segunda-feira, 5 de agosto de 2019

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Inventor francês conseguiu atravessar o Canal da Mancha com sua prancha voadora

Posted: 04 Aug 2019 01:12 PM PDT

Todos nós conhecemos aquele velho ditado: se não acontecer na primeira, vá tentando até conseguir. Às vezes, você só precisa se recompor, pegar sua prancha voadora e simplesmente tentar mais uma vez atravessar o Canal da Mancha.

Depois que o inventor Franky Zapata fracassou em sua tentativa inaugural no mês passado, ele finalmente conseguiu completa sua jornada do litoral da França até o Reino Unido neste domingo (4), segundo o Guardian, transformando a possibilidade de uma invasão por meio de pranchas voadoras algo totalmente viável.

Você pode ver o voo de Zapata no vídeo abaixo.

O militar da reserva de 40 anos usou o seu Flyboard, uma prancha voadora desenhada por ele próprio, para fazer uma viagem de 35 km, parando no meio do caminho para reabastecer com querosene, que estava amarrado às suas costas (o dispositivo só pode funcionar por 10 minutos). O trajeto entre Sangatte, na França, e Dover, no Reino Unido, levou cerca de 20 minutos.

"Fizemos uma máquina há três anos…e agora nós atravessamos o Canal. É uma loucura. Se isso é um evento histórico, não serei eu que vou decidir. O tempo dirá", disse Zapata à BBC depois de completar o trajeto.

Zapata tem desenvolvido a tecnologia de sua prancha voadora há três anos (ele inventou um hoverboard movido à agua em 2011 que levava o mesmo nome) em parte com a ajuda de uma concessão militar francesa que recebeu recentemente, no valor de US$ 1,4 milhão. No mês passado, Zapata impressionou ao voar com sua prancha durante o Dia da Bastilha, enquanto segurava um rifle. Isso fez com que o ministro das Forças Armadas da França dizer que o aparato poderia ser usado "como uma plataforma logística voadora ou como uma plataforma de assalto", segundo o Guardian.

Agora, se você estiver preocupado com uma invasão de supersoldados, não precisa ter medo: Zapata também disse em 2017 que estava trabalhando com as forças armados do EUA para criar um dispositivo semelhante para combate. Com sorte, eles terão descoberto uma forma de superar o limite dos 10 minutos até a 3ª Guerra Mundial.

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Amazon adiciona opção para que terceirizados não ouçam ordens feitas à Alexa

Posted: 04 Aug 2019 10:20 AM PDT

Usuários da Alexa que não querem que suas gravações sejam analisadas por terceirizados finalmente terão a opção de cancelar este tipo de audição, graças a uma nova política da Amazon implementada em meio a críticas crescentes contra a empresa e seus concorrentes, Apple e Google.

Esta política entrou em vigor na última sexta-feira (2), informou a Bloomberg, com a adição de um novo aviso de isenção no menu de configurações do aplicativo Alexa sobre a possibilidade de revisão humana junto com a opção de ativar ou desativar permissões para isso.

Infelizmente, a Amazon nunca facilitou a exclusão da coleta de dados em seus dispositivos, e essa nova política não contraria essa tendência. De acordo com a Bloomberg, os usuários precisam acessar o menu configurações, navegar até a "Alexa Privacy" e finalmente tocar na opção "Gerenciar como seus dados melhoram a Alexa" para ver o seguinte texto: "Com esta opção ligada, suas gravações de voz podem ser usadas para desenvolver novos recursos e revisados manualmente para ajudar a melhorar nossos serviços. Apenas uma fração extremamente pequena de gravações de voz é revisada manualmente".

Anteriormente, os clientes só podiam recusar permissões para que suas novas gravações fossem usadas para ajudar a desenvolver novos recursos do dispositivo. Um porta-voz da Amazon disse ao Gizmodo que selecionar essa opção também os tirou da disputa por "revisão manual". No entanto, o fato de que estranhos poderiam analisar sua solicitação de Alexa nunca foi explicitamente explicado nesta configuração nem nos termos e condições da assistente de voz.

Embora soubéssemos que os prestadores de serviços da Amazon estavam ouvindo as gravações da Alexa desde abril, a empresa permaneceu quieta sobre fazer mudanças de política até agora, mesmo quando a Apple e o Google suspenderam temporariamente a prática após notícias semelhantes de seus próprios assistentes de voz. No caso deste último, um desses funcionários vazou mais de mil gravações do Google Assistente para um site de notícias belga no mês passado, o que motivou um pedido para que o Google suspendesse a prática de um observatório da privacidade na Europa, informou o TechCrunch.

Isso não quer dizer que a revisão humana dessas gravações de assistentes de voz esteja se tornando coisa do passado. Empresas como Amazon, Apple e Google têm feito avanços em software artificialmente inteligentes. Mas, como relatado anteriormente pelo Gizmodo, a tecnologia ainda necessita da sofisticação necessária para perder completamente o fator de treinamento humano. Essas controvérsias nos últimos meses parecem estar empurrando as empresas na direção de uma maior transparência sobre a prática, no entanto, os usuários podem pelo menos escolher se seus pedidos de Alexa ecoam além do dispositivo.

Um porta-voz da Amazon disse em um e-mail ao Gizmodo que a empresa adicionará "alguma nova linguagem" à nova página de FAQ (Perguntas mais frequentes) da sua assistente de voz. Depois de uma rápida comparação com a forma como a página apareceu eu julho por meio do Wayback Machine, parece que essa noa versão já está em vigor. A página de perguntas frequentes agora apresenta mais detalhes ao responder uma pergunta sobre como as gravações de voz de um usuário ajudam a treinar a Alexa:

"Esse treinamento depende, em parte, do aprendizado de máquina supervisionado, uma prática padrão do setor em que os humanos analisam uma amostra extremamente pequena de solicitações para ajudar a Alexa a a entender a interpretação correta de uma solicitação e fornecer a resposta apropriada no futuro".

A página anterior de FAQ da Alexa não mencionava nenhum processo de revisão humana. "Nosso processo de aprendizado supervisionado inclui várias salvaguardas para proteger a privacidade do cliente", continua a nova página, seguida de uma explicação sobre como alternar permissões para que os contratados revisem suas gravações.

O mesmo porta-voz da Amazon também repetiu a seguinte declaração fornecida para nossa cobertura anterior das gravações de voz da Amazon ouvidas por terceiros:

"Levamos a sério a privacidade dos usuários e revisamos continuamente nossas práticas e procedimento. Para a Alexa, já oferecemos aos clientes a possibilidade de optar por não ter suas gravações de voz usadas para ajudar a desenvolver novos recursos da Alexa. As gravações de voz de clientes que usam esses opt-outs [cláusula de auto-exclusão] também são excluídas de nossos fluxos de trabalho de aprendizado supervisionado que envolvem a revisão manual de uma amostra extremamente pequena de solicitações da Alexa. Também atualizaremos as informações que fornecemos aos clientes para tornar nossas práticas mais claras."

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Groenlândia registra perda histórica de 12,5 bilhões de toneladas de gelo em apenas um dia

Posted: 04 Aug 2019 08:10 AM PDT

Após a Groenlândia passar boa parte de julho atingida por incêndios, a onda de calor da última semana atingiu o manto de gelo do país, provocando um colapso de cerca de 60% de sua superfície. Somente na quinta-feira (1º), novos dados mostram que a plataforma de gelo perdeu 12,5 bilhões de toneladas com o derretimento da superfície, sua maior perda já registrada em um único dia, informou o Washington Post.

A última vez que a Groenlândia teve um colapso desse tamanho foi em 2012, quando sua camada de gelo levou mais de 10 bilhões de toneladas de gelo escoadas para o oceano, segundo dados do Polar Portal.

Cientistas chegaram a esse número alarmante baseado em estimativas de modelos computacionais que fazem referência a dados de satélites e de outras fontes. De acordo com o Washington Post, um pesquisador sênior do Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo, Ted Scambos, explica o processo:

"Este modelo, que usa dados meteorológicos e observações para construir um registro de gelo e queda de neve, e uma mudança líquida na massa da camada de gelo, é notavelmente preciso. Eu aceitaria o resultado de 12,5 bilhões de toneladas [perdidos] de gelo em um dia como um fato, e esta cifra é a maior em um único dia desde 1950."

Foi na década de 1950 que começou o registro da perda de massa diária da camada de gelo. Imagens de satélite incluídas na cobertura do Gizmodo recentemente mostram quão difundido o derretimento se tornou com o derretimento da neve claramente visível nas bordas da manta de gelo. O vídeo compartilhado no Twitter também revelou que em um ponto o escoamento derretido se tornou tão severo que se transformou em rios carregados de sedimentos de água corrente. O Washington Post relata que no total o manto de gelo perdeu 197 bilhões de toneladas de escoamento durante julho.

Tradução: Este é um derretimento glacial rugindo, sob a ponte para Kangerlussiauq, na Groenlândia, onde hoje a temperatura é de 22 graus Celsius e autoridades dinamarquesas dizem que 12 bilhões de toneladas de gelo derretido em 24 horas, ontem.

À medida que o tempo quente diminui nos próximos meses, partes da camada de gelo da Groenlândia começarão lentamente a se solidificar mais uma vez, mas veremos os efeitos das 12,5 bilhões de toneladas de gelo perdidas no oceano por muito tempo na elevação do nível de mar.

[The Washington Post]

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Cientistas foram à China para criar embriões híbridos de humanos e macacos

Posted: 04 Aug 2019 06:12 AM PDT

Uma colaboração internacional afirma ter criado embriões híbridos de macacos humanos na China. Perturbadoramente, a pesquisa pode resultar em macacos capazes de produzir órgãos humanos para transplantes, levando a uma série de preocupações éticas.

Uma pesquisadora envolvida no experimento, a bióloga Estrella Núñez, da Universidade Católica de Murcia (UCAM), confirmou a conquista para o site de notícias espanhol El País. O projeto está sendo liderado por Juan Carlos Izpisúa Belmonte, que dirige um laboratório no Instituto Salk, nos Estados Unidos.

Poucos detalhes são conhecidos, mas o experimento, no qual os pesquisadores criaram embriões de macaco-humanos híbridos usando células-tronco humanas, é "um importante passo para a meta final de converter animais de outras espécies em fábricas de órgãos para transplantes", relata o El País. Todos os embriões híbridos foram destruídos após 14 dias e nenhum macaco foi produzido durante o experimento.

Lamentavelmente, Núñez vazou esses detalhes para o El País antes da publicação de um estudo formal. Dito isso, ela descreveu os resultados como “muito promissores”, e disse que o artigo está atualmente pendente de revisão por especialistas em uma “prestigiosa revista científica internacional”, relatou o El País.

Anteriormente, Izpisúa Belmonte tentava cultivar embriões de porco usando células-tronco humanas, mas essas células não conseguiram se firmar suficientemente depois que os fetos de porco híbridos foram implantados em porcas. O objetivo deste experimento foi testar a viabilidade de usar porcos para cultivar órgãos humanos para transplantes. As deficiências desse experimento, no entanto, podem ter levado Izpisúa Belmonte aos supostos experimentos com macacos – e por consequência, a um laboratório não revelado na China.

De fato, a razão pela qual os experimentos foram conduzidos na China, e não na Espanha ou nos Estados Unidos, continua sendo uma questão em aberto, mas pode ter a ver com as leis chinesas envolvendo pesquisa transgênica. Nos Estados Unidos, por exemplo, os fundos federais não podem ser usados ​​para criar híbridos de humanos e animais, isto é, organismos nos quais as características humanas e animais foram combinadas.

Como informamos no início desta semana, o Japão tornou-se o primeiro país a aprovar a criação de embriões de animais com células humanas e depois levá-los até o nascimento. O trabalho com híbridos de humanos e animais foi sancionado na Espanha há dois anos, mas os pesquisadores da UCAM foram à China devido à falta de infraestrutura adequada na Espanha, disse Núñez ao El País.

Segundo o jornal, os pesquisadores criaram os embriões de macacos humanos da seguinte forma: primeiro, os pesquisadores criaram embriões de macacos modificados geneticamente nos quais os genes responsáveis ​​pela formação normal de órgãos foram desativados. Células-tronco embrionárias humanas foram então injetadas nesses embriões de macacos. As células-tronco são especiais porque são capazes de se transformar praticamente em qualquer outro tipo de célula no corpo. Neste caso, os pesquisadores esperavam ver as células-tronco humanas assumirem o desenvolvimento dos órgãos do macaco. Como observado, os embriões foram aparentemente destruídos após 14 dias, de acordo com as diretrizes experimentais padrão.

O suposto ponto dessa pesquisa é, eventualmente, realizar uma bioengenharia de macacos de tal forma que eles sejam capazes de produzir órgãos, como rins ou fígados, compostos de células humanas, que poderiam então ser colhidos e usados para transplantes. Os híbridos com órgãos humanos também poderiam ser usadas em estudos para testar a eficácia e segurança de novos medicamentos ou outras intervenções médicas. Ou, como Pablo Ross, pesquisador veterinário da Universidade da Califórnia, em Davis, disse ao MIT Technology Review, os embriões de macacos híbridos poderiam ser usados ​​para explorar "questões de distância evolutiva e barreiras interespécies".

Pesquisas não relacionadas feitas em macacos resultaram em macacos "humanizados" com autismo, e macacos clonados projetados para ter predisposição à ansiedade, depressão e até mesmo comportamentos semelhantes à esquizofrenia. Os macacos são considerados modelos experimentais ideais devido à sua semelhança com os seres humanos, tanto física como cognitivamente, e porque a pesquisa sobre macacos está progressivamente sendo eliminada. Infelizmente, no entanto, as semelhanças desejadas compartilhadas entre humanos e outros primatas levantam questões éticas importantes em relação ao sofrimento animal.

Em conversa com o Gizmodo, o especialista em bioética Arthur Caplan, da NYU Langone Health, expressou sua preocupação com a pesquisa relatada no El País.

A mistura de traços humanos e animais desencadeia questões éticas, especialmente nos Estados Unidos, disse ele, e as pessoas "ficam assustadas se você faz um primata parecido com um humano, seja em relação ao cérebro ou aparência física". Caplan disse que nós não estaremos prontos para este tipo de pesquisa até que os acordos internacionais que tratam dos protocolos e objetivos sejam estabelecidos. Até então, o trabalho com híbridos de humanos e animais “é prematuro”, disse ele.

Além disso, o uso de macacos para produzir órgãos humanos não faz muito sentido para Caplan, já que os órgãos de macacos "são muito pequenos, exceto talvez para crianças", disse ele. “É por isso que testamos em porcos em primeiro lugar.”

“Vazamentos de imprensa não são o caminho para fazer ciência”

Caplan também expressou preocupações sobre como os cientistas escolheram divulgar suas descobertas.

“Vazamentos de imprensa não são o caminho para a ciência”, disse Caplan ao Gizmodo. O relatório do El País fez Caplan lembrar da pesquisa feita pelo desacreditado geneticista chinês c, que usou clandestinamente a ferramenta de edição de genes CRISPR-cas9 para criar bebês humanos geneticamente modificados. O que é necessário para esse tipo de pesquisa controversa – porém importante – é "transparência, abertura, divulgação de protocolos e divulgação de objetivos desde o início", disse ele. "Quem revisou este experimento? Quem aprovou isso? Quem está financiando isso? Tudo isso precisa ser divulgado de antemão".

A ausência dessas informações, disse Caplan, leva à especulação, que por sua vez gera medo. O Instituto Salk, a UCAM e o instituto chinês contribuinte devem divulgar o que sabem sobre o experimento em vez de ficar em silêncio, disse ele. Assim, entramos em contato com Izpisúa Belmonte e o Instituto Salk para confirmar o relato do El País, mas não recebemos nenhuma resposta de nenhuma das partes até o momento da publicação.

Letitia Meynell, professora associada da Universidade de Dalhousie, disse que é “realmente deprimente ver a disposição dos cientistas em se envolver em turismo de pesquisa quando os padrões éticos de seu país tornam impossível a realização do estudo”, disse ela ao Gizmodo. "Certamente, essas são questões eticamente controversas. No entanto, os cientistas que estão dispostos a desrespeitar a ética de seus países de origem e de suas instituições devem ver-se obrigados a transformar seu estudo em um modelo para discussões sobre ética”, disse ela.

A divulgação surpresa da mídia também fez Caplan questionar os motivos dos pesquisadores.

“Isso me faz pensar se eles estão tentando fazer algum tipo de reivindicação intelectual em vez de levar a ciência adiante, ou estão tentando ser os primeiros, gerar polêmica, ou de alguma forma atrair mais dinheiro”, disse ele, afirmando que a abordagem escolhida ” joga todos os tipos de luzes difusas onde deveria haver clareza".

A falta de padrões éticos globais gera preocupação com o futuro, segundo a especialista em bioética Kerry Bowman, da Universidade de Toronto.

“Esta pesquisa mostra desrespeito por uma espécie socialmente consciente”, disse Bowman ao Gizmodo. "Embora a pesquisa até o momento tenha tido uma ‘linha vermelha’ em termos do tempo de gestação permitido para o progresso [ou seja, o limite de 14 dias], isso acabará sendo levantado. Qual é o status moral de qualquer criatura com elementos da biologia humana?"

Sem dúvida, a perspectiva de criaturas humano-animais introduz graves preocupações éticas – mas também tem potencial para um tremendo ganho médico.

Eventualmente, as biotecnologias transgênicas poderiam ser usadas para tratar uma série de problemas médicos, desde distúrbios genéticos até imunidades que combatem doenças infecciosas. Pode até ser usado para introduzir novos traços. Para chegar lá, porém, precisamos pisar com cuidado e segurança, e não às custas do sofrimento excessivo dos animais. Infelizmente, esta equipe de investigação liderada por Izpisúa Belmonte começou mal.

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