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- Apple quer consertar problemas em teclados de MacBook em até um dia
- Um conservante comum em queijo e pão pode afetar negativamente nosso metabolismo, afirma estudo
- Novas fotos mostram a cratera gigante que a sonda japonesa Hayabusa2 fez no asteroide Ryugu
- Situação com sarampo não é difícil só no Brasil: EUA têm recorde de infecção por falta de vacinação
- Índia reverte decisão e TikTok poderá voltar a ser baixado em lojas da Apple e do Google
- Próxima versão do iOS pode incluir suporte a mouse em iPads
- Lego quer facilitar ensino de braile usando jogo de peças
- Elon Musk estava certo: mesmo câmeras baratas podem ser um sensor para carros autônomos
- Cigarros eletrônicos podem estar contaminados com toxinas microbianas, diz estudo
- Motoristas da Uber nos EUA planejam greve para o dia em que a empresa estreará na bolsa de Nova York
Apple quer consertar problemas em teclados de MacBook em até um dia Posted: 25 Apr 2019 03:15 PM PDT A inacabável saga dos problemas de teclados em novos MacBooks ganhou uma nova atualização. Em um memorando interno vazado, a companhia diz que todos os reparos de teclado devem ser feitos em lojas com o prazo de um dia. Então, se você tem um dos novos MacBooks que as teclas que grudam (fazendo com que você involuntariamente acione uma tecla repetidas vezes) ou que simplesmente não funcionam, é hora de você tentar marcar uma visita a uma loja da Apple. O memorando da Apple, obtido pelo MacRumors, é endereçado aos funcionários da Genius Bar que, muito provavelmente, tiveram de lidar com consumidores donos de aparelhos com teclados que não funcionam direito. Intitulado "Como oferecer suporte a clientes Mac com problemas sobre teclado na própria loja", o documento diz:
Contatada, a Apple não respondeu ao nosso pedido de comentário. Olha, se for como diz o memorando, é rápido, hein? Supondo que a Genius Bar não seja inundada por donos de Mac, é possível que você tenha sua máquina consertada em menos de 24 horas. Então, se sua desculpa para consertar o teclado é que você não pode ficar sem computador por muito tempo, talvez agora seja a hora para você se programar e deixá-lo por um tempo com a Apple ou com uma assistência técnica. É importante notar que este problema das teclas que "travam" foi reportado em MacBooks de 2015 e MacBooks Pro de 2016. Estes foram os primeiros laptops com o mecanismo borboleta. Diferença de mecanismo de teclado tesoura (usado na maioria dos computadores) e o borboleta, usado em alguns laptops Apple. Crédito: Reprodução A Apple, então, mudou o design incluindo uma membrana de silicone, com o objetivo de evitar que as teclas dos MacBooks Pro e MacBooks Air de 2018 não "travassem". No ano passado, a Apple foi alvo de pelo menos três ações nos Estados Unidos. A companhia, então, reconheceu a falha de design em modelos anteriores e ofereceu reparo para MacBooks de 12 polegadas vendidos entre 2015 e 2017 e de MacBooks Pro comercializados entre 2016 e 2017. Se você tem um desses modelos com teclas que não funcionam bem, você deve tentar procurar ajuda. O reparo não tem custo, mas é necessário certo tempo para o conserto. Se você tem um Macbook Pro de 2018 ou MacBook Air de 2018 com problema no teclado, não tem muito jeito. A Apple ainda não ofereceu uma opção de reparo gratuito para estes modelos, até porque a empresa ainda não reconheceu o problema. "Estamos cientes que um pequeno número de usuários está com problemas em teclados borboleta de terceira geração e lamentamos por isso", disse a Apple em um comunicado no mês passado. Talvez no próximo ano e após mais algumas ações, a Apple passe a consertar também estes laptops gratuitamente. Ou talvez a companhia, finalmente, desista deste mecanismo borboleta para que os usuários possam usar esta função complicadíssima dos laptops que é digitar. The post Apple quer consertar problemas em teclados de MacBook em até um dia appeared first on Gizmodo Brasil. |
Um conservante comum em queijo e pão pode afetar negativamente nosso metabolismo, afirma estudo Posted: 25 Apr 2019 02:29 PM PDT Nos últimos anos, cientistas começaram a cuidadosamente alertar sobre os danos sutis que certos aditivos alimentares poderiam estar causando nas pessoas. Um novo estudo divulgado na quarta-feira (24) sugere que o conservante comum propionato pode ser um desses aditivos com os quais deveríamos nos preocupar. Em experimentos tanto com camundongos quanto com pessoas, descobriu-se que comer propionato poderia afetar negativamente nosso metabolismo, inclusive aumentando a resistência à insulina, por exemplo. O propionato, ou ácido propanoico, é parte onipresente de nosso mundo. Ele é naturalmente produzido por diversas bactérias, incluindo aquelas que vivem na nossa pele e em nosso intestino. Ele também é acrescentado à ração animal e a comidas humanas, como queijo, assados e aromas artificiais, funcionando como conservante. Porém, embora o propionato seja um dos vários aditivos na lista GRAS (sigla em inglês para “geralmente reconhecido como seguro para comer) da FDA (Food and Drug Administration, equivalente norte-americana à Anvisa), houve pesquisas indicando que o propionato não é completamente inofensivo no corpo. Em animais, por exemplo, acredita-se que o propionato pode aumentar os níveis de açúcar no sangue por meio do fígado, que converte glicose de fontes de combustível que não carboidratos. Essa capacidade é usada até por espécies de ruminantes que comem plantas, como vacas, para regular níveis saudáveis de açúcar no sangue. Em humanos, a relação com o propionato já é mais misteriosa. Alguns estudos sugeriram que o propionato e outros ácidos graxos de cadeia curta naturalmente produzidos pelas bactérias intestinais do corpo podem, na verdade, nos ajudar a manter um metabolismo saudável, suprimir o apetite e reduzir o risco de obesidade. Mas outros estudos já sugeriram que pessoas com mais propionato em seu sistema estão mais propensas a ser obesas. Para entender melhor os efeitos a curto prazo do propionato consumido de comidas, os autores deste atual estudo, publicado na Science Translational Medicine, conduziram experimentos de alimentação tanto com camundongos quanto com humanos. A parte humana do estudo envolveu um estudo duplo-cego randomizado com 14 voluntários saudáveis. “Verificamos que, em camundongos, (o propionato) leva a um aumento de glicose no sangue. Mas a coisa mais interessante que determinamos nesses experimentos é que uma só dose de propionato pode aumentar os hormônios no corpo projetados para estimular a produção de glicose do fígado”, disse em entrevista ao Gizmodo o autor do estudo Gökhan S. Hotamışlıgil, diretor do Centro Sabri Ülker de Pesquisa em Nutrição, Genética e Metabólica, da Escola T.H. Chan de Saúde Pública de Harvard. “Há momentos em que isso é necessário, como quando você está morrendo de fome ou tem um nível perigosamente baixo de açúcar no sangue. Mas, aqui, ele (o propionato) estava quase levando o corpo a pensar que precisava produzir glicose quando não precisa.” Nas pessoas, esses níveis mais altos de hormônios também pareciam levar a resistência à insulina, ou seja, seus corpos não respondiam bem ao sinal da insulina para abaixar o açúcar no sangue. Com o tempo, a resistência crônica à insulina contribui para o diabetes tipo 2 e outros distúrbios metabólicos, como a obesidade. Nos experimentos com camundongos, os animais que receberam doses baixas de propionato durantes longos períodos de tempo também gradativamente ganharam mais peso do que aqueles que não consumiram propionato. Mas Hotamışlıgil e sua equipe não estão afirmando que suas descobertas devam imediatamente fazer as pessoas evitarem queijo e pão. “Estamos relutantes em fazer alegações e recomendações gigantescas no momento”, disse. “Este é um estudo de prova de princípio apenas ilustrando que podemos de fato identificar essas moléculas e estudar sua biologia, o que então estimulará mais trabalho.” Hotamışlıgil acrescentou que, por enquanto, é necessário que haja mais pesquisa decifrando como exatamente o propionato pode estar causando essas mudanças metabólicas. Em pessoas, por exemplo, eles encontraram evidências de que os efeitos do propionato estão acontecendo através do cérebro e do sistema nervoso, por meio da produção de adrenalina, em vez de influenciar diretamente o sistema digestivo ou fígado. Essa pesquisa vai precisar incluir estudos humanos com muito mais voluntários de diferentes laboratórios. Independentemente do que Hotamışlıgil e outros cientistas acabem descobrindo sobre o propionato, ele vê um lado positivo em estudos como este que estão tentando descobrir os efeitos nutricionais mais nuançados dos alimentos. “Acho que, no século 21, podemos de fato abordar dieta, nutrição e comida com uma lente muito diferente daquela com que as abordávamos um século atrás. Agora temos ferramentas suficientes que nos permitem estudar em detalhes, em nível molecular, não apenas as coisas prejudiciais — porque, geralmente, as pessoas estão interessadas nas coisas prejudiciais —, mas também as úteis em nossa comida”, afirmou. “Podemos facilmente então eliminar algumas dessas coisas prejudiciais de nossa preparação de alimentos ou reduzir nossa exposição a elas, e isso poderia ter impactos tremendos em nossa saúde.” The post Um conservante comum em queijo e pão pode afetar negativamente nosso metabolismo, afirma estudo appeared first on Gizmodo Brasil. |
Novas fotos mostram a cratera gigante que a sonda japonesa Hayabusa2 fez no asteroide Ryugu Posted: 25 Apr 2019 01:28 PM PDT No início do mês, a sonda Hayabusa2 usou um explosivo para criar uma cratera artificial no asteroide Ryugu, mas ela não conseguiu ficar por perto para confirmar o trabalho por medo de ser danificada pelos detritos. A Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA) agora confirmou a cratera artificial, mas não é exatamente o que eles esperavam. Nesta quinta-feira (25), enquanto voava a uma altitude de 1.700 metros acima do asteroide Ryugu, a sonda Hayabusa2 usou sua câmera de navegação óptica (ONC-T) para confirmar a presença de uma larga cratera artificial na superfície. Dada a composição rochosa da área, os cientistas da JAXA estavam esperando algo pequeno. Portanto, o teste já mostrou algo novo sobre este asteroide e como ele se formou. Em 5 de abril, a Hayabusa2 usou um explosivo para destruir uma cratera na superfície do Ryugu. Imagens tiradas pela sonda mostram o dispositivo explosivo, aproximadamente do tamanho de uma bola de beisebol, descendo lentamente para a superfície. A JAXA, temerosa de que a sonda fosse danificada pelos escombros, a escondeu numa área do asteroide por duas semanas, enquanto a poeira se assentava lentamente no ambiente de baixa gravidade. Com a Hayabusa2 fora de perigo, no entanto, a agência japonesa não conseguiu confirmar a presença de uma cratera artificial ou seu tamanho. Para provar que a Hayabusa2 cumpriu sua tarefa, a JAXA fez uma sonda voar sobre o local em 23 de abril. As imagens coletadas por ela permitiram que a agência espacial confirmasse o buraco. "Conseguimos determinar que a colisão do dispositivo gerou a cratera", disse a JAXA em um comunicado de imprensa. Com essa confirmação, a Hayabusa2 está agora retornando à sua posição de origem, aproximadamente a 20 km da superfície. Ponto em vermelho mostra local em que foi feita a cratera artificial. Crédito: JAXA "Criar uma cratera artificial com um impacto no espaço e observar os detalhes posteriormente é algo que nunca foi feito", disse Yuichi Tsuda, gerente de projeto da Hayabusa2, enquanto falava com jornalistas, conforme relatado pela AFP. "Este é um grande sucesso." A Deep Impact, da NASA, fez uma cratera artificial no cometa Tempel 1 em 4 de julho de 2005. A diferença neste caso é que a Hayabus2 tentará extrair materiais de dentro da cratera, enquanto a Deep Impact tinha apenas como objetivo fazer observações. O dispositivo explosivo da Hayabusa2 deveria ter precipitado o material do interior do asteroide, que forneceria novas percepções sobre a formação de asteroides e de outros objetos celestiais no Sistema Solar. No início da missão, a sonda recolheu material do topo da superfície do asteroide. Se tudo der certo, a sonda voltará à Terra com suas amostras — tanto da superfície quanto da subsuperfície — no final de 2020.
Continuando a missão, e após avaliar uma área alvo na superfície, cientistas da JAXA esperavam uma cratera artificial com diâmetro entre 2 e 3 metros. Inesperadamente, no entanto, a nova cratera parece ter cerca de dez metros de diâmetro, com uma área total afetada de 20 metros. Conforme apontado pela AFP, esperava-se uma superfície arenosa e solta, mas a região-alvo era rochosa e repleta de pedras. "O tamanho e a forma exatos da cratera artificial formada irão ser analisados detalhadamente, mas é possível ver pela topografia que a área de 20 metros de largura está mudando", disse a JAXA em um tuíte. "Não achávamos que tal mudança ocorreria, então houve um debate acalorado sobre o projeto. Parece que teremos novos avanços na ciência planetária." Masahiko Arakawa, professor da Universidade de Kobe que trabalha no projeto, disse que a "superfície é cheia de pedras, mas ainda assim criamos uma cratera bem grande", noticiou a AFP. "Isso pode significar que há um mecanismo científico que não conhecemos ou algo especial sobre os materiais do asteroide Ryugu." A JAXA continuará estudando as fotos captadas pela Hayabusa2 nos próximos dias para saber mais sobre a nova cratera e refinar sua estimativa. Na sequência, a agência espacial direcionará a sonda para coletar materiais de dentro da cratera, no que sem sombra de dúvidas será uma operação delicada que exige muita precisão — mas uma ação que será mais fácil pelo inesperado tamanho do buraco que foi feito. The post Novas fotos mostram a cratera gigante que a sonda japonesa Hayabusa2 fez no asteroide Ryugu appeared first on Gizmodo Brasil. |
Situação com sarampo não é difícil só no Brasil: EUA têm recorde de infecção por falta de vacinação Posted: 25 Apr 2019 12:03 PM PDT O sarampo está tendo um baita ano. Recentemente, falamos que o Brasil está para perder o certificado de país livre da doença. Nos EUA, a coisa está feia também. De acordo com o Washington Post, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) confirmaram 695 casos relatados de sarampo em 22 estados nos Estados Unidos até agora em 2019. Esse é o maior número já registrado desde que a doença foi declarada erradicada nos Estados Unidos em 2000. Este foi o ano em que as autoridades de saúde declararam o sarampo efetivamente eliminado dos Estados Unidos — o que quer dizer que não apenas havia risco zero de pegar a doença, como que qualquer novo caso provavelmente se originaria fora do país. O registro anterior desde 2000 foi 2014, escreveu o Washington Post, quando 667 casos foram relatados em todo o país. O mais observador de vocês vai notar que 2014 foi um ano inteiro, enquanto os 695 casos até agora em 2019 aconteceram em menos de quatro meses. Acredita-se que vários dos surtos deste ano tenham se propagado até Israel, Ucrânia e Filipinas, com o CDC observando que dois focos particularmente grandes em Nova York e outro em Michigan aumentaram os números, de acordo com o New York Times. Uma grande razão descoberta pelos oficiais de saúde por trás desses números nos Estados Unidos é o movimento antivacina. As pessoas que são contra vacinação rejeitam a avaliação de basicamente toda a comunidade médica e científica de que as vacinas são seguras e eficazes, em vez disso promovem teorias conspiratórias sem base de que elas podem causar condições que vão do autismo a doenças inventadas como “sobrecarga de vacinas” (às vezes chegando a dizer que os médicos fazem parte do esquema para proteger lucros farmacêuticos). Como argumentou o Washington Post, o movimento também é alimentado por ressentimento ao poder do Estado e à vacinação obrigatória, e uma reportagem do Daily Beast neste ano alertou que, nos últimos anos, essa corrente se tornou cada vez melhor organizada politicamente e mais barulhenta na rede. Alguns esforços organizados parecem ter levantado financiamento considerável, como o Children’s Health Defense, de Robert F. Kennedy, ou o Generation Rescue, de Jenny McCarthy. Antes do surto na cidade de Nova York, as organizações antivacina visavam bairros judeus ortodoxos com revistas e panfletos cheios de propaganda contra vacinação. Não está claro quantos antivacinadores existem por aí. Entretanto, as taxas de isenção de vacinas não-médicas estão crescendo em um ritmo preocupante nos estados dos EUA que permitem isso. Os antivacinadores têm sido um fator consistentemente relatado nos surtos de doenças, em uma época em que alguns estudos descobriram que as taxas de vacinação estão diminuindo por uma série de razões, incluindo complacência ou impossibilidade de pagar por cuidados de saúde. O menor número de indivíduos sendo vacinados, sejam eles adultos ou crianças cujos pais se recusam a “macular” seus filhos, ameaçam a imunidade coletiva, que é quando pessoas o bastante estão imunes a uma doença de forma que os surtos não podem se espalhar facilmente. Em comunicado ao Washington Post, o secretário Alex Azar, do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, disse que os EUA estão passando por um “ressurgimento do sarampo, uma doença que havia sido efetivamente eliminada de nosso país. O sarampo não é uma doença infantil inócua, mas, sim, uma doença altamente contagiosa e potencialmente fatal”. Azar acrescentou que a vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) estava “entre os produtos médicos mais amplamente estudados que temos”, e sua segurança foi “firmemente estabelecida há muitos anos em alguns dos maiores estudos de vacina já feitos”. “A Organização Mundial da Saúde relatou neste mês que houve um aumento de 300% no número de casos de sarampo em todo o mundo em comparação com os três primeiros meses de 2018”, escreveu o CDC em um comunicado separado. “Esse aumento faz parte de uma tendência global vista nos últimos anos, à medida que outros países enfrentam dificuldades com taxas de vacinação em declínio, e isso pode estar exacerbando a situação aqui (nos EUA).” “Um fator significativo contribuindo para os surtos em Nova York é a desinformação em comunidades sobre a segurança da vacina de sarampo/caxumba/rubéola”, acrescentou o CDC. “Algumas organizações estão deliberadamente visando essas comunidades com informações imprecisas e enganosas sobre vacinas.” Situação é difícil também no BrasilConforme noticiamos em março deste ano, o Brasil não é mais um país livre do sarampo. A perda de status aconteceu depois que o Brasil comunicou um caso endêmico da doença no Pará à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), ligada à Organização Mundial da Saúde. O certificado havia sido obtido em 2016, depois de um ano sem casos da doença, o que indicava a interrupção da circulação endêmica do vírus. O sarampo, no entanto, voltou a aparecer, com 10.326 casos em 2018, por exemplo. A Agência Brasil mostra também que as taxas de vacinação contra o sarampo no País têm caído nos anos anteriores. Em 2018, 49% dos municípios brasileiros não atingiram a meta de imunização, que é de 95%. Dados de 2017 também apontavam que a vacinação estava em seu menor índice em 16 anos. The post Situação com sarampo não é difícil só no Brasil: EUA têm recorde de infecção por falta de vacinação appeared first on Gizmodo Brasil. |
Índia reverte decisão e TikTok poderá voltar a ser baixado em lojas da Apple e do Google Posted: 25 Apr 2019 11:30 AM PDT O governo indiano deixou de banir o download do app de vídeos TikTok nesta quarta-feira (24), segundo dois advogados consultados pela agência de notícais Reuters. Com isso, Apple e Google voltarão a permitir o download do app em suas plataformas. No início do mês, o Ministério de Tecnologia da Informação e Eletrônica ordenou que Apple e Google removessem o app da App Store e da Play Store, respectivamente A razão tinha relação com um pedido de autoridades do estado Tamil Nadu que solicitarem o banimento do app após uma investigação de disseminação de pornografia e outros conteúdos ilícitos, além de reclamações de legisladores estatais citando que o TikTok encorajava a "degeneração cultural". Havia também críticas de que o TikTok também estava sendo usado para ciberbullying (existe inclusive relatos de que uma garota de 15 anos se matou após ter sido assediada pelo app). A batalha judicial escalou a tal ponto que a Suprema Corte do país teve de participar da ação. O pedido judicial afetou apenas as lojas. Por parte dos usuários, o app funcionava tranquilamente em smartphones em que o TikTok já estava instalado. Segundo a Reuters, a ByteDance, empresa que desenvolve o TikTok, tentou convencer a Suprema Corte a anular a proibição, mas foi devolvida ao judiciário do estado de Tamil Nadu. A agência de notícias informou que a ByteDance teve mais sorte no tribunal estadual, conseguindo a reversão da decisão:
Um outro advogado disse à Reuters que a ByteDance argumentou na corte estadual que é uma plataforma, e não pode ser responsabilizada por conteúdo criado por usuários. Um relatório recente da SensorTower estimou que o TikTok teve um crescimento de 188 milhões de usuários no último trimestre — quase 90 milhões deles são da Índia. Como notou o TechCrunch, a ByteDance alegou na corte que o banimento resultou em 1 milhão de usuários que pararam de usar o app, e 6 milhões de downloads que foram bloqueados, resultando em uma perda financeira aproximada de US$ 500 mil por dia, além da ameaça de perda de 250 empregos. O TikTok diz que tem 120 milhões de usuários ativos em toda a Índia, segundo o TechCrunch. "Somos gratos pela oportunidade de continuar a servir nossos usuários da melhor forma", disse um porta-voz do TikTok à Reuters em um comunicado. Pouco antes do banimento ocorrer, o TikTok parecia estar no modo de controle de danos. O app tinha dito que removeu 6 milhões de vídeos na Índia que violavam as diretrizes e estreou um sistema de controle de idade que previne usuários menores de 13 anos a acessar a plataforma. Há alguns meses, o aplicativo também teve problemas nos Estados Unidos. A FTC (Comissão Federal de Comércio) multou o TikTok em US$ 5,7 milhões em fevereiro de 2019 por violar uma lei de proteção à privacidade de crianças por causa do Musical.ly — app adquirido pela ByteDance e que se juntou ao TikTok em 2018. O órgão norte-americano diz que o Musical.ly "estava ciente de que uma porcentagem significativa de usuários tinha menos de 13 anos e receu milhares de reclamações de pais". The post Índia reverte decisão e TikTok poderá voltar a ser baixado em lojas da Apple e do Google appeared first on Gizmodo Brasil. |
Próxima versão do iOS pode incluir suporte a mouse em iPads Posted: 25 Apr 2019 09:15 AM PDT Fortes rumores sugerem que o iOS finalmente ganhará suporte para mouse e que a funcionalidade deve chegar no iPad Pro. A informação é de Federico Viticci do MacStories, que mencionou o recurso no podcast Connected. O desenvolvedor Steve Troughton-Smith corroborou o rumor no Twitter.
Troughton-Smith disse que o suporte ao mouse provavelmente será uma função de acessibilidade. Então, em vez de mudar o núcleo de interação com o iOS, essa seria uma mudança opcional para aqueles que sentirem a necessidade – desde pessoas que não poderiam usar telas touch em determinado momento até aqueles que não curtem o touch mas gostam do estilo do iPad. Essa adição é bem bacana porque embora o novo iPad seja um dispositivo interessante, ele ainda não é tão produtivo quanto a Apple diz que ele é. É um tablet poderoso (ainda que existam poucas aplicações que exigem dele tanto quanto um laptop), com uma tela grandona, porta USB-C e suporte para uma tela externa – ele tem até teclado… Desde que você esteja disposto a gastar numa case compatível. O que ele não tem é qualquer tipo de suporte para mouse, o que é um pesadelo para quem edita grandes documentos de textos ou faça qualquer coisa que exija um controle preciso (o Apple Pencil é uma alternativa, mas custa caro). Além das informações de Troughton-Smith e Viticci existem outras boas razões para suspeitar que o suporte a mouse está chegando. Como apontou o pessoal do Slashgear, existe um rumor de que o macOS 10.15 que será lançado ainda neste ano terá uma funcionalidade chamada “Sidecar”, que traria suporte nativo para o uso de um dispositivo iOS como uma tela secundária de um Mac. Já existem alguns apps que fazem isso, mas geralmente quando a Apple decide incluir uma função já desenvolvida por outro desenvolvedor, ela o faz tornando o recurso mais polido – o que significa que a conectividade deve ser mais fluida do que em apps como Duet Display. O suporte para mouse também levanta mais uma vez aquela teoria de que a Apple estaria planejando algum tipo de notebook baseado na arquitetura ARM ou no iOS. Qualquer que seja o método, seria mais fácil com esse suporte. Ninguém deu detalhes sobre quando essa opção se tornará disponível. Pode ser que vejamos ela já em junho, quando o iOS 13 será anunciado na WWDC, mas também pode ficar para depois. The post Próxima versão do iOS pode incluir suporte a mouse em iPads appeared first on Gizmodo Brasil. |
Lego quer facilitar ensino de braile usando jogo de peças Posted: 25 Apr 2019 08:21 AM PDT Há alguns anos, a agência de design Lew'Lara\TBWA criou um jogo de peças no estilo do Lego que recriava os padrões do alfabeto em braille. Era uma maneira tão inteligente de ajudar e encorajar crianças cegas ou com deficiência visual a aprender braille que agora a Lego vai lançar oficialmente uma coleção desse tipo. A Lego diz que a Fundação Dorina Nowill para Cegos liderou a iniciativa há alguns anos (e que mantém o projeto disponível sob uma licença Creative Commons) e propôs oficialmente a ideia à fabricante de brinquedos em 2017. Desde então, a companhia tem trabalhado com associações na Dinamarca, Reino Unido, Noruega e Brasil para criar uma versão oficial do produto. Protótipos dos conjuntos Braille Bricks, que possuem cerca de 250 peças representando o alfabeto, os números de zero a nove e símbolos matemáticos selecionados, estão sendo testados atualmente em português, inglês, dinamarquês e norueguês. Ainda este ano, as versões francesa, espanhola e alemã também serão testadas, antes do lançamento oficial do produto em 2020. Esse conjunto de peças não será encontrado em lojas de brinquedos. Isso porque a companhia irá disponibilizá-lo em instituições dedicadas a ajudar os cegos e deficientes visuais, e serão distribuídos gratuitamente. Aprender com Lego é bem mais divertido e é fácil vislumbrar como essas peças podem tornar a aprendizagem do braille muito mais fácil para as crianças. Além disso, será mais fácil de corrigir erros, uma vez que as ferramentas para escrever em braille geralmente fazem marcações no papel e não podem ser apagados. Já os Braille Bricks são montadas sobre uma placa base e podem ser reorganizados facilmente. O próximo passo para a Lego seria encontrar uma maneira de tornar todos os seus conjuntos de construção acessíveis para pessoas cegas ou deficientes visuais. As peças do brinquedo são relativamente fáceis de distinguir usando apenas o sentido do toque, mas são os manuais de instruções, que se baseiam quase exclusivamente em imagens, que representam o maior desafio. Foram feitas algumas tentativas para tornar os conjuntos Lego mais acessíveis. Há algum tempo, um aluno cego do ensino médio dos EUA ajudou a desenvolver uma notação especial que explicava cuidadosamente qual seria a próxima peça necessária, sua orientação e onde ela precisava ficar na construção geral. Mas, infelizmente, essas instruções especiais só foram disponibilizadas em alguns conjuntos. The post Lego quer facilitar ensino de braile usando jogo de peças appeared first on Gizmodo Brasil. |
Elon Musk estava certo: mesmo câmeras baratas podem ser um sensor para carros autônomos Posted: 25 Apr 2019 06:45 AM PDT Entre as várias pérolas de sabedoria que Elon Musk ofereceu em um evento de investidores da Tesla nesta semana esteve a afirmação de que o LIDAR, uma tecnologia de escaneamento a laser que captura objetos em 3D, era “estúpido”, e que “alguém que confia no LIDAR está perdido”. Pareceu uma alegação grandiosa, dada a quantidade de iniciativas de carros autônomos que dependem da tecnologia, mas pesquisadores da Universidade Cornell acabam de respaldar as previsões de Musk com um novo método para carros autônomos ver o mundo em 3D usando um par de câmeras baratas. Conseguir visualizar e detectar objetos ao redor de um veículo em três dimensões é crucial para que carros autônomos operem com segurança em um mundo onde as estradas são compartilhadas com outros veículos, ciclistas e, muitas vezes, pedestres. Como motorista, toda vez que você vira a cabeça para analisar o que está ao redor de seu carro, seu cérebro visualiza instantaneamente o ambiente em 3D e avalia os riscos potenciais. Usar sensores baratos para simplesmente detectar objetos perto de um carro autônomo não é suficiente. Quando ele está a 100 km/h, ele precisa ver o que está à frente e ser capaz de planejar para evitar perigos. É por isso que muitas vezes você verá sistemas LIDAR (Light Detection and Ranging, ou Detecção de Luz e Alcance) no topo de veículos autônomos. Usando lasers giratórios, eles escaneiam o entorno de um carro e geram imagens 3D de objetos próximos e distantes, permitindo que o software analise os resultados e identifique coisas a evitar. No entanto, o LIDAR é caro, muitas vezes adicionando US$ 10 mil em componentes ao preço de um veículo, e ele precisa estar posicionado em cima do carro para ter um melhor ponto de vantagem. Em uma época em que estamos tentando maximizar a gama de veículos a gás e elétricos, acrescentar um LIDAR adiciona muito arrasto à aerodinâmica de um carro e ao seu desempenho. Em um artigo que será apresentado na Conference na Computer Vision and Pattern Recognition (Conferência sobre Visão Computadorizada e Reconhecimento de Padrões) em junho de 2019, intitulado Pseudo-LiDAR from Visual Depth Estimation: Bridging the Gap in 3D Object Detection for Autonomous Driving, pesquisadores da Cornell detalham um potencial avanço para veículos autônomos. Câmeras geralmente são consideradas uma tecnologia inferior ao LIDAR, já que são frequentemente instaladas em ângulos baixos, perto do parachoque de um veículo, resultando em imagens que tendem a distorcer objetos à distância, o que confunde as redes neurais que tentam processar e interpretar os dados. Porém, ao colocar um par de câmeras baratas em ambos os lados de um veículo atrás do parabrisa, são produzidas imagens estereoscópicas que podem ser convertidas em dados 3D. Como as imagens estão sendo geradas a partir de um ponto de vista mais elevado, mais próximo de onde os sistemas LIDAR são normalmente instalados, os dados 3D gerados a partir das câmeras foram considerados quase tão precisos quanto aqueles gerados pelos escâneres a laser, sem distorção e por uma fração do custo. No entanto, provavelmente vai levar muito tempo até que essa pesquisa chegue aos veículos autônomos. O LIDAR segue sendo confiável e incrivelmente preciso, e as empresas que trabalham com veículos autônomos estão mais preocupadas com a segurança e as responsabilidades neste momento do que com os custos. Porém, à medida que as tecnologias e os softwares melhoram e as restrições que limitam onde e quando os carros autônomos podem circular são eliminadas, a condução autônoma em breve será um importante ponto para os consumidores que compram veículos novos — e eles, sim, se preocupam com os custos. A abordagem da Universidade Cornell tornará muito mais barato implementar funcionalidades de condução autônoma em um carro, e poderá um dia tornar o LIDAR obsoleto. Então talvez Musk estivesse certo? The post Elon Musk estava certo: mesmo câmeras baratas podem ser um sensor para carros autônomos appeared first on Gizmodo Brasil. |
Cigarros eletrônicos podem estar contaminados com toxinas microbianas, diz estudo Posted: 25 Apr 2019 05:56 AM PDT Os usuários de cigarros eletrônicos já devem estar ficando acostumado a receber más notícias sobre os elementos químicos encontrados no produto. Um novo estudo adiciona outro risco em potencial para a lista. A pesquisa sugere que muitos refis e líquidos de reabastecimento estão contaminados com toxinas vindas de bactérias e fungos. A fumaça dos cigarros tradicionais de tabaco também possui diversas toxinas. Algumas dessas toxinas não são criadas pela queima do próprio tabaco, mas aparecem a partir de bactérias e fungos mortos que contaminam os produtos em algum momento durante o processo de produção. Elas incluem endotoxinas, que são encontradas dentro de bactérias gram-negativas, e glucanas, que ajudam a formar as paredes celulares de muitas espécies de fungos. Problemas respiratórios, como inflamação pulmonar ou crises de asma, têm sido associados à respiração de endotoxinas e glucanos (seja por meio de fumaça do cigarro ou outras exposições, como o trabalho em uma fábrica têxtil). Mas, de acordo com os autores por trás deste estudo, publicado no periódico Environmental Health Perspectives, nunca houve nenhuma pesquisa sobre como essas toxinas microbianas podem ser comuns em produtos de cigarro eletrônico. Os pesquisadores de Harvard testaram 75 produtos diferentes de 10 marcas líderes na época. Eles compraram todos os produtos online, exceto os de uma marca, que foi adquirido em um loja de conveniência perto do campus. Entre os itens estavam 38 refis (dispositivos de uso único) e 37 e-líquidos, que são usados para recarregar alguns modelos de cigarro eletrônico, em vários sabores, como frutas, tabaco e mentol. Eles descobriram que 23% dos itens tinham níveis detectáveis de endotoxina, enquanto 81% continham algum glucano. Em média, os refis tinham três vezes mais glucano que os e-líquidos. Os produtos com sabor de tabaco e mentol tinham níveis de glucano que eram em média dez vezes mais altos. Os níveis de endotoxina, entretanto, foram ligeiramente superiores nos produtos com sabor a fruta. Os resultados, dizem os autores, indicam que "algumas marcas e sabores populares [de cigarros eletrônicos] podem estar contaminados com toxinas microbianas". Tudo isso parece assustador, mas há algumas ressalvas às descobertas. Uma limitação no estudo foi o fato de que os pesquisadores não testaram os níveis de toxinas que realmente acabam no aerossol produzido pelos produtos que os usuários ingerem. Eles também testaram apenas dispositivos de primeira geração, e deixaram soluções mais novas como canetas, tanques e cápsulas de fora. As cápsulas, em particular, agora fornecem ainda mais nicotina por tragada aos usuários por meio de um modo diferente de entrega em relação dispositivos mais antigos, mas não temos ideia de como isso pode afetar o nível de exposição a essas toxinas. Sabemos que, em geral, as pessoas estão sendo expostas a muito menos toxinas ambientais ao usar cigarros eletrônicos do que fumar um cigarro de tabaco (embora isso não signifique que os cigarros eletrônicos sejam completamente inofensivos). Como os próprios autores admitem, não há evidência científica apoiando "uma hipótese de que os atuais níveis observados de endotoxina e glucana em [cigarros eletrônicos] aumentam as preocupações com a saúde". Ainda assim, a endotoxina suspensa no ar e o glucano em níveis suficientemente altos parecem afetar os pulmões, e eles supostamente desempenham um papel no motivo pelo qual a fumaça do cigarro é tão prejudicial à nossa respiração. Então, no mínimo, vale a pena estudar com que frequência essas toxinas podem ser encontradas em produtos de cigarro eletrônico e se a exposição crônica por meio do vaping pode representar algum risco para a saúde. Os estudos, inclusive, podem descobrir maneiras de reduzir o risco de contaminação. Os tufos de algodão, por exemplo, são frequentemente usadas em refis de cigarro eletrônico, e as fibras de algodão são rotineiramente contaminadas por ambas as toxinas. “Pesquisas adicionais são necessárias para confirmar nossas descobertas e avaliar exposições potenciais e efeitos à saúde em usuários de [cigarro eletrônico]”, escreveram os autores. Ainda que a discussão sobre cigarro eletrônico seja extensa nos Estados Unidos, no Brasil a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não tem regulamentação sobre cigarros eletrônicos. O órgão cita que não há segurança comprovada e que existem riscos para os consumidores. The post Cigarros eletrônicos podem estar contaminados com toxinas microbianas, diz estudo appeared first on Gizmodo Brasil. |
Motoristas da Uber nos EUA planejam greve para o dia em que a empresa estreará na bolsa de Nova York Posted: 25 Apr 2019 04:25 AM PDT Apesar de ser uma empresa acostumada aos holofotes, o maior dia da história da Uber ainda está para acontecer: a abertura de capital na bolsa de Nova York. O IPO (sigla em inglês para “oferta pública inicial”, nome dado a uma venda inicial de ações) mais rico e mais esperado do ano está chegando. Porém, um grupo de motoristas insatisfeitos com o encolhimento dos salários, a ausência de benefícios, a falta de transparência e a pouca voz dentro da empresa esperam virar esse singular momento em seu próprio favor, organizando uma greve em sete cidades americanas. A manifestação, que deve ocorrer inclusive na sede da Uber por 12 horas no dia 8 de maio, está programada para o mesmo dia da oferta pública inicial da empresa. A greve está sendo organizada por motoristas em vários grupos online, com o apoio de associações de classe como Gig Workers Rising, no norte da Califórnia, Rideshare Drivers United, em Los Angeles, e Chicago Rideshare Advocates. Motoristas em San Francisco, San Diego, Los Angeles, Chicago, Minneapolis, Filadélfia e Washington, D.C., deverão participar da paralisação de 12 horas no próximo mês. “Queremos um salário digno”, disse Mostafa Maklad, motorista da Uber e um dos organizadores do movimento, ao Gizmodo. "A maioria dos motoristas de San Francisco é obrigada a trabalhar pelo menos 70 a 80 horas por semana para sobreviver na cidade. As despesas de moradia aumentam, os preços do combustível aumentam, as despesas com alimentação aumentam, tudo está ficando mais caro. Temos que dirigir mais e mais, lidar com problemas de saúde e estresse, mas a Uber não liga. O que ela está fazendo é diminuir o pagamento para os motoristas." Os motoristas têm quatro exigências básicas: aumento de salário, benefícios básicos, transparência na tomada de decisões e uma voz maior para os condutores. A Uber não respondeu ao nosso pedido para comentar a questão. Ao contrário da concorrente Lyft, ela nunca se reuniu com motoristas representantes de movimentos desse tipo. Nos últimos meses, a Lyft fez sua oferta pública inicial e a Uber se prepara para sua própria abertura de capital, que promete ser muito maior. Os motoristas, por outro lado, vêm aumentando os esforços de organização, já que os pagamentos caíram em todo o país. Vários estudos mostraram que o salário médio por hora dos motoristas da Uber nos EUA caíram para valores entre US$ 14 e US$ 9,21 por hora. Não faz muito tempo que a Uber se gabava de que os motoristas que trabalhavam pelo menos 40 horas por semana poderiam ganhar mais de US$ 90 mil por ano em Nova York. De repente, a empresa começou a ignorar as propagandas que ela mesma tinha feito e passou a dizer que apenas funcionários em tempo parcial deveriam dirigir para ela. Em Nova York, os pagamentos por hora dificilmente passavam de US$ 20. São mais de 75 horas de trabalho por semana, o equivalente a dois empregos, sem assistência médica ou benefícios, para alcançar o valor que era anunciado. Há algum tempo, era inimaginável que trabalhadores da chamada gig economy (ou “economia do bico”, em tradução livre) pudessem se mobilizar. Eles são isolados pelo próprio design das plataformas. Não há escritório ou fábrica onde possam se encontrar. Além disso, as estratégias clássicas de organização do trabalho se tornaram muito menos eficazes no século 21. Cada vez mais, no entanto, motoristas e grupos de apoio e defesa estão descobrindo algumas soluções básicas, mas que permitem começar a se organizar. Enormes grupos no Facebook para motoristas são a maneira mais comum de trocar informações, dicas e obter ajuda de outros motoristas. Existem também grupos de WhatsApp, alguns deles com centenas de motoristas, que trocam informações de cidade para cidade. E esses contatos não ficam só no online. “Quando estou no estacionamento de um aeroporto, a maioria dos motoristas sai do carro para se esticar um pouco, se o tempo estiver bom”, disse Rebecca Stack Martinez, motorista e uma das organizadoras dos movimentos de trabalhadores da Uber. "Eles se reúnem e falam sobre frustrações e falta de ajuda da Uber. Para mim, essa é uma oportunidade para entrar e dizer, ‘estou ouvindo o que você está falando, estas organizações que tentam dar voz aos motoristas podem te ajudar’.” Estes movimentos estão crescendo — o Gig Workers Rising, um grupo do norte da Califórnia, tem 4.000 motoristas em suas listas, e grupos semelhantes existem em todo o país. Até agora, porém, os motoristas não obtiveram conquistas tangíveis na maioria das cidades dos Estados Unidos. Quando os motoristas enviaram uma petição à Lyft e à Uber no ano passado, protestando contra a maneira pouco transparente com que as empresas lidam com a desativação de motoristas, um grupo de seguranças da Uber barrou a entrada dos trabalhadores na sede da empresa. A Lyft concedeu uma reunião, mas acabou não mudando nada. “As vitórias ainda estão por vir, ainda não conseguimos nada de concreto”, disse Stack Martinez. "Mas você nunca espera que uma única ação traga todas as mudanças que você quer conquistar. Qualquer histórico de organização mostra que leva tempo até conseguir aquilo pelo que está lutando." Uma grande exceção é a cidade de Nova York, que adotou o primeiro piso de pagamento do país para motoristas de aplicativos de transporte no final do ano passado. Mais do que o IPO mais badalado do ano, a oferta pública da Uber é uma das maiores da história, com uma avaliação que pode chegar a US$ 120 bilhões. Mas não se deixe enganar: a empresa está muito longe de dar lucro, chegando a perder US$ 891 milhões em um único trimestre no ano passado. O maior custo da empresa, de longe, são os motoristas. Mesmo assim, enquanto há inúmeros trabalhadores contando histórias sobre como seus próprios ganhos estão caindo, a maioria espera que seus salários continuem encolhendo, a menos que algo mude drasticamente. Para a Uber, essa mudança virá pela completa eliminação de motoristas humanos e sua substituição por veículos autônomos. No mês passado, após um longo silêncio e várias ações altamente visíveis por parte dos motoristas, um funcionário anônimo da Uber publicou uma carta no Medium apoiando a organização de motoristas, reforçando a luta contra as injustiças que os próprios motoristas esperam corrigir. “As greves convocadas na segunda-feira pela Rideshare Drivers United (RDU) no sul da Califórnia e pela Gig Workers Rising em San Francisco são um sinal da profunda frustração que muitos motoristas de aplicativos sentem”, escreveu o autor da carta. "Enquanto os executivos dessas empresas continuam recebendo quantias gordas de remuneração e os funcionários internos ansiosos por uma oferta pública inicial de ações, […] motoristas tanto da Uber quanto da Lyft, […] são espremidos para fortalecer as ofertas iniciais aos investidores." The post Motoristas da Uber nos EUA planejam greve para o dia em que a empresa estreará na bolsa de Nova York appeared first on Gizmodo Brasil. |
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