sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Gizmodo Brasil

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Cientistas induziram bactérias a limpar um aquífero poluído na Espanha

Posted: 24 Oct 2019 03:10 PM PDT

Os cientistas conseguiram induzir bactérias locais a limpar um aquífero contaminado, injetando um químico natural e seguro na água, de acordo com um novo estudo.

Um grupo de produtos químicos chamados etenos clorados, que antes eram usados ​​como solventes e limpadores industriais, continua a poluir as águas subterrâneas em todo o mundo até hoje, e é especialmente difícil de quebrá-los. À medida que os pesquisadores continuam buscando formas de removê-los do meio ambiente, eles perceberam que um grupo de bactérias pode decompor parcialmente o produto químico, mas não consegue terminar o trabalho. Uma equipe na Espanha conseguiu descontaminar um aquífero apenas adicionando ácido láctico (um produto químico comum e com gosto azedo que aparece em leite fermentado, picles, tratamentos para a pele e muitos outros produtos familiares).

Essa abordagem de remover um poluente do meio ambiente é chamada bioestimulação – e consiste em estimular as bactérias já encontradas na natureza a fazer a limpeza para você. Os pesquisadores citaram muitos estudos que mostraram que as bactérias que respiram organo-halogenetos conseguiram quebrar os etenos clorados em laboratório, mas poucos estudos realmente aplicaram o método em escalas maiores no mundo real.

Os pesquisadores se concentraram em um local industrial em Barcelona que havia contaminado um aquífero com etenos clorados. Primeiro, eles coletaram as águas subterrâneas da área para criar microcosmos dos micróbios locais. Em seguida, eles adicionaram lactato de sódio a alguns dos lotes coletados. As bactérias sem o ácido lático começaram a quebrar os poluentes, mas pararam e deixaram para trás subprodutos ainda tóxicos. Aquelas com ácido lático adicionado quebraram completamente os produtos químicos alvo.

Em outubro de 2016, a equipe injetou lactato de sódio em um dos locais e o monitorou por 190 dias. Os resultados foram promissores, então eles realizaram um tratamento em larga escala com lactato em agosto de 2017, injetando a cada três meses durante um ano. Eles analisaram as amostras para etenos clorados, em setembro de 2018. Depois de um ano, a maior parte do eteno clorado tinha virado eteno não tóxico, e em muitos poços, as bactérias tinham totalmente discriminados os produtos químicos a tal ponto que eles não eram detectáveis.

É importante observar que, embora o método tenha sido eficaz na quebra dos etenos clorados, em alguns casos elas deixaram para trás o cloreto de vinilo, um produto químico também tóxico que provém das bactérias que não quebram completamente o poluente inicial, embora houvesse evidências de cloreto de vinila quebrando em eteno. O metano, o potente gás de efeito estufa, também foi um subproduto, de acordo com o artigo publicado na Water Research.

Este novo estudo segue várias décadas de trabalho tentando remover esse poluente recalcitrante do meio ambiente. Os pesquisadores ficaram entusiasmados com o fato de sua técnica reduzir as concentrações de eteno clorado de maneiras que outras estratégias não conseguiram, de acordo com um comunicado à imprensa.

Talvez as bactérias trabalhem conosco para consertar alguns dos terríveis problemas que infligimos ao nosso meio ambiente. Ou talvez eles nos matem. Vai saber.

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Patente dá dica sobre óculos de realidade aumentada da Apple com lentes fotossensíveis

Posted: 24 Oct 2019 02:06 PM PDT

Óculos de plástico exposto

Se os rumores estiverem certos, poderemos ver óculos de realidade aumentada da Apple em algum momento de 2020. Pior que este tipo de boato acaba sendo ratificado por um registro recente de patente, no qual a Apple descreve um "dispositivo montado na cabeça como um sistema de opacidade ajustável".

Originalmente registrada em abril de 2018, a patente da Apple detalha um aparelho montado na cabeça que pode ter uma tela transparente e fornece "imagens para o usuário através de um acoplador óptico".  Agora, isso pode ser qualquer coisa, desde um par de óculos inteligentes até algo mais próximo do headset de realidade virtual do Google, Daydream, que foi recentemente descontinuado. Dito isso, a descrição da patente parece sugerir algo com um formato de óculos mesmo.

No resumo da patente, a Apple descreve que o fone de ouvido pode incluir uma "camada de opacidade ajustável". Essa camada estaria dentro das lentes e usaria luz ultravioleta para controlar a transparência da lente. Isso poderia bloquear ou diminuir a luz para aumentar o contraste entre imagens projetadas e objetos do mundo real. Basicamente, a Apple está descrevendo algo semelhante às lentes fotossensíveis.

O problema com os óculos inteligentes atuais, como o Focals by North, é que as imagens projetadas podem ser difíceis de se ler em áreas com muita luz. Usei um par de Focals durante um dia ensolarado e não consegui ver nada até colocar um clipe de óculos de Sol. Uma camada de opacidade ajustável pode potencialmente resolver esse problema, além de eliminar a necessidade de comprar outro acessório.

A patente também faz referência a uma fonte de luz em potencial que pode ativar seletivamente a camada de opacidade ajustável. Também menciona um sistema de rastreamento de olhar, possibilidade de usar uma câmera, bem como uma câmera frontal para captar imagens do ambiente de um usuário.

Qual a possibilidade de vermos isso refletido em um par de óculos de realidade aumentada da Apple? Bem, é difícil dizer. As empresas de tecnologia registram patentes o tempo todo, e nem toda tecnologia patenteada vira um produto final. Dito isso, parece cada vez mais provável que veremos um par de óculos de realidade aumentada da Apple no próximo ano. Embora não tenha havido menção das ambições de realidade aumentada da Apple no evento do iPhone no mês passado, um desenvolvedor espertinho conseguiu ver no código iOS 13 uma arquitetura para usar som estéreo com realidade aumentada — uma grande dica de que a Apple está trabalhando mesmo num gadget do tipo.

Enquanto isso, em 2017, rumores confiáveis davam conta que a Apple planejava ter um fone de ouvido pronto até 2019, com uma data prevista para entrega em 2020. Mesmo assim, há uma chance de o fone de ouvido inicial ser exclusivamente para desenvolvedores — afinal, é difícil de vender um novo produto se não houver aplicativos matadores para acompanhá-lo.

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Como foi a audiência do Facebook no Congresso dos EUA sobre o projeto Libra

Posted: 24 Oct 2019 12:22 PM PDT

mark zuckerberg, ceo do facebook, em audiência no congresso americano. ele parece estar com uma expressão contrariada.

Na quarta-feira (23), Mark Zuckerberg compareceu a uma audiência intitulada "Uma análise sobre o Facebook e seu impacto nos setores de serviços financeiros e imobiliários". Os 62 membros do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Estados Unidos interrogaram o CEO do Facebook por cinco horas, focando em questões como a Libra, privacidade de dados, desinformação em anúncios políticos, e a violação de leis contra a discriminação no setor imobiliário.

Caso você esteja curioso (e com tempo sobrando) para ouvir as cinco horas de audiência, o vídeo está disponível aqui:

Caso contrário, reunimos abaixo os principais pontos discutidos.

Por que regulamentar a Libra

O Facebook alega ser a favor da regulamentação, mas não como um banco. Afinal, Zuckerberg defende que a Libra é um "sistema de pagamento". O problema é que a criptomoeda não seria atrelada ao dólar, o que pode colocar em risco a supremacia da moeda norte-americana. Uma das representantes do Comitê Madeleine Dean referiu-se à Libra como uma "moeda não regulamentada que operaria mais como um governo".

Felix Shipkevich, diretor da Shipkevich PLLC, disse ao Lifehacker que as instituições financeiras são fortemente regulamentadas porque, caso contrário, elas ameaçariam usurpar a função do governo. Ao comprar a Libra, os usuários estariam entregando sua moeda local, o que significa que, dependendo da situação econômica de um país, a empresa pode acabar se apoderando de uma porcentagem significativa do capital de uma nação.

Outra questão levantada na audiência foi o motivo de a Libra ser baseada na Suíça em vez dos Estados Unidos, onde a sede do Facebook e de seus parceiros estão localizadas. O Lifehacker aponta que as operações internacionais do Facebook, assim como de outras empresas norte-americanas, estão baseadas na Irlanda para evitar impostos. Então, a ideia de um “sistema de pagamento” baseado na Suíça parece, no mínimo, suspeito.

Quem é dono da Libra?

Durante a audiência, Zuckerberg insistiu em dizer que o Facebook é apenas parte de um grande grupo que controla a nova criptomoeda. Mas, aparentemente, ele não foi muito convincente. A representante Ayanna Pressley apontou que Zuckerberg tem controle de votos no Facebook, que por sua vez controla a Libra. "A Libra é o Facebook, e o Facebook é você", disse.

Em geral, o CEO do Facebook não foi capaz de mudar a opinião do Comitê. Ao ser acusado de "controlar" o CEO da Calibra David Marcus, Zuckerberg riu e disse que Marcus é seu funcionário, mas que "controlar" é uma palavra muito forte. Ou seja…

Outras implicações da Libra

O Congresso também se mostrou preocupado com o fato de que o caráter criptográfico da nova moeda possa facilitar transações ilegais, especialmente lavagem de dinheiro, financiamento do terrorismo e tráfico sexual.

O discurso do Facebook de criar a Libra para ajudar os "desbancarizados" também não convenceu. O deputado Sherman não poupou palavras para criticar o projeto e Zuckerberg:

[…] Para o homem mais rico do mundo vir aqui e se esconder atrás das pessoas mais pobres do mundo, e dizer que é quem você está tentando ajudar? Você está tentando ajudar aqueles para quem o dólar não é uma boa moeda: traficantes, terroristas e sonegadores de impostos.

Se é verdade ou não que a Libra foi criada para gerar lucros para o Facebook, o fato é que seu plano de evitar taxas, tornando-se um serviço financeiro digital gratuito, vai obviamente resultar em custos mais altos e preocupantes para o mundo, e é isso que o Congresso teme.

O que pensam Democratas e Republicanos

Se os Democratas adotaram uma abordagem agressiva contra Zuckerberg, os Republicanos, por outro lado, se mostraram muito mais amigáveis – inclusive apoiando o discurso do CEO do Facebook em alguns momentos.

A ideia defendida pelos representantes republicanos é que o mundo precisa de um concorrente norte-americano para competir com a criptomoeda da China, apoiada pelo governo – um argumento já utilizado pelo próprio Zuckerberg.

Além disso, eles concordaram que o sistema financeiro atual está estagnado e que, mesmo que o Facebook não seja a entidade ideal para dar uma agitada na situação, alguém vai ter que fazer isso. E, já que o Facebook possui os recursos necessários para isso e está disposto a realizar esse ato benevolente em prol do mundo, por que não?

Obviamente, o sistema financeiro atual sustentado pela corrupção e exploração dos mais pobres não está em linha com os valores defendidos por Democratas. O Facebook diz que quer combater esse sistema e, mesmo assim não consegue apoio desse grupo. Contraditoriamente, seu projeto que pretende lutar contra os bancos recebeu apoio (ainda que discreto) dos Republicanos. Ou seja, a nova criptomoeda tem causado conflitos de valores dentro dos próprios partidos, que precisam considerar inúmeras variáveis, possíveis consequências e tentar desvendar os verdadeiros interesses por trás do projeto.

O que mais foi discutido

Se os Republicanos apoiaram o Facebook em relação a Libra, essa mesma atitude não foi mantida quando o assunto foi "liberdade de expressão". Os representantes desse grupo acusam a rede social de censurar discursos por meio de resultados de pesquisa rebaixados, rótulos anexados a sites de desinformação conhecidos e classificação algorítmica.

Democratas, por outro lado, acusam o Facebook de não controlar os discursos na plataforma o suficiente, permitindo campanhas de desinformação em anúncios políticos. A empresa já afirmou que não faria uma checagem de fatos, o que obviamente não agradou ao Comitê.

Alexandria Ocasio-Cortez questionou quais mentiras especificamente ela poderia dizer em anúncios políticos. A resposta de Zuckerberg foi que ela não poderia pagar para direcionar anúncios a bairros predominantemente negros e dizer a eles a data errada da eleição, porque o Facebook proibiria anúncios de privação de direitos ou supressão de votos.

Mas e se forem anúncios, nas eleições primárias, alegando que os Republicanos votaram a favor do Green New Deal (projeto de autoria de Ocasio-Cortez com propostas econômicas para ajudar a combater as mudanças climáticas e a desigualdade econômica)? "Acho que provavelmente sim", gaguejou Zuckerberg.

Outro momento constrangedor foi quando diversos representantes acusaram o Facebook de permitir que anúncios imobiliários fossem segmentados de acordo com raça e classe social. Zuckerbeg ainda foi questionado sobre direitos civis e sobre a diversidade do seu próprio time. A reação do CEO do Facebook mostrou que ele não estava nem um pouco preparado para tratar desses assuntos ou fornecer propostas para redimir as violações cometidas pela empresa até agora.

Diante da falta de propostas por parte de Zuckerberg, a deputada Katie Porter deu uma sugestão ao falar sobre as condições degradantes a que os moderadores de conteúdo são submetidos, prejudicando sua saúde mental. Ela pediu que Zuckerberg se voluntariasse para passar uma hora por dia, durante um ano, monitorando o conteúdo em sua plataforma. O CEO recusou a proposta, afirmando que isso não parecia ser um bom uso do seu tempo.

O que vem a seguir

A audiência desta semana tinha o objetivo de esclarecer algumas questões sobre o projeto Libra e mostrar ao público algumas preocupações válidas levantadas pelo Congresso e como o Facebook pretende lidar com elas. No entanto, o debate foi mais um interrogatório com Zuckerberg evitando confrontos e se limitando a respostas básicas e sem muitas explicações ou propostas.

O cenário já não estava muito favorável para o projeto Libra e, após essa audiência, ficou claro que o Facebook terá muitas batalhas pela frente até que sua criptomoeda se torne realidade. Resta saber se o projeto continuará sendo viável ou se a empresa e suas parceiras acabarão desistindo.

[Lifehacker]

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Como funciona o Sycamore, o computador quântico do Google

Posted: 24 Oct 2019 10:38 AM PDT

Entre as vistas montanhosas e costeiras de Goleta, Califórnia, fica um escritório despretensioso ao lado de um prédio próximo à rodovia. Poderia pertencer a qualquer empresa do sul da Califórnia; os trabalhadores sentam-se em cubículos cinzentos sob luzes fluorescentes e há um rack para guardar as bicicletas e as pranchas de surf dos funcionários. Mas nessas mesas estão físicos e cientistas da computação desenvolvendo um computador como nenhum que você já viu antes. Por trás de um conjunto de portas duplas, as máquinas cilíndricas mantêm os chips de computador a temperaturas mais baixas que o vácuo do espaço.

Aqui, os cientistas do Google têm trabalhado para criar um processador de computador que pode resolver um problema difícil demais para os melhores supercomputadores do mundo. Na quarta-feira (23), eles anunciaram que foram bem-sucedidos: o computador quântico Sycamore conseguiu resolver em 200 segundos um problema que um supercomputador precisaria de 10.000 anos para resolver, de acordo com suas estimativas. É um problema único e simulado, e o chip falharia em uma competição contra um supercomputador para somar dois mais dois. Mas os cientistas do Google pensam que alcançaram um marco histórico da computação.

O escritório quântico do Google com seu logotipo quântico. Parece como qualquer outro escritório chato à primeira vista. Foto: Ryan F. Mandelbaum/Gizmodo

“Uma crítica que ouvimos muito é que inventamos esse problema artificial de benchmark – [o Sycamore] ainda não faz nada de útil”, disse Hartmut Neven, diretor de engenharia do Google, vestido com um casaco prateado que lembra um traje espacial, a jornalistas em um evento para a imprensa. "É por isso que gostamos de compará-lo a um momento do Sputnik. O Sputnik também não fez muita coisa. Tudo o que fez foi circular ao redor da Terra. No entanto, foi o início da era espacial".

Na quarta-feira, o Google forneceu aos jornalistas um primeiro olhar sobre o dispositivo e como ele foi capaz de concluir o experimento.

Enquanto computadores clássicos usam transistores para representar dados em zeros e uns, computadores quânticos representam dados usando átomos artificiais, chamados qubits. Em vez de simplesmente usar as regras da lógica, esses qubits interagem através da estranha matemática da mecânica quântica. Eles assumem zero ou um e produzem longas cadeias de código binário como computadores clássicos fazem, mas durante o cálculo, eles podem assumir estados entre zero e um, que determinam a probabilidade de você obter zero ou um na medição final .

O lustre que mantém o chip frio. Todos os fios na parte inferior se conectam ao processador. Foto: Ryan F. Mandelbaum/Gizmodo

Cada qubit é feito de um pequeno fio supercondutor em forma de sinal de soma. Não apenas a corrente viaja sem resistência através desses sistemas, mas é quase como se a unidade inteira atuasse como um único elétron. Cada sinal de soma toca em outros quatro sinais em forma de grade.

O chip (que se parece muito com qualquer chip de processamento comum para o observador leigo) fica em um invólucro na parte inferior de uma estrutura em forma de bolo de casamento de cabeça para baixo, mantido em uma câmara de vácuo. O ambiente fica progressivamente mais frio a cada camada até atingir a temperatura operacional de 15 miliKelvin. Uma confusão de fios envia minúsculos pulsos de microondas ao qubit, fazendo com que ele assuma estados de agitação que são medidos por outro minúsculo componente conectado ao sinal de soma.

Os cientistas do Google projetaram o experimento de supremacia quântica em 2016. A premissa: estabeleça um circuito aleatório com esses portões quânticos. Meça novamente o mesmo circuito milhares a milhões de vezes, e certas sequências de zeros e uns se tornarão mais prováveis ​​que outras, através de um efeito chamado interferência quântica. Faça um supercomputador simular o computador quântico e peça para ele tentar criar uma distribuição de probabilidade semelhante dessas sequências. Com cada qubit adicional (e com cada operação adicional), fica muito mais difícil para o supercomputador acompanhar. Os cientistas do Google sentiram-se seguros porque, executando 53 dos 54 qubits do Sycamore (um não estava funcionando), eles superaram o supercomputador. Confirmar que a resposta está correta é uma questão de diminuir ligeiramente a complexidade do circuito, executando-o de uma maneira que o supercomputador possa verificar, e depois extrapolar.

Uma comparação dos vários chips quânticos do Google. Foto: Ryan F. Mandelbaum/Gizmodo

Com a ajuda do físico da Universidade do Texas Scott Aaronson, eles até inventaram um uso para esse experimento de supremacia quântica. Ele gera bits aleatórios, e a aleatoriedade é importante em áreas como criptografia e loteria. Mas e se não for realmente aleatório – e se alguém puder adivinhar secretamente o número supostamente aleatório? Com esse experimento, o Google pode verificar para você que um computador comum não poderia ter criado esses números aleatórios.

Apesar da conquista tecnológica, o computador está propenso a erros. Qualquer interação com o mundo exterior pode fazer com que o qubit gere os valores errados. Mas o experimento demonstrou que, à medida que mais qubits são adicionados, o número de erros aumentará de maneira previsível. O layout, especificamente a estrutura dos sinais de soma, deve ser compatível com um futuro em que eles possam antecipar e solucionar esses problemas.

“Mostramos que temos uma compreensão desses erros”, disse a cientista do Google Marissa Giustina. "Essa é uma peça fundamental da engenharia e da física". (Para sua informação, Giustina era a única mulher cientista na sala).

Um diagrama de um circuito quântico usado no experimento de supremacia. O circuito estava funcionando no processador Sycamore enquanto conversávamos. Foto: Ryan F. Mandelbaum/Gizmodo

Eu também pude programar o computador. Semelhante à experiência Q da IBM, você usa uma interface de computador comum para arrastar operações de alteração de valor qubit e de geração de pulso para cada qubit, como notas musicais. Os osciloscópios mostravam a forma dos pulsos que eu estava enviando para os qubits. Observei como a probabilidade de cada qubit final de entregar um zero ou um mudava a cada operação adicional.

Muitos cientistas já levantaram críticas de que os computadores clássicos realmente podem executar o experimento de supremacia em menos tempo ou que o algoritmo clássico correto ainda não foi encontrado. Neven respondeu à alegação da IBM de que levaria um supercomputador clássico 2,5 dias, em vez de 10.000 anos, para executar o experimento de supremacia:

“Desde que publicamos a sugestão de supremacia quântica, houve um fluxo constante de melhorias no lado clássico que se tornaram referência dos supercomputadores clássicos”, disse ele. Ele explicou que os pesquisadores da NASA, do Oak Ridge National Lab e de outros países estão trabalhando para melhorar os algoritmos clássicos de computação, para que o dispositivo do Google tenha supercomputadores de ponta para competir.

Os pulsos de microondas sendo enviados para os qubits. Foto: Ryan F. Mandelbaum/Gizmodo

No campo científico, o Google demonstrou um sistema quântico grande e complicado, muito mais complexo do que já foi mostrado anteriormente. E no campo da computação, entramos em território desconhecido: os computadores quânticos agora são dispositivos que, talvez, possam fazer algo que um computador clássico não pode.

Giustina disse: “Chegamos a um espaço novo em computação, que nenhuma outra ferramenta pode alcançar”.

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Dados da New Horizons mostram o lado distante de Plutão com nível inédito de detalhes

Posted: 24 Oct 2019 09:22 AM PDT

Planície Sputnik de Plutão, em formato de coração

Quando a sonda New Horizons passou por Plutão em 14 de julho de 2015, ela só conseguiu observar um lado do planeta anão. Os cientistas agora revisaram os dados coletados pela nave da NASA durante a aproximação com o objeto e enquanto ela viajava para longe, resultando na análise mais detalhada do lado distante e elusivo de Plutão.

Usando suas duas câmeras de bordo – a câmera de reconhecimento de longo alcance (LORRI, na sigla em inglês) e a câmera de imagem visível multiespectral (MVIC) – a New Horizons foi capaz de capturar imagens espetaculares do chamado “lado próximo” de Plutão revelando características como cadeias de montanhas, crateras de impacto e planícies extensas cheias de nitrogênio congelado.

Não foi possível capturar imagens aproximadas do “lado distante” de Plutão, já que a New Horizons viaja pelo espaço profundo a velocidades que atingem 50,7 mil quilômetros por hora. Além disso, Plutão leva pouco mais de seis dias terrestres para completar o movimento de rotação, o que significa que a New Horizons já estava longe quando o lado mais distante estaria visível para a sonda.

Mapa atualizado de Plutão mostrando o lado mais distante (a região abaixo da linha branca). As áreas em preto não puderam ser visualizadas pela New Horizons. Imagem: NASA/New Horizons/S. A. Stern et al., 2019

Apesar disso, a nave foi capaz de capturar imagens e fazer medições à medida que se aproximava de Plutão, quando ainda estava a vários milhões de quilômetros de distância do planeta anão.

“Foi frustrante, é claro”, escreveu Paul Schenk, astrônomo do Lunar and Planetary Institute e coautor da nova pesquisa, em um e-mail ao Gizmodo. “Não conseguimos ver bem o outro lado de Plutão quando voamos tão rápido em 2015, mas conseguimos imagens de aproximação”.

Mapa com anotações mostra as características de Plutão (nomes em fontes regulares são oficiais, enquanto nomes em itálico são de uso informal). Imagem: NASA/New Horizons/S. A. Stern et al., 2019

O novo estudo, publicado no arXiv no final de semana passado, apresenta a primeira compilação dos dados de baixa resolução da New Horizons, além de oferecer a primeira análise geológica desse conjunto de dados.

Em uma entrevista por telefone com o Gizmodo, Alan Stern, cientista planetário do Southwest Research Institute e autor principal do novo artigo, disse que sua equipe estava motivada a rever esses “dados de menor prioridade” para “montar os melhores mapas possíveis do lado distante de Plutão”. A equipe planeja submeter o artigo à revista científica Icarus para que seja revisado por pares.

É importante ressaltar que a New Horizons também conseguiu tirar fotos de Plutão enquanto ele eclipsava o Sol, revelando a borda do planeta anão a partir desse ângulo particular.

“Tem sido fascinante juntar algumas das peças desse quebra-cabeças usando todos os diferentes conjuntos de dados que a New Horizons adquiriu”, disse Schenk. “Por exemplo, a camada de neblina que envolve Plutão nos permite ver a borda do planeta nessas áreas em perfil. Isso tem sido fundamental para determinar onde estão as áreas mais suaves e escarpadas nas regiões pouco visíveis de Plutão, e podemos ampliar nossa compreensão dessas zonas”.

Oliver White, coautor do estudo e cientista planetário do Instituto SETI, disse que a escala das imagens tiradas do lado distante “varia de quilômetros por pixel a dezenas de quilômetros por pixel”, e que, nessa escala, “as variações no brilho da superfície são o melhor indicador de variações na geologia da superfície, então, nesse sentido, pode-se dizer que o mosaico é de ‘qualidade superior’ ao que tínhamos antes”, acrescentando que isso era essencial para o mapeamento geológico mostrado no artigo.

Mapa mostrando o albedo, ou brilho, da superfície de Plutão (azul é mais escuro, vermelho é mais brilhante). Imagem: NASA/New Horizons/S. A. Stern et al., 2019

A nova análise revelou uma dicotomia hemisférica distinta em Plutão, na qual seus dois lados apresentam características geológicas e topográficas contrastantes. O mesmo pode ser dito da nossa Lua, em que as grandes planícies basálticas escuras formadas por antigos vulcões no lado próximo estão em grande parte ausentes do lado distante.

Em termos da dicotomia hemisférica de Plutão, o lado mais próximo do planeta anão (o lado que estava voltado para a New Horizons) possui uma região com forma de coração, conhecida como Planície Sputnik – uma bacia brilhante, coberta de gelo, composta principalmente de nitrogênio congelado. O “lado oposto de Plutão não tem os fenômenos equivalentes”, disse Stern.

A New Horizons também revelou uma característica bizarra e nunca antes vista ao longo das regiões mais a leste do lado próximo de Plutão: fragmentos de gelo do tamanho de um arranha-céus. Chamadas de “terrenos de lâminas”, essas estruturas são compostas principalmente de gelo de metano e podem atingir alturas de 300 metros ou mais. Os cientistas nunca viram nada parecido antes, mas estes terrenos com lâminas também parecem estar espalhados pelo lado distante de Plutão.

“Esses terrenos são muito comuns em metade do planeta”, disse Stern.

Stern e seus colegas também documentaram uma região do lado distante caracterizada por manchas escuras e linhas de intersecção. Acontece que a Planície Sputnik está em posição antipodal em relação a essa região, o que significa que ela está localizada diretamente no lado oposto.

A Planície Sputnik possivelmente é uma bacia de impacto que se formou a partir de uma colisão maciça com um grande objeto – uma colisão que poderia ter enviado ondas de choque para o outro lado. Assim, a Planície Sputnik e as características escuras e lineares do lado mais distante podem estar ligadas por esse evento de impacto. Astrônomos têm observado este fenômeno em outros lugares, como em Mercúrio.

Mapa geológico do lado distante de Plutão mostrando as unidades geológicas. Imagem: S. A. Stern et al., 2019

Stern disse que os novos resultados o deixaram entusiasmado.

“Os dados que interpretamos foram 100 vezes melhores do que as imagens de Plutão que tínhamos antes da passagem, mas também são 20 vezes piores do que os dados que temos do lado próximo”, disse Stern ao Gizmodo, acrescentando que as imagens são bastante borradas. “Isso nos deixa ansiosos para ver esse lado distante, e gostaríamos de poder ver melhor o que são esses lugares”.

Stern disse que o novo artigo traz um forte argumento para uma nova missão a Plutão, especificamente um orbitador para estudar o lado distante. Para isso, o Southwest Research Institute gastou recentemente “meio milhão de dólares” para investigar essa possibilidade, e agora há “muita conversa na comunidade científica” para estudar Plutão com financiamento da NASA, segundo Stern.

“Este artigo tem a intenção de ser ‘o’ artigo sobre o lado distante de Plutão, usando dados da New Horizons”, disse White. “Eu acho que nós tiramos praticamente tudo o que era possível dos dados que estavam disponíveis. Ou seja, somente dados de uma futura missão a Plutão que investigue o lado distante – na verdade, toda a superfície de Plutão – em um grau melhor nos permitirá refinar significativamente nossas ideias”.

Uma missão a Plutão seria definitivamente incrível. O ex-planeta está se tornando muito mais fascinante do que poderíamos imaginar.

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Motorola antecipa linha com os novos Moto G8 Play e Moto G8 Plus por a partir de R$ 1.099

Posted: 24 Oct 2019 07:36 AM PDT

Moto G8 Play

Em um anúncio ao melhor estilo "deu a louca no gerente", no mesmo evento do Motorola One Macro, a empresa também resolveu apresentar ao mercado nacional os novos Moto G8 Play e Moto G8 Plus, rompendo uma tradição de lançar anualmente aparelhos da linha Moto G.

Segundo Rodrigo Vidigal, diretor de marketing para produtos móveis da Motorola, a antecipação tem relação com os consumidores. "Reduzimos o ciclo de vida de produtos, pois estamos trazendo mais rápido aquilo que o consumidor quer usar agora. Se temos a tecnologia agora, por que esperar?".

Os aparelhos já estão disponíveis no varejo, sendo que o Moto G8 Play tem preço sugerido de R$ 1.099, enquanto o Moto G8 Plus custa R$ 1.699

O corpo dos dois Moto G8 é praticamente o mesmo. Então, o Play tem display de 6,2 polegadas HD, enquanto o Plus tem tela de 6,3 polegadas FullHD. A bateria dos dois aparelhos é de 4.000 mAh.

No Moto G8 Play, ele vem com 2 GB de RAM e 32 GB para armazenamento (expansível com microSD). Já o Moto G8 Plus vem com especificações um pouco mais caprichadas, com 4 GB de RAM e 64 GB de armazenamento.

A diferença dos aparelhos está basicamente nas câmeras e no processador. O G8 Play vem com chip MediaTek Helio P70 octa-core de 2 GHz, enquanto o G8 Plus tem Snapdragon 665, da Qualcomm.

Sobre as câmeras, é interessante que o G8 Play conta com um sensor ultra-wide de 117 graus. Além disso tem um sensor de 13 MP e um sensor de profundidade.

Já o G8 Plus contará com um sensor de 48 MP (com Quad Pixel, tecnologia que combina quatro pontos em um, resultando em imagens de 12 megapixels), um de 16 MP com de 117 graus action cam e ainda um sensor de profundidade para auxiliar em fotos em que é necessário desfocar o fundo. Para selfie, o aparelho vem com um sensor de 25 MP f/2.0.

Moto G8 PlusEsta é a traseira do Moto G8 Plus

A Motorola quis melhorar o sistema de som nessa geração. O argumento da companhia é que, segundo pesquisas feitas por eles, as pessoas usam mais os alto-falantes para consumir conteúdo no smartphone do que fones de ouvido. Então, o G8 Plus tem um sistema Dolby Audio que permitem batidas 50% mais fortes que versões anteriores.

Moto G8 Play
Celular Motorola Moto G8 Play Vermelho Magenta 32gb Câmera Tripla 13mp + 8mp + 2mp
R$1099

Especificações do Moto G8 Play

  • Sistema: Android 9 Pie
  • Memória: 2 GB de RAM
  • Armazenamento: 32 GB (expansível até 512 GB)
  • Tela: 6,2'' HD+
  • USB-C + entrada de fone de ouvido
  • Câmeras traseiras: 8 MP ultra-wide de 117º + 13 MP f/2.0 + sensor de profundidade de 2MP
  • Câmera selfie: 8 MP
  • Processador: Mediatek Helio P70M – 2 GHz octa-core
  • Bateria: 4.000 mAh
  • Dimensões: 15,76 x 7,54 x 0,9 cm
  • Peso: 183,6 kg
  • Desbloqueio: impressão digital
  • Preço: R$ 1.099

Especificações do Moto G8 Plus

  • Sistema: Android 9 Pie
  • Memória: 4 GB de RAM
  • Armazenamento: 64 GB (expansível até 512 GB)
  • Tela: 6,3'' Full HD+
  • USB-C + entrada de fone de ouvido
  • Câmeras traseiras: 48 MP Quad Pixel f/1.7 + sensor de profundidade de 5 MP + 16 MP
  • câmera de ação ultra-wide f/2.2
  • Câmera selfie: 25 MP f/2.0
  • Processador: Qualcomm Snapdragon 665 – octa-core (quad-core 2 GHz + quadr-core 1,8 GHz)
  • Bateria: 4.000 mAh
  • Dimensões: 15,84 x 7,58 x 0,91 cm
  • Preço: R$ 1.699

E6 Play chega em novembro

Moto E6 Play

Aproveitando a ocasião, a Motorola também lançou mais um dos seus aparelhos de entrada, o E6 Play. O aparelho tem 32 GB de armazenamento (expansível até 256 GB), tela de 5,5 polegadas HD (18:9) e bateria de 3.000 mAh.

O E6 Play conta ainda com uma câmera traseira de 13 MP e na frente há um sensor de 5 MP para selfies.

Diferente dos outros aparelhos, ele só estará disponível no varejo em novembro e ainda não tem preço sugerido.

O Gizmodo Brasil pode ganhar comissão sobre as vendas. Os preços são obtidos automaticamente por meio de uma API e podem estar defasados em relação à Amazon.

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One Macro é o novo smartphone da Motorola para tirar foto bem de perto; aparelho custa R$ 1.399

Posted: 24 Oct 2019 07:28 AM PDT

Motorola One Macro

A linha Motorola One estreou no ano passado e, aparentemente, está dando certo. Tanto é que a empresa norte-americana apresentou nesta quinta-feira (24) a quarta versão da série, o Motorola One Macro, em evento realizado em São Paulo.

O aparelho Motorola One Macro já está disponível no varejo por R$ 1.399.

Como o nome sugere, a ideia com ele é que as pessoas possam tirar fotos bacanas de objetos muito próximos. Para isso, ele vem com um sensor macro de 2 MP (que a empresa chama de Macro Vision) capaz de capturar objetos com uma distância de até 2 cm. Se você já tentou tirar foto com seu smartphone convencional de uma flor muito de perto, sabe que dificilmente ele conseguirá fazer isso bem — muito provavelmente, o software de câmera pedirá para você se afastar do objeto.

Além disso, o Motorola One Macro contará com um sensor de 13 MP com abertura F/2.0 e autofoco a laser. Com ela, será possível gravar em 1080p a 60 quadros por segundo e a fazer vídeos em slow motion em 120 quadros por segundo. Para selfies, o sensor frontal é de 8 MP, que ficará num entalhe em forma de gota.

Detalhes das câmeras do Motorola One Macro

O aparelho tem tela de 6,2 polegadas com resolução de 1520 x 720 e proporção 19:9. Quanto às especificações restantes, [produto_amazon#]são 4 GB de RAM, 64 GB de armazenamento, bateria de 4.000 mAh (com carregamento de 10W) e chip MediaTek Helio P70, equivalente com a série Snadragon 600, da Qualcomm.

Motorola One Macro
Celular Motorola Moto One Macro Azul Espacial 64gb Câmera Tripla 13mp+2mp+2mp
R$1399

Motorola One Macro

  • Sistema: Android 9 Pie
  • Memória: 4 GB de RAM
  • Armazenamento: 64 GB (expansível até 512 GB)
  • Tela: 6,2'' HD+ (19:9)
  • USB-C + entrada de fone de ouvido
  • Câmeras traseiras: 13 MP + 2 MP + 2 MP (Macro Vision) + foco a laser
  • Câmera selfie: 8 MP
  • Processador: Mediatek Helio P70M – 2 GHz octa-core
  • Bateria: 4.000 mAh
  • Dimensões: 15,76 x 7,54 x 9 cm
  • Peso: 183,6 kg
  • Desbloqueio: impressão digital
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Funcionários do Google suspeitam que software interno foi projetado para evitar dissidência

Posted: 24 Oct 2019 06:00 AM PDT

Funcionários do Google em protesto

Funcionários do Google estão desconfiados de que a empresa possa estar construindo “uma ferramenta de vigilância interna” com o objetivo de reprimir a dissidência dos empregados, como aponta uma reportagem da Bloomberg publicada nesta quarta-feira (23).

A Bloomberg cita um memorando interno de um funcionário do Google que aponta que uma extensão de navegador, executada em uma versão interna do Google Chrome e que registra a atividade na empresa, teria como objetivo sinalizar automaticamente qualquer funcionário que criasse um evento no calendário “com mais de 10 salas ou 100 participantes”.

O memorando argumenta que essa funcionalidade é uma “tentativa da liderança de saber imediatamente sobre quaisquer tentativas de organização dos trabalhadores”; três funcionários do Google também conversaram anonimamente com a Bloomberg sobre o assunto. Engenheiros que trabalharam nessa extensão também disseram que o propósito é a “aplicação de políticas”, enquanto outros funcionários foram impedidos de ver os documentos do projeto pertencentes ao software.

O Google, por sua vez, disse que trata-se de prevenção básica de spam, dizendo à Bloomberg em um comunicado que “essas alegações sobre a operação e o propósito dessa extensão são categoricamente falsas. Esse é um lembrete em formato de pop-up que solicita que as pessoas fiquem atentas antes de adicionarem automaticamente uma reunião aos calendários de um grande número de funcionários”.

Recentemente, os funcionários do Google levantaram preocupações em torno de um contrato da companhia batizado de Project Maven, que previa o desenvolvimento de um drone com inteligência artificial para o Pentágono, que posteriormente foi descontinuado, e se colocaram contra os planos da empresa de criar um mecanismo de busca na China com censura.

Eles também protestaram contra a forma como a empresa lida com os executivos acusados de assédio e agressão sexual com uma manifestação em escritórios de várias partes do mundo no ano passado. Os organizadores envolvidos nesse protesto alegaram que foram retaliados, algo que o Google nega.

Terceirizados do Google em Pittsburgh, na Pensilvânia, se sindicalizaram, enquanto funcionários na Suíça teriam sugerido à administração para discutir algo similar.

Essa tensão interna ao longo dos últimos meses coincide com uma série de funcionários conservadores do Google que afirmaram que os liberais da empresa empresa discriminaram os seus pontos de vista. Entre eles estão os ex-engenheiros James Damore e Kevin Cernekee, que tentaram se tornar celebridades no circuito de mídia de direita. As afirmações alimentaram as teses infundadas de políticos republicanos de que o Google suprime sistematicamente o discurso conservador.

A soma desses fatores parecem ter se transformado em uma grande dor de cabeça para o Google, conhecido por sua “cultura de comunicação aberta“. Em agosto, a empresa emitiu novas diretrizes de comunidade para os funcionários cujo o objetivo parecia ser a contenção de discussão política no trabalho e os questionamentos às decisões da administração do Google.

Essas diretrizes incluíam trechos como “evite conversas que sejam perturbadoras para o local de trabalho ou que violem as políticas do local de trabalho do Google” e “tenha cuidado para não fazer declarações falsas ou enganosas sobre os produtos ou negócios do Google que possam minar a confiança nos nossos produtos e no trabalho que fazemos”.

O Google também afirmou que contrataria novos moderadores e criaria uma ferramenta para assinalar mensagens internas problemáticas, embora não esteja claro se essa é a extensão do Chrome que está começando a surgir nos computadores dos funcionários.

De acordo com a Bloomberg, o memorando sobre a suposta ferramenta de monitoramento interno sugeriu que ela, de fato, tem como objetivo ajudar o Google a aplicar essas diretrizes. O site relatou que a ferramenta está programada para ser lançada até o final de outubro, embora dois funcionários tenham dito que ela já está instalada em seus computadores de trabalho. Outra fonte disse à Bloomberg que a ferramenta é o tópico mais requisitado nas reuniões semanais que reúnem todos os funcionários da empresa.

[Bloomberg]

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Tudo sobre Amazon Prime: o que é e quais são os seus benefícios

Posted: 24 Oct 2019 05:43 AM PDT

Caixas de entrega da Amazon. Crédito: Patrick Semansky/AP

O pacote de benefícios para assinantes da Amazon finalmente chegou ao Brasil. Agora – além do Prime Video (serviço de streaming de filmes e séries) e do Twitch (plataforma de jogos online), que antes eram assinados individualmente -, com o Amazon Prime, os brasileiros ganham descontos em produtos, frete grátis, plataforma de música e de leitura, além de ofertas exclusivas na gigante de varejo.

Nesse texto, vamos explicar de onde surgiu esse modelo de negócios, destrinchar todas as suas ofertas e entender no fim se vale ou não contratar os serviços Amazon Prime. Uma história que começa bem antes da Amazon ser considerada uma das empresas mais valiosas do mundo e o seu reinado ser expandido para muito além de livros e DVDs.

Amazon antes de ser Prime

Em 2004, a Amazon sofria grande concorrência nos Estados Unidos. A varejista Best Buy vivia seus dias de expansão, com vendas crescendo 17% ao ano. A Toys ‘R’ Us processava a empresa fundada e dirigida por Jeff Bezos, alegando que havia violado um acordo que as duas empresas tinham para que a rede de lojas de brinquedos fosse um exclusiva na Amazon.com.

Jeff Bezos, CEO e fundador da AmazonJeff Bezos, CEO da Amazon. Crédito: Amazon

Para ajudar mais ainda, durante a temporada de festas, o site da Amazon sofreu repetidas quedas, atraindo a ira dos clientes e da imprensa.

A Amazon valia US$ 18 bilhões na época. Seu principal concorrente, o eBay, por outro lado, era um queridinho da Internet e valia quase US$ 33 bilhões. Se você fosse uma pessoa de "fora" e tivesse que escolher uma como o futuro do e-commerce, talvez fosse difícil imaginar a Amazon como a vencedora.

Mas fato é que 15 anos depois, a história provou-se outra e hoje a Amazon vale mais de US$ 900 bilhões, em comparação com apenas os US$ 33 bilhões do eBay, que desmembrou e sucateou sua mais valiosa divisão: o PayPal.

O serviço, lançado em fevereiro de 2005 nos Estados Unidos, foi o primeiro do gênero: por um pagamento adiantado de US$ 79, os clientes eram recompensados ​​com uma entrega de dois dias ilimitada em seus pedidos. Na época, a Amazon cobrava US$ 9,48 pela entrega em dois dias, ou seja, se você fizesse apenas nove desses pedidos em um ano, o Prime pagaria por si só.

“Mesmo para pessoas que podem pagar pelo transporte de dois dias, isso parece um luxo indulgente”, disse Bezos sobre o Prime, em uma ligação com analistas de Wall Street quando o serviço fora lançado em 2005.

Com isso, a Amazon aumentou o nível de conveniência nas compras online. Isso, por sua vez, acabou mudando os tipos de produtos que as pessoas estavam dispostas a comprar online. Precisa de um presente de última hora ou o pacote de fraldas está quase no final? A Amazon passou a ser uma alternativa ao imediatismo das lojas físicas.

A aposta de Bezos deu certo. Membros do Prime começaram a gastar mais e comprar com mais frequência do que não membros. Em 2018, foram registrados mais de 100 milhões de membros pagantes no mundo todo. Tacada certeira, não?

Foi logo no ano seguinte, em 2006, que a Amazon voltou a apostar alto e anunciou o avô do Prime Video: o Amazon Unbox, um serviço lançado com milhares de programas de TV e filmes disponíveis para venda ou aluguel por download. A Amazon estava disposta a lançar o serviço, embora tivesse o potencial de canibalizar seu próprio negócio de DVDs. É o DNA dos inquietos que mais uma vez mordia sua cultura de inovação.

Em 2011, a Amazon renomeou seu serviço para Amazon Instant Video – e com o crescente barulho da Netflix -, acrescentou mais de 5 mil filmes e programas de TV em seu catálogo exclusivo. As plataformas de streaming deram um boom, a Amazon soube surfar essa onda sem abdicar da sua atividade econômica principal e se tornou uma das empresas mais polivalentes a oferecer aos seus membros um pacote completo de benefícios.

Amazon Prime no Brasil

O Amazon Prime funciona como um grande pacote de serviços que oferece aos assinantes ofertas exclusivas, frete grátis e uma série de conteúdos digitais distribuídos via streaming.

Imagem promocional da estreia do Amazon Prime no BrasilImagem de estreia do serviço Amazon Prime no Brasil. Crédito: Amazon

A assinatura do Amazon Prime pode tanto ser mensal quanto anual e os preços costumam ser baixos e atrativos. Além disso, também é possível assinar pacotes adicionais que te dão um acesso ainda mais amplo ao acervo de livros digitais e de músicas da Amazon.

Lançado em setembro de 2019 no Brasil, o Amazon Prime já é utilizado por mais de 100 milhões de pessoas em 18 países. O Brasil é o 19º país e o primeiro da América Latina a receber o pacote de assinatura da Amazon.

Amazon Prime: o que está incluso no pacote?

Para que você conheça em detalhes as características de cada um dos benefícios do Amazon Prime, listamos todos eles a seguir.

Prime Video

Trata-se do streaming de vídeos da Amazon, que traz filmes, séries e documentários, produzidos pela própria empresa e licenciados de outras produtoras e estúdios de cinema.

Membros Prime tem acesso a um catálogo com milhares de filmes e séries, a qualquer hora, em qualquer lugar e em diversos dispositivos – seja no site ou no app Prime Video, seja no seu celular, tablet (Android e iOS) ou em Smart TVs selecionadas, além de consoles de videogame, Fire TV Stick, Apple TV e Google Chromecast.

Tela do serviço de vídeo da Amazon Prime Video

É possível acessar o conteúdo em até três dispositivos ao mesmo tempo e ainda offline ao baixar os títulos.

Amazon Prime: o que muda se você já era assinante do Prime Video?

Antes da chegada do Amazon Prime, o Prime Video era acessado por meio de uma assinatura de R$ 14,90 ao mês, com um período promocional de seis meses por R$ 7,90.

A questão é que o Prime Video agora faz parte do pacote Amazon Prime, com a vantagem de que a assinatura mensal é mais barata (R$ 9,90 ao mês). O que muda então para os assinantes do Prime Video?

Se você já paga pelo Amazon Prime Video, não se preocupe, porque você não será prejudicado. Muito pelo contrário. De acordo com a Amazon, os atuais assinantes do Prime Video serão migrados automaticamente para o Amazon Prime.

Dessa forma, se você já era assinante do streaming de vídeo, a partir de agora passará a pagar o novo valor, mais barato, e ainda terá acesso a todos os outros benefícios do pacote Prime.

Prime Music

Os membros Amazon Prime podem acessar o Prime Music e desfrutar de mais de 2 milhões de músicas sem anúncios. O Prime Music também disponibiliza centenas de playlists e estações, sem nenhum custo adicional.

Os assinantes do Amazon Prime poderão ouvir as músicas do Prime Music com o aplicativo Amazon Music, disponível para celulares e tablets iOS e Android, com o Fire TV, em webplayer; ou no carro, com os apps Android Auto ou Apple CarPlay.

Amazon Music Unlimited

Já o Amazon Music Unlimited é o serviço de música por assinatura que possui um catálogo de mais de 50 milhões de músicas, além de centenas de playlists e estações selecionadas com curadoria humana. Também sem anúncios, permite fazer o download de músicas para ouvir offline e oferece recomendações com base no que você ouve, assim como playlists para momentos específicos. Custa R$ 16,90 por mês ou R$ 169 por ano.

O Amazon Music Unlimited não oferece um plano gratuito com anúncios, assim como faz o Spotify, mas permite testar a plataforma por 90 dias sem ter custos no Brasil.

É verdade que, com a assinatura do Amazon Prime, você já pode ouvir as mais de duas milhões de músicas sem anúncios por streaming ou baixá-la para escutar sem conexão usando o benefício do Amazon Prime Music, embutido no pacote de serviços adicionais.

Mesmo se você for cliente do Amazon Prime, precisará se inscrever no Amazon Music Unlimited. Este é quem concorre com Spotify, Deezer, Tidal e Apple Music.

Há também um Plano Família, que permite incluir até seis membros da família, todos ouvindo músicas ao mesmo tempo e em todos os dispositivos compatíveis. Os preços mudam, de R$ 25,90 ao mês e de R$ 259 ao ano.

Resumindo, a principal diferença entre as duas modalidades é o catálogo de músicas. Enquanto o Prime Music tem 2 milhões de faixas, o Amazon Music Unlimited tem mais de 50 milhões. É como se a Netflix oferecesse um plano simples, com alguns filmes e séries grátis, e o acervo completo em um plano pago.

Prime Reading

O Amazon Prime Reading é uma versão mais modesta do Kindle Unlimited, o serviço de assinatura de livros da Amazon. O plano que vem junto com o Amazon Prime dá direito a uma seleção de livros e revistas rotativas, que você pode ler no seu Kindle, no aplicativo para celular ou navegador no computador.

A Amazon informa que o acervo do Prime Reading contém "centenas" de livros de ficção e não-ficção, além de revistas periódicas da Editora Abril, como Veja, Superinteressante, Saúde e Claudia. Entre os livros, há títulos de autores como Anthony Burgess, Mario Sergio Cortella, Bram Stoker, J.K. Rowling, Chuck Palahniuk, Franz Kafka, cobrindo temas como romance, auto-ajuda, espiritualidade e outros assuntos.

É preciso deixar bem claro: o Prime Reading não é o Kindle Unlimited. Para ter acesso a um grande catálogo de livros de forma permanente, é preciso assinar o plano adicional, independente do Amazon Prime.

Captura de tela do serviço Kindle Unlimited em inglês

Uma vez que você assinar o Amazon Prime, já poderá baixar e ler livros que fazem parte do catálogo rotativo, tanto pelos leitores Kindle quanto pelos apps para iPhone e Android ou pelo navegador. Os livros que fazem parte do plano estão marcados com o selo "Prime".

Kindle Unlimited

O Kindle Unlimited, o serviço de assinatura de livros da Amazon, é um plano à parte, que custa R$ 19,90 por mês, com um período de testes de 30 dias. O Prime Reading conta com um catálogo bem menor de livros (o Kindle Unlimited disponibiliza mais de 1 milhão de e-books) e, como se não bastasse, o acervo é rotativo: de tempos em tempos a Amazon varia os livros e revistas disponíveis, independente se você terminou de ler.

Twitch Prime

A Twitch TV é uma plataforma de streaming com foco em transmissões de jogos eletrônicos, incluindo campeonatos de e-sports transmitidos ao vivo ou on-demand.

O Twitch Prime é um serviço de assinatura premium da Twitch TV feito através da Amazon Prime Video, plataforma de streaming de filmes e séries. Os assinantes do Twitch Prime possuem algumas vantagens, como:

  • Inscrição de canal: todo assinante da Twitch Prime recebe uma inscrição de canal a cada 30 dias. Ao se inscrever em um determinado canal, o usuário tem alguns benefícios, como acesso à emotes personalizados para usar em toda a plataforma, mudar a cor do bate-papo, distintivo de inscrito e visualização de vídeos sem anúncios em alguns canais.
  • Jogos liberados: a Twitch Prime oferece aos seus usuários todos os meses o acesso exclusivo a alguns jogos. Em média, são disponibilizados cinco títulos por vez. Porém, no mês de julho de 2018, por exemplo, foram concedidos 21 games em comemoração ao Prime Day (uma espécie de Black Friday fora de época, exclusiva da Amazon). O resgate dos títulos é feito durante um certo período do mês vigente.

Se você está em dúvida se vale a pena ou não investir no serviço, a Twitch Prime está disponível para teste grátis por sete dias. O teste inclui todos os benefícios da assinatura, exceto a inscrição de canal, que só é liberada após o período de teste gratuito.

Frete ilimitado e grátis na Amazon

Atualmente, e fora do pacote Amazon Prime, a entregas de livros e outros produtos contam com frete grátis apenas para compras a partir de R$ 99 para livros e games e de R$ 149 para os demais produtos.

Mas, como membro do Amazon Prime, você poderá comprar centenas de milhares de produtos em mais de 20 categorias, além de milhões de livros impressos, sem pagar nada pelo frete e sem valor mínimo de compras.

Galpão da Amazon localizado em São PauloCentro de distribuição da Amazon em Cajamar (SP). Crédito: Amazon

Ao assinar o pacote da Amazon Prime você terá duas opções de entrega para a compra de livros e outros produtos vendidos na loja online. Em ambos os casos não há exigência de valor mínimo de compra e o frete é gratuito. O que muda entre uma opção e outra é basicamente o prazo da entrega.

Na Entrega Grátis Expressa é garantida a entrega dos produtos a partir de dois dias úteis para as capitais das regiões Sudeste e Sul, além de Goiânia e Brasília.

Na Entrega Grátis Padrão, para as demais cidades, além de pedidos pagos com boleto bancário e produtos sob encomenda, o prazo de entrega vai depender das circunstâncias de envio e disponibilidade dos produtos.

Ofertas Exclusivas da Amazon Prime

Por fim, o pacote Amazon Prime também oferece aos assinantes acesso a ofertas exclusivas dos produtos da loja online. Os membros Prime receberão o anúncio de ofertas relâmpago pelo menos 30 minutos antes que elas sejam divulgadas para o público em geral.

Qual o preço do Amazon Prime?

A Amazon disponibiliza duas formas de pagamento: a mensal (R$ 9,90) e a anual (R$ 89). A assinatura anual do Amazon Prime garante 25% de economia.

Como faço para assinar o Amazon Prime?

Se você se interessou pelo Amazon Prime, basta clicar aqui e acessar o site da Amazon Brasil, escolher a forma de pagamento e inserir os dados do seu cartão de crédito.

A única forma de pagamento é por meio de cartão de crédito e são aceitas apenas três bandeiras: Visa, Elo e Mastercard. Além disso, quando você se inscreve no Amazon Prime, sua assinatura será renovada automaticamente a cada ano ou mês, dependendo do tipo de assinatura que você escolher.

Mas não se preocupe se por acaso você decidir cancelar a assinatura. A Amazon permite que você desative a renovação automática, encerrando sua assinatura a qualquer momento, inclusive durante o teste gratuito.

É possível testar o Amazon Prime antes de realizar a assinatura?

Sim e essa é outra grande vantagem do Amazon Prime. Se você ainda tem dúvidas se esse pacote é um bom investimento, a Amazon permite que você teste, gratuitamente, todos os serviços do Amazon Prime por um período de 30 dias – e de graça.

Ou seja, você poderá comprar livros e produtos selecionados com entrega gratuita, acessar filmes e vídeos, jogos e músicas à vontade. Ao final do período de testes, a sua assinatura entrará em vigor automaticamente.

Mas se você decidir que o Amazon Prime não é para você, basta desativar a renovação da assinatura antes de terminar o período de teste.

Para quem o Amazon Prime é recomendado

Se você gosta de comprar online e ainda é fã de filmes, séries, documentários, leitura e músicas via streaming, a resposta é bem simples: sim, o Amazon Prime é para você. Trata-se de um dos pacotes de benefícios mais completos do Brasil.

Experimente, porque essa é uma das grandes vantagens do Amazon Prime. Você terá a oportunidade de testar todos os serviços e conteúdos antes de se comprometer – ainda que você se associe ao programa é possível cancelar a sua assinatura a qualquer momento e sem nenhum tipo de prejuízo.

Essa é a recomendação básica. Dá para ir além. Se você é aficionado pela sétima arte, o Prime Video disponibiliza em tempo real (basta você pausar o filme ou a série que você está vendo) o X-Ray, ou seja, o elenco e dados sobre quem está participando daquela cena em questão. É um serviço que atrai os mais entusiastas por cinema. Nenhum concorrente oferece esse tipo de recurso.

Recurso X-Ray, ou Raio-X, do Prime Video, mostra informações da cenaCrédito: Amazon

Mesma coisa vale para o Twitch Prime. A Twitch TV está disponível para qualquer um acessar, mas com os benefícios do Twitch Prime, você consegue se engajar na plataforma de uma forma mais prática e acessível financeiramente. Se você gosta de games, provavelmente também tem um pé no cinema, na literatura e na indústria musical. Ao invés de assinar paralelamente esse serviço, você pode obter o pacote completo, não? Ao invés de se comprometer unicamente com o Twitch por um preço similar, por que não ganhar todos os outros benefícios?

Na onda seguimos para o Prime Music e o Prime Reading. Embora no pacote básico do Amazon Prime o serviço oferecido não seja o completo, você já terá boas horas de entretenimento e um acesso tão rico quanto às ofertas concorrentes. Basta você decidir se aquilo já é o suficiente ou se você quer dar um upgrade para ter um acesso maior ainda ao catálogo que a Amazon oferece. De um modo ou de outro, ainda é uma oferta bem barata e que, se somada ao conjunto da obra, ainda fica em um preço bem abaixo do oferecido pelo resto do mercado.

Vale a pena assinar o Amazon Prime?

Tentando resumir, você tem duas formas de se comprometer com o Amazon Prime à princípio: por R$ 9,90 ao mês ou por R$ 89 ao ano. Ou você vai desembolsar a quantia de duas passagens de transporte público no mês, ou vai desembolsar uma quantia razoavelmente maior, mas que será única durante um ano inteiro – e que corresponde a uma economia de 25% se comparada com o plano mensal.

Definitivamente não é caro. Principalmente, se você costuma comprar pela internet ou, simplesmente, gosta do acervo de vídeos do Prime Video. O que nos leva ao próximo tópico:

Se você está interessado, considere a possível economia a longo prazo. Não é só os R$ 9,90 ou os R$ 89. Se você tem o hábito de comprar pela internet, pense no quanto você irá economizar de frete e com as ofertas exclusivas. A Amazon hoje é realmente um dos maiores hubs de produtos da internet. Você pode achar praticamente o que quiser por lá. Com o Amazon Prime, ela pode se tornar uma das opções prioritárias para suas compras. Fideliza.

E é sobre isso que o Amazon Prime se propõe a ser. Um serviço de fidelidade.

Então vale. Vale muito a pena assinar o Amazon Prime. Principalmente se você quer ter em um só lugar, por um preço acessível, um pacote de benefícios completo que te dará acesso a séries, filmes, documentários, livros, música, games, produtos e ofertas exclusivas em um dos maiores players de tecnologia e varejo do mundo.

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Esta ilha desabitada está coberta de elásticos porque os pássaros pensam que são minhocas

Posted: 24 Oct 2019 04:07 AM PDT

Os conservacionistas britânicos descobriram por que uma ilha protegida perto da costa sudoeste do Reino Unido está repleta de milhares de elásticos.

Mullion Island é uma ilha desabitada na costa leste do condado de Cornwall, no sul do Reino Unido. A pequena massa terrestre mede apenas 259 metros de diâmetro. Como toda a ilha de Mullion foi reservada como um santuário de pássaros, quem quiser visitar o afloramento rochoso precisa de uma permissão especial.

Recentemente, guardas florestais do UK National Trust – uma organização dedicada à preservação dos locais históricos e naturais da Grã-Bretanha – foram alertados sobre algo estranho na ilha: milhares de elásticos espalhados ao longo da costa.

Mullion Island. Imagem: National Trust

“Primeiro notamos os elásticos em uma visita de monitoramento durante a época de reprodução e ficamos confusos por que havia tantas e como chegaram lá”, Mark Grantham, pesquisador do West Cornwall Ringing Group – uma organização que acompanha o movimento de pássaros – disse em um comunicado do National Trust.

Não querendo perturbar os pássaros em seus ninhos, Grantham e seus colegas esperaram até o outono no hemisfério norte para voltar à ilha para limpar a bagunça.

“Em apenas uma hora, coletamos milhares de elásticos e punhados de resíduos de pesca”, disse ele.

Esses resíduos de pesca incluíam pedaços de rede de pesca verde e barbantes, alguns dos quais tinham a forma de pequenas bolas – um sinal revelador de que os resíduos indigestíveis haviam se aventurado através de um sistema digestivo aviário.

Uma bola de resíduos indigestíveis contendo uma faixa elástica amarela. Crédito: National Trust/Seth Jackson

Em um comunicado de imprensa, guardas do National Trust dizem que finalmente descobriram o que está acontecendo: grandes gaivotas-de-dorso-preto e arenque, que pousam na ilha, estão confundindo os elásticos com minhocas. As gaivotas estão aparentemente arrancando elásticos descartados dos campos agrícolas do continente e levando-os para Mullion Island. Os elásticos podem ficar presos no estômago, impedindo que os pássaros se alimentem das minhocas reais que os nutririam.

Este é um exemplo triste das consequências imprevistas do descuido humano e de como nem os santuários protegidos são imunes ao lixo.

Pedaços de rede de pesca e barbante regurgitados por gaivotas. Crédito: National Trust/Seth Jackson

Agora, o Trust está pedindo às empresas locais que considerem maneiras alternativas de descartar plástico, látex e outros materiais nocivos à vida selvagem.

“Os materiais de uso único estão tendo um impacto alarmante nos lugares mais remotos do país”, disse Lizzy Carlyle, chefe de práticas ambientais do National Trust, em comunicado à imprensa. “Cabe a todos nós assumir a responsabilidade pela forma como usamos e descartamos esses itens – sejam produtores ou consumidores”.

As gaivotas podem não parecer aves vulneráveis, mas suas populações estão em declínio. O número de grandes gaivotas-de-costas-pretas – a maior espécie de gaivota do mundo – caiu 30% nos últimos anos, e as gaivotas-prateadas estão na Lista Vermelha de Aves de Conservação do Reino Unido. As ameaças às aves marinhas da Grã-Bretanha incluem o declínio dos estoques de peixes, perda de habitat, aquecimento do mar, emaranhamento nas redes de pesca e ingestão de plásticos, de acordo com o National Trust.

“Plástico e borracha ingeridos são outro fator em uma longa lista de desafios que nossas gaivotas e outras aves marinhas devem enfrentar apenas para sobreviver”, disse Holder.

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