terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Gizmodo Brasil

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Objeto mais distante já explorado no espaço teria formato de panqueca, observa missão da NASA

Posted: 11 Feb 2019 01:13 PM PST

O longínquo (486958) 2014 MU69, apelidado de Ultima Thule, fez história no dia de Ano Novo ao se tornar o objeto mais distante já visitado por uma espaçonave. Como está situado no Cinturão de Kuiper, a cerca de 6,5 bilhões de quilômetros da Terra, os cientistas ainda estão aprendendo muita coisa sobre ele. Agora, novas imagens levantaram ainda mais questões sobre o objeto misterioso.

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Sabia-se tão pouco sobre o MU69 antes do sobrevoo que a NASA não tinha certeza se ele era um único objeto ou, na verdade, dois objetos orbitando um ao redor do outro. Os cientistas descobriram a sua estrutura em forma de boneco de neve depois que a New Horizons começou a enviar imagens para a Terra. Na sexta-feira (8), a NASA divulgou um vídeo compilado usando mais de uma dúzia de imagens que mostram que o Ultima Thule pode realmente ser muito mais plano do que se pensava inicialmente.

As imagens foram capturadas no dia 1 de janeiro, a mais de 8 mil quilômetros do MU69, depois de a New Horizons ter passado rapidamente pelo objeto. De acordo com a NASA, os cientistas conseguiram deduzir a sua forma "traçando" a parte dessas imagens que bloqueava as estrelas no fundo, no lado que não estava claramente delineado pelo Sol.

Um lóbulo parece uma espécie de "noz" de forma estranha, disse a agência, enquanto o outro lado parece mais uma "panqueca".

"Tivemos uma impressão do MU69 com base no número limitado de imagens retornadas nos dias em torno do sobrevoo, mas ver mais dados mudou significativamente nossa visão", disse em um comunicado o investigador principal da missão, Alan Stern, do Southwest Research Institute.

"Seria mais próximo da realidade dizer que a forma do MU69 é mais plana, como uma panqueca", acrescentou Stern. "Mas, mais importante ainda, as novas imagens estão criando quebra-cabeças científicos sobre como tal objeto poderia até mesmo ser formado. Nunca vimos algo assim orbitando o Sol."

Embora a sonda New Horizons, da NASA, tenha passado pelo MU69 há mais de um mês, os cientistas da agência continuarão recebendo dados sobre o objeto durante mais de um ano (estimativas iniciais em torno do tempo de seu sobrevoo disseram que levaria cerca de 20 meses para a nave espacial transportar de volta a carga completa de imagens e outros dados científicos). E, como Stern disse em janeiro, os dados "vão ficar cada vez melhores".

[NASA]

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TIM libera convites para plano TIM Beta até 28 de fevereiro

Posted: 11 Feb 2019 12:15 PM PST

Homem segura iPhone 6S

De tempos em tempos, a TIM libera convites para novos clientes entrarem na promoção TIM Beta, que tem um atrativo plano de até 20GB de internet mensais por R$ 55. No final da semana passada, a operadora passou a distribuir esses convites, e a promoção vai até o dia 28 de fevereiro.

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Para se tornar TIM Beta é preciso entrar no site da promoção e fazer o cadastro com uma conta do Facebook – não existe outra opção que não seja conectando o seu perfil. Depois, basta preencher os dados pessoais como nome, e-mail, RG e CPF e esperar o convite chegar em seu e-mail ou via SMS.

Ao clicar no link que será enviado ao e-mail, o cliente coloca o número do seu chip TIM pré-pago. O processamento do cadastro pode levar até 10 dias úteis.

A ação, batizada de "Quero Ser Beta", vale apenas para clientes pré-pago. Clientes pós e controle ficam de fora. Questionamos a operadora se é possível fazer a portabilidade de plano para participar e atualizaremos o post quando obtivermos resposta.

Como a intenção da promoção é atrair novos clientes, CPFs que já foram cadastrados no TIM Beta, Beta Basic ou Beta Lab não serão aceitos.

O período de adesão vai até 28 de fevereiro, podendo ser prorrogado a critério da operadora. Confira o regulamento completo neste link.

Como se tornar Beta Lab e ter 20 GB de internet por R$ 55

Os primeiros três meses do seu TIM Beta terá três opções de plano:

  • 100 MB, por R$ 1,30/dia, com ligações ilimitadas para TIM e SMS ilimitado
  • 1,5 GB, por R$ 10,00/semana, com 100 minutos para qualquer operadora, SMS e acesso premium ao Deezer sem descontar da franquia
  • 10 GB, por R$ 50,00/mês, com 600 minutos para qualquer operadora, SMS e acesso premium ao Deezer sem descontar da franquia

Há ofertas ainda mais atrativas, que quase dobram todas essas ofertas. No plano mensal, você pode ter 20GB de franquia, por exemplo. Para isso, é preciso se tornar Beta Lab por meio de uma espécie de “jogo”. Esse jogo tem uma rodada a cada três meses e é preciso acumular 1600 pontos.

Você ganha pontos para se tornar Beta Lab fazendo recargas, renovando o plano, conectando seus perfis do Facebook, Twitter e Pinterest e participando dos desafios que a operadora promove periodicamente.

Esta é a tabela de pontuação:

Tabela de pontuação do TIM Beta

Quem utiliza o plano mensal não tem muita dificuldade para se tornar um Beta Lab: três recargas de R$ 50 e três ativações do pacote mensal já irão garantir 1.200 pontos. Aí é só conectar as três redes sociais ou se logar uma vez por mês via Facebook no site do TIM Beta e garantir mais 500 pontos, totalizando 1.700.

Ofertas do Beta Lab

  • 100 MB, por R$0,90/dia, com ligações ilimitadas para TIM e SMS ilimitado
  • 2,5 GB, por R$ 10,00/semana, com 100 minutos para qualquer operadora, SMS e acesso premium ao Deezer sem descontar da franquia
  • 20 GB, por R$ 50,00/mês, com 600 minutos para qualquer operadora, SMS e acesso premium ao Deezer sem descontar da franquia

[Minha Operadora]

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Mars One queria ir a Marte em viagem só de ida, mas foi só à falência mesmo

Posted: 11 Feb 2019 11:27 AM PST

Você se lembra da Mars One, aquela empresa que todos sabíamos que era um esquema, mas que ainda assim esperávamos ser real por causa do quanto gostamos do filme Perdido em Marte? Então, ela foi à falência.

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A Mars One era uma empresa holandesa cujo objetivo era "estabelecer um assentamento humano permanente em Marte". Você deve se lembrar de seu anúncio de que ela estava recrutando pessoas comuns para se tornarem astronautas para uma viagem só de ida a Marte. Mas você também deve se lembrar que provavelmente isso nunca teria como dar certo.

De acordo com o registro comercial da Basileia, um tribunal declarou a falência da Mars One em 15 de janeiro de 2019.

A empresa esperava angariar capital para financiar a missão por meio de doações, vendas de produtos e contratos com empresas de mídia para a produção de documentários e outros conteúdos. A empresa começou a contratar com a Lockheed Martin e a Surrey Satellite Technology um lander e um orbitador, segundo o SpaceNews. Mas parece que esse financiamento acabou.

As falhas se tornaram evidentes na estratégia de financiamento da empresa, no processo de seleção de astronautas e em praticamente todas as outras atividades. Eu recomendo ler as reportagens detalhadas (em inglês) do jornalista Elmo Keep sobre o assunto. Mas, basicamente, o processo de seleção não foi rigoroso, os potenciais astronautas foram encorajados a ajudar a financiar a missão, e não se pode simplesmente pagar uma missão para Marte com a promessa de uma boa história para a TV.

Os cientistas também não achavam que a Mars One funcionaria. Uma pesquisa do MIT mostrou que a missão não levaria comida suficiente e que a tecnologia não era avançada o suficiente para manter uma atmosfera em que os humanos pudessem sobreviver no Planeta Vermelho. Também devo apontar que o próprio site da empresa sugeria que ela ainda não tinha contratado nenhum especialista — na verdade, as reportagens de Keep sugeriram que a empresa tinha apenas um punhado de funcionários.

Entramos em contato com o CEO da Mars One, Bas Lansdorp, e com alguns dos investidores da Mars One, e atualizaremos esta publicação se tivermos uma resposta.

Eu sei que muita gente começou a depositar sua fé na indústria privada como uma forma de colocar os humanos em Marte. Mas vai ser preciso muito mais do que propaganda, doações e vendas de produtos para isso. Ciência rigorosa e milhões e milhões de dólares também são imprescindíveis.

[via Reddit]

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Rússia declara estado de emergência depois de “invasão em massa” de ursos polares em assentamento remoto

Posted: 11 Feb 2019 10:13 AM PST

Autoridades russas declararam estado de emergência nas remotas e escassamente povoadas ilhas Novaya Zemlya, no Oceano Ártico, informou a BBC neste fim de semana, depois que “dezenas” de ursos polares cujas fontes de alimento estão limitadas devido à mudança climática começaram a vasculhar casas e outros edifícios próximos ao assentamento de Belushya Guba em busca de algo para comer.

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Segundo a BBC, as autoridades disseram que os ursos não temem mais as patrulhas policiais ou os sinais usados para mantê-los afastados dos humanos,e que eles até mesmo cruzaram os terrenos da guarnição de defesa aérea local. Embora os animais sejam considerados ameaçados de extinção pela Rússia (a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza os classifica como “vulneráveis“, com uma população decrescente), as autoridades disseram que, se meios não letais não conseguirem afastá-los, eles podem ser forçados a abater os animais, acrescentou a BBC.

Vídeos circulando nas redes sociais e publicados pelo jornal russo Siberian Times pareciam mostrar ursos vasculhando partes do assentamento, além de vagarem olhando para as pessoas pelas janelas, embora esses vídeos não tenham sido verificados independentemente pelo Gizmodo.

(“Novaya Zemlya, na Rússia, está considerando um abate para repelir uma “invasão em massa” de ursos polares, como este no corredor da casa de uma jovem família. Cinquenta e dois ursos foram contados em Belushya Guba. Eles deveriam estar caçando focas no gelo marinho, mas o aquecimento global está os levando para a terra.”)

Entretanto, nenhuma ordem foi dada para matar os ursos, e as autoridades federais se recusaram a emitir licenças que permitissem aos moradores locais matá-los sem consequências legais.

A Deutche Welle informou que autoridades russas em Moscou disseram ter enviado uma equipe de investigadores para examinar a situação, enquanto o vice-chefe da administração local, Alexander Minayev, afirmou em um relatório para autoridades regionais que cerca de 52 ursos polares foram vistos desde dezembro, escreveu a Agence France-Presse. No passado, centenas de estruturas militares desativadas tiveram que ser demolidas depois que os ursos as invadiram, informou a AFP, mas a onda atual é sem precedentes.

Os ursos estão exibindo “comportamento agressivo”, escreveu Minayev, incluindo “ataques a pessoas e entrando em casas residenciais e edifícios públicos… Há constantemente de seis a dez ursos dentro da colônia”.

“Estou em Novaya Zemlya desde 1983, e nunca houve uma invasão em massa de ursos polares”, acrescentou o chefe da administração local, Zhigansha Musin, segundo a AFP.

Em declaração à agência de notícias estatal TASS, o pesquisador principal do Instituto Severtsev de Ecologia e Evolução, Ilya Mordvintsev, disse que os ursos estão migrando para o norte, mas foram atraídos para o assentamento de Belushya Guba pela probabilidade de encontrar comida:

“Em comparação com anos anteriores, eles chegam à costa na parte sul do arquipélago, onde o gelo está mudando. Migram por meio de Novaya Zemlya em direção ao norte, onde o gelo é sólido”, disse o especialista. “É migração do sul para o norte. Eles estão permanecendo nesse local (perto de Belushya Guba) porque há um pouco de comida alternativa. Eles poderiam ter passado direto pela comida. Porém, como há lixeiras com dejetos comestíveis, eles param para se amontoar.”

De acordo com a agência TASS, as autoridades locais instalaram cercas extras perto da escola, e funcionários e militares estão dirigindo “veículos especiais” para ir ao trabalho enquanto as patrulhas foram intensificadas, mas essas medidas “não produziram resultados tangíveis”.

Como noticiou o New York Times em 2017, a população mundial de ursos polares (estimada em cerca de 26 mil) deve diminuir devido à mudança climática. Os ursos usam gelo para se esconder enquanto caçam focas, a sua principal fonte de alimento, além de vasculhar resíduos. Mas o aquecimento das temperaturas significa que o gelo derrete mais rapidamente e mais cedo na estação quente, privando-os de alimentos e os forçando a caçar em terra. Algumas populações permaneceram relativamente estáveis, escreveu o National Post em 2017, mas outras estão sendo atingidas. Algumas pesquisas têm mostrado um cenário sombrio, com o futuro da espécie fortemente dependente do fato de os seres humanos pararem de contribuir para a mudança climática.

[BBC]

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Novo vazamento traz as melhores imagens do Samsung Galaxy S10 até agora

Posted: 11 Feb 2019 09:19 AM PST

Está chegando a hora: dia 20 de fevereiro acontece o Samsung Unpacked 2019, que deve revelar os novos aparelhos de topo de linha da marca coreana. À medida que a data se aproxima, informações mais precisas vão aparecendo. A mais recente delas é um conjunto de renderizações dos três modelos Galaxy S10 que, ao que tudo indica, serão lançados na semana que vem.

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Quem traz as imagens é Evan Blass, famoso "vazador" de informações sobre smartphones e afins. Ele postou em sua conta do Twitter @evleaks imagens dos três aparelhos da Samsung. Elas são bastante nítidas e nem tem marcas d'água, como é comum nesse tipo de material.

No primeiro dos posts, Blass mostra o Samsung Galax S10, modelo regular (o de cima), e o S10E (o de baixo), novidade na linha, que deve ser uma versão mais barata (ou menos cara) para concorrer com o iPhone XR. Para isso, segundo o GSMArena, ele deve ter também algumas opções de cores exclusivas, como já acontece com o concorrente da Apple. Note que ele tem bordas mais espessas que a versão regular. Os dois têm o "olho" na tela para abrigar a câmera frontal.

Blass também tuitou essas três imagens do S10+, modelo maior e mais potente dos três. Ele tem bordas menores e o que parece ser uma câmera tripla na traseira. O olho na tela é maior, o que indicaria uma câmera frontal dupla.

Especula-se ainda que a Samsung poderá lançar um S10 comemorativo, com 5G e especificações bastante elevadas. Isso foi reforçado pela página de pré-venda do S10 nas Filipinas. De acordo com o Android Central, a loja oferece quatro opções — A, B, C e D — sem revelar mais detalhes além de dizer que a opção A é comemorativa. Além disso, o tal do telefone dobrável de que se fala há anos deve se tornar uma realidade. Dia 20 saberemos de tudo isso.

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Criadores de gado nos EUA não querem que a palavra “carne” seja usada para carne de laboratório

Posted: 11 Feb 2019 08:28 AM PST

O surgimento da Impossible Foods e seu Impossible Burger, o hambúrguer feito de proteína vegetal, fez barulho entre alguns criadores de gado. O New York Times noticiou neste final de semana sobre uma série de leis estaduais que pretendem proibir o uso da palavra “carne” nos rótulos de produtos alternativos à carne. A oposição barrou alguns desses projetos, mas pelo menos um passou.

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De acordo com a reportagem do NYT, alguns criadores de gado e fazendeiros (bem como lobistas pagos pela indústria) estão preocupados que substitutos de carne a base de proteína vegetal– uma indústria que tem crescido a dois dígitos a cada ano e tem melhorado a sua produção consideravelmente – irá ameaçar seus negócios.

Parece que eles estão particularmente preocupados com a perda de controle das embalagens, da mesma forma que a indústria de laticínios não conseguiu antecipar a chegada e o crescimento do leite de amêndoa e de soja. Além disso, há uma preocupação com o barateamento da carne cultivada em laboratório. A carne feita em laboratório ainda nem está disponível para o mercado geral e ainda permanecerá cara no médio prazo.

Nas últimas semanas, segundo o NYT, parlamentares de mais de uma dúzia de estados americanos propuseram leis que proibiriam o termo “carne” para classificar qualquer coisa que não venha de um animal vivo, com a justificativa de que os consumidores poderiam ser enganados:

“A palavra carne, para mim, deve significar um produto vindo de um animal vivo”, disse Jim Dinklage, fazendeiro e presidente dos Pecuaristas Independentes de Nebraska, que testemunhou em apoio à legislação sobre rotulagem da carne em seu estado.

[…] “As amêndoas não produzem leite”, disse Bill Pigott, um representante republicano do Mississippi que escreveu a legislação por lá. Ele possui uma fazenda que produz tanto laticínios quanto carne bovina. Suas preocupações têm ido além do fato de o líquido produzido a partir da amêndoa e da soja ser rotulado como leite.

“A carne falsa, produzida em laboratório, é um negócio meio de ficção científica que me preocupa mais”, disse Pigott.

Ele apresentou seu projeto de lei em janeiro, após a associação local de criadores de gado ter entrado em contato. O projeto passou pela Câmara do estado e está aguardando o debate no Senado Estadual.

No entanto, os primeiros indicativos mostram que os criadores de gado terão uma batalha difícil. Uma proposta de lei em Virgínia foi colocada de lado depois de reações negativas da Associação Nacional de Mercearias, da Associação de Fabricantes de Mercearia e da Associação de Comida Baseada em Plantas. De acordo com o Virginia Mercury, apesar de ter tido o apoio da “Associação de Criadores de Gado da Virgínia, do Departamento de Agricultura e de praticamente todos os outros grupos de fazendeiros do estado”, a legislação foi unanimemente rejeitada em comitê.

Outro projeto de lei em Washington que proibiria a venda de carne cultivada em laboratório, bem como restringiria financiamentos estatais “de serem usados para pesquisa na área”, não chegou nem a ser votado. Há também um esforço contínuo para aprovar uma lei no Nebraska, onde a senadora estadual Carol Blood apresentou um projeto que alteraria os estatutos de práticas comerciais enganosas da região.

“Eu não me importo se diz que é hambúrguer, me importo se diz que é carne”, disse Blood ao NYT.

No entanto, um esforço bem-sucedido aconteceu no Missouri, que aprovou uma lei que define a carne como “derivada da produção de gado ou aves” e proíbe rótulos com termos como “estilo carne moída” com “apoio bipartidário esmagador”, de acordo com a NPR. O projeto está enfrentando uma ação judicial da Tofurkey, da Good Food Institute, da American Civil Liberties Union of Missouri e do Animal Legal Defense Fund, que alegam que trata-se de uma lei que viola a Primeira Emenda, torna os rótulos mais confusos e que foi aprovada para suprimir a concorrência e proteger a agricultura animal.

“Cada vez mais os consumidores estão fazendo a escolha consciente de remover animais de seus pratos, e o Missouri está colocando seu dedo para beneficiar injustamente a indústria da carne e silenciar produtores alternativos”, disse o diretor executivo do Animal Legal Defense Fund, Stephen Wells, em uma declaração no site da União Americana pelas Liberdades Civis do Missouri. “Esta lei viola vários princípios constitucionais, incluindo a liberdade de expressão, que deve ser uma preocupação para todos, independentemente da dieta”.

“Isto não é nada menos do que a indústria da carne tentando combater o progresso ambiental de forma nua e crua”, disse Mike Selden, CEO da Finless Foods, ao Gizmodo via mensagem direta no Twitter no ano passado. “É comparável à legislação da indústria do carvão que legisla contra a energia limpa”.

A Food and Drug Administration (órgão equivalente à Anvisa) também se uniu ao Departamento de Agricultura para desenvolver conjuntamente regulamentações para “produtos de carne cultivada“, referindo-se à carne de laboratório, mas ainda não anunciou nenhuma iniciativa nesse sentido. Como o Washington Post observou, não está claro o que as agências decidirão, inclusive sobre a rotulagem. Mas o resultado dessas regulamentações poderia antecipar muitas das leis estaduais que estão sendo discutidas, de acordo com o NYT.

O NYT escreveu que muitas das grandes empresas de carne, como a Tyson e Cargill, também investiram em startups de carne produzida em laboratório, e a Associação Norte Americana de Carnes também disse que tais produtos devem ser chamados de carne para assegurar que não fujam da conformidade regulamentar.

Segundo a NBC News, as preocupações dos fazendeiros e afins não são necessariamente compartilhadas por essas grandes empresas, que além de investirem no negócio de carne produzida em laboratório recebem grandes subsídios para manter um fluxo constante de produtos aos consumidores. A indústria da carne gastou US$ 6,52 milhões com lobby em 2018 e é improvável que o governo deixe de incentivar o consumo de carne bovina ou outras carnes no curto prazo. De acordo com a NPR, a USDA projetou que, em 2018, os EUA quebrariam seu recorde anterior de consumo de carne, estabelecido em 2004.

“Os senadores têm muito poder e a indústria da carne tem um enorme poder de lobby, porque estão em todos os estados”, disse Marion Nestle, ex-professora de nutrição da Universidade de Nova York, à NBC News. Ela acrescentou que a indústria tem evitado que outras críticas, como o impacto ambiental e a sustentabilidade questionável da agricultura industrial, se traduzam em política.

Em 2015, a indústria da carne bovina “foi diretamente ao Congresso”, onde um grupo de senadores republicanos “instruiu o secretário de Agricultura a não incluir sustentabilidade nas diretrizes alimentares”, acrescentou Nestle.

“Achamos que a questão de se usar ou não um termo como ‘carne’ é uma representação desse problema maior, que é a preocupação com a concorrência desses produtos”, disse Sarah Sorscher, especialista em assuntos regulatórios do Center for Science in the Public Interest, ao NYT. “Os projetos de lei não parecem ser direcionados para resolver um problema do mercado. Tem mais a ver com brigar para acabar com a competição.”

[New York Times]

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Verão em Urano tem deixado polo norte do planeta com um aspecto esquisito

Posted: 11 Feb 2019 06:31 AM PST

Pólo norte de Urano durante o verão

A aparência de uma imensa capa branca em Urano pode parecer alarmante, mas, como cientistas planetários estão descobrindo, isto é o que acontece quando rola um verão prolongado no gigante de gelo.

Gigantes de gelo, como Urano e Netuno, têm interiores ricos em água revestidos por hidrogênio, hélio e um pouco de metano — este último, inclusive, dá a estes planetas distantes este tom azulado. Ao contrário da Terra, em que as estações duram apenas alguns meses, Netuno e Urano passaram por fenômenos atmosféricos estranhos e intensos nas últimas décadas.

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Novas imagens liberadas pelo programa OPAL (Outer Planet Atmospheres Legacy) destacam uma evolução de eventos atmosféricos nos dois gigantes de gelos, ou seja, uma capa branca no pólo norte de Urano e um novo vórtex escuro em Netuno. Um projeto paralelo de longo prazo do programa Hubble, o OPAL é uma iniciativa anual para mapear estes dois planetas gigantes quando a órbita deles se aproximar da Terra. Os novos dados, capturados durante o outono de 2018 no hemisfério norte (entre março e junho), estão fornecendo novos insights sobre a variação das estações tanto em Netuno como Urano.

"As observações anuais estão nos ajudando a entender a frequência das tempestades, assim como o tempo de duração delas", diz ao Gizmodo Amy Simon, cientista do Goddard Space Flight Center, da NASA, responsável pela missão OPAL. "Isto é importante, porque estes planetas estão muito distantes do Sol, então isso ajudará a restringir a maneira como eles estão se formando, a temperatura interna e a estrutura deles. A maioria dos planetas extrasolares que foram encontrados é deste tamanho, apesar de isso acontecer em diferentes distâncias de suas estrelas-mãe."

Esta imensa capa de gelo no pólo norte de Urano é particularmente dramática. A provável causa disso tem relação com a inclinação única do planeta, que faz com que a luz do Sol brilhe diretamente nas regiões do pólo norte por um longo período de tempo durante o verão. Na época, o pólo norte de Urano estava durante o meio do verão, resultando em uma capa prolongada branca.

"A imagem de novembro de 2018 de Urano ocorre 10 anos após o equinócio, quando o hemisfério norte estava emergindo da luz solar da primavera após passar décadas em um inverno polar", diz Leigh Fletcher, um astrônomo da Universidade de Leicester, ao Gizmodo. "Em 2009, não aparecia esta capa branca durante a primavera no pólo. Mas, com a progressão do tempo, uma faixa reflexiva — esbranquiçada contra os tons azuis de Urano — começou a aparecer ao redor do pólo norte. E agora, após pouco mais de 10 anos, aquela faixa se tornou uma grossa camada branca de aerossóis que esconde a vista da região polar mais profunda."

Fletcher também comentou que este é um "exemplo espetacular de mudança de estação" neste gigante de gelo, com a capa evoluindo quando a primavera se torna verão. As causas exatas dessas mudanças de aerossol, segundo ele, permanecem um mistério, com possibilidades incluindo o aquecimento de temperaturas químicas incomuns, algum padrão de circulação atmosférica em grande escola ou uma combinação de todos estes.

"Felizmente, não estamos tão longe de ter uma resposta, já que o telescópio espacial James Webb será capaz de diagnosticar as temperaturas e a química responsáveis por essas mudanças de refletividade que o Hubble vem monitorando", acrescenta Fletcher.

Patrick Irwin, cientista especializado em planetas da Universidade de Oxford, comenta que o fenômeno não é uma tempestade, como a NASA descreveu em seu comunicado. Em vez disso, "é causado principalmente — pelo menos em nossos modelos — pela redução de metano acima da plataforma principal, acompanhada por um ligeiro aumento na opacidade da neblina", afirmou em conversa com o Gizmodo.

Simon achou que a característica polar expandida de Urano era legal, mas "mais interessante para mim é aquela tempestade brilhante logo abaixo dela", diz ele. "Aquela tempestade em particular era visível em pequenos telescópios antes dessas observações, que mostram a rapidez com que elas podem mudar."

Vórtex escuro em Netuno

Vórtex escuro no pólo norte de NetunoNetuno com vórtex escuro na no pólo norte. Crédito: ASA, ESA, A. Simon (NASA Goddard Space Flight Center), e M.H. Wong e A. Hsu (University of California, Berkeley

Olhando para a nova imagem de Netuno, parece que um vórtice escuro mais uma vez ocupou o pólo norte do planeta. A nova tempestade anticiclônica, vista no topo da foto acima, tem cerca de 11.000 quilômetros de diâmetro.

Este é, agora, o quarto vórtice escuro registrado pelo Hubble desde 1993. Duas dessas tempestades foram observadas pela sonda Voyager 2 durante o sobrevôo do sistema em 1989. Em conjunto, essas observações afirmam que a natureza transitória e recorrente dessas tempestades. Um vórtice polar observado em 2016, por exemplo, desapareceu em grande parte.

"A mancha escura de Netuno é muito maior do que a que vimos há alguns anos, e é comprável em tamanho à Grande Mancha Escura vista pela Voyager em 1989", diz Simon. "Esta também é a primeira vez que pudemos ver a região antes que uma tempestade desse tamanho se formasse, de modo que isso nos ajudará a modelar o processo de formação."

As causas dessas manchas escuras são um mistério, mas como elas são vistas apenas nos comprimentos de onda azuis, "aposto que têm relação com a coloração das nuvens", afirma Irwin.

Muitas vezes ofuscados por seus primos maiores, Júpiter e Saturno, esses gigantes de gelo estão provando que são fascinantes por si mesmos. Agora aguardamos as observações do OPAL do próximo ano para checar as novas descobertas da missão.

[NASA]

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Google Maps com direções em realidade aumentada está em testes para alguns usuários

Posted: 11 Feb 2019 04:41 AM PST

Captura de tela do Google Maps com realidade aumentada

No ano passado, o evento Google I/O nos deu um vislumbre de como seria a realidade aumentada aplicada ao Google Maps, mostrando um futuro em que nossos telefones nos orientarão usando nossas câmeras. A demonstração mostrava ferramentas de navegação melhoradas para direcionar os usuários além de sinais indicando negócios e lojas locais. Tinha até uma raposa guia para auxiliar em tudo isso.

O Wall Street Journal teve acesso a esse sistema, que é definido ainda "como uma versão prévia" do Google Maps com realidade aumentada. O recurso não é tão diferente quanto o que o Google mostrou para desenvolvedores em maio de 2018, com o Maps aparecendo na metade de baixo da tela, enquanto a parte de cima mostra os arredores do mundo real. Com algumas alterações, até o sistema de flechas piscantes usado para guiar os usuários ficou parecido com o que o Google utilizou em sua apresentação.

David Pierce, do Wall Street Journal, no entanto, fez algumas ressalvas sobre esse recurso ainda em fase de testes. Por exemplo, uma vez que a versão do Maps com realidade aumentada se orientou baseado em pontos de referência ao redor e o levou para as direções corretas, ele foi orientado a não ficar andando enquanto observava o smartphone, para evitar trombar com algum outro pedestre. É provável que seja por esse motivo que Rachel Inman, líder de design de experiência do usuário do Google, disse para a publicação que o app deveria ser usado mais "para momentos, do tipo: 'estou saindo do metrô, para onde devo ir?'".

Devo confessar que estou um pouco frustrada por não ter a raposa durante a gravação do vídeo do Wall Street Journal enquanto dava uma volta com o app. Quando a gigante da tecnologia mostrou o recurso no Google I/O, Aparna Chennapragada, do Google, observou que a equipe do projeto estava "brincando com a ideia" de incluir guias digitais. Segundo o WSJ, uma versão do app tem um "guia animado adorável chamado de Pizza Man, mas ele fazia as pessoas olharem muito para o telefone". Então, não está claro se podemos esperar animais ou entregadores de pizza nos guiando por aí num futuro próximo.

A publicação norte-americana disse que, embora a versão em realidade aumentada do Maps esteja sendo testada por um pequeno e seleto grupo, o recurso não vai ser lançado tão cedo. Ele ainda pode sofrer alterações, inclusive, antes de ser liberado para todo mundo. Contatamos o Google para mais informações sobre o recurso e vamos atualizar o post se obtivermos alguma resposta.

[Wall Street Journal]

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Remédios para emagrecer podem fazer com que mosquitos tenham menos apetite pelo seu sangue

Posted: 11 Feb 2019 03:43 AM PST

Perder peso é, sem dúvida, difícil. Tão difícil, aliás, que os cientistas têm tentado criar medicamentos que nos induzem a nos sentirmos saciados e inibem o nosso apetite. Mas essas drogas podem simplesmente não funcionar nas pessoas. É isso o que sugerem os autores de um novo estudo publicado na última quinta-feira (7), no periódico Cell. Eles descobriram, por outro lado, que algumas dessas mesmas drogas poderiam também ser usadas para evitar que os mosquitos se alimentem do nosso sangue e espalhem doenças como malária, dengue e vírus Zika.

A autora do estudo, Leslie B. Vosshall, e sua equipe da Universidade Rockefeller, de Nova York, criaram o que ela admite abertamente ser uma teoria não convencional.

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“O campo sabe há muito tempo que, depois que os mosquitos fazem uma enorme refeição de sangue, eles perdem o apetite por humanos por até quatro dias. E ficamos realmente fascinados em descobrir como isso acontece e em saber se poderíamos encontrar alguma maneira de fazer isso artificialmente”, disse Vosshall ao Gizmodo.

A equipe teorizou que, como a fome é uma parte fundamental da vida, evolutivamente falando, os remédios para emagrecer existentes que afetam certas vias moleculares no corpo humano poderiam ter efeitos semelhantes nos mosquitos — especialmente nos mosquitos fêmeas que de fato se alimentam do nosso sangue.

“É uma ideia completamente maluca. Mas foi apenas uma espécie de salto de confiança”, afirmou a autora.

Eles visaram um caminho relacionado ao neuropeptídeo Y (NPY), uma proteína que tem sido estudada de perto por seu papel provável no ganho de peso e na obesidade nas pessoas. Embora ainda não saibamos exatamente como, os cientistas acreditam que o NPY ajuda a regular a nossa sensação de saciedade e outros comportamentos alimentares. Para testar sua teoria, os investigadores alimentaram mosquitos Aedes aegypti (uma espécie capaz de espalhar muitas doenças transmissíveis e o vírus Zika) com drogas humanas experimentais que têm como alvo um receptor específico de NPY em pessoas, chamado Y2.

Os pesquisadores suspeitavam que as drogas, que se ligam aos receptores de NPY humanos para diminuir ou aumentar o apetite, teriam um efeito semelhante nos receptores parecidos com o NPY encontrados em mosquitos.

Como esperado, os mosquitos que estavam consumindo os medicamentos já não queriam mais procurar por novos hospedeiros durante alguns dias, semelhante ao que acontece depois que eles têm uma refeição de sangue. Após mais estudos, os pesquisadores descobriram que essas drogas estavam provavelmente afetando um receptor único parecido com o de NPY chamado de NPYLR7 nos mosquitos. Para ter certeza, eles criaram mosquitos sem o receptor NPYLR7 funcionando e os alimentaram com as drogas novamente; dessa vez, a perda de apetite foi muito menos aparente.

“Quem afirma que sua tecnologia vai erradicar os mosquitos, saiba que não vai funcionar assim. A natureza é muito inteligente.”

Por mais importantes que tenham sido os experimentos com as drogas humanas, Vosshall disse que eles eram apenas o começo.

“O objetivo era encontrar drogas que não funcionassem nas pessoas. Para que, se nós dosássemos mosquitos com drogas que funcionassem, isso não afetasse acidentalmente as pessoas. Se, por exemplo, alguém fosse até um local de alimentação e bebesse a droga”, explicou Vosshall.

Em seguida, a equipe examinou centenas de milhares de moléculas que poderiam interagir com o NPYLR7, mas com nenhum outro receptor humano ou de mosquito, por fim se fixando em um composto. Este composto, como nos experimentos anteriores, pareceu capaz de suprimir a vontade dos mosquitos de picarem e se alimentar (isso também não funcionou nos mosquitos sem NPYLR7, como antes).

“Encontramos uma droga individual, e um gene individual, no mosquito que, se você ativar a proteína que vem desse gene, pode desligar seu apetite por dois ou três dias”, disse Vosshall. “Isso é muito importante, porque, nesses dois ou três dias, no campo, você reduziria o número de pessoas infectadas com Zika, dengue, chikungunya, todas essas doenças horríveis.”

Essa equipe não é a única que está tentando desenvolver novas formas de combater doenças transmitidas por mosquitos sem o uso de pesticidas. Cientistas de outros lugares estão desenvolvendo métodos mais agressivos, que jogam mosquitos machos esterilizados na natureza, efetivamente condenando uma população local à extinção. Porém, o método de Vosshall, se refinado, teria menos probabilidade de perturbar ecossistemas inteiros — possivelmente aliviando uma preocupação fundamental que alguns cientistas têm sobre o plano de esterilização. O método da dieta também poderia ser usado junto com outras técnicas de controle de mosquitos para aumentar sua taxa de sucesso combinada.

“Nenhuma abordagem isolada já funcionou ou irá funcionar por si só. Portanto, vemos nossa ideia como um método de controle comportamental que pode se integrar com outras ideias por aí, sejam elas inseticidas ou mosquitos transgênicos”, disse Vosshall. “Mas para quem afirma que sua tecnologia vai erradicar os mosquitos — não vai funcionar assim. A natureza é inteligente demais.”

O próximo passo para a equipe de Vosshall é conduzir pesquisas mais básicas que, com sorte, descobrirão os mecanismos exatos por meio dos quais esses medicamentos estão suprimindo o apetite dos mosquitos, estejam eles afetando os cérebros dos insetos, seu senso de fome, sua capacidade de cheirar humanos ou outra coisa. Pesquisas futuras também precisarão encontrar mais substâncias químicas potentes capazes de reprimir o apetite dos mosquitos por períodos maiores. E os pesquisadores precisarão descobrir a melhor maneira de levar essas possíveis drogas aos mosquitos na natureza.

[Cell]

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Garota cria app que usa reconhecimento facial para ajudar portadores de Alzheimer

Posted: 11 Feb 2019 02:03 AM PST

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que causa a perda das memórias e o comprometimento das capacidades cognitivas. Vendo o sofrimento da avó, que é portadora da doença, e de seus familiares, a garota Emma Yang desenvolveu um aplicativo para ajudar quem sofre com o problema — um feito impressionante, já que Yang tinha apenas 14 anos de idade na ocasião.

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O Timeless, app criado por Yang, usa reconhecimento facial para ajudar os portadores a identificarem pessoas e recordar memórias. Ele permite que o paciente receba fotos dos familiares — todas elas são automaticamente identificadas, com etiquetas apontando quem é quem nas imagens. Também tem agenda de compromissos, que indica inclusive quem vai ser o responsável por levar o usuário aos lugares, e uma agenda telefônica com fotos.

Yang nasceu em Hong Kong e hoje mora em Nova York. Ela programa desde os seis anos de idade. Seu pai é desenvolvedor e colocou a então garotinha para brincar com o Scratch, uma plataforma de programação visual baseada em blocos. Depois, ela fez jogos e websites e chegou a vencer um concurso com um app para identificar concussões.

Quando Yang tinha 12 anos de idade, ela começou a construir o Timeless para ajudar sua avó, diagnosticada com o mal de Alzheimer. Depois de dois anos de desenvolvimento e refinamento, o app já é um protótipo funcional. E grande parte disso foi feito pela própria Yang: em entrevista ao South China Morning Post, ela conta que não era levada a sério quando procurava ajuda.

Ainda assim, a vida de Yang como um jovem desenvolvedora de software e empreendedora passou por desafios formidáveis. Ela conta que os venture capitalists não levaram seu trabalho a sério. Algumas dessas pessoas até sugeriram que ela exibisse seu projeto em feiras de ciências ou "colocasse online e visse como ele se saía".

Mesmo assim, seu trabalho teve repercussão, sendo notado por nomes como Bill Gates, fundador da Microsoft, e Joseph Tsai, vice-presidente executivo do grupo Alibaba.

O Timeless chegou a levantar US$ 10 mil dólares em uma campanha realizada ano passado na plataforma de financiamento coletivo IndieGoGo, e hoje conta com a colaboração de um desenvolvedor na Alemanha e uma designer nos EUA, além de suporte técnico da startup Kairos, da Califórnia, especializada em reconhecimento facial.

Yang não é a primeira criança-prodígio a usar a tecnologia para um fim tão nobre. Em 2015, vimos na Campus Party de São Paulo a apresentação do garoto indiano Shubham Banerjee. Aos 13 anos, ele havia criado uma impressora braille de baixo custo usando Lego. Que mais Yangs e Banerjees venham por aí para melhorar o mundo com seus talentos e tecnologia.

[Timeless via South China Morning Post]

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