terça-feira, 28 de maio de 2019

Gizmodo Brasil

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Câmera automática registra primeira imagem de panda gigante albino

Posted: 27 May 2019 03:37 PM PDT

Usando uma câmera ativada por movimento, cientistas da Reserva Natural Wolong, no sudeste da China, conseguiram tirar uma foto embaçada, mas sem precedentes, do primeiro panda gigante albino conhecido do mundo.

O panda gigante de cor branca (Ailuropoda melanoleuca) foi fotografado em abril, enquanto passeava por uma floresta de bambu a uma altitude de 2 mil metros, segundo um comunicado de imprensa emitido por uma autoridade local de conservação. O parque em que o panda foi observado, a Reserva Natural de Wolong, está localizado na província de Sichuan, no sudoeste da China.

Um especialista da IUCN (International Union for Conservation of Nature) e da Escola de Ciências da Vida da Universidade Peking confirmou o animal como sendo albino. A fotografia mostra um panda gigante com pelo branco e garras, além de olhos vermelho-rosados — as marcas do albinismo. A julgar pela foto, o panda tem idade entre um e dois anos, mas seu sexo não pode ser determinado.

O albinismo é uma condição genética que perturba a produção normal do pigmento melanina. Além da sensibilidade à luz solar, a condição não afeta diretamente a estrutura corporal ou a saúde fisiológica. E, de fato, esse indivíduo em particular parece robusto e saudável. Este espécime pode estar em desvantagem, no entanto, devido à sua aparência brilhante e chamativa.

Agora, embora este panda albino gigante seja mais visível aos predadores, sua aparência pode na verdade torná-lo mais vulnerável aos humanos. Em 2017, por exemplo, um grupo de conservação teve de resgatar um orangotango albino raro de moradores curiosos na ilha de Bornéu, na Indonésia. O animal foi reabilitado e libertado na natureza no ano seguinte. Tomara que não aconteça o mesmo com este panda.

Como o albinismo é uma condição hereditária — ele vem de um gene recessivo — há “um gene mutante” branqueador “na população de pandas gigantes em Wolong”, como observado no comunicado de imprensa de Sichuan. Como os conservacionistas de Wolong apontaram, se este panda crescer até a maturidade e se acasalar com outro albino com o mesmo gene mutante, isso poderia resultar em mais um panda gigante albino, ou, no mínimo, na propagação adicional do gene albino. Os conservacionistas estão planejando intensificar o monitoramento da área para aprender mais sobre essa possibilidade e estudar outros animais na região.

Esta foto fortuita faz parte de um projeto maior para estudar a ecologia da região. Conservacionistas chineses estão atualmente monitorando sete grandes áreas, cada uma com cerca de 20 quilômetros quadrados de tamanho. Esses gráficos estão sendo monitorados por uma série de câmeras ativadas por movimento. Os pandas gigantes são notoriamente difíceis de estudar, pois são criaturas solitárias que vivem em áreas montanhosas remotas.

Os pandas gigantes estão atualmente listados como vulneráveis, e menos de mil espécimes adultos existem na natureza, de acordo com a Lista Vermelha da IUCN.

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O Asus ZenBook Pro Duo é o laptop de duas telas mais ambicioso já apresentado

Posted: 27 May 2019 02:57 PM PDT

Laptop Asus ZenBook Pro Duo

Sir Francis Bacon escreveu certa vez que "não há beleza excelente que não tenha alguma estranheza na proporção". Não tenho certeza se ele teria se sentido assim sobre o ZenBook Pro Duo, mas, entre seu teclado apertado, a localização desajeitada do touchpad e uma enorme segunda tela de 14 polegadas, não posso deixar de dizer que essa citação se aplica também ao mais recente laptop da Asus.

Este laptop é agressivamente equipado. Para criá-lo, a Asus basicamente tirou todos os melhores recursos de aparelhos anteriores, colocou-os em um chassis de 15 polegadas e, em seguida, completou com uma espécie de Touch Bar, da Apple, mas bem melhor.

Laptop ZenBook Pro Duo, da Asus, visto de cimaCrédito: Asus

Isso porque, além de seu monitor principal de 15,6 polegadas e segunda tela de 14 polegadas — que a Asus está chamando-o de ScreenPad Plus — O ZenBook Pro Duo também vem com as opções de processadores Intel Core i9 ou i7 série H de 9ª geração, até 32 GB de RAM, 1 TB de armazenamento SSD e um GPU Nvidia RTX 2060, que torna este laptop uma potencial máquina dos sonhos para profissionais que precisam de mobilidade.

A lista de especificações de ponta não termina aí. A Asus incluiu suporte à Wi-Fi 6 para oferecer velocidades sem fio super-rápidas, e deu a essa tela principal um painel OLED de 15,6 polegadas (o que é uma característica rara em laptops), que também pode cobrir 100% da gama de cores DCI-P3.

A webcam do ZenBook Pro Duo suporta até mesmo o reconhecimento de rosto do Windows Hello para que você possa fazer o login sem ter que digitar sua senha. A Asus também colocou um touchpad bacana de duas funções que vimos em laptops anteriores, que permite transformar o touchpad em um teclado numérico com o toque de um botão.

Laptop ZenBook Pro Duo fechadoCrédito: Asus

Mas quem queremos enganar, né? O ZenBook Pro Duo tem como destaque o ScreenPad Plus. Com um formato extra-largo com proporção 32:9 e uma resolução 4K (3.840 x 1.100), essa segunda tela de 14 polegadas pode ser quase como ter um segundo monitor incorporado. Semelhante ao Touch Bar, da Apple, a Asus está trabalhando com fabricantes de software, como a Corel, para fornecer atalhos dedicados e botões de função em apps específicos.

Mas o mais importante, porque o ScreenPad Plus está configurado como um segundo monitor no Windows 10, você pode arrastar qualquer aplicativo para a tela inferior, ou simplesmente usar essa tela extra como um lugar para esconder ícones de aplicativos, pastas e muito mais. O ScreenPad Plus vem ainda como suporte a caneta ativa, para que você possa usá-la para salvar um rascunho rápido ou adicionar notas ou comentários de um projeto em andamento.

Homem mexendo no laptop ZenBook Pro Duo, da AsusCrédito: Asus

Para mim, a coisa mais legal do ZenBook Pro Duo é o que ele representa para o futuro. Isso porque após mostrar o ZenBook Pro 15 com a primeira geração do ScreenPad no ano passado, e agora um ZenBook Pro Duo e seu ScreenPad Plus, a Asus está sinalizando claramente que o seu laptop Project Precog, de tela dupla, é muito mais que apenas um conceito distante.

Dito isso, com certeza haverá alguns problemas de à medida que as empresas tentam descobrir como realmente maximizar o valor de laptops com tela dupla, mas entre isso e os protótipos de laptops da Lenovo com tela dobrável, poderíamos estar testemunhando o nascimento de uma nova categoria de laptop, mesmo que Frank Azor, da Dell, pense que ainda estamos longe dessa realidade.

Infelizmente, não há informações concretas sobre o lançamento do ZenBook Pro Duo. Até agora, a Asus não forneceu nenhum valor ou sugestão de preço para o notebook, e a única coisa que sabemos sobre a sua disponibilidade é que está programado para ser vendido no terceiro trimestre de 2019. É uma boa aposta presumir que ele estará disponível após o novo processador de 10ª geração da Intel, já que há um segundo ZenBook Pro Duo menor, que deverá vir com este novo processador. Ele terá uma tela principal de 14 polegadas e um ScreenPad Plus de 12,6 polegadas.

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Adolescente hacker que foi denunciado pela Apple ao FBI só queria um emprego

Posted: 27 May 2019 01:55 PM PDT

Logo da Apple visto de dentro de uma fachada de vidro.

O advogado de um adolescente australiano que violou duas vezes a segurança interna da Apple diz que o garoto achava que com isso poderia conseguir um emprego na gigante de tecnologia sediada na Califórnia, segundo a Australian Associated Press.

O jovem não identificado, que teria 13 anos de idade na primeira vez em que ele e um cúmplice obtiveram acesso não autorizado à rede da empresa, “não tinha ideia da gravidade do crime”, disse seu advogado ao tribunal de Adelaide. Agora, com 17 anos, o adolescente foi liberado de uma multa de US$ 500 com a condição de que ele se comportasse por pelo menos nove meses.

O adolescente, que tinha como cúmplice um menino um pouco mais velho de Melbourne que recebeu uma sentença semelhante no ano passado, aparentemente acreditava que, assim que a Apple descobrisse a violação, a empresa lhe ofereceria um emprego. Em vez disso, a companhia entrou em contato com o FBI, que por sua vez notificou a Polícia Federal Australiana.

A corte foi informada de que a Apple não sofreu nenhum dano com a violação, segundo a emissora australiana ABC.

“Ele não imaginava que isso teria outra consequência além de uma oportunidade de trabalho”, disse o advogado da adolescente, Mark Twiggs, segundo a ABC. O advogado também disse que o garoto havia visto outro hacker conseguir um emprego depois de uma violação semelhante.

O advogado teria dito que seu cliente pretendia estudar cibersegurança e criminologia, e disse ao magistrado que um registro criminal devastaria essas perspectivas. O magistrado decidiu, então, não manchar o histórico do garoto e nenhuma condenação foi registrada.

"Ele é claramente um indivíduo talentoso em tecnologia da informação", disse o juiz, de acordo com a ABC. "Dito isso, aqueles que têm essa vantagem não têm o direito de abusar desse dom."

O cúmplice do garoto, sentenciado em setembro do ano passado aos 19 anos, também foi poupado da prisão e de ter uma condenação em seu registro. Seu advogado utilizou o mesmo argumento de que ele sonhava em trabalhar para a Apple e achava que hackear a empresa poderia chamar a atenção da gigante de tecnologia.

A Apple não pôde ser contatada imediatamente para comentar o assunto, mas em uma declaração à impressa, a empresa disse que queria garantir a seus clientes que “em nenhum momento deste incidente seus dados pessoais foram comprometidos”.

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Macacos têm matado pessoas na Índia, e agora cientistas querem esterilizar os primatas de forma radical

Posted: 27 May 2019 12:44 PM PDT

Macaco na região do Taj Mahal, na Índia

Em uma noite em novembro do ano passado, uma jovem chamada Neha estava alimentando seu filho dentro de sua casa em Runkata, uma pequena cidade dos arredores de Agra, na Índia. De repente, um macaco entrou na casa, pegou a criança dos braços dela e fugiu com o garoto.

Vizinhos perseguiram o sequestrador e começaram a atacar pedras, mas para o horror delas, a criança foi encontrada toda ensanguentada em um terreno na região. Apesar de terem corrido com ele para o hospital, Arush, que tinha 12 dias de idade, não sobreviveu.

Talvez isso pareça uma história esquisita e trágica, em que um animal salvagem atua fora dos seus padrões, mas não havia nada especialmente raro nesse incidente.

Menos de um mês antes, na cidade vizinha de Tikri, um homem de 72 anos foi apedrejado até a morte enquanto ele estava revirando madeira seca, quando uma tropa de macacos nas copas das árvores começou a atacar pedaços de bloco que foram recolhidos de uma construção próxima ao local.

No estado de Himachal Pradesh, 86 casos de ataques de macacos foram registrados pelo governo estadual entre 2017 e 2018. Em um incidente esquisito, um macaco foi visto brincando com dinheiro em uma copa de árvore em Shiimla, depois de pegar cerca de US$ 140 de uma casa da região. Outros incidentes com macacos hostis contra humanos foram relatados em Tahil Nadu e em Odisha.

Há algumas razões por trás desse aumento repentino de agressão de macacos na Índia, de acordo com Iqbal Malik,  uma especialista em macacos e ativista ambiental baseada em Nova Déli.

"Os macacos-rhesus, em geral, são uma espécie inofensiva e pacífica. Eles vivem em grupos, com cada um deles composta por bebês, sub-adultos, adultos sexualmente maduros e idosos. Os bebês ficam perto de suas mães até os seis meses de idade", explicou Malik ao Gizmodo por telefone. "Os relatos de violência entre macacos Rhesus ocorrem principalmente de casos de fissão caótica, que é quebra de grupos com a separação de mães e bebês".

“O desmatamento em grande escala destrói o habitat natural deles, resultando na fragmentação de grupos e fazendo com que os macacos se movam em direção a áreas rurais e urbanas em busca de comida”, disse ela.

Macaco bebendo água em torneira na ÍndiaMacaco bebendo água em Jammu, na Índia. Crédito: Channi Anand/AP

Além disso, o macaco-rhesus é ótimo em achar comida, disse Sindhu Radhkarhina em entrevista ao Hindustan Times. Radhakrishna é a diretora do Programa de Comportamento Animal e Cognição do Instituto Nacional de Estudos Avançados em Bangalore. Quando macacos se infiltram em locais com humanos, eles têm fácil acesso a alimentos ricos em energia, e é por isso que gostam de ficar próximo de humanos, disse ela.

Esterilização cirúrgica

Em 2006, Himachal Pradesh tornou-se o primeiro estado na Índia a introduzir a esterilização cirúrgica em macacos-rhesus, com o objetivo de conter sua população cada vez maior e encontrar uma possível solução para o aumento dos relatos de violência símia, levando a danos agrícolas por toda a região.

Já existem oito centros de esterilização espalhados pelo estado, onde macacos trazidos por caçadores são esterilizados por meio de vasectomias a laser em machos e tubectomia por termocauterização nas fêmeas, disse Satish K. Gupta, cientista especialista em biologia celular reprodutiva do instituo de imunologia de Nova Déli, em um e-mail ao Gizmodo.

Os resultados no programa, no entanto, foram inconclusivos, disse Gupta. Embora o número de macacos-rhesus no estado tenham reduzido de 3,2 milhões em 2004 para 2,1 milhões em 2015, incidentes de violência continuam mais ou menos no mesmo nível.

Malik acredita que a má execução do programa pode ter tido o efeito não intencional de tornar os macacos mais agressivos. "A esterilização em si é inócua, se bem feita. No entanto, a abordagem casual do departamento florestal para a captura e liberação de macacos e seu tratamento antes e depois da operação podem ser a verdadeira razão por trás do problema".

Os macacos-rhesus são espécies fortemente tribais, disse ela. Quando macacos são aprisionados e separados de suas tribos, isso atrapalha um vínculo comum deles. Isto é especialmente pior no caso de jovens que são facilmente capturados, pois são separados de suas mães. Quando os macacos são libertados, eles acham difícil se adaptar, fazendo com que eles procurem por fontes alternativas de alimento perto de habitações humanas. Isso também os torna violentos e temperamentais, segundo Malik.

Após Himachal Pradesh, a Administração do Distrito de Agra fez uma parceria com a ONG local Wildlife SOS para fazer um programa parecido em Uttar Pradesh durante o ano de 2016. No entanto, apenas 500 macacos foram capturados até 2018, enquanto os gastos do governo excederam os US$ 260 mil.

Assim como em Himachal Pradesh, o número real de ataques envolvendo macacos não mostrou sinais de desaceleração, disse Javed Akhtar, chefe de conservação de florestas do governo de Uttar Pradesh.

Meios alternativos

Em respostas às repetidas falhas, o governo indiano agora está considerando meios alternativos de controle populacional de macacos.

A imunocontracepção — uma técnica que envolve a administração de uma vacina que cria uma resposta imune temporária contra uma proteína ou hormônio crucial para a reprodução, tornando os macacos inférteis — está recebendo atenção particular. No entanto, existem algumas ressalvas.

"O maior problema aqui é a aplicação da vacina", afirmou Gupta, que observou que as vacinas atuais muitas vezes exigem múltiplas injeções ao longo do ano para ter o efeito desejado.

Uma solução proposta para este problema tem transformado a vacina em uma pílula comestível e colocando-a dentro de uma isca, mas mesmo isso apresenta múltiplos desafios, já que o líder de uma tropa consumirá a maior parte da isca oral e somente as sobras ficaram para os outros macacos.

A imunocontracepção é uma técnica mais viável para animais maiores, como elefantes, que podem ser atacados por meio de armas de dardos, explicou. O Ministério do Meio Ambiente atribuiu seu projeto de imunocontracepção ao Wildlife Institute of India.

Apesar dos esforços consideráveis feitos pelo governo para estudar diferentes métodos de controle populacional para o macaco-rhesus, nenhuma pesquisa real foi feita para entender os efeitos a longo prazo desses procedimentos de controle de natalidade sobre os macacos e sua biologia, disse Gupta.

Na falta de uma estratégia de controle de natalidade viável e do conhecimento necessário para executá-la adequadamente, a ideia mais útil pode ser encorajar as pessoas a evitarem alimentar macacos perdidos ou deixar alimentos ao ar livre, disse Malik.

Não mostrar os dentes ou fazer contato visual, fazer barulhos altos para espantar os macacos e manter latas de lixo e tanques de água cobertos são outras sugestões do departamento florestal de Nova Déli. Infelizmente, essas dicas fornecem pouca sensação de segurança para as pessoas que convivem com o medo diário do contato com estes primatas.

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Executiva do Facebook defende decisão de não remover vídeo falso de Presidente da Câmara de Representantes dos EUA

Posted: 27 May 2019 11:49 AM PDT

Nancy Pelosi discursando

Vídeos editados mostram Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, de uma forma que parece lenta e alcoolizada. Eles viralizaram no final da semana passada — um foi, inclusive, compartilhado pelo presidente Donald Trump. Apesar de a falsificação ter sido descoberta, os vídeos não serão removidos do Facebook. Na sexta-feira (24), uma executiva da empresa defendeu parcialmente essa decisão, mesmo com o Facebook trabalhando para mitigar seu problema generalizado de desinformação.

Em uma entrevista ao apresentador da CNN Anderson Cooper na sexta-feira, Monika Bickert, diretora de gerenciamento de políticas globais da empresa, defendeu a decisão. A empresa não removeu o vídeo falso; em vez disso, a rede rebaixou seu alcance e exibiu informações de um verificador de fatos independente ao lado dele no Feed de Notícias e em compartilhamentos. De acordo com Bickert, a questão é dar aos usuários uma “escolha”.

“Achamos que é importante que as pessoas estejam informadas e façam sua própria escolha sobre no que acreditar”, disse Bickert. "Nosso trabalho é garantir que recebamos informações precisas. E é por isso que trabalhamos com mais de 50 organizações de verificação de fatos em todo o mundo."

Bickert continuou dizendo que, se a desinformação tivesse o potencial de incitar a violência, esse conteúdo seria removido do Facebook. Informações falsas ou enganosas, porém, não violam expressamente as regras da rede social.

Um porta-voz da empresa disse ao Washington Post, em um comunicado enviado na sexta-feira (24) que “não tem uma política que estipule que as informações postadas no Facebook devam ser verdadeiras”. Em vez disso, a rede vem adotando outras iniciativas para combater notícias falsas, simplesmente reduzindo o alcance do conteúdo e exibindo informações de seus parceiros de verificação de fatos.

“Isso é parte da maneira como lidamos com desinformação”, disse Bickert. "Trabalhamos com organizações de verificação de fatos certificadas internacionalmente e independentes do Facebook, e achamos que elas são as organizações certas para tomar decisões sobre se algo é verdadeiro ou falso".

Durante a entrevista, o apresentador Anderson Cooper fez uma observação importante ao notar que o Facebook é uma fonte de informações de notícias para uma grande porcentagem de seus 2 bilhões de usuários — algo que nem sempre a rede reconhece publicamente.

A resposta de Bickert a isso, no entanto, foi que o Facebook “não está no negócio de notícias, mas, sim, no negócio de mídia social”. Cooper, então, respondeu que a plataforma compartilha notícias porque faz a plataforma ganhar dinheiro — o que está correto.

Enquanto o Facebook apresentou uma justificativa confusa para permitir a disseminação flagrante de notícias falsas em sua plataforma, um porta-voz do YouTube disse ao Post que o vídeo adulterado já foi retirado de seu site porque violou as regras do YouTube. O Twitter, rede em que Trump compartilhou um dos vídeos e em que sua conta permanece ativa, se recusou a comentar o incidente.

Respondendo aos vídeos no Twitter na quarta-feira, a filha de Pelosi, Christine Pelosi, tuitou que os republicanos "vêm promovendo esse meme falso e desprezível por anos". Ela também disse que a congressista não bebe álcool. A equipe de Pelosi disse ao Post na semana passada que eles não comentariam “esse lixo sexista”.

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Windows 10: todas as novidades da atualização de maio de 2019

Posted: 27 May 2019 09:04 AM PDT

Tela de atualização do Windows 10

Neste momento ou nos próximos dias você deverá receber uma notificação para instalar uma grande atualização do Windows 10. Separamos um resumo das novas funcionalidades e configurações que você poderá utilizar depois que instalar essa versão.

Modo claro

Modo Claro do Windows 10Captura de tela: Gizmodo

O Windows 10 tem um novo tema claro. Uma vez ativado, todos os menus do sistema ficarão praticamente brancos. Para alterar entre os temas claro e escuro, abra as Configurações do Windows, então escolha Personalização, Cores e escolha o seu preferido. O papel de parede padrão foi alterado para combinar melhor com o novo esquema de cores.

Controle o brilho

A Central de Ações (disponível no ícone de notificações no lado direito da barra de tarefas) agora inclui um controlador de brilho se você estiver usando um laptop. Falando dela, ficou mais fácil configurar quais opções devem ficar disponíveis ali: clique com o botão direito sobre um item e escolha a opção Editar ações rápidas, ou clique com o botão direito em um espaço vazio e escolha Editar para fazer alterações.

Busca sem a Cortana

Busca do Windows 10Captura de tela: Gizmodo

A função de busca foi separada da Cortana, como você verá se fizer uma pesquisa no campo de buscas da barra de tarefas. Utilize as abas do topo da janela para especificar os seus resultados (Aplicativos, Documentos, Web) se for necessário. A Cortana ainda está ali e pode ser ativada ao clicar no botão na parte direita do campo de buscas ou com um comando “Hey Cortana”.

Login na web usando o seu rosto

O Windows Hello agora é um método seguro e reconhecido para fazer logins online. Isso não deve estar disponível de cara, porque os sites precisarão implementar o código necessário para ativar a opção. Como esperado, a página de conta da Microsoft está entre as primeiras a adotar a nova opção de login.

Pause as atualizações do Windows

Menu de opções de atualizações do Windows 10Captura de tela: Gizmodo

O Windows dará mais controle sobre atualizações futuras – você pode, por exemplo, pausar atualizações por sete dias entrando nas Configurações e na aba Atualização e Segurança. Você também poderá definir o ‘horário ativo’ (para que as atualizações não sejam instaladas) automaticamente, por meio da opção Alterar horário ativo. Tecnicamente, essa funcionalidade já estava disponível antes do update de Maio de 2019.

Remova os apps pré-instalados

Boa notícia para quem quer reduzir os apps inúteis do Windows 10: softwares como Visualizador 3D, Calculadora, Groove Música, E-mail, Calendário, TV & Filmes, Paint 3D, Captura e Esboço, Sticky Notes e Gravador de Voz podem ser desinstalados. Como sempre, os programas desinstalados vão para a página Aplicativos nas Configurações do Windows.

Veja se seu trabalho foi salvo no Notepad

Aplicativo NotepadCaptura de tela: Gizmodo

Seguindo a tendência de aplicativos rivais, o Notepad agora exibe um asterisco no topo da janela que mostra se as alterações feitas em um documento não estão salvas. Pode parecer um toque pitoresco em uma época em que a maioria de nós salva arquivos automaticamente na nuvem a cada poucos minutos, mas pode evitar que você feche um arquivo sem salvá-lo.

Uma nova Barra de jogo

Embora não façam parte do Update de Maio de 2019, as melhorias ao Xbox Game Bar (pressione Win+G para abri-lo) estão chegando junto com a atualização. A central de jogos agora inclui opções mais avançadas para controlar o Spotify, compartilhar capturas de tela mais facilmente, mixar o áudio entre jogos e aplicativos, entre outras funções.

Envie kaomojis com mais facilidade

Menu exibe kaomoji no Windows 10Captura de tela: Gizmodo

Se você acha os kaomojis úteis em suas conversas – seja para mandar aquela carinha ( ͡° ͜ʖ ͡°) ou simplesmente ignorar algo com ¯\_(ツ)_/¯ – ficou fácil enviá-los nessa nova versão do Windows. Eles irão aparecer na mesma janela dedicada para emojis e você pode acessá-los rapidamente usando o atalho Win+. (ponto). Dá para acessar outros símbolos úteis, como o meia-risca.

Mantenha o foco

O Assistente de Foco faz parte do Windows 10 há algum tempo – ele bloqueia as notificações quando você está ocupado – mas na Atualização de Maio de 2019 ele pode ser ativado automaticamente sempre que você colocar algum dos seus aplicativos no modo tela cheia. Nas Configurações, clique em Sistema e então escolha Assistente de foco para ver a nova opção.

Aumente a visibilidade do cursor do mouse

Opções do cursor do mouse no Windows 10Captura de tela: Gizmodo

A maioria de nós não estava esperando por essa novidade, mas trata-se de algo muito bem-vindo para aqueles que têm dificuldade de enxergar o cursos do mouse. Por meio das opções de Facilidade de Acesso e Cursor e ponteiro nas configurações do sistema é possível deixar o cursos bem grande e colorido.

Evite erros de atualizações

Essa alteração fica por de trás das cortinas e a expectativa é de nunca ter que usá-la. A nova versão do Windows remove automaticamente atualizações que deram errado. Em outras palavras significa que, se o seu PC tiver problemas durante a inicialização, o próprio Windows irá remover a nova versão e esperar 30 dias para instalá-la novamente (tempo o suficiente para que tudo seja corrigido).

Aumente o patamar de segurança

Menu de segurança do Windows 10Captura de tela: Gizmodo

Os ajustes de segurança do Windows 10 também receberam novidades: abra a opção Segurança do Windows (pesquise por ela na barra de tarefas), então clique em Proteção contra vírus e ameaças e altere as configurações do menu Configurações de proteção à vírus e ameaças. Habilite o novo botão Proteção contra intervenções abusivas para bloquear aplicativos maliciosos de alterar opções chave do sistema.

Rode aplicativos de desktop em realidade virtual

Os aplicativos de desktop agora estão disponíveis em realidade virtual. Os ambientes de Realidade Mista do Windows, que até agora só tinham aplicativos da Plataforma Universal do Windows (UWP), podem funcionar com qualquer app de desktop. Ler seus e-mails e documentos PDF pode ficar mais interessante agora.

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Apple comprou uma startup que trabalhava em app para monitoramento de asma

Posted: 27 May 2019 07:26 AM PDT

A Apple adquiriu uma startup focada em encontrar uma solução para o monitoramento de asma em crianças, informou a CNBC na sexta-feira (24).

A CNBC citou uma fonte familiarizada com o acordo da Apple para adquirir a startup Tueo Health. Antes da aquisição relatada, a Tueo estava focada em criar um aplicativo que usasse dados de sensores para fornecer aos pais informações detalhadas sobre os hábitos de sono de seus filhos com asma, a fim de identificar melhor quando poderia haver um problema.

"Nós usamos sensores disponíveis comercialmente para monitorar crianças asmáticas enquanto elas dormem. Nossa tecnologia aproveita os dados desses sensores para criar uma linha de base personalizada para cada criança", disse o cofundador e CEO da Tueo, Bronwyn Harris, sobre o sistema. “Os alertas são enviados automaticamente para os pais quando há desvios da linha de base de seus filhos. Esses alertas são interativos e informativos – fornecemos informações contextuais e educação e suporte a qualquer momento para ajudá-los a gerenciar melhor o problema de asma de seus filhos ".

Embora o produto tenha sido criado pensando nas crianças, Harris disse que o sistema eventualmente se expandirá para uso de adultos também. De acordo com ele, aplicações para doença pulmonar obstrutiva crônica também foram planejadas, já que é “outra condição que não tem uma boa medida de controle”.

Porta-vozes da Tueo e da Apple ainda não retornaram pedidos de comentários sobre a aquisição. No entanto, como observou a CNBC, tanto Harris como a COO da Tueo, Anura Patil, listam a Apple como sua empregadora desde 2018 no LinkedIn.

Enquanto o acordo entre Apple e Tueo pode ter sido finalizado em 2018, a notícia da aquisição chegou apenas uma semana antes da Worldwide Developers Conference da Apple, onde a empresa deve apresentar atualizações para seu aplicativo Health, incluindo um rastreador de ciclo menstrual e uma função para monitorar sua saúde auditiva.

Durante o TIME 100 Summit no mês passado, o CEO da Apple, Tim Cook, disse que a empresa estava “trabalhando em muitas coisas” relacionadas a monitoramento de saúde, acrescentando que ele acha que “haverá um dia em que olharemos para trás e diremos que a maior contribuição da Apple para a humanidade foi na área da saúde".

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Vício em games entra para lista internacional de doenças da OMS; o que isso significa?

Posted: 27 May 2019 06:52 AM PDT

Garoto jogando Street Fighter em uma tela gigante

Em uma reunião realizada no fim de semana, a OMS (Organização Mundial da Saúde) adicionou vício em games em sua lista de doenças reconhecidas pela entidade durante a 72ª Assembleia Mundial da Saúde. Na prática, a condição só começará a ter efeito a partir de 1º de janeiro de 2020. No entanto, isso deve ser o suficiente para aumentar a discussão sobre o assunto.

O vício em games faz parte da 11ª revisão do ICD (International Statistical Classification of Diseases Related to Health Problems). Essa classificação é um sistema internacional para propósitos de pesquisa, tratamento clínico e critério para direcionamento de gastos públicos — a título de curiosidade, juntamente com o vício em games, a síndrome de burnout também aparece nesta nova versão da lista de doenças. Voltando aos games, a condição é descrita como "um padrão persistente de comportamento relacionado a jogos, que pode ser online ou offline" e que se manifesta por meio de três aspectos:

  1. Falta de controle sobre o jogo (por exemplo, frequência, intensidade, duração, término, contexto);
  2. Maior prioridade dada aos jogos, na medida que o jogo tem precedência sobre outros interesses da vida e atividades diárias; e
  3. Continuação ou escalada de jogos, apesar da ocorrência de consequências negativas. O padrão de comportamento tem gravidade o suficiente para resultar em prejuízo significativo em áreas pessoais, familiares, sociais, educacionais, ocupacionais ou outras áreas de importante operação.

Após a divulgação do documento pela OMS, representantes da indústria de games solicitaram que a entidade reexamine a decisão de incluir o vício em games na lista de doenças.

"A OMS é uma organização estimada e sua orientação precisa ser baseada em revisões regulares, inclusivas e transparentes apoiadas por especialistas", diz um comunicado da ESA (Entertainment Software Association), que inclui membros de diversos países, inclusive o Brasil. "O vício em games não é baseado em evidências suficientemente robustas para justificar a inclusão em uma das ferramentas de definição mais importantes da OMS".

Como nota o Polygon, a lista da OMS não tem peso de lei, mas ela é muito influente para profissionais e na forma como legisladores estudam e propõem tratamento ou intervenção em assuntos de saúde pública. Em países como China e Coreia do Sul, os governos têm tomado medidas drásticas para reduzir o vício em jogos, como estabelecer um limite de tempo de jogo.

Uma das questões por parte da indústria é que ainda não se tem muito claro os critérios de diagnóstico e de sintomas apropriados de vício em games. Já a OMS argumenta que tomou a decisão de incluir a condição após ouvir especialistas de todo o mundo.

De qualquer jeito, o vício em games deve ser cada vez mais debatido e lançar mais luz sobre o assunto. Com a penetração de internet crescendo cada vez mais no Brasil além do desenvolvimento de jogos cada vez mais diversos (há boas opções tanto em smartphones como em consoles e PCs), talvez seja algo para se ter em mente, mesmo que não estejamos no nível de países asiáticos.

A única coisa triste da notícia é que, provavelmente, pais ou responsáveis vão acompanhar o noticiário na TV ou na internet para dar uma leve ameaçada nos filhos, do tipo "tá vendo, moleque, agora jogar videogame é uma doença e coisa de viciado".

[Polygon, Kotaku e OMS]

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Anatel aprova faixas de 2,3 GHz e 3,5 GHz para 5G no Brasil

Posted: 27 May 2019 06:07 AM PDT

Torre de celular

O 5G deu mais um passo no Brasil com a aprovação das frequências que servirão para o funcionamento da tecnologia. Na quinta-feira (23), a Anatel decidiu sobre a destinação e o regulamento de condições de uso das faixas de radiofrequências de 2,3 GHz e de 3,5 GHz.

A agência diz que a a faixa de 2.300 a 2.400 MHz é importante para estarmos alinhados aos sistemas mundiais do tipo IMT (sigla em inglês para Telecomunicações Móveis Internacionais). Já a faixa de 3.300 a 3.600 MHz é considerada a porta de entrada para as redes de altíssima velocidade do 5G.

O segundo trecho, inclusive, ganhou 100 MHz a mais do que a proposta inicial. A mudança foi realizada a partir da contribuição recebida na consulta pública realizada pela Anatel.

Será preciso garantir, no entanto, que a ocupação da faixa de 3,5 GHz não prejudique o funcionamento dos receptores de sinal de TV aberta via parabólica. Ainda que em grandes centros a maioria das pessoas use TV a cabo ou sinal de TV digital, a agência estima que pelo menos 20 milhões de domicílios assiste à TV aberta via sinal de parabólica.

A agência diz ter levado em consideração blocos, arranjos, distribuição geográfica e contrapartidas a serem exigidas dos vencedores da futura licitação, até possíveis medidas preventivas e corretivas para mitigar eventuais interferências prejudiciais entre os sistemas de radiocomunicação.

O próximo passo é determinar um relator para o edital que será aberto para o leilão das redes no ano que vem. Em seguida, o edital irá para uma consulta pública.

[Anatel]

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Novo Kindle: o basicão agora vem com um quê de especial, a luz embutida

Posted: 27 May 2019 04:22 AM PDT

Kindle com capinhas de diferentes cores

No fim de abril, a Amazon começou a vender no Brasil o novo modelo da sua versão mais básica do leitor de livros digitais Kindle, agora em sua décima geração. Eu, que já estava há muito tempo namorando um e-Reader por estar cansada de carregar peso extra na mochila, resolvi pegar essa belezinha para ver como ele funciona na prática.

Não tem nem como começar esse review de outro jeito: realmente, o grande diferencial do modelo é que ele conta com uma iluminação de 4 LEDs. Antes, o aparelho de entrada dos leitores de e-books da Amazon sempre veio com uma tela de e-ink sem retroiluminação. Agora, o Kindle basicão também possui luz embutida semelhante aos seus irmãos mais caros. E isso é uma baita novidade mesmo, principalmente para quem faz questão de ler no dispositivo sem se preocupar se está claro ou escuro, como é o meu caso, e sem desbancar uma grana (muito) alta. O novo Kindle tem como preço sugerido R$ 349,00 e está disponível nas cores preta e branca.

Em relação ao design do aparelho, dá para notar que essa geração possui os cantos mais arredondados e um visual mais limpo. De resto, as outras especificações seguem a mesma linha da geração anterior. O display e-ink conta com tela de 6 polegadas, antirreflexo, com resolução de 167 pixels por polegada. A memória é de 4 GB (o que é o suficiente para armazenar centenas de eBooks) e no Brasil só temos a versão com Wi-Fi. Como sempre, a mudança de página é feita por meio de um toque na tela touch, que não possui um tempo de resposta como a do seu smartphone. Sim, ainda é necessário um pouco mais de paciência, mas nada que comprometa a usabilidade do aparelho. Tudo isso pesando 174 g, aproximadamente 15 g a mais que a versão antiga. Mas, mesmo assim: leve, bem leve.

Colocando para funcionar

O botão de ligar/desligar continua embaixo do aparelho. Apertando pela primeira vez, aparece a opção para você configurar o Wi-Fi. Feito isso, é preciso se conectar a uma conta na Amazon. Se você não possui, o que eu duvido, pode criar uma no próprio dispositivo de forma bem simples. Depois, basta ajustar o horário do seu Kindle.

Detalhe do botão de ligar do KindlePorta micro-USB e botão de liga/desliga continua na parte inferior do aparelho.Crédito: Sam Rutherford/Gizmodo

Com isso feito, chegam os recursos opcionais. Estes você pode recusar clicando em "Agora Não", "Não, obrigado" ou simplesmente avançando. São eles: baixar o aplicativo Kindle no seu celular, dicas de navegação e recomendações de livros. Essa última, dividida em três partes: escolha de gênero, classificação de livros e recebimento de amostras para possível download.

Todo esse trâmite, claro, é feito uma única vez. Nas outras, basta apertar o botão de ligar/desligar e você será levado à última página visitada, seja ela a de um livro, a loja ou a tela inicial. Basicamente, continua tudo igual.

Lendo (e no escuro)

Passada a fase do reconhecimento do aparelho, vamos ao que interessa – e ao que ele se propõe: ser um leitor de livros. Baixei a recomendação da autobiografia da Rita Lee e comecei a ler em um ambiente controlado, meu quarto e à luz do dia.

A primeira impressão foi: como é bom ler com uma mão só, vai bastar eu afastar um pouquinho o polegar e já vai mudar de página. Lindo! Na prática, nem tanto. Por ser pequeno (160x113x8.7), boa parte do aparelho é ocupado pela tela. Ou seja, sobra pouco espaço para você segurar o Kindle. Isso me exigiu uma certa adaptação, até mudei de página sem querer umas duas/três vezes. Porém, em pouco tempo, é possível se acostumar com o tamanho e o formato, aí tudo isso deixa de acontecer. E, então, sim: é lindo mesmo ler com uma mão só.

A segunda impressão também foi em relação ao tamanho, não do aparelho em si, mas sim da quantidade de texto que cabe na tela. Achei que precisaria "virar a página" muito mais vezes, em comparação a um livro físico, e isso seria chato. Bom, me surpreendi. Não me incomodei nem um pouco com isso. Vale ressaltar que li sempre com o tamanho da fonte no "Padrão". Caso você coloque no "Grande", talvez possa passar a ser uma questão. De qualquer maneira, é tão simples ir para próxima página que acredito que não seja um problema mesmo.

Detalhe da fonte do KindleCrédito: Sam Rutherford/Gizmodo

Já sobre a resolução da tela (167 ppi), ela dá conta do recado. Passa longe de ser excepcional, mas é nítida o suficiente para você ler por bastante tempo e não se incomodar. A não ser que a fonte seja pequena, como em uma nota de rodapé, ou em uma análise de gráfico, por exemplo. Aí, sim, a legibilidade fica um pouco afetada. Nitidez a parte, a tela é realmente sem reflexo, como se fosse um papel. E isso é tanto no meu ambiente controlado, como sob a luz do sol.

Por falar em sol, isso nos leva à estrela do aparelho: a luz embutida de 4 LEDs. É esse o diferencial desse Kindle. É isso o que, de fato, o faz ser a evolução do modelo básico anterior. De modo geral, a luz ilumina bem o texto, não irrita e não impede que você leia por períodos longos. Em alguns momentos, achei que a luminosidade poderia ser um pouco melhor distribuída. Talvez, os 5 LEDs do Paperwhite, modelo da categoria acima, seja o ideal. Mesmo assim, a luz embutida do Kindle básico foi bem implementada, não há dúvidas.

Além disso, a luz basicamente só ilumina o próprio eReader e, no máximo, o próprio leitor. Com isso, ela não atrapalha, por exemplo, quem está do seu lado se você, assim como eu, costuma ler antes de dormir, já na cama.

Por sinal, foi por este costume que comecei a ler no escuro. Com os livros físicos, sempre precisava levantar da cama para apagar a luz – e isso não era nada bacana, ainda mais no inverno. Com este Kindle, eu simplesmente terminava de ler, colocava ele do lado e já estava pronta para dormir. Esse fato, por si só, já faz a iluminação embutida ser uma grande vantagem, mas não para por aí. Como já descrito acima, a luz não cansa a vista. E é essa a melhor parte.

Funcionalidades

Entre as funcionalidades de praxe disponíveis, temos a opção de marcar trechos nos livros, procurar o significado das palavras no dicionário, buscar resultados na Wikipédia e traduzir o conteúdo no tradutor. Para consultar a Wikipedia, é necessário estar conectado; já no caso do dicionário, existe a opção de baixá-lo. Para ativar esses recursos, basta segurar a palavra desejada por alguns poucos segundos e depois soltar. Logo em seguida, aparecerá o menu e uma régua para você acrescentar ou cortar elementos. Nenhuma novidade também.

Confesso que não usei muito essas funções, mas entendo o porquê delas estarem ali – menos a Wikipedia, talvez. Como sou acostumada com a leitura de livros físicos e preciosista o suficiente para não ter coragem de marcá-los, para mim não é natural grifar um parágrafo ou uma frase que seja. No entanto, acho algo bacana e bem útil, principalmente se você está lendo para uma pesquisa, curso ou qualquer coisa do gênero. Talvez, com mais tempo de e-reader, eu passe a ser adepta.

A função de dicionário é mais ou menos a mesma lógica: para mim não foi necessária nos livros que li, mas em outros pode ser. Ou seja, é importante ela estar à disposição. Já a Wikipedia, é menos usual, sem sombra de dúvidas. Eu, por exemplo, não me imagino usando. Não em condições normais de temperatura e pressão.

De todas, a que eu acho mais interessante de comentar é a de tradução. Para quem lê em outro idioma isso é uma mão na roda. Bom, pelo menos para mim foi enquanto eu arriscava ler um livro em espanhol. Ah, que fique claro: eu não domino o espanhol, só acho que sei me virar como uma boa brasileira. Então, sempre que tinha uma dúvida, selecionava a palavra, via a tradução e voltava a ler. Tudo bem rápido e, claro, sem precisar sair do livro.

Bateria

Quando peguei este Kindle e o liguei pela primeira vez, ele estava com 10% de bateria. Resolvi configurá-lo e depois já colocar para carregar. Conectei o cabo USB ao meu notebook e foram (quase) cinco longas horas para atingir o nível de 100%. Como eu estava trabalhando pelo computador, não foi um grande problema, mas senti que demorou. Se você quiser que seja mais rápido, a minha dica é realmente usar um adaptador de tomada – lembrando que esse acessório não acompanha o e-reader. Ou você compra a parte (R$79,00 na Amazon) ou utiliza um que já possua em casa.

Traseira do Kindle continua emborrachadaA traseira do Kindle continua emborrachada. Crédito: Sam Rutherford/Gizmodo

Com a bateria a 100%, comecei a ler pelo dispositivo. Foram duas semanas com ele, lendo em média uma hora por dia, quase sempre com o Wi-Fi desligado e a iluminação em geral no nível 15. Quando chegou o dia de devolver o aparelho, ainda restava bateria (22%). Realmente, dá para usar (bem) e esquecer que precisa carregar.

Inclusive, logo em seguida a essa percepção, fui comparar com a informação disponível no próprio site da Amazon: "uma única recarga dura até 6 semanas, baseando-se em uma leitura diária de meia hora com o Wi-Fi desligado e iluminação no nível 13.". Olha, não sei se chega a seis semanas, mas a autonomia continua sendo boa.

Mas e aí, vale?

A décima geração da versão mais básica do Kindle entrega bem o que ela se propõe a entregar. De modo geral, foi uma experiência positiva. A evolução, em comparação ao modelo mais antigo, acontece pela iluminação embutida de 4 LEDs mesmo. E, apesar de ter sentido que ela poderia ser mais uniforme em alguns momentos, é um bom incremento ao aparelho mais barato da linha e dá conta do recado.

Se você não se incomoda com a definição da tela, acredita que 4 GB sejam suficientes (o que eu também acho) e não tem planos de ler enquanto relaxa na piscina, talvez valha a pena optar por esse basicão mesmo ao invés de desembolsar uma grana a mais no modelo acima da categoria, o Paperwhite.

Agora, se você quer um e-reader mais robusto (e aqui falando da maioria das especificações, inclusive a iluminação), o Paperwhite pode ser uma boa opção. Principalmente porque a disparidade de preço entre os dois modelos caiu um pouco, e a Amazon sempre faz promoções bem interessantes.

Se você já tem um Kindle e ele funciona razoavelmente bem, talvez não valha a pena trocar — a não ser que você faça muita questão da iluminação. De certa forma, isso é proposital, até por uma estratégia da Amazon. A ideia da empresa não é necessariamente ganhar vendendo dispositivos, mas livros eletrônicos.

Seja qual for a escolha, estará em boas mãos. Eu mesma me rendi: daqui em diante, para o vai e vem diário, vou trocar os quilos extras dos livros físicos por alguns poucos gramas de um Kindle. A coluna agradece.

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