sábado, 25 de maio de 2019

Gizmodo Brasil

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SpaceX lança 60 satélites de internet para compor a constelação Starlink

Posted: 24 May 2019 03:15 PM PDT

Com um lançamento concluído e potencialmente outros ainda a serem realizados, a SpaceX começou a progredir com a ambiciosa constelação provedora de internet Starlink – uma série de satélites interconectados desenvolvidos com o objetivo de fornecer internet de alta velocidade para clientes ao redor do mundo.

Os 60 satélites da Starlink, cada um pesando 227 quilos, foram lançados na órbita terrestre baixa (LEO, em inglês) na quinta-feira (23) por volta das 23:32 (horário de Flórida, Orlando), confirmou a SpaceX em uma série de tuítes. Juntos, os satélites pesam 13,6 toneladas, "fazendo desse lançamento a missão mais pesada da SpaceX até agora", de acordo com a SpaceNews.

Os satélites foram colocados a uma altitude de 400 quilômetros pelo foguete Falcon 9 que foi lançado do Cabo Canaveral, na Flórida. O propulsor reutilizável do foguete pousou com sucesso em uma embarcação não tripulada no oceano Atlântico nove minutos após o lançamento.

Assim que estiver completa, a constelação de satélites Starlink vai transmitir sinais para que clientes tenham acesso à internet de alta velocidade. O sistema de telecomunicações massivo deve estar online assim que 400 satélites estiverem em órbita e ativos, mas a Starlink quer atingir uma "capacidade operacional significativa" com 800 satélites, segundo Elon Musk, conforme reportado pelo SpaceNews.

A empresa espacial privada precisará conduzir pelo menos uma dúzia ou mais de lançamentos antes que isso se torne realidade. Musk afirmou que a Starlink vai se tornar "economicamente viável" com 1 mil unidades. Incrivelmente, um número de 12 mil satélites poderia um dia compor toda a constelação Starlink. A expectativa é que ela esteja online até metade de 2020.

De fato, esse projeto, anunciado em 2015, poderia representar uma nova fonte de receita importante para a SpaceX. Musk declarou anteriormente que o lucro gerado pelo projeto Starlink será utilizado para financiar eventuais missões a Marte. A expectativa é que o serviço de internet oferecido pela Starlink seja barato e acessível em áreas remotas do mundo em que há dificuldades em acessar a internet.

Dois satélites experimentais da Starlink foram lançados em fevereiro de 2018. Ontem, o lançamento dos 60 satélites marcou a primeira expansão do sistema.

Cada satélite da Starlink foi desenvolvido para durar no máximo cinco anos, e após esse período ele deve cair e queimar na atmosfera terrestre. Isso deve reduzir o lixo espacial, e permitir que a empresa espacial os substitua com versões mais avançadas, segundo a SpaceX. Os satélites também são equipados com tecnologia para ajudá-los a evitar colisões na órbita terrestre baixa. Cada dispositivo é alimentado apenas por um painel solar e equipado com um sistema de navegação que vai permitir que a SpaceX rastreie os satélites com precisão. Pequenos motores em cada satélite vão mantê-los a uma altitude operacional de 550 quilômetros.

A órbita terrestre baixa está prestes a se tornar um local bem lotado – e não é culpa apenas da SpaceX. Constelações similares estão sendo desenvolvidas pela OneWeb, Space Norway, e Telesat no mercado norte-americano, o que indica que esse será um ESPAÇO muito competitivo.

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Instagram desiste de vídeos verticais para atrair criadores de conteúdo do YouTube

Posted: 24 May 2019 01:27 PM PDT

Ícone do Instagram

Quando foi lançado, o IGTV tinha uma proposta diferentona: nada de vídeos na horizontal, só vídeos na vertical. Agora, a plataforma de vídeos do Instagram vai abandonar essa ideia e permitir vídeos no formato mais comum. O comportamento vai ser o mesmo de outros players e apps do tipo: um vídeo na horizontal fica em tela cheia quando o aparelho está nessa posição, e se encaixa no espaço disponível quando o celular está na vertical.

No post que anuncia a mudança, o Instagram lembra alguns dos bons exemplos de vídeos na vertical feitos até agora, como entrevistas conduzidas pela atriz Jameela Jamil e uma série do ator Dwayne Johnson, o The Rock. A rede social, porém, diz que ouviu a audiência e criadores para fazer a mudança.

De fato, eu mesmo cheguei a ver alguns vídeos que começavam com um pedido: coloque seu celular na horizontal. O produtor de conteúdo simplesmente colocou seu vídeo na horizontal em um formato vertical para driblar o Instagram. Era uma subversão do que o IGTV tinha idealizado para o conteúdo em sua plataforma. Também tinha gente que colocava grandes faixas pretas em cima e embaixo de um vídeo na horizontal para fazer de conta que ele era vertical, e acabava deixando o conteúdo pequenininho. Para resumir: uma bagunça.

Como lembra o Verge, converter, editar, filmar com outro enquadramento era um trabalho a mais para quem produzia conteúdo para o YouTube. E, diferente do que acontece com a plataforma de vídeos do Google, ainda não é possível ganhar dinheiro com propagandas no IGTV. Ou seja, muito trabalho para pouco retorno.

Ao mesmo tempo, o IGTV também não conseguiu criar o mesmo buzz, para usar um termo da moda, que outras plataformas. O maior exemplo disso é o TikTok, que faz sucesso entre adolescentes, tem seus próprios memes e conteúdos virais e já foi palco do surgimento de um artista número 1 da Billboard.

Isso se soma a outros recursos lançados nos últimos meses — vídeos do IGTV começaram a aparecer como posts no feed dos usuários da rede, por exemplo, em uma tentativa de atrair mais público para esse formato. Portanto, a ideia parece ser bem lógica: abrir mão de uma característica única e diferencial em troca de mais facilidade para atrair criadores de conteúdo que já estão em outras plataformas.

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Para evitar que escola feche por falta de crianças, prefeito francês quer distribuir Viagra

Posted: 24 May 2019 01:16 PM PDT

Comprimidos do medicamento Viagra

Um pequeno vilarejo na França, a 80 km de Paris, está enfrentando um problema sério de declínio populacional, que está colocando a escola da cidade em risco. E o prefeito tem um solução simples para isso: todo mundo da cidade deve fazer mais sexo.

Montereau tem uma população de 650 pessoas, das quais apenas 30 são crianças. Está ficando difícil para a cidade obter verba para educação com tão poucos estudantes.

O Telegraph reporta que a situação alarmista inspirou o prefeito da cidade, Jean Debouzy, a publicar um decreto municipal para distribuir Viagra, uma medicação para ajudar no tratamento de disfunção erétil.

"O prefeito é à favor de distribuir as pequenas pílulas azuis", diz o decreto, segundo a tradução da publicação britânica. "As pílulas serão distribuídas para casais com idade entre 18 e 40 anos para dar a eles uma chance de gerarem uma criança e preservar as escolas em dois vilarejos", disse, referindo-se à uma cidade vizinha que também tem uma população cada vez menor.

O decreto também oferece bônus de pagamentos para as pessoas que quiserem ter filho.

O Telegraph pontua que a questão rural na França provincial tem se tornado importante, e muitos manifestantes de "colete amarelo" têm se manifestado contra a decadência de serviços públicos, como as escolas.

"Um vilarejo sem crianças é uma vilarejo que morre", disse Debouzy ao jornal francês Local.

Como ressaltado pelo Telegraph e o Local, a legalidade do decreto é duvidosa, pois o prefeito precisaria de uma prescrição médica para obter o Viagra para os moradores da cidade. Ao Local, o prefeito admitiu que ele não tinha um estoque pronto para entregar aos moradores.

"Se for necessário, conseguirei a aprovação do conselho e teremos um estoque [do medicamento]", disse ele ao jornal.

Tomara que o Viagra não cause problemas de coração para os habitantes de Montereau.

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Funcionários do Snapchat utilizavam ferramentas internas para espionar usuários

Posted: 24 May 2019 10:49 AM PDT

Existir online hoje em dia significa fornecer uma grande quantidade de dados pessoais. Espera-se que as empresas estejam guardando essas informações muito bem, mas milhares de pessoas trabalham nessas empresas e basta alguns indivíduos com más intenções e com o acesso certo para que alguns dos seus detalhes pessoais mais íntimos sejam utilizados para eles espionarem você. E, segundo dois ex-funcionários do Snapchat que conversaram com o Motherboard, foi exatamente isso o que aconteceu.

De acordo com eles, alguns anos atrás, "diversos" funcionários da empresa tinham um acesso indevido aos dados dos usuários, o que permitiu que eles abusassem do seu privilégio para espionar os usuários, saindo do escopo do trabalho que justificava o acesso a esses dados.

Funcionários da empresa, de fato, têm ferramentas internas que garantem o acesso a informações pessoais dos usuários, como localização, fotos e vídeos salvos no app, números de telefone e endereços de e-mail, de acordo com o Motherboard. Um ex-funcionário confirmou que esses abusos aconteciam "algumas vezes".

Uma das ferramentas disponíveis é o SnapLion, que foi desenvolvido para permitir que a empresa acesse dados de usuários para propósitos jurídicos. Ele poderia ser utilizado pelas equipes de Spam e Abuso, Operações de Clientes, e segurança. Segundo o Motherboard, um ex-funcionário caracterizou a ferramenta como "as chaves do reino", e e-mails internos obtidos pela publicação revelaram que um funcionário utilizou a ferramenta para encontrar o endereço de e-mail de alguém.

O Gizmodo entrou em contato com o Snapchat em busca de um posicionamento sobre as acusações de que vários funcionários utilizaram seu acesso a dados para espionar usuários, e questionar quais medidas a empresa está tomando para garantir que isso não ocorra novamente. O texto será atualizado quando recebermos uma resposta.

Se você não sabia que os guardiões dos seus preciosos dados às vezes têm meios de acessá-los, você é muito ingênuo. E o abuso desse poder por parte de um funcionário com uma moral questionável está sujeito a acontecer. De fato, isso aconteceu. Muito.

Já aconteceu com o Facebook e Uber, quando funcionários se aproveitaram do acesso a informações para perseguirem mulheres. Também aconteceu na Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, em que vários funcionários utilizaram ferramentas de vigilância para espionar suas companheiras atuais e anteriores. E aconteceu em um departamento de polícia na Flórida, em que um policial tentou encontrar pelo menos 150 mulheres acessando uma base de dados interna. Esse escândalo do Snapchat foi apenas mais um episódio de funcionários utilizando ferramentas internas de vigilância para seu benefício pessoal, e provavelmente não será o último.

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Chimpanzés são flagrados batendo tartarugas em troncos de árvores para quebrar seus cascos e comer sua carne

Posted: 24 May 2019 08:12 AM PDT

Chimpanzé sentado no galho de uma árvore. Sua pata esquerda segura o casco quebrado de uma tartaruga. Ele parece estar mastigando.

Como criaturas onívoras que são, os chimpanzés comem todo tipo de coisas, incluindo frutas, cupins, pequenos roedores e até mesmo macacos adultos. Não se tinha conhecimento de que eles comiam répteis — até agora. Observações inéditas revelaram uma comunidade de chimpanzés no Gabão que consomem regularmente tartarugas.

Uma nova pesquisa publicada nesta quinta-feira (23) na Scientific Reports descreve as primeiras observações feitas de chimpanzés agindo como predadores de tartarugas para comer sua carne. O comportamento inédito amplia o repertório alimentar conhecido da espécie. Ao mesmo tempo, lança nova luz sobre a inteligência desses animais e sua notável capacidade de comportamento pró-social.

O casco da tartaruga é uma defesa robusta contra predadores. Mas esses chimpanzés selvagens, observados no Parque Nacional Loango, no Gabão, criaram uma solução bastante engenhosa. Armados com seus cérebros de primatas e mãos hábeis, eles batem as tartarugas contra os troncos das árvores até quebrarem os cascos. Uma vez que a tartaruga foi aberta, os chimpanzés consomem com prazer a carne exposta.

Os autores principais do novo estudo, Simone Pika, da Universidade de Osnabrück, e Tobias Deschner, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, descreveram esse comportamento de bater os cascos "tecnologia de percussão".

“Nós sabemos há décadas que os chimpanzés se alimentam de carne de várias espécies animais, mas até agora o consumo de répteis não tinha sido observado”, disse Deschner em um comunicado do Instituto Max Planck. "O que é particularmente interessante é que eles usam uma técnica de percussão, que normalmente empregam para abrir frutas com casca dura, para obter acesso à carne de um animal que é quase inacessível para qualquer outro predador."

Outro chimpanzé sobre o galho de uma árvore. Ele está de lado, e dá para ver em sua pata direita uma tartaruga de casco para baixo. O chimpanzé olha a tartaruga.Chimpanzé com tartaruga. Imagem: Nadia Balduccio

Os chimpanzés comem uma variedade surpreendente de presas, incluindo várias espécies de macacos (até babuínos), cabritos-vermelhos (um pequeno antílope), porcos-vermelhos e vários roedores. Podemos agora adicionar répteis à lista, especificamente tartarugas da espécie Kinixys erosa.

Os cientistas observaram a população Rekambo de chimpanzés de julho de 2016 a maio de 2018, mas esse comportamento alimentar só foi visto durante a estação seca. Essa escolha alimentar poderia ter algo a ver com a disponibilidade de alimentos, mas, como os autores apontaram no estudo, furtas são abundantes durante essa época do ano. O momento específico deste comportamento permanece um mistério e algo digno de pesquisa futura.

Outra questão que permanece sem resposta é motivo pelo qual o consumo de tartaruga só foi visto na população de Rekambo e não em outros. Dito isto, o comportamento parece ser cultural (em contraste com instintivo), com os chimpanzés aprendendo uns com os outros e mantendo a prática ao longo do tempo.

“É cedo demais para afirmar isso, mas o fato de tartarugas existirem em vários outros locais onde os chimpanzés foram observados por décadas e a predação nunca ter sido observada é uma primeira dica de que, na verdade, isso pode ser um traço cultural”, explicou Deschner em um email para o Gizmodo. "Provar que a aprendizagem social é a fonte de transmissão [cultural] é difícil de demonstrar, mas, novamente, dada a ausência desse comportamento em outras populações, sugere que provavelmente esse comportamento já foi inventado por um indivíduo nessa população e depois se espalhou, via observação e cópia, o que define a aprendizagem social."

Dois chimpanzés em cima de uma árvore. O que está mais embaixo segura uma tartaruga com sua pata esquerda. O que está mais em cima olha para a tartaruga na pata do outro.Dois chimpanzés se alimentando de uma tartaruga. Imagem: Nadia Balduccio

No total, dez chimpanzés diferentes foram vistos consumindo carne de tartaruga: sete machos adultos, uma fêmea adulta, um adolescente macho e uma adolescente fêmea. Dos 38 eventos de predação observados, 34 foram bem sucedidos (uma tentativa fracassou pela incapacidade de acessar a carne do réptil). A maioria da população masculina engajou-se nessa prática de alimentação, tornando-a um comportamento normal ou "costumeiro", nas palavras dos pesquisadores.

Uma sessão típica de alimentação era mais ou menos assim. Depois de um chimpanzé descobrir e capturar uma tartaruga, ele repetidamente batia seu plastrão, ou casco, contra um tronco de árvore. O chimpanzé subia em uma árvore para consumir a carne.

Comportamentos hominídeos

Como se comer tartarugas não fosse notável o suficiente, os pesquisadores documentaram vários outros comportamentos intrigantes associados à prática.

Primeiramente, a "tecnologia percussiva", em que o tronco da árvore era usado como uma bigorna, pode ser interpretada como um precursor do uso de ferramentas em primatas. Esse comportamento, portanto, pode ser um vislumbre do nosso passado antigo.

Em segundo lugar, alguns chimpanzés não eram fortes o suficiente para abrir as conchas com as mãos, então eles entregaram as tartarugas a um macho mais forte. Notavelmente, ele quebrava os cascos e compartilhava de bom grado a carne com outros indivíduos. No total, 23 dos 38 eventos envolveram algum tipo de compartilhamento.

Esse comportamento pró-social demonstra a complexidade emocional dos chimpanzés e, possivelmente, até a consideração das necessidades dos outros. Dito isso, Deschner disse que compartilhar não nos diz necessariamente nada de interessante sobre a inteligência social dos animais, mas sim sobre a qualidade de suas relações sociais.

"Embora ainda não tenhamos dados detalhados suficientes para analisar os padrões de compartilhamento em detalhes, parece que os chimpanzés de Loango compartilham carnes de tartaruga com muita frequência e sem assédio", disse Deschner, "indicando que indivíduos de alto escalão não usam sua força para adquirir a carne via agressão e existe a possibilidade de que a carne é trocada por outros serviços, [como] cuidados de higiene, [e] apoio em conflitos com outros membros do grupo."

Finalmente, um macho foi observado armazenando sua comida — um comportamento tipicamente atribuído aos primeiros hominídeos. Este macho, depois de comer metade da carne de tartaruga, escondeu o restante em uma árvore. O chimpanzé então foi para uma árvore diferente, onde ele construiu um ninho e foi dormir. No dia seguinte, ele voltou para a árvore para recuperar e consumir as partes restantes da tartaruga.

Esse comportamento certamente parece uma antevisão do futuro, na qual o chimpanzé estabeleceu condições no presente para ajudar seu futuro eu. Como os autores observaram no estudo, esse traço cognitivo pode ter surgido nos primeiros primatas antes da divisão evolutiva entre ancestrais hominídeos e chimpanzés.

Para Deschner, esse achado foi de especial importância porque destacou um comportamento anteriormente desconhecido em uma população de chimpanzés que está localizada bem longe de qualquer outro grupo de chimpanzés bem estudados.

“Nós sempre encontramos novos comportamentos — alguns deles culturais — que nunca foram observados antes”, disse Deschner ao Gizmodo. "Isso significa que, quando perdemos populações de chimpanzés devido à destruição do habitat e à caça furtiva, não só perdemos um número de indivíduos que podem ser substituídos novamente, mas perdemos culturas únicas para sempre, e fechamos uma janela que nos permitiria estudar aspectos da nossa própria evolução."

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GlobalCoin, criptomoeda do Facebook, será lançada em 2020 em diversos países

Posted: 24 May 2019 07:49 AM PDT

O Facebook vai lançar sua própria criptomoeda em 2020, segundo a BBC News. A chamada "GlobalCoin" poderá ser convertida em dólares e outras moedas internacionais, permitindo que os usuários realizem transações e compras online sem a necessidade de uma conta bancária.

Considerando que criptomoedas já apresentam uma série de questões, como segurança digital e instabilidade, uma empresa da magnitude do Facebook precisa criar um projeto muito bem estruturado para que esse tiro não saia pela culatra.

Afinal, essa não é a primeira vez que Zuckerberg aposta em moedas digitais. Em 2009, exatamente uma década atrás, a rede social havia lançado o Facebook Credits. Basicamente, a ideia era que o usuário comprasse créditos, utilizando seu cartão ou via PayPal, para realizar pagamentos a aplicativo e jogos disponíveis dentro da rede social. Entretanto, em 2012, a empresa anunciou que o serviço seria suspenso, visto que os desenvolvedores estavam criando suas próprias moedas, o que não só dificultou as conversões, mas tornou obsoleto o sistema criado pelo Facebook.

Para evitar um novo fracasso, e considerando que as moedas digitais já estão muito mais consolidadas agora, o Facebook está conduzindo o novo projeto, batizado internamente de Projeto Libra, com muita cautela.

Segundo a BBC, Zuckerberg já se reuniu com o Bank of England, consultou o US Treasury (Tesouro dos Estados Unidos) sobre questões operacionais e regulatórias, além de ter iniciado conversas com empresas de transferência monetária, incluindo a Western Union. O objetivo é oferecer soluções mais rápidas e baratas para que os usuários possam enviar e receber dinheiro sem a necessidade de uma conta bancária.

O Facebook planeja disponibilizar a GlobalCoin em diversos países em seu lançamento. Essa estratégia precisa levar em consideração, no entanto, as particularidades de cada local. Conforme observado pelo The Verge, a Índia é um dos focos da nova moeda, que promete oferecer aos trabalhadores indianos que trabalham em outros países a oportunidade de enviar dinheiro para suas famílias pelo WhatsApp. No entanto, o governo indiano já demonstrou uma certa aversão às moedas digitais, com projetos, inclusive, de banir criptomoedas do país devido à falta de regulamentação.

Aqui no Brasil, a Receita Federal já alertou que as operações com criptoativos terão que ser informadas ao órgão. A decisão foi estabelecida como uma medida para combater a sonegação fiscal e evitar lavagem de dinheiro e remessa ilegal de divisas ao exterior. Segundo o Global Digital Report, pesquisa realizada pela Hootsuite, o Brasil é o quinto país do mundo com maior número de usuários de criptomoedas. Com um possível aumento desse número de usuários, será necessário um sistema capaz de controlar tantas transações.

Outro obstáculo que o projeto pode enfrentar é um receio e questionamentos em relação à segurança e privacidade. O Facebook já tem um longo e conturbado histórico de violação de dados pessoais e, ao criar seu próprio sistema de pagamento, a rede social teria um acesso ainda maior e mais fácil aos dados e atividade financeiras dos seus usuários.

Caso seja bem-sucedida, a GlobalCoin terá à sua disposição uma base de 2,4 bilhões de usuários mensais do Facebook, o que pode representar um marco importante para o mercado de criptomoedas.

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A Samsung agora consegue criar vídeos fake ultrarrealistas com apenas uma foto

Posted: 24 May 2019 05:52 AM PDT

Os vídeos "fake" estão se tornando cada vez melhores, e agora ficou ainda mais fácil criá-los. Para propósitos inofensivos, como, por exemplo, um avatar em movimento, é uma evolução muito legal. Mas para outros casos, como utilizar a tecnologia para assediar alguém online, pode ser algo preocupante.

Pesquisadores do Centro de Inteligência Artificial da Samsung em Moscou e o Instituto de Ciência e Tecnologia de Skolkovo publicaram um estudo – Few-Shot Adversarial Learning of Realistic Neural Talking Head Models (Aprendizagem Adversarial de Poucas-Imagens de Modelos de Cabeça Neural Falantes Realistas) – nesta semana que ilustra como o sistema deles é capaz de criar uma cabeça falante virtual com poucas imagens. Enquanto pesquisadores têm anunciado no último ano diversas formas de criar deepfakes – em que se utiliza machine learning para criar um vídeo falso ultrarrealista de alguém – ainda há um pré-requisito crucial. É necessário coletar muitas imagens de um indivíduo para gerar um deepfake realista dele.

Claro que isso não é algo impossível de fazer se você tiver uma ferramenta open-source de captura de fotos e a pessoa publicou fotos ou vídeos online suficientes de si própria. Mas isso ainda era um obstáculo e indicou às vítimas que elas precisavam ser mais cuidadosas em relação ao que compartilhavam na internet. Mas esse novo sistema torna essas criações muito mais fáceis e rápidas.


GIF: YouTube

Os pesquisadores escrevem no estudo que o sistema pode criar "modelos de cabeças falantes a partir de algumas imagens" e "com tempo de treinamento limitado". Para criar um deepfake, é preciso alimentar uma rede neural com as diversas fotos do indivíduo e ela, então, vai gerar um vídeo manipulado. Os pesquisadores alegam que seu sistema precisa de apenas uma foto, e não leva muito tempo para aprender com os dados de treinamento para criar o vídeo fake.

Segundo eles, para o "realismo perfeito", o modelo foi treinado com 32 imagens, o que ainda é um número bem pequeno e fácil de coletar nessa era de compartilhamento online excessivo. É difícil não imaginar alguém sendo capaz de coletar essas imagens com uma visita rápida a um perfil no Facebook. Isso mostra como essa tecnologia está se desenvolvendo rápido.

Há alguns exemplos no estudo mostrando modelos de cabeças falantes geradas apenas com uma única imagem, e isso mostra como o sistema consegue colocar algo estático em movimento, com quadros da Mona Lisa e da Moça com Brinco de Pérola fazendo diversas expressões. Esses vídeos são ainda mais perturbadores – com apenas uma imagem, o sistema foi capaz de gerar vídeos bem realistas. E, em muitos dos exemplos, não é tão fácil identificar que eles são completamente falsos.


GIF: YouTube

No estudo, os pesquisadores observam que esse tipo de tecnologia pode ter "aplicações práticas para telepresença, incluindo conferências em vídeo e jogos multi-player, além da indústria de efeitos especiais". À medida que as empresas de tecnologia investem em avatares animados e realidade virtual, essa tecnologia parece ser um passo natural em direção a visuais cada vez mais personalizados e realistas. Também parece ser um passo natural para áreas como estúdios de cinema que queiram, por exemplo, fazer uma recriação pós-morte de um ator em tempo recorde.

Mas seria irresponsável exaltar essa tecnologia sem apontar para a ameaça muito real que ela representa para vítimas de manipulação de vídeos. Na verdade, quando o deepfake tornou-se público, era apenas questão de tempo até a tecnologia ser utilizada contra mulheres. A triste realidade é que sempre haverá pessoas de mau caráter online que vão explorar esse tipo de tecnologia e, à medida que ela se desenvolve, sempre haverá pessoas tentando torná-la mais fácil e mais eficiente também.

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Isso é muito Black Mirror: Amazon cria videogame para tornar o trabalho em seus armazéns menos chato

Posted: 24 May 2019 04:26 AM PDT

Caixas da Amazon empilhadas durante protesto em Long Island City

A Amazon está atualmente testando um programa piloto que transforma o trabalho nos armazéns em um tipo de videogame. Segundo a empresa, o objetivo é quebrar a monotonia das tarefas diárias, mas parece que a brincadeira virou uma competição entre os funcionários.

O Washington Post apresentou alguns detalhes sobre esses jogos neste semana. Segundo o texto, a iniciativa foi implementada em cinco armazéns da Amazon após o programa ter sido lançado em um único local em 2017. Resumidamente, os jogos premiam os funcionários pela velocidade que eles conseguem completar suas tarefas.

Os nomes dos jogos são MissionRacer, PickInSpace, CastleCrafter e Dragon Duel. Uma imagem do jogo do dragão foi compartilhada na terça-feira pela Fast Company, que relatou que os funcionários podem optar por jogar sozinhos ou competir com seus colegas. Um porta-voz da Amazon disse ao Gizmodo que os trabalhadores podem optar por participar ou não.

O Washington Post afirmou que esses jogos – instalados em telas das estações de trabalho em que os robôs da Amazon entregam os itens a serem separados – premiam os funcionários "com pontos, medalhas virtuais, e outros prêmios durante o período de trabalho". Em pelo menos um dos depósitos, as recompensas também incluem uma moeda interna chamada "Swag Bucks", que pode ser trocada por produtos da marca Amazon.


Tradução: Se você ficou curioso, a Fast Company tem um screenshot de um dos jogos do armazém da Amazon, sobre o qual falei hoje

De acordo com a Fast Company, no jogo do dragão, os jogadores "recebem 16 pontos para cada produto que eles coletam" e eles podem visualizar sua posição no ranking, embora a empresa tenha afirmado ao Gizmodo que o painel de pontuação mostra os participantes de forma anônima.

"’Gamification’ é o nosso grande foco para tornar o trabalho mais interessante", tuitou Dave Clark, SVP de Operações Globais da Amazon, na terça-feira. "Nós temos uma variedade de jogos que são de múltiplos jogadores ou individuais. O objetivo é simples – transformar algo entediante em algo mais interessante e, assim esperamos, divertido".

A empresa negou fortemente que o objetivo dos jogos é aumentar a produtividade ou criar desavenças entre os funcionários – mesmo que o design e incentivos, como prêmios e pontos, causem isso – insistindo que a ideia é tornar o ambiente monótono dos armazéns mais "divertido", engajador e colaborativo.

Queira a empresa reconhecer essa iniciativa estilo Black Mirror como uma forma de aumentar a produtividade ou não, parece que é esse o resultado que ela está obtendo. Uma funcionária declarou ao The Washington Post, anonimamente, que ela coletou quase 500 itens das prateleiras robotizadas da Amazon em uma hora, enquanto que o padrão em alguns centros terceirizados é de 400, uma velocidade de um item a cada sete segundos. A entrevistada também afirmou que o jogo criou um ambiente competitivo entre os funcionários do local em que trabalha, mas também reconhece que tornou o trabalho menos monótono.

Embora o programa piloto já esteja funcionando há um tempo, as informações sobre a sua utilização nas instalações da Amazon seguem a notícia de que a empresa está mudando o seu padrão de entrega para clientes Prime de dois dias para um. A companhia evitou questionamentos sobre como o jogo pode, com o tempo, influenciar o padrão de produtividade dos funcionários, algo que a Amazon já monitora rigorosamente. Um porta-voz da empresa disse em comunicado, no entanto, que a Amazon tem "expectativas de desempenho para cada colaborador e medimos o desempenho com base nessas expectativas".

"O desempenho dos colaboradores é medida e avaliada durante um longo período, pois sabemos que uma variedade de questões pode impactar a sua capacidade de entrega em uma determinada hora ou dia", afirmou o porta-voz. "Nós apoiamos as pessoas que não atingem os níveis de performance esperados com treinamentos para ajudá-las a melhorar".

Se uma empresa quer sugar seus funcionários com o máximo de trabalho que puder atribuir a eles pelo mesmo mísero salário, transformar o ambiente de trabalho em um grande videogame parece ser uma forma muito criativa, senão eticamente questionável, de fazê-lo. Enquanto isso, o CEO da empresa, Jeff Bezos, que recentemente anunciou um divórcio caríssimo, mantém sua posição de homem mais rico do mundo.

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