, aquela espaçonave da NASA que vai em direção ao Sol e que muito provavelmente se tornará em breve um punhado de metal derretido. Em uma atualização da agência espacial, soubemos agora que a equipe que controla a missão está dedicada à sua segunda aproximação do Sol. Ao todo, o plano é que a sonda faça 24 órbitas estelares.

[foo_related_posts]

A sonda Parker completou sua primeira jornada pela órbita do Sol, atingindo seu ponto de afogamento, ou seja, a distância orbital mais distante de nossa estrela, em janeiro de 2019, informou a NASA. Ela está novamente indo em direção ao seu alvo, com a expectativa de atingir o periélio (ponto de maior proximidade com o Sol) em 4 de abril de 2019.

A sonda solar Parker atingiu um importante marco de 161 dias de missão, e parece que tudo está dando certo até o momento.

"Foi uma primeira órbita esclarecedora e fascinante", disse Andy Driesman, gerente de projeto da sonda Parker, em um comunicado. "Aprendemos muito sobre como a espaçonave opera e reage no ambiente solar, e estou orgulhoso em dizer que as projeções de nossa equipe foram muito precisas."

Trajetória da sonda Parker e atual posição. Crédito: NASA

A sonda está transmitindo dados para a Terra usando a Deep Space Network, da NASA, um conjunto de antenas posicionadas na Terra e no espaço feitas para oferecer suporte a missões de espaçonaves. Até agora, a sonda já transmitiu mais de 17 gigabits de dados científicos preciosos para o nosso planeta, segundo a NASA, mas só em abril deveremos receber dados ainda sobre a primeira volta ao redor do Sol. A espaçonave está coletando dados sem precedentes com seu conjunto de instrumentos — dados que ajudarão os cientistas a aprenderem mais sobre a coroa solar e como o material estelar e partículas produzidas pelo Sol se movem pelo espaço em altas velocidades.

Um dos cientistas do projeto, Nour Raouafi, disse que os dados coletados até o momento sugerem "muitas coisas novas que não vimos antes e potenciais novas descobertas". A sonda solar Parker, disse ele em um comunicado, "está cumprindo a promessa da missão, revelando os mistérios do nosso Sol".

Um outro marco importante rolou algumas semanas antes do afélio, quando a Parker entrou em pleno status operacional, ou fase E, no dia do ano novo. Todos os sistemas da sonda estão agora online e funcionando de acordo com as especificações, segundo a NASA.

A equipe da Parker pode agora estabelecer seus locais para o periélio de abril, quando a sonda vai perambular a uma distância do Sol de 21,1 milhões de quilômetros, o que estabelecerá um novo recorde para um objeto construído por humanos.

Em 29 de outubro de 2018, a Parker estabeleceu um recorde de proximidade quando chegou a 42,7 milhões de quilômetros da superfície do Sol, quebrando o antigo recorde da sonda Helios 2. A distância mais próxima da sonda é esperada para ocorrer em junho de 2025, quando serão 6,16 milhões de quilômetros do Sol. Nessa distância, a Parker precisará de apenas 88 dias para fazer uma órbita completa em torno da estrela e viajará aproximadamente a 692 mil quilômetros por hora.

Na preparação para o afélio de abril, os controladores da missão estão liberando espaço de armazenamento excluindo os arquivos já transmitidos para a Terra e enviando informações atualizadas de posicionamento e navegação, inclusive uma sequência de comandos automatizados que deve manter a sonda ocupada por cerca de um mês.

Boa sorte em sua segunda viagem em direção ao Sol, sonda Parker!

[NASA]

The post Sonda Parker, da NASA, já está preparada para se aproximar novamente do Sol appeared first on Gizmodo Brasil.

Cade homologa acordo, e Correios pagam R$ 21,9 milhões por práticas anticompetitivas

Posted: 31 Jan 2019 10:52 AM PST

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) fechou acordo com os Correios — a empresa de entregas era acusada de práticas anticompetitivas. A companhia estatal assinou um Termo de Compromisso de Cessação e pagará R$ 21,9 milhões ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos.

[foo_related_posts]

A denúncia partiu do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp). A entidade alegou que os Correios tinham práticas anticompetitivas, que visavam estender para outros produtos o monopólio que a empresa estatal tem sobre a entrega de cartas.

Isso se dava de duas maneiras, principalmente. A primeira é o chamado sham litigation, nome dado à conduta de mover ações judiciais repetidas sem fundamento, apenas para atrapalhar os concorrentes.

Os Correios entraram na Justiça diversas vezes com ações e pedidos de liminar contra empresas de água e luz que imprimem faturas no ato da entrega e também contra a entrega de boletos de tributos, alegando que isso feria o monopólio postal.

A Superintendência-Geral do Cade (SG/Cade) analisou mais de 200 processos do tipo, sendo que grande parte deles terminou com a derrota dos Correios nos tribunais. Diz o comunicado do Cade:

O fato de os Correios insistirem em um alto número de ações e pedidos de liminar potencialmente sem fundamento representaria um custo significativo para os clientes e demais empresas que atuam neste setor, trazendo consequências danosas para a concorrência, como a retirada de players do mercado, redução da competição, preços mais elevados, menor qualidade e velocidade de prestação do serviço.

A outra forma de prática anticompetitiva era a discriminação. Segundo a denúncia, os Correios usavam sua rede capilarizada, fruto de benefícios e privilégios legais, para cobrar mais caro por seus serviços quando eles eram contratados por empresas concorrentes.

"De acordo com a investigação, há indícios de que os Correios estariam impedindo ou dificultando o uso dessa infraestrutura por parte das outras empresas", diz o comunicado. "No segmento de entregas do comércio eletrônico e nos serviços voltados ao setor financeiro, verificou-se que os Correios estariam se recusando a trabalhar com alguns concorrentes, liberando seus serviços apenas às empresas que não competem com a estatal."

De acordo com o Cade, o Termo de Compromisso de Cessação (TCC) assinado pelos Correios e homologado na quarta-feira (30) pelo órgão fiscalizador garante o fim das práticas anticompetitivas.

[Cade via Telesíntese]

The post Cade homologa acordo, e Correios pagam R$ 21,9 milhões por práticas anticompetitivas appeared first on Gizmodo Brasil.

O enterro oficial do Google+ será no dia 2 de abril

Posted: 31 Jan 2019 10:13 AM PST

Ícone do Google+

O enterro já tem data marcada: o Google+ será encerrado no dia 2 de abril, logo depois do dia da mentira. A rede social, que muita gente nem sabe que existe, já andava mal das pernas e com a notícias de um vazamento de dados dos usuários, o Google decidiu por fim nessa história.

Foram dois vazamentos em um curto período de tempo, o que fez com que a companhia decidisse encerrar o serviço em abril – antes do previsto inicialmente. Agora, temos uma data concreta.

[foo_related_posts]

A página de suporte do Google detalha como será o desligamento do serviço e, olha, a coisa vai ser meio brutal. O site será retirado do ar e absolutamente tudo será apagado. “No dia 2 de abril, sua conta do Google+ e quaisquer páginas que você tenha criado serão encerradas e começaremos a deletar o conteúdo das contas de consumidores”, diz o texto.

Comentários feitos por meio do Google+ em páginas do Blogger e em sites de terceiros também serão apagados. Os usuários terão até abril para baixar os seus dados e salvá-los. Para isso, acesse esta página.

Na tentativa de frear o Facebook, a rede social foi integrada a muitos outros serviços do Google. O Google Fotos, por exemplo, nasceu lá. No passado, era preciso ter uma conta no G+ para comentar no YouTube, para você ter uma ideia. Ou seja, esse processo de eutanásia vai ser duro e a própria empresa reconhece.

A página de suporte diz que a remoção do conteúdo irá demorar alguns meses. “Por exemplo, alguns usuários podem ver partes de sua conta do Google+ pelo registro de atividades e alguns conteúdos do Google+ para consumidores continuarão visíveis para usuários do G Suite”, avisa.

Então, se você tem alguma coisa importante na rede social moribunda, é melhor ir salvando seus conteúdos. A partir de 4 de fevereiro não será mais possível criar perfis na rede e o botão “Login com Google+” em sites de terceiros não irão funcionar – essas páginas devem adotar o botão de login com Google. A caixa de comentários do G+ será removida do Blogger no dia 4 de fevereiro e de sites de terceiros no dia 7 de março.

Como salvar os seus dados do Google+

• Vá até a página de dados do Google para fazer o download;• Os dados disponíveis da rede social já estarão pré-selecionados;
• Clique em “Próxima”;
• Escolha um tipo de arquivo e o tamanho máximo para cada um deles;
• Escolha como você quer baixar seus dados (envio por e-mail, Google Drive ou outro)
• Clique em “Criar arquivo”.

Contas já deletadas da rede ainda possuem um arquivo de fotos e vídeos disponível. Acesse este link para recuperá-los.

[ArsTechnica]

The post O enterro oficial do Google+ será no dia 2 de abril appeared first on Gizmodo Brasil.

Câmera tripla, sensor laser e USB-C: o que devemos ter nos próximos iPhones

Posted: 31 Jan 2019 09:01 AM PST

iPhone XR

Ainda faltam pelo menos oito meses para o lançamento de novos iPhones, mas as primeiras informações sobre as próximas gerações já estão pipocando. Mark Gurman, da Bloomberg, que há anos traz uma série de novidades em relação a produtos da Apple com antecedência, publicou nesta quarta-feira (30) uma reportagem indicando as prováveis tecnologias do iPhone dos aparelhos que serão lançados em 2019 e 2020.

[foo_related_posts]

Novidades para o iPhone de 2019

Para este ano, ele diz que podemos esperar sucessores para o iPhone Xs, Xs Max e iPhone XR. O modelo maior, Xs Max, deve ter três câmeras na traseira: um sensor tradicional, outro para zoom óptico e outro com campo mais amplo.

A companhia prepara ainda uma série de funções de software que seriam auxiliadas pelo trio de câmeras – segundo as fontes ouvidas por Gurman, a captura de mais pixels possibilitaria a edição de vídeos e fotos para a inclusão de algum assunto que tenha ficado fora do enquadramento, por exemplo. A Apple planeja ainda aumentar a duração das Live Photos – que capturam um pedacinho de vídeo antes e depois do clique – de três para seis segundos.

Os iPhones desse ano também podem vir com um conector USB-C em vez do Lightining, usado desde 2012. O último iPad Pro, inclusive, conta com essa entrada. Essa é uma das informações mais animadoras por finalmente indicar uma padronização na indústria – muitos Androids têm USB-C.

Por fim, os modelos de 2019 ainda terão um novo processador e usarão um sensor atualizado para o FaceID. O design não deve mudar muito e as maiores mudanças devem acontecer só em 2020, principalmente para preparar o terreno para a adoção da tecnologia 5G nos iPhones.

Além de iPhones, a Apple pode lançar uma versão atualizada do iPad mais barato, com tela de aproximadamente 10 polegadas e processador mais veloz entre março e junho deste ano. O dispositivo ainda deve ter conector Lightning. Outro iPad que pode receber uma atualização é o iPad mini, que não tem novidades desde 2015.

Planos para 2020

Gurman aponta que os iPhones do ano que vem terão um sensor laser em uma das três câmeras traseiras. Esse sensor seria capaz de escanear o ambiente em 3D, funcionando a até 4,5 metros de distâncias. Para efeitos de comparação, um sistema 3D é utilizado atualmente para o FaceID e consegue fazer leituras entre 25 a 50 centímetros.

A intenção de um sensor como esse é aumentar as capacidades do iPhone com a realidade aumentada – a câmera teria um percepção de profundidade melhor para organizar objetos, por exemplo. A tecnologia também pode ajudar a tirar Retratos mais precisos. De acordo com as fontes de Gurman, a Apple já está testando esse novo sistema com a Sony, que deve fabricar o sensor.

Essa câmera 3D com sensor laser poderia estrear em um novo iPad Pro, que seria lançado entre março e junho de 2020.

iOS 13

O iOS 13 deve incluir uma opção de modo noturno, seguindo os passos do macOS Mojave. São planejados ainda melhorias para o CarPlay e algumas alterações específicas para o iPad, incluindo uma nova tela inicial e a possibilidade de alternar entre múltiplas páginas de um mesmo app (alternar rapidamente abas em navegadores, por exemplo).

Há expectativa para a integração de dois novos serviços em atualizações deste ano no iOS. Provavelmente teremos um serviço de assinatura de serviços e o serviço de streaming de vídeo da própria Apple.

[Bloomberg]

The post Câmera tripla, sensor laser e USB-C: o que devemos ter nos próximos iPhones appeared first on Gizmodo Brasil.

Neurocientistas traduzem ondas cerebrais da audição em fala inteligível

Posted: 31 Jan 2019 08:23 AM PST

Usando tecnologia de escaneamento cerebral, inteligência artificial e sintetizadores de fala, cientistas converteram padrões cerebrais em fala verbal inteligível. No entanto, em vez de captar os pensamentos internos de um indivíduo para reconstruir a fala, a nova pesquisa — publicada esta semana na Scientific Avances — usa os padrões cerebrais produzidos ao escutar a fala.

[foo_related_posts]

Para elaborar tal neuroprótese de fala, o neurocientista Nima Mesgarani e seus colegas combinaram avanços recentes em aprendizagem profunda (também conhecida como deep learning) com tecnologias de síntese de fala. A interface cérebro-computador resultante, embora ainda rudimentar, capturou padrões cerebrais diretamente do córtex auditivo, que foram, então, decodificados por um vocoder, ou sintetizador de fala, com tecnologia de inteligência artificial.

Assim, foi possível produzir uma fala inteligível. O discurso foi muito robótico, mas três em cada quatro ouvintes foram capazes de discernir o conteúdo. É um avanço animador — que pode ajudar pessoas que perderam a capacidade de falar.

Para ser claro, o dispositivo neuroprostético de Mesgarani não está traduzindo a fala que está na cabeça de um indivíduo — ou seja, os pensamentos em nossas cabeças, também chamados de fala imaginada — diretamente em palavras. Infelizmente, ainda não chegamos lá em termos de ciência.

Em vez disso, o sistema capturou as respostas cognitivas distintas de um indivíduo enquanto ouvia gravações de pessoas falando. Uma rede neural profunda foi, então, capaz de decodificar ou traduzir esses padrões, permitindo que o sistema reconstruísse a fala.

"Este estudo segue uma tendência recente na aplicação de técnicas de aprendizagem profunda para decodificar sinais neurais”, disse Andrew Jackson ao Gizmodo. Jackson é professor de interfaces neurais da Universidade de Newcastle e não participou desse estudo. "Neste caso, os sinais neurais são registrados a partir da superfície do cérebro dos seres humanos durante a cirurgia de epilepsia. Os participantes ouvem diferentes palavras e frases lidas por atores. As redes neurais são treinadas para aprender a relação entre sinais cerebrais e sons. Como resultado, elas conseguem reconstruir reproduções inteligíveis das palavras e frases baseadas apenas nos sinais cerebrais."

Pacientes com epilepsia foram escolhidos para o estudo porque, muitas vezes, têm que passar por uma cirurgia no cérebro. Mesgarani recrutou cinco voluntários para o experimento, com a ajuda de Ashesh Dinesh Mehta, neurocirurgião do Instituto de Neurociência da Northwell Health Physician Partners e coautor do novo estudo. A equipe usou eletrocorticografia invasiva (ECoG) para medir a atividade neural à medida os pacientes ouviam sons contínuos de fala. Os pacientes escutaram, por exemplo, falantes recitando dígitos de zero a nove. Seus padrões cerebrais foram, então, introduzidos no vocoder equipado com IA, resultando na fala sintetizada.

Os resultados foram muito robóticos, mas bastante inteligíveis. Nos testes, os ouvintes puderam identificar corretamente os dígitos falados em cerca de 75% do tempo. Eles conseguiram até dizer se o orador era masculino ou feminino. Nada mal, e um resultado que chegou a ser uma "surpresa" para Mesgarani, como ele disse ao Gizmodo em um e-mail.

As gravações do sintetizador de fala podem ser encontradas aqui — os pesquisadores testaram várias técnicas, mas o melhor resultado veio da combinação de redes neurais profundas com o vocoder.

O uso de um sintetizador de voz neste contexto, ao contrário de um sistema que pode combinar e recitar palavras pré-gravadas, foi importante para Mesgarani. Como ele explicou ao Gizmodo, há mais coisas na fala do que apenas juntar as palavras certas.

"Como o objetivo deste trabalho é restaurar a comunicação daqueles que perderam a capacidade de falar, procuramos aprender o mapeamento direto do sinal cerebral para o próprio som da fala", disse ele ao Gizmodo. "É possível também decodificar fonemas [unidades distintas de som] ou palavras. No entanto, a fala tem muito mais informação do que apenas o conteúdo — como o locutor [com sua voz e estilo distintos], entonação, tom emocional e assim por diante. Portanto, nosso objetivo neste artigo em particular foi recuperar o som em si."

No futuro, Mesgarani gostaria de sintetizar palavras e frases mais complicadas, e coletar sinais cerebrais de pessoas que estão simplesmente pensando ou imaginando o ato de falar.

Jackson ficou impressionado com o novo estudo, mas ele disse que ainda não está claro se essa abordagem se aplicará diretamente às interfaces cérebro-computador.

"No artigo, os sinais decodificados refletem palavras reais ouvidas pelo cérebro. Para ser útil, um dispositivo de comunicação teria que decodificar palavras que são imaginadas pelo usuário", disse Jackson ao Gizmodo. "Embora haja frequentemente alguma sobreposição entre as áreas do cérebro envolvidas na audição, fala real e fala imaginada, ainda não sabemos exatamente em que medida os sinais cerebrais associados serão semelhantes."

William Tatum, neurologista da Mayo Clinic que também não estava envolvido no novo estudo, disse que a pesquisa é importante porque é a primeira a usar a inteligência artificial para reconstruir a fala das ondas cerebrais envolvidas na geração de estímulos acústicos conhecidos. O significado é notável, "porque promove a aplicação da aprendizagem profunda na próxima geração de sistemas de produção de fala", disse ele ao Gizmodo. Apesar disso, ele sentiu que o tamanho da amostra dos participantes era muito pequeno e que o uso de dados extraídos diretamente do cérebro humano durante a cirurgia não é o ideal.

Outra limitação do estudo é que as redes neurais, para que façam mais do que apenas reproduzir palavras de zero a nove, teriam que ser treinadas em um grande número de sinais cerebrais de cada participante. O sistema é específico do paciente, pois todos nós produzimos padrões cerebrais diferentes ao ouvir a fala.

"Será interessante ver como, no futuro, os decodificadores treinados para uma pessoa se generalizariam para outros indivíduos", disse Jackson. "É um pouco como os sistemas de reconhecimento de fala iniciais, que precisavam ser treinados individualmente pelo usuário, ao contrário da tecnologia atual, como a Siri e a Alexa, que podem entender a voz de qualquer pessoa, usando também redes neurais. Só o tempo dirá se essas tecnologias poderão, um dia, fazer o mesmo para sinais cerebrais."

Sem dúvida, ainda há muito trabalho a fazer. Mas o novo artigo é um passo encorajador para a criação de implantes neuroprostéticos de fala.

[Scientific Reports]

The post Neurocientistas traduzem ondas cerebrais da audição em fala inteligível appeared first on Gizmodo Brasil.

A história de juntar mensagens do WhatsApp, Instagram e Facebook é para 2020, diz Zuckerberg

Posted: 31 Jan 2019 06:44 AM PST

Mark Zuckerberg na conferência de desenvolvedores do Facebook

Como se não bastasse ser dono de três dos aplicativos mais usados no mundo, Mark Zuckerberg pretende unificar as mensagens deles em um só lugar. O plano foi revelado na semana passada e reforçado pelo CEO do Facebook durante a conferência de divulgação do balanço trimestral da companhia – mas há um porém: o plano é para 2020.

[foo_related_posts]

“Sobre a integração que estamos pensando em fazer, realmente está em um estágio muito inicial. Ainda há muitas coisas para resolver”, disse Zuckerberg. Porém, são grandes as chances da integração de infraestrutura acontecer de fato: “Acho que essa é a direção que devemos seguir com mais coisas no futuro”, completou.

Segundo ele, as pessoas iriam curtir uma central de mensagens unificadas por não precisarem pular de uma plataforma para outra. Em um exemplo, ele citou a negociação no Marketplace do Facebook, que às vezes pode acabar no WhatsApp.

O executivo destacou também que o Messenger – combinado com os sistemas de mensagens dos outros apps – poderia servir como uma camada de SMS parecida com o iMessage da Apple.

Um controle mais centralizado desses apps independentes já era um presságio da saída dos cofundadores dessas plataformas. Nos últimos anos, saíram Kevin Systrom e o brasileiro Mike Krieger, do Instagram; e Jan Koum e Brian Acton, do WhatsApp. Todos eles supostamente bateram de frente com as diretivas de Zuckerberg, que, como agora sabemos, envolvia tirar a autonomia desses apps.

Os apps devem operar como produtos independentes, embora com um backend e gráfico social interoperáveis — uma mudança que "requer milhares de funcionários do Facebook para reconfigurar como o WhatsApp, Instagram e Facebook Messenger funcionem em sua forma mais básica".

Quem está de olho nessa movimentação são órgãos na União Europeia. Na Irlanda, uma comissão de proteção de dados já solicitou à rede social um “resumo urgente do que está sendo proposto”. Essa comissão é responsável pela regulação do Facebook na União Europeia e afirma saber que os planos ainda não se materializaram. A intenção é garantir desde já que a companhia irá cumprir com as regras da GDPR, a lei de proteção de dados europeia.

[The Verge]

The post A história de juntar mensagens do WhatsApp, Instagram e Facebook é para 2020, diz Zuckerberg appeared first on Gizmodo Brasil.

Biólogo vencedor do Nobel sabia sobre os bebês geneticamente modificados há meses, mas ficou quieto

Posted: 31 Jan 2019 05:10 AM PST

A Associated Press informa que o ganhador do Prêmio Nobel e biólogo Craig Mello estava ciente de uma gravidez na China envolvendo bebês geneticamente modificados durante meses antes que a notícia se tornasse pública. O fato de que um cientista de renome conhecia esse trabalho altamente antiético e optou por permanecer em silêncio é um sério motivo de preocupação e um sinal de que a cultura em torno de pesquisas questionáveis precisa mudar.

[foo_related_posts]

Conforme noticiam Candice Choi e Marilynn Marchione na AP, Mello serviu no conselho consultivo científico da Direct Genomics, uma empresa de propriedade do geneticista He Jiankui, o pesquisador por trás do controverso e possivelmente criminoso trabalho de edição de genes. Ele, um cientista da Universidade de Ciência e Tecnologia do Sul, de Shenzhen, enviou um e-mail para Mello em abril de 2018 lhe contando sobre a gravidez. Mello respondeu condenando o trabalho, mas permaneceu como conselheiro científico da empresa de He, que não esteve envolvida no experimento, durante os oito meses seguintes, renunciando apenas depois que a notícia de que os bebês modificados geneticamente se tornou pública, de acordo com a AP. Mello ainda não respondeu a um pedido de comentários do Gizmodo.

Durante uma conferência de edição do genoma humano em Hong Kong, em novembro de 2018, He admitiu ter modificado o DNA de embriões com a ferramenta de edição de genes CRISPR, em seguida os implantando no útero da mãe. As gêmeas nasceram no início de novembro com uma aparente imunidade ao HIV/AIDS, uma consequência da remoção do gene CCR5.

Uma segunda gravidez também foi revelada por He na conferência. A pesquisa, embora ainda não confirmada, foi fortemente criticada devido ao atual estado prematuro da tecnologia de edição de genes, porque ela não foi considerada clinicamente necessária e porque os efeitos a longo prazo da modificação são desconhecidos, entre muitas outras preocupações.

Tal como está, a maioria dos países, incluindo a China e os Estados Unidos, permite que pesquisadores modifiquem o DNA de embriões humanos, mas a indução de uma gravidez com embriões modificados é estritamente proibida. Uma investigação recentemente concluída pelas autoridades chinesas descobriu que He, além de violar essa proibição, infringiu leis em busca de “fama e ganho pessoais”, forjando certificados de ética e falsificando trabalho laboratorial. He Jiankui foi detido pelas autoridades de segurança e será “severamente tratado”, de acordo com a mídia estatal chinesa.

A AP obteve e-mails entre Mello e He por meio de um pedido de registos públicos, espécie de Lei de Acesso à Informação dos EUA. Como a correspondência entre os dois mostra, Mello, que ganhou o Prêmio Nobel em 2006 por pesquisa genética, foi crítico do seu trabalho. Em abril de 2018, em um e-mail intitulado “Sucesso!”, He escreveu a Mello:

Caro Craig,

Boas notícias! A mulher está grávida, o sucesso da edição do genoma! O embrião com o gene CCR5 editado foi transplantado na mulher há 12 dias, e hoje a gravidez está confirmada!

Ao que Mello respondeu:

Fico feliz por você, mas prefiro não ser informado sobre isso. Eu acho que essa não é uma verdadeira necessidade médica não atendida e, por isso, não apoio o uso do CRISPR para essa indicação. Você está arriscando a saúde da criança que está editando e, segundo meu conhecimento, não há risco significativo de transmissão [HIV/AIDS] para embrião com FIV. Na verdade, o tratamento em si está alimentando o medo sobre o HIV e um estigma que não é baseado em nenhum fato médico. Eu simplesmente não entendo por que você está fazendo isso.

Desejo à sua paciente a melhor das sortes para uma gravidez saudável.

Apesar de suas reservas, Mello permaneceu com a Direct Genomics — e aparentemente se manteve em silêncio sobre a pesquisa duvidosa de He. Mello recusou o pedido da AP para uma entrevista, mas sua universidade, a Faculdade de Medicina da Universidade de Massachusetts, forneceu uma declaração à agência de notícias na qual Mello disse que suas conversas com He eram “hipotéticas e amplas” e que ele não sabia que He era capaz de editar genes humanos. De acordo com a reportagem da AP:

Segundo uma declaração fornecida pela universidade de Mello, He abordou Mello durante um intervalo em uma reunião da empresa em novembro de 2017 para falar sobre a possibilidade de usar a poderosa ferramenta de edição de genes CRISPR para prevenir a infecção pelo HIV de pais para filhos. A declaração dizia que Mello afirmara que não tinha ideia da intenção de He de testar isso ele mesmo.

Dito tudo isso, Mello encaminhou He a um colega para aconselhamento sobre “riscos de transmissão do HIV em pediatria para uma terapia que ele está contemplando”, e o biólog participou de uma reunião da Direct Genomics na China cerca de uma semana antes da conferência de Hong Kong, informa a AP.

Este episódio, obviamente, não é bom e destaca as obrigações dos cientistas de se manifestarem quando surgem evidências de trabalho antiético. No artigo da AP, a bioeticista Alta Charo, da Universidade do Wisconsin, que codirigiu a conferência de Hong Kong, é citada dizendo que “não está claro” como alguém como Mello “poderia ter expressado preocupações” sobre o projeto de He. Essa é uma afirmação absurda, já que um simples tuíte, por exemplo, poderia ter alertado o mundo inteiro, dada a posição proeminente de Mello na comunidade científica. Mas canais mais formais e discretos de denúncias também existem.

“Quando você ouve falar sobre algo assim, você tem o dever de denunciar uma conduta antiética”, disse Arthur Caplan, bioeticista da Escola de Medicina da Universidade de Nova York, em entrevista ao Gizmodo. “No mínimo, você deve ir à instituição de origem do pesquisador, encontrar o reitor ou seu supervisor imediato e expressar suas preocupações. Pergunte-lhes se eles estão cientes dessa pesquisa e se aprovaram.”

Outra opção, afirmou Caplan, é que o cientista em questão alerte seu grupo de colegas, perguntando-lhes se já ouviram falar dessa pesquisa. Juntos, disse ele, o grupo poderia emitir uma carta pública, detalhando o que descobriram, explicando a natureza problemática do trabalho e condenando a pesquisa. Além disso, “a carta deve recomendar contra qualquer apresentação do trabalho e a publicação de detalhes em revistas científicas”, acrescentou Caplan. “Em última análise, você não quer dar a eles (pesquisadores antiéticos) uma plataforma.”

Kerry Bowman, bioeticista da Universidade de Toronto, disse que a ação de Mello mostra o quão problemática pode ser uma moratória sobre a edição genética de embriões, visto que cientistas renomados não estão dispostos a agir sobre um ato tão imprudente e uma clara violação ética.

“A falta de ação e o silêncio sugerem uma cultura de preocupação ética limitada”, disse Bowman ao Gizmodo. “A verdadeira ética na pesquisa não é apenas sobre o que os indivíduos fazem na busca pela pesquisa, mas também sobre de que eles fazem parte e o que testemunham.”

É obviamente importante jogar luz sobre indivíduos que erraram e que deveriam ter sabido o que estavam fazendo. Porém, mais importante é que a comunidade científica precisa aprender desse incidente e desenvolver uma cultura na qual ficar em silêncio não é aceitável.

[Associated Press]

The post Biólogo vencedor do Nobel sabia sobre os bebês geneticamente modificados há meses, mas ficou quieto appeared first on Gizmodo Brasil.

Apesar de ano cheio de escândalos, Facebook tem lucro recorde no último trimestre de 2018

Posted: 31 Jan 2019 04:32 AM PST

Em um feito um tanto inacreditável, considerando o péssimo ano que teve em 2018, o Facebook — recém-saído de um novo escândalo envolvendo um aplicativo de "pesquisa" voltado para adolescentes — divulgou um lucro recorde em seu balanço financeiro desta quarta-feira (30).

A CNBC informa que o Facebook superou estimativas de analistas sobre lucros e receita. A empresa registrou um lucro líquido de US$ 6,88 bilhões no quarto trimestre de 2018 — acima dos US$ 4,27 bilhões do mesmo período no ano anterior. Isso significa um lucro de US$ 2,38 por ação, acima das estimativas de US$ 2,19. A empresa viu sua receita aumentar 30%, para US$ 16,91 bilhões, o que superou as estimativas dos analistas de US$ 16,39 bilhões.

[foo_related_posts]

Além disso, as métricas de usuários ativos mensais e diários continuam a crescer, com usuários diários atingindo 1,5 bilhão e usuários mensais atingindo 2,3 bilhões.

Quanto ao crescimento de usuários, aliás, os números informados pela empresa praticamente estão alinhados com as expectativas dos analistas. Mas eles também seguem o que foi um ano excepcionalmente tumultuado para a empresa, em que os problemas de relações públicas foram uma ocorrência quase semanal.

Na verdade, mesmo esta última semana foi um grande problema para o Facebook. O fundador e CEO da empresa, Mark Zuckerberg, publicou uma coluna constrangedora no Wall Street Journal, em que insinua que os usuários não confiam no Facebook porque não entendem como a rede funciona. Em seguida, o TechCrunch informou que o Facebook tem buscado adolescentes para usar uma VPN para "pesquisa", que vê pega todos os seus dados de navegação na web e de uso do celular. Além disso, houve a denúncia na semana passada de que o Facebook estava há anos deixando crianças usarem os cartões de crédito de seus pais sem o conhecimento deles.

Além de tudo isso, houve, é claro, todas as outras coisas que mancharam a reputação da rede no ano passado. O fiasco da Cambridge Analytica aconteceu em 2018, assim como as alegações de sua cumplicidade com o genocídio em Mianmar, assim como muitos, muitos escândalos de privacidade e de troca de dados que davam a impressão de que nunca parariam de surgir. E não se esqueça da interferência eleitoral que Zuckerberg alegou ser impossível de eliminar completamente.

Como o Facebook sobreviveu a um ano assim? Simples: a rede detém dados de bilhões de usuários, que deliberadamente entregam suas informações pessoais, incluindo idade, gênero, afiliações religiosas e políticas, interesses, contatos, localização, hábitos de compra, etc.

A empresa usa esses dados para veicular anúncios especificamente adaptados aos seus interesses. Os anunciantes pagarão quantias exorbitantes de dinheiro para pôr as mãos em seus dados demográficos, e o Facebook possui o monopólio dessas informações.

É como o próprio Zuckerberg escreveu em seu texto publicado na semana passada: "Em uma transação comum, você paga uma empresa por um produto ou serviço que eles fornecem. Aqui você recebe nossos serviços gratuitamente, e trabalhamos separadamente com os anunciantes para exibir anúncios relevantes." Ele pode não estar vendendo seus dados, mas está lucrando bilhões.

Talvez este seja o ano em que o Facebook comece a trabalhar em todos os problemas que está prometendo consertar. Mas ainda é espantoso ver que a empresa foi tão bem em um ano tão horrível.

[CNBC]

The post Apesar de ano cheio de escândalos, Facebook tem lucro recorde no último trimestre de 2018 appeared first on Gizmodo Brasil.

Apple revoga certificado do Facebook para testar apps após rede burlar regras

Posted: 31 Jan 2019 03:32 AM PST

Anteontem, surgiu a notícia de que o Facebook pagou adolescentes para monitorar seus telefones por meio de um aplicativo de "pesquisa". Ontem, após a repercussão da história, a Apple retirou o Enterprise Certificate da rede social. Como resultado, ela não pode mais acessar seus aplicativos internos para iOS, como as versões de pré-lançamento do Facebook, Instagram e Messenger, "bem como os aplicativos de funcionários para coordenar deslocamentos ou ver a programação de almoço do dia", informa o TechCrunch.

Depois que a história inicial foi publicada, a Apple revogou as credenciais de desenvolvedor do Facebook por desrespeitar a política da empresa, que diz que o sistema só pode ser usado para distribuir internamente aplicativos corporativos.

[foo_related_posts]

Na reportagem, fica claro que o Facebook estava buscando consumidores — incluindo adolescentes — para o seu aplicativo de pesquisa, que supostamente opera de maneira bastante parecida com seu Onavo Protect, analisando hábitos de uso. Logo depois, a rede social disse, em um comunicado, que havia fechado a versão iOS do aplicativo, mas não mencionou que a Apple havia forçado essa decisão.

Embora não haja dúvidas de que o aplicativo de pesquisa do Facebook era mesmo perturbador, a decisão da Apple tem implicações enormes. Primeiro, isso não significa apenas que o Facebook não pode distribuir aplicativos internamente, mas também basicamente quebra esses apps. O Facebook, como você pode imaginar, depende de dezenas de aplicativos beta, que são instalados por fora.

De acordo com o Verge, esta medida da Apple está causando um caos interno entre os funcionários do Facebook. Um deles, segundo relatos, chegou a dizer que essa era uma "ferida autoinfligida. Quando é que a gente vai aprender?"

De acordo com a Business Insider, a notícia deixou os funcionários "irritados" e "furiosos". A publicação cita anonimamente empregados que botaram a culpa tanto na Apple quanto no Facebook. "Não dá para esperar uma boa cobertura da imprensa se a gente continuar não seguindo as regras", teria dito outro funcionário.

Este desenrolar dos fatos coloca um grande espinho no caminho do Facebook no que diz respeito aos seus futuros aplicativos para iOS. Agora tudo o que ele faz pode ter de passar pela revisão da App Store.

"Fique sabendo: os canais internos do Facebook estão completamente caóticos. Metade das pessoas estão meio que 'é… por que nenhum dos meus apps funciona?'. Impressionante."

Como alguns apontaram, em última análise, isso posiciona a Apple como reguladora de privacidade do Facebook. Infelizmente, é assim que a banda toca em 2019. E o Facebook pode não ter sido o único a violar essas regras: um aplicativo do Google era distribuído da mesma maneira.

Em um memorando para os funcionários, o Facebook afirmou que está "trabalhando em estreita colaboração com a Apple para restabelecer imediatamente nossos aplicativos internos mais críticos".

[TechCrunch, Business Insider, Verge]

The post Apple revoga certificado do Facebook para testar apps após rede burlar regras appeared first on Gizmodo Brasil.

Plataforma de automação que já eliminou 40 mil empregos será disponibilizada para outras empresas

Posted: 31 Jan 2019 02:27 AM PST

Fila em feira de emprego

Durante os últimos cinco anos, a empresa global de consultoria de gestão Accenture desenvolveu um software proprietário de automação chamado SynOps, que segundo ela já ajudou a cortar 40 mil empregos da própria companhia.

Agora, a Accenture está colocando esse software à venda, permitindo que qualquer média ou grande empresa automatize alguns trabalhos e demita funcionários que realizam tarefas mais simples.

[foo_related_posts]

De acordo coma Bloomberg, o SynOps “sugere maneiras de otimizar e automatizar processos em áreas como financeiro e contabilidade, marketing e compras”. O SynOps é parte do boom da automatização de processos, que é liderado por companhias como a UiPath, e que busca automatizar funções que ocupem o chamado quadro de empregos de “repetição cognitiva” que inclui, por exemplo, a entrada de dados em planilhas ou sistemas.

Segundo a Bloomberg:

A Accenture Operations, unidade de terceirização da companhia, já chegou a usar trabalhadores humanos principalmente em países de mão de obra barata como a Índia para lidar com a rotina de entrada de dados e tarefas de atendimento ao cliente para seus contratantes. Agora a unidade espera que seu novo software ajude seus clientes a ter ainda mais economias – em pelo menos alguns casos – eliminando a necessidade de humanos como um todo.

Por exemplo, se usado no setor de compras, o sistema SynOps pode fazer um pedido, gerar uma fatura, checar se essa fatura está de acordo com o contrato, corrigir quaisquer erros e então enviá-la por e-mail para o cliente.

A Accenture insiste que todos os trabalhadores que tiveram seus empregos cortados foram treinados novamente, e o diretor executivo do grupo Accenture Operations repete um discurso batido de que “Isso não é tentar se livrar do humano… Mas torná-lo o mais produtivo possível e fazê-los focar no trabalho que um humano realmente precisa fazer”.

Com certeza a automatização das fábricas não tinha como objetivo eliminar o trabalho humano, mas dar aos funcionários tarefas mais divertidas e eficientes para se fazer na linha de montagem, né?

Como Kevin Roose apontou recentemente em sua coluna (em inglês, no New York Times) sobre o lado público e privado das verdadeiras motivações de Davos para a automação, os executivos e a gestão estão mais do que ansiosos por começar a reduzir os efetivos. Embora eles possam falar em público em termos como “requalificar trabalhadores” e “tornar os seres humanos mais produtivos”, no privado o objetivo é claro: quanto mais automação, melhor.

Softwares como este devem varrer o setor empresarial, dando a oportunidade de automatizar vários tipos de forças de trabalho, sendo as substituições robotizadas boas ou não.

E boa parte desses softwares sem dúvidas não serão muito bons – basta olhar para a automação de tarefas simples como atendimento ao cliente via menus no telefone. Podemos esperar muitas faturas geradas incorretamente que darão muita dor de cabeça quando tivermos que enfrentar esses sistemas telefônicos burros até conseguir falar com alguém que possa resolver o problema.

Mas não se preocupe, muita gente será demitida para que isso se torne realidade, e as empresas de gestão de negócios farão milhões ao vender esses softwares

The post Plataforma de automação que já eliminou 40 mil empregos será disponibilizada para outras empresas appeared first on Gizmodo Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário