segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Gizmodo Brasil

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Polícia quer ouvir a Alexa como testemunha de um possível assassinato nos EUA

Posted: 03 Nov 2019 11:31 AM PST

Alexa pode ser a chave para resolver um caso já bizarro da Flórida, em que uma mulher foi morta por uma lança com uma lâmina de 30 centímetros no peito. A polícia conseguiu um mandado de busca para obter gravações de um Amazon Echo e um Echo Dot da casa, que eles acreditam ter testemunhado o possível assassinato, segundo o Sun Sentinel.

O incidente em questão aconteceu em julho: Sylvia Galva Crespo, 32 anos, morreu em sua casa em Hallandale Beach, Flórida, após um misterioso acidente que a deixou esfaqueada no peito com uma lança inexplicavelmente já existente no apartamento. Pelo menos, essa é a explicação que seu marido, Adam Crespo, 43 anos, deu à polícia antes de ser acusado de homicídio doloso.

A polícia agora acredita que os dispositivos Amazon Echo da casa podem ter sido acionados  no momento do incidente, tornando assim a assistente de voz Alexa uma possível testemunha, informa o Guardian. Parece um episódio de Black Mirror.

“Acredita-se que evidências de crimes, gravações em áudio capturando o ataque à vítima Silvia Crespo que ocorreu no quarto principal…possam ser encontradas no servidor mantido pela ou para a Amazon”, explicou a polícia em um documento segundo o Sun Sentinel. Um porta-voz do departamento disse que as autoridades receberam as gravações e estão atualmente analisando-as.

Quaisquer novas evidências – se houver – que a polícia possa coletar dessas gravações permanecem incertas. Embora não seja nenhum segredo que seus alto-falantes inteligentes estão  ouvindo você, a Amazon sempre afirmou que Alexa apenas registra trechos curtos após a "palavra de ativação" ter sido acionada e não conversas privadas completas.

No entanto, pesquisadores encontraram recentemente muitas evidências de que os hackers usam esses dispositivos para esquemas de espionagem e phishing, então sabemos que eles têm essa capacidade. Se a Amazon deve ou não usá-la com alguma regularidade, já é outra questão.

Em resposta a um pedido de comentário, um porta-voz da Amazon forneceu a seguinte declaração ao Gizmodo:

"A Amazon não divulga informações de clientes em resposta a demandas do governo, a menos que sejamos obrigados a fazê-lo para cumprir uma ordem legalmente válida e de execução. A Amazon recusa demandas não específicas ou inadequadas como procedimento padrão".

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Estudantes franceses agora terão que aprender sobre Bitcoin

Posted: 03 Nov 2019 09:30 AM PST

Os estudantes do ensino médio na França podem estar entre as primeiras pessoas no mundo a realmente entender como funciona a criptomoeda.

O The Next Web relata que o Ministério da Educação francês, Le Ministère de l’Éducation Nationale, integrará criptomoeda no currículo escolar e ensinará aos alunos a influência que o bitcoin tem na economia. Um resumo do currículo observa que, nesse novo módulo, os professores do ensino médio fornecerão uma visão geral básica de criptomoeda para que os alunos possam entender a estrutura dos sistemas financeiros descentralizados.

A França anunciou a decisão em junho, mas repórteres de criptomoeda nos EUA e na França só ficaram sabendo do novo currículo nesta semana.

O ministério da educação recomenda que os professores usem quatro vídeos educacionais que abordam questões como “O Bitcoin é a moeda do futuro?” e “O Bitcoin pode substituir o euro?”

De acordo com a Decrypt, empresa de criptografia, o resumo da matéria aconselha que os alunos assistam aos vídeos e discutam as diferenças entre dinheiro fiduciário (como o dinheiro que você tem no bolso) e o bitcoin.

Essa não é a primeira vez em que uma instituição acadêmica decide ensinar aos alunos sobre criptomoeda. Um relatório recente da Coinbase descobriu que 42% das principais universidades oferecem curso de blockchain e criptomoeda. Mas o novo currículo sugerido da França é provavelmente o primeiro programa nacional que incentiva os estudos sobre blockchain.

Não importa como você se sinta em relação às criptomoedas, incentivar jovens estudantes a entender os sistemas financeiros só pode beneficiar a eles e à economia futura. Se gerações recentes de estudantes tivessem um equilíbrio saudável de STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) e Economia em seu currículo, não estaríamos com tantos problemas como temos agora.

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Facebook vai deixar os candidatos políticos do Reino Unido mentirem em anúncios também

Posted: 03 Nov 2019 07:30 AM PST

Os políticos americanos não são os únicos que conseguiram passe livre do Facebook para mentir em anúncios políticos na rede social. De acordo com a CNN, a empresa também estendeu sua política amplamente criticada, bem a tempo das eleições gerais do Reino Unido. E eu pensei que teria que esperar um ano inteiro para ver as consequências de grandes campanhas publicitárias falsas.

Em setembro, o Facebook estendeu suas políticas de moderação “para tratar o discurso de políticos como conteúdo digno de destaque que, como regra geral, deve ser visto e ouvido”, independentemente de quaisquer reivindicações – difamatórias ou não – contidas nele.

Então, assim como nos Estados Unidos, o Facebook não vai fazer uma checagem de fatos em anúncios veiculados por partidos e candidatos políticos britânicos antes das eleições parlamentares no próximo mês. Evento esse que poderia determinar como o Brexit vai se desenrolar ou se vai mesmo acontecer.

No entanto, anúncios de grupos políticos ainda enfrentarão o escrutínio habitual, disse o Facebook à CNN na sexta-feira. Isso inclui, entre outros, o Leave.EU, um grupo pró-Brexit que trabalhou com a empresa de dados políticos Cambridge Analytica antes do referendo público de 2016 sobre a saída da União Europeia. Parece que o Facebook aprendeu pelo menos alguma coisa com as consequências do escândalo da Cambridge Analytica.

O Facebook vem enfrentando muita polêmica desde que reforçou essa política, principalmente à medida que a corrida presidencial de 2020 se intensifica e vários anúncios políticos comprovadamente falsos começaram a aparecer na plataforma. Outros figurões das redes sociais como TikTok e Twitter proibiram completamente os anúncios políticos, movimento que, pelo menos em parte, também funcionam como ataques não tão sutis à impopularidade da decisão do Facebook.

Até os próprios funcionários da empresa chamaram isso de “uma ameaça ao que [o Facebook] representa”), segundo o New York Times. Apesar dessa dissidência supostamente crescente, a posição oficial do Facebook permanece a de que não é sua responsabilidade policiar o que os eleitores veem nos anúncios políticos. E isso não tem absolutamente nada a ver com os dólares que a empresa lucra com anúncios.

[CNN Business]

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Como as explosões industriais podem nos ajudar a entender as supernovas

Posted: 03 Nov 2019 05:30 AM PST

Os cientistas lançaram uma teoria usando as explosões vistas em acidentes industriais para entender supernovas em um novo artigo.

As explosões destrutivas geralmente envolvem vários tipos diferentes de processos: deflagração, ou chamas que acendem um meio mais lento que a velocidade do som; e detonação, ondas de choque mais rápidas que o som comprimindo e acendendo o combustível. Iniciar uma detonação é difícil, especialmente em um sistema sem confinamento delimitado – como um acidente industrial ao ar livre ou, por exemplo, uma supernova. Usando simulações, teoria e até mesmo um experimento, os cientistas perceberam que chamas interagindo com um ambiente intensamente turbulento podem desencadear uma dessas detonações.

O autor principal do estudo, Alexei Poludnenko, da Texas A&M, começou a trabalhar como astrofísico por treinamento, trabalhando em um problema de longa data em nosso entendimento da supernova: como detonar uma bola de gás não confinada, sem que a força simplesmente a empurre para longe? Mas quando uma instalação de armazenamento de petróleo no Reino Unido explodiu em 2005, a detonação quase agiu como as detonações não confinadas no espaço.

“Meu pensamento era que talvez os astrofísicos não estivessem conversando com físicos de combustão que lidam com essas coisas todos os dias”, disse Poludnenko ao Gizmodo.

Ele e outros pesquisadores começaram a trabalhar em uma teoria unificada dessas explosões e começaram a executar modelos numéricos simulando explosões não confinadas em supercomputadores. Em 2011, a equipe mostrou como uma deflagração poderia se transformar em uma detonação em um sistema não confinado: fluxos caóticos das chamas os faziam queimar mais rápido que uma velocidade característica, desencadeando mudanças rápidas de pressão que produziam ondas de choque.

Mas, para que essas chamas mantenham uma detonação e causem um aumento descontrolado da pressão necessária para uma onda de choque, a turbulência deve ser suficiente para embalar as pequenas chamas em um volume característico suficientemente apertado.

Os pesquisadores tinham sua teoria e a modelaram em supercomputadores, mas ainda não tinham nenhuma evidência experimental para sustentar o seu trabalho. Infelizmente, é difícil criar e observar um experimento não confinado em uma explosão. Poludnenko juntou-se a pesquisadores da Universidade da Flórida Central para realizar experimentos em um tubo de choque com 1,5 metro de comprimento e 4,5 cm de largura, com uma extremidade aberta e outra fechada.

O tubo também tinha janelas de cada lado para que eles pudessem observar o comportamento. Embora não fosse um ambiente propício para uma explosão não confinada, os pesquisadores pensaram que poderiam isolar apenas a região onde chamas turbulentas produziriam as pressões necessárias para acionar uma ignição, de acordo com o artigo publicado na Science.

A equipe encheu o tubo com uma mistura de híbrido e ar e o acendeu usando uma vela de ignição. Chamas viajaram pelo tubo e placas com orifícios dentro do tubo geraram um fluxo turbulento. Isso produziu uma onda de choque viajando de duas a três vezes a velocidade do som na extremidade aberta. Os pesquisadores observaram pela janela como as chamas se transformaram em detonação, se comportando conforme previsto pelo seu trabalho teórico e simulações.

Com dados experimentais combinados com suas simulações e trabalhos teóricos, os pesquisadores sentiram que haviam produzido um mecanismo unificado para esses tipos de explosões, chamado de transição de deflagração para detonação causada por turbulência, ou TDDT. Eles o usaram para produzir modelos numéricos para explosões termonucleares e, finalmente, para calcular as propriedades que causariam um evento tão descontrolado nas supernovas. Nas densidades incríveis dentro do núcleo das supernovas, uma transição de deflagração para detonação é “quase inevitável”, escrevem os autores.

Quanto a quem poderia se interessar por essa teoria, a pesquisa foi financiada pela NASA, pela Força Aérea e pela Alpha Foundation para a Melhoria da Segurança e Saúde das Minas, com recursos computacionais fornecidos pelo Departamento de Defesa e pelo laboratório de Pesquisa Naval.

É um “estudo realmente importante”, disse ao Gizmodo Craig Wheeler, professor emérito de astronomia da Universidade do Texas em Austin, não envolvido no estudo, e um “grande passo” que liga as condições terrestres mais fáceis de calcular com as de supernovas, que são muito mais difíceis de testar.

Ele ressaltou que as consequências deste artigo seriam importantes o suficiente para que as pessoas da área precisassem repensar sua compreensão das supernovas – então vale a pena serem realizadas mais algumas pesquisas para garantir que isso esteja certo.

Este experimento ainda está longe de ser o mesmo que assistir a uma detonação de supernova de perto, mas os pesquisadores esperam que melhores observações da supernova e dos elementos que elas emitem os permitam entender melhor como as estrelas sofrem detonações, de acordo com o artigo.

Explosões são uma parte importante de nossas vidas – carros e aviões funcionam com motores de combustão e, às vezes, parece que nossas vidas inteiras podem ser levadas por um evento desses, tanto física quanto metaforicamente, a qualquer momento.

Mas este estudo mostra que mesmo nossas detonações terrenas podem ser importantes para nossa maior compreensão do cosmos.

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