sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Gizmodo Brasil

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União Europeia determina que Facebook deve excluir globalmente conteúdo considerado difamatório na região

Posted: 03 Oct 2019 02:59 PM PDT

O tribunal superior da União Europeia decidiu que o Facebook deve excluir globalmente, não apenas na Europa, qualquer conteúdo que for considerado difamatório por um tribunal europeu. O caso foi apresentado por uma política austríaca que disse que um usuário do Facebook a difamava e insultava ao escrever que ela era uma “imbecil corrupta”, entre outras coisas.

Em um julgamento publicado hoje, o Tribunal de Justiça Europeu decidiu que o Facebook está isento de policiar proativamente todo o conteúdo de sua plataforma na Europa, mas o gigante da mídia social agora deve excluir o conteúdo ofensivo para todos os usuários ao redor do mundo, caso ele seja considerado ilegal na Europa. A decisão apresenta uma situação complicada, para dizer o mínimo, dado o fato de que as leis difamatórias diferem bastante entre os países.

O caso em particular gira em torno de Eva Glawischnig-Piesczek, presidente do Partido Verde (Greens) na Áustria. Como os arquivos do tribunal explicam, um cidadão na Áustria compartilhou um artigo no Facebook sobre Glawischnig-Piesczek e a chamou de "péssima traidora do povo" e membro de um "partido fascista", entre outras coisas. O artigo apareceu no site de notícias austríaco oe24.at e foi intitulado “Greens: a renda mínima para refugiados deve permanecer”.

Glawischnig-Piesczek escreveu uma carta à sede europeia do Facebook na Irlanda em julho de 2016 pedindo que a postagem no Facebook fosse excluída. O Facebook recusou, então a política processou a empresa e venceu. O tipo de linguagem ofensiva usada naquela publicação em particular no Facebook é amplamente comum nos EUA atualmente, mas foi considerada difamatória pela Suprema Corte da Áustria.

A questão restante para o Tribunal de Justiça Europeu era se o Facebook seria obrigado a restringir a publicação também fora da Europa. O Facebook argumentou que isso restringiria injustamente os direitos de liberdade de expressão em outros países, mas, no final, a empresa perdeu. O tribunal ainda determinou que o Facebook é obrigado a remover qualquer conteúdo “idêntico” que possa ser considerado difamatório.

A decisão de hoje contra o Facebook é quase exatamente o oposto de um caso que foi recentemente julgado na Europa por leis de “direito a ser esquecido”. No mês passado, o Tribunal de Justiça Europeu decidiu que, mesmo que o Google seja obrigado a remover links devido a leis de “direito a ser esquecido” na Europa, ele não precisa excluir o mesmo material em todo o mundo.

O Facebook não respondeu a um pedido de comentário nesta quinta-feira (3). Não há autoridade judicial superior ao Tribunal de Justiça Europeu no continente. Portanto, o gigante da mídia social não poderá apelar contra a decisão.

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Novo app Uber Works passa a oferecer vagas temporárias de emprego nos EUA

Posted: 03 Oct 2019 12:50 PM PDT

Vários logotipos da Uber em instalações nos EUA

Dentre as tantas polêmicas enfrentadas pela Uber, talvez a maior delas seja sobre as questões trabalhistas. Enquanto ainda luta para defender a ideia de que motoristas não podem ser considerados funcionários, a empresa apostou em um movimento, digamos, interessante, e lançou uma plataforma para trabalhos temporários.

O aplicativo Uber Works já estava sendo testado em Chicago e agora será disponibilizado oficialmente na cidade e, futuramente, em outras regiões dos Estados Unidos. A ideia é conectar negócios a profissionais em busca de trabalhos temporários.

Caso funcione da maneira que a Uber diz, a ferramenta parece ser promissora e bem útil para trabalhadores autônomos. No app, é possível visualizar detalhes sobre o serviço solicitado, incluindo informações sobre pagamento, local de trabalho, habilidades necessárias e até mesmo o tipo de traje exigido.

Outro recurso da plataforma é a possibilidade de gerenciar o tempo de serviço prestado, permitindo incluir o horário de início, pausas e encerramento do turno.

De acordo com a publicação no blog da Uber:

Acreditamos que encontrar trabalho não deve ser um trabalho em si. Para cargos tão diversos como cozinheiro, funcionário de depósito, faxineiro comercial ou equipe de eventos, o Uber Works tem como objetivo facilitar encontrar e se oferecer para um serviço.

No entanto, conforme observado pelo Engadget, a empresa parece estar adotando uma estratégia muito cautelosa com a nova plataforma. O Uber Works contará com a parceria de agências que serão responsáveis pelos processos de contratação e financeiros, ou seja, toda a parte burocrática de contratos e pagamentos.

Apesar de parecer uma boa ideia a existência de uma plataforma que permite encontrar trabalho de forma fácil e rápida, existem algumas questões que valem ser observadas na prática. As parcerias com essas agências, por exemplo, podem ser uma forma de livrar a Uber de responsabilidades futuras, caso surja algum problema entre as empresas e os prestadores de serviço.

Outro ponto é que isso pode, de alguma forma, incentivar as empresas a optarem cada vez mais por contratos temporários. Ou seja, haveria um aumento de empregos informais e cada vez menos garantias e direitos para os trabalhadores.

Por outro lado, para quem já tem um emprego fixo e busca apenas um complemento na renda, o Uber Works pode ser útil. Outro público potencial do aplicativo são aqueles que, por alguma razão, precisam de trabalhos que ofereçam flexibilidade de horários pois não conseguem atender às exigências dos empregos tradicionais.

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Fabricantes não estão nada felizes com lei que quer obrigar smartphones a terem rádio FM

Posted: 03 Oct 2019 12:14 PM PDT

Jovem deitado com um pé sobre um rádio antigo.

Um projeto de lei apresentado em 2017 quer que todos os celulares fabricados ou montados no Brasil venham com a funcionalidade de rádio FM ativada. As empresas do setor, porém, não estão nem um pouco contentes com isso.

O projeto de lei 8.438/2017 foi aprovado pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados na quarta-feira (2). Ele deve ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania em caráter conclusivo. Se for aprovado, segue para o Senado sem precisar passar pelo plenário da Câmara. Se aprovado lá também, vai para a sanção presidencial.

O projeto foi apresentado pelo deputado Sandro Alex (PSD-PR) — hoje, ele está licenciado do cargo e é Secretário de Infraestrutura e Logística do Governo do Paraná. O texto determina que os aparelhos de telefonia celular montados ou fabricados no Brasil “deverão conter a funcionalidade de recepção de sinais de radiodifusão sonora em Frequência Modulada –FM” e deverão vir com esse recurso habilitado.

Nas justificativas, ele argumenta que 97% dos aparelhos têm o receptor, mas só 34% vêm com o recurso ativado. Além disso, Alex diz que a radiodifusão é importante em situações emergenciais e catastróficas, além de ser uma fonte de cultura e lazer.

O relator do projeto, deputado Amaro Neto (REP-ES) — que também fez carreira no rádio e na TV — argumenta que, sem o acesso ao rádio FM, “os usuários são obrigados a utilizar o serviço pago de dados (streaming) comercializado pelas empresas de telefonia, o que reduz significativamente o acesso da população às programações das emissoras de rádio”.

O deputado licenciado e hoje secretário é advogado e radialista. Seu pai, Nilson de Oliveira, também é radialista na cidade de Ponta Grossa (PR). Ele, claro, não é o único — levantamentos mostram que, em legislaturas anteriores, 32 deputados federais e 8 senadores são sócios diretos de emissoras de rádio e TV.

Mesmo assim, o argumento do uso do rádio em situações emergenciais não é tão incomum. Ele já foi levantado também nos EUA, depois de furacões, e no México.

Como você poderia imaginar, quem não está nada contente com isso são as fabricantes. Em nota, a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) afirma que o projeto de lei “fere o princípio da livre iniciativa estampado na Constituição Federal de 1988, bem como na recém-aprovada Lei da Liberdade Econômica”. A Associação ainda argumenta que a obrigação atrapalharia a chegada de celulares globais ao País.

Hoje, os aparelhos fabricados no Brasil são produtos globais vendidos no mercado interno e no mundo inteiro. Dessa forma, a aprovação de uma obrigação, como a proposta pelo PL 8.438, privaria o consumidor brasileiro de ter acesso a estes modelos que eventualmente não tenham Radio FM e que não poderão ser lançados no Brasil.

[Câmara dos Deputados, Tecnoblog]

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Guerra nuclear entre Índia e Paquistão poderia desencadear fome global, diz estudo

Posted: 03 Oct 2019 10:52 AM PDT

Além de matar 125 milhões de pessoas, uma guerra nuclear entre a Índia e o Paquistão provocaria fome em massa em todo o mundo devido aos impactos climáticos que se seguiriam, de acordo com um novo estudo.

Como se precisássemos nos lembrar dos horrores da guerra nuclear, uma nova pesquisa publicada nesta quarta-feira (2) na Science Advances apresenta evidências que mostram que um conflito nuclear entre duas potências, especificamente a Índia e o Paquistão, infligiria uma catástrofe regional e global.

A nova pesquisa, que envolveu especialistas da Universidade do Colorado, Boulder, Universidade Rutgers-New Brunswick, do Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas dos EUA, entre outras instituições, ofereceu algumas estimativas alarmantes, mostrando que uma guerra entre as duas nações causaria entre 50 milhões e 125 milhões de mortes nas horas e dias após um conflito nuclear.

O que a pesquisa também mostra, no entanto, é como os impactos climáticos resultantes, produzidos principalmente pela fumaça dos incêndios, causariam problemas devastadores nas colheitas e o colapso de ecossistemas vitais. Esse inverno nuclear iria causar fome mundial, levando a “fatalidades colaterais”, nas palavras dos pesquisadores.

Nenhuma estimativa foi fornecida sobre quantas pessoas seriam afetadas ou morreriam devido à fome, mas provavelmente seria um número significativo, uma vez que o inverno nuclear subsequente duraria pelo menos uma década.

O novo artigo mostra que uma guerra nuclear, mesmo que envolva potências nucleares menores, teria consequências globais. O estudo menciona as pesquisas feitas em 2017, mostrando que mesmo os ataques nucleares ” limitados” causariam o caos climático e um estudo de 2018 buscando determinar o “melhor cenário” para a guerra nuclear, ou seja, o menor número de armas nucleares necessárias para manter a dissuasão.

Alan Robock, coautor do novo artigo e pesquisador do Departamento de Ciências Ambientais da Universidade Rutgers – New Brunswick, juntamente com seus colegas, chegou a esses resultados simulando um cenário em que a guerra nuclear eclodiria em 2025 entre a Índia e o Paquistão. Atualmente, essas nações estão envolvidas em uma amarga disputa pelo território da Caxemira.

“Avaliamos os possíveis impactos climáticos de uma guerra entre a Índia e o Paquistão em um futuro próximo, com um número maior de armas, armas e alvos maiores, em comparação com nossa análise de uma década atrás”, escreveu Robock em um e-mail ao Gizmodo. De fato, o novo artigo é uma atualização de uma pesquisa semelhante realizada em 2010 por Robock e Owen Toon, professor do Departamento de Ciências Atmosféricas e Oceânicas da Universidade do Colorado em Boulder – pesquisa que em grande parte chegou às mesmas conclusões.

No cenário imaginado, os pesquisadores consideraram o uso de 400 a 500 armas nucleares, que é o arsenal previsto para a Índia e o Paquistão em cerca de seis anos. As armas nucleares usadas na simulação variaram de bombas do tamanho do ataque a Hiroshima (15 quilotons de TNT) a armas modernas capazes de liberar algumas centenas de quilotons de energia explosiva. O cenário viu a Índia implantar 100 ogivas nucleares enquanto o Paquistão implantou 150.

"Uma guerra entre duas novas potências nucleares ‘menores’ do outro lado do mundo agora tem o potencial de mergulhar a Terra em um clima da era do gelo. Seria uma mudança climática instantânea".

Uma “catástrofe regional ocorreria se a Índia e o Paquistão participassem de uma guerra nuclear em larga escala com seus arsenais em expansão”, escreveram os autores do estudo. A troca nuclear simulada resultaria em 50 a 125 milhões de mortes, o que ocorreria quase instantaneamente devido aos efeitos diretos e imediatos das bombas. Como os pesquisadores observaram no estudo:

A Índia teria duas a três vezes mais mortes e vítimas do que o Paquistão porque, em nosso cenário, o Paquistão usa mais armas que a Índia e porque a Índia tem uma população muito maior e cidades mais densamente povoadas. No entanto, como porcentagem da população urbana, as perdas do Paquistão seriam cerca de duas vezes as da Índia. Em geral…as fatalidades e casualidade aumentariam rapidamente até a 250ª explosão devido à alta população da Índia, enquanto a taxa no Paquistão seria muito menor, mesmo na 50ª explosão.

Para Robock, a maior surpresa dessas descobertas foi como uma "guerra entre duas novas potências nucleares ‘menores’ do outro lado do mundo agora tem o potencial de mergulhar a Terra em um clima da era do gelo", disse ele ao Gizmodo. “Seria uma mudança climática instantânea”.

Atualmente, os arsenais dos EUA e da Rússia representam cerca de 93% das estimadas 13.900 armas nucleares do planeta, segundo o jornal.

Os incêndios causados ​​pela troca nuclear produziriam algo entre 16 e 36 milhões de toneladas de fuligem – também conhecido como carbono preto – na atmosfera superior da Terra. Dentro de semanas, essa fuligem proliferaria em todo o mundo. De acordo com as estimativas dos pesquisadores, a luz solar diminuiria em um fator de 20% a 35%, o que por sua vez esfriaria o solo em 2 a 3 graus Celsius e reduziria a precipitação em 15% a 30%, dependendo da temperatura da região.

“Ameaçar usar armas nucleares para impedir [uma guerra] é ameaçar ser um homem-bomba”.

Isso seria muito ruim para a vegetação do mundo, seja terrestre ou aquática. A fauna diminuiria de 15% a 30% nas terras e de 5% a 15% nos oceanos. Este inverno nuclear duraria pelo menos 10 anos, segundo os pesquisadores. O artigo resume da seguinte forma:

Todas as perturbações climáticas de curto prazo, com temperaturas declinando para valores não vistos na Terra desde meados da última Era Glacial, seriam desencadeadas pela fumaça das cidades em chamas, um desastre global que ameaçaria a produção de alimentos em todo o mundo e causaria fome em massa, além de grave desequilíbrio dos ecossistemas naturais. Para compor a devastação provocada em seus próprios países, as decisões dos líderes militares e políticos da Índia e do Paquistão de usar armas nucleares podem afetar seriamente todas as outras nações da Terra.

Um fato interessante e relevante é que o Prêmio Nobel da Paz de 2017 foi concedido à Campanha Internacional para Abolir Armas Nucleares (ICAN). Como Robock explicou ao Gizmodo, o ICAN “foi promulgado em parte com base em nossos resultados anteriores”. Sua esperança é que as nove nações nucleares do mundo “assinem e ratifiquem o Tratado das Nações Unidas sobre a Proibição de Armas Nucleares”.

Os resultados do novo estudo “reforçam a necessidade de abolir as armas nucleares”, disse Robock. "Eles são instrumentos de genocídio em massa. E o mito da dissuasão persiste. Mas se as armas nucleares fossem usadas, elas teriam um grande impacto, através das mudanças climáticas, no país que as utilizar", afirmou.

“Ameaçar usar armas nucleares para impedir [uma guerra] é ameaçar ser um homem-bomba”, ele acrescentou.

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GoPro aposta em câmera 360 com a nova Hero Max

Posted: 03 Oct 2019 09:22 AM PDT

A GoPro está dando outra chance à câmera 360, desta vez com a Hero Max, uma câmera de lente dupla de US$ 500 que a empresa jura ser um dispositivo muito mais fácil de usar do que sua versão anterior para consumidor, a GoPro Fusion.

É justo dizer que o vídeo panorâmico de 360 ​​graus até agora não conseguiu se destacar no mainstream. O recurso é um pouco estranho e menos direto do que as câmeras que fotografam em apenas uma direção – não existem muitas situações típicas em que você realmente precisa fotografar em 360 graus. Você precisa sair e encontrá-la ou criar essas situações intencionalmente, e é por isso que a Max, um descendente da câmera Fusion 360 da GoPro de 2017, está mirando os influenciadores, artistas e outros exibidos ​​entre nós.

Com duas lentes diferentes, a Hero Max é capaz de gravar vídeos panorâmicos em 360 graus e também no “modo Hero”, que inclui muitas das opções de captura que você obteria com a Hero8 Black que a empresa também anunciou nesta semana.

Diferentemente da Hero8 Black, a Max possui uma tela selfie, seis microfones para capturar "áudio espacial ambisônico" em vídeos em 360 e uma versão mais avançada da estabilização de imagem HyperSmooth do que você obterá na Hero8.

Em um evento para a imprensa no mês de agosto, o vice-presidente de gerenciamento e experiência do usuário da GoPro, Pablo Lema, chegou a afirmar que é a primeira estabilização de imagem que pode fazer com que as gravações feitas por uma câmera anexadas a um cão pareçam estáveis.

Ela também inclui um microfone embutido, quatro opções diferentes de lentes de disparo, incluindo Max SuperView extra-wide e recursos de fotos panorâmicas.

A Fusion, que foi a primeira câmera 360 da GoPro para consumidores, não era tão fácil de usar em comparação com uma GoPro padrão. Além disso, era necessário o uso de software de desktop para tornar utilizável a filmagem de 360 ​​graus. Com a Max, o processamento foi transferido para dentro da câmera e você pode editar e filmar completamente as imagens usando o aplicativo móvel GoPro totalmente reformulado. Ainda não tivemos a chance de testar a Max; portanto, teremos que esperar para ver se é realmente fácil.

Dado que a Hero Max custa apenas US$ 100 a mais que a Hero8 Black, vale a pena gastar uma grana extra para conseguir o que são efetivamente duas câmeras em uma? Bem, não necessariamente.

Por um lado, o “modo Hero” da Max carece de algumas opções que você terá na Hero8, como a captura em 4K. Em vez disso, ela atinge 1440p e 60 quadros por segundo. (Embora você receba o bônus de 5,6K a 30 quadros por segundo com a Max.)

Além disso, como Lema me explicou em agosto, a Max não é tão resistente quanto a Hero8. Ela ainda é à prova d’água, ainda pode ser amarrada a uma bicicleta de montanhismo ou snowboard e viajar montanha abaixo, mas ela não aguenta o desgaste extremo da maneira que a Hero8.

Portanto, a menos que você seja um vlogger ou simplesmente queira ficar viciado em seus vídeos, a Hero8 mais barata é provavelmente uma escolha melhor. Dito isto, se a facilidade de uso estiver realmente presente no novo aplicativo, pode valer a pena tentar a Max. O vídeo 360 parece incrivelmente legal e provavelmente pode fazer com que até mesmo férias chatas pareçam uma experiência muito melhor do que realmente é.

Se você não quiser esperar os reviews, a GoPro Max já está disponível para encomenda. Ela será lançada em 24 de outubro.

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Estamos digitando mais rápido nos smartphones e quase chegando no nível dos teclados físicos

Posted: 03 Oct 2019 08:56 AM PDT

Pessoa digitando/teclando em um smartphone

Você acha que precisa de um teclado para digitar mais rápido? Pense novamente, então. Pesquisadores descobriram que as pessoas conseguem teclar tão rápido no smartphone quando em um teclado tradicional, de acordo com uma pesquisa publicada no The Guardian.

Uma equipe da Universidade Aalto, na Finlândia, da Universidade de Cambridge e da ETH Zurich conduziu um estudo de velocidade de digitação móvel com a ajuda de mais de 37 mil voluntários de mais de 160 países.

Eles descobriram que, em média, as pessoas teclam em seus telefones com uma velocidade equivalente a 70% do que conseguem em um teclado físico, com uma média de 36 palavras por minuto (ppm ou wpm, na sigla em inglês).

Para referência, um estudo de 2018 dos mesmos pesquisadores concluiu que a velocidade média digitada em um teclado físico era de 52 palavras por minuto. Um participante, no entanto, conseguiu a impressionante velocidade de 85 palavras por minuto em um smartphone.

No entanto, não é só a digitação em smartphone que está melhorando — os usuários de teclado parecem estar piorando com o tempo. Pesquisas anteriores já tinham apontado que a média de palavras por minuto digitadas em um teclado físico tem caído com o tempo.

"Embora alguém possa teclar ainda muito rápido em um teclado físico, acima de 100 palavras por minuto, a proporção de pessoas que atinge esse nível está em declínio", disse Anna Felt, uma pesquisadora da ETH Zurich e uma das coautoras do estudo, em um comunicado. “A maioria das pessoas atinge entre 35 e 65 palavras por minuto.”

Se a velocidade de digitação em teclados físicos continuar a diminuir e as velocidades de interfaces sensíveis a toque aumentarem ainda mais, os pesquisadores acreditam que a diferença entre os dois pode sumir completamente.

O estudo chegou a conclusões bem interessantes.

  • Digitar com dois dedos é mais rápido do que apenas com um dedo ou com apenas uma mão.
  • Quem digita usado os dedões tem uma média de 38 palavras por minuto, e eles representam 74% dos que participaram da pesquisa.
  • E, surpreendentemente, são os mais jovens que digitam mais rápido no telefone, com os de idade entre 10 e 19 anos teclando 10 palavras por minuto a mais que as pessoas na casa dos 40 anos.
  • Algo inesperado é que o público mais jovem não é o que usa mais o smartphone: quem ocupa a liderança neste quesito são as pessoas com idade entre 20 e 39 anos.
  • De modo geral, os participantes do estudo disseram que gastam 6 horas por dia em seus telefones.

É importante ressaltar que o recurso de autocorreção claramente aumenta a velocidade de digitação, embora a predição de palavras seja um fator que torna a digitação mais lenta.

No estudo, os pesquisadores admitem as limitações do estudo deles. Embora dezenas de milhares de pessoas tenham participado, os voluntários são um grupo seletivo, e o estudo atraiu pessoas mais jovens. Ainda assim, os dados talvez ofereçam um vislumbre sobre o futuro da digitação.

"Estamos vendo uma geração jovem que sempre usou dispositivos com tela sensível ao toque, e a diferença para as gerações mais antigas, que podem ter usado dispositivos por mais tempo, mas [estão acostumadas a aparelhos] de diferentes tipos, é impressionante", disse Antti Oulasvirta, professor da Universidade Aalto, no comunicado sobre o estudo. "Este é um tipo de habilidade motora que as pessoas aprendem por conta própria, sem treinamento formal, o que é muito diferente da digitação em teclados físicos."

Se você tem curiosidade para saber como seus polegares se comparam com os da pesquisa e tiver uns 10 minutos livre, o teste está disponível aqui. Minha média foi de 49 palavras por minuto (minha velocidade máxima foi de 79 palavras por minuto) com uma taxa de erro de 1,02%. Agora, vou colocar gelo nos meus polegares, pois esse negócio dói.

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Fetos humanos desenvolvem partes do corpo semelhantes a lagartos que desaparecem antes do nascimento

Posted: 03 Oct 2019 07:21 AM PDT

Novas pesquisas nesta semana parecem mostrar que os fetos humanos desenvolvem vários músculos nas pernas e braços que desaparecem no momento em que nascem. E alguns desses músculos foram vistos pela última vez em nossos ancestrais adultos há mais de 250 milhões de anos.

A jornada evolutiva de qualquer espécie está repleta de desvios e becos sem saída. Os seres humanos, por exemplo, têm partes vestigiais do corpo que antes serviam a uma função, mas são efetivamente inúteis hoje em dia (o apêndice é tipicamente apontado como um órgão vestigial, embora um exemplo melhor possa ser nossos dentes do siso). Muitos animais também formam partes do corpo no início do desenvolvimento que desaparecem em grande parte ou totalmente antes do nascimento, como o cóccix nos seres humanos.

Mas, de acordo com os autores deste novo estudo, publicado na revista Development, não conseguimos acompanhar a formação dessas partes temporárias do corpo em humanos com grandes detalhes. Usando técnicas avançadas de imagem 3D, os autores dizem que foram capazes de fornecer a imagem mais nítida ainda do crescimento inicial de nossos membros – e é algo bem estranho.

A vista dorsal da mão esquerda de um embrião humano de 10 semanas de idade, com as dorsometacarpales destacadas. Imagem: Rui Diogo, Natalia Siomava e Yorick Gitton (Development)

Na mão e no pé de um feto de sete semanas de idade, por exemplo, eles foram capazes de encontrar 30 músculos individuais. Porém, na 13ª semana de gestação, um terço dos músculos havia desaparecido ou fundido. Um par desses músculos atávicos, como são conhecidos, é chamado de dorsometacarpal. E, embora ainda seja encontrado em muitos animais hoje, incluindo lagartos e salamandras, parece ter deixado de aparecer em nossos ancestrais adultos há 250 milhões de anos.

"O que é fascinante é que observamos vários músculos que nunca foram descritos no desenvolvimento pré-natal humano, e que alguns desses músculos atávicos foram vistos mesmo em fetos com 11,5 semanas de idade, o que é notavelmente atrasado para os atavismos do desenvolvimento", afirmou Rui Diogo, autor do estudo e biólogo evolucionário da Universidade Howard, em Washington DC, em um comunicado dos publicadores do estudo.

Esses órgãos e partes remanescentes são uma ilustração bacana de como a evolução funciona por um longo período de tempo. Embora não precisemos mais de um rabo, nossos genomas ainda contêm uma “planta” para tal. E eles ainda podem reaparecer se alguém nascer com uma mutação rara ou for exposto a algo no útero que prejudique seu desenvolvimento.

Embora esses músculos em particular provavelmente não causem muitos danos se você nascer com eles, os autores afirmam que suas pesquisas reforçam que essas variações e anomalias podem ser causadas pelo atraso ou interrupção no desenvolvimento de um feto no útero. E talvez mais do que tudo, disse Diogo, as descobertas fornecem “um exemplo fascinante e poderoso da evolução em movimento”.

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WhatsApp tinha vulnerabilidade que permitir invadir celulares com GIF

Posted: 03 Oct 2019 05:50 AM PDT

Aviso importante: é hora de atualizar o WhatsApp. Um pesquisador de cibersegurança descobriu uma vulnerabilidade no aplicativo de mensagens que poderia permitir que atacantes obtivessem acesso a um dispositivo e roubasse dados enviando apenas um arquivo GIF malicioso.

O problema está relacionado a uma vulnerabilidade double-free – uma corrupção da memória que pode fazer com que aplicativos parem de funcionar ou criam uma abertura para que um hacker comprometa a segurança do dispositivo.

De acordo com o artigo técnico, se um atacante envia o tal GIF modificado para um usuário do WhatsApp, a próxima vez que a pessoa abrir a galeria de fotos do app a brecha será explorada. Parece que usuários que tinham certas versões do WhatsApp no Android estavam mais vulneráveis.

“A brecha funciona bem até a versão 2.19.230 do WhatsApp”, disse o desenvolvedor que descobriu o problema. “A vulnerabilidade foi corrigida oficialmente na versão 2.19.244 do WhatsApp”.

“A brecha funciona bem para o Android 8.1 e 9.0, mas não funciona para o Android 8.0 ou inferiores”, adicionou. “Nas versões mais antigas do Android, o bug double-free poderia ainda poderia ser utilizado. No entanto, por causa das chamadas malloc pelo sistema após o double-free, o aplicativo travava antes de chegar ao ponto em que atacantes poderiam controlar o registro”.

O WhatsApp disse ao Next Web que não tinha nenhum motivo para suspeitar que quaisquer usuários tenham sido impactados e que tudo já foi resolvido com uma atualização.

“Foi relatado e rapidamente consertado no mês passado”, disse um porta-voz do WhatsApp ao site. “Não temos nenhuma razão para acreditar que isso afetou algum usuário, embora, é claro, estamos sempre trabalhando para fornecer os recursos de segurança mais recentes para nossos usuários”.

O WhatsApp já teve outras dores de cabeça relacionadas à segurança no passado. Em outubro de 2018, um pesquisador do time de caçadores de bug Project Zero do Google detalhou uma vulnerabilidade que permitiria que atacantes tomasse o controle de uma conta ao fazer uma videochamada.

Recentemente, a empresa israelense de ciberinteligência NSO Group relatou um grande bug que permitia usar o aplicativo para espalhar o malware Pegasus; esse software malicioso supostamente foi usado pela Arábia Saudita para conduzir espionagem estatal em dissidentes, incluindo aqueles que estavam em contato com o jornalista em exílio Jamal Khashoggi. Khashoggi foi assassinado por agentes sauditas no consulado do país em Istambul.

[The Next Web]

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Substância de cogumelos alucinógenos é produzida a partir de bactérias pela primeira vez

Posted: 03 Oct 2019 04:48 AM PDT

Novas pesquisas mostram que a psilocibina – o composto psicoativo que coloca a magia nos cogumelos mágicos – pode ser produzida por bactérias de bioengenharia, destacando uma nova maneira potencial de produzir em massa o valorizado produto químico.

Pela primeira vez, os cientistas demonstraram a possibilidade de persuadir um hospedeiro procariótico, a bactéria Escherichia coli, a produzir psilocibina. Para fazer isso, uma equipe da Universidade de Miami, em Ohio, empregou uma técnica conhecida como engenharia metabólica, na qual as células biológicas são modificadas e cultivadas para produzir um produto químico específico de interesse. As novas descobertas foram publicadas na Metabolic Engineering.

A psilocibina, além de seus atributos recreativos, mostrou seu potencial como uma droga para o tratamento de várias condições psicológicas, incluindo ansiedade, dependência, depressão e PTSD (Transtorno de estresse pós-traumático). Atualmente, estão sendo realizados vários ensaios clínicos nos Estados Unidos para testar a eficácia desse produto químico no tratamento dessas condições, incluindo um estudo em fase 2 para transtorno depressivo mais grave.

Produzir psilocibina de grau médico, no entanto, não é fácil e nem barato. A produção em massa de psilocibina pelo cultivo de cogumelos mágicos, como as culturas de Psilocybe cubensis ou Psilocybe semilanceata, envolve “tempo e grandes extensões de terra”, enquanto a produção de produtos químicos sintéticos permanece proibida, segundo um comunicado da Universidade de Miami. De fato, uma pesquisa do início deste ano estimou um custo de US$ 2 por miligrama para a psilocibina de grau farmacêutico (um estudo de 2011 para tratar a ansiedade com psilocibina usou doses únicas que variaram de 10 a 30 mg, para se ter uma ideia dos volumes necessários).

Para encontrar uma solução alternativa, Andrew Jones, professor assistente no departamento de engenharia química, de papel e biomédica da Universidade de Miami, embarcou em um projeto de 18 meses para ver se ele e seus alunos poderiam fazer uma bactéria produzir psilocibina como subproduto de seu metabolismo. Em outras palavras, os cientistas procuravam criar bactérias que expelissem a psilocibina.

Para começar, os pesquisadores criaram uma nova variante da bactéria E. coli, chamada pPsilo16, na qual os genes que codificam a produção de psilocibina em cogumelos mágicos (especificamente Psilocybe cubensis) foram transferidos para a bactéria.

“É semelhante à maneira como você produz cerveja, através de um processo de fermentação”, disse Jones no comunicado. “Estamos efetivamente pegando a tecnologia que permite escala e velocidade de produção e aplicando-a à E. coli produtora de psilocibina”.

Alexandra Adams, principal autora do artigo e graduada em engenharia química, disse que, uma vez que o DNA foi transferido para a bactéria, "vimos [um pequeno] pico emergir em nossos dados. Sabíamos que havíamos feito algo enorme", disse ela no comunicado de imprensa.

O próximo passo foi determinar as condições mais ideais sob as quais as bactérias mutadas poderiam produzir psilocibina. Para esse fim, a equipe experimentou diferentes condições para fornecer aquelas mais ideais para a fermentação, como encontrar a melhor temperatura e meio de crescimento, a melhor mistura de nutrientes para as bactérias e assim por diante. Eventualmente, os pesquisadores estabeleceram um protocolo pelo qual as bactérias foram capazes de produzir concentrações no valor de 1,16 gramas de psilocibina por litro.

“O que é empolgante é a velocidade com que conseguimos alcançar nossa alta produção”, disse Jones. “Ao longo deste estudo, melhoramos a produção de apenas alguns miligramas por litro para mais de um grama por litro, um aumento de quase 500 vezes”.

Como os autores concluem no novo estudo,

Este trabalho mostra o primeiro caso relatado de…produção de psilocibina usando um hospedeiro procariótico. Além disso, este trabalho destaca o poder da otimização genética e fermentativa para identificar rapidamente os principais parâmetros do processo necessários para permitir estudos bem-sucedidos de aumento de escala que culminam na produção em escala, em gramas, de um produto químico de alto valor.

No futuro, os cientistas gostariam de melhorar ainda mais o processo, por exemplo, encontrando maneiras ainda melhores de tornar a E. coli produtora de psilocibina e atendendo aos requisitos de produção que inevitavelmente serão exigidos pela indústria farmacêutica, caso essa técnica avance até esse ponto.

Essa é uma pesquisa muito promissora, mas é importante lembrar que a venda e posse de psilocibina permanece ilegal nos EUA, embora a posse tenha sido descriminalizada em Denver, Colorado e Oakland, na Califórnia.

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