domingo, 17 de fevereiro de 2019

Gizmodo Brasil

Gizmodo Brasil


Este robô inspirado em formigas usa o Sol para navegar, sem precisar de GPS

Posted: 17 Feb 2019 11:58 AM PST

Pesquisadores na França estão chamando sua criação de seis patas de "AntBot". Este robô de 22,8 cm não apenas caminha como uma formiga do deserto, mas também pega emprestadas suas habilidades características de navegação.

Essas habilidades, mostradas em um novo estudo publicado na Science Robotics, poderiam um dia permitir que os robôs encontrem seu caminho de volta para casa sem a necessidade de técnicas convencionais de rastreamento como o GPS.

[foo_related_posts]

Robôs baseados em insetos ou aracnídeos não são exatamente uma coisa nova. Robôs com pernas, diferentemente daqueles sobre rodas, são melhores em atravessar terrenos difíceis. Mas os pesquisadores por trás do AntBot, na Universidade de Aix-Marseille, no sul da França, se voltaram para duas espécies muito distintas de formigas em busca de inspiração em seu design: a Cataglyphis fortis, do Saara, e a Melophorus bagoti, da Austrália Central.

O AntBot em toda sua glória. Foto: Dupeyroux, et al/Science Robotics

De acordo com o autor principal Julien Dupeyroux, engenheiro e doutorando em biorrobótica na Universidade de Aix-Marseille, as formigas do deserto percorrem grandes distâncias em busca de alimento, mas não podem usar o olfato para voltar para casa, graças aos ambientes escaldantes em que vivem. Porém, elas encontraram maneiras de compensar isso.

"A chave é que as formigas do deserto não podem se referenciar a trilhas de feromônios para encontrar seu caminho, pois as moléculas deixadas no chão seriam instantaneamente destruídas pelo calor extremo", disse Dupeyroux, acrescentando que as temperaturas externas podem chegar a até 65,5º C durante as viagens desses insetos em busca de alimento. "Ao longo de sua evolução, formigas do deserto como a Cataglyphis desenvolveram modalidades sensoriais para torná-las capazes de se localizar em relação à entrada de seu ninho."

Em outras palavras, as formigas usam uma variedade de truques para ajudá-las a descobrir e lembrar onde estão suas casas em relação à sua localização atual — uma habilidade que os cientistas chamam de integração por caminhos (quando as pessoas fazem isso, isso é chamado de navegação estimada).

Os olhos compostos das formigas, por exemplo, contêm fotorreceptores únicos que captam a luz ultravioleta do Sol que se polariza por moléculas de ar dispersas. Esse padrão de luz ultravioleta, no entanto, muda à medida que o Sol se move pelo céu. Ao seguir esses padrões de deslocamento, as formigas têm basicamente uma bússola interna e celestial que lhes permite determinar em que direção se encontram. A mesma técnica pode até ter sido usada por marinheiros vikings no mar, para navegar em dias nublados.

Elas também conseguem rastrear a velocidade com que o solo parece estar se movendo por meio de seus olhos, o que é conhecido como fluxo óptico. Da próxima vez que você estiver em um carro ou bicicleta, por exemplo, basta prestar muita atenção em como o mundo parece estar passando por você — esse é o fluxo óptico. O fluxo óptico, juntamente com a consciência das formigas de quantos passos deram durante uma caminhada, lhes permite estimar a distância que percorreram. Junte isso com a bússola celestial, e você tem um equipamento de navegação vivo de seis pernas.

Dupeyroux e sua equipe pegaram esses truques, junto com o suporte das formigas, para criar o AntBot. Impresso em 3D, ele tem um Raspberry Pi e é completamente autônomo. Em seguida, enviaram o bot para passear aleatoriamente durante um curto espaço de tempo em uma variedade de ambientes, antes de pedir que ele voltasse para casa.

O AntBot foi bom o suficiente para encontrar o caminho mais rápido de volta para casa usando apenas um ou dois dos truques das formigas. Quando todos os três foram combinados, porém, ele foi quase impecável.

A viagem do AntBot de volta para casa, acelerada em seis vezes. GIF: Dupeyroux et al/Science Robotics

As descobertas sugerem que o AntBot não “pensa” exatamente como uma formiga, em parte porque não entendemos completamente como as formigas do deserto usam todas as suas pistas de navegação. Mas o desempenho quase perfeito do robô ainda é impressionante, disse Dupeyroux, especialmente porque ele foi feito com tecnologia e materiais relativamente baratos.

Dupeyroux estimou inicialmente que poderia ter custado mais de US$ 85 mil para criar um bot com uma matriz de sensores que imitasse completamente os olhos compostos da formiga. Mas os sensores menos complexos do bot ainda foram capazes de replicar os fotorreceptores exclusivos usados para a bússola celestial. Eles também ajudaram a reduzir o custo final do projeto e produção do AntBot para cerca de US$ 500.

"Mostramos que nossa solução é biologicamente plausível e que também tem resultados excelentes", afirmou.

O conhecimento de navegação exibido pelo AntBot poderia algum dia ser bem utilizado em tecnologias como drones de entrega ou carros inteligentes, disse Dupeyroux. Idealmente, esses robôs usariam uma combinação de diferentes métodos para navegar por conta própria, incluindo GPS. Porém, em certas situações, o conjunto de truques do AntBot poderia fornecer algumas vantagens em relação aos métodos existentes.

"Embora o GPS tenha um grande impacto na navegação mundial, ele sofre com vários limites", disse Dupeyroux. Isso inclui falhas de sinal quando em torno de edifícios altos; uma área relativamente pequena de precisão para dispositivos menores, como smartphones; e não ser particularmente bom em dias nublados, chuvosos ou com neve. O AntBot e robôs como ele devem, pelo menos em teoria, ser capazes de contornar esses limites.

No entanto, por ora, ainda há muito trabalho a ser feito para melhorar o robô.

"Queremos que o nosso robô vá mais longe na navegação. Na sua forma atual, ele só navega por pequenas distâncias", afirmou Dupeyroux. Por causa dos pequenos e facilmente superaquecidos motores usados para ajudá-lo a se mover e girar, juntamente com sua limitada fonte de alimentação, o AntBot só consegue navegar 15 metros de cada vez. "Atualmente, estamos trabalhando em novas atuações para tornar nosso robô capaz de executar trajetórias de 100 metros de comprimento em condições do mundo real."

A equipe também planeja atualizar a precisão da bússola celestial do robô, assim como sua capacidade de processamento.

[Science Robotics]

The post Este robô inspirado em formigas usa o Sol para navegar, sem precisar de GPS appeared first on Gizmodo Brasil.

Ator deve perder processo contra produtora do Fortnite pelo uso da dancinha do Carlton

Posted: 17 Feb 2019 09:49 AM PST

No final do ano passado, Alfonso Ribeiro, o Carlton Banks de Um Maluco no Pedaço, processou a Epic Games, produtora do Fortnite, por ter usado a dancinha de seu famoso personagem no jogo. Uma decisão do órgão responsável por registrar direitos autorais nos EUA, no entanto, indica que Ribeiro deve perder o processo.

[foo_related_posts]

No processo, Ribeiro alegava que já havia entrado com o pedido de copyright pela dancinha do Carlton, que ele diz ter criado em 1991, durante as gravações do seriado estrelado por Will Smith. Só que o U.S. Copyright Office deve negar o pedido.

De acordo com o Hollywood Reporter, Saskia Florence, especialista em registro no Departamento de Artes Performáticas do órgão de direitos autorais, se manifestou contra o pedido. Ela enviou uma carta aos advogados do ator dizendo que a dancinha é muito simples e, assim, não configura uma coreografia, apenas uma sequência de dança. Por isso, ela não pode ser protegida pela lei de direitos autorais dos EUA. A tendência, portanto, é que o tribunal não condene a Epic Games pelo uso da dancinha.

O processo sempre foi bastante incerto para Ribeiro, na verdade. Como lembra o Engadget, o ator já contou que tinha se inspirado em Eddie Murphy e na participação da atriz Courteney Cox no clipe de "Dancing in the Dark", de Bruce Springsteen. Além disso, havia controvérsias sobre quem seria o verdadeiro proprietário dos direitos autorais — se seria o ator ou a NBC, que transmitia o seriado nos anos 90.

Ribeiro também tinha processado a Take-Two Interactive, desenvolvedora dos jogos NBA 2K, por ter usado a mesma dancinha na edição de 2016 do jogo de basquete. A empresa pede que, já que os movimentos não podem ser protegidos por copyright, a ação seja julgada improcedente.

[The Hollywood Reporter via Engadget]

The post Ator deve perder processo contra produtora do Fortnite pelo uso da dancinha do Carlton appeared first on Gizmodo Brasil.

Inteligência artificial financiada por Elon Musk escreve tão bem que seus criadores estão com medo

Posted: 17 Feb 2019 07:29 AM PST

Pesquisadores do grupo de pesquisa sem fins lucrativos OpenAI só queriam treinar seu novo software de geração de texto para prever a próxima palavra em uma frase. Só que ele superou todas as suas expectativas e foi tão bom em imitar a escrita de seres humanos que eles decidiram puxar o freio da criação enquanto imaginam os danos que poderiam ser causados se caísse em mãos erradas.

Elon Musk já deixou claro que ele acredita que a inteligência artificial é a "maior ameaça existencial" para a humanidade. Musk é um dos principais financiadores do OpenAI e, embora tenha assumido um papel secundário na organização, seus pesquisadores parecem compartilhar suas preocupações sobre a abertura de uma caixa de Pandora de problemas.

Esta semana, o grupo de pesquisa compartilhou um artigo cobrindo seu mais recente trabalho sobre tecnologia de geração de texto, mas eles não seguiram sua prática padrão de divulgar a pesquisa completa para o público. Os cientistas estão com medo de que pessoas mal-intencionadas possam cometer abusos se tiverem acesso ao software. Em vez de lançar o modelo totalmente treinado, o grupo liberou um modelo menor para outros pesquisadores testarem.

[foo_related_posts]

Os especialistas usaram 40 GB de dados extraídos de 8 milhões de páginas da web para treinar o software GPT-2. Isso é dez vezes a quantidade de dados que eles usaram na primeira iteração da GPT. O conjunto de dados foi reunido no Reddit, selecionando links para artigos com mais de três votos positivos.

Quando o processo de treinamento foi concluído, eles descobriram que o software poderia ser alimentado com uma pequena quantidade de texto e continuar a escrever de forma convincente. Ele tem problemas com "tipos de conteúdo altamente técnicos ou esotéricos", mas quando se trata de uma escrita mais conversacional, gerou "amostras razoáveis" em 50% do tempo.

Em um exemplo, o software foi alimentado com este parágrafo:

Em um achado chocante, o cientista descobriu uma manada de unicórnios vivendo em um remoto vale anteriormente inexplorado, na Cordilheira dos Andes. Ainda mais surpreendente para os pesquisadores foi o fato de que os unicórnios falavam inglês perfeito.

Com base nessas duas frases, a inteligência artificial foi capaz de continuar escrevendo essa fantasiosa notícia por mais nove parágrafos de uma forma que poderia ter sido escrita por um ser humano. Aqui estão os próximos parágrafos de máquina que foram produzidos pela máquina:

O cientista deu à população um nome baseado em seu chifre característico: o Unicórnio de Ovídio. Estes unicórnios de quatro chifres e cor branco-prateada eram anteriormente desconhecidos para a ciência.

Agora, depois de quase dois séculos, o mistério do que desencadeou esse estranho fenômeno está finalmente resolvido.

Dr. Jorge Pérez, biólogo evolucionário da Universidade de La Paz, e vários companheiros estavam explorando a Cordilheira dos Andes quando encontraram um pequeno vale, sem outros animais ou humanos. Pérez notou que o vale tinha o que parecia ser uma fonte natural, cercada por dois picos de rocha e neve prateada.

O GPT-2 é notavelmente bom para se adaptar ao estilo e ao conteúdo dos trechos fornecidos. O Guardian conseguiu dar uma olhada no software e experimentou colocar a primeira frase de 1984, de George Orwell: "Era um dia frio e ensolarado de abril, e os relógios batiam treze horas." O programa pegou no tom da seleção e prosseguiu com alguma ficção científica distópica própria:

Eu estava no meu carro a caminho de um novo emprego em Seattle. Eu coloquei gasolina, coloquei a chave, e então dei partida. Eu apenas imaginei como seria o dia. Daqui a cem anos. Em 2045, eu seria professor em alguma escola em uma parte pobre da China rural. Começaria com história chinesa e história da ciência.

Os pesquisadores do OpenAI descobriram que o GPT-2 teve um ótimo desempenho quando recebeu tarefas para as quais ele não era necessariamente projetado, como tradução e resumo. Em seu artigo, os pesquisadores contam que eles simplesmente tinham que comandar o modelo treinado da maneira correta para executar essas tarefas em um nível que fosse comparável a outros modelos especializados. Depois de analisar uma pequena matéria sobre uma corrida olímpica, o software conseguiu responder corretamente a perguntas básicas como "Qual foi a duração da corrida?" e "Onde a corrida começou?".

Estes excelentes resultados assustaram os pesquisadores. Uma preocupação que eles têm é que a tecnologia seria usada para turbinar operações de notícias falsas. O Guardian publicou uma notícia falsa escrita pelo software junto com sua matéria sobre a pesquisa. O artigo é legível e contém citações falsas que tem a ver com o tema e são realistas. A gramática é melhor do que muito do que você veria em notícias falsas fabricadas. E, de acordo com o repórter Alex Hern do jornal inglês, levou apenas 15 segundos para o robô escrever o artigo.

Outras preocupações que os pesquisadores listaram como potencialmente abusivas incluem a automação de e-mails de phishing, a personificação de outros usuários on-line e o assédio autogerado. Mas eles também acreditam que há muitas aplicações benéficas a serem descobertas. Por exemplo, pode ser uma ferramenta poderosa para desenvolver melhores programas de reconhecimento de fala ou agentes de diálogo.

A OpenAI planeja promover um debate com a comunidade de inteligência artificial sobre sua estratégia de publicação. O grupo espera explorar possíveis diretrizes éticas para direcionar esse tipo de pesquisa no futuro. Eles disseram que terão mais a discutir em público daqui a seis meses.

[OpenAI via The Guardian]

The post Inteligência artificial financiada por Elon Musk escreve tão bem que seus criadores estão com medo appeared first on Gizmodo Brasil.

Novo tablet Galaxy Tab S5e, da Samsung, é fino, funcional e começa em US$ 400

Posted: 17 Feb 2019 05:13 AM PST

Quando a Samsung lançou o Galaxy Tab S4, eu curti a mistura do design fino, a bateria de alta duração e o sistema Android compatível com o Dex, a solução para desktop da Samsung. No entanto, seu alto preço e especificações ultrapassadas tornavam impossível amá-lo. Isso pode mudar com o novo Galaxy Tab S5e. A Samsung simplificou seu tablet topo de linha para criar um novo aparelho super fino.

[foo_related_posts]

Mas o que aconteceu com o Galaxy Tab 5 regular? Sei lá. No entanto, o "e" no S5e significa "essencial", que deveria indicar que vários recursos extras foram eliminados para deixarem as coisas mais simples. Aliás, o nome S5e só corrobora os rumores de que a Samsung está fazendo uma terceira variante do Galaxy S10 chamada S10e.

No entanto, comparado ao Galaxy Tab S4, os únicos grandes recursos que faltam ao Tab S5e são o suporte à caneta stylus e o leitor de íris. Nele, vem o processador Snapdragon 670. Ele conta uma tela de 10,5, polegadas (2.560 x 1.600) Super AMOLED presente em tablets topo de linha, além de contar 64 GB de armazenamento (expansível com microSD), 4 GB de RAM e até um conjunto de quatro alto-falantes da AKG — tudo isso por US$ 400. Isso é US$ 250 menos que o Galaxy Tab S4, e apenas US$ 80 a mais que o iPhone mais recente de 32 GB e uma tela LED (2.048 x 1.536). Nada mal quando comparado com os concorrentes.

Então, a Samsung foi lá e colocou tudo isso em um chassi de 5,5 mm de espessura. A título de comparação, um Galaxy S9+ é 3 mm mais espesso com 8,5 mm. Enquanto isso, um iPad padrão de 9,7 polegadas tem 7,5 mm, enquanto os novos iPad Pro têm 5,9 mm e ainda podem envergar. Esperemos que a Samsung tenha gastado um tempo para tornar o Tab S5e mais durável que o iPad Pro, da Apple.

A bateria do novo Tab S5e é de 7.040 mAh, que é menos de 5% menor que os 7.300 mAh de bateria do Tab S4. E quando você combina uma bateria deste tamanho com um processador que exige menos energia, é possível ter uma autonomia tão boa, ou potencialmente até maior, que as 13 horas que vi no Tab S4.

E, no caso de você ainda querer um tablet que funcione como um laptop, o Tab S5e inclui a interface Samsung Dex, que oferece um ambiente de desktop mais tradicional quando você quiser. Dito isso, para quem executa muitas tarefas simultaneamente, a Samsung mantém que o Tab S4, com Snapdragon 835, é uma escolha melhor. Você também vai precisar gastar US$ 130 extra em um teclado dobrável para o Tab S5e, pois ele não vem incluso.

No entanto, para pessoas que querem um aparelho fino para navegar pela internet e checar e-mails, o Galaxy Tab S5 e parece uma escolha sólida de upgrade para o seu tablet de quatro ou cinco anos atrás. Ele certamente vai ser uma opção mais elegante que o iPad.

O Galaxy Tab S5e está à venda por a partir de US$ 400 e começará a ser comercializado no segundo trimestre nas cores ouro, preto e prata, com modelos com conectividade LTE sendo disponibilizados ainda neste ano.

The post Novo tablet Galaxy Tab S5e, da Samsung, é fino, funcional e começa em US$ 400 appeared first on Gizmodo Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário