sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Gizmodo Brasil

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Chineses deverão ter rosto escaneado para contratar acesso à internet ou linha telefônica

Posted: 10 Oct 2019 03:20 PM PDT

A partir de 1º de dezembro, os cidadãos chineses deverão permitir que as operadoras de telecomunicações escaneiem seus rostos ao solicitarem acesso à Internet ou um novo número de telefone.

A nova regra foi anunciada pelo Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China (MIIT) em 27 de setembro (link em chinês). A declaração diz que o motivo das novas mudanças é “salvaguardar seriamente os direitos e interesses legítimos dos cidadãos no ciberespaço”. Além de exigir que as operadoras usem reconhecimento facial para verificar se um cliente corresponde à sua identidade, as pessoas não poderão mais transferir cartões SIM para outros.

Por fim, o MIIT deseja que as operadoras verifiquem se os telefones móveis ou fixos estão corretamente registrados com nomes reais e encerrem os que não estão. No final de sua declaração, o MIIT diz, com um certo tom ameaçador,  que "aumentará a supervisão e a inspeção, reforçará a responsabilidade da avaliação, supervisionará a implementação do trabalho [e] continuará a promover estritamente o gerenciamento de registro de nome real dos usuários de telefone".

Pode não parecer algo ruim reduzir a fraude, mas a implicação subjacente é que isso dá ao governo chinês mais um meio de controlar o que as pessoas dizem, veem e fazem online. O registro do seu rosto em troca do acesso à Internet facilita o rastreamento do que você publica nas redes sociais e dos sites que você pode acessar. O governo chinês já tem um forte controle da internet, sendo que sites como o Facebook e o Twitter são bloqueados.

Essa medida também se estende a empresas não chinesas. Na semana passada, a Apple removeu um aplicativo usado por manifestantes pró-democracia em Hong Kong, em uma tentativa de apaziguar o governo, assim como o aplicativo de notícias Quartz na China por sua cobertura dos protestos.

No início deste ano, o mecanismo de busca Bing da Microsoft foi brevemente bloqueado por razões pouco claras. E o Google vem desenvolvendo um mecanismo de busca censurado para a China. Batizado de Project Dragonfly, o buscador censurado do Google lista negativamente alguns termos de pesquisa ditados pelo governo, mas crucialmente, também vincula todas as pesquisas a números de telefone específicos. Em julho, um dos principais executivos do Google disse ao Comitê Judiciário do Senado que a empresa tinha encerrado o projeto, mas o ceticismo sobre o quão morto esse mecanismo de busca para China está, ainda permanece.

O reconhecimento facial também já tem uma presença extensa na China. Você pode encontrá-lo em aeroportos e, segundo informações, a polícia usa um sistema de reconhecimento facial para rastrear uigures, uma minoria muçulmana. Mais recentemente, o governo de Hong Kong proibiu os manifestantes de usar máscaras ou pintura no rosto – uma estratégia usada pelos manifestantes para evitar serem reconhecidos pelas câmeras com software de reconhecimento facial.

[Business Insider]

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Cartão de memória abandonado escrito “homicídio” revela morte real de mulher nos EUA

Posted: 10 Oct 2019 01:44 PM PDT

Brian Steven Smith é suspeito de ter assassinado uma mulher e filmado

Um cartão de memória microSD em que estava escrito "Homicide at midtown Marriot" (Homicídio no Marriot do centro da cidade, em tradução livre) e que continha vídeos e fotos de um assassinato brutal foi usado na prisão de um homem nos Estados Unidos.

Em 30 de setembro, uma mulher disse à polícia que tinha encontrado um cartão de memória em uma rua em Anchorage, no Alaska (EUA), próximo de Fairview, segundo reporta a rede local KTUU. O cartão continha 12 vídeos e 39 fotos que mostravam a progressão do assassinato.

Um documento do processo afirma que os vídeos mostram uma mulher sendo enforcada e um homem dizendo "apenas…morra", informa a Associated Press. As fotos mostram o corpo da vítima em um carrinho de bagagem de hotel.

Em 2 de outubro, a polícia foi alertada de que havia restos mortais de uma pessoa na rodovia Seward. As autoridades identificaram que era a mulher que estava presente nas filmagens e fotos do cartão de memória.

O porta-voz da polícia de Anchorage MJ Thim disse à rede KTUU que detetives conseguiram identificar o suspeito Brian Steven Smith, e que ele já era conhecido devido a uma outra investigação.

De acordo com o New York Times, a polícia falou com o pessoal do TownePlace Suites by Marriott Anchorage Midtown, o hotel onde ocorreu o crime, e confirmou que Smith esteve lá entre os dias 2 e 4 de setembro. O carpete do quarto correspondia com o presente nas gravações presentes no microSD.

A rede KTUU informa, citando documentos do processo, que a polícia estadual fez uma busca no celular do suspeito após obter um mandado e determinou que ele estava próximo ao local onde foram descobertos os restos mortais da vítima.

Thim disse à KTUU que a polícia prendeu Smith nesta quinta-feira (10) no aeroporto internacional Ted Stevens quando ele retornava à Anchorage. Ele agora será indiciado por assassinato.

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American Airlines espera voar Boeing 737 Max apenas em janeiro de 2020

Posted: 10 Oct 2019 12:49 PM PDT

Avião em aeroporto

A American Airlines disse nesta quarta-feira (9) que espera voltar a voar as aeronaves Boeing 737 Max em 16 de janeiro de 2020, bem depois do que a companhia esperava, após a FAA (Administração Federal de Aviação dos EUA) e o Departamento de Transportes do país assinarem as revisões destinadas a consertar as falhas que causaram a morte de 346 pessoas em dois acidentes, um na Etiópia e outro na Indonésia.

Dando uma olhada na concorrência nos EUA, a United Airlines disse que não contaria com as aeronaves 737 Max até 19 de dezembro de 2019, enquanto a Southwest Airlines não deve voar com o avião até 5 de janeiro de 2020, de acordo com o Washington Post.

O atraso, mais de um mês após o projetado pela companhia, faz da American a última companhia aérea a voltar a voar com as aeronaves. Obviamente, nem tudo pode ocorrer como planejado.

Toda a linha 737 Max está sem voar desde março. Nesse ínterim, houve alegações de que a Boeing apressou o avião com um projeto defeituoso (particularmente o MCAS, Maneuvering Characteristics Augmentation System), de que não implementou sistemas de segurança mais fortes, de que a FAA não inspecionou adequadamente os aviões. A Boeing insiste que resolveu esses problemas com várias reformas.

A companhia aérea disse em um comunicado ao Washington Post que "a American Airlines antecipa que as atualizações iminentes de software para o Boeing 737 Max levarão à recertificação da aeronave ainda este ano e a retomada do serviço comercial ocorrerá em janeiro de 2020. Estamos em contato contínuo com a FAA e o Departamento de Transportes". No entanto, em um outro comunicado ao jornal norte-americano, a FAA disse que não há um “cronograma prescrito” para o retorno do 737 Max ao serviço e não havia informado as companhias de que existe uma data em específico.

A Bloomberg relatou nesta semana que reguladores europeus não estão satisfeitos com as mudanças que a Boeing propôs e que esperam o ok da FAA, o que pode significar que o avião retornará ao serviço sem o apoio deles. Autoridades de Segurança da Aviação da União Europeia (EASA) disseram a colegas norte-americanos que um elemento das correções, com dois computadores de controle de vôo operando simultaneamente, vai contra décadas de design e não foi testado adequadamente, segundo a agência de notícias.

Um porta-voz da EASA, no entanto, negou que a agência tivesse "preocupações específicas" que a levariam a contradizer as conclusões dos EUA sobre a segurança futura do 737 Max. O sindicato dos pilotos da Southwest, no entanto, recentemente entrou com uma ação argumentando que a Boeing deliberadamente colocou os lucros à frente da segurança e "tomou uma decisão calculada de levar sua aeronave ao mercado para garantir sua participação no mercado e priorizar seus resultados".

No Brasil, o posicionamento da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) continua o mesmo desde março, quando suspendeu as operações do modelo implicado na morte de mais de 300 passageiros. A Gol, a única empresa brasileira com aviões 737 Max, também suspendeu por tempo indeterminado os voos com a aeronave.

A Boeing teve de pagar US$ 4,9 bilhões pelo prejuízo das companhias aéreas por não poderem voar as aeronaves do modelo 737 Max, além do custo dos reparos no início deste ano. A linha 737 Max chegou a ser o avião mais vendido da Boeing, mas após as duas quedas e a proibição de voo, as vendas caíram significantemente e o fabricante finalizou apenas algumas vendas da sua divisão de jatos executivos.

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Facebook classifica milhares de crianças como usuários interessados em jogos de aposta e álcool

Posted: 10 Oct 2019 11:29 AM PDT

Não deve ser nenhuma surpresa que tudo o que você faz no Facebook volta para você na forma de anúncios direcionados. Acontece, no entanto, que as ferramentas de publicidade da rede social também marcaram centenas de milhares de crianças como interessadas em jogos de azar e álcool, expondo-as a alguns anúncios não tão bons.

Uma investigação conjunta do The Guardian e da Danish Broadcasting Corporation constatou que 740 mil crianças menores de 18 anos são sinalizadas nas ferramentas de publicidade do Facebook como interessadas em jogos de aposta. Outros 940 mil estão marcados como interessadas ​​em bebidas alcoólicas. Parte da razão pela qual isso pode ter ocorrido é que o Facebook não divide as categorias de interesse por idade ou motivo.

Há muitas maneiras pelas quais essa categorização automática pode trazer problemas. Para começar, jogos exploratórios – como loot boxes (caixas de recompensa com itens aleatórios) fraudulentas – podem ter como alvo crianças marcadas como interessadas em apostas e isso tecnicamente não violaria nenhuma das regras do Facebook. (O Facebook já teve problemas no início deste ano por recusar reembolsar pais cujos filhos, sem saber, acumulavam milhares de dólares em cobranças.)

Atualmente, o Facebook lista anúncios que referenciam álcool e jogos de azar como “conteúdo restrito". Para o álcool, a página de política do Facebook declara: “Os anúncios que promovem ou referenciam álcool devem estar em conformidade com todas as leis locais aplicáveis, códigos, diretrizes, licenças e aprovações exigidas ou estabelecidas do setor, e incluem critérios de segmentação por idade e país, consistentes com as diretrizes de segmentação do Facebook e as leis aplicáveis". Para jogos de azar, a empresa diz que jogos ou loterias com dinheiro real devem ter permissão prévia por escrito e devem ter como alvo pessoas com 18 anos ou mais.

Um porta-voz do Facebook disse ao Gizmodo por e-mail: "Não permitimos anúncios que promovam a venda de álcool ou jogos de azar a menores no Facebook e nos impomos a essa atividade quando a encontramos. Também trabalhamos em colaboração com os reguladores para fornecer orientação às marcas para ajudá-las a atingir seus públicos de forma eficaz e responsável".

O problema é que o Facebook não é exatamente proativo em relação aos anúncios que violam suas políticas. Ele se baseia principalmente em um processo de revisão automatizada para anúncios que não seguem as regras.

Em um mundo perfeito, isso significa que qualquer anúncio que violasse as políticas do Facebook seria rejeitado antes de ser veiculado. No entanto, o mundo não é perfeito e nem a revisão automática. Na situação atual, os anúncios questionáveis já podem alcançar os olhos de uma criança antes que o Facebook perceba e possa agir. Os usuários podem denunciar anúncios, é claro, mas até lá não há como dizer quantas pessoas já foram alcançadas.

Em geral, o Facebook ainda não sabe como lidar com crianças em sua plataforma. Embora a rede social proíba qualquer um com menos de 13 anos de idade a criar uma conta, muitas pessoas violam essa regra e não são denunciadas. Apenas recentemente, a plataforma também parou de exibir anúncios de acessórios para armas a crianças no ano passado.

O Facebook lançou o aplicativo Messenger Kids, projetado exclusivamente para crianças a partir dos 6 anos de idade, apesar dos protestos de defensores da saúde infantil. Então, em julho passado, foi relatado que o aplicativo permitia que as crianças conversassem com estranhos não autorizados – a única coisa que ele deveria impedir.

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Engenheiros do MIT usam impressora 3D para recriar projeto genial de ponte desenhada por Da Vinci

Posted: 10 Oct 2019 09:12 AM PDT

Estudante posa ao lado de réplica feita em impressora 3D de desenho de ponte concebido por Leonardo Da Vinci

Já passaram mais de 500 anos após a morte de Leonardo Da Vinci, e pesquisadores ainda estão descobrindo quão talentoso e brilhante ele era. Arquitetos e engenheiros civis do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) usaram uma impressora 3D para criar uma réplica de uma ponte desenhada por Da Vinci, mas que nunca foi construída. Para a surpresa deles, não só deu certo, como também tinha um design revolucionário, ainda que tenha sido pensada há cinco séculos.

Segundo a história, em 1502 o sultão Bayezid II queria construir uma ponte para conectar a cidade de Istambul à cidade vizinha de Galata.

Um dos designs propostos veio de Leonardo Da Vinci, que já era conhecido por seus trabalhos científicos e artísticos na época. Em uma carta que ele enviou ao sultão, junto de um caderno cheio de esboços, Da Vinci descreveu uma ponte que atravessaria a distância proposta usando um único desenho de arco achatado, apoiado por base em quaisquer uma das margens.

As pontes da época eram tipicamente feitas com uma série de arcos semicirculares, e para percorrer a distância entre as duas cidades seriam necessários pelo menos 10 cais uniformemente espaçados entre eles para apoiar toda a estrutura. O design de Da Vinci, que facilmente permitiria que veleiros passassem por baixo dele, era radicalmente diferente (e séculos à frente de seu tempo), e é provavelmente por isso que o sultão decidiu não correr o risco. Meio milênio depois, os pesquisadores estavam curiosos para saber se teria dado certo.

Desenho de Da Vinci ao lado de esboço da réplica feita pelos estudantes do MIT
Desenho de Da Vinci (à esquerda) e as estruturas da ponte concebidas pela equipe de engenheiros e arquitetos do MIT. Crédito: Karly Bast e Michelle Xie

As notas e observações originais que descrevem a ponte não especificaram quais materiais seriam usados para construí-la ou como ela realmente deveria ser feita. Mas os pesquisadores do MIT concluíram que o único material que forneceria resistência adequada era a pedra e, com base nas técnicas de construção comumente empregadas na mesma época em que Da Vinci concebeu este projeto, a ponte provavelmente teria sido projetada para confiar na gravidade para manter todas suas peças juntas.

Para testar suas suposições, a equipe do MIT criou uma réplica em uma escala de 1:500, medindo cerca de 80 cm de comprimento, que seria montada a partir de 126 blocos de diferentes formas e tamanhos, criados por uma impressora 3D. A ponte real, se realmente tivesse sido construída, exigiria milhares de blocos de pedra cinzelados com precisão para sua montagem, mas a abordagem adotada pelo MIT para a réplica ainda lhes permitia testar adequadamente a viabilidade de seu projeto.

Não só deu certo o projeto, como a estrutura dela ficou forte e estável sem o uso de fixadores ou argamassa, mas a equipe do MIT também percebeu que Da Vinci havia criado uma maneira para minimizar movimentos laterais indesejados na estrutura, o que rapidamente levaria ao seu colapso.

Os fundamentos de ambos os lados da ponte em arco apresentavam desenhos que se estendiam para fora para adicionar uma quantidade considerável de estabilidade. A ponte ainda teria sobrevivido à maioria dos terremotos, que eram comuns naquela área, como descobriram os pesquisadores do MIT ao colocar sua réplica em duas plataformas móveis. Não era indestrutível, mas teria sido uma maravilha arquitetônica antiga.

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Uber testa opção para levar pets nos EUA

Posted: 10 Oct 2019 07:56 AM PDT

Uma das desvantagens de ter um pet e não ter um carro é que sair com ele para distâncias mais longas depende da disposição de alguém que deixe o cachorro ou gato entrar em seu carro. A Uber sabe que isso é complicado e está retomando o teste do Uber Pet para facilitar esse processo para todas as partes envolvidas.

Os motoristas da Uber são considerados contratados independentes que trabalham com seus próprios veículos e, no final das contas, é o espaço de serviço dessas pessoas. Justamente por isso, uma corrida com pet pode dar dores de cabeça tanto para quem transportar o animal de estimação quanto para o motorista.

A companhia anunciou que irá testar a partir desta semana uma opção para pets nos Estados Unidos. A iniciativa é semelhante a que já foi testada em diversos países da Ásia e da América Latina, incluindo o Brasil.

Por aqui, essa opção começou a aparecer no app em 2015, mas em 2016 o serviço foi encerrado. Segundo a Uber, "todos os serviços são pet friendly — ou seja, bichos podem ser aceitos pelos motoristas parceiros". A recomendação da companhia é que, antes de entrar no carro, o usuário avise o motorista sobre o bicho de estimação.

Com o Uber Pet, por sua vez, não é preciso ficar procurando um motorista que se sinta confortável de levar o seu animal. É só selecionar a opção que o aplicativo vai identificar os motoristas que aceitam transportá-los. Isso tem um preço: os usuários irão pagar entre US$ 3 e US$ 5 adicionais.

A opção está em testes nas cidades de Austin, Denver, Nashville, Minneapolis-St. Paul, Filadélfia, Phoenix e Tampa Bay. Nesses locais, os motoristas da Uber terão a oportunidade de optar por não transportar passageiros que estejam levando um animal.

No entanto, os motoristas que decidirem fazer parte do programa vão ficar com um “valor significativo” da taxa adicional. Pelo menos é o que diz o porta-voz da Uber, que não revelou a porcentagem exata e disse apenas que seria um número “próximo à maioria” das sobretaxas já cobradas a cada viagem. Basicamente, a Uber ainda vai lucrar com a nova cobrança.

Questionamos se os motoristas irão arcar com os custos de danos que podem acontecer no veículo enquanto transportam animais de estimação e a Uber disse que eles terão a opção de cobrar dos passageiros para cobrir eventuais estragos, conforme as diretrizes da comunidade da empresa.

Foto: Emily Lipstein/Gizmodo

O sistema convencional pode ser controverso para os motoristas que não querem aceitar corridas com animais de estimação, já que a Uber registra uma taxa de conclusão, que leva em consideração quantos pedidos foram aceitos ou cancelados.

O porta-voz da Uber disse que, nesse sistema, a avaliação dos cancelamentos é feita caso a caso, embora tenha recusado a especificar o limite de cancelamento que os motoristas devem cumprir para não ficarem na “geladeira”.

Ainda de acordo com o porta-voz, os motoristas que optarem por oferecer o Uber Pet não serão penalizados se recusarem corridas com animais de estimação que não podem ser acomodados em seus carros, caso sejam grandes demais, por exemplo.

Foto: Andrew Couts/Gizmodo

O recurso pode ajudar os passageiros a se conectarem com motoristas que estejam dispostos a transportar animais de estimação e, ao mesmo tempo, evitar o inconveniente de ter que ficar procurando corridas até que alguém aceite levar o pet.

No final das contas, cabe ao passageiro não ser mal educado – o mínimo é assegurar que seu bicho de estimação não faça uma bagunça no carro do motorista.

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Trump planeja aprovar venda de itens de empresas dos EUA para a Huawei, mas confusão ainda reina

Posted: 10 Oct 2019 06:41 AM PDT

Logo da Huawei na fachada da empresa.

O presidente dos EUA, Donald Trump, parece estar disposto a aliviar a tensão com a China e planeja emitir, em breve, licenças que permitam que algumas companhias norte-americanas forneçam produtos considerados "não sensíveis" à Huawei, segundo fontes familiarizadas com o assunto.

De acordo com os relatos,  a autorização para começar a emitir tais licenças foi sinalizada por Trump durante uma reunião na semana passada. As permissões serão concedidas apenas a algumas empresas selecionadas.

Em um e-mail ao The New York Times, um porta-voz do Departamento de Comércio dos EUA, responsável pelas licenças, disse que "até o momento, o status quo se mantém".

Apesar da medida poder ser vista como um gesto de "boa ação", seus efeitos práticos podem ser limitados, conforme aponta o jornal. Algumas empresas norte-americanas já vêm adotando estratégias para contornar o banimento imposto pelo governo e continuar a fornecer produtos para a Huawei.

Algumas fornecedoras, por exemplo, evitam identificar seus produtos como de origem norte-americana ou canalizam mais produtos fabricados fora dos Estados Unidos para a gigante chinesa.

Essa também não é a primeira vez que Trump promete liberar algumas empresas a continuarem a fornecer para a Huawei. Em junho deste ano o presidente dos EUA já havia dito o mesmo durante uma reunião com o presidente chinês Xi Jinping, causando uma confusão e oferecendo falsas esperanças.

Huawei, China e EUA

A Huawei está proibida de fazer negócios com empresas dos EUA desde maio, quando o presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva que incluiu a companhia chinesa à chamada Lista de Entidades do Departamento de Indústria e Segurança (BIS, na sigla em inglês).

Essa foi a atitude mais drástica depois de anos de tensões. A Huawei foi acusada de fornecer equipamentos não confiáveis de telecomunicações e, por isso, proibida de fazer negócios com agentes do governo norte-americano.

Além disso, a empresa foi processada pelos EUA por roubo de segredos comerciais, fraudes e obstrução de justiça. Ela processou de volta, alegando que a proibição de negócios era inconstitucional sem o devido processo legal.

Outro ponto marcante da tensão foi em dezembro de 2018, quando a diretora financeira da empresa, Meng Wanzhou, foi presa no Canadá a mando dos EUA, sob acusação de violar sanções econômicas contra o Irã. Ela aguarda um processo de extradição para os EUA. Meng Wanzhou é filha de Ren Zhengfei, fundador da Huawei.

Vale lembrar que China e EUA estão em meio a uma guerra comercial desde 2018, com tarifas sobre importações sendo aplicadas.

[The New York Times]

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Apple proíbe app usado por manifestantes pró-democracia em Hong Kong e agrada governo chinês

Posted: 10 Oct 2019 06:09 AM PDT

Manifestantes pró-democracia são agredidos pela polícia de Hong Kong no distrito de Wan Chai, em 6 de outubro de 2019

A Apple removeu um aplicativo usado por manifestantes pró-democracia em Hong Kong nesta quarta-feira (10). Essa é mais uma medida da Apple a favor do governo autoritário da China.

O aplicativo, HKmap.live, permitia que as pessoas vissem os movimentos policiais de Hong Kong por meio de informações de outros usuários. A Apple havia retirado o aplicativo de sua loja, voltou a oferecê-lo há alguns dias e agora o removeu novamente.

A decisão de retirar o aplicativo veio apenas um dia depois de a agência de notícias estatal da China, People’s Daily, publicar um artigo sugerindo que a Apple estava cometendo “atos ilegais” ao ser “cúmplices” dos manifestantes – que o site de propaganda chama de “baderneiros”.

O People’s Daily também reclamou que a Apple permitiu que uma música, “Hong Kong Independence”, estivesse disponível em suas plataformas.

A Apple tem cedido em algumas questões para agradar o governo chinês nos últimos dois anos. Entre as ações recentes estão a retirada da bandeira de Taiwan dos emojis dos usuários chineses, a proibição de centenas de VPNs na AppStore, entre outras formas de censura.

A empresa também baniu o aplicativo de notícias do site Quartz nesta quarta por causa da cobertura dos eventos em Hong Kong.

Considerados em conjunto, China, Hong Kong e Taiwan são o segundo maior mercado da Apple depois dos EUA, de acordo com a Bloomberg News. É evidente que a companhia tem incentivo financeiro pesado para acatar os pedidos de Pequim.

A Apple não respondeu ao pedido de comentário do Gizmodo até esse momento, mas enviou ao repórter da Bloomberg, Mark Gurman, uma declaração confirmando que a empresa removeu o aplicativo por “violar nossas diretrizes e as leis locais”.

“Criamos a App Store para ser um lugar seguro e confiável para se descobrir aplicativos”, disse a Apple. “Soubemos que um aplicativo, HKmap.live, tem sido utilizada de maneiras que põem em perigo a aplicação da lei e os residentes de Hong Kong”.

“Muitos consumidores preocupados de Hong Kong nos contataram sobre esse aplicativo e imediatamente começamos a investigá-lo”, continua a declaração da Apple. “O aplicativo exibe a localização da polícia e nós verificamos com o Gabinete de Cibersegurança e Crimes Tecnológicos de Hong Kong que o app foi usado para atacar e emboscar a polícia e ameaçar a segurança pública. Criminosos o usaram para vitimar residentes em áreas onde eles sabem que não há imposição da lei”.

Manifestantes pró-democracia em Hong Kong estão saindo às ruas desde junho, quando um controverso projeto de extradição foi apresentado pela primeira vez – o projeto facilitaria ao governo chinês a extradição de cidadãos de Hong Kong.

A região opera sob o arranjo “um país, dois sistemas” que historicamente tem permitido a Hong Kong alguma autonomia sobre a forma como governa, mas o modelo está ameaçado.

Embora o projeto de extradição tenha sido retirado, os manifestantes estão pedindo reformas democráticas e querem uma investigação sobre a brutalidade policial contra os manifestantes, que só parece piorar a cada semana.

A líder de Hong Kong, Carrie Lam, supostamente trabalha de acordo com os interesses do governo chinês e não do seu próprio povo. Os cidadãos de Hong Kong exigiram que ela se demitisse.

Recentemente, Trump colocou 28 empresas de tecnologia na China na lista de corporações impedidas de fazer negócios com os EUA. A justificativa é a participação dessas empresas num sistema de campos de concentração que detém cerca de 1 milhão de uigures – uma minoria muçulmana que vive na China.

Porém, as alianças podem mudar repentinamente com o presidente dos EUA. Trump teria dito à liderança chinesa que não se colocaria a favor dos manifestantes de Hong Kong, desde que obtivesse termos comerciais favoráveis com o governo chinês.

Até agora o presidente tem mantido sua palavra. Nesta quarta, ele não teceu comentários sobre o regime chinês ao falar sobre a pressão do país asiático sobre a NBA. A liga de basquete entrou na pauta política chinesa depois que o gerente da franquia Houston Rockets, Daryl Morey, expressou apoio aos manifestantes de Hong Kong no Twitter, uma plataforma de mídia social que sequer é permitida na China continental.

“Esse tem de ser um acordo melhor do nosso ponto de vista. Eu acho que eles entendem isso completamente”, disse Trump. “Acho que a China tem muito respeito por mim, pelo nosso país, pelo que estamos fazendo”.

Trump, assim como a Apple, só se preocupa com os negócios. Seria um choque para muita gente se Trump decidir que finalmente conseguiu o que queria em um acordo comercial entre os EUA e a China.

Alianças globais tradicionais estão se desmoronando rapidamente enquanto Trump procura alinhar os EUA com a Coreia do Norte, Rússia, Arábia Saudita e Turquia contra aliados europeus como o Reino Unido, França e Alemanha.

A proibição de um aplicativo pró-democracia pode ser a menor das preocupações nos próximos meses enquando a ordem mundial liberal, anteriormente liderada pelos EUA, for violentamente virada de cabeça para baixo.

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Óculos de realidade aumentada da Apple devem ser anunciados no 1º semestre de 2020, segundo analista

Posted: 10 Oct 2019 05:47 AM PDT

Tim Cook, CEO da Apple, durante evento de desenvolvedores WWDC 2019

Após sinais de um potencial óculos de realidade virtual da Apple terem sido encontrados no iOS 13, novas informações de um respeitado analista especializado em Apple sugerem que os óculos  poderiam ser lançados ainda no primeiro semestre de 2020.

Segundo o analista Ming-Chi Kuo, da TF Securities, a produção em massa do dispositivo deve começar no quarto trimestre de 2019, em preparação para um lançamento previsto para o segundo trimestre de 2020.

Kuo afirma que a Apple trabalhará com alguns fornecedores, incluindo a Changying Precision, que deve ser responsável pelo chassis central do dispositivo de realidade virtual da Apple.

Há rumores de que os óculos da Apple devem ser dependentes do iPhone, e não um dispositivo independente, com algum tipo de conexão sem fio que permita que a Apple aproveite a capacidade de processamento de seu smartphone para fornecer imagens para o display do aparelho.

Se isso for verdade, a Apple provavelmente usará o novo chip U1 no iPhone 11 para criar essa conexão que oferece alta largura de banda e baixo consumo de energia, mas sem um grande alcance oferecido pelas tecnologias Bluetooth e Wi-Fi. No entanto, como os rumores de que os óculos provavelmente não aguentariam ficar muito longe de um smartphone, as preocupações com o alcance limitado não seriam realmente um problema.

Rumores dizem que o aparelho da Apple também terá seu próprio sistema operacional baseado no iOS chamado rOS ("reality operating system"), que pode suportar vários casos de uso possíveis, como alertas, escrever mensagens por voz e mais.

Dito isso, para quem pensa em economizar para ter os óculos de realidade aumentada para quando for lançado, é melhor não alimentar muitas esperanças. Há uma boa chance de que esse acessório seja apenas para desenvolvedores num primeiro momento, e não uma versão completa para o consumidor final, pois não há muito motivo para vender óculos, se não não houver conteúdo para ele, né?

Começar com um kit de desenvolvimento também seria uma tática parecida com a usada com o Hololens, da Microsoft (que agora já está em sua segunda geração), e o Magic Leap One. Embora a Apple opte por um design de óculos de realidade aumentada mais simples, semelhante a dispositivos como o Focals da North ou o Blade da Vuzix, a Apple pode estar menos hesitante em lançar o seu acessório pronto para o consumidor no próximo ano.

De qualquer forma, já faz quase três anos desde a última vez que a Apple entrou em uma nova categoria de produto, com os AirPods, então é hora da Apple expandir seu portfólio de dispositivos novamente.

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Ruínas de uma megalópole de 5.000 anos atrás são encontradas em Israel

Posted: 10 Oct 2019 04:20 AM PDT

Cidade de En Esur encontrada em Israel

Arqueólogos que trabalham no norte de Israel descobriram as ruínas de uma cidade da Idade do Bronze (entre 3300 a.C e 700 a.C), que continha cerca de 6.000 habitantes, em uma descoberta que altera drasticamente as concepções do passado antigo da região.

A cidade perdida, encontrada durante a construção de um novo cruzamento de rodovia, está localizada perto da cidade israelense de Harish, na área de Haifa. A IAA (Autoridade de Antiguidades de Israel) liderou as escavações que exigiram 2,5 anos de trabalho e a assistência de quase 5.000 adolescentes voluntários que participaram do projeto Sharing Heritage da IAA, de acordo com um comunicado de imprensa da IAA.

Com uma população entre 5.000 e 6.000 pessoas, a cidade de 5.000 anos da Idade do Bronze, chamada En Esur, está retomando as ideias de urbanização dos arqueólogos em Israel no final do quarto milênio antes de Cristo. O local contava com comodidades surpreendentemente modernas, como estradas planejadas (incluindo ruas e becos), áreas residenciais e públicas (incluindo um templo intrigante) e fortificações defensivas.

Visão aérea de cidade da idade do Bronze recentemente achadoVista aérea da cidade encontrada . Crédito: Assaf Peretz/Israel Antiquities Authority

A cidade tem uma área de 161 acres, que é o dobro de outras cidades da mesma época, segundo a BBC.

"Esta é uma cidade imensa — uma megalópole da Idade do Bronze, onde milhares de pessoas, que viviam da agricultura, viviam e faziam comércio com diferentes regiões e até diferentes culturas e reinos nesta área", disseram os arqueólogos da IAA Yizhak Paz, Itai Elad e Dina Shalem, em um comunicado.

Cidades maiores e mais antigas já foram encontradas — incluindo a cidade de Çatalhöyük, de 9.000 anos, na Turquia moderna, que tinha uma população estimada entre 3.500 e 8.000 pessoas — mas En Esur agora representa a maior dos primeiros assentamentos em Israel e nos arredores.

Artefatos encontrados na cidade de En Esur em IsraelAlguns dos artefatos encontrados no local. Crédito: Clara Amit/Israel Antiquities Authority

"É muito maior que qualquer local conhecido em Israel — e fora dos arredores de Israel — na região da Jordânia, Líbano e sul da Síria", disse Paz, que é codiretor de escavações da IAA, em um vídeo.

As escavações em En Esur também revelaram a presença de um assentamento mais antigo, cujas evidências foram encontradas em várias habitações. A cidade mais antiga remonta há 7.000 anos do período calcolítico. A área provavelmente era muito desejada por causa de seu solo fértil e da presença de duas fontes de água doce nas proximidades, de acordo com o IAA.

Um templo de rituais em En Esur incluía um pátio com uma grande bacia de pedra usada para líquidos — provavelmente sangue de animal — durante rituais religiosos. Isso, mais a descoberta de ossos de animais queimados, sugere que essa cultura fazia ofertas de sacrifício.

Os arqueólogos também encontraram uma impressão de selo representando uma figura humanoide com as mãos levantadas para o alto e uma variedade de figuras. Coletivamente, esses artefatos "nos permitem olhar além do material, para a vida espiritual da grande comunidade que vivia no local", conforme explica a IAA.

Outros artefatos encontrados em En Esur incluem "milhões" de fragmentos de cerâmica, ferramentas de pedra e vasos de basalto, alguns dos quais foram trazidos do Egito.

A presença de bairros bem organizados e prédios públicos implica a presença de uma organização central e de uma sociedade hierárquica. Esta cidade "não poderia se desenvolvver sem ter por trás uma mão orientadora e um mecanismo administrativo", disseram os diretores da IAA.

Voluntários que auxiliaram na descoberta na cidade de En Esur, em IsraelAlguns dos voluntários. Crédito: Yaakov Shmidov/Israel Antiquities Authority

Esta cidade existiu durante um período de transição, à medida que as pessoas na área passavam da vida rural para a urbana.

"Não há dúvida de que este local muda drasticamente o que sabemos sobre o caráter do período e o início da urbanização em Israel. Este é um período fascinante na história da terra de Israel — a Canaã da época — cuja população sofreu mudanças que alteraram completamente sua face", disseram os diretores da IAA em comunicado conjunto. "A população rural dá lugar a uma sociedade complexa que vive principalmente em ambientes urbanos".

Dada a importância dessa descoberta monumental, o cruzamento rodoviário será construído bem acima do local "para permitir sua preservação para as gerações futuras", afirmou a IAA.

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