sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Gizmodo Brasil

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Como a mudança climática afeta a saúde ao redor do mundo

Posted: 15 Nov 2019 01:03 PM PST

Os combustíveis fósseis que impulsionam as mudanças climáticas deixam as pessoas doentes, assim como impactos do calor extremo, incêndios florestais e tempestades extremas, de acordo com uma pesquisa publicada nesta quarta-feira (13). Resumindo, a crise climática é uma crise de saúde pública.

O novo relatório da revista científica Lancet registra o número recorde de pessoas expostas a ondas de calor e a uma propagação quase recorde da dengue a nível mundial. Os cientistas também analisaram números sobre incêndios florestais pela primeira vez e descobriram que 77% dos países estão enfrentando mais vezes esse tipo de desastre do que estavam no começo dessa década.

Apesar dos números serem preocupantes, o relatório mostra também que melhorar o acesso aos cuidados de saúde pode ser um dos métodos mais benéficos para nos adaptarmos às mudanças climáticas.

O estudo, batizado de Lancet Countdown, é publicado anualmente desde 2015. Ele agrega dados de todo o mundo sobre clima e saúde que foram coletados no ano anterior. Os autores do relatório destacaram em uma coletiva de imprensa que as descobertas tem como objetivo mostrar que estamos vivendo a mudança climática aqui e agora.

“Esta é a primeira vez que sentimos que podemos dizer que esses impactos sobre a saúde [a partir da mudança climática] nos atinge em cheio”, disse Renee Salas, principal autora do relatório e médica de Harvard, em uma entrevista coletiva. “Quanto mais olhamos, mais vemos os efeitos em todos os lugares”.

As ondas de calor estão entre os efeitos mais óbvios ligados às mudanças climáticas, e o relatório descreve como o fenômeno já está prejudicando o mundo. No ano passado, ondas de calor intensas dispararam em todo o mundo, do Reino Unido, passando pelo Paquistão e até mesmo no Japão, em meio ao quarto ano mais quente já registrado.

O relatório do Lancet constatou que um recorde de 220 milhões de pessoas com mais de 65 anos – ou seja, as mais vulneráveis ao calor – tiveram que enfrentar calor extremo. Desses, 45 milhões estavam na Índia, onde milhões permanecem em extrema pobreza, o que significa que os mais vulneráveis entre os mais vulneráveis estavam em risco.

O relatório também constatou que 2018 marcou o segundo pior ano de propagação do mosquitos portadores de dengue desde o início da coleta de registros precisos em 1990. Os dois tipos de mosquitos que transmitem a dengue têm aumentado suas populações à medida que as temperaturas aumentam; nove dos dez piores anos de registros da dengue vêm acontecendo desde 2000, segundo os pesquisadores.

A gama de mosquitos portadores de malária também se expandiu, assim como as condições adequadas para bactérias vibrião, responsáveis por doenças como a cólera.

Há ainda os resultados dos incêndios florestais, que são novos no relatório deste ano. Os cientistas descobriram que mais de três quartos dos países em todo o mundo estão vendo um aumento da prevalência de incêndios florestais, que causam doenças respiratórios por causa da fumaça.

Os maiores aumentos aconteceram em países em rápido desenvolvimento como a Índia e a China, locais onde o fogo é frequentemente utilizado para para limpar terras e criar pasto para agropecuária ou regiões agrícolas. Porém, como pudemos ver na Califórnia, os países desenvolvidos não estão imunes.

Embora esses sejam os riscos visíveis do aumento das temperaturas, existem também os riscos para a saúde decorrentes da queima de combustíveis fósseis. A poluição do ar vai parar nos pulmões das pessoas, onde pode causar asma e outros problemas respiratórios, mas também atinge locais menos óbvios, como cérebros e placentas. Isso significa que, desde o nascimento até à morte, estamos expostos a potenciais danos da poluição do ar. O relatório observa que 2,6 milhões de pessoas morreram em 2016 devido a essa poluição.

Os dados são assustadores, mas o relatório também mostra algumas soluções que já estão prontas, incluindo algumas que protegem as pessoas não apenas da devastação causada pelas alterações climáticas, mas também da pobreza.

“Podemos fazer melhor do que nos concentramos no problema”, disse Gina McCarthy, ex-diretora da Agência de Proteção Ambiental e atual professora de saúde pública de Harvard, na coletiva de imprensa.

O relatório constatou, por exemplo, que, apesar do aumento das ondas de calor e das fortes chuvas que podem provocar doenças como a diarreia, os surtos se tornaram menos comuns.

O mesmo se aplica à subnutrição relacionada com as proteínas, apesar do impacto que o calor intenso tem sobre valor nutricional das colheitas de alimentos básicos e da onda de calor oceânico que mata recifes de corais que são essenciais para alguns peixes.

Parte disso atribui-se à melhoria do acesso a cuidados de saúde, oportunidades socioeconômicas e saneamento básico em algumas regiões.

Muitas vezes pensamos em na construção de paredões ou outras infraestruturas que poderiam nos proteger das alterações climáticas, como o aumento do nível do mar. Porém, postos de saúde em áreas rurais e saneamento básico também são opções necessárias para que as pessoas não sofram tanto.

O relatório sugere a melhoria do acesso ao financiamento de projetos climáticos voltados para a saúde, o que poderia gerar enormes ganhos, garantindo que as pessoas se protejam dos impactos das mudanças climáticas ao mesmo tempo que auxilia a saída da pobreza.

É claro que isso também exige a redução da poluição por carbono o mais rápido possível, porque mesmo o hospital mais bem equipado do mundo não será o suficiente para proteger as pessoas dos impactos das mudanças climáticas.

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Astronautas realizam caminhada espacial para consertar um experimento crucial de matéria escura

Posted: 15 Nov 2019 11:02 AM PST

Os astronautas Andrew Morgan, da NASA, e Luca Parmitano, da Agência Espacial Europeia, estão fora da Estação Espacial Internacional (ISS). A dupla está dando um passeio espacial para consertar um experimento importante de matéria escura. Você pode assistir (e reassistir) o progresso deles aqui.

Caminhadas espaciais acontecem regularmente (houve um histórico no mês passado) , mas nesta sexta-feira (15) está acontecendo a missão de manutenção mais complexa desde a missão de reparo do Hubble, de acordo com a NASA. O último reparo do Hubble ocorreu há uma década. Os astronautas estão trabalhando para consertar um experimento empolgante na caça à matéria escura, o material que compõe a maior parte da massa do universo, mas que só foi observado indiretamente. Após uma década de desenvolvimento, o espectrômetro magnético alfa (AMS) foi trazido para a ISS no penúltimo voo do ônibus espacial em 2011.

O AMS é um controverso detector de partículas a bordo da ISS que mede as partículas de alta energia que irradiam através do espaço chamadas raios cósmicos. Ele é mais famoso por ser um dos vários experimentos que detectaram um excesso no parceiro antimatéria do elétron, chamado pósitron. Até hoje, não está completamente claro de onde vêm esses pósitrons extras nos raios cósmicos – talvez tenham se originado em uma estrela próxima de nêutrons ou talvez sejam o sinal de algo mais exótico, como a matéria escura. Espera-se que pesquisas usando dados do AMS também verifiquem uma queda estranha na antimatéria de alta energia observada pelo satélite chinês DAMPE.

O AMS também está em busca de antimatéria, principalmente ligadas aos núcleos de hélio. Os raios cósmicos não podem produzir esses núcleos, o que significa que eles teriam nascido em algum outro lugar do universo, talvez em uma galáxia feita principalmente de antimatéria. Muitos são céticos quanto à existência dessas áreas no universo, relata a Science.

Devido a todo o trabalho que o AMS já realizou, ele também está em estado crítico. Três das quatro bombas de refrigeração falharam. A caminhada espacial desta sexta-feira faz parte de uma série (pode haver quatro ou cinco) para substituir as bombas e reabastecer o líquido de refrigeração. Se esses reparos falharem, pelo menos o experimento terá expandido o conhecimento dos cientistas sobre os raios cósmicos e como eles funcionam.

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A Apple quer fazer um pacotão de assinatura incluindo notícias, streaming de vídeo e música

Posted: 15 Nov 2019 07:52 AM PST

Nos últimos anos, a Apple vem aumentando sua carteira de ofertas de serviços. Agora parece que a empresa percebeu que é hora de juntar tudo em um único pacote de assinatura, segundo relatos da Bloomberg.

Esse pacote incluiria inicialmente notícias, TV e música, mas com o tempo também poderá oferecer armazenamento no iCoud e algum tipo de oferta para o Apple Card. O The Verge observa que é possível ainda que a empresa decida incluir hardware no pacote, considerando que ela já tem o iPhone Upgrade Program, que cobra uma taxa mensal para os consumidores poderem pegar uma versão atualizada do celular a cada ano.

Conforme analisa a Bloomberg, um ponto de destaque na nova iniciativa seria o Apple News+. Atualmente, os assinantes do serviço pagam US$ 10 por mês para ter acesso a uma série de revistas e jornais. Antes de ser lançado, muitos veículos demonstraram preocupação em parte de seus leitores cancelarem a assinatura para aderirem à oferta da Apple, que renderia um valor menor do que a assinatura direta.

Ao agregar o News+ em outro pacote, é muito provável que os produtores de conteúdo ganhariam ainda menos, considerando que o custo da assinatura seria ainda mais baixo. Por outro lado, um pacote desses poderia aumentar o número de leitores. Talvez você não esteja disposto a pagar por uma assinatura de jornal, mas se interessaria em ler se estivesse incluso no seu pacote de streaming de vídeo e música.

Apesar de ainda ser uma especulação, um movimento como esse não seria grande surpresa para o mercado. A Amazon apostou nesse modelo com o Prime e tem sido bem-sucedida, fidelizando usuários em diferentes plataformas concorrentes ao mesmo tempo, de streaming de vídeo a marketplace.

Além disso, conforme apontado pelo Verge, a estratégia da Apple com seus serviços também parece focar em crescimento em vez de lucro. Entre as iniciativas adotadas para popularizar suas plataformas, estão a oferta de um ano gratuito de assinatura para a Apple TV+ aos usuários que adquirirem novos produtos, e pacotes da TV+ com Apple Music para estudantes.

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Galaxy A80: um intermediário competente para quem não tem medo de arriscar

Posted: 15 Nov 2019 06:35 AM PST

Samsung Galaxy A80

Em setembro de 2018, o presidente de divisão móvel da Samsung, DJ Koh, concedeu uma entrevista em que dizia que a categoria de smartphones intermediários começaria a receber recursos e tecnologias antes dos dispositivos topo de linha.

A justificativa de Koh era que eles estavam pensando nos millenials, "que não podem se dar ao luxo de comprar um smartphone de gama alta". Desde então, a Samsung já lançou o Galaxy A7, um aparelho de três câmeras na traseira, e mais recentemente disponibilizou no mercado o Galaxy A80, o primeiro smartphone da marca com câmera tripla e rotativa. Ele tem um conjunto de três câmeras que serve tanto para selfies como para imagens convencionais. Para mudar o lado, o usuário rotaciona a câmera (que faz um barulho estilo o do Robocop) conforme a necessidade.

Passei os últimos dias mexendo com o Galaxy A80 e, por ora, é possível dizer que é um bom smartphone beta. Pelo menos comigo, a câmera não deu pau nenhuma vez — lembre-se, é um aparelho com uma câmera móvel e com grande chance de dar algum problema de hardware.

Ele está em um preço mais camarada que o de lançamento. Em julho, a Samsung tinha preço sugerido de R$ 3.499 — praticamente o preço de um Galaxy S10e mais simples na época. Atualmente ele é encontrado por valores que variam entre R$ 2.100 e R$ 2.600 nos varejos. Abaixo, um resumo de como foi usar o aparelho.

Usando

O Galaxy A80 é gigante e relativamente espesso: quase 10 mm, o que faz grande diferença comparado a dispositivos topo de linha com com no máximo 8 mm. Na frente, ele tem uma tela de 6,7 polegadas FullHD com uma pequena borda em volta do display. Como a câmera fica para trás, é engraçado que as pessoas viam o aparelho e perguntavam de primeira como fazia para tirar selfies com ele.

Como não tem notch, ele tem dois alto-falantes, um na parte de baixo do dispositivo e outro sob a tela. Então, durante uma chamada, a interface pede para posicionar o aparelho na orelha em determinada área para poder escutar a ligação com mais clareza.

Samsung Galaxy A80 de frente

Seguindo a tendência antecipada pelo executivo da Samsung, o Galaxy A80 tem 8 GB de RAM, 128 GB de armazenamento e leitor de digital sob a tela. Como você pode ver, itens dignos do Galaxy S10e. Aliás, importante salientar que o desbloqueio sob a tela não era muito bom no início — durante os testes, rolaram algumas atualizações que melhoraram muito a precisão do sensor.

Como um "falso topo de linha", a Samsung também tirou dele a entrada convencional de fone de ouvido. Então, junto com o smartphone vem um fone USB-C simplão, nada como o AKG que acompanha os Galaxy S10 ou Note 10.

Porta USB-C do Galaxy A80

Agora, a característica dele de "intermediário" é revelada no processador. O Galaxy A80 tem um chip Qualcomm Snapdragon 730, que é uma linha de chips que equipa dispositivos de gama média. De forma objetiva, o smartphone não apresentou grandes problemas de desempenho.

No início, por algum motivo bizarro, alguns apps fechavam sozinhos durante a atualização de software. Com o tempo e algumas atualizações da Samsung, isso parou de acontecer. Se você curte games, ele pode ser uma boa opção. Deu para jogar bem o Call of Duty Mobile, sem muito atraso e com boa fluidez nos comandos — não sou nenhum profissional, mas posso dizer que tenho o meu valor nessa jogatina de games battle royale.

Call of Duty Mobile

Bateria

Como já disse o Galaxy A80 é bem grande, mas como é a autonomia dele? Bem, ele conta com uma bateria de 3.700 mAh e para mim, após uso intenso, ele chegou ao fim do dia com 15% de carga. Ainda deu para usá-lo como despertador para o dia seguinte, mas aí já tive que colocá-lo na tomada para carregar. Quando me refiro a uso intenso, falo em uso de WhatsApp, Discord, Twitter, Instagram e câmera.

Na tomada, ele leva um pouco mais de 1h20 hora para ter carga completa de 5% a 100%. Isso ocorre graças ao carregador de 25W que ajuda a carregá-lo mais rapidamente. Nada tão ignorante quanto o Huawei P30 Pro, com 40W, mas é bem decente a velocidade de recarga.

Sistema

Não tive muitos problemas ao utilizar a One UI, da Samsung. Como usei vários aparelhos Samsung recentemente, meio que me acostumei, então vou só listar o que mais acho interessante na plataforma:

  • Modo noturno em todo o sistema e no navegador proprietário da marca.
  • Ícones grandes, o que facilita no acesso, sobretudo de aparelhos com tela grande.
  • Marcar notificações do WhatsApp quando você as desliza para a direita na barra de notificações.
  • Busca no menu Configurações, o que ajuda bastante a achar funções.
  • MyEmoji: é uma frescura, mas é interessante fazer um avatar seu; o recurso está disponível desde o Galaxy S9, mas eu sempre acabo me esquecendo de citar que é bacana.

No tempo de teste, tive basicamente um problema com a interface do smartphone. Às vezes, eu queria ouvir músicas no Spotify e colocava o aparelho no bolso, aí, do nada, pelo contato com a minha pele, começava a mudar de faixa ou simplesmente interromper a reprodução.

Galaxy A80

Para começar, eu tinha ativado o Smart Lock, uma função do Android que desbloqueia o aparelho ao detectar que ele está próximo ao corpo. O problema é que ele deixava o telefone liberado mesmo após eu ter bloqueado o aparelho e colocado no bolso. Não sei se pelo fato de a tela ser grande. Para solucionar, tive que desativar o Smart Lock.

E as câmeras?

O conjunto de câmeras do Galaxy A80 é decente. São três sensores de, respectivamente:

  • 48MP de f/2.0 grande angular;
  • 8MP de abertura f/2.2 (123°) ultra-grande-angular;
  • profundidade 3D (time of flight).

Sendo bem sincero, como boa parte dos aparelhos que testei nos últimos tempos, o que mais curti é tirar fotos com a ultra-grande-angular, mesmo sendo um sensor com menos resolução e com abertura menor.

Detalhe da câmera do Galaxy A80

De modo geral, as imagens são boas, com fotos durante o dia tendo resolução e saturação de cor ótimas — sobretudo com o otimizador de cenas ativado. À noite, o resultado é satisfatório, mas rola ainda muita granulação e uns pontos de luz estourados. Porém, quando tem alguma iluminação, os resultados ficam bem bons. Algumas fotos que tirei da Avenida Paulista são prova disso.

Tirar selfie é um evento com o A80. Isso se deve ao barulhinho à la Robocop que o telefone faz ao girar o conjunto de câmeras. Confesso que estava com muito medo de quebrar o mecanismo, mas funcionou bem durante meu tempo de uso. Para a primeira vez que a empresa implementa tal mecanismo, até que deu certo.

Conjunto de câmeras do Galaxy A80 rotacionada para tirar selfies

Aliás, a interface de câmera da Samsung tem uma peculiaridade na diferenciação entre selfie e foto convencional. No primeiro caso, aparecem três opções de "aproximação" (uma muito próxima, uma distância mediana grande angular e a ultra-grande angular), enquanto no segundo aparecem apenas dois (grande angular e ultra-grande angular). Por que acontece isso sendo que para os dois casos é o mesmo conjunto de câmeras?

Perguntei para a Samsung e eles disseram “para a selfie, você usa a mesma câmera com dois ângulos diferentes de abertura: uma para tirar selfie, outra para tirar ‘wefie’. É o que difere da câmera traseira, mantendo 2 distâncias focais”.

Mas voltando a falar sobre as selfies, as imagens saem com qualidade muito boa. As diferentes distâncias ajudam a fazer com que ninguém fique de fora do clique.

Se você curte fazer vídeos, é importante dizer que mesmo com esse sistema rotacional de câmera, ele faz uma transição até que rápida. Então, se você estiver fazendo uma live andando, isso não será um problema.

Conclusão

Com o mercado de smartphones cada vez mais complexo, as empresas têm qualificado cada vez mais o ramo dos intermediários pois, como gosto de dizer, são eles que fazem as companhias “pagarem as contas”.

O Galaxy A80 fica em um espaço entre intermediários avançados e smartphones topo de linha. Penso que ele seja voltado para quem curte tirar fotos e gravar vídeos — já que a qualidade para selfie e das fotos convencionais é a mesma — e early adopters (que gostam de se arriscar com a primeira versão de certas tecnologias). Digo isso pois as pessoas que me viam com o Galaxy A80 ficavam preocupadas de verdade com o mecanismo de rotação. Tipo, se quebrar, nunca mais vou tirar selfies?

Lógico, esta é a primeira iteração da tecnologia feita pela Samsung, então as coisas devem melhorar. Por ora, é uma aposta num futuro em que selfies devem ser tão bonitas quanto as fotos do conjunto da câmera principal. Como já falamos, o preço dele na estreia estava proibitivo, mas agora ele passa a custar o valor de um "intermediário avançado" convencional.

Samsung Galaxy A80
Celular Samsung Galaxy A80 Preto 128gb 8gb Tela 6,7" Câmera Tripla Rotativa 48mp + 8mp + ...
R$2599

Especificações do Galaxy A80

  • Chip Qualcomm Snapdragon 730
  • Tela: 6,7 polegadas, FullHD+ (1080×2400), Super AMOLED
  • Câmera: 48MP, F2.0 + 8MP, F2.2 (123°) + Profundidade 3D
  • Câmera rotativa
  • Dimensões: 165,2 x 76,5 x 9,3 mm
  • Processador: Octa Core (2.2GHz Dual + 1.8GHz Hexa)
  • Memória: 8 GB de RAM + 128 GB de Armazenamento Interno
  • Bateria: 3.700mAh
  • Leitor de impressões digitais embutido na tela
  • Cores: Preto, Rosê, Prata
O Gizmodo Brasil pode ganhar comissão sobre as vendas. Os preços são obtidos automaticamente por meio de uma API e podem estar defasados em relação à Amazon.

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Rocha espacial Ultima Thule agora se chama Arrokoth

Posted: 15 Nov 2019 04:50 AM PST

A equipe da New Horizons anunciou ontem que o nome oficial do MU69 seria “Arrokoth”.

Talvez você conheça essa rocha como o objeto de forma estranha no distante Cinturão de Kuiper, que vimos pela primeira vez este ano. Ele foi o alvo da missão New Horizons após o sobrevoo de Plutão. Descoberta pela primeira vez nos dados do Telescópio Espacial Hubble em 2014 pelo astrônomo Marc Buie, a sonda New Horizons passou pela rocha no Ano Novo deste ano, com muita celebração.

A primeira divulgação de dados revelou muitos pedacinhos de informação interessantes sobre essa rocha. Ela é um binário de contato com dois lóbulos, o que significa que é feito de dois objetos que se fundiram. É surpreendentemente plana, com pouca poeira. É emocionante porque é algo “primitivo”, um pedaço de material que parece praticamente inalterado desde o início do sistema solar.

Mas os nomes para este incrível objeto não foram tão bons. Seu nome inicial era (486958) MU69, ou MU69 para abreviar — um nome bom, na minha opinião. Entre as sugestões apresentadas durante um concurso da NASA, estava “Ultima Thule”, uma das 37 sugestões, e a equipe acabou adotando devido à associação inicial do termo a uma terra distante e gelada.

Em 2018, porém, a jornalista científica Meghan Bartels escreveu sobre as conexões mais desagradáveis ​​do nome: a extrema direita alemã utilizava o termo para se referir à origem da "raça ariana", e isso começou a ser associado com o nazismo e, mais tarde, com o neonazismo.

Quando questionada, a equipe da New Horizons reiterou que o termo tinha várias conotações e que era um “nome maravilhoso para a exploração”.

Mas Ultima Thule era apenas um nome temporário, felizmente. Na terça-feira (12), a equipe anunciou que o nome oficial da rocha seria Arrokoth, que quer dizer “céu”, nos idiomas dos povos nativos americanos Powhatan e Algonquian. A equipe da New Horizons selecionou o nome com o consentimento dos anciãos e representantes do povo Powhatan e o propôs à União Astronômica Internacional e ao Centro de Planetas Menores, de acordo com um comunicado da NASA.

"O nome ‘Arrokoth’ reflete a inspiração de olhar para o céu e se perguntar sobre as estrelas e mundos além do nosso", Alan Stern, investigador principal da New Horizons, disse no comunicado da NASA. “Esse desejo de aprender está no centro da missão New Horizons, e estamos honrados em nos juntar à comunidade Powhatan e ao povo de Maryland nesta celebração da descoberta.”

O Telescópio Espacial Hubble e a missão New Horizons estão sediados em Maryland, e a área de Chesapeake Bay é importante para o povo Powhatan.

Por que eu acho que Arrokoth é um bom nome? Primeiro, tente pronunciá-lo. Arrokoth. Parece mítico e épico. Em segundo lugar, eu não gosto de nazistas. Em terceiro lugar, é legal ver a representação dos povos nativos americanos em algo, embora obviamente isso não desfaça todas as coisas horríveis que os Estados Unidos fizeram e continuam a fazer com esses povos.

Enfim, adeus, Ultima Thule. Olá, Arrokoth.

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Cubos de plástico feitos em impressoras 3D podem ser o futuro dos materiais à prova de balas

Posted: 14 Nov 2019 02:57 PM PST

Mesmo com toda a evolução, a impressão 3D ainda é usada principalmente para a criação de protótipos ou de peças que não terão de suportar grandes tensões ou desgastes. Isso não quer dizer, porém, que tenha que ser sempre assim. Pesquisadores da Universidade Rice descobriram uma maneira de fazer padrões complexos usando impressoras 3D, resultando em objetos de plástico quase tão duros e duráveis ​​quanto o diamante.

Os complexos padrões de entrecruzamento e zigue-zague que são usados ​​para construir as estruturas desses cubos de polímero estão longe de ser aleatórios. Eles são calculados e projetados estrategicamente para dar a esses objetos uma força incrível, mas podem ser aprimorados e ajustados para adquirir também outras propriedades.

Os padrões são baseados em tubulanos, que são estruturas microscópicas teóricas feitas de nanotubos de carbono reticulados. Elas e suas propriedades foram previstas em 1993 ​​pelo químico Ray Baughman e pelo físico Douglas Galvão — Galvão é professor da Unicamp, aliás. Os tubulanos podem ser usados ​​para fabricar materiais revolucionários que são fortes e leves, mas até o momento, as estruturas não foram criadas com sucesso, dada a logística desafiadora da fabricação com nanotubos de carbono.

Um teste de compressão mostrou que os materiais à base de tubulano desenvolvidos na Universidade Rice lidavam bem com a pressão, colapsando sem rachaduras. (Cortesia do Grupo de Pesquisa Ajayan/Universidade Rice)

No entanto, as propriedades previstas dos tubulanos não se limitam apenas a objetos fabricados com estruturas de escala atômica. Conforme detalhado em um artigo recentemente publicado na revista científica Small, os pesquisadores da Universidade Rice descobriram que, mesmo quando esses padrões e estruturas complexos eram redimensionados para que pudessem ser recriados usando impressoras 3D, eles ainda exibiam as propriedades previstas, como resistência e extrema compressibilidade, apesar de serem estruturas rígidas.

Os pesquisadores atiraram em dois cubos — um feito de polímero sólido e outro feito de polímero impresso com uma estrutura de tubulanos — com um projétil a 5,8 quilômetros por segundo (que fica próximo a 21 mil quilômetros por hora). Nenhum dos cubos foi destruído, mas enquanto o bloco de polímero sólido foi deixado com um enorme buraco e rachaduras se propagando por todo o caminho, comprometendo sua força, o outro cubo parou o projétil em sua segunda camada, deixando o resto completamente intacto e sem danos.

Uma suposição comum é que uma estrutura porosa reduz o poder de parada de um objeto. No entanto, na prática, a complexa estrutura polimérica nesses cubos os torna capazes de comprimir e colapsar para absorver a energia cinética de um impacto e, assim, conter o dano resultante, de modo que ele afete uma área mínima.

Essa pesquisa pode ter repercussões amplas em inúmeros campos que dependem de materiais leves e fortes. O setor aeroespacial, a arquitetura e até a indústria bélica, por exemplo, poderiam se beneficiar dessa nova abordagem de fabricação e potencialmente um novo sopro de vida à impressão 3D. Peças ou componentes que precisavam ser feitos de metal ou cerâmica para ter uma duração razoável poderiam ser fabricados com polímeros mais baratos. Mesmo assim, pode levar algum tempo para convencer soldados que entrar em um campo de batalha em um tanque feito de plástico é tão seguro quanto em um com carroceria de aço.

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