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- Novo método usa movimentos sutis das pessoas para detectar vídeos deepfake
- Cientistas capturam pela primeira vez uma imagem dos anéis de Urano
- A ameaça de armas impressas em 3D está ficando esquisita e assustadora
- NASA encontra pico de metano em Marte, sinalizando para potencial sinal de vida no planeta
Novo método usa movimentos sutis das pessoas para detectar vídeos deepfake Posted: 23 Jun 2019 02:10 PM PDT A qualidade e velocidade em que vídeos falsos podem ser feitos usando redes neurais e deep learning prometem tornar a próxima eleição presidencial nos EUA, no ano que vem, um pesadelo. Mas, ao explorar algo negligenciado nas atuais técnicas de deepfake, pesquisadores encontraram uma forma automatizada de detectar vídeos falsos. Vídeos deepfake estão longe de serem perfeitos. Criados a partir de gigantescas bibliotecas de imagens tiradas da internet, estes arquivos são gerados em baixa resolução (o que ajuda a ocultar as imperfeições) e parecem excessivamente compactados. Mas a tecnologia está melhorando a um ritmo surpreendente, e falhas no processo, como vídeos deepfake que eram fáceis de detectar porque as pessoas nunca piscam, estão melhorando rapidamente para torná-los cada vez mais verossímeis. É uma corrida armamentista em que nenhum dos lados vai deixar a evolução de lado. No entanto, os pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley e da Universidade do Sul da Califórnia acreditam que eles desenvolveram a próxima arma de batalha neste ramo ou, em bom português, eles acham que conseguem identificar com precisão vídeos falsos. Usando um processo semelhante ao modo como os deepfakes são criados — estudando as imagens existentes da atual safra de candidatos presidenciais —, eles treinaram uma inteligência artificial para procurar a presença de uma "assinatura biométrica suave" de cada pessoa. Parece complicado, mas quando falamos, todos nós temos maneiras sutis, porém únicas, de movimentar nossos corpos, cabeças, mãos, olhos e até lábios. Tudo é feito subconscientemente — você não percebe o que seu corpo está fazendo, nem sua mente imediatamente reconhece quando outra pessoa está fazendo — mas, como resultado, é um detalhe que as técnicas atuais de deep Learning não levam em consideração para criar um deepfake. Em um teste, a nova inteligência artificial conseguiu identificar com precisão o vídeo deepfake em 92% das vezes, incluindo vídeos criados usando diversas técnicas, inclusive aqueles com qualidade de imagem degradada por serem muito comprimidos. Os pesquisadores planejam melhorar a taxa de sucesso da inteligência artificial ao considerar a cadência e características da voz da pessoa. No entanto, a realidade é que as técnicas de deepfake estão evoluindo e melhorando a tal ponto que eles deverão compensar para serem capazes de enganar esta inteligência artificial antes de 2020. Esta pesquisa representa uma vitória, mas a guerra pela busca da verdade na internet só está começando. The post Novo método usa movimentos sutis das pessoas para detectar vídeos deepfake appeared first on Gizmodo Brasil. |
Cientistas capturam pela primeira vez uma imagem dos anéis de Urano Posted: 23 Jun 2019 11:01 AM PDT Os astrônomos captaram uma primeira imagem da radiação emitida diretamente pelos anéis de Urano. Os cientistas sabem há algumas décadas que o planeta tem anéis discretos, que emitem ondas fracas, mas há muita coisa que permanece misteriosa neles, como sua composição, sua massa e o tamanho de suas peças individuais. Pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley e da Universidade de Leicester, no Reino Unido, usaram dois telescópios que ficam no Chile para medir a radiação das peças que compõem os anéis de Urano. Estas são as primeiras observações dos anéis em comprimentos de onda de rádio e infravermelho médio. Antes disso, os cientistas observaram que os anéis de Urano bloqueiam a luz das estrelas atrás deles. Isso pôde ser visto da Terra e da sonda Voyager 2. Imagens desse fenômeno também tinham sido capturadas pelo Telescópio Espacial Hubble e usando telescópios infravermelhos no solo. Essas medições demonstraram que o planeta tem dez anéis finos, três anéis mais espessos e pelo menos 13 pequenas luas que orbitam dentro dos anéis. Mas os anéis são pequenos e escuros — mesmo o mais largo tem apenas algo entre 20 e 100 quilômetros de largura, de acordo com um comunicado da Universidade de Berkeley. Isso é muito menor que os anéis de Saturno. Todas essas medições anteriores não observaram os anéis diretamente; eles se baseavam no fato de os anéis bloquearem outras luzes ou refletirem a luz do sol. Para este estudo mais recente, os pesquisadores basearam-se em observações de três diferentes comprimentos de onda de ondas de rádio capturadas pelo telescópio Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), bem como um comprimento de onda de radiação infravermelha detectada pelo instrumento VISIR, do Very Large Telescope (VLT). Ambos os instrumentos ficam no Chile. Os anéis emitem quase toda essa radiação. As novas observações permitiram determinar a temperatura dos anéis, que é um frio de 77 graus acima do zero absoluto, ou -196°C, de acordo com o artigo publicado no The Astronomical Journal. A pesquisa também confirma uma hipótese talvez surpreendente sobre o anel mais brilhante de Urano, baseado em observações da Voyager 2: ele é composto apenas de partículas maiores do que um centímetro em vez de poeira microscópica. "Uma pequena parte está faltando nos principais anéis de Urano. O anel mais brilhante, epsilon, é composto por rochas maiores e do tamanho de bolas de golfe ", disse Imke de Pater, professor de astronomia da Universidade da Califórnia em Berkeley, no comunicado de imprensa. Os pesquisadores esperam continuar estudando os anéis do planeta com futuros telescópios, e talvez seja finalmente a hora de revisitarmos Urano. The post Cientistas capturam pela primeira vez uma imagem dos anéis de Urano appeared first on Gizmodo Brasil. |
A ameaça de armas impressas em 3D está ficando esquisita e assustadora Posted: 23 Jun 2019 08:20 AM PDT Um estudante que mora Londres foi condenado por usar uma impressora 3D para fazer uma arma — que não se parecia em nada com uma arma. Na quarta-feira (19), Tendai Muswere se declarou culpado de fabricar uma arma de fogo letal com uma impressora 3D depois de assistir a vídeos sobre o assunto na internet. A arma em questão se assemelha a um revólver pimenteiro, popular no início do século 19 nos EUA. Muswere diz que ele fez a arma para um projeto de filme universitário “distópico”, mas também há evidências de um novo movimento global de fabricação de armas com impressoras 3D que acontece nos cantos escuros da internet. É muito estranho, mas é real e é assustador. A polícia diz que Muswere é a primeira pessoa condenada na Grã-Bretanha por fabricar uma arma com uma impressora 3D. Autoridades inicialmente invadiram sua casa investigando uma acusação relacionada a drogas em outubro de 2017 e encontraram componentes de uma arma feita por uma impressora 3D. Eles então encontraram mais peças em uma busca feita em fevereiro de 2018. Muswere alegou que ele imprimiu a arma de fogo para um projeto de filme “distópico” — ele não forneceu detalhes adicionais sobre o projeto. A polícia também disse que ele planejava revestir os canos das armas impressas em 3D com aço para torná-las letais. Isso tudo já seria bastante assustador por si só. No entanto, no mês passado, a Wired UK informou sobre uma nova onda de entusiastas de armas feitas em impressoras 3D, que compartilham projetos em locais como Discord e fóruns de controle de armas online. Os planos variam desde pistolas Glock 17 até AR-15, e há entusiasmo pela disseminação sem lei dos projetos digitais de armas de fogo. Eles chamam seu grupo de Deterrence Dispensed (Dissuasão Dispensada, em tradução livre), que é uma referência óbvia à Defense Distributed, a organização que iniciou o debate sobre armas de fogo impressas em 3D nos Estados Unidos. Jake Hanrahan, da Wired UK, conversou com um membro da comunidade que usa o apelido Ivan the Troll: Eles estão enviando esses arquivos individualmente em serviços como o Spee.ch, um site de hospedagem de mídia apoiado pelo blockchain LBRY, e eles não esperam que nenhum tipo de permissão. Eles criaram seus próprios projetos de armas impressas em 3D, modificaram os antigos e os mantêm disponíveis gratuitamente no Defense Distributed. Um estudante que mora Londres foi condenado por usar uma impressora 3D para fazer uma arma — que não se parecia em nada com uma arma. Na quarta-feira, Tendai Muswere se declarou culpado de fabricar uma arma de fogo letal com uma impressora 3D depois de assistir a vídeos sobre o assunto na internet. A arma em questão se assemelha a um revólver pimenteiro, popular no início do século 19 nos EUA. Muswere diz que ele fez a arma para um projeto de filme universitário “distópico”, mas também há evidências de um novo movimento global de fabricação de armas com impressoras 3D que acontece nos cantos escuros da internet. É muito estranho, mas é real e é assustador. Isso tudo já seria bastante assustador por si só. No entanto, no mês passado, a Wired UK informou sobre uma nova onda de entusiastas de armas feitas em impressoras 3D, que compartilham projetos em locais como Discord e fóruns de controle de armas online. Os planos variam desde pistolas Glock 17 até AR-15, e há entusiasmo pela disseminação sem lei dos projetos digitais de armas de fogo. Eles chamam seu grupo de Deterrence Dispensed (Dissuasão Dispensada, em tradução livre), que é uma referência óbvia à Defense Distributed, a organização que iniciou o debate sobre armas de fogo impressas em 3D nos Estados Unidos. Jake Hanrahan, da Wired UK, conversou com um membro da comunidade que usa o apelido Ivan the Troll:
Parece um jogo, mas é um jogo que gira em torno da criação e disseminação de projetos de armas feitas em impressoras 3D. A fabricação e a venda desse tipo de artefato já foram banidas pela Assembleia Legislativa de Nova York e também são ilegais no Reino Unido. No entanto, é preocupante ver um crescimento internacional do movimento de armas feitas em impressoras 3D a ponto de voltar a ser manchete O debate sobre armas de fogo desse tipo estava quieto desde que o fundador da Defense Distributed, Cody Wilson, foi preso e acusado de agressão sexual a um menor no ano passado. O ativista tinha sido o rosto público de um movimento para projetos públicos de armas desde 2012, e as acusações de abuso sexual rapidamente levaram ao seu desligamento da Defense Distributed. Sem um líder claro, no entanto, parece que o movimento da arma impressa em 3D se tornou amorfo e inevitavelmente resiliente. Nós não sabemos onde Muswere conseguiu os projetos para imprimir uma arma em 3D, mas sabemos que ele foi capaz de fazer isso. Essa é a próxima fase assustadora deste ameaçador movimento tecnológico. Não existe uma organização necessariamente ligada à descoberta de uma arma impressa em 3D. Os projetos estão abertos, na internet. As pessoas com meios podem usá-los para imprimir armas de fogo, e talvez mais motivos obscuros, como um projeto de filme distópico, expliquem por que estão fazendo isso. Fato é que essas pessoas estão fazendo isso, e nossa realidade está cada vez mais próxima de um filme distópico. The post A ameaça de armas impressas em 3D está ficando esquisita e assustadora appeared first on Gizmodo Brasil. |
NASA encontra pico de metano em Marte, sinalizando para potencial sinal de vida no planeta Posted: 23 Jun 2019 06:44 AM PDT O rover Curiosity, da NASA, descobriu "quantidades surpreendentemente altas de metano no ar de Marte" na última quarta-feira (19), no que pode ser potencialmente um sinal de vida no Planeta Vermelho, segundo reportou o New York Times neste sábado (22). A detecção de metano seria uma grande descoberta, pois, como observado pelo Times, ele decompõe-se no período de alguns séculos devido à luz do Sol e às reações químicas — o que significa que teria que ter sido gerado recentemente em termos históricos. Altos níveis de metano poderiam ser gerados no subsolo por micróbios chamados metanogênicos que sobrevivem sem oxigênio e produzem o gás como subproduto metabólico. O cientista do projeto, Ashwin R. Vasavada, disse à equipe de ciência da Curiosity em um e-mail: "Dado este resultado surpreendente, nós reorganizamos o fim de semana para fazer um experimento de acompanhamento", escreveu o Times. As observações de quarta-feira são mais de três vezes maiores que a de um pico repentino detectado em 2013, que durou vários meses; após não encontrar nada após seu pouso em 2012, a Curiosity detectou aproximadamente 7 partes por bilhão de metano no fim de ano. As medições mais recentes são de 21 partes por bilhão. No entanto, também é possível que o rover Curiosity tenha detectado bolsões de metano vazando dentro da superfície, segundo o jornal norte-americano, e as leituras são apenas preliminares. Quando o metano foi detectado de forma semelhante na superfície de Marte em 2004, os cientistas disseram que o metano também poderia ser gerado por reações geotérmicas envolvendo água e calor, embora o mecanismo exato pelo qual isso poderia ocorrer em Marte permanecesse uma questão em aberto. (Desde então, pesquisas sugeriram que Marte pode não ser tão geologicamente inerte quanto se pensava anteriormente). Diz o Times:
O cientista Marco Giuranna, do Instituto Nacional de Astrofísica da Itália, que lida com medidas de metano feitas pelo orbitador Mars Express, disse que os cientistas da Mars Express, Curiosity e Trace Gas Orbiter estavam discutindo as descobertas, mas que ainda "há muitos dados a serem processados". O rover Curiosity agora foi desviado de seu trabalho científico programado para acompanhar as leituras de metano, de acordo com o Times, com mais dados esperados para esta segunda-feira (24). The post NASA encontra pico de metano em Marte, sinalizando para potencial sinal de vida no planeta appeared first on Gizmodo Brasil. |
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