sábado, 19 de outubro de 2019

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Agência dos EUA diz que pilotos reclamaram do 737 Max em mensagens ocultadas pela Boeing

Posted: 19 Oct 2019 01:49 PM PDT

Uma série de aviões no chão vistos de um ponto de vista aéreo

A FAA (Administração Federal de Aviação) acusou a Boeing de ocultar uma troca de conversas entre dois funcionários mostrando a preocupação deles sobre o mal-funcionamento de um sistema automatizado dois anos antes de ocorrer os acidentes na Etiópia e Indonésia que mataram 346 pessoas.

Na mensagem Mark Fokner, que era responsável técnico pelo 737 Max à época, disse a um outro piloto que em um simulação de voo o sistema automático da 737 Max, conhecido como MCAS, estava dificultando para fazer aeronave voar.

"Está indo de forma desenfreada no simulador", disse Forkner para seu colega de trabalho em 2016, segundo uma transcrição analisada pela Reuters, pelo New York Times e pela CNBC. "Compreendido, eu sou péssimo para voar, mas isso aqui é grave".

O outro piloto disse que seria necessário atualizar o MCAS.

"Eu basicamente menti para os reguladores", respondeu Forkner, segundo a CNBC, presumivelmente se referindo à uma interação prévia com as autoridades. O outro piloto respondeu que "não era mentira, ninguém nos disse que este era o caso", no caso, que o MCAS causou os problemas.

A FAA disse em um comunicado na sexta-feira que a Boeing compartilhou as mensagens com a agência na quinta-feira, mas a fabricante da aeronave descobriu esta troca de conversas há meses atrás. Após revisar o documento, o administrador da FAA, Steve Dickson, enviou para o CEO da Boeing, Dennis Muilenburg, uma carta se referindo à informação como "preocupante" e pressionou a companhia a explicar sobre por que não compartilhou esta transcrição de conversa anteriormente. "Esperamos uma explicação imediatamente sobre o conteúdo deste documento e sobre a demora da Boeing em divulgar o documento para reguladores", escreveu Dickson.

O New York Times informa que a Boeing forneceu a transcrição para o Departamento de Justiça nesta semana para preparar o interrogatório no qual Muilenburg deve testemunhar como parte da investigação criminal da agência.

Questionada pelo Gizmodo, a Boeing não explicou por que apenas compartilhou esta transcrição de conversas para a FAA nesta semana, mas um porta-voz disse que a companhia tem cooperado com as investigações da entidade de transporte dos Estados Unidos, o US House Transportation and Infrastructure Committee sobre o 737 Max nos últimos meses.

"Como parte da cooperação, hoje nós chamamos a atenção do comitê para o documento contendo as declarações de um ex-funcionário da Boeing", disse um porta-voz da Boeing ao Gizmodo. "Nós continuaremos a cooperar com o Comitê conforme o órgão continua sua investigação. E nós continuaremos a seguir as recomendações da FAA e de outros reguladores globais, conforme trabalhamos para voltar o serviço com o 737 Max".

Semana passada, a American Airlines disse que espera que as aeronaves 737 Max comece a voar em 16 de janeiro de 2020. Quantas pessoas deverão aceitar tranquilamente voar nesses aviões é uma pergunta que ninguém ainda fez.

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Humanos modernos herdaram ainda mais DNA de neandertais e denisovanos do que pensávamos

Posted: 19 Oct 2019 11:12 AM PDT

Uma análise abrangente do DNA dos habitantes modernos da Melanésia, uma ilha da Oceania, sugere que uma variedade de genes mutados herdados de neandertais e denisovanos extintos forneceu vantagens evolutivas, como a capacidade de consumir novos alimentos e evitar infecções, entre outros benefícios importantes.

Neandertais e denisovanos foram extintos entre 35.000 e 40.000 anos, mas não antes que esses hominídeos intimamente relacionados se cruzassem com os humanos modernos. Até hoje, o legado desses episódios de cruzamento se mantém vivo em nosso DNA – pelo menos entre os seres humanos de ascendência europeia e asiática. O motivo pelo qual alguns desses genes arcaicos permaneceram ao longo das eras não é totalmente compreendido, nem seu papel potencial no funcionamento e na saúde humana, seja bom ou ruim.

Uma nova pesquisa publicada na Science explora essas incógnitas, descobrindo novas evidências que sugerem que alguns desses genes herdados – pelo menos entre os melanésios modernos – conferiram certos benefícios evolutivos, cuja natureza exata ainda precisa ser determinada.

“Nosso estudo demonstra que grandes mudanças estruturais genômicas desconhecidas que se originaram em nossos parentes próximos agora extintos – e foram subsequentemente introgressadas ou introduzidas de volta ao nosso genoma – desempenham papéis importantes na evolução humana”, explicou PingHsun Hsieh, geneticista do Departamento de Ciências Genômicas da Universidade de Washington, em Seattle, e pesquisador principal do novo artigo, em um e-mail para o Gizmodo. “Também identificamos novos genes abrangidos por essas grandes variantes genômicas que podem ser benéficas para os melanésios e os ajudam a se adaptar aos seus ambientes insulares locais”.

(Introgressão refere-se à passagem de um gene de uma espécie para outra, de forma natural, por meio de repetidos retrocruzamentos.)

Por "grandes mudanças estruturais genômicas anteriormente desconhecidas", Hsieh está se referindo às variantes de número de cópias (CNVs), em oposição às variantes mais simples de nucleotídeo único (SNVs). Simplificando, CNVs são alterações em grandes lotes de bases genéticas, ou letras de nucleotídeos (geralmente 50 ou mais), enquanto SNVs descrevem uma mutação de base única no genoma. Esses tipos de mutações podem surgir devido ao ganho ou perda de material genômico, e ambos podem influenciar a maneira como certos genes funcionam.

Uma mutação SNV particularmente notável e fortuita, por exemplo, permitiu que algumas populações europeias bebessem leite (isto é, a capacidade de produzir lactase ao longo da vida adulta). As CNVs, devido ao seu tamanho e complexidade, tendem a ter uma influência negativa na saúde humana. Várias CNVs no cromossomo 16 foram ligadas ao autismo, por exemplo. Sabe-se que outras CNVs contribuem para a psoríase, esquizofrenia, obesidade e doença de Crohn. Mas as CNVs não são todas ruins, com efeitos positivos, incluindo a capacidade de metabolizar esteroides, resistir a certas doenças e digerir amido, entre outras coisas.

Seja SNV ou CNV, essas mutações estão sujeitas aos processos de seleção natural. Com o tempo, as novas características decorrentes dessas mutações serão selecionadas positiva ou negativamente, de modo que uma suposição justa é que, se uma característica persistir por muito tempo, provavelmente é adaptável de alguma forma. Porém, como os SNVs são muito mais fáceis de estudar do que as CNVs, pouco se sabe sobre o papel desempenhado pelas CNVs na evolução das hominídeos e se o influxo desses genes arcaicos mutados devido ao cruzamento foi de alguma forma benéfico. A nova pesquisa tenta preencher essa importante lacuna.

“A razão mais provável pela qual as CNVs não foram consideradas em estudos anteriores de introgressão arcaica é que as CNVs são difíceis de genotipar com precisão”, escreveu Sharon Browning, professor de pesquisa do Departamento de Bioestatística da Universidade de Washington, em um e-mail para o Gizmodo. Browning, que conhece pessoalmente a equipe, mas não participou do novo estudo, disse que o autor sênior do artigo, Evan Eichler, é um “especialista em CNVs”, então sua equipe “tem o conhecimento necessário para fazer isso”.

Para o estudo, Hseih e Eichler, juntamente com seus colegas, analisaram genomas melanésios na busca por CNVs herdadas – e potencialmente adaptativas. Os melanésios modernos, que hoje habitam a região geográfica que vai da Nova Guiné até Fiji, retiveram uma quantidade desproporcional de DNA arcaico dos neandertais e denisovanos, tornando-os candidatos ideais para esta pesquisa. Quanto aos motivos pelos quais os melanésios têm mais DNA arcaico do que outras populações humanas, isso não é totalmente compreendido, mas é provável que seus ancestrais tivessem mais contato com esses hominídeos agora extintos.

"Os melanésios têm muito mais introgressão arcaica do que a maioria das outras populações, porque eles não apenas têm a introgressão neandertal que é compartilhada com todas as populações fora da África, mas também uma grande quantidade de introgressão denisovana, enquanto outras populações têm apenas um pouco (populações asiáticas) ou nenhuma (populações europeias)", disse Browning. "Uma hipótese é que os ancestrais dos melanésios encontraram uma população de denisovanos e [cruzaram] com eles depois que começaram a viajar através das ilhas para chegar à Melanésia, e não houve muita movimentação na região continental da Eurásia depois desse evento".

De fato, os ancestrais dos melanésios modernos foram isolados principalmente ao longo dos 50.000 anos de sua história, apenas se misturando com populações do Ocidente nos últimos 3.000 anos.

Para a análise, os pesquisadores aplicaram uma técnica estatística para identificar grandes CNVs originárias de neandertais e denisovanos e que foram introduzidas em populações melanésias entre 40.000 a 120.000 anos atrás. Tecnologias de sequenciamento de genoma foram então usadas para confirmar essas descobertas. A comparação e a análise dos dados genômicos apontaram para uma origem comum e não para mutações espontâneas (um processo conhecido como evolução convergente).

"A maioria das CNVs é deletéria, mas as CNVs introgressivas deletérias geralmente seriam removidas da população por seleção, portanto não seriam encontradas neste estudo", disse Browning. "Como as CNVs são mais complexas que as SNVs, é improvável que exatamente a mesma CNV ocorra duas vezes, enquanto ocasionalmente acontece que a mesma SNV surge mais de uma vez. Assim, encontrar a mesma CNV em melanésios e denisovanos, mas não em populações africanas, eurasiáticas ou americanas ou em primatas [não humanos], é uma forte evidência de que a CNV surgiu em denisovanos e foi introgressada em melanésios".

Essa análise resultou na identificação de CNVs herdadas de neandertais e denisovanos associadas à seleção adaptativa, incluindo CNVs associadas à dieta, metabolismo, imunidade e funções celulares. Os pesquisadores também encontraram dois genes previamente desconhecidos, um dos neandertais e outro dos denisovanos.

“Nossos resultados sugerem coletivamente que grandes CNVs originárias de hominídeos arcaicos e introgressadas em humanos modernos desempenharam um papel importante na adaptação da população local e representam uma fonte insuficientemente estudada de variação genética em larga escala”, escreveram os autores do estudo.

Os pesquisadores acreditam que essas CNVs introgressadas foram mutações que foram selecionadas positivamente em neandertais e denisovanos, o que significa que as alterações genéticas aumentaram sua aptidão para sobreviver e se reproduzir. Mas a equipe não pode ter certeza; eles não conseguiram “avaliar as funções biológicas reais de seus genes porque foram extintos há cerca de 35.000 anos”, disse Hsieh.

É importante ressaltar que Hsieh disse que uma compreensão completa dos “verdadeiros impactos funcionais desses novos genes” exigirá pesquisa adicional. De fato, o desconhecimento das consequências precisas dessas CNVs herdadas representa uma grande limitação do novo artigo. Agora que eles foram identificados, no entanto, os cientistas podem explorar mais.

“Compreender a função real e seus efeitos benéficos requer diferentes tipos de dados e análises que estão além do escopo deste estudo”, disse Hsieh ao Gizmodo. “Estamos ansiosos para colaborar com outros cientistas e o pessoal da Melanésia para entender melhor a biologia dessas variantes e melhorar nossa compreensão da evolução de nossas espécies.”

A possibilidade de essas mutações terem conferido uma vantagem evolutiva a certas populações ainda é distinta. Pesquisas anteriores mostraram que uma mutação derivada dos denisovanos permitia que os tibetanos antigos – e modernos – prosperassem em altitudes elevadas, especificamente a capacidade de evitar a hipóxia ou o baixo oxigênio. Algo semelhante pode ter acontecido com os antigos melanésios, que adquiriram características adaptativas que lhes permitiram prosperar em ambientes insulares.

Este novo estudo, embora incompleto, servirá como um ponto de partida inspirador para pesquisas futuras. O interessante é que essa pesquisa não nos diz apenas coisas novas sobre nós mesmos, mas inevitavelmente lançará uma nova luz sobre nossos primos extintos.

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Relatório do G7 aponta preocupações sobre a Libra, criptomoeda do Facebook

Posted: 19 Oct 2019 07:50 AM PDT

Nesta semana, uma força tarefa dos países do G7 impuseram mais um obstáculo à Libra, criptomoeda do Facebook, em um relatório. O documento afirma que stablecoins (moeda digital atrelada a uma moeda estatal) globais como a Libra poderiam destruir o sistema monetário e desequilibrar a estabilidade financeira.

O relatório, intitulado como “Investigando o Impacto de Stablecoins Globais“, é resultado do trabalho de um grupo do G7, presidido por Benoit Coeure, membro do Conselho de Administração do Banco Central Europeu.

“O G7 acredita que nenhum projeto global de stablecoin deve começar a funcionar até que os desafios e riscos legais, regulamentares e de supervisão sejam adequadamente abordados, por meio de projetos adequados e aderindo a uma regulamentação clara e proporcional aos riscos”, diz o documento.

O que diferencia as stablecoins de outras criptomoedas é o fato de elas serem atreladas a moedas tradicionais para compensar a volatilidade associada às moedas digitais — daí o termo stable (estável).

Até agora, as stablecoins têm tido suas limitações e permanecem desregulamentadas. O grupo de trabalho do G7 identificou que as stablecoins podem prejudicar as tentativas de combater a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo, bem como apresentar riscos para a concorrência leal, segurança cibernética, privacidade do consumidor e tributação.

A Libra Association — corpo de regulamentação que iria supervisionar a criptomoeda global do Facebook — divulgou uma declaração em resposta à denúncia do G7. Nele, o grupo aborda as preocupações do G7 ponto por ponto, prometendo trabalhar com os reguladores para tratar das preocupações.

“Em reconhecimento à importância da estabilidade do sistema financeiro global e da soberania nacional sobre a política monetária, a Libra está sendo projetada para trabalhar com as instituições reguladoras existentes e aplicar as proteções que elas oferecem ao mundo digital — sem perturbá-las ou prejudicá-las”, diz a declaração.

Embora o relatório do G7 não seja o último prego no caixão de Libra, é um sinal de que os reguladores globais também não estão convencidos da iniciativa do Facebook. E isso já vem mostrando consequências.

Quando a Libra foi anunciada em junho, havia 27 empresas apoiadoras — incluindo instituições de pagamento bem conhecidas, como Visa e Mastercard. Mas, logo no início, a moeda foi recebida com a oposição do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos EUA e do Comitê Bancário do Senado.

Isso, por sua vez, levou a rumores de que os parceiros da Libra estavam reticentes no final de agosto. No início de outubro, o PayPal oficialmente cancelou a sua participação e alguns dias depois, eBay, Stripe, Visa e Mastercard também abandonaram o barco. Para piorar, a Calibra — subsidiária que administra a criptomoeda — está enfrentando um processo que alega que seu logotipo é um plágio da Current, um app de banco digital.

O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, deve testemunhar perante o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara no dia 23 de outubro. Ele provavelmente precisará abordar as muitas preocupações levantadas pelo G7, bem como o fato de que os principais financiadores que pretendiam dar credibilidade à Libra se distanciaram do projeto.

Levando em consideração as recentes tentativas de Zuckerberg como um humano comum, talvez esse possa ser o fim da Libra.

[Reuters]

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Gordura pode se acumular nos pulmões e piorar sintomas da asma, aponta estudo

Posted: 19 Oct 2019 05:45 AM PDT

À esquerda, modelo demonstra via aérea inflamada de uma pessoa com asma. Na direita, modelo de via aérea saudável

A gordura na área do abdômen pode não ser a única coisa com que pessoas com obesidade ou sobrepeso devem se preocupar. Um novo estudo publicado nesta semana parece mostrar que a gordura pode se formar nas vias pulmonares das pessoas também. A descoberta pode ajudar a explicar por que alguns problemas de saúde como a asma é mais comum ou pior em pessoas com sobrepeso.

Pesquisadores da Austrália, Nova Zelândia e Canadá se uniram para o estudo. Eles estudaram dados de um projeto anterior que coletou amostras de tecidos pulmonares de pessoas de Alberta, no Canadá, que foram diagnosticadas com asma e que tinham morrido recentemente. Esse conjunto incluía pessoas que morreram por causa da asma, bem como pessoas que morreram por causas não relacionadas. Então eles compararam essas amostras com um grupo de controle de pessoas sem asma que morreram por outras causas.

Dito isso, mais de 1.300 amostras de vias pulmonares foram estudadas no microscópio, retiradas de 52 pessoas. Os autores descobriram tecidos gordurosos nos pulmões dos três grupos, mas aqueles que tinham sobrepeso ou eram obesos tinham, em média, níveis maiores de gordura pulmonar do que todo o resto. Quanto maior o índice de massa corporal (IMC), maiores as chances de se ter mais gordura pulmonar. Maior IMC e mais gordura nos pulmões também estavam ligados à vias pulmonares mais grossas e a mais inflamações.

Existem muitas teorias para explicar por que pessoas que têm sobrepeso ou são obesas têm mais chances de ter asma, ou ter sintomas piores para a asma. Alguns argumentaram que a gordura em excesso no abdômen poderia fisicamente apertar os pulmões, tornando mais difícil pata que eles trabalhassem quando uma pessoa com asma tivesse um ataque. Outros teorizaram que a inflamação crônica ligada à obesidade poderia afetar as chances de severidade de asma, uma vez que a doença geralmente é causada por uma inflamação.

De acordo com os autores, suas descobertas não descartam essas teorias. Mas o estudo, publicado na European Respiratory Journal, pode adicionar uma nova explicação à lista.

“Descobrimos que o excesso de gordura se acumula nas paredes das vias respiratórias onde ocupa o espaço e parece aumentar a inflamação dentro dos pulmões”, disse o co-autor do estudo e professor da Universidade da Austrália Ocidental em Perth, em um comunicado. “Achamos que isso está causando um engrossamento das vias respiratórias que limita a circulação do ar nos pulmões, e que isso poderia pelo menos parcialmente explicar um aumento nos sintomas da asma”.

Os autores dizem que esse é o primeiro estudo a examinar a gordura de dentro dos pulmões das pessoas. Mas existem condições conhecidas ligadas à obesidade e acúmulo de gordura em outros órgãos, como a doença de fígado gorduroso não ligado ao alcoolismo.

Neste momento, no entanto, ainda é preciso ser feita muito mais pesquisa para confirmar essa ligação. Os autores dizem que eles já estão encaminhados em um estudo que procura por tecidos gordurosos nos pulmões de pessoas vivas. Pesquisas fúrias poderiam testar também se perder peso pode reduzir o risco ou a severidade da asma.

De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, mais de 25 milhões de adultos e crianças nos EUA têm asma atualmente, enquanto que dois terços dos adultos e um terço das crianças têm sobrepeso ou obesidade.

No Brasil, segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do Ministério da Saúde e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a asma atinge 6,4 milhões de brasileiros acima de 18 anos. Além disso, 18,9% dos brasileiros são obesos e 54% tem sobrepeso, conforme a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel).

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