quarta-feira, 10 de abril de 2019

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Cerca de 3,5 mil funcionários exigem postura mais ecológica da Amazon

Posted: 10 Apr 2019 03:14 PM PDT

No último capítulo de uma série de protestos de funcionários de grandes empresas de tecnologias, milhares de trabalhadores da Amazon assinaram uma carta aberta pedindo que a companhia faça mais para combater suas emissões de carbono e encerrar suas relações com empresas gigantes do petróleo e do gás.

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“A Amazon tem os recursos e a escala para despertar a imaginação do mundo e redefinir o que é possível e necessário para enfrentar a crise climática”, diz a carta. Mas mesmo o plano por trás dessa tentativa de jogar os holofotes sobre essa questão levou muita imaginação. Conforme informou anteriormente o New York Times, opções de compra de ações — uma vantagem popular em se trabalhar nessas empresas de tecnologia — permitiram que uma dezena de funcionários da Amazon usasse sua posição para registrar petições de acionistas pedindo uma redução na dependência de combustíveis fósseis no fim do ano passado.

O número de funcionários da Amazon defendendo essas mudanças de políticas, pelo menos ao ponto de assinar seus nomes na carta pública desta quarta-feira (10) endereçada ao CEO da companhia, Jeff Bezos, é de agora mais de 3.500.

Esse tipo de petição normalmente vem de fora, de investidores ativistas como a coalização OpenMIC, que atualmente está fazendo pressão para que a empresa deixe de vender seu sistema de reconhecimento facial para clientes governamentais e de agências de cumprimento da lei, como forças policiais.

Pelo menos um dos eventos catalizadores desse movimento em crescimento foi uma investigação divulgada pelo Gizmodo nesta semana, que revelou a amplitude do trabalho da Amazon com empresas de petróleo e gás. Quando questionados sobre esses relacionamentos, membros da equipe de sustentabilidade da Amazon pareceram não ter conhecimento algum de que essas parcerias existiam, segundo o New York Times.

Esses mais de 3.500 funcionários da Amazon, operando sob o nome de “Funcionários da Amazon pela Justiça Climática”, são acompanhados por outros grupos, como o “Paralisação do Google para Mudança Real” e outros sem nome, dentro de grandes empresas de tecnologia, pedindo maior autonomia sobre com quem seus empregadores fazem negócios e quais tipos de trabalho eles acreditam ser moralmente abomináveis. Trabalhadores do Google particularmente tiveram sucesso, com progresso na remoção de acordos de arbitragem forçada para funcionários, em benefícios para trabalhadores temporários e dando fim ao envolvimento da empresa em um polêmico programa de drones do Pentágono.

Embora historicamente a Amazon seja devagar para reagir a esse tipo de demanda interna, a empresa rapidamente respondeu a nosso pedido por comentários, destacando principalmente seus esforços com foco no clima. Isso inclui sua iniciativa Shipment Zero, que um porta-voz descreveu ao Gizmodo como “uma visão para zerar a emissão de carbono de todas as entregas da Amazon, com 50% de todas as entregas com emissão zero até 2030”. A companhia também reforçou seu compromisso de divulgar a “pegada de carbono de toda a empresa, juntamente com objetivos e programas relacionados” neste ano, entre outros esforços de energia e sustentabilidade.

“Só em operações, temos mais de 200 cientistas, engenheiros e designers de produtos dedicados exclusivamente a inventar novas maneiras de usar nossa escala para o bem dos consumidores e do planeta”, disse o porta-voz. “Temos um compromisso de longo prazo de abastecer nossa infraestrutura global usando energia 100% renovável.”

New York Times noticia que os investidores da empresa podem ter uma oportunidade de votar o conteúdo da petição dos funcionários ainda neste mês.

O conteúdo completo da carta, assim como todos seus signatários, pode ser visto neste post no Medium (em inglês).

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O que pudemos descobrir com a primeira imagem de um buraco negro

Posted: 10 Apr 2019 02:07 PM PDT

Os cientistas do Event Horizon Telescope conseguiram um feito que ficará na história científica: a primeira imagem de um buraco negro. Mas há mais coisas para a ciência do que fotos bonitas. Juntamente com o lançamento, os cientistas publicaram seis artigos documentando como eles criaram a imagem e o que eles já descobriram sobre o buraco negro no centro da M87, uma galáxia a 55 milhões de anos-luz de distância.

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“Este é apenas o começo”, diz Avery Broderick, físico do Instituto Perimeter e da Universidade de Waterloo, durante uma coletiva de imprensa da National Science Foundation. Pesquisadores preveem fazer "descobertas científicas incríveis" ao "estudar esta imagem de perto e repetir esta história", afirma o cientista.

Buracos negros são lugares no espaço tão densos, com uma gravidade tão imensa, que a luz não pode escapar além de um certo limite, o chamado chamado "horizonte de eventos". Usando uma técnica chamada interferometria de longa linha de base, oito telescópios ao redor do mundo conseguiram coletar dados do buraco negro no centro da galáxia M87 em 2017.

Os pesquisadores combinaram dados de ondas de rádio de cada telescópio, criando a imagem. Ela não é uma fotografia e exigiu significativa análise e modelagem de dados para criá-la. Mesmo assim, apesar das várias técnicas independentes usadas para processar os dados, a sombra permaneceu sempre nas imagens finais, de acordo com um dos artigos.

Mais importante ainda, esta imagem prova mais uma vez que a teoria principal que os físicos usam para explicar a força da gravidade, a teoria da relatividade geral, está correta. Priyamvada Natarajan, uma astrofísica de Yale, diz que a imagem também oferece a mais forte evidência de que o que pensamos sobre as galáxias é verdade: elas contêm buracos negros supermassivos em seus centros, que contêm pontos de não retorno para luz, os chamados horizontes de eventos. Em suma, eles não são apenas grandes bolas densas, mas algo mais assustador.

A primeira imagem de um buraco negro. Imagem: Event Horizon Telescope

Isso, por si só, já é uma descoberta importante. Apesar de seu caos, a relatividade geral diz que o comportamento de um buraco negro pode ser previsto com base em apenas três propriedades: sua massa, rotação e carga elétrica. Buracos negros muito menores parecem seguir essas regras, conforme observações dos detectores de ondas gravitacionais LIGO e Virgo, que medem distúrbios no espaço-tempo causadas por colisões de buracos negros.

Será que tem alguma coisa que não estamos vendo, algum efeito que só acontece em buracos negros maiores, e talvez essas diferenças potenciais possam ajudar a descrever alguns mistérios do universo, como a matéria escura? Estes primeiros resultados do Event Horizon Telescope sugerem que não: tanto buracos negros grandes quanto pequenos obedecem às mesmas regras.

"Só de ver que ele [o buraco negro do M87] parece um buraco negro com bilhões de vezes a massa do Sol, e os buracos negros do LIGO parecem buracos negros em algumas dezenas de vezes a massa do Sol, já está restringindo possíveis modificações na gravidade” conta Maya Fishbach, estudante de graduação do departamento de astronomia e astrofísica da Universidade de Chicago. O que ela quer dizer é que aqueles que esperam usar potenciais novos efeitos causados ​​por diferenças no tamanho dos buracos negros para resolver mistérios como matéria escura precisarão procurar respostas em outro lugar.

Criar a imagem também nos ensinou as especificidades do buraco negro em si. A imagem não mostra o horizonte de eventos do buraco negro, mas sim uma sombra projetada pela luz ao seu redor, devido às órbitas instáveis ​​de fótons em torno do objeto central. Ainda assim, os cientistas sabem que a sombra é cerca de cinco vezes o raio de Schwarzschild, ou o tamanho do horizonte de eventos. Isso é suficiente para inferir algumas das propriedades do buraco negro. Os pesquisadores calcularam sua massa, por exemplo, em 6,5 bilhões de vezes a massa do Sol.

A galáxia M87 e seu jato de matéria. Imagem: Hubble

Outro resultado não vem da própria sombra, mas do anel de radiação que a envolve. Você pode perceber que ele é assimétrico — parece brilhar mais forte na parte inferior direita da imagem do que no canto superior esquerdo. Observações passadas da galáxia M87 demonstram que ela está lançando um jato de matéria de alta energia a partir de seu centro, e os físicos supõem que o jato poderia ser alimentado por energia associada à rotação do buraco negro.

A assimetria no brilho fornece evidências de que o buraco negro está realmente girando, o que poderia estar alimentando o jato. O resto da forma seria devido ao efeito das lentes gravitacionais — o buraco negro distorcendo a luz do material por trás dele, de acordo com o artigo publicado no The Astrophysical Journal Letters.

Mas eles ainda não conseguiram observar o jato. É o que explica Kazunori Akiyama, pós-doutorando no MIT Haystack Observatory e líder do grupo de imagens do EHT. E essa é uma área importante para estudar, já que ela poderia explicar como a galáxia M87 evolui de maneira mais geral. No entanto, eles ainda não têm equipamento com sensibilidade suficiente para ver o jato ou a região que o forma.

Como Akiyama explica, ainda há uma questão sem resposta: se os físicos poderão ver mudanças na região em volta do buraco negro ao longo do tempo. O grupo produziu quatro imagens, uma de cada noite que eles observaram com o telescópio, e cada imagem parecia um pouco diferente. “Não temos dados suficientes para localizar a origem da variação de tempo”, diz Akiyama. “Mas acreditamos que, acumulando observações ao longo do próximo ano com telescópios adicionais, podemos identificar o que está fazendo a imagem do buraco negro mudar.”

Mais telescópios se juntarão à iniciativa, e esperamos ver em breve uma imagem de Sagitário A*, o buraco negro no centro de nossa própria galáxia. Captar este buraco negro se mostrou mais difícil do que o imaginado pois ele é muito menor e há mais movimento em torno dele.

Hoje temos uma foto incrível. E em breve teremos descobertas científicas ainda mais incríveis para pensarmos e apreciarmos.

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Seu smartphone Android pode virar uma chave de segurança para evitar golpes de roubo de identidade

Posted: 10 Apr 2019 01:11 PM PDT

Smartphone Android versão 7.0 Nougat

A autenticação em dois fatores é uma camada extra de segurança que é bastante útil para evitar roubo de identidade virtual ou phishing. O comum é usar o número de telefone, que, por suas vez, recebe um SMS que, posteriormente, deve ser digitado para assegurar que é o dono da conta quem está fazendo o acesso. O Google quer tornar isso mais fácil tirando o SMS da jogada e usando um smartphone com sistema Android como chave de segurança.

Como já falamos, usar o SMS para verificação em dois fatores pode ter alguns problemas, inclusive pode facilitar o golpe de SIM Swap. Então, pelo menos nesse caso, o Google define como critério ter um smartphone rodando o Android 7 Nougat ou superior para a tarefa.

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Depois de configurar seu smartphone como chave de segurança (o que ensinamos mais abaixo), além da senha para efetuar login em serviços Google, a pessoa deverá autorizar o acesso em seu smartphone. É importante que o dispositivo esteja fisicamente perto do smartphone, pois a chave de segurança se comunica com o Chrome por meio de Bluetooth. O Google usa autenticação de dois protocolos (FIDO e Webauthn) para verificar que o usuário está no site certo e que não está sendo enganado por uma página falsa.

Na prática, isso impede que golpistas consigam enganar as pessoas com sites que se parecem com os originais, além de assegurar que você só conseguirá fazer login com o smartphone ao seu lado — um cibercrminoso, mesmo que tenha seu login e senha, não conseguirá entrar.

Para configurar, é necessário ter um smartphone Android ou um computador com Bluetooth e o Chrome instalado. Na sequência, siga os passos abaixo:

  1. Faça login na sua conta do Google no smartphone Android e ative o Bluetooth;
  2. No seu computador, acesse myaccount.google.com/security;
  3. Selecione a verificação em duas etapas;
  4. Clique em “Adicionar uma chave de segurança”;
  5. Escolha seu telefone na lista de dispositivos disponíveis.

O Google recomenda a configuração de pelo menos duas chaves de segurança. A precaução da empresa é para que, caso a pessoa perca o smartphone, ela tenha uma outra forma de se conectar.

Gif de funcionamento de um telefone Android como chave de segurançaAlém da senha ao fazer login, o usuário deverá usar o celular para confirmar seu acesso. Crédito: Google

Num primeiro momento, o recurso só funcionará com serviços do Google, mas nada impede que num futuro próximo o smartphone possa ser usado para efetuar login em outros serviços.

Infelizmente, não vai ser dessa vez que vamos nos livrar em definitivo das senhas. No entanto, por ora, já é possível ter um sistema mais sofisticado de proteção.

No ano passado, o Google falava de um dongle, chamado Titan, que funcionava como uma chave de segurança física para e-mail e outros serviços. Com o anúncio de hoje, temos uma versão dessa chave no smartphone. Bem melhor e não precisa gastar uma grana a mais para ficar mais seguro. Só é preciso perder um pouco de tempo, mas, até aí, tudo bem perder um pouco de tempo em vez de uma grana 50 num pendrive.

[Verge e Google]

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Memória super-rápida Intel Optane ganha SSD acoplado e deve começar a aparecer em notebooks comuns

Posted: 10 Apr 2019 12:28 PM PDT

Uma das tecnologias de armazenamento mais rápidas estará disponível para as pessoas comprarem e instalarem em qualquer laptop. Com a nova Intel Optane Memory H10 com armazenamento em estado sólido (sim, esse é o nome completo do produto), a Intel espera tornar a tecnologia mais acessível para pessoas normais.

A tecnologia Optane da Intel, baseada no 3D Xpoint, é realmente rápida. Entretanto, a menos que você crie seu próprio computador ou gerencie um torre de servidores, ela está fora de alcance. Isso é uma pena, porque ela oferece velocidades de armazenamento incríveis e a capacidade de melhorar os SSDs tradicionais. Em desktops com HD, como já falamos, a Optane faz a inicialização voar.

Para o usuário comum, porém, colocar toda essa tecnologia dentro de um computador, especialmente um com restrições de espaço como um laptop, sempre foi um desafio — às vezes, simplesmente não há um slot disponível ou compatível.

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A ideia é juntar 16GB ou 32GB de Optane Memory, que atua como cache de armazenamento para acelerar um SSD comum, com um armazenamento tradicional 3D QLC NAND, tudo isso combinado em uma única placa M.2. O H10 vai ocupar menos espaço nas placas-mãe e facilitar a instalação da tecnologia em laptops de grandes fabricantes, como Dell, HP, Asus e outros.

Usando a memória Optane como um cache para acelerar a abertura de aplicativos e combinando a tecnologia com um SSD tradicional, a Intel espera que a H10 tenha velocidades de leitura e gravação super-rápidas. Imagem: Intel

Anteriormente, para obter os benefícios da Optane Memory, você precisava ter pelo menos um slot M.2 aberto para encaixar um drive como o M10 de modelo anterior. Seu armazenamento real, enquanto isso, precisava ficar em um slot separado. Essa questão não chegava a ser um problema em um desktop, que tem bastante espaço para colocar drives adicionais, mas não dá para dizer o mesmo de sistemas móveis, como um laptop ultraportátil de 13 polegadas.

A grande vantagem de combinar o Optane Memory com um SSD tradicional, segundo a Intel, é que, com o novo H10, possível capaz aplicativos de produtividade até duas vezes mais rápido, jogos até 60% mais rápido e grandes arquivos de mídia até 90% mais rápido, tudo isso com várias tarefas rodando ao mesmo tempo.

Para quem usa aplicativos de produtividade como o Photoshop, o Premiere ou o Maya, o drive H10 pode oferecer uma melhora significativa na velocidade geral do sistema. Além disso, embora seja na verdade dois discos grudados em um único chip M.2, ele aparecerá no Windows como um único volume. Portanto, não deverá haver confusão ao gerenciar seu armazenamento.

No entanto, a nova placa vem com algumas desvantagens. A maior é que, no lançamento, ela estará disponível apenas para fabricantes. Isso significa que você não vai poder comprar uma para colocar no notebook que você já tem. A Intel diz que ainda está estudando a abertura de vendas do H10 para usuários individuais, mas não há um calendário oficial que diga quando isso acontecerá de fato.

Outra desvantagem potencial é que a unidade H10 foi projetada para funcionar apenas com os processadores Intel da série U da 8ª geração. Isso significa que você não conseguirá aproveitar todas as vantagens do SSD M.2 em um laptop um pouco mais antigo.

O drive H10 da Intel deve começar a aparecer como uma opção configurável em laptops no final deste ano. Ele estará disponível em três tamanhos:

  • 16GB Optane com 256GB de armazenamento
  • 32GB de Optane com 512GB de armazenamento
  • 32GB de Optane com 1TB de armazenamento.

Infelizmente, a Intel não divulgou os preços para o chip, então não temos como comparar o custo de um drive H10 com um SSD M.2 tradicional.

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Mulher viveu por 99 anos sem saber que seus órgãos estavam nos lugares errados

Posted: 10 Apr 2019 10:44 AM PDT

Ilustração da condição rara situs inversus com levocardia

Uma mulher de Oregon, nos Estados Unidos, viveu por 99 anos com uma das condições mais raras do mundo: ela tinha a maioria de seus órgãos do lado contrário.

Impressiona o fato de que essa condição muitas vezes pode ser fatal e é curioso que a mulher não soube de sua situação. Somente depois que estudantes de medicina e seu professor começaram a estudar seu corpo, que ela doou para a ciência, que o estranho arranjo de órgãos foi descoberto.

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O caso foi detalhado por Cam Walker, professor assistente de anatomia da Universidade de Saúde e Ciência de Oregon. Ele apresentou o estudo na reunião anual da Associação Americana de Anatomistas.

Embora a identidade de alguém que doou os seus órgãos ou corpo seja tipicamente mantida em segredo, a família concordou em revelar o seu nome: Rose Marie Bentley.

“Eu sabia que algo estava acontecendo, mas demoramos um pouco para descobrir o que era exatamente”, disse Walker em um comunicado.

Em um dado momento, Walker determinou que Bentley tinha uma doença congénita chamada “situs inversus com levocardia”.

Isso significava que a posição dos órgãos de Bentley em seu peito e abdômen era espelhada (ou reversa) em comparação com a topografia habitual da maioria das pessoas. A única exceção era seu coração, que ficava no lado esquerdo do corpo.

Paciente Rose Marie Bentley quando era jovemRose Marie Bentley quando era jovem. Imagem: Cortesia da família Bentley

As pessoas podem ter diferentes arranjos de órgãos, mas esta combinação particular – com órgãos espelhados, mas um coração na posição comum – é definitivamente rara. De acordo com Walker, isso acontece uma vez a cada 22 mil nascimentos. E a longevidade de Bentley foi especialmente incomum.

“Normalmente, o que faz com que [pessoas com situs inversus] sobrevivam é que todos os órgãos estejam espelhados também. Então, se os órgãos do abdômen são transpostos da direita para a esquerda, e o coração também vai, isso é ótimo”, disse Walker ao Gizmodo. “Mas quando o coração fica para a esquerda, como aconteceu com essa doadora, os vasos sanguíneos precisam mudar de orientação, e essa mudança de orientação geralmente leva a sérios problemas cardíacos”.

Estes problemas no coração (e que muitas vezes também acontecem na coluna vertebral) são geralmente fatais. Apenas cerca de 5% a 13% das pessoas nascidas com essa condição vivem por mais de cinco anos, conforme apontam as poucas pesquisas disponíveis.

Quando Walker pesquisou a fundo, encontrou na literatura médica apenas dois outros casos de pessoas que tinham tido essa condição e viveram até os 70 anos. Ou seja, a sobrevivência de Bentley foi particularmente extraordinária. Ele estimou que as chances de alguém com sua situação médica exata chegar a idade adulta são de uma em 50 milhões.

Dado o caso único de Bentley, Walker recebeu permissão do Programa de Doação de Corpos de sua universidade para contatar a família e contar a respeito do que ele e seus alunos haviam descoberto.

“Eles ficaram felizes em serem contatados e nos deram permissão para fazer um estudo de caso descritivo e usar algumas de suas informações para discuti-lo”, disse Walker.

De acordo com sua família, Bentley viveu uma vida relativamente saudável até sua morte em outubro de 2017. Ela não tinha outros problemas de saúde crônicos conhecidos, além da artrite. E apesar de ter tido três órgãos removidos ao longo dos anos, apenas um médico notou que seu apêndice não estava exatamente onde deveria estar.

Walker e sua equipe notaram que a parte superior do estômago de Bentley estava saliente e fora do diafragma, o músculo que separa o peito do nosso abdômen, que é uma condição chamada hérnia hiatal. Mas parece que a própria Bentley nunca notou nada de errado.

De acordo com Louise Allee, uma de suas filhas, Bentley iria gostar do aprendizado que proporcionou à Walker e seus alunos.

“Minha mãe acharia isso muito legal”, disse Allee em um comunicado. “Ela ficaria contente por poder ensinar algo assim. Ela provavelmente ficaria com um grande sorriso no rosto, sabendo que apesar de ser diferente conseguiu superar isso”.

Walker conta que seus alunos ficaram muito felizes com a descoberta.

“O caso lhes deu uma experiência na qual eles tiveram que descobrir essa estranha variação anatômica e discutir como esse doador era um indivíduo tão único. E isso deve se traduzir em sua prática profissional”, disse Walker.

“Quando eles analisam os pacientes que chegam, é importante que eles percebam que, embora possa haver grandes semelhanças em nossa anatomia na superfície, por baixo somos todos um pouco diferentes… Eles não devem pensar que um tratamento único vai resolver todos os problemas, todas as vezes”.

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Agora dá para mudar seu ID na PSN, mas você precisa saber das ressalvas

Posted: 10 Apr 2019 09:25 AM PDT

Demorou, mas enfim a Sony anunciou que permitirá que os usuários mudem seu ID online na PSN, a partir desta quarta-feira (10). Dito isso, antes que você corra para o seu PlayStation 4 para mudar aquele nome vergonhoso que você colocou quando estava no ensino fundamental, existem algumas pequenas ressalvas a se ter em mente.

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Embora a Sony diga que você pode mudar seu ID no console ou por meio de um navegador, talvez a alteração não se aplique a todos os games que você queira jogar. Inicialmente, a Sony disse que o recurso de troca de nome teria suporte em todos os jogos de PS4 lançados depois de 1º de abril de 2018. Entretanto, durante uma beta prévio em outubro e novembro do ano passado, a companhia descobriu que ao menos um jogo não tinha suporte completo à funcionalidade, apesar de ter sido lançado após a data estipulada.

Portanto, ainda que jogos que saíram depois de 1º de abril de 2018 devessem possibilitar a mudança de ID, nem todos eles foram testados. Outra ressalva importante é que a mudança de nome não será possível em jogos do PS3 ou PS Vita ou em games inicialmente lançados antes de 2018 e depois remasterizados.

Se tudo isso parece detalhe demais para você lembrar, é só checar esta útil lista de jogos testados e seus potenciais problemas. Títulos já testados foram espertamente divididos em três categorias: Jogos Sem Problemas Conhecidos, Jogos Com Problemas Identificados e Jogos Com Problemas Críticos. No caso das duas últimas categorias, os novos IDs podem não estar visíveis em algumas partes dos jogos, além de as contas dos usuários poderem não estar ligadas às contas dos jogos. Jogos com problemas críticos podem resultar em perda de saves ou até mesmo de créditos comprados dentro de jogos.

Tirando isso, o recurso é bastante direto… mas não exatamente gratuito. Embora sua primeira mudança de ID não custe nada, mudanças posteriores irão custar US$ 10 — US$ 5 se você for membro do PlayStation Plus. Entretanto, dá para reverter a mudança de nome para o nome original gratuitamente a qualquer momento, e a Sony também diz que seus IDs antigos nunca estarão disponíveis para outros usuários.

Mesmo com todas as exceções, esse recurso é esperado há muito tempo. Todo mundo sabe as dores de ser forçado a ficar com um nome de usuário que o seu eu emo adolescente achava ser legal. Ainda bem que a Sony enfim irá nos permitir apagar todas as evidências de que algum dia tivemos um péssimo gosto para memes e referências à cultura pop.

[Playstation Blog via Engadget]

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Facebook traz mudanças para que você não receba notificações de amigos que morreram

Posted: 10 Apr 2019 08:21 AM PDT

Perder um grande amigo, um familiar ou um parceiro já é uma experiência dolorida por si só, e ser lembrado do episódio aleatoriamente enquanto você navega no Facebook certamente não é das melhores experiências. De olho nisso, a rede social anunciou mudanças em relação a perfis de pessoas falecidas, incluindo um trabalho melhorado de sua inteligência artificial para impedir que notificações inapropriadas em torno de entes queridos mortos fiquem surgindo.

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Em um post de blog, Sheryl Sandberg, COO do Facebook, explicou como funcionará o sistema a partir de agora. "Se uma conta ainda não foi memorializada, usamos IA para ajudar a impedir que ela fique aparecendo em lugares em que possa causar desconforto, como recomendando que aquela pessoa seja convidada a eventos ou enviando um lembrete de aniversário da pessoa para seus amigos. Estamos trabalhando para melhorar e ficarmos mais rápidos nisso."

Se a inteligência artificial funcionar tão bem quanto se pretende, o recurso será bastante útil, mas ele não foi o único anunciado. O Facebook trouxe também uma nova seção de tributos. Basicamente, essa versão repaginada permite a criação de uma aba separada nos perfis já memorializados para que amigos e familiares deixem mensagens e compartilhem publicações ao mesmo tempo em que preservam a linha do tempo original do falecido em sua integridade.

Expandindo um recurso trazido em 2015 que permite que as pessoas escolham contatos herdeiros para administrarem suas contas caso elas faleçam, o Facebook agora permite que esses contatos herdeiros moderem posts compartilhados na nova seção de tributos, podendo remover marcações, alterar configurações de marcação e até escolher quem pode ou não publicar algo ou ver publicações do perfil memorializado. Por fim, outra mudança importante dá aos pais de menores falecidos o poder de pedir para se tornar seu contato herdeiro.

O site reforça que essas funcionalidades se juntam a outras disponíveis há anos, como alteração de fotos de perfil e de capa e a fixação de um post no topo do perfil, deixando claro que o dono original daquele perfil já não está mais entre nós.

Apesar de não entrar em detalhes, o Facebook afirma ter tomado a decisão sobre essas mudanças após ouvir o feedback de pessoas de diferentes religiões e culturas, além de especialistas e acadêmicos envolvidos no assunto do luto. As funcionalidades de maior controle aos contatos herdeiros certamente são algo positivo. Já o trabalho da inteligência artificial terá que aguardar o teste do tempo para ter seu sucesso determinado.

[Facebook via The Next Web]

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Esta é a primeira imagem já feita de um buraco negro

Posted: 10 Apr 2019 07:00 AM PDT

Imagem de um buraco negro. O fundo é preto, e há um círculo alaranjado (na metade inferior) e avermelhado (na metade superior) no centro da imagem. Essa circunferência é bem difusa. O interior dela é preto.

Deixai toda a esperança, vós que aqui entrais: os cientistas apresentaram a primeira imagem de um buraco negro.

A imagem mostra a sombra do buraco negro que está no centro da M87. A M87 é uma enorme galáxia no aglomerado de Virgem, a 55 milhões de anos-luz de distância. A massa do buraco negro é 6,5 bilhões de vezes maior que a do Sol. Foi necessária uma colaboração mundial de telescópios, o Event Horizon Telescope (EHT), para encontrá-lo. Os cientistas divulgaram seus resultados em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (10).

“Buracos negros são os objetos mais misteriosos do universo”, disse Shep Doeleman, astrônomo de Harvard e diretor do EHT, ao Gizmodo.

Os buracos negros foram por muito tempo um mero exercício teórico. Mas observações astronômicas nos últimos 60 anos têm demonstrado de maneira cada vez mais contundente que existem objetos no Universo cujo campo gravitacional é tão intenso a ponto de distorcer o espaço-tempo. Isso faz com que a luz não possa escapar além de um ponto sem retorno, o chamado horizonte de eventos.

Graças a uma colaboração mundial, esta é a imagem mais próxima já vista de um horizonte de eventos, uma evidência quase direta da existência do buraco negro.

Esta não é, na verdade, uma "foto" de um buraco negro, e a sombra não denota o horizonte de eventos do buraco negro. Em vez disso, você está vendo os efeitos da gravidade nas ondas de rádio emitidas pela matéria em torno do buraco negro em uma região um pouco maior em torno do horizonte de eventos. A gravidade distorce a forma do próprio espaço-tempo, desviando um pouco da luz da região e gerando uma misteriosa sombra circular.

Mas essa é uma observação inovadora e outra prova importante da teoria que os físicos usam como guia para o universo, a teoria da relatividade geral de Albert Einstein.

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Os cientistas do Event Horizon Telescope capturaram essa imagem graças ao princípio da interferometria de longa linha de base, ou VLBI, na sigla em inglês. A resolução de um telescópio depende de duas propriedades principais: o diâmetro da região de coleta de luz e o comprimento de onda da luz. Você não pode alterar a segunda parte. Com relação ao primeiro fator, há um limite máximo de sensibilidade, que define o tamanho de uma antena parabólica que você pode construir.

Para superar isso, os cientistas combinam dados de vários pares de telescópios, chamados linhas de base. Oito telescópios estiveram envolvidos na criação desta imagem, do Polo Sul ao Chile, da Espanha aos Estados Unidos.

O telescópio tentou capturar imagens do buraco negro no centro de nossa própria galáxia e do de M87. Os resultados de hoje são os de M87 — um objeto incrivelmente interessante de se estudar por si só, pois é o centro de um núcleo galáctico ativo, que expele jatos de partículas, e tem o tamanho de todo o nosso Sistema Solar, explicou Sera Markoff, astrofísica da Universidade de Amsterdã.

Agora sabemos que é um buraco negro (e não algum outro objeto compacto) o responsável pela geração desses jatos, explicou Avery Broderick, professor associado do Perimeter Institute e físico da Universidade de Waterloo, durante a coletiva de imprensa.

“O que era ficção científica agora é um fato científico”, disse Broderick.

É importante notar, porém, que a interferometria ainda requer algum trabalho das pessoas para criar a imagem. Apenas alguns dos dados são capturados. Os cientistas da EHT explicam que é como tocar uma música com somente algumas das notas. Graças a programas especiais de processamento de dados, eles puderam descobrir o que estavam vendo com base nos dados que receberam.

Os buracos negros, ainda como teoria, foram uma consequência da tentativa de resolver as equações da teoria da relatividade geral de Albert Einstein para um sistema esférico e não rotativo. No entanto, foi o trabalho do físico David Ritz Finkelstein, em 1958, que determinou como seriam os buracos negros no espaço: pontos de não retorno para a luz.

Nós já tínhamos muitas evidências indiretas da existência deles.

Nós vimos ondas gravitacionais, e elas foram previstas perfeitamente pela transformação de massa em energia após a colisão completamente inconcebível entre um par de buracos negros, cada um deles com massa dezenas de vezes maior que o Sol.

Vimos jatos de partículas expelidos de centros galácticos que são muito mais energéticos do que aqueles que vêm de colisões em nosso experimento de física de altíssima energia, o Grande Colisor de Hádrons.

Tecnicamente, os dados do EHT também são evidências indiretas, mas são o mais próximo de evidências diretas que tivemos até agora.

É uma conquista incrível. “O horizonte de eventos em buracos negros representa os limites de nosso conhecimento”, disse Priyamvada Natarajan, física de Yale, ao Gizmodo.

“Meu Deus”, Grant Tremblay, astrofísico do Centro de Astrofísica de Harvard & Smithsonian, disse ao Gizmodo em uma mensagem direta no Twitter. "Eles realmente viram uma sombra. Isso é realmente extraordinário, não dá nem para exagerar."

Você pode se perguntar onde está a imagem de Sagitário A*, o buraco negro no centro de nossa própria galáxia. É uma fonte mais difícil de imagem, explicou Doeleman.

Ainda há muita pesquisa a ser feita, e vários trabalhos já vêm dos dados do EHT. A imagem prova imediatamente várias ideias da teoria da relatividade geral de Einstein. Mas há mais perguntas — e vamos manter você atualizado à medida que essa história se desenrola.

Como Tremblay disse, “a imagem marca o início de uma nova época”.

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Fotos tiradas por aviões espiões na Guerra Fria revelam locais arqueológicos escondidos

Posted: 10 Apr 2019 06:09 AM PDT

Imagens captadas por aviões espiões U2

Durante a Guerra Fria, os Estados Unidos voou com aviões espiões U2 sobre a Europa, Oriente Médio e centro-leste da Ásia em busca de potenciais alvos militares. Essas missões sem querer reuniram informações históricas, que os arqueólogos estão usando agora para fins científicos.

Uma nova pesquisa publicada no mês passado o periódico científico Advances in Archaeologiccal Practical descreve o primeiro uso arqueológico de informações que deixaram de ser secretas de aviões espiões U2. Os autores do estudo, Emily Hammer, da Universidade da Pensilvânia, e Jason Ur, de Harvard, usaram as imagens históricas para identificar armadilhas de caça pré-históricas, antigos canais de irrigação e antigas aldeias pantanosas.

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Voando a 17 mil pés acima do solo, aviões espiões U2 capturaram milhares de imagens durante a década de 1950 e 1960. As fotografias tiradas durante a missão, cujo codinome era Chess, foram finalmente liberadas pelos EUA em 1997, mas os dados não foram imediatamente indexados ou escaneados.

Inspirados por um pesquisados chinês que usaram imagens de aviões U2 para visualizar imagens aéreas históricas de uma cidade, Hammer e Ur decidiram tentar a sorte e verificar se esses dados continham valor científico. Eles tinham boas razões para serem otimistas, pois boa parte da paisagem da Europa, Oriente Médio e da Ásia mudaram desde a Guerra Fria, torando estes registros aéreos importantes tanto historicamente como do ponto de vista da arqueologia.

Para tornar os dados úteis, no entanto, Hammer e Ur tiveram de sistematicamente criar um índice de imagens de U2. Os pesquisadores selecionaram rolos de filme do centro de armazenamento do National Archieves no Kansas, que foram então transportados para uma seção de filmes aéreos de Maryland. Os rolos de filme selecionados incluíam milhares de cenas em baixa e alta resolução — literalmente, centenas de metros de filmes — que eram desenrolados e analisados em uma mesa de luz. Os pesquisadores fotografaram os negativos usando lentes macro de 100 milímetros. As fotos então foram "costuradas", ajustadas e receberam referência geográfica com a ajuda de um software.

Imagem tirada em avião espião U2 comparada com imagem atualUm antigo canal visto de aviões espiões U2 (acima), e como está a mesma área (abaixo). Crédito: Emily Hammer e Jason Ur/Advances in Archaeological Practice

"Ao girar o carretel de um rolo de filme seguindo o caminho de um avião U2, você pode não saber exatamente o que verá em locais desconhecidos, então há um senso frequente de exploração e descoberta", disse Hammer em um comunicado. "Em outras ocasiões, os pilotos estavam voando por regiões que eu conhecia por já ter viajado e estudado, e eu prendia um pouco a respiração, esperando que o avião tivesse desviado um pouquinho para a direita ou para a esquerda."

"As fotos fornecem uma visão fascinante do Oriente Médio há várias décadas, mostrando, por exemplo, a Alepo (Síria) histórica muito antes da destruição ocorrida devido à guerra civil em andamento", afirmou a pesquisadora.

O índice resultante permitiu que os cientistas fizessem um exame sem precedentes de armadilhas para animais no leste da Jordânia. Há cerca de 5.000 a 8.000 anos estas estruturas de parede de pedra eram usadas para prender gazelas e outros animais. Como Hammer e Ur apontaram no novo artigo, essas e outras estruturas estavam em muito melhor forma durante a Guerra Fria do que hoje.

"Fomos capazes de mapear muitos recursos que foram destruídos desde 1960 e não são mais visíveis nas imagens modernas", escreveram os autores no estudo. "Isto é particularmente significante em vilarejos, currais e estruturas de rodas, que são menores que as do deserto e mais vulneráveis ao total apagamento pela agricultura e desenvolvimento modernos."

Os pesquisadores analisaram também sistemas de canal de quase 3.000 anos de idade construídos pelos antigos assírios onde hoje é o Iraque. Esse sistema de irrigação "alimentou as capitais reais, tornou possível a produção de excedentes agrícolas e forneceu água para as aldeias", observou Hammer no comunicado.

Local onde viviam os árabes do pântanoImagem de aviões espiões U2 mostram armadilhas na Jordânia, usadas para prender animais há mais de 5.000 anos. Crédito: Emily Hammer e Jason Ur/Advances in Archaeological Practice

O índice também ajudou a analisar eventos históricos recentes, mais especificamente uma pesquisa nas comunidades de Árabes do Pântano (Marsh Arabs) durante a década de 1950 e 1960. Essas comunidades desapareceram depois que represas para usinas hidrelétricas foram construídas na Turquia, Síria e no Iraque. Os novos dados permitiram aos pesquisadores visualizarem a disposição, o tamanho e a posição ambiental desses lugares históricos.

Este trabalho agora será colocado online e disponibilizado para outros pesquisadores, que poderão percorrer as imagens e realizar sua própria arqueologia das regiões documentadas — o que é bem legal, especialmente pensando no tanto de trabalho necessário para criar este registro histórico incrível e útil.

[Advances in Archaeological Practice]

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Samsung aposenta linha Galaxy J e celulares de entrada vão para linha Galaxy A

Posted: 10 Apr 2019 05:16 AM PDT

Tela do Galaxy A7 (2018)

A Samsung é, de longe, a fabricante de smartphones que atua no Brasil com o maior número de linhas e modelos de celulares. A salada de letras e números funcionava mais ou menos assim: celulares de entrada compunham a linha J, seguido de intermediários na linha A e os principais modelos na linha S e Note.

Porém, nesta terça-feira (9), a companhia anunciou que aposentará a nomenclatura Galaxy J e passará a colocar essas opções no guarda-chuva da linha Galaxy A. A mudança de estratégia foi confirmada em um vídeo da Samsung de sua filial da Malásia.

O vídeo promocional não esclarece os porquês da mudança, mas a intenção de abandonar a linha Galaxy J já vinha sendo ventilada na Samsung desde o ano passado – na época, falava-se de adotar a linha Galaxy M como substituta.

Aparentemente, a marca está tentando reorganizar o seu portfólio, mas não parece que essa junção facilitará a vida do consumidor. O perigo aqui pode ser justamente confundir ainda mais os clientes, que não terão distinção clara entre modelos de entrada e modelos intermediários.

Recentemente, a linha Galaxy A ganhou uma série de recursos de ponta, como câmeras triplas e acabamento refinado – foram esses os celulares escolhidos para antecipar funcionalidades dos aparelhos mais caros.

A tendência agora é que a distinção das capacidades de cada smartphone se dê de acordo com o número que o acompanha. A marca já anunciou a chegada de aparelhos como Galaxy A10, A20, A30, A40, A50, A60 e A70. E lembram que eu comentei sobre a linha Galaxy M? Ela continua existindo (mas os modelos ainda não foram anunciados para o mercado brasileiro).

Toda mudança causa confusão, mas dá para dizer que organização de linhas de produtos não é o forte da Samsung.

[XDA-Developers]

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