quarta-feira, 13 de março de 2019

Gizmodo Brasil

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EUA pressionam para que Alemanha não use equipamentos da Huawei em sua rede 5G

Posted: 12 Mar 2019 03:11 PM PDT

O governo dos EUA enviou um aviso à Alemanha de que pode limitar as informações entregues por meio de acordos de compartilhamento de inteligência se o país permitir que a gigante das telecomunicações Huawei instale suas redes 5G, informou o Wall Street Journal na segunda-feira (11).

Autoridades norte-americanas de inteligência vêm alertando há anos que a tecnologia da Huawei poderia ser cooptada pelo governo chinês para fins de espionagem, embora nunca tenham divulgado provas concretas e a Huawei tenha negado repetidas vezes.

Em uma carta ao ministro da economia alemão, o embaixador dos EUA na Alemanha, Richard A. Grenell, escreveu que o compartilhamento de inteligência será reduzido se a Huawei for autorizada a participar de redes 5G. Diz o Wall Street Journal:

A carta, que foi datada de sexta-feira e conferida pelo The Wall Street Journal, marca a primeira vez conhecida que os EUA explicitamente alertaram um aliado que se recusar a afastar a Huawei poderia diminuir a cooperação de segurança com Washington. Entre outras coisas, as agências de segurança europeias dependem fortemente na inteligência dos EUA na luta contra o terrorismo.

Autoridades dos EUA se recusaram a dizer se outros países receberam ou receberiam avisos semelhantes […] [Grenell] observou que o código executado em equipamentos 5G precisaria de atualizações frequentes e era tão complexo que o potencial para os chamadas backdoors e outras vulnerabilidades do sistema não poderia ser descartado, mesmo que a Huawei permitisse que os reguladores inspecionassem regularmente seu software.

A preocupação central parece ser que, se o equipamento de rede Huawei for usado em redes 5G alemãs, elas não estarão mais seguras contra invasões chinesas. Além disso, os EUA provavelmente precisarão de seus aliados para apoiar a campanha negativa contra a Huawei para que a tática de isolamento tenha algum efeito significativo. Os EUA têm preocupações adicionais sobre o uso do pessoal chinês, como, por exemplo, não saber se a Huawei permitirá supervisão feita por serviços de segurança, de acordo com o jornal.

Embora o fundador da Huawei, Ren Zhengei, insista que sua empresa não instalará backdoors em seus produtos 5G, especialistas dizem que a empresa é obrigada por lei a fazê-lo se o governo da China exigir. Conforme relatado pela CNBC, tanto a Lei de Inteligência Nacional de 2017 quanto a Lei de Contra-Espionagem de 2014 determinam que as empresas chinesas cumpram iniciativas de segurança do Estado.

O WSJ diz que o Conselho de Segurança Nacional dos EUA também alertou os aliados na segunda-feira, dizendo que o uso da tecnologia Huawei não é aconselhável, porque as redes 5G contam com softwares que podem ser manipulados para permitir uma vigilância irrestrita.

“Como as redes 5G são amplamente definidas por software, as atualizações enviadas pelo fabricante por meio da rede podem mudar radicalmente a maneira como elas operam”, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Garrett Marquis. “As redes 5G que nossos aliados compram não serão as redes que eles eventualmente operam, já que o software pode ser modificado, a cada momento, pelo fabricante.”

“De fato, o Ministro Federal para Assuntos Econômicos e Energia recebeu uma carta”, disse à CNN o porta-voz da Embaixada da Alemanha em Washington, Matthias Wehler. “Não há comentários sobre o conteúdo por parte dele. Haverá uma resposta rápida.”

No entanto, o WSJ informa que um porta-voz do Ministério da Economia alemão disse que as preocupações não eram novas, e eles não viram nenhuma evidência de que seriam verdadeiras. Um oficial da segurança alemã disse ao jornal que ele recebeu uma mensagem menos agressiva de seus equivalentes nos Estados Unidos, então é possível que a carta para o embaixador tenha sido mais barulho do que fato.

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Como a CNN nota, os EUA pressionaram para que "o Reino Unido, a Austrália, a Polônia, a União Europeia, as Filipinas e vários outros países" impusessem proibições ou restrições aos produtos Huawei. Uma proibição na Austrália e proibições parciais em Nova Zelândia também estão correlacionadas com este movimento.

As tensões também aumentaram com a detenção da diretora financeira da Huawei, Meng Wanzhou, que enfrenta uma possível extradição para os EUA sob alegações de ter cometido fraude financeira em supostas violações de sanções internacionais contra o Irã. Zhengei, pai de Meng, descreveu recentemente as batalhas sobre a empresa como “politicamente motivadas” e parte de uma tentativa de “esmagar-nos” porque sua tecnologia 5G possui uma ampla vantagem sobre os concorrentes ocidentais.

Na semana passada, a Huawei moveu uma ação contra os EUA por proibir órgãos de governo de usarem produtos da empresa chinesa, dizendo que uma lei assinada pelo presidente Donald Trump em agosto de 2018 — que proíbe a Huawei e sua compatriota ZTE de serem usadas em trabalhos do governo — é inconstitucional. Essencialmente, o processo está desafiando os serviços de inteligência dos EUA a mostrar o que tem nas mãos. A empresa disse que tem um “histórico sólido em segurança cibernética” e ainda acusa os EUA de invadir seus sistemas corporativos e roubar informações.

[Wall Street Journal/CNN]

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Armazéns da Amazon ligaram para a emergência por crises de saúde mental 189 vezes em cinco anos, diz site

Posted: 12 Mar 2019 02:34 PM PDT

Armazém da Amazon em Baltimore

A gigante do e-commerce Amazon tem sido relatada como um lugar desagradável para se ter um trabalho. Um artigo atrás do outro têm retransmitido alegações de uma cultura de local de trabalho ultracompetitiva, com funcionários sendo tratados como robôs sem alma, com requisitos de desempenho desumanos e longas horas de trabalho monótono. Isso inclui horas extras sazonais obrigatórias que alguns trabalhadores disseram que às vezes resultam em lesões.

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Agora, temos um panorama perturbador do que essas condições de trabalho significaram para alguns membros da força de trabalho do homem mais rico do mundo: de outubro de 2013 a outubro de 2018, autoridades responderam a pelo menos 189 chamadas de emergência para “tentativas de suicídio, pensamentos suicidas e outros episódios de saúde mental” nos armazéns da Amazon, de acordo com uma reportagem do Daily Beast na segunda-feira (11).

Esses foram apenas os que foram descobertos, segundo a matéria, com os 46 armazéns em 17 estados dos EUA onde as ligações foram feitas respondendo por “aproximadamente um quarto dos centros de triagem e atendimento que compõem a rede americana da empresa” (outros locais não tiveram nenhuma dessas ligações listadas ou os registros não estavam disponíveis, escreveu o Daily Beast).

Algumas das ligações envolveram pessoas que ficaram chateadas com questões não relacionadas ao seu trabalho na Amazon, enquanto outras envolveram pessoas não empregadas ou contratadas para trabalhar nas instalações. E, embora a reportagem do Daily Beast tenha apontado que não havia nenhuma evidência de que a equipe da Amazon tivesse mais crises de saúde mental no local de trabalho que exigissem intervenção do que outras empresas, ela constatou que muitos dos incidentes pareciam estar relacionados às condições de trabalho.

Um ex-funcionário de armazém da Amazon em Etna, Ohio, que trabalhava em uma estação de contagem de inventário por US$ 14,50 por hora, Nick Veasley, disse que tinha que processar centenas de itens por hora e descreveu gerentes tão focados em métricas que os trabalhadores tinham medo de falar uns com os outros, para não serem acusados de tirar uma pausa não autorizada. Ele disse ao Daily Beast que ficar de pé o dia todo levou ao agravamento da dor no tornozelo que por fim o levou a ter que fazer uma cirurgia. E, quando ele voltou ao trabalho após um intervalo de dois meses, foi punido por fazer os intervalos necessários para lidar com sua síndrome do intestino irritável e diverticulite:

Ele recebeu dois avisos e foi informado de que outra violação poderia resultar em suspensão ou rescisão (a Amazon chamou sua versão de “altamente improvável”, dizendo que os gerentes trabalham com o RH para ter uma conversa completa sobre “barreiras” que levam os associados a “acumular tempo fora da tarefa”). “Normalmente, eu consigo me livrar de um problema, mas não conseguia fazer isso trabalhando na Amazon”, disse Veasley. “Senti que tinha 500 quilos presos no tornozelo, e isso me puxava para baixo, para baixo e para baixo, e não havia como sair.”

Com o tempo, depois que Veasley disse a um guarda no estabelecimento que queria dirigir seu carro penhasco abaixo, a Amazon chamou a polícia, e ele foi colocado em uma ala psiquiátrica durante três dias.

“Aquele lugar me ferrou tanto que me colocou em depressão, em que eu estive de fato preso por 72 horas em uma ala psiquiátrica”, disse Veasley ao site.

Seis funcionários atuais ou ex-funcionários da Amazon que haviam passado por crises de saúde mental “que exigiram assistência emergencial no armazém” disseram ao Daily Beast que as exigências implacáveis de trabalho na empresa contribuíram para a situação. Um deles disse que os gerentes culpavam os funcionários por não cumprirem as cotas mesmo quando não era possível completá-las, enquanto o ex-empregado de armazém Jace Crouch, que trabalhou em Lakeland, na Flórida, descreveu o ambiente como uma “colônia isoladora infernal onde pessoas tendo colapsos são uma ocorrência regular”.

A reportagem do Daily Beast também destacou que a intervenção do pessoal de emergência não foi o fim das humilhações enfrentadas pelos trabalhadores da Amazon, com vários dizendo ao site que tiveram dificuldades para obter indenização ou receber tratamento:

Dos seis atuais ou ex-trabalhadores da Amazon que falaram com o Daily Beast, cinco foram dispensados do trabalho. Eles disseram que lutaram para obter a indenização prometida, acharam o aconselhamento psicológico insuficiente ou inacessível e, em alguns casos, foram demitidos.

Depois de serem retirados da Amazon por socorristas de emergência — uma situação que alguns acharam humilhante —, os trabalhadores eram frequentemente colocados em licença médica de curta duração ou por incapacidade, o que lhes dá direito a 60% do seu salário e a um retorno ao trabalho após a liberação psiquiátrica… Durante a licença, alguns trabalhadores usaram o programa de assistência ao funcionário da empresa, que inclui três conversas telefônicas com um conselheiro, e também procuraram ajuda psiquiátrica externa. Mesmo com o seguro de saúde fornecido pela Amazon, os custos eram muitas vezes uma pressão financeira.

A Amazon negou as denúncias da reportagem, dizendo ao Daily Beast em um comunicado que o número de ligações feitas em seus armazéns foi uma “generalização” que “não leva em conta o total de de funcionário associados, horas trabalhadas ou nossa rede em crescimento”.

“O bem-estar físico e mental de nossos associados é nossa prioridade máxima, e estamos orgulhosos de nossos esforços e do sucesso geral nessa área”, disse a Amazon ao site. “Fornecemos cuidados médicos abrangentes desde o primeiro dia para que os funcionários tenham acesso aos cuidados quando mais precisarem, serviços de aconselhamento gratuito e confidencial 24 horas por dia e várias opções de licenças e acomodações médicas que abrangem preocupações de saúde mental e física.”

[The Daily Beast]

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Tim Berners-Lee, o pai da web, está desapontado com o que sua criação se tornou

Posted: 12 Mar 2019 01:32 PM PDT

Trinta anos atrás, Tim Berners-Lee apresentou uma proposta para o que se tornaria a world wide web. Agora, por muitas razões, o inventor da web não está nada entusiasmado com a forma como tratamos sua criação nas décadas que se seguiram.

"Embora a web tenha criado oportunidades, dado uma voz a grupos marginalizados e facilitado nossa vida cotidiana, ela também criou oportunidades para golpistas, deu voz àqueles que espalham o ódio e tornou todos os tipos de crimes mais fáceis de se cometer", escreve Berners-Lee hoje em uma carta aberta comemorando o aniversário da web.

Com um número aparentemente infinito de escândalos e vazamentos, revelações sobre mineração de dados e condições de trabalho precárias permitidas pela rede, fica fácil se render à ideia de que o legado da web é de longo e lento declínio​. Berners-Lee, no entanto, adverte contra o derrotismo. “Se desistirmos de construir uma rede melhor agora, não será a rede que terá falhado conosco, mas nós que teremos falhado com ela.”

"Este ano, vimos vários funcionários de tecnologia se levantarem e exigirem melhores práticas de negócios. Precisamos encorajar esse espírito", ele escreve, provavelmente em referência às várias cartas abertas de trabalhadores que pressionam contra o envolvimento de suas empresas em projetos militares. Trabalhadores do Google se posicionaram contra a participação da empresa no Projeto Maven. Na Microsoft, houve oposição à colaboração da companhia com o Pentágono para desenvolver os HoloLens para treinar soldados, e também uma onda de críticas ao uso da tecnologia pela Agência de Imigração e Alfândegas (ICE, na sigla em inglês).

Criar um “Contrato para a Web” é o motor da análise retrospectiva de Berners-Lee. Ele lançou esse conceito em novembro do ano passado. O contrato lista nove princípios, três direcionados a governos, três a empresas e três adicionais para os próprios usuários da web. Alguns, como o acesso universal à internet habilitado pelo Estado, são benevolentes, mas talvez idealistas.

Embora ainda estejam engatinhando e sujeitas a mudanças, as ideias de Berners-Lee sobre como as empresas poderiam construir uma internet mais benéfica, infelizmente, parecem totalmente distantes da realidade em que vivemos atualmente.

“Tornar a internet financeiramente acessível” é justamente o que permitiu que o modelo de publicidade atual se tornasse tão popular. Também foi a justificativa que levou à coleta de dados em massa responsável por tornar o Facebook e o Google tão ricos. Essa última situação, inclusive, está fundamentalmente em desacordo com o próximo mandamento de Berners-Lee: “respeitar a privacidade e os dados pessoais dos consumidores”.

Pedir para as plataformas on-line "desenvolverem tecnologias que apoiem o melhor da humanidade e desafiem o pior" — novamente, algo que seria melhor e mais saudável — vai contra a afirmação do Facebook de que "não importa onde tracemos os limites do que é permitido; quando um conteúdo chega perto dessa linha, as pessoas vão se engajar mais com isso".

Embora defenda especificamente seu próprio contrato, Berners-Lee está certo ao dizer que chegamos a um ponto de inflexão em "nossa jornada da adolescência digital para um futuro mais maduro, responsável e inclusivo". Muitos consumidores, funcionários de empresas de tecnologia e legisladores concordam que é necessário um controle mais amplo sobre a web e a internet de forma geral, seja na forma de segurança do usuário, legislação de privacidade de dados ou na busca de casos antitruste contra as maiores empresas nascidas da invenção de Berners-Lee.

Se o Contrato para a Web será a “estrela-guia” que Berners-Lee pretende que seja é o de menos. O que importa é saber que o pai da Web continua empenhado em ver sua criação se desenvolver.

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Pulseira fitness básica da Samsung custa R$ 299 e pode ajudar a popularizar a categoria

Posted: 12 Mar 2019 12:50 PM PDT

Junto com o anúncio do Galaxy S10 no mercado brasileiro, a Samsung também falou nesta terça-feira (12) sobre seus dispositivos vestíveis, que foram apresentados em 20 de fevereiro em San Francisco. Como os smartphones e seus distintos modelos, também estarão disponíveis por aqui em abril: a pulseira Galaxy Fit e (acredite: este “e” não está sobrando aí, ele faz parte do nome mesmo), o smartwatch Galaxy Watch Active e os fones de ouvido sem fio Galaxy Buds.

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O que me chamou a atenção no anúncio é o preço da pulseira Galaxy Fit e, que tem valor sugerido de R$ 299 — algumas pulseiras da Samsung para medir atividades físicas no passado chegavam fácil aos R$ 600. Seguindo os preços das novidades em ordem crescente, os Galaxy Buds têm preço sugerido de R$ 999, enquanto o relógio Galaxy Watcch Active será vendido por R$ 1.499.

Galaxy Fit e e Galaxy Watch Active

Pelo seu preço, talvez a pulseira Galaxy Fit e ajude a reduzir o estigma de que produtos para medir atividade física são caros. Não é o mesmo preço da Mi Band, que a Xiaomi lançou há alguns anos por R$ 100 aqui, mas pode ser um começo. Além disso, não temos tantos concorrentes disponíveis. Nos EUA, por exemplo, as pulseiras Fitbit têm grande presença e não custam tão caro quanto um smartwatch.

Conta também a favor da Samsung o fato de que os consumidores poderão ter acesso a elas em lojas próprias ou em varejistas físicos, diferente de compradores que conhecem tecnologia e compram quase às cegas Mi Bands em importadores.

Galaxy Fit e Galaxy Fit e. Crédito: DivulgaçãoGalaxy Fit e Galaxy Fit e. Crédito: Divulgação

O nome "e" nele indica, como na família Galaxy S10, que é o modelo mais simples. Ele tem uma tela de 0,74 polegada, bateria de 70 mAh e resistência à água (de até 5 ATM) — em algum momento deste ano deve chegar o Galaxy Fit sem o "e", que tem com tela um pouco maior.

Na prática, ele ajuda a rastrear atividades físicas (como corrida, bicicleta ou mesmo natação) e a medir os batimentos cardíacos. É possível também monitorar o sono ao sincronizá-lo com o smartphone usando o Samsung Health.

Fora essas funções de saúde, o acessório também exibe o horário e notificações do smartphone e possibilita configurar alarmes. É compatível tanto com aparelhos Android como iOS.

Relógio Samsung Galaxy Watch Active

Já o relógio conta com muito mais recursos. O Galaxy Active tem uma tela de 1,1 polegada e bateria de 230 mAh. A memória RAM é de 768 MB, enquanto o armazenamento é de 4 GB. Como nos modelos anteriores da marca, ele conta com acelerômetro, GPS, giroscópio, barômetro, medidor de frequência cardíaca e sensor de luz ambiente.

Uma das novidades do relógio é o que a Samsung chama de gerenciador de estresse. Ao notar que o usuário está ficando alterado, o relógio emite um aviso sugerindo que ele faça exercícios de respiração para se acalmar.

Até pelo preço, ele é mais voltado para quem quer ter controle e medir sessões de exercício. Apesar de fazer isso automaticamente, é possível também monitorar manualmente mais de 40 atividades físicas.

Galaxy Buds

Você não vê muita gente com fones Bluetooth discretos por aqui, a menos que você viva em alguma grande cidade dos EUA ou trabalhe em algum distrito financeiro. O fato é que a Samsung, que lançou esta categoria antes que concorrentes, quer ser reconhecida pelos Galaxy Buds, concorrente dos AirPods, da Apple.

Fones Galaxy BudsCrédito: Divulgação

Os Galaxy Buds chegam aqui por R$ 999 — na loja da Apple, os AirPods são encontrados por R$ 1.500, mas em varejistas você encontra por R$ 1.000.

Valores à parte, a Samsung promete autonomia de até 6 horas de reprodução via Bluetooth, que é uma hora a mais do que a Apple promete. Os fones são à prova de respingos de água e suor.

Eles vêm em um case que pode ser carregado sem fio. Então, se você tiver um dos novos Galaxy S10, basta posicionar o compartimento na parte de trás que o telefone começa a carregar. Também é possível carregar com fio por meio de uma porta USB-C.

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Anúncio de pré-candidata à presidência dos EUA questionando poder do Facebook é derrubado pela rede

Posted: 12 Mar 2019 11:41 AM PDT

O Facebook removeu propagandas da senadora Elizabeth Warren, pré-candidata à presidência dos EUA, que pediam o desmanche do Facebook e de outras grandes empresas americanas de tecnologia, uma nova questão importante para a campanha presidencial de Warren em 2020.

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Esse é o tipo de ironia que só se pode imaginar, provocando o tipo de ultraje sorridente que rapidamente vai além da compreensão nas redes sociais.

A derrubada dos anúncios, noticiada inicialmente pelo Politico, ocorreu na segunda-feira (11) porque eles “violaram nossas políticas contra o uso de nosso logotipo corporativo”, disse um porta-voz do Facebook à repórter do New York Times Cecilia Kang. Depois que a retirada se tornou pública, a empresa rapidamente restaurou os anúncios na noite de segunda-feira, “no interesse de permitir um debate robusto”.

O ex-diretor de publicidade do Facebook Antonio Garcia Marquez explicou no Twitter que a política da empresa tem suas raízes há quase uma década, quando o Facebook foi assolado pelo tipo de anúncio que afirmava falsamente ter endosso do Facebook: “O jogo mais popular do Facebook” e o “aplicativo de busca social oficial do Facebook” eram frequentemente vistos na barra lateral do site.

“Como os usuários eram muitas vezes confundidos pelas unidades de anúncio, houve uma proibição global não só de usar o logotipo, mas também de usar a palavra ‘Facebook’ na cópia do anúncio”, tuitou Garcia Marquez. “Pense nisso: além deste estranho caso de uso do Warren, quem poderia estar usando legitimamente o nome da empresa?”

Dado o crescente debate global em torno da regulamentação e até mesmo do desmembramento de grandes empresas de tecnologia, agora é muito fácil imaginar uma série de casos de uso do nome do Facebook em anúncios do Facebook.

Será que a gigante das redes sociais ajustará suas políticas para refletir a nova realidade? O Facebook não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Aqui está um dos anúncios de Warren:

(“Facebook e Google correspondem a 70% de todo o tráfego na internet — se não colocássemos anúncios no Facebook, como esse, não conseguiríamos espalhar nossa palavra pelo país. Mas não é assim que a internet deveria funcionar. Precisamos desmanchar as três grandes empresas de tecnologia que dominam a internet, sufocam a concorrência e influenciam como a nossa democracia funciona. Mas será preciso um movimento de base para fazer isso. Então, se você está comigo, junte-se a nós hoje.”)

“Três empresas têm grande poder sobre a nossa economia e a nossa democracia”, diz outro anúncio de Warren. “Facebook, Amazon e Google. Todos nós as usamos. Mas, em sua ascensão ao poder, elas derrubaram a concorrência, usaram nossas informações privadas para obter lucro e inclinaram o campo de jogo a seu favor.”

Outro ex-funcionário do Facebook, o ex-executivo Alex Stamos, tuitou que o Facebook “precisa quantificar quantos anúncios eles rejeitam por dia por violação de marca registrada” porque “as pessoas supõem que essas decisões são tomadas conscientemente, mas é realmente o resultado inevitável de ter milhares de pessoas levando 12 segundos para clicar em ‘é, isso é um logotipo proibido'”.

Cada um dos anúncios custa menos de US$ 100, de acordo com os detalhes de divulgação da campanha. Esse minúsculo gasto levanta a questão: o anúncio foi retirado intencionalmente? Ser publicamente derrubado pelo Facebook — mesmo que a decisão tenha sido revertida — vai colocar os anúncios em muito maior evidência do que uma campanha de US$ 100 jamais poderia oferecer. Mais importante ainda, a derrubada ilustra o ponto de Warren sobre o poder do Facebook sobre nossa democracia.

Retiradas de anúncios geram uma tonelada de manchetes. No ano passado, a rejeição do Facebook à campanha da senadora republicana Marsha Blackburn gerou polêmica, tuítes, manchetes e citações da campanha sobre “as elites liberais do Vale do Silício censurando ideias conservadoras online”.

O Facebook desculpou-se por aquela retirada também, chamando a decisão de um “erro”.

Quanto à derrubada de seu anúncio, a pré-candidata à presidência dos Estados Unidos respondeu apontando o óbvio: “Curioso sobre por que eu acho que o FB tem poder demais?”, ela tuitou. “Comecemos com a capacidade deles de encerrar um debate sobre se o FB tem poder demais.”

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Motorista do Uber é acusado de sequestro após aproveitar sono de passageira e rodar por quase 100 km

Posted: 12 Mar 2019 10:20 AM PDT

Um motorista do Uber nos Estados Unidos será julgado por ter sequestrado e por supostamente ter tentado abusar de uma passageira no começo do ano passado. Na ocasião, ele aproveitou que a vítima havia dormido em seu carro para alterar o destino da viagem – segundo ele, o objetivo era aumentar a tarifa da corrida.

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O caso aconteceu no dia 21 de fevereiro de 2018 e, de acordo com um comunicado do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, o motorista Harbir Parmar, de 25 anos, pegou a vítima em Manhattan, em Nova York, às 23h30.

A passageira acabou dormindo no assento traseiro do carro e, neste momento, o motorista pegou o celular da mulher para alterar o destino da viagem para Boston, a quase 320 quilômetros de distância do destino original, White Plains.

Quando a vítima acordou, o carro estava em Connecticut e o motorista estava no banco de trás com a mão de baixo de sua camiseta, conforme o depoimento obtido pelo pessoal do Register. O motorista pegou o celular dela enquanto ela tentava pedir ajuda e voltou para a direção.

A vítima ainda pediu para que o motorista a deixasse em casa ou na delegacia mais próxima, mas ele negou. A mulher foi deixada em uma rua de Branford, em Connecticut, perto das 2h da manhã. Ela memorizou a placa do carro e foi até uma loja de conveniência onde conseguiu pedir para que chamassem um táxi – sua casa estava a cerca de 95 quilômetros de distância.

No dia seguinte, a vítima ligou para a Uber para reclamar. Ela ficou sabendo que Parmar completou a viagem para Massachusetts e tentou cobrar US$ 1.047,55 pela corrida. O motorista alegou ainda que a vítima havia passado mal em seu carro e solicitou a cobrança da taxa de limpeza.

O FBI localizou a placa do carro que havia sido memorizada pela vítima. A partir dos registros de histórico de localização do celular e do app do motorista, os investigadores confirmaram os relatos da mulher.

Em julho de 2018, Parmar admitiu para os investigadores que ele alterou o destino da corrida naquela noite e disse ainda que já havia feito isso em pelo menos outras 11 ocasiões entre dezembro de 2016 e fevereiro de 2018 – isso o rendeu cerca de US$ 3.600.

Parmar irá a julgamento em junho de 2019, acusado de sequestro – que tem como pena máxima prisão perpetua – e fraude eletrônica – que pode render até 20 anos de prisão.

Em comunicado ao Register, a Uber disse que “assim que souberam do caso, removeram o acesso do motorista ao aplicativo” e que “uma situação como essa é horrível, que nenhuma pessoa deveria passar”.

[Departamento de Justiça dos EUA, Register]

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Samsung Galaxy S10 chega ao Brasil em 4 de abril a partir de R$ 4.299

Posted: 12 Mar 2019 08:14 AM PDT

Atualizado às 14h50 com informações de pré-venda do Galaxy S10

Menos de um mês após ser apresentado nos EUA, o Galaxy S10, da Samsung, já vai estrear no mercado brasileiro junto com suas diferentes versões: Galaxy S10E, Galaxy S10 e Galaxy S10+. Lógico, cada uma delas tem suas peculiaridade, mas já digo de cara que o preço deles começa em R$ 4.299 e pode chegar a pornográficos R$ 8.999. A pré-venda dos aparelhos começa já nesta terça-feira (12), mas eles devem chegar às lojas em 4 de abril.

A vantagem para a pré-venda são os brindes. Quem comprar um Galaxy S10 ou S10E, ganhará um Galaxy Bud. Já quem optar pelo Galaxy S10+ ganhará um Galaxy Watch Active.

Tabela de preços do Galaxy S10 no BrasilA versão mais cara do S10+ tem 12 GB de RAM e 1 TB de armazenamento. Crédito: Guilherme Tagiaroli/Gizmodo

Ah, mas os aparelhos são caros? Sim. A Samsung conta com um programa de troca e eles dão um desconto de até R$ 2.500 no caso de um Galaxy S9+ em perfeito estado. Como nota o Tecnoblog, o desconto mínimo dado por eles é de R$ 800. Se você se interessa por este tipo de modalidade para ter um desconto, você deve procurar alguma loja da Samsung ou sua operadora para que o aparelho seja avaliado.

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Se fosse resumir para você o que tem de novo nos Galaxy S10, de cara podemos falar da tela Infinity-O, o que quer dizer que a câmera de selfie fica em um furo na tela e que o display ocupa toda a frente do aparelho. Além disso, os modelos S10 e S10+ contam com três câmeras na traseira e o sensor de impressão digital na tela. O S10E tem duas câmeras e um sensor de impressão digital que fica no botão de ligar, mas nem por isso você deve desconsiderá-lo, pois ele conta com especificações de respeito.

Outra característica comum é que todos oferecem suporte a carregamento sem fio e a uma tecnologia que a Samsung chama de PowerShare. Isso quer dizer que você poderá usar seu Galaxy S10 para carregar outros equipamentos que tenham suporte a carregamento sem fio com certificação Qi. Só encostar e carregar. Simples assim.

Diferentemente de vários concorrentes, a Samsung continua com a entrada convencional de fone de ouvido, além de incluir a porta USB-C para carregamento.

Entrada de fone de ouvido no Galaxy S10E e no Galaxy S10+Galaxy S10E (esq) e Galaxy S10+ (dir); repare que a tela do primeiro é reta, enquanto a do segundo é curvada. Crédito: Sam Rutherford/Gizmodo

Abaixo, vamos entender um pouco as peculiaridades de cada modelo:

Galaxy S10E: simples e invocado

Este modelo parece ser uma resposta ao iPhone XR. Como no modelo da Apple, ele tem boa parte dos recursos dos seus irmãos mais caros, mas é mais barato. Então, é muito provável que este seja o Galaxy S10 que você mais verá por aí. Ah, e aqui a Samsung colocou uma tela Amoled em vez de um display LCD, como o equivalente da Apple.

O Galaxy S10E tem uma tela Full HD+ de 5,8 polegadas Amoled (19:9), portanto, a menor entre os modelos que têm display acima de 6 polegadas. O conjunto de câmeras dele é composto por duas câmeras na traseira, sendo um sensor de 12 megapixiels (f/1.5 – f/2.4) grande angular com estabilização óptica e outra ultra-grande angular de 16 megapixels (f/2.2). Na frente, a câmera de selfie é de 10 megapixels (f/1.9).

Detalhe da câmera frontal do Galaxy S10EDetalhe da tela do Galaxy S10E. Crédito: Sam Rutherford/Gizmodo

A Samsung diz que, graças à uma unidade de processamento neural presente no telefone, as fotos tiradas pelas câmeras são otimizadas sem precisar saber configurações avançadas da câmera. Então, ele tem um modo de sugestão de imagem, que pede para você tirar outra caso fique ruim.

O processador é o Exynos 9820, e ele conta com 6 GB de RAM e 128 GB (R$ 4.299) de armazenamento (podendo ser expandida com cartão microSD de até 512 GB).

Para aguentar tudo isso, ele conta com uma bateria de 3.100 mAh.

Galaxy S10E
Tela 5,8'' FullHD+ (19:9/512 ppi).
Sistema Android 9.0 (Pie) com interface OneUI.
Câmeras: 12 megapixels e 16 megapixels (traseira) e 10 megapixels (selfie).
Processador: Exynos 9820.
Memória: 6 GB de RAM e 128 GB de armazenamento.
Sensores: acelerômetro, barômetro, leitor de digital (no botão ligar), giroscópio, geomagnético, hall, sensor de proximidade e sensor de luz RGB.
Rede: Wi-Fi 6, Bluetooth 5.0 e LTE Cat 20.
Bateria: 3.400 mAh e 4.100 mAh
Dimensões: 69,9 x 142,2 x 7,9mm; 150g.

Galaxy S10 e S10+: estes são para ostentar

Eles têm praticamente o mesmo hardware, só mudando tamanho, bateria e capacidades de armazenamento.

Estamos falando de um modelo com 6,1 polegadas Amoled 19:9 (Galaxy S10) e 6,4 polegadas Amoled (Galaxy S10+). A capacidade de bateria deles também é diferente: 3.400 mAh e 4.100 mAh, respectivamente.

Nas câmeras, rola uma pequena mudança. Na frente, o Galaxy S10+ conta com dois sensores para selfie: um de 10 megapixels (f/1.9) e um de profundidade de 8 megapixels (f/2.2) — a ideia com este último é tornar ainda melhores as fotos em modo retrato em que o fundo é desfocado. Já o S10, na frente, conta apenas com o primeiro sensor de 10 megapixels.

Frente do Galaxy S10+Galaxy S10+ tem duas câmeras selfiie na frente. Crédito: Sam Rutherford/Gizmodo

Na traseira, eles são iguais: contam com três sensores. A saber:

– Teleobjetiva de 12 megapixels (f/2.4) com estabilização óptica;
– Grande angular de 16 megapixels (f/1.5 – f/2.4) com estabilização óptica;
– Ultra grande angular de 16 megapixels (f/2.2) com zoom óptico.

Bom, esses dois modelos têm também a unidade de processamento neural. Então, além da sugestão de fotos, aqui temos o Super Night Mode, que é um modo para fotografia noturna que lembra o presente no Pixel 3. Como no telefone do Google, são combinadas diferentes imagens para que o resultado seja uma cena melhor, mesmo com más condições de luz.

Traseira do Galaxy S10 com três câmerasAs três câmeras do Galaxy S10 e Galaxy S10+. Crédito: Sam Rutherford/Gizmodo

Se você curte fazer vídeos, este conjunto de câmeras permite gravar vídeos em HDR10+ e super estáveis (temos aqui dois sensores com estabilização óptica). Então, tomadas em movimento não devem ser muito problema para nenhum dos modelos.

O processador é o mesmo do Galaxy S10E, portanto, o Exynos 9820. O Galaxy S10 vem com 8 GB de RAM e duas opções de armazenamento: de 128 GB (R$ 4.999) e de 512 GB (R$ 6.199). O Galaxy S10+ terá 8 GB de RAM e três opções de armazenamento: 128 GB (R$ 5.499), 512 GB (R$ 6.699) e 1 TB (R$ 8,999).

A bateria dos modelos varia conforme o modelo. Então, o Galaxy S10 vem com 3.400 mAh, enquanto o Galaxy S10+ conta com 4.100 mAh.

Galaxy S10 e Galaxy S10+
Telas 6,1'' Quad HD+ (19:9/550 ppi) e 6,4'' (19:9/438 ppi).
Sistema Android 9.0 (Pie) com interface OneUI.
Câmeras: dois sensores 12 megapixels e um de 16 megapixels (traseira) e um sensor para selfie de 10 megapixels.
Memórias: S10: 6 GB de RAM e 128 GB de armazenamento / S10+: 6GB/8 GB de RAM/12 GB de RAM e opções de 128 GB/512 GB/1 TB de armazenamento.
Sensores: acelerômetro, barômetro, leitor ultrassônico de impressão digital, sensor de giroscópio, sensor geomagnético, sensor hall, sensor de frequência cardíaca, sensor de proximidade, sensor de luz RGB.
Rede: Wi-Fi 6, Bluetooth 5.0 e LTE Cat 20.
Bateria: 3.400 mAh e 4.100 mAh.
Dimensões: 70,4 x 149,9 x 7,8mm, 157g (S10) e 74,1 x 157,6 x 7,8mm, 175g (S10+) — versão de cerâmica do S10+ pesa 198 g.

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Boeing promete lançar atualização de software para aviões 737 Max em abril

Posted: 12 Mar 2019 07:00 AM PDT

A Boeing anunciou que lançará uma atualização de software para seus aviões 737 Max até “no máximo” o próximo mês. O anúncio, publicado no site da fabricante, chama o lançamento do software de um “aprimoramento” e explica que está relacionado ao acidente do vôo 610 da Lion Air, que matou 189 pessoas em outubro do ano passado. O acidente de domingo que matou 157 na Etiópia é mencionado apenas de passagem.

Tanto o acidente da Lion Air quanto o da Ethiopian Airlines ocorreram com o avião 737 Max 8, mas a atualização de software da Boeing parece ser para todos os aviões da linha Max. Há uma preocupação entre os especialistas em aviação de que os dois acidentes possam estar relacionados à automação dos sistemas de controle de voo no avião. A investigação sobre o que causou o acidente de domingo ainda está em seus estágios iniciais.

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Nos EUA, a Southwest Airlines opera atualmente 34 aviões 737 Max 8, enquanto a American Airlines atualmente opera 24 aeronaves do modelo. A United Airlines não opera com o Max 8, mas tem 14 Max 9 em sua frota.

No Brasil, a Gol operava com sete aeronaves do mesmo modelo que caiu na Etiópia no último domingo. Na noite de segunda-feira (11), a companhia suspendeu o uso desses aviões.

Do comunicado de imprensa da Boeing:

Nos últimos meses e após o voo 610 da Lion Air, a Boeing vem desenvolvendo um aprimoramento de software de controle de voo para o 737 MAX, projetado para tornar ainda mais segura uma aeronave já segura. Isso inclui atualizações em diversos componentes do sistema de aumento de características de manobra (MCAS), como lei de controle de voo, painéis para pilotos, manuais de operação e treinamento da tripulação. A lei de controle de voo aprimorada incorpora entradas do ângulo de ataque (AOA), limita os comandos de compensação do estabilizador em resposta a uma leitura errônea de ângulo de ataque e fornece um limite ao comando do estabilizador para manter a autoridade do profundor.

O comunicado da Boeing insiste que os pilotos são, em suas palavras, “sempre” capazes de corrigir a automação errônea, algo que tem sido uma das principais preocupações entre os investigadores do acidente da Lion Air. Acredita-se que o avião pode ter abaixado demais seu próprio nariz em um esforço para não perder sustentação e que o piloto não pôde corrigir a leitura errada.

Da Boeing:

Uma lei de controle de aumento de inclinação (MCAS) foi implementada no 737 MAX para melhorar as características de manuseio da aeronave e diminuir a tendência de elevação em ângulos elevados de ataque. Ela foi submetida a testes de voo como parte do processo de certificação antes de o avião entrar em serviço. O MCAS não controla o avião em voo normal; melhora o comportamento do avião em uma parte não normal do envelope operacional.

O Manual de Operações de Tripulação de Voo do 737 MAX da Boeing (FCOM) já descreve um procedimento existente para lidar com segurança com o evento improvável de dados errados provenientes de um sensor de ângulo de ataque (AOA). O piloto sempre será capaz de corrigir a lei de controle de voo usando o trim elétrico ou manual. Além disso, ele pode ser controlado através do uso do procedimento de estabilização de fuga existente, conforme reforçado no Boletim do Manual de Operações (OMB) emitido em 6 de novembro de 2018.

O Gizmodo entrou em contato com a Boeing para obter mais detalhes, mas não obteve uma resposta imediata. Como a empresa observa em seu comunicado à imprensa, a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) não está exigindo qualquer tipo de ação no momento. Mas a fabricante também diz que espera que a FAA imponha a atualização do software através de uma “Diretriz de Aeronavegabilidade (AD) até abril”.

O que a Boeing não menciona é que os especialistas em aviação estão fazendo alertas públicos de uma maneira que não é característica de sua profissão. A abordagem típica de "esperar para ver" saiu de cena, mesmo entre veteranos experientes que nunca querem causar pânico.

“A FAA deveria suspender voos com essa frota em todo o mundo ", disse o ex-chefe de pessoal da FAA, Michael Goldfarb, na BBC ontem, antes de a FAA anunciar que não tomaria nenhuma ação.

"Existe a possibilidade de que esse acidente não tenha sido exatamente como foi o da Lion Air, mas eu nunca vi esses veteranos experientes especularem, coisa que não devemos fazer, nem dizerem ‘isso tem o perfil do acidente da Lion Air’."

Austrália e Singapura juntaram-se à crescente lista de países que suspenderam o uso de aviões Boeing 737 Max 8 durante a noite. A China e a Indonésia foram as primeiras a cancelar voos com as aeronaves após o acidente de domingo.

“Esta é uma suspensão temporária enquanto esperamos por mais informações para analisar os riscos de segurança das operações continuadas do Boeing 737 MAX”, disse o executivo-chefe e diretor de segurança da aviação da Autoridade de Segurança de Aviação Civil da Austrália, Shane Carmody, ao Sydney Morning Herald.

A decisão da Austrália foi, na verdade, uma reversão do que havia sido dito no início do dia, insistindo que o país esperaria pela orientação da FAA. Depois de a FAA liberar ao avião da Boeing, as autoridades de aviação australianas decidiram suspender o uso os aviões.

No Brasil, a Gol é a única empresa aérea a operar com o Boeing 737 Max 8, com sete veículos fazendo rotas para América Latina, Caribe e EUA. Segundo o G1, ao longo da segunda-feira (11), ela avisou pilotos que voariam em aeronaves do modelo em questão e suspendeu vendas de voos que usariam o modelo. No começo da noite, ela anunciou a suspensão temporária das atividades com estes aviões.

Enquanto isso, os passageiros nos EUA estão recorrendo às redes sociais para expressar seu descontentamento com a possibilidade de voar em aviões Boeing 737 Max. Mas eles podem não ter qualquer recurso para mudar isso.

“Os passageiros podem cancelar seus voos, mas não terão direito a indenização se decidissem fazê-lo”, disse Henrik Zillmer, executivo-chefe da AirHelp, ao New York Times. “Eles não têm direito a indenização ou reembolso de passagens compradas, pois tecnicamente é uma decisão pessoal deles de cancelar.”

Os clientes que estiverem preocupados com a possibilidade de voar em um avião do Boeing 737 Max poderão fazer o conferir qual a aeronave de seu voo no SeatGuru. Mas estejam cientes: vocês serão cobrados por mudar seu voo.

[Boeing]

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Esta imagem capturada pelo Hubble mostra duas galáxias colidindo

Posted: 12 Mar 2019 05:55 AM PDT

Imagem mostra NGC-6052, par de galáxias que estão colidindo

O Telescópio Espacial Hubble liberou uma imagem deliciosa para os olhos. Trata-se de uma foto que mostra o NGC 6052, um par de galáxias que estão se colidindo a 230 milhões de anos-luz de distância.

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William Herschel descobriu esse objeto em 1784 e pensou que fosse uma única galáxia. Observações mais recentes demonstraram que não era o caso; na verdade, consiste em duas galáxias se fundindo a partir da influência da gravidade.

A última imagem dela foi feita em 2015, e essa nova observação apresenta uma imagem clara do objeto graças ao Wide Field Camera 3 (Câmera de Campo Amplo 3, em tradução livre) do Hubble.

Agora, cada galáxia está claramente visível; parece que a espiral de uma das galáxias está se chocando de frente e sendo absorvida pela outra, vista de lado. Um dia, elas estarão tão juntas que parecerão uma só.

A imagem em si pode parecer caótica, mas é só um espetáculo visual. Qualquer ser que possa viver nessas galáxias não estaria enfrentando qualquer perigo: as estrelas nas galáxias estão tão distantes que é improvável que elas colidam umas com as outras para uma fusão. É possível, no entanto, que algumas das estrelas das regiões mais periféricas das galáxias sejam ejetadas. Colisões galáticas podem também reorganizar estrelas, movendo-as para mais longe ou mais perto do núcleo da nova galáxia.

A colisão galática é um evento comum no ciclo de vida de galáxias. Cientistas levantam a hipótese de que a nossa galáxia vizinha, Andrômeda, experimentou uma fusão no passado, por exemplo.

Talvez essa nova vista de NGC 6052 nos dê alguma esperança para o futuro. Nossa própria Via Láctea deve colidir com Andrômeda, de acordo com simulações de astrônomos. Essa colisão só acontecerá daqui bilhões de anos ou mais, mas também será um belíssimo espetáculo. Infelizmente, até lá, o Sol será radiante demais para que exista vida na Terra.

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Como podemos nos preparar para a superinteligência artificial catastrófica — e por que não podemos esperar

Posted: 12 Mar 2019 04:12 AM PDT

A inteligência artificial em sua forma atual é inofensiva, mas isso não vai durar muito tempo. As máquinas estão ficando mais inteligentes e mais capazes a cada minuto, o que leva a preocupações de que a IA acabará se equiparando e depois excedendo os níveis humanos de inteligência – uma possibilidade conhecida como superinteligência artificial (ASI na sigla em inglês).

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Como uma perspectiva tecnológica, a ASI será diferente de tudo que já encontramos antes. Não temos experiência prévia para nos guiar, o que significa que vamos ter que juntar nossas cabeças coletivamente e começar a nos preparar. Não é exagero dizer que a existência da humanidade está em jogo – por mais difícil que seja ouvir e admitir isso – e dado que não há consenso sobre quando podemos esperar encontrar nossos novos senhores digitais, caberia a nós começarmos a nos preparar agora para essa possibilidade, e não esperar até alguma data arbitrária no futuro.

No horizonte

De fato, o retorno de um inverno de IA, um período no qual as inovações da IA ​​diminuem sensivelmente, não parece mais provável. Alimentada principalmente pelos poderes do aprendizado de máquina, entramos em uma era de ouro da pesquisa da IA, e sem um aparente fim em vista.

Nos últimos anos, assistimos a progressos surpreendentes em áreas como aprendizagem independente, previsão, navegação autônoma, visão computacional e gameplay de vídeo. Os computadores agora podem negociar ações na ordem de milissegundos, carros automatizados estão aparecendo cada vez mais em nossas ruas e assistentes artificialmente inteligentes invadiram nossas casas. Os próximos anos vão nos apresentar ainda mais avanços, incluindo a IA que pode aprender através de suas próprias experiências, adaptar-se a situações novas e compreender abstrações e analogias.

"Por definição, a ASI entenderá o mundo e os humanos melhor do que nós entendemos, e não é óbvio como poderíamos controlar algo assim".

Não sabemos quando a ASI surgirá ou qual será a forma que irá tomar, mas os sinais de sua chegada iminente estão começando a aparecer.

No ano passado, por exemplo, em um torneio de Go de computador contra computador, o AlphaGo Zero (AGZ) de DeepMind, derrotou o AlphaGo normal por uma pontuação de 100 jogos a zero. Incrivelmente, o AGZ precisou de apenas três dias para treinar a partir do zero, período durante o qual adquiriu literalmente milhares de anos de experiência de jogo em humanos.

Como os pesquisadores da DeepMind notaram, agora é "possível treinar [máquinas] para um nível sobre-humano, sem exemplos humanos ou orientação, sem precisar fornecer nenhum conhecimento do domínio além das regras básicas". Foi um lembrete gritante de que os desenvolvimentos neste campo são suscetíveis a rápidas melhorias dramáticas e imprevisíveis, e que estamos entrando em uma nova era – a era das máquinas superinteligentes.

“Segundo várias estimativas, os supercomputadores podem – ou poderão no futuro próximo – realizar mais operações elementares por segundo do que os cérebros humanos, por isso talvez já tenhamos o hardware necessário para competir com cérebros”, disse Jaan Tallinn, programador, membro fundador do Skype, e cofundador do Centre for the Study of Existential Risk (Centro para o Estudo do Risco Existencial), um centro de pesquisa da Universidade de Cambridge preocupado com cenários de extinção humana. "Além disso, muitos esforços de pesquisa estão agora sendo direcionados para a ‘meta-aprendizagem’ – ou seja, desenvolver IAs que seriam capazes de projetar IAs. Portanto, o progresso da IA ​​pode, em algum momento, simplesmente dissociar-se das velocidades e prazos humanos".

Esses e outros desenvolvimentos provavelmente levarão à introdução da AGI, também conhecida como inteligência geral artificial. Ao contrário da inteligência artificial limitada (ANI), que é muito boa em resolver tarefas especializadas, como jogar go ou reconhecer rostos humanos, a AGI exibirá proficiência em vários domínios. Esta poderosa forma de IA será mais 'humana' em suas habilidades, adaptando-se a novas situações, aprendendo uma ampla variedade de habilidades e executando uma extensa variedade de tarefas. Quando alcançarmos a AGI, o passo para a superinteligência será curto – especialmente se indicarmos para as AGIs criarem versões cada vez melhores de si mesmas.

“É difícil prever o avanço tecnológico, mas alguns fatores indicam que a AGI e a ASI podem ser possíveis nas próximas décadas”, disse Yolanda Lannquist, pesquisadora de políticas de IA da The Future Society, um grupo de especialistas sem fins lucrativos preocupado com os impactos das tecnologias emergentes. Ela aponta para as empresas que atualmente trabalham para o desenvolvimento da AGI, incluindo o Google DeepMind, GoodAI, Araya Inc., Vicarious, SingularityNET, entre outros, incluindo equipes menores e indivíduos em universidades. Ao mesmo tempo, Lannquist disse que a pesquisa sobre ANI pode levar a avanços na direção da AGI, com empresas como Facebook, Google, IBM, Amazon, Apple, OpenAI, Tencent, Baidu e Xiaomi, pois estão investindo pesado em pesquisa de inteligência artificial.

Com a IA cada vez mais entrando em nossas vidas, estamos começando a ver problemas únicos, particularmente nas áreas de privacidade, segurança e justiça. Grupos que discutem a ética da Inteligência Artificial estão começando a se tornar comuns, por exemplo, juntamente com projetos de padrões para garantir a inteligência segura e ética da máquina. Olhando para o futuro, teremos que lidar com desenvolvimentos como o enorme desemprego tecnológico, o surgimento de máquinas autônomas de matar (incluindo drones armados), hacks ativados por IA e outras ameaças.

Além dos níveis humanos de compreensão e controle

Mas estes são problemas do presente e do futuro próximo, a maioria de nós pode concordar que medidas devem ser tomadas para mitigar esses aspectos negativos da IA. Mais controversa, no entanto, é a sugestão que devemos começar a nos preparar para o advento da superinteligência artificial – que anuncia o momento em que as máquinas irão superar os níveis humanos de inteligência em várias ordens de grandeza. O que torna a ASI particularmente perigosa é que ela vai operar além dos níveis humanos de controle e compreensão. Devido ao seu tremendo alcance, velocidade e capacidade computacional, a ASI será capaz de realizar virtualmente qualquer coisa para a qual esteja programada ou decida fazer.

“Imaginar cenários apocalípticos inspirados na superinteligência artificial (ou ASI) é, na verdade, desnecessário; nós já temos todos os meios para nos destruirmos.”

Existem muitos cenários extremos que vêm à mente. Armada de poderes sobre-humanos, uma ASI poderia destruir nossa civilização, por acidente, desentendimento ou deliberadamente.

Por exemplo, poderia transformar nosso planeta em geléia após um simples mal-entendimento de seus objetivos (o alegórico cenário do clips de papel é um bom exemplo), remover a humanidade como um incômodo ou acabar com nossa civilização e infraestrutura enquanto ela se esforça em se auto-aperfeiçoar ainda mais. Isto é possibilidade que os teóricos da IA ​​chamam de auto-aperfeiçoamento recursivo.

Se a humanidade embarcar em uma corrida armamentista de inteligência artificial com nações rivais, uma ASI armada poderia sair do controle, seja em tempo de paz ou durante uma guerra. Uma ASI poderia intencionalmente acabar com a humanidade destruindo a atmosfera ou a biosfera do nosso planeta com nanotecnologia auto-replicadora. Ou poderia disparar todas as nossas armas nucleares, desencadear um apocalipse robô como no Exterminador do futuro ou liberar alguns poderes da física que sequer conhecemos. Usando genética, cibernética, nanotecnologia ou outros meios à sua disposição, uma ASI poderia nos transformar em autômatos irracionais, pensando que estaria nos fazendo algum tipo de favor na tentativa de pacificar nossas naturezas violentas. As ASIs rivais poderiam travar uma guerra contra elas mesmas em uma batalha por recursos, destruindo o planeta no processo.

Claramente, não temos escassez de idéias, mas conjurar cenários apocalípticos inspirados na ASI é realmente muito além do ponto; nós já temos isso dentro de nossos meios para nos destruir, e não será difícil para a ASI criar seus próprios meios para nos destruir.

A perspectiva, reconhecidamente, parece ficção científica, mas um número crescente de pensadores proeminentes e cidadãos preocupados estão começando a levar essa possibilidade muito a sério. Tallinn disse que uma vez que a ASI surgir, ela nos confrontará com novos tipos de problemas.

“Por definição, a ASI entenderá o mundo e os humanos melhor do que nós entendemos, e não é óbvio como poderíamos controlar algo assim”, disse Tallinn. "Se você pensar a respeito, o que acontece com os chimpanzés não depende mais deles, porque nós humanos controlamos seu ambiente já que somos mais inteligentes. Devemos trabalhar no alinhamento da IA ​​[deixando-a amigável aos humanos e aos interesses humanos] para evitar um destino similar".

Katia Grace, editora do blog AI Impacts e pesquisadora do Instituto de Pesquisa em Inteligência de Máquinas (MIRI), disse que a ASI será a primeira tecnologia a potencialmente superar os humanos em todas as dimensões. “Até agora, os seres humanos tiveram o monopólio da tomada de decisões e, portanto, tinham controle sobre tudo”, disse ela ao Gizmodo. “Com a inteligência artificial, isso pode acabar”.

Stuart Russell, professor de ciência da computação e especialista em inteligência artificial da Universidade da Califórnia em Berkeley, disse que devemos nos preocupar com o potencial da ASI por um simples motivo: inteligência é poder.

“A evolução e a história não fornecem bons exemplos de uma classe menos poderosa de entidades que retêm o poder indefinidamente sobre uma classe mais poderosa de entidades”, disse Russell ao Gizmodo. "Ainda não sabemos como controlar a ASI, porque, tradicionalmente, o controle sobre outras entidades parece exigir a capacidade de pensar melhor do que elas e prevê-las – e, por definição, não podemos pensar melhor do que e prever a ASI. Temos que adotar uma abordagem para projetar sistemas de inteligência artificial que, de alguma forma, evite esse problema básico".

Esteja preparado

Certo, então temos nosso trabalho definido. Mas não devemos nos desesperar, ou pior, não fazer nada – há coisas que já podemos fazer, aqui e agora.

Nick Bostrom, autor de Superintelligence: Paths, Dangers, Strategies e filósofo do Instituto Futuro da Humanidade de Oxford, disse que nenhum protocolo específico ou mudanças radicais na sociedade são necessários hoje em dia, mas ele concorda que podemos fazer pesquisas de consequências nessa área.

“Há alguns anos, o argumento de que não deveríamos fazer nada pode ter feito sentido, já que não tínhamos uma ideia real de como devemos pesquisar isso e fazer progresso significativo”, disse Bostrom ao Gizmodo. “Mas conceitos e ideias estão agora em vigor, e podemos separá-los em partes dignas de pesquisa”. Ele disse que isso poderia tomar a forma de documentos de pesquisa, grupos de especialistas, seminários e assim por diante. “As pessoas estão fazendo um importante trabalho de pesquisa nesta área”, disse Bostrom, “é algo que podemos desenvolver e progredir”.

Russell concordou, dizendo que devemos pensar em maneiras de desenvolver e projetar sistemas de inteligência artificial que sejam comprovadamente seguros, benéficos, independentemente de quão inteligentes os componentes se tornem. Ele acredita que isso é possível, desde que os componentes sejam definidos, treinados e conectados da maneira correta.

De fato, isso é algo que devemos fazer já. Antes do advento da AGI e da ASI, teremos que enfrentar as ameaças representadas pela IA mais básica e limitada – o tipo que já está começando a aparecer em nossa infraestrutura. Ao resolver os problemas apresentados pela IA atual, poderíamos aprender algumas lições valiosas e estabelecer alguns precedentes importantes que poderiam abrir o caminho para a construção de IA segura, mas ainda mais poderosa, no futuro.

Pegue a perspectiva de veículos autônomos, por exemplo. Quando forem implantados em massa, os carros autônomos serão monitorados e, até certo ponto, controlados por uma inteligência central. Esse "cérebro" de supervisão enviará atualizações de software para sua frota, informará os carros sobre as condições de tráfego e servirá como o centro de comunicação da rede geral. Mas imagine se alguém invadisse esse sistema e enviasse instruções maliciosas para a frota. Seria um desastre em escala monumental.

"A segurança cibernética dos sistemas de IA é uma grande brecha", disse Lannquist ao Gizmodo. "Sistemas autônomos, como veículos autônomos, robôs assistentes pessoais, brinquedos de IA, drones e até mesmo sistemas armados estão sujeitos a ataques cibernéticos e hackers, para espionar, roubar, excluir ou alterar informações ou dados, interromper ou impedir o serviço e até mesmo sequestrá-lo”, disse ela. “Enquanto isso, há uma escassez de especialistas em segurança cibernética nos governos e empresas”.

Outro grande risco, segundo Lannquist, é o viés tendencioso nos conjuntos de dados usados ​​para treinar os algoritmos de aprendizado de máquina. Os modelos resultantes não são ajustados para todos, disse, levando a problemas de inclusão, igualdade, justiça e até mesmo o potencial para danos físicos. Um veículo autônomo ou robô cirúrgico pode não ser suficientemente treinado em imagens suficientes para discernir humanos de diferentes cores ou tamanhos de pele, por exemplo. Aumente isso até o nível de uma ASI, e o problema se torna exponencialmente mais sério.

O software comercial de reconhecimento facial, por exemplo, tem repetidamente se mostrado menos preciso quando se trata de pessoas com pele mais escura. Enquanto isso, um algoritmo de policiamento preditivo chamado PredPol mostrou segmentar injustamente certos bairros. E, em um caso verdadeiramente preocupante, o algoritmo COMPAS, que prevê a probabilidade de reincidência para orientar uma sentença, foi considerado tendencioso em termos raciais. Isso está acontecendo hoje – imagine o estrago e o dano que uma ASI poderia infligir com maior poder, escopo e alcance social.

Também será importante que os humanos permaneçam dentro do ciclo de compreensão, o que significa que precisamos manter o entendimento do raciocínio de tomada de decisão da IA. Isso já está se mostrando difícil à medida que a IA segue entrando em reinos sobre-humanos. Isso é conhecido como o problema da "caixa preta", e acontece quando os desenvolvedores não conseguem explicar o comportamento de suas criações. Tornar algo seguro quando não temos plena compreensão de como ela funciona é, na melhor das hipóteses, uma proposta temerária. Assim, esforços serão necessários para criar IAs capazes de se explicarem de maneiras que os humanos possam compreender.

Felizmente, isso já está acontecendo. No ano passado, por exemplo, a DARPA doou U$ 6,5 milhões para cientistas da computação na Universidade Estadual do Oregon para tratar do assunto. A doação de quatro anos apoiará o desenvolvimento de novas metodologias projetadas para ajudar os pesquisadores a entenderem melhor o jogo digital que acontece dentro das caixas pretas, principalmente fazendo com que as IAs expliquem aos humanos por que elas tomaram certas decisões ou o que realmente significam suas conclusões.

Também precisamos mudar a cultura corporativa em torno do desenvolvimento da IA, particularmente no Vale do Silício, onde a atitude que prevalece é "falhar com força e rapidez ou morrer devagar". Esse tipo de mentalidade não funciona para IA mais poderosa, que exigirá extrema cautela, consideração e previsão. Tomar atalhos e lançar sistemas mal pensados ​​pode acabar em desastre.

"Por meio de mais colaboração, como os pesquisadores da AGI reunindo seus recursos para formar um consórcio, diretrizes e padrões liderados pela indústria, ou padrões e normas técnicas, podemos reprojetar essa ‘corrida para o fundo’ em padrões de segurança a transformando em uma ‘corrida para o topo’", disse Lannquist. "Em uma corrida para o topo, as empresas tomam tempo para manter os padrões éticos e de segurança. Enquanto isso, a competição é benéfica porque pode acelerar o progresso em direção a inovações benéficas, como a IA para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU".

Ao mesmo tempo, as corporações devem considerar o compartilhamento de informações, particularmente se um laboratório de pesquisa se deparar com uma vulnerabilidade particularmente desagradável, como um algoritmo que pode passar por esquemas de criptografia, se espalhar para domínios fora de um domínio visado ou ser facilmente transformado em uma arma.

Mudar a cultura corporativa não será fácil, mas precisa começar no topo. Para facilitar isso, as empresas devem criar uma nova posição executiva, um Oficial Chefe de Segurança, ou algo similar, para supervisionar o desenvolvimento do que poderia ser uma IA catastroficamente perigosa, entre outras tecnologias emergentes perigosas.

Os governos e outras instituições públicas também têm um papel a desempenhar. Russell disse que precisamos de grupos bem informados, comitês, agências e outras instituições dentro de governos que tenham acesso a pesquisadores de IA de alto nível. Também precisamos desenvolver padrões para o projeto seguro de sistemas de IA, ele acrescentou.

"Os governos podem incentivar a pesquisa para a segurança da IA, por meio de doações e prêmios", acrescentou Lannquist. "O setor privado ou a academia podem contribuir ou colaborar em pesquisas com organizações de segurança da IA. Os pesquisadores de IA podem se organizar para manter procedimentos éticos e seguros de desenvolvimento da IA, e as organizações de pesquisa podem criar processos para denúncias ".

Também é necessária uma ação em nível internacional. Os perigos existenciais representados pela IA são potencialmente mais graves do que a mudança climática, mas ainda não temos o equivalente ao Painel Internacional para Mudanças Climáticas (IPCC).

Que tal um painel internacional para a inteligência artificial? Além de estabelecer e impor padrões e regulamentos, esse painel pode servir como um "espaço seguro" para desenvolvedores de IA que acreditam estar trabalhando em algo particularmente perigoso. Uma boa regra seria parar o desenvolvimento e procurar o conselho desse painel.

Em uma nota semelhante, e como alguns desenvolvimentos anteriores em biotecnologia mostraram, algumas descobertas de pesquisas são muito perigosas para serem compartilhadas com o público em geral (por exemplo, estudos de "ganho de função" nos quais os vírus são deliberadamente mutados para infectar seres humanos).

Um painel internacional de IA poderia decidir quais avanços tecnológicos deveriam permanecer em sigilo por razões de segurança internacional. Por outro lado, seguindo a lógica dos estudos de ganho de função, o compartilhamento aberto de conhecimento pode resultar no desenvolvimento de medidas de segurança proativas. Dada a natureza existencial da ASI, no entanto, é difícil imaginar os ingredientes do apocalipse sendo mostrados ​​para todos verem. Esta será uma área difícil de navegar.

Em um nível mais geral, precisamos que mais pessoas trabalhem no problema, incluindo matemáticos, lógicos, eticistas, economistas, cientistas sociais e filósofos.

Vários grupos já começaram a tratar do problema da ASI, incluindo o Instituto de Futuro da Humanidade de Oxford, o MIRI, o Centro de Berkeley para Inteligência Humana da Universidade de Michigan, o OpenAI e o Google Brain.

Outras iniciativas incluem a Conferência de Asilomar, que já estabeleceu diretrizes para o desenvolvimento seguro da IA, e a Carta Aberta sobre IA assinada por vários proeminentes pensadores, incluindo o falecido físico Stephen Hawking, o fundador da Tesla e SpaceX, Elon Musk, e outros.
Russell disse que o público em geral também pode contribuir – mas ele precisa se educar sobre os problemas.

“Aprenda sobre algumas das novas idéias e leia alguns dos artigos técnicos, não apenas os artigos da mídia sobre Musk ou Zuckerberg”, disse ele. "Pense em como essas ideias se aplicam ao seu trabalho. Por exemplo, se você trabalha com classificação visual, que objetivo o algoritmo está otimizando? Qual é a matriz de perda? Você tem certeza de que classificar erroneamente um gato como cachorro tem o mesmo custo de classificar erroneamente um humano como um gorila? Se não, pense em como fazer o aprendizado de classificação com uma matriz de perda incerta".

Por fim, Russell afirma que é importante evitar uma mentalidade tribalista. "Não imagine que uma discussão sobre o risco seja ‘anti-IA’. Não é. É um complemento para a IA. Está dizendo, ‘a IA tem o potencial de impactar o mundo’ ", disse. "Assim como a biologia e a física cresceram e aceitaram alguma responsabilidade por seu impacto no mundo, chegou a hora da IA crescer – a menos que, na verdade, você acredite que a IA nunca terá nenhum impacto e nunca funcionará".

O problema da superinteligência artificial está colocado para ser o desafio mais difícil que a nossa espécie já enfrentou, e podemos muito bem falhar. Mas nós temos que tentar.

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