quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Gizmodo Brasil

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O DNA pode ser apenas um entre um milhão de moléculas genéticas possíveis

Posted: 13 Nov 2019 01:45 PM PST

Podem existir mais de um milhão de estruturas moleculares diferentes com a capacidade de armazenar informações genéticas, de acordo com um artigo recente.

O DNA armazena as informações genéticas que descrevem toda a vida da Terra, na forma de um andaime torcido alinhado com uma sequência composta por quatro moléculas codificadoras de dados. Mas o DNA é a melhor maneira de armazenar dados biológicos para todos os fins? E se houver moléculas melhores para outros propósitos?

A nova pesquisa aponta “a existência de grandes espaços de química inexplorada relevantes para farmacologia e bioquímica e esforços para entender as origens da vida”, segundo o artigo publicado no Journal of Chemical Information and Modeling.

Os pesquisadores descobriram a rica variedade de possíveis moléculas de armazenamento de dados usando um programa chamado MOLGEN 5.0.

Eles começaram definindo do que um componente do tipo ácido nucleico deve ser feito, começando com uma fórmula molecular de base “difusa”.

Os pesquisadores também definiram como deveria ser sua estrutura: ele precisa de uma peça que possa ser lida por outra molécula e reconhecida como dados (no DNA, são A, T, C e G ou nucleobase), além de pontos para conectar a unidade reconhecível ao andaime e vincular cada um desses componentes a uma molécula maior.

Em seguida, eles usaram outro programa chamado Pipeline Pilot para gerar novas estruturas com as mesmas fórmulas químicas para ver se eles tinham cometido algum erro. Por fim, eles compararam os resultados a bancos de dados de moléculas para verificar se alguma de suas novas moléculas já existia, e utilizaram outro programa de computador para excluir as moléculas que violaram diversas restrições químicas.

Ninguém realmente produziu essas moléculas. De acordo com o artigo, este trabalho é "a primeira tentativa sistemática" de listar, contar e descrever o espaço de todas as moléculas do tipo ácido nucleico.

Essa equipe de cientistas simplesmente explorou moléculas com a mesma fórmula química do RNA — as cópias de fita simples do DNA que o corpo realmente usa como instruções para a construção de proteínas –, mas com uma estrutura diferente.

Estender este estudo a fórmulas químicas mais gerais resultou em uma enorme lista de possibilidades inexploradas para a aparência do material genético: 1.160.990 estruturas diferentes.

“É realmente emocionante considerar o potencial de sistemas genéticos alternativos baseados nesses nucleosídeos análogos — que eles possam ter surgido e evoluído em diferentes ambientes, talvez até em outros planetas ou luas dentro do nosso sistema solar”, disse Jay Goodwin, pesquisador sênior em química da Universidade Emory e autor do estudo, em comunicado à imprensa. "Esses sistemas genéticos alternativos podem expandir nossa concepção do ‘dogma central’ da biologia em novas direções evolutivas, em resposta e robustas a ambientes cada vez mais desafiadores aqui na Terra."

A consideração dessas outras possíveis moléculas genéticas poderia ajudar os cientistas a entender melhor a origem do RNA e do DNA e por que eles têm essa aparência na Terra. Isso também pode ajudar os biólogos sintéticos que desejam usar moléculas semelhantes ao DNA como unidades de armazenamento biológico.

É algo emocionante. “Este artigo é uma análise notavelmente completa [do campo]”, George Church, professor de genética da Harvard Medical School, disse ao Gizmodo por e-mail. Agora que essa análise existe, ele diz que “podemos nos surpreender com a rapidez com que a comunidade faz essas análises e as testa quanto à sua utilidade”.

Em outras palavras, agora que a lista está disponível, a expectativa é que os cientistas comecem a investigar e explorar se alguma dessas possíveis moléculas tem utilidade no mundo real.

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Não são apenas os cigarros eletrônicos falsificados que causam doenças

Posted: 13 Nov 2019 01:20 PM PST

Nos últimos meses, centenas de pessoas nos EUA ficaram gravemente doentes e até morreram devido ao "vaping". Esses casos foram amplamente associados a produtos do mercado paralelo feitos com aditivos tóxicos. Mas um novo estudo de caso no Reino Unido parece mostrar que, em raras circunstâncias, até os cigarros eletrônicos legais podem causar doenças pulmonares com risco de vida aos usuários.

Segundo o autor sênior do estudo Jayesh Mahendra Bhatt, especialista pediátrico em pulmão nos hospitais da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, seu paciente era um garoto de 16 anos de idade sem problemas de saúde preexistentes. Em 2017, porém, ele estava na sala de emergência após uma semana de febre, tosse e dificuldade para respirar.

Uma dose anterior de antibióticos e medicamentos para asma não o havia ajudado e, já no pronto-socorro, seus pulmões “deterioraram-se rapidamente”. Ele foi hospitalizado e colocado em aparelhos para ajudá-lo a respirar, mas sua condição piorou e ele sofreu uma insuficiência respiratória grave. Nos três dias seguintes, ele permaneceu em suporte vital, precisando de um pulmão artificial para oxigenar e limpar seu sangue.

“Consideramos os cigarros eletrônicos ‘muito mais seguros que o tabaco’ de forma irresponsável.”

Até onde seus médicos sabiam, o garoto não havia contraído uma infecção respiratória grave ou subitamente desenvolveu asma, coisas que poderiam explicar por que seus pulmões se fecharam tão rapidamente. Quando ele começou a se recuperar gradualmente e recuperou a capacidade de falar, a única explicação provável que surgiu foi sua história recente de uso de cigarros eletrônicos. Em particular, ele se lembrou de usar dois e-líquidos (o líquido usado em cigarros eletrônicos) com nicotina antes de seus sintomas começarem; esses e-líquidos foram comprados em lojas, mas continham sabores diferentes.

O paciente melhorou o suficiente para deixar o hospital um mês após a admissão. Mas ele teve complicações no tratamento e acabou voltando ao pronto-socorro mais uma vez, sendo hospitalizado novamente. Durante esse período, uma amostra de seu tecido pulmonar e sangue foi coletada para estudos adicionais. Levaria 14 meses após o início dos sintomas para que a função pulmonar retornasse claramente ao normal.

Bhatt e sua equipe escreveram sobre o caso na revista Archives of Disease in Childhood. E, segundo eles, o garoto provavelmente teve algo chamado pneumonite por hipersensibilidade (HP), provocada por sua exposição a cigarros eletrônicos.

“Todas as peças pareciam se encaixar muito bem”, disse Bhatt ao Gizmodo.

Os pulmões das pessoas com hipersensibilidade desenvolvem uma reação imune incomum a algum tipo de gatilho no ambiente – historicamente coisas como mofo, poeira ou produtos químicos. Essa reação não é como uma típica alergia a alimentos ou de pele. Essas alergias são desencadeadas por um tipo de anticorpo chamado IgE, e as pessoas apresentam sintomas muito rapidamente após a exposição a um gatilho. Porém, acredita-se que outros anticorpos Ig, incluindo um chamado IgM, sejam responsáveis ​​pela HP, e as pessoas geralmente não apresentam sintomas até muito tempo após uma exposição.

No caso do garoto, durante sua hospitalização inicial, ele foi submetido a um teste cutâneo para detectar uma alergia IgE a qualquer um dos dois líquidos que ele havia usado. Não foi encontrado nada, mas oito horas depois, ele experimentou um forte retorno dos sintomas. Os autores escreveram que essa reação tardia é o que se esperaria ver de alguém com HP. Mais tarde, quando seu sangue foi testado para anticorpos IgM para qualquer e-líquido, os médicos encontraram anticorpos específicos criados contra um dos líquidos.

Esse tipo de hipersensibilidade é raro e complexo de diagnosticar. Isso ocorre principalmente porque as pessoas geralmente desenvolvem anticorpos não IgE para muitas coisas sem exibir nenhum sintoma. Nesse caso, por exemplo, um controle saudável que os médicos usaram como comparação com o paciente também desenvolveu anticorpos IgM para o mesmo e-líquido. Mesmo que alguém seja hipersensível a um determinado gatilho, geralmente leva meses a anos de exposição prolongada para que as pessoas comecem a adoecer. Outras vezes, observou Bhatt, acredita-se que fatores como uma infecção recente acionem uma chave no sistema imunológico que de repente torna alguém hipersensível a um gatilho.

Mas a reação tardia do garoto ao teste na pele, os sinais de inflamação encontrados nos pulmões e a falta de outras explicações claras tornam provável que os cigarros eletrônicos sejam os culpados nesse caso, disse Bhatt. E este não é o primeiro caso da HP ligado aos produtos químicos encontrados nos cigarros eletrônicos – casos como este, que antecedem o atual surto de doenças causadas por vaping nos EUA. Alguns especialistas teorizaram que a HP poderia ajudar a explicar pelo menos alguns desses casos mais recentes, particularmente a pequena minoria que apenas têm sido associados a cigarros eletrônicos e aditivos questionáveis, como acetato de vitamina E.

Bhatt e sua equipe dizem que a experiência de seu paciente deve servir como uma advertência.

“Há duas lições importantes aqui”, eles escreveram. "O primeiro é sempre considerar uma reação aos cigarros eletrônicos em alguém que se apresenta com uma doença respiratória atípica. A segunda é que consideramos os cigarros eletrônicos ‘muito mais seguros que o tabaco’ de forma irresponsável".

Quanto ao garoto, dois anos depois “ele está muito bem”, disse Bhatt.

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Intel ainda não corrigiu totalmente falha crítica de segurança notificada há um ano

Posted: 13 Nov 2019 12:30 PM PST

Logo da Intel

Pesquisadores de cibersegurança que tiveram participação na descoberta das vulnerabilidades Spectre e Meltdown que afetavam processadores revelaram nesta terça-feira (12) que encontraram uma nova vulnerabilidade em chips da Intel que, segundo eles, ainda não foi corrigida pela companhia, mesmo depois de um ano após um alerta.

A Intel, por sua vez, disse que não recebeu nenhum relatório ou alerta de exploração em campo ligadas a essa falha em particular. Apesar disso, o risco potencial para os usuários é significante e esse é o último exemplo de como as fabricantes de processadores estão tendo problemas com a segurança.

De acordo com a pesquisa, o ataque é uma variante do Zombieload, que ataca uma classe de vulnerabilidades batizada pela Intel de Amostragem de Dados Microarquitetônico (MDS, na sigla em inglês). Os ataques também tem sido referidos como RIDL, ou Rogue In-Flight Data Load.

Tais ataques podem permitir que um hacker malicioso force um microprocessador a temporariamente vazar informações potencialmente sensíveis armazenadas em sua memória.

Os pesquisadores da Vrije Universiteit de Amsterdã, KU Leuven na Bélgica, Centro Alemão Helmholtz de Segurança da Informação e da Universidade Graz de Tecnologia na Áustria revelaram o bug coletivamente, de acordo com a Wired.

O repórter Andy Greenberg da Wired escreveu que embora a Intel inicialmente tenha corrigido problemas do MDS em maio, novos alertas foram emitidos pela Vrije Universiteit sobre problemas que persistiam.

Os pesquisadores não revelaram a falha a pedido da Intel, por medo de que criminosos pudessem se aproveitam da vulnerabilidade antes que pudesse ser corrigida.

Os especialistas contaram à Greenberg – que especulou que a descoberta pode acarretar na descoberta de vulnerabilidades adicionais – que eles conseguiram desenvolver um ataque capaz de acessar os dados do chip da Intel em apenas alguns segundos.

A Intel, que começou a enviar correções, disse em um comunicado enviado ao Gizmodo que, embora o trabalho não esteja finalizado, a companhia acredita ter reduzido “substantivamente” a superfície potencial de ataque.

“Nós melhoramos continuamente as técnicas disponíveis para resolver essas questões e agradecemos aos pesquisadores acadêmicos que têm parceria com a Intel”, escreveu a empresa.

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Tem que ser muito profissa para pagar R$ 21,3 mil no novo MacBook Pro de 16 polegadas

Posted: 13 Nov 2019 11:03 AM PST

MacBook Pro de 16 polegadas

A boa notícia para os usuários de MacBook e MacBook Pro é que a Apple finalmente consertou, ou pelo menos melhorou, o teclado borboleta, que causa dores de cabeça e falhas desde 2015. A má notícia é que, por enquanto, a única atualização disponível dele é no novo MacBook Pro de 16 polegadas que custará pelo menos R$ 21.299 no Brasil (ou US$ 2.400 nos EUA), pelo privilégio de ter todas as letras do teclado funcionando de maneira confiável.

Por R$ 21.299, você tem uma tela retina de 16 polegadas, que é o maior display que a Apple já disponibilizou em um laptop, 16 GB de RAM, um processador Intel Core i7 de seis núcleos de 2,6 GHz e uma GPU AMD Radeon Pro 5300M de 4 GB e uma unidade SSD de 512 GB.

Também tem uma versão mais cara custando R$ 24.599 (ou US$ 2.800 nos EUA), ampliando as especificações para uma CPU Core i9 de oito núcleos de 2,3 GHz, uma GPU Radeon Pro 5500 de 4 GB e um SSD de 1 TB, mas ambas as opções podem ser melhoradas para um processador Intel Core i9 de 2,4GHz de oito núcleos, até 64 GB de RAM, uma GPU Radeon Pro 5500M de 8 GB e um SSD de 8 TB — mas espere pagar mais de US$ 6.000 nos EUA com todas essas especificações; no Brasil, a Apple não detalhou o preço dessa versão em seu site.

Como uma máquina Pro, o novo MacBook Pro de 16 polegadas certamente parece suficiente para satisfazer profissionais, sejam eles editores de vídeo, fotógrafos ou qualquer outra profissão que exija rapidez e processamento, mas a falta de um leitor de cartão SD é ainda uma omissão para uma estação de trabalho móvel como esta. No entanto, pelo menos, ele tem quatro portas USB-C Thunderbolt 3, então você não se sentirá tão mal em usar uma delas para conectar um leitor de cartão de memória.

A autonomia é de 11 horas com a bateria do novo MacBook Pro sendo de 100 Wh — o que significa que a FAA ainda permitirá que você carregue o laptop no avião — e ele vem com um carregador de 96 W. Na versão mais cara, rodando com a GPU fritando e com a CPU a milhão, você muito provavelmente não terá essas 11 horas rodando apps mais pesados.

Teclado MacBook Pro de 16 polegadas

Sobre a melhoria no teclado, a Apple agora o chama de Magic Keyboard ("magic" agora é sinônimo de que funciona direito?). A empresa abandonou o mecanismo borboleta e voltou a usar um mecanismo de tesoura, com um milímetro de deslocamento, mas com um design aprimorado de teclas que resulta em melhor estabilidade com o mínimo de oscilação de teclas. A Touch Bar continua sobre o teclado, mas agora é um pouco mais curta e com uma tecla ESC dedicada, agora aparecendo no canto superior esquerdo do teclado e o sensor Touch ID no lado oposto.

DIferença entre os mecanismos teclado e borboleta

Todo o espaço extra que acompanha os MacBooks maiores da Apple significa que eles sempre apresentam um desempenho bacana no que diz respeito ao som, e o novo MacBook Pro de 16 polegadas inclui um sistema de som de seis alto-falantes com "woofers com cancelamento de força duplo" que prometem melhor desempenho de batidas, embora reduzir as vibrações melhore o som de modo geral que sai do laptop. A Apple também incluiu um arranjo de três microfones que eles dizem que funcionam tão bem quanto o de estúdios, embora seja duvidoso que podcasters ou músicos poderão confiar no hardware para suas produções.

Parece um monstro, mas o novo MacBook de 16 polegadas não é para todos, e esperamos ver pequenas atualizações do MacBook Pro e no MacBook Air no início de 2020 que incluem este teclado mágico.

* Com informações adicionais de Guilherme Tagiaroli

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Sonda Hayabusa2 finalmente está se preparando para voltar à Terra com amostras do asteroide Ryugu

Posted: 13 Nov 2019 10:10 AM PST

Concepção artística da sonda Hayabusa2 no asteroide Ryugu

A JAXA, a agência espacial japonesa, declarou o fim de fase exploratória da missão Hayabusa2. A partir desta quarta-feira (13), a espaçonave deixará o Ryugu e voltará à Terra, trazendo — se tudo deu certo — amostras de asteroide junto com ela.

Por volta das 10h05 no horário do Japão, a sonda receberá instruções para deixar o sistema Ryugu, de acordo com a AFP. A Hayabusa2 deve deixar a gravidade do asteroide em 18 de novembro. Depois disso, disparará seus principais propulsores e começará sua jornada em direção à Terra. A sonda deverá chegar ao planeta em dezembro de 2020.

Ao longo do passeio de volta à Terra estarão as amostras mais importantes. A sonda conseguiu tocar a superfície do asteroide duas vezes, tentando coletar amostras em 21 de fevereiro de 2019 e materiais mais profundos em 11 de julho de 2019. Além disso, Hayabusa2 tirou várias fotos do asteroide e implementou várias sondas robóticas na superfície, entre outras tarefas.

Olhando em retrospecto, a missão até o momento foi um sucesso espetacular — embora o suspiro final de alívio só deva ocorrer quando os cientistas abrirem os compartimentos de transporte e confirmarem que eles trouxeram as amostras coletadas pela missão.

"Estou me sentindo meio triste e meio resoluto para fazer nosso melhor e trazer a sonda de volta para casa", disse Yuichi Tsuda, gerente do projeto Hayabusa2, a repórteres, conforme reportou a AFP. "Ryugu tem estado no coração de nossa vida cotidiana há um ano e meio".

Asteroide RyuguO asteroide Ryugu. Crédito: JAXA

Felizmente, a viagem de um ano para casa é muito menos do que os 3,5 anos que levou para a Hayabusa2 chegar ao asteroide. A Terra e Ryugu estão agora mais próximos em seus respectivos caminhos orbitais em comparação a 2014, quando o asteroide estava a quase 300 milhões de quilômetros da Terra.

A Hayabusa2 começou a “fazer as malas” para voltar à Terra no início do inverno, quando colocou o compartimento de coleta dentro da cápsula de reentrada. Ao contrário de sua antecessora, a sonda Hayabusa2 não queimará na atmosfera da Terra. Em vez disso, ela descartará as amostras na Terra, onde é esperado que aterrissem no deserto da Austrália (a JAXA está atualmente negociando com o governo australiano para resolver alguns detalhes importantes, incluindo licenças para recuperar a cápsula de reentrada na região restrita de Woomera). Quanto à Hayabusa2, ela permanecerá no espaço, onde poderá ser reciclada para outra missão de asteroide.

Os cientistas da JAXA esperam que as amostras contenham pedaços de carbono e compostos orgânicos. Ao estudar estas amostras, os cientistas esperam obter novas ideias sobre a composição dos asteroides e como eles se formaram há 4 bilhões de anos, bem no comecinho da história do sistema solar.

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DJI Mavic Mini é um drone levíssimo que custa R$ 4.049

Posted: 13 Nov 2019 09:06 AM PST

A DJI lançou nesta quarta (13) em um evento em São Paulo seu novo drone, o Mavic Mini. O principal destaque do produto é seu peso levíssimo, que o dispensa de certas burocracias. Por isso, ele é vendido pela marca como um aparelho para iniciantes. Mesmo assim, seu preço pode assustar: R$ 4.049.

O Mavic Mini pesa apenas 249 gramas, o que faz com que ele fique abaixo do limite de 250 gramas definido pela FAA (Administração Federal de Aviação dos EUA) e adotado também pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Aeronaves não tripuladas com mais de 250 gramas precisam ser registradas nos órgãos, então é uma forma de ter uma dor de cabeça a menos com burocracia.

Esse peso é realmente pouca coisa. Segundo a DJI, é o mesmo que cinco bolas de golfe (e foi assim que eu descobri que uma bola de golfe pesa um pouco menos que 50 gramas). Para melhorar a qualidade das imagens da câmera, ele conta com estabilizador de três eixos. A câmera, aliás, faz fotos de 12 megapixels e vídeos de 2,7K de resolução.

O drone promete 30 minutos de autonomia e alcance de 4 quilômetros. Ele conta com as tecnologias GEO 2.0, para evitar que ele entre em áreas onde pode representar perigo, como aeroportos, estádios e presídios, e AeroScope, uma espécie de matrícula digital para autoridades poderem checar quem é o responsável pela aeronave.

Mesmo assim, a empresa ressalta que o responsável pelas tomadas de decisão e por evitar acidentes e problemas é sempre o piloto.

 

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O foco do Mavic Mini são os entusiastas de primeira viagem, que querem um aparelho mais simples. Por isso, a empresa vai atualizar seu app DJI Fly para deixá-lo mais fácil de usar, escondendo opções mais avançadas (e complicadas).

Além disso, ele conta com os QuickShots. Com o recurso, basta tocar em um botão para que o drone faça um percurso preestabelecido capturando imagens. A DJI diz que o resultado é de nível cinematográfico. Seja como for, pelo menos dá uma ajuda para quem não aprendeu a pilotar o aparelho direito.

O que pode afastar alguns entusiastas, porém, é o preço. Por aqui, ele será vendido por R$ 4.049, em um kit com case para transportes, três baterias, kits de hélice e controle. Nos EUA, onde ele foi lançado há duas semanas, o preço sugerido é de US$ 499 neste mesmo kit.

Por lá, há também uma opção mais básica, com apenas uma bateria, três kits de hélices e controle, por US$ 399 — a DJI ainda não disse por quanto ela será vendida no Brasil.

Para quem não quer gastar tanto, a DJI também tem o Tello, que é bem simples e muito mais barato. Em contrapartida, ele vem com poucos recursos — não tem estabilização óptica de imagem, por exemplo, o que pode atrapalhar filmagens quando há muito vento — e câmera de qualidade inferior.

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[Podcast] Guia Prático: Startups e fundos se comprometem com a Arábia Saudita; Mastodon e WT:Social: as redes alternativas da vez

Posted: 13 Nov 2019 07:36 AM PST

Consulado da Arábia Saudita

No Guia Prático desta semana, falamos de startups que recebem dinheiro de da Arábia Saudita e de como esta relação, em alguns casos, acaba causando um choque de cultura com os valores do país — e colocando executivos em situações constrangedoras.

Além disso, no segundo bloco, falamos das novas redes sociais alternativas da vez: o WT:Social, criado pelo fundador da Wikipedia, Jimmy Wales, e o Mastodon lançada em 2016 que voltou aos holofotes recentemente. As duas tentam uma abordagem diferente de plataformas do mainstream, que se baseiam em anúncios e algoritmos, e procuram criar um ambiente menos nocivo para as pessoas.

Também tem nossas recomendações culturais e os melhores artigos publicados nos dois sites nas últimas semanas.

Você pode ouvir o episódio nesta página ou usar seu player favorito (Apple Podcasts, Deezer, Spotify ou pelo RSS) e buscar pelo nome do podcast. Se quiser, é possível também ouvir o programa no YouTube.

Mande o seu recado para o podcast! Pode ser pelo e-mail podcast@manualdousuario.net ou enviando um áudio no Telegram para @ghedin.

Responda a PodPesquisa 2019. A Associação Brasileira de Podcasters está rodando uma pesquisa para descobrir o perfil do brasileiro que ouve podcasts. O formulário é longo, mas a maioria das perguntas é opcional. Siga por este link para respondê-la.

Leia isto

As nossas melhores matérias escritas indicadas especialmente a você, ouvinte.

Indicações culturais

Referências

Links de notícias, reportagens e dados citados no programa.

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Microsoft libera prévia do Minecraft Earth nos EUA para rivalizar com Pokémon Go

Posted: 13 Nov 2019 06:42 AM PST

Captura de tela do jogo Minecraft Earth

A Microsoft realmente quer mergulhar na realidade aumentada. A companhia anunciou nesta terça-feira (12) que quem mora nos Estados Unidos terá acesso antecipado ao jogo Minecraft Earth, tanto no iOS quanto no Android.

O jogo em realidade aumentada foi anunciado em maio, em uma parceria entre a Microsoft e a Mojang. De acordo com um comunicado, o game permite que os jogadores percorram seus bairros para coletar recursos, colaborem em construções com outros usuários e batalhem contra as criaturas de Minecraft. Basicamente, é como ter Minecraft no “mundo real” e com clara inspiração no sucesso obtido pelo jogo Pokémon Go.

Tradução: Ei, Estados Unidos, nós encontramos o seu convite para o Minecraft Earth. Estava atrás do sofá esse tempo todo! Bem vindo ao acesso antecipado!

Até agora, os EUA são o décimo país a ter acesso antecipado ao Minecraft Earth. O lançamento do jogo começou em meados de outubro e já está disponível na Islândia, Nova Zelândia, Austrália, México, Suécia, Coréia do Sul, Canadá, Filipinas e Reino Unido.

Para jogar, os usuários precisam de um smartphone que esteja atualizado pelo menos com o iOS 10 ou Android 8, além de ter uma conta Microsoft ou Xbox Live.

Além de ser um joguinho divertido, Minecraft Earth é um uma aposta interessante da Microsoft em realidade aumentada. Até agora, as tentativas da companhia nesse campo estavam ligadas ao seu headset HoloLens, lançado em 2015.

A tecnologia, embora impressionante, era muito cara, custando US$ 3.000 (R$ 12.000, na cotação atual) Embora, a princípio, fosse projetado para um dispositivo doméstico, ficou claro que não era de interesse de muita gente (nem para muitos bolsos).

Demos uma olhada no HoloLens 2 no início deste ano, e apesar de haver grandes melhorias, trata-se um produto mais útil em um ambiente empresarial. O HoloLens 2 foi colocado à venda apenas na semana passada, sem muito alarde.

HoloLens 2 definitivamente não está pronto para o consumidor médio – custa US$ 3.500 (R$ 14.600)! Porém, a Microsoft tem outros objetivos com o Minecraft Earth. O jogo ainda não está completo, mas as desenvolvedoras não veem problema em antecipar o acesso para vários países. Não há previsão de lançamento antecipado no Brasil, nem para o lançamento definitivo do game.

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Sonda Curiosity encontra misteriosas flutuações de oxigênio em Marte

Posted: 13 Nov 2019 05:24 AM PST

Cratera Gale, em imagem via Curiosity

A sonda Curiosity da NASA detectou uma variação sazonal inesperada no oxigênio de Marte, de acordo com uma nova pesquisa.

A Curiosity tem enviado resultados curiosos há algum tempo. Depois de localizar metano no planeta, estudos da cratera Gale encontraram mudanças regulares no gás que são inexplicáveis a partir dos fatores ambientes conhecidos até agora pelos cientistas. Desta vez, uma variação no oxigênio juntou-se aos mistérios marcianos.

O oxigênio tem mostrado “variabilidade sazonal e interanual significativa, sugerindo um processo atmosférico ou superficial desconhecido em andamento”, escreveram os autores em um artigo publicado nesta terça-feira (12) no Journal of Geophysical Research.

Marte, assim como a Terra, tem uma inclinação no seu eixo de rotação. Isso significa que seus hemisférios norte e sul possuem estações similares a da Terra – verão quando o hemisfério aponta para o Sol e inverno quando está do lado oposto.

Os cientistas têm usado o instrumento de Análise de Amostras em Marte (SAM, na sigla em inglês) da Curiosity para monitorar a abundância de várias moléculas na atmosfera do planeta e como elas mudam de acordo com as estações do ano.

Nessa pesquisa, foram divulgados dados recolhidos em cinco anos terrestres (o equivalente a três anos em Marte).

Os resultados para alguns elementos não foram especialmente surpreendentes: os níveis e mudanças na quantidade de gás argônio foram muito semelhantes às medições feitas pela já extinta sonda Opportunity, por exemplo.

A Curiosity também não identificou muita circulação de nitrogênio – na Terra, a vida interage com a atmosfera e o solo por meio de um complexo ciclo que envolve o nitrogênio. Se tal ciclo existe em Marte, ele não tem impacto no gás atmosférico do planeta, de acordo com os autores.

Porém, existe a questão do oxigênio. “As medidas do SAM [de oxigênio] na cratera Gale não mostram estabilidade anual ou padrões sazonais que seriam previstos com base nas fontes e dissipadores conhecidos na atmosferas”, escreveram os autores.

Havia muito mais oxigênio do que o esperado durante a primavera e o verão do hemisfério norte marciano (entre o final do outono e o começo inverno para a Curiosity), e muito menos oxigênio do que o esperado durante o inverno do hemisfério norte (o verão para a Curiosity).

Os cientistas tentaram arranjar uma explicação para isso. Talvez o instrumento estivesse quebrado (não estava), ou talvez o oxigênio fosse de dióxido de carbono ou água dissolvendo na atmosfera. Mas isso poderia significar que há muito mais água do que o planeta já possui em sua atmosfera, ou que o dióxido de carbono se quebra muito lentamente para produzir as assinaturas de oxigênio, de acordo com um comunicado da NASA.

“O fato de o comportamento do oxigênio não ser perfeitamente reproduzido em todas as estações nos faz pensar que não se trata de uma questão que tenha a ver com a dinâmica atmosférica. Tem que ser alguma fonte química e dissipador que ainda não podemos explicar”, disse a autora principal do estudo e cientista planetária do Goddard Space Flight Center da NASA, Melissa Trainer, em um comunicado.

Talvez a variação do oxigênio tenha a ver com a variação do metano. Trainer espera que outros cientistas ajudem a descobrir o mistério.

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Japão reinventa Fukushima como centro de energia renovável

Posted: 13 Nov 2019 05:01 AM PST

Foram anunciados planos para converter áreas abandonadas em Fukushima em um centro de energia renovável, um esquema que envolverá a construção de novas usinas solares, parques eólicos e uma rede de transmissão de energia que fornecerá eletricidade a Tóquio.

Faz oito anos que um terremoto e um tsunami provocaram um colapso catastrófico na usina nuclear de Fukushima. A área imediata ao redor da instalação permanece insegura, mas, como relataNikkei Asian Review, o Japão está traçando um plano para converter a área em um paraíso para energia renovável.

O plano prevê que 11 usinas solares e 10 parques eólicos sejam construídos na prefeitura de Fukushima em terras que “não podem mais ser cultivadas e áreas montanhosas de onde a população continua a sair”, de acordo com o Nikkei.

Cerca de 43.000 cidadãos japoneses continuam desabrigados devido ao desastre – muitos dos quais compreensivelmente se preocupam em voltar para casa, apesar das garantias do governo. Enquanto isso, a Companhia de Energia Elétrica de Tóquio (TEPCO), que opera a usina nuclear destruída, diz que a instalação não deve ser completamente desativada até a década de 2050. E ainda há as três zonas projetadas para evacuação de Fukushima a serem consideradas, que abrangem 371 quilômetros quadrados, ou quase 3% da área total da prefeitura.

Se o desastre nuclear de Fukushima é essencialmente um limão gigante, então o Japão está agora tentando fazer uma limonada na forma deste hub de energia renovável. Prevê-se que as novas instalações serão concluídas em março de 2024 a um custo estimado de US$ 2,7 bilhões. Uma linha de crédito para apoiar parcialmente o custo do projeto será fornecida pelo Banco de Desenvolvimento do Japão, estatal, e pelo Banco Mizuho, ​​de acordo com o Nikkei.

O hub deverá produzir cerca de 600 megawatts de eletricidade. Essa é uma fração dos quase 4.700 megawatts que a antiga usina nuclear foi capaz de produzir, mas ainda haverá eletricidade suficiente para abastecer o que equivale a 114.000 residências norte-americanas médias. O projeto também pede a construção de uma rede conectada à principal rede da TEPCO, que pode ser usada para transmitir eletricidade a Tóquio.

Este novo plano é consistente com a meta da prefeitura de fornecer 40% de sua demanda de energia renovável até 2020, dois terços até 2030 e 100% até 2040, segundo o Japan Times.

Esse plano lembra um esquema apoiado pela China para construir usinas de energia solar na Zona de Exclusão de Chernobyl, a única outra área na Terra devastada por um colapso nuclear. Há uma curiosa ironia poética nesses planos, nas quais áreas destruídas por usinas ainda podem ser usadas para gerar energia. A vida é estranha.

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O que é cigarro eletrônico, vaping e tabaco aquecido?

Posted: 13 Nov 2019 03:44 AM PST

Homem fumando cigarro eletrônico

Mesmo sendo bastante controverso no mundo, o cigarro eletrônico – ou a cultura vaping – surgiu como uma alternativa de auxílio para quem deseja parar de fumar ou como uma forma de minimizar o impacto do tabagismo na saúde. A Public Health England (PHE) – uma agência do Serviço de Saúde do governo da Inglaterra -, realiza anualmente estudos para comparar os efeitos do produto, também conhecido como vaping e tabaco aquecido, com os dos cigarros tradicionais.

Na pesquisa, foram utilizados dois recipientes cheios de algodão. O primeiro foi exposto durante um mês ao fumo do tabaco e, o segundo, ao vapor dos eletrônicos. O pote que recebeu o cigarro de combustão apareceu totalmente impregnado e pegajoso, com uma coloração escura e carregado de alcatrão, enquanto o do eletrônico continha apenas vapor.

De fato, a conclusão inicial fora que esse tipo de produto é menos prejudicial e tem potencial para exercer um importante papel na redução do tabagismo na saúde pública. Mas será que um experimento prático desses diz tudo que precisamos saber sobre o impacto social e psicológico do uso exacerbado de cigarros eletrônicos entre as diferentes faixa etárias?

É o que propomos debater neste texto. Não é uma discussão maniqueísta. Não se trata do preto no branco. Estamos falando de saúde – e nessa questão é importante trazer os diferentes pontos de vista, um histórico sobre o produto e quem está o produzindo. É fato que o cigarro eletrônico é uma alternativa, mas até que ponto ele não pode se tornar um outro tipo de malefício? Afinal, o excesso de qualquer virtude a gente sabe onde vai dar.

Como surgiu o cigarro eletrônico?

O primeiro cigarro eletrônico, como o conhecemos hoje em dia, só foi introduzido em 2003, na China, de onde se espalhou para o resto do mundo nos dois anos seguintes.

No entanto, a herança do vaping tem uma história muito mais rica. Várias culturas desfrutaram do ato de imersão vapores herbais. O primeiro meio usado não era nem de perto um atomizador – era uma pilha muito menos avançada de pedras quentes e fumegantes.

O historiador grego Heródoto, em seu consagrado livro História, tem uma passagem em que menciona o povo nômade Cita, onde diz que "pegavam um pouco dessa semente de cânhamo e a jogavam sobre as pedras incandescentes, a qual imediatamente vaporiza e produz um vapor que não pode exceder o banho de vapor grego; os citas, encantados, gritam de alegria".

Do século 7 adiante, membros da dinastia Safávida – responsável pelo "renascimento" da Pérsia como uma potência Oriental – usavam o que hoje chamamos de narguilé. Suas variantes são usadas principalmente em países islâmicos, onde há uma forte tradição de inalar o vapor de ervas aromáticas.

Embora essas práticas não sejam utilizadas na composição dos cigarros eletrônicos hoje em dia, podemos dizer que são avós dela. Para chegar aos dispositivos modernos, temos que avançar pelo menos um milênio.

O primeiro protótipo de cigarro eletrônico foi criado em 1927, por um homem chamado Joseph Robinson. Ele apresentou um pedido de patente – que só fora concedida em 1930 – relacionado a um vaporizador elétrico. O documento original dizia: "Minha invenção refere-se a dispositivos de vaporização para manter compostos medicinais que são aquecidos eletricamente para produzir vapores para inalação".

Patente do cigarro eletrônico idealizado por Joseph RobinsonPatente de Joseph Robinson. Crédito: Google Patents

Seu dispositivo não foi concebido como uma ferramenta à base de nicotina, mas, ainda assim, a semelhança com cigarros eletrônicos de 2ª geração se tornaria evidentemente visível. Até onde sabemos, nem um único protótipo foi produzido e a invenção não foi comercializada na época.

O homem que é de fato creditado como o pai dos cigarros eletrônicos é Herbert A. Gilbert. Ele deu entrada em uma patente em 1965, mas o dispositivo não decolou, principalmente porque as empresas de tabaco não estavam realmente interessadas em substituir os cigarros tradicionais. "Usando a tecnologia disponível em 1963", ele explicou, "concluí que uma fonte de calor alimentada por bateria faria o trabalho e o primeiro cigarro eletrônico nasceu. Eu construí protótipos e tentei usar vários sabores de água como vapor … e funcionou".

Outro nome importante na nossa ordem cronológica: Phil Ray. Em 1981, Ray decidiu parar de fumar. Ele inventou um dispositivo que fornecia nicotina sem combustão. Como efeito, o dispositivo tinha um papel encharcado de nicotina e a liberava quando inchado.

Ele fez uma parceria com o Dr. Norman L. Jacobson e eles conseguiram tirar sua empresa do papel, vendendo seu dispositivo por todo o oeste dos Estados Unidos. Infelizmente, seu sistema de entrega era falho – a nicotina tem um baixo ponto de evaporação, então o dispositivo tinha uma vida útil muito curta -, e eles foram forçados a vender sua invenção para outra empresa.

Apesar do fato de que seu dispositivo falhou (e que não era realmente um cigarro eletrônico), eles foram os primeiros a usar os termos "vaping" – e com isso, o jogo mudou.

O cigarro eletrônico moderno

Foi em 2000, que um farmacêutico da China, chamado Hon Lik, adormeceu e sonhou que estava se afogando. De repente, a água virou vapor. Hon Lik era um fumante, como seu pai. Ele assistiu seu pai morrer de câncer induzido pelo fumo, de modo que provavelmente tinha algo a ver com seu sonho profético.

Hon Link, o inventor do cigarro eletrônico modernoHon Lik. Crédito: Reprodução/YouTube/Zamplebox

Em todo caso, ele patenteou seu sonho em 2003. O primeiro cigarro eletrônico usou um elemento emissor de ultrassom piezoelétrico de alta freqüência, que vaporizou o líquido contendo nicotina. Embora parecesse semelhante ao que vemos hoje, o primeiro cigarro eletrônico funcionava com princípios muito diferentes. O cigarro eletrônico de Hon Lik envolvia ultrassom, exigia muitas partes móveis e não era muito fácil de usar ou conveniente.

Hon Lik nomeou sua invenção Ruyan e sua empresa, Golden Dragon Holdings, começou a comercializá-lo na China. Em 2005, apareceu no mercado europeu e, em 2006, começou a progredir lentamente nos Estados Unidos.

O mercado havia aberto os olhos para os cigarros eletrônicos.

Dois empresários britânicos, Ted e Matt Rogers, tornaram tudo mais simples quando inventaram um cartomizador . Essencialmente, um cartomizador combinou uma bobina com o tanque e a invenção foi adotada por várias marcas de cigarros na época.

A partir daí, foram inúmeras as inovações. Basta dizer que, depois de 2008, quando o dispositivo ganhou terreno na Europa e nos EUA, uma comunidade fora criada.

Muito mais do que apenas uma ferramenta para enfrentar o tabagismo, a prática da vaporização hoje em dia se tornou um hobby cheio de peculiaridades das quais seus praticantes não abrem mão.

Cigarro eletrônico e fumaçaCrédito: Pixabay

Hoje em dia, a grande maioria dos cigarros eletrônicos não utiliza mais tecnologia de ultrassom – eles usam apenas um sistema de baterias elétricas. E o calor produzido por meio delas vaporiza um líquido que pode ou não conter nicotina e que é inalado pelo usuário do dispositivo, evitando assim a absorção dos elementos carcinogênicos que são encontrados em grandes quantidades nos cigarros comuns.

Existem quatro gerações de vaporizadores e eles continuam evoluindo em tecnologia e design constantemente.

Quais são as principais categorias de cigarros eletrônicos?

  • Cigarros eletrônicos de primeira geração

    Os primeiros cigarros eletrônicos a chegarem ao mercado tentavam simular a aparência e a forma de um cigarro. Grande parte deles eram dispositivos descartáveis, que contavam com uma parte funcionando como bateria, um atomizador – para transformar o líquido em vapor – e um cartucho que continha as substâncias. Uma vez que tudo era esgotado (bateria e líquido), o aparelho podia ser jogado fora. Alguns poucos podiam ser recarregáveis.

  • Cigarros eletrônicos de segunda geração
    Cigarros eletrônicos de segunda geração possuíam bateria recarregável e você podia recolocar o líquido que era vaporizado no tanque do aparelho, apesar de certos modelos ainda adotarem cartuchos não reutilizáveis. Os aparelhos dessa geração normalmente tinham a aparência de uma caneta um pouco mais espessa. Como não eram dispositivos descartáveis, o custo de utilização deles eram mais baixos, apesar de os aparelhos em si custarem um pouco mais.

  • Cigarros eletrônicos de terceira geração
    É aqui que entra a maioria dos cigarros eletrônicos usados hoje em dia. Os mods, que servem como fonte de energia e o "cérebro" do vape, começam a aparecer nessa geração. Eles podem ter controles de voltagem e potência para regular a quantidade de vapor produzida e possuem alguns dispositivos eletrônicos de segurança. São também da terceira geração os tais mods mecânicos, que não utilizam circuitos integrados e geram contato entre as baterias e o aparato de aquecimento de maneira física.

  • Cigarros eletrônicos de quarta geração
    Essa geração comporta cigarros eletrônicos com controle automático de temperatura, capazes de lidar com configurações de resistência bastante baixa em ohms. Sem dúvidas, são os aparelhos mais modernos – e também os mais caros – do mercado.

Tabaco aquecido

Tabacos aquecidos são dispositivos similares aos cigarros eletrônicos, mas que aquecem o tabaco apenas o suficiente para liberar um vapor contendo nicotina, sem queimar o tabaco.

Solução de tabaco aquecido da Philip MorrisIqos é o tabaco aquecido da Philip Morris

Aqui está o ponto principal: o tabaco em um cigarro convencional queima a temperaturas superiores a 600° C, gerando combustão, que contém altos níveis de produtos químicos e nocivos. Mas o tabaco aquecido funciona com temperaturas muito mais baixas, de até 350 °C, sem o fator da combustão. O aquecimento de baixa temperatura libera o verdadeiro sabor do tabaco aquecido e os níveis de produtos químicos nocivos são significativamente reduzidos em comparação ao cigarro convencional, já que ele não é queimado.

Cigarro eletrônico é prejudicial à saúde?

Essa resposta é razoavelmente dúbia e inconclusiva, especialmente porque esse tipo de dispositivo é bastante recente e ainda não foi possível analisar os efeitos em longo prazo.

Outro estudo realizado pelo departamento de Saúde Pública da Inglaterra em agosto de 2015 chegou à conclusão de que cigarros eletrônicos são 95% menos danosos que o consumo de tabaco.

"Os cigarros eletrônicos não são completamente livres de riscos quando comparados aos cigarros comuns, mas evidências mostram que eles carregam uma fração do dano", diz em um comunicado o professor Kevin Fenton, diretor de Saúde e Bem Estar na Public Health England.

Vaping pixabayCrédito: Pixabay

O estudo mostra que fumar cigarros eletrônicos é comum entre pessoas que já fumam, e que "um pequeno número de não fumantes" o usam. Este contexto geralmente se perde em discussões sobre essa prática, já que algumas comunidades de saúde pública a veem como uma alternativa positiva a fumantes que tentam abandonar o cigarro tradicional.

Essa pesquisa também mostrou que a prática da vaporização pode ajudar na luta contra o tabagismo entre fumantes e que não há evidências de que os vapes estariam agindo como rota de entrada à prática de fumar entre crianças e não fumantes. O estudo foi conduzido pelos professores Ann McNeill, da King's College London, e Peter Hajek, da Queen Mary University of London.

Mas sem dúvida haverá repercussão negativa da pesquisa, que surgiu praticamente junto com um novo estudo da American Medical Association, que mostra como estudantes do ensino médio norte-americano que usam o cigarro eletrônico são mais propensos a experimentar também os cigarros tradicionais. Apesar de existir uma relação entre os dois, o estudo não conseguiu provar que o cigarro eletrônico é uma porta de entrada para o fumo comum, como muitos acreditam.

"Apenas mostra que [adolescentes] que são atraídos pelos cigarros eletrônicos são as mesmas pessoas que se atraem por cigarros", diz Peter Hajek, um dos autores do estudo da PEH (Public Health England), ao The Guardian. "Pessoas que bebem vinho branco estão mais propícias a experimentarem vinho tinto do que pessoas que não bebem álcool".

Resumindo: não existe consenso na comunidade médica internacional em relação aos males que a vaporização pode causar. Há um consenso geral de que usuários de cigarros eletrônicos são expostos a muito menos substâncias tóxicas e carcinogênicas, apesar de o risco do desenvolvimento de dependência à nicotina continuar existindo.

Nenhuma conclusão específica sobre o quão seguro é usar esses produtos em comparação ao fumo pode receber credibilidade científica nesse momento.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) produziu um relatório em agosto de 2016 e nele afirma: "não há pesquisas suficientes para quantificar o risco relativo de sistemas eletrônicos de fornecimento de nicotina em relação a produtos que usem combustão. Portanto, nenhuma conclusão específica sobre o quão seguro é usar esses produtos em comparação ao fumo pode receber credibilidade científica nesse momento".

O contraponto

Em setembro de 2019, oficiais de saúde no condado de Tulare, na Califórnia (EUA), reportaram que um morador morreu após desenvolver lesões nos pulmões relacionadas ao vaping. A morte marca a sétima fatalidade semelhante relatada até agora, entre centenas de casos documentados em metade dos Estados Unidos.

Segundo as autoridades do condado de Tulare, a pessoa morreu após semanas de tratamento médico para a condição, que agora é conhecida como lesão pulmonar associada ao vaping. A identidade da pessoa não foi divulgada, embora se saiba que ela tinha mais de 40 anos e que tinha complicações de saúde subjacentes.

"Com tristeza, relatamos que houve a morte de um morador de Tulare County, suspeito de estar relacionado a lesão pulmonar grave associada a vaping", disse Karen Haught, oficial de saúde pública do condado de Tulare, em comunicado divulgado na noite de segunda-feira.

Diferentes tipos de cigarro eletrônicoDiferentes tipos de cigarro eletrônico. Crédito: Pixabay

O condado já documentou três casos locais de VAPI (como ficou conhecida a doença nos EUA), embora a Califórnia, ao todo, tenha reportado 73 casos suspeitos, segundo o Departamento de Saúde da Califórnia. Recentemente, o CDC (Centro de Controle de Doenças dos EUA, órgão análogo à ANVISA no Brasil) disse que houve 380 casos de VAPI registrados nacionalmente em 36 estados e um território (uma estimativa anterior mais alta incluía possíveis casos que estavam sob investigação). Kansas, Illinois, Indiana, Minnesota e Oregon também relataram mortes, mas a Califórnia é o primeiro estado com mais de uma morte.

Pessoas com VAPI apresentaram sintomas como tosse, falta de ar e dor no peito, além de sintomas menos comuns, como náusea e vômito. Todos tinha um histórico recente de vaping. A maioria afirmou ter usado produtos que contenham THC ou maconha, como ceras e óleos ricos em THC, frequentemente adquiridos no mercado paralelo.

Apesar desse vínculo comum entre muitas vítimas, as autoridades de saúde relutam em atribuir a culpa a uma causa específica. Na declaração de Haught sobre a morte da pessoa em Tulare, por exemplo, ela alertou que "qualquer uso de cigarros eletrônicos representa um possível risco para a saúde dos pulmões e pode potencialmente causar graves lesões pulmonares que podem até levar à morte".

Parte desse ceticismo talvez seja justificado. Muitas das vítimas relataram usar produtos de nicotina e THC, enquanto cerca de um quinto relatou usar apenas nicotina. E, embora alguns estados tenham vinculado o uso de uma substância em particular — uma forma sintética e gordurosa de vitamina E, provavelmente capaz de causar pneumonia quando inalada — a quase todos os casos em sua área, não há nenhum vínculo consistente com qualquer produto químico ou produto produzido nos EUA, segundo o CDC. Em uma morte que ocorreu no Oregon, acredita-se que a vítima tenha usado óleo de THC comprado em um loja de cigarros legalizado, e não em uma loja com produtos paralelos.

Mas críticos apontaram que as vítimas cujos sintomas foram associados apenas à nicotina podem relutar em admitir o uso de THC, principalmente se forem menores de idade ou moraram em estados onde a maconha recreativa ainda é ilegal. Alguns especialistas em saúde pública também criticaram o CDC e outras agências de saúde por assustar desnecessariamente os usuários de cigarros eletrônicos, por não serem mais claros sobre a ligação entre produtos ilegais de THC e a VAPI. Curiosamente, alguns usuários disseram que estão voltando ao cigarro de tabaco — uma opção quase certamente pior para manter a saúde dos pulmões a longo prazo.

Em resposta a esses casos, além de taxas crescentes de adolescentes usando cigarros eletrônicos ou vaporizadores, o presidente dos EUA, Donald Trump, recentemente propôs uma proibição de cigarros eletrônicos com sabor que são vendidos legalmente, seguindo propostas de vários estados e cidades que consideram estabelecer restrições locais. Alguns especialistas e médicos também criticaram a proposta como inútil para prevenir futuros casos de VAPI, dizendo que é mais provável que os usuários comprem produtos de cigarro eletrônico no mercado paralelo — exatamente os produtos considerados mais perigosos.

Do que o vapor dos cigarros eletrônicos é feito?

O líquido (juice, e-juice, e-liquid) utilizado nesses aparelhos é composto por duas substâncias: a glicerina vegetal (VG) e o propilenoglicol (PG). A elas podem se somar os aromatizantes, essências que dão sabor e aroma ao vapor e a nicotina, que não é obrigatoriamente utilizada.

A glicerina vegetal é um composto orgânico. É uma substância sem cor, sem cheiro, viscosa e de sabor adocicado. É considerada segura para o consumo e é utilizada em diversos produtos alimentícios e medicamentos. Seu aquecimento produz o vapor denso e branco gerado pelos cigarros eletrônicos.

O propilenoglicol é um composto orgânico sintético, cuja função nos líquidos para cigarros eletrônicos é realçar o sabor dos aromatizantes. Ele é usado na produção de polímeros e na indústria alimentícia, em produtos como sorvete, alguns laticínios e refrigerante. Apesar de a toxicidade do propilenoglicol ser muito baixa, a substância pode causar irritação nas mucosas dos olhos e das vias aéreas superiores, gerando eventualmente quadros de bronquite e asma.

Cigarros eletrônicos são legalizados no Brasil?

No Brasil, dispositivos eletrônicos para fumar são proibidos desde 2009. De acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada da Anvisa (RDC) nº 46/09:

"Fica proibida a comercialização, a importação e a propaganda de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar, conhecidos como cigarros eletrônicos, e-cigaretes, e-ciggy, ecigar, entre outros, especialmente os que aleguem substituição de cigarro, cigarrilha, charuto, cachimbo e similares no hábito de fumar ou objetivem alternativa ao tratamento do tabagismo. Estão incluídos na proibição que trata o caput deste artigo quaisquer acessórios e refis destinados ao uso em qualquer dispositivo eletrônico para fumar".

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) afirma que está discutindo uma atualização a partir de novas pesquisas e que o assunto está na Agenda Regulatória 2017-2020, no item "Novos tipos de produtos fumígenos". Desde 2016, a agência vem se atualizando sobre o tema. No mesmo ano, fez o que chamou de uma revisão técnica em "Cigarros eletrônicos: o que sabemos?".

Infrações implicam sanções previstas na Lei 6.437, de 20 de agosto de 1977, que obriga advertência, multa, apreensão, inutilização, interdição de produto e proibição de propaganda. Certamente, porém, você já o viu à venda em marketplaces da internet.

A Anvisa informa que possui uma equipe de fiscalização que monitora a internet regularmente. Entre os anos de 2017 e 2019, foram retirados cerca de 727 anúncios de Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEF), incluindo os cigarros eletrônicos.

Quando os estabelecimentos têm lojas físicas, são visitados pelas vigilâncias sanitárias estaduais e municipais. A agência também atua com os órgãos policiais e com a Receita Federal para identificar produtos ilegais e adotar medidas de combate à venda ilícita.

O mercado e as principais empresas de cigarros eletrônicos no mundo

O mercado global de cigarros eletrônicos deve ter uma taxa de crescimento anual de 24,9%, de acordo com um novo estudo da Grand View Research. A crescente popularidade desses produtos deverá impulsionar o crescimento do mercado nos próximos seis anos.

Os principais players do mercado de cigarros eletrônicos e vape incluem Altria Group; British American Tobacco; Imperial Brands; International Vapor Group; Japan Tobacco; NicQuid; JUUL Labs; PMI (Philip Morris International); R.J. Reynolds Vapor Company; Shenzhen IVPS Technology; e Shenzhen KangerTech Technology.

A marca de cigarro eletrônico mais conhecida no mundo é a Juul, que detinha três quartos do mercado norte-americano no final de 2018. Em dezembro daquele ano, a empresa de cigarros Altria – empresa matriz da Philip Morris EUA – comprou uma participação de 35% da Juul. As vendas da fabricante dispararam nos últimos anos, passando de 2,2 milhões de dispositivos vendidos em 2016 para 16,2 milhões em 2017.

Cigarro eletrônico/vape da marca JuulCrédito: Pixabay

A Altria Group ocupa uma posição de destaque na lista das principais marcas de cigarros eletrônicos do mundo. A receita anual do grupo é estimada em cerca de US$ 25 bilhões e mais de 8.300 profissionais são empregados neste ramo.

A British American Tobacco foi fundada em 1902 como uma joint venture entre a Imperial Tobacco Company e a American Tobacco Company. A sede da British American Tobacco, uma das principais marcas de cigarros eletrônicos do mundo, está localizada em Londres, Reino Unido e é líder de mercado em mais de 50 países. A receita anual da British American Tobacco registrou cerca de US$ 28 bilhões no final de 2017.

A Imperial Brands é outra das principais marcas de cigarros eletrônicos do mundo e foi criada no ano de 1901 pela fusão de 13 empresas britânicas de fabricação de tabaco. A Imperial Brands possui uma receita anual de cerca de US$ 32 bilhões e emprega mais de 34 mil profissionais em todo o mundo. A sede da Imperial Brands é Bristol, no Reino Unido.

A Japan Tobacco foi fundada em 1949 pelo Ministério das Finanças do Japão. A receita anual da Japan Tobacco é estimada em cerca de US$ 20 bilhões e possui mais de 48 mil funcionários em todo o mundo.

A NJOY está entre as principais marcas de cigarros eletrônicos do mundo e foi criada em 2006 por Mark Weiss. A NJOY está presente em todos os 50 estados dos EUA e em vários países da Europa. A receita anual da empresa é de cerca de US$ 15 milhões.

Cigarros eletrônicos: uma alternativa ao tabagismo ou mais uma opção para alimentar o vício?

A questão é válida, principalmente depois de todos os pontos levantados. Aproveito o espaço final para reafirmar alguns últimos tópicos.

  • Cigarro eletrônico é prejudicial ou não à saúde? Resposta razoavelmente dúbia e inconclusiva, especialmente porque esse tipo de dispositivo é bastante recente e ainda não foi possível analisar os efeitos em longo prazo.
  • A Organização Mundial da Saúde (OMS) produziu um relatório em agosto de 2016 e nele afirma: "não há pesquisas suficientes para quantificar o risco relativo de sistemas eletrônicos de fornecimento de nicotina em relação a produtos que usem combustão. Portanto, nenhuma conclusão específica sobre o quão seguro é usar esses produtos em comparação ao fumo pode receber credibilidade científica nesse momento".
  • Há um consenso geral de que usuários de cigarros eletrônicos são expostos a muito menos substâncias tóxicas e carcinogênicas, apesar de o risco do desenvolvimento de dependência à nicotina continuar existindo.
  • Apesar de a toxicidade do propilenoglicol ser muito baixa, a substância pode causar irritação nas mucosas dos olhos e das vias aéreas superiores, gerando eventualmente quadros de bronquite e asma.

Nenhuma conclusão específica sobre o quão seguro é usar esses produtos em comparação ao fumo pode receber credibilidade científica nesse momento, mas uma coisa é certa: quando utilizados com responsabilidade, os cigarros eletrônicos podem sim ajudar uma pessoa a enfrentar o tabagismo.

Sem responsabilidade, outra coisa é óbvia e também igualmente certa: é mais uma opção para alimentar o vício entre fumantes e aqueles que estão começando a se aventurar na cultura do tabagismo e dos cigarros eletrônicos.

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