sábado, 21 de dezembro de 2019

Gizmodo Brasil

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Starliner da Boeing não chegará à Estação Espacial Internacional após desvio de órbita

Posted: 21 Dec 2019 12:30 PM PST

No início da manhã de sexta-feira (20), a Boeing lançou seu CST-100 Starliner não-tripulado de Cabo Canaveral, na Flórida, mas a sonda sofreu uma inserção orbital "fora do comum" que a impedirá de se reunir com a Estação Espacial Internacional (ISS). É um contratempo decepcionante para as aspirações da Boeing de enviar astronautas à ISS em nome da NASA.

Tudo parecia bem a princípio, quando o CST-100 Starliner não-tripulado partiu de Cabo Canaveral esta manhã no topo de um foguete Atlas V, decolando às 6:36 da manhã ET. Cerca de 30 minutos após o lançamento, no entanto, ficou claro que a espaçonave não alcançou sua órbita pretendida e não poderá se encontrar com a Estação Espacial Internacional conforme planejado devido à falta de combustível, de acordo com o chefe da NASA Jim Bridenstine.


Tradução: Como o #Starliner acreditava estar em uma queima de inserção orbital (ou que a queima estava completa), as zonas mortas foram reduzidas e a sonda consumiu mais combustível do que o esperado para manter um controle preciso. Isso impediu o encontro com a @Space_Station.

Os oficiais da NASA e da Boeing compartilharam mais detalhes sobre a anomalia em uma conferência de imprensa ainda pela manhã, que foi aberta com Jim Bridenstine dizendo: “É por isso que testamos”.

Como ele e seus colegas explicaram, ainda é muito cedo para ter certeza, mas o problema parece estar relacionado a uma falha de automação de software. Durante a separação do foguete Atlas V, por razões que ainda não estão claras, a Starliner mudou para o relógio errado. Por não ter o horário correto, a Starliner erroneamente acreditou que precisava realizar uma queima de inserção orbital. Consequentemente, a sonda “tentou manter um controle que normalmente não faria” e, como resultado, consumiu combustível em excesso, disse Bridenstine. Isso forçou a equipe de vôo a descartar a atracação planejada com a ISS.

O chefe da NASA observou que, se uma tripulação estivesse a bordo, eles estariam seguros e capazes de operar o veículo. Talvez, ironicamente, foi a falta de controle humano que resultou no erro, mostrando as limitações dos testes não-tripulados.

“Se estivéssemos a bordo, poderíamos ter dado à equipe de vôo mais opções”, disse o astronauta da NASA Mike Fincke na conferência de imprensa. Sua colega, a astronauta da NASA Nicole Mann, concordou, dizendo que os astronautas poderiam ter assumido o controle manual dos propulsores ou ter realizado uma de-órbita, entre muitas outras tarefas. “Esse é o nosso trabalho – é para isso que somos treinados”, disse ela, acrescentando: “Não temos preocupações com a segurança”.

Quando o Starliner saiu da rota, a equipe de vôo tentou enviar comandos de backup para a espaçonave usando o Sistema de Satélite por Rastreamento e Retransmissão de Dados (TDRSS). Mas “estávamos entre os satélites TDRSS”, disse Bridenstine, o que tornava a conexão impossível. Na conferência de imprensa, Jim Chilton, vice-presidente sênior da divisão de Espaço e Lançamento da Boeing Defense, Space & Security (BDS), disse: “Estávamos em um local onde era difícil obter essa conexão”.

Bridenstine disse que era muito cedo para saber se esse contratempo atrasaria uma futura missão tripulada da Starliner na ISS, mas deixou claro que o atracamento bem-sucedido de uma espaçonave não-tripulada não é um requisito para avançar. As missões do Space Shuttle, disse ele, envolveram equipes que tiveram que atracar com várias naves espaciais pela primeira vez. Esta é uma forte indicação de que a missão avançará sem muito atraso e que uma missão tripulada a bordo do Starliner ainda está nos planos.

De fato, parece que tudo correu bem com essa missão, desde o desempenho do foguete Atlas V até o desempenho da própria Starliner, apesar do problema de software. A cabine da tripulação, embora vazia, está operando conforme o planejado, de acordo com as autoridades da NASA e da Boeing.

Dito isto, esta missão de teste ainda não acabou. Ainda hoje, a sonda fará uma série de queimas para aumentar sua órbita, e espera-se uma reentrada atmosférica em cerca de 48 horas, aterrissando no Porto Espacial White Sands, no Novo México.

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Moto Razr dobrável é adiado menos de uma semana antes do início da pré-venda

Posted: 21 Dec 2019 10:00 AM PST

novo Razr dobrável parece o reboot perfeito, capturando o estilo e o espírito do icônico telefone da Motorola em meados dos anos 2000, mas com atualizações inteligentes baseadas em tecnologias mais modernas. Infelizmente, menos de uma semana antes do início da pré-venda, a Motorola acaba de anunciar que o lançamento do Razr será adiado.

Originalmente, a pré-venda do Razr de US$ 1.500 estava programada para começar em 25 de dezembro, com as vendas oficiais programadas para 9 de janeiro. Mas agora, o lançamento do Razr foi adiado indefinidamente “para melhor atender à demanda do consumidor”.

Em comunicado enviado ao Gizmodo, a Motorola disse:

"Desde o seu anúncio em novembro, o novo Motorola Razr foi recebido com emoção e interesse incomparáveis ​​dos consumidores. A demanda tem sido alta e, como resultado, rapidamente superou as previsões de oferta.

A Motorola decidiu ajustar a pré-venda do Razr e o tempo de lançamento para melhor atender à demanda do consumidor. Estamos trabalhando para determinar a quantidade e o cronograma apropriados para garantir que mais consumidores tenham acesso ao Razr no lançamento.

Não prevemos uma mudança significativa em relação à nossa linha do tempo de disponibilidade original".

Embora adiar o lançamento do novo Razr não seja algo bem-visto, considerando todos os atrasos que concorrentes como o Samsung Galaxy Fold e Huawei Mate X sofreram, esse atraso parece ter mais a ver com a Motorola querer aumentar a oferta de seu telefone dobrável e chamativo do que para resolver possíveis falhas de design.

Além disso, com uma grande parte do mundo da tecnologia se preparando para participar da CES 2020 (que acontece oficialmente de 6 a 10 de janeiro), provavelmente foi uma decisão inteligente adiar o lançamento do Razr até depois da feira.

Apresentando uma tela pOLED flexível de 6,2 polegadas, o novo Razr é o terceiro smartphone com uma tela dobrável de um grande fabricante e, apesar do preço de US$ 1.500, também é o menos caro do grupo. E depois de ter uma breve chance de brincar com ele, acho que o aparelho transmite totalmente toda a nostalgia do original.

O novo Razr ainda oferece um encaixe satisfatório primal quando você fecha o telefone, e a segunda tela muito maior e com maior definição do lado de fora é uma grande melhoria em relação ao original e uma ferramenta útil para capturar selfies.

No entanto, com um processador Snapdragon 710 de gama média e uma bateria relativamente pequena de 2.510 mAh, o novo teste real do Razr será como ele aguenta o uso prolongado, algo que eu ainda não tive a chance de testar.

Ainda assim, se você está decidido a encomendar o novo Razr, é melhor ficar de olho na sua caixa de entrada, porque essa coisa parece pronta para esgotar rapidamente.

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IBM Research cria novo tipo de bateria que supera íon-lítio e não precisa de metais pesados

Posted: 21 Dec 2019 07:30 AM PST

Tudo o que você pode imaginar está se tornando elétrico: carros, caminhões e até aviões. Com isso, a demanda por baterias deve disparar nos próximos anos — mas a disponibilidade dos materiais atualmente utilizados na fabricação é limitada. Então, cientistas da IBM Research desenvolveram uma nova bateria na qual os únicos ingredientes podem ser extraídos da água do mar, em vez da mineração.

Os problemas com o projeto das atuais de baterias como íon-lítio são bastante conhecidas, mas geralmente ignoramos já que ficamos satisfeitos com os nossos smartphones passando um dia inteiro longe da tomada. Além do lítio, esse tipo de bateria precisa de metais pesados como cobalto, manganês e níquel — que vêm de minas gigantes que representam riscos ao meio ambiente.

Esses metais também são finitos, e à medida que mais e mais dispositivos e veículos passam a usar baterias, a disponibilidade vai diminuindo a um ritmo espantoso.

Como solução em potencial, os cientistas do Battery Lab da IBM Research desenvolveram um novo projeto que substitui o cobalto e o níquel no cátodo, e usa um novo eletrólito líquido (o material da bateria que ajuda os íons a se moverem de uma extremidade para a outra) com um flash point (a menor temperatura a que os vapores de um determinado material se inflamam) elevado.

A combinação do novo cátodo e dos materiais eletrolíticos também limita a criação de dendritos de lítio, que são estruturas espinhosas que muitas vezes se desenvolvem em baterias de íon-lítio que podem levar a curto-circuitos. Assim, a nova bateria não só teria menos impacto ambiental durante a fabricação, como também seria consideravelmente mais segura de usar, com um risco drasticamente reduzido de incêndios ou explosões.

Os benefícios do projeto da IBM não param por aí. Os pesquisadores acreditam que a nova bateria teria uma capacidade maior do que as baterias de íon-lítio que usamos hoje. Ela também seria capaz de carregar 80% de sua capacidade em apenas cinco minutos, seria mais eficiente no consumo (ou seja, duraria mais) e teria um custo de produção mais barato — reduzindo o custo dos produtos.

Esses resultados são estimativas baseadas no quão bem as baterias se mostraram no ambiente de laboratório. Os pesquisadores da IBM estão se juntando com empresas como a Mercedes-Benz Research and Development para explorar mais a nova tecnologia. Isso significa que pode levar alguns anos até que vejamos essas baterias no mercado.

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Humanos pré-históricos construíram muro para se proteger do aumento do nível do mar, mas não deu certo

Posted: 21 Dec 2019 05:00 AM PST

Um paredão de 7 mil anos foi descoberto na costa israelense. Esta é a mais antiga defesa conhecida contra o aumento do nível do mar. Apesar disso, o paredão acabou falhando e a vila teve que ser abandonada. A descoberta parece uma lição sinistra do passado.

O sítio arqueológico de Tel Hreiz está localizado na região costeira próxima ao Monte Carmelo, em Israel. Ele já hospedou uma vibrante comunidade neolítica. Esse povoado mediterrâneo prosperou por centenas de anos. Seus aldeões caçavam gazelas e veados, criavam vacas e porcos, pescavam tilápias, criavam seus cães e fabricavam grandes quantidades de azeite.

Tudo parecia bem, mas essa comunidade estava completamente alheia a algo com o qual estamos muito familiarizados hoje: grandes quantidades de gelo derretido. Mas enquanto somos responsáveis ​​pela atual catástrofe climática e pelo consequente aumento do nível do mar, essas pessoas neolíticas eram completamente inocentes. O Pleistoceno e a última grande era glacial chegaram ao fim alguns milhares de anos antes disso.

Ilustrações de seção transversal mostrando a vila submersa como está hoje (em cima) e como ela estava durante o período neolítico (em baixo). Imagem: J. McCarthy, E. Galili e J. Benjamin

Eles não podiam saber disso, é claro, mas mesmo assim, sabiamente construíram sua vila a 3 metros acima do nível do mar. A cada geração que passava, porém, os aldeões notavam algo assustador: as águas do Mediterrâneo estavam ficando cada vez mais altas.

De fato, de acordo com uma nova pesquisa publicada esta semana no PLOS One, uma pessoa conseguiria notar o aumento do nível do mar ao longo de sua vida, pois ele subiu a uma taxa alarmante de 4 a 7 milímetros por ano, ou cerca de 70 centímetros (28 polegadas) a cada 100 anos.

Relutantes em deixar seu querido acampamento e proteger-se contra as ondas cada vez mais poderosas e os efeitos destrutivos da erosão, os moradores de Tel Hreiz decidiram tentar resolver o assunto por conta própria construindo um paredão de 100 metros de comprimento, que corria paralelo à costa.

O paredão pode ter ajudado por um tempo, mas acabou fracassando, e a vila, após quase 500 anos de ocupação contínua, teve de ser abandonada.

Estas são as conclusões de um novo estudo publicado no PLOS One. O trabalho envolveu uma colaboração internacional de cientistas da Universidade de Haifa, em Israel, da Universidade de Flinders, na Austrália, da Autoridade de Antiguidades de Israel e da Universidade Hebraica.

O paredão, hoje submerso a menos de 3 metros, foi construído há 7 mil anos e agora é o mais antigo sistema de defesa costeira conhecido nos registros arqueológicos. É uma descoberta excepcional, pois mostra que melhorias na infraestrutura como essas não começaram a aparecer na região até a Idade do Bronze e Ferro.

É importante ressaltar que a nova pesquisa, liderada pelo arqueólogo Ehud Galili, da Universidade de Haifa, mostra que a batalha da humanidade contra o aumento do nível do mar remonta há milhares de anos.

Modelo mostrando a localização da vila neolítica em comparação com a situação da praia hoje. Imagem: J. McCarthy, E. Galili e J. Benjamin

O local submerso de Tel Hreiz foi descoberto originalmente na década de 1960, mas não havia sido completamente explorado por arqueólogos até recentemente. Desde 2012, já foram encontrados neste sítio várias estruturas arquitetônicas, artefatos, restos de seres humanos e animais e, agora, o antigo paredão.

O paredão, como sugere a nova pesquisa, não era nada extravagante, tendo sido construído empilhando grandes pedregulhos uns sobre os outros. Dito isto, provavelmente exigiu muito trabalho e coordenação para construir. Seu comprimento, o uso de grandes pedregulhos provenientes de fora da comunidade e seu arranjo cuidadoso na costa “refletem o extenso esforço investido pelos moradores neolíticos em sua concepção, organização e construção”, escreveram os autores do estudo.

Naturalmente, esta lição da pré-história serve como um aviso terrível para nós hoje.

Prevê-se que as mudanças climáticas causadas por seres humanos elevem os oceanos em até 1,7 mm a 3 mm por ano ao longo do século atual, segundo estimativas do IPCC. É menos do que o que aconteceu durante o Neolítico, mas esses aumentos do nível do mar ainda serão problemáticos para as comunidades costeiras.

Isso resultará inevitavelmente na construção de defesas mais modernas do que o paredão, mas o oceano, como testemunharam nossos antepassados ​​neolíticos, é poderoso e implacável. Assim como aconteceu com eles, também podemos ter que abandonar relutantemente nossas queridas comunidades.

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