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- Google e Estado de SP vão usar novo código para dar endereço para propriedades rurais
- Agora você poderá assinar patinetes elétricos mensalmente para não pagar a taxa de desbloqueio
- Evento sobre iPhone fez cair em 15% tráfego do Pornhub vindo de dispositivos iOS
- Nova pesquisa relaciona até o consumo leve de álcool a um risco maior de câncer
- O que o Brasil mais buscou no Google em 2019
- 99 ganha recursos de segurança para mulheres e gravação de conversas com motoristas
- Google Chrome irá alertar golpes de phishing em tempo real
- Como montanhas podem ser afetadas pela mudança climática, ameaçando recursos hídricos
- [Podcast] Guia Prático: Sobre podcasts, jornalismo de tecnologia e o ano de 2019
- Base de dados de DNA usada para resolver crimes nos EUA foi vendida
- Aranha recém-descoberta põe ovos roxos brilhantes
Google e Estado de SP vão usar novo código para dar endereço para propriedades rurais Posted: 11 Dec 2019 02:15 PM PST Para quem sempre viveu em áreas urbanas, é difícil imaginar o que significa não ter um endereço. Os desafios são muitos, e vão desde poder utilizar serviços de e-commerce até questões de segurança. Com o objetivo de solucionar isso, o Google firmou uma parceria com o Governo de São Paulo para mapear regiões rurais do estado. Para criar endereços digitais para cerca de 340 mil propriedades nos 645 municípios do interior de São Paulo, o Google usou a ferramenta Plus Codes, que converte coordenadas de latitude e longitude, fornecidas por satélite, em códigos curtos. Essa tecnologia será incorporada ao sistema interno do Governo do Estado, que irá disponibilizar esses endereços para os mais de 2 milhões de residentes das áreas rurais. Imagem: Divulgação Segundo comunicado do Google, o projeto vai facilitar a atuação de empresas privadas, cooperativas e associações de produtores, além de auxiliar na logística e distribuição de produtos agropecuários. Ainda de acordo com a empresa, o mapeamento das estradas vai reforçar a atuação da polícia, oferecendo mais segurança nessas áreas. O Governo de São Paulo espera já ter nos próximos seis meses uma base de dados extensa, capaz de contribuir para a construção de políticas públicas para diferentes regiões. Como parte do projeto, também serão distribuídos mapas para órgãos estaduais e será feito o compartilhamento de informações com a iniciativa privada para melhorar e universalizar aplicativos de rotas como o Google Maps. The post Google e Estado de SP vão usar novo código para dar endereço para propriedades rurais appeared first on Gizmodo Brasil. |
Agora você poderá assinar patinetes elétricos mensalmente para não pagar a taxa de desbloqueio Posted: 11 Dec 2019 01:37 PM PST Os patinetes elétricos e as bicicletas compartilhadas se tornaram parte da paisagem de algumas regiões de grandes cidades do Brasil. Há, porém, quem não se empolgue muito com a ideia, e o alto preço, principalmente no caso dos patinetes, é um fator negativo. Se esse é o seu caso, a Grow — empresa que surgiu da fusão da Grin com a Yellow — lançou uma assinatura mensal chamada Grin Prime. Ela custa R$ 15 por mês e isenta o usuário da cobrança do desbloqueio. O preço do desbloqueio é de R$ 3 para os patinetes e de R$ 1 para as bicicletas. Depois, a tarifa é cobrada pelo tempo de uso: R$ 0,50 por minuto para os patinetes e R$ 0,05 por minutos para as bicicletas. Com o Grin Prime, o usuário só paga pelo tempo que usar. Vale observar que a assinatura só vale para os patinetes verdes e as bicicletas amarelas — os patinetes da parceria com a Rappi não estão inclusos no pacote. Para quem usa todo dia, parece compensar. Fazendo as contas aqui, considerando um mês de quatro semanas de trabalho, com cinco dias úteis em cada e duas viagens por dia, os custos seriam de R$ 40 para desbloquear as bicicletas e de R$ 120 para desbloquear os patinetes sem a assinatura. Uma economia, portanto, de R$ 25 no primeiro caso e de R$ 105 no segundo. Mesmo assim, os preços altos do tempo de uso no caso do patinete continuam. Levando em consideração duas viagens de dez minutos por dia, o gasto chega fácil a R$ 200 mensais, sem contar os R$ 15 da assinatura. As bicicletas são bem mais baratas, e o custo ficaria em pelo menos R$ 20, mais a assinatura — por outro lado, há o esforço de pedalar. Mesmo assim, a assinatura pode ajudar a convencer mais gente a usar a modalidade de transporte. A Grow ainda oferece 30 dias grátis para testar a assinatura. O plano começará a ser disponibilizado em São Paulo e depois seguirá para outras cidades onde a empresa está presente. The post Agora você poderá assinar patinetes elétricos mensalmente para não pagar a taxa de desbloqueio appeared first on Gizmodo Brasil. |
Evento sobre iPhone fez cair em 15% tráfego do Pornhub vindo de dispositivos iOS Posted: 11 Dec 2019 11:18 AM PST Depois das retrospectivas de Google, YouTube e Spotify, temos o resumo do ano do Pornhub, com algumas tendências… Curiosas. De acordo com um post no blog oficial da plataforma de vídeos pornô, em 2019 foram transferidos 6597 petabytes de dados – 209 GB por segundo. A quantidade de material enviada para o site é enorme, assim como a audiência: foram 42 bilhões de visitas, ou 115 milhões por dia. Além disso, é um site em que as pessoas passam um tempo considerável, com média de 10 minutos e 28 segundos. O dia mais popular de acesso ao site foi domingo, enquanto a sexta-feira tem o menor índice de tráfego. Ainda sobre audiência, o Brasil figura como destaque por ter a maior proporção de usuárias entre os 20 países que mais acessam o Pornhub. As mulheres representam 39% do tráfego vindo do Brasil, empatado com a proporção das Filipinas, seguida por México e Argentina (36% cada). Proporção de visitantes mulheres no Pornhub. O celular é o dispositivo mais recorrente para acessar o site – 83,7% das visitas foram com um smartphone. No Brasil, 79% das pessoas acessam usando um celular, 19% usam o computador e apenas 2% tablets. Um dos dados mais curiosos da retrospectiva do Pornhub é que o anúncio do iPhone 11 fez o tráfego do site cair consideravelmente – a empresa explica que o evento da Apple sempre derruba as visitas, em particular entre o grupo que possui um produto da marca. Neste ano, o tráfego vindo do iOS caiu 15% enquanto os novos iPhones eram anunciados. Outros eventos fazem com que as pessoas deixem a pornografia de lado. O Oscar e o Globo de Ouro fizeram as visitas caírem 5%, por exemplo. A final da NBA, que sagrou o Toronto Raptors como campeão, diminuiu em 30% as visitas vindas de Toronto e 16% as visitas vindas do Canadá como um todo. Já a final da UEFA Champions League representou uma queda de 18% em Liverpool, cidade do time campeão, enquanto Londres (terra do Tottenham) teve queda de 12%. Por outro lado, alguns eventos fizeram a audiência subir. Em março, Facebook e Instagram sofreram uma queda prolongada e ficaram inacessíveis quase o dia inteiro. Nessa data, a audiência do Pornhub subiu 19% nos horários de pico. O mais curioso é que as pessoas foram ao site pesquisar termos como “facebook” e “instagram”, os termos foram pesquisados 200% mais do que o comum. A retrospectiva do Pornhub é gigantesca e você pode ler todos os dados aqui (em inglês, e o link é seguro para abrir no trabalho). The post Evento sobre iPhone fez cair em 15% tráfego do Pornhub vindo de dispositivos iOS appeared first on Gizmodo Brasil. |
Nova pesquisa relaciona até o consumo leve de álcool a um risco maior de câncer Posted: 11 Dec 2019 10:11 AM PST Em um novo estudo desta semana, pesquisadores do Japão descobriram uma ligação entre beber durante toda a vida e um maior risco de câncer – e essa é apenas a pesquisa mais recente a sugerir que mesmo beber pouco durante a vida toda pode ser ruim para nós. O estudo, publicado segunda-feira (9) no periódico Cancer, baseia-se em dados de um projeto de pesquisa de décadas, que monitora a saúde de pacientes ao entrar em um hospital em todo o Japão. Além de ter seu histórico médico documentado, os voluntários foram questionados sobre seus hábitos de bebida, incluindo quanto eles bebiam diariamente e há quanto tempo bebiam. Usando esses dados, os autores do estudo compararam aproximadamente 63 mil pacientes adultos diagnosticados com câncer com o mesmo número de pacientes sem câncer, com idade, sexo e data de internação semelhantes, um tipo de estudo conhecido como caso-controle. Comparados com aqueles que relataram nunca beber, os autores descobriram um risco aumentado de câncer entre pessoas que seriam consideradas consumidores leves a moderados de álcool. Aqueles que bebiam um drinque padrão por dia (definido como uma dose de uísque de 59 ml, um copo de vinho de 177 ml ou um copo de cerveja de 502 ml), por exemplo, tinham 5% mais chances de desenvolver câncer, mesmo depois de considerar fatores como tabagismo, pressão alta, obesidade e outros fatores de risco conhecidos. Outra pesquisa apontou para um que beber aumenta o risco de câncer principalmente de mama, cabeça e pescoço e fígado, mas os autores dizem que o estudo deles é um dos primeiros a se concentrar nas pessoas que vivem no Japão. “No Japão, mesmo o consumo de álcool leve a moderado parece estar associado a riscos elevados de câncer”, eles escreveram. No geral, um aumento relativo de 5% no risco de câncer não é algo devastador. Os autores observaram, por exemplo, que coisas como tabagismo e infecções por hepatites B e C apresentam um risco associado muito maior de câncer. E é possível que esses resultados possam não ser aplicáveis a outras populações, uma vez que os residentes japoneses nativos são mais propensos a apresentar variações genéticas que dificultam a decomposição do álcool por seus corpos. Esses tipos de estudos podem apenas sugerir indiretamente que algo causa câncer, não provar diretamente a conexão. Mas este é apenas o mais recente estudo a mostrar que o uso leve de álcool não é necessariamente inofensivo, ao contrário do que a indústria do álcool e até alguns médicos dizem há anos. Embora alguns estudos tenham sugerido que o álcool, em pequenas quantidades, pode melhorar a saúde do coração, outras pesquisas lançaram dúvidas sobre essa suposição. E é provável que a maioria das pessoas nem conheça a relação entre álcool e câncer em primeiro lugar. Um estudo realizado no Reino Unido no início deste ano, por exemplo, descobriu que apenas 20% das mulheres que foram examinadas ou tratadas para câncer de mama sabiam que o consumo de álcool era um fator de risco para essa doença. Talvez o mais chocante tenha sido o fato de apenas 49% da equipe de saúde entrevistada estar ciente desse vínculo. De qualquer forma, ninguém vai impedir de tomar umas neste Natal. Mesmo assim, todos nós provavelmente poderíamos nos beneficiar de um pouco mais de moderação. The post Nova pesquisa relaciona até o consumo leve de álcool a um risco maior de câncer appeared first on Gizmodo Brasil. |
O que o Brasil mais buscou no Google em 2019 Posted: 11 Dec 2019 07:59 AM PST A temporada de retrospectivas de 2019 já começou. Uma das primeiras a aparecer são as buscas mais populares no Google durante o ano – além, é claro, dos vídeos mais populares do YouTube e as músicas mais ouvidas do Spotify. Os termos que aparecem nessa lista do Google levam em consideração as buscas que tiveram o maior aumento neste ano em comparação com o anterior. Levando isso em conta, o destaque de 2019 foi “Copa América”. O Brasil sediou a 46ª edição do campeonato e se sagrou campeão contra o Peru, por 3 a 1. O futebol ainda marca presença em outras três das dez buscas do ano, com os termos “Tabela do Brasileirão”, “Flamengo x Vasco da Gama” e “Copa do Mundo de Futebol Feminino”. A morte do apresentador Gugu Liberato também fez com que muitas pessoas fossem ao Google. Ele aparece na 3ª posição nas “Buscas do ano”, e na 1ª posição na categoria “Mortes”. Na seção de buscas “Por quê?”, destaque para a tecnologia: “Por que o WhatsApp parou de funcionar hoje?” foi a principal busca. O aplicativo de mensagens teve algumas instabilidades durante o ano, mas foi em julho uma das quedas que afetou mais gente. Na ocasião, Facebook, WhatsApp e Instagram apresentam problemas. Os usuários também pesquisaram “Por que o Instagram vai tirar as curtidas?“, que aparece na 9ª posição. Deu para perceber que algumas pessoas estão tentando entender o que é sentir tesão, com a busca “O que é libido?”, enquanto outras estão meio carentes se perguntando “Como fazer que as pessoas gostem de mim”. As pessoas também perguntaram “Como fazer figurinhas do WhatsApp”, “Como fazer meu quiz no Instagram” e “Como fazer geladinho gourmet” (pesquisas provavelmente não relacionadas). Em tecnologia, o top 5 fica com os termos “iPhone 11”, “Moto G7”, “Amazon Prime”, “FaceApp” e “Dollify”. Você pode ver a retrospectiva completa do Google neste link e entender mais sobre os interesses dos brasileiros e de outras regiões do mundo. E como já é de costume, a empresa fez um vídeo de retrospectiva de 2019 (com foco no mercado americano, mas com legendas em português). The post O que o Brasil mais buscou no Google em 2019 appeared first on Gizmodo Brasil. |
99 ganha recursos de segurança para mulheres e gravação de conversas com motoristas Posted: 11 Dec 2019 07:09 AM PST Segurança tem sido o foco de empresas de aplicativos de corrida. Recentemente, a Uber divulgou pela primeira vez seu relatório de incidentes, e vem implementando novos recursos na plataforma aos poucos. A 99 também decidiu olhar para essa questão, lançando na segunda-feira (9) a campanha "Todos pela Segurança. Segurança para Todos", junto com novas funcionalidades. Em forma de manifesto, a campanha tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre como ações simples podem contribuir para a segurança na plataforma. Alguns dos exemplos citados no texto são: manter o cadastro atualizado; verificar o nome, carro e informações do motorista; e registrar avaliações de corridas, reportando situações fora do comum por meio da Central de Atendimento. Ainda segundo a empresa, a maioria dos casos de denúncias são relacionadas a agressões verbais:
Além desse pedido de colaboração dos usuários, a 99 também quer mostrar como tem investido em tecnologia para oferecer novos recursos de segurança. Segundo a empresa, algumas das funcionalidades foram desenvolvidas para o mercado brasileiro, enquanto outras já foram implementadas internacionalmente pela Didi, dona da 99:
Outros aplicativos de corrida também contam com recursos similares. A Uber, por exemplo, já permite que motoristas mulheres viagem apenas com passageiras, além de contar com a opção de gravação de áudio pelo app. The post 99 ganha recursos de segurança para mulheres e gravação de conversas com motoristas appeared first on Gizmodo Brasil. |
Google Chrome irá alertar golpes de phishing em tempo real Posted: 11 Dec 2019 06:22 AM PST A versão do Google Chrome lançada nesta semana adicionou uma série de funções para navegar com mais segurança, duas delas envolvendo mais proteção contra golpes de phishing. A companhia mantém uma lista de sites maliciosos como parte do serviço chamado Safe Browsing (Navegação Segura, em tradução livre), que é usado por navegadores como o Chrome e Firefox. No recém-lançado Chrome 79, os usuários poderão ver alertas em tempo real de phishing para sites inseguros. “Quando você visita um site, o Chrome compara o endereço com uma lista armazenada no seu computador com milhares de outros sites populares que são conhecidos por serem seguros”, escreveram Patrick Nepper, Kiran C. Nair, Vasilii Sukhanov e Varun Khaneja, da equipe de segurança do Chrome, em uma publicação no blog oficial da empresa. “Se o site não estiver nessa lista de segurança, o Chrome verifica a URL com o Google (depois de eliminar qualquer nome de usuário ou senha que possam estar incorporadas na URL) para descobrir se você está visitando um site perigoso. Nossa análise mostrou que alertar os usuários resulta na diminuição de 30% nos acessos a novos sites maliciosos.” A empresa também expandiu a tecnologia de previsão de phishing que já existia. As senhas da Conta do Google e as senhas armazenadas no gerenciador do Chrome serão monitoradas para identificar a utilização em sites potencialmente inseguros. Se o Chrome determinar que o site não é seguro, irá mostrar um aviso e solicitar que o usuário mude a sua senha. As proteções de phishing adicionadas ao Chrome serão somadas a outras iniciativas de segurança. No começo de outubro, a companhia adicionou a ferramenta Verificação de Senha de forma nativa no navegador – antes, essa opção existia como uma extensão à parte. A Verificação de Senha permite que os usuários escaneiem senhas salvas para ver se elas foram comprometidas em algum vazamento de dados ou invasão. A ferramenta irá sinalizar senhas roubadas enquanto você navega. A proteção para phishing em tempo real estará disponível para os usuários que ativarem a opção. Para isso, basta acessar as Configurações > Serviços do Google e de sincronização e ativar a opção Melhorar as pesquisas e a navegação. The post Google Chrome irá alertar golpes de phishing em tempo real appeared first on Gizmodo Brasil. |
Como montanhas podem ser afetadas pela mudança climática, ameaçando recursos hídricos Posted: 11 Dec 2019 05:24 AM PST Em todo o mundo, bilhões de pessoas dependem da água que vem da neve e das geleiras. No entanto, o aumento das temperaturas e o caos político podem significar uma rápida diminuição dos recursos hídricos para essas regiões vulneráveis – sendo a região montanhosa da Ásia uma das mais afetadas, de acordo com descobertas divulgadas pela União de Geofísica dos Estados Unidos. O estudo, também publicado na revista Nature nesta segunda-feira (9), se refere a essas montanhas como “torres d’água”. O artigo examina 76 regiões montanhosas para explorar o clima e as pressões sociais sobre os recursos hídricos. A análise climática inclui temperatura e precipitação, enquanto os fatores socioeconômicos incluem crescimento populacional, desenvolvimento econômico e urbanização como potenciais fatores condicionantes. Das 76 regiões do estudo, a pesquisa identifica a Bacia do Indo, localizada entre a Índia e o Paquistão, como a torre d’água mais importante do mundo, e a mais vulnerável. Mais de 200 milhões de pessoas dependem da água armazenada nos picos, e esse número deverá crescer. Além disso, os cientistas projetam que a temperatura na região aumente em 1,9 graus Celsius até 2050. Os dois países vizinhos terão de encontrar um meio-termo na gestão desse recurso hídrico para conseguir sustentá-lo, uma tarefa difícil para duas potências nucleares com história de conflitos entre si. “Não será apenas a mudança climática que vai influenciar o abastecimento de água das montanhas, mas os fatores socioeconômicos podem até ser mais fortes ao impulsionar as enormes demandas”, disse Walter Immerzeel, um dos 32 autores do artigo que também é professor de Geociências na Universidade de Utrecht, na Holanda, durante uma coletiva de imprensa sobre a pesquisa. Por causa dessas pressões socioeconômicas, as regiões montanhosas da América do Sul e da Ásia são mais vulneráveis do que as da América do Norte. Isso não quer dizer que as torres d’água da América do Norte estejam isoladas de ameaças. Os aumentos da população e da temperatura estão colocando mais pressão sobre os recursos hídricos, como as bacias dos rios Fraser e Columbia, no noroeste do Pacífico, por exemplo. Este é o primeiro índice a medir as pressões concorrentes sobre as torres d’água do mundo. As descobertas do aumento da demanda e do estresse sobre essas regiões não são necessariamente surpreendentes porque, bem, vivemos em um mundo mais quente que se vê obrigado a derreter algumas geleiras (que armazenam água) e mexer com os padrões de precipitação. Ainda assim, os autores tiveram de criar um sistema particular para classificar as bacias hidrográficas. Começaram qualificando a importância de uma torre. Essa medição foi feita ao analisar a precipitação, a cobertura de neve, o armazenamento de gelo glacial e a água superficial para determinar o suprimento de água que ela contém. Depois disso, confrontaram os números com a demanda. Isso inclui a quantidade de água necessária para atender à necessidade de irrigação, indústria e fins domésticos. Este tipo de índice pode ser usado no futuro para planejar futuros estresses hídricos – e potencialmente atenuá-los. À medida que as populações ao redor do mundo continuam a explodir, especialmente no Hemisfério Sul, os líderes terão que mudar suas estratégias de conservação para garantir que haja água suficiente para todos. E como os autores deixaram claro durante a coletiva de imprensa sobre a pesquisa, essas montanhas também podem ajudar a enfrentar a crise energética que enfrentamos, deixando para trás os combustíveis fósseis e investindo na energia hidrelétrica. A energia hidrelétrica definitivamente tem suas próprias questões ambientais, mas precisamos reduzir as emissões de gases de efeito estufa com urgência. Esse é o primeiro passo para proteger a água do mundo. E, mesmo assim, continuaremos a sentir os impactos na a oferta de alimentos e a biodiversidade. “É importante desenvolvemos políticas específicas para as montanhas e proteger e preservá-las,” disse Immerzeel. The post Como montanhas podem ser afetadas pela mudança climática, ameaçando recursos hídricos appeared first on Gizmodo Brasil. |
[Podcast] Guia Prático: Sobre podcasts, jornalismo de tecnologia e o ano de 2019 Posted: 11 Dec 2019 05:02 AM PST O último episódio de 2019 do Guia Prático está um pouco diferente. Rodrigo Ghedin, Guilherme Tagiaroli, Giovanni Santa Rosa e Guilherme Felitti (que faz o podcast Tecnocracia, publicado quinzenalmente também no Manual do Usuário) conversam sobre a tecnologia, o jornalismo, os grandes assuntos de 2019 e o que esperar de 2020. Também tem participações especiais de quem esteve no Guia Prático ao longo de 2019. Você pode ouvir o episódio nesta página ou usar seu player favorito (Apple Podcasts, Deezer, Spotify ou pelo RSS) e buscar pelo nome do podcast. Se quiser, é possível também ouvir o programa no YouTube. Links e referências
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Base de dados de DNA usada para resolver crimes nos EUA foi vendida Posted: 11 Dec 2019 04:44 AM PST Um banco de dados de DNA envolvido em um debate sobre privacidade genética foi vendido. Nesta semana, a empresa forense Verogen, com sede em San Diego, anunciou a aquisição do GEDmatch, um site criado para que as pessoas pudessem saber a origem de suas famílias e colaborarem juntas para a formação de árvores genealógicas. Ninguém sabe como a mudança de propriedade poderá afetar dados de mais de um milhão de usuários – nem como se dará a colaboração da plataforma com autoridades. A Verogen, fundada em 2017, nasceu de uma empresa de sequenciamento de genoma chamada Illumina. Os produtos da Illumina foram amplamente utilizados para pesquisa e biotecnologia, mas a Verogen tem feito publicidade de suas novas tecnologias de sequenciamento para órgãos policiais. A GEDmatch, por sua vez, foi fundada por dois genealogistas amadores, Curtis Rogers e John Olson, em 2010. O site foi criado como uma forma para que pessoas curiosas sobre a história de suas família juntassem informações publicamente. Os usuários enviam os resultados dos testes de DNA que obtiveram a partir de quaisquer serviços privados, como 23andMe e Ancestry, que então são cruzados com os resultados de outras pessoas. O serviço chegou a cobrar um plano de assinatura para cobrir os custos do servidor, mas no geral foi administrado por voluntários. Durante anos, a base de usuários do site cresceu constantemente, sem muito alarde. Mas em 2018, isso mudou drasticamente. Na ocasião, veio à tona que a polícia de Sacramento usou o GEDmatch para identificar o suspeito de ser o “Golden State Killer”, Joseph James DeAngelo. A polícia enviou o DNA da cena do crime do suposto assassino para o site, o que lhes permitiu encontrar os possíveis parentes distantes do suspeito. Então, os investigadores construíram uma provável árvore genealógica que levou até Deangelo. Em abril de 2018, Deangelo foi detido e até agora está aguardando julgamento. Na época, os proprietários do GEDmatch expressaram consternação pela forma como seu banco de dados foi usado. No entanto, eles logo mudaram de opinião e passaram a incentivar agências governamentais, bem como outras empresas forenses, a examinarem as informações pelo site. Isso levou a uma enxurrada de investigações semelhantes. A empresa Parabon Nanolabs, sediada na Virgínia, alega que identificou dezenas de supostos criminosos por trás de delitos violentos, na maioria das vezes em casos que já haviam acontecido há muito tempo, graças ao site. No início deste ano, William Earl Talbott II tornou-se a primeira pessoa condenada por homicídio com a ajuda do que ficou conhecido como genealogia forense. O número de usuários do GEDmatch aumentou após a captura de Deangelo e pelo menos uma pesquisa sugere que a maioria das pessoas não se incomodam com o uso policial dos bancos de dados de DNA para a resolução de crimes violentos. Apesar disso, alguns especialistas pediram cautela sobre essa tendência e suas consequências não intencionais. Nos Estados Unidos, não há diretrizes federais sobre quando as agências de aplicação da lei devem ser autorizadas a usar bancos de dados de genealogia, por exemplo. Algumas empresas se colocam ao lado da privacidade, como a 23andMe, que prometeu não compartilhar abertamente seus dados com a polícia ou qualquer outro ente público. Em dezembro do ano passado, um estudo descobriu que basta uma pequena porcentagem de pessoas de uma população enviar dados de DNA para um site como o GEDMatch para que seja possível rastrear a identidade de praticamente qualquer pessoa. Outros estudos mostraram como seria fácil para alguém com más intenções invadir e manipular bancos de dados de DNA. Em meio a essas críticas, os proprietários do GEDmatch implementaram uma nova política em maio passado, que oferece uma opção para os usuários decidirem se querem que os dados sejam pesquisáveis pela polícia. A iniciativa não adiantou muito, já que em novembro, a polícia da Flórida obteve um mandado de busca em todo o GEDmatch – e os criadores decidiram não recorrer. À luz desses desenvolvimentos, surge o questionamento sobre o cansaço dos fundadores para manter o GEDmatch. “Como outros, não estou muito surpresa que o GEDmatch tenha sido adquirido. Os proprietários do site enfrentaram perguntas inesperadas e difíceis sobre uso e acesso nos últimos 18 meses”, disse Natalie Ram, especialista jurídica da Universidade de Maryland que escreveu sobre os desafios da privacidade genética, ao Gizmodo por e-mail. Por um lado, é possível que os maiores recursos financeiros da Verogen façam com que a empresa tenha mais possibilidade de barrar futuras tentativas da polícia de contornar a política de consentimento do GEDmatch. O porta-voz da Verogen, Kim Mohr, disse ao Gizmodo por e-mail que a empresa não divulgaria nenhum dos termos, inclusive financeiros, por trás da aquisição. Eles só revelaram que o co-fundador Curtis Rogers manterá um papel no website. Mohr acrescentou que a empresa permanecerá “firme em seu compromisso com a privacidade”, e que ela “buscará caminhos legais se houver qualquer tentativa futura de acessar informações de usuários que não tenham consentido com o compartilhamento”. Por outro lado, Ram observou que a Verogen tem trabalhado há muito tempo com essas autoridades. “Essa migração pode fazer com que a genealogia comum deixe de ser o foco principal do GEDmatch e levar à expansão da cooperação policial”, disse ela. “Além disso, a Verogen é uma empresa com fins lucrativos, enquanto a GEDmatch era operada anteriormente sem um motivo de lucro significativo. Essa mudança no modelo de negócios pode tornar os novos proprietários da GEDmatch mais propensos a cooperar ainda mais com a polícia e outras entidades interessadas que possam pagar”, completou. A Verogen afirma que os usuários continuarão a ter acesso gratuito às ferramentas básicas oferecidas pelo GEDmatch, embora “no futuro, aplicativos aprimorados estarão disponíveis”. Outras empresas, como a Parabon Nanolabs, também continuarão a trabalhar com o GEDmatch. Atualmente, acredita-se que cerca de 200 mil usuários do GEDmatch tenham permitido que seu DNA seja pesquisável pela polícia. “Não há mudanças planejadas em termos de acesso dos consumidores ao banco de dados GEDmatch”, disse Mohr. “Todos que puderam acessar o GEDmatch no passado ainda poderão acessar o site.” Dito isto, os usuários que voltaram ao GEDmatch na segunda-feira (9), foram avisados sobre a mudança. Aqueles que desejavam continuar usando o site foram convidados a concordar com novos termos de serviço, enquanto aqueles que recusaram foram informados de que poderiam remover todos os seus dados dos servidores do site. “As revisões nos termos de serviço ocasionadas por esta aquisição devem mais uma vez lembrar aos usuários – de qualquer serviço similar – que sua privacidade e outros direitos podem ser tão fortes quanto a boa vontade e a motivação financeira do proprietário do site permitam, e que o proprietário normalmente pode alterar esses termos a qualquer momento”, disse Ram. The post Base de dados de DNA usada para resolver crimes nos EUA foi vendida appeared first on Gizmodo Brasil. |
Aranha recém-descoberta põe ovos roxos brilhantes Posted: 11 Dec 2019 03:27 AM PST Os cientistas descobriram uma aranha que vive na África do Sul que é realmente admirável. O aracnídeo apresenta uma mancha escarlate em forma de ponto de exclamação nas costas, juntamente com um padrão de rabiscos brancos que criam uma forma vagamente similar a um rosto humano, com a boca aberta expressando horror. Ah, e elas põem ovos roxos brilhantes. As aranhas sul-africanas são do tipo "viúva" ou "button" e, como tal, são parentes próximas de algumas das aranhas mais notórias da Terra. As aranhas Latrodectus – como viúvas negras, aranhas-das-costas-vermelhas e aranhas-katipo – podem dar picadas desagradáveis e perigosamente venenosas para os humanos. Já havia mais de 30 dessas espécies conhecidas em todo o mundo, mas a descoberta sul-africana é a mais nova em décadas. Barbara Wright, entomologista do Wild Tomorrow Fund na província de Kwa-Zulu Natal, na África do Sul, e seus colegas se familiarizaram com a criatura colorida em 2014. Eles receberam notícias de um parque de elefantes nas proximidades de que alguém havia visto uma aranha de aparência estranha no buraco de uma árvore. Wright correu para ver. “Ficamos chocados e completamente impressionados com o tamanho [da aranha] e as cores”, relatou Wright em um e-mail ao Gizmodo. Wright e seus colegas observaram a aranha por dois anos, verificando e analisando-a em sua teia isolada. Quando a aranha depositou um saco de ovos brilhantemente púrpura, os pesquisadores suspeitaram que poderiam ter algo estranho em suas mãos. Eventualmente, a aranha morreu de velhice. Mais tarde, quando Ian Englebrecht – um especialista em aracnídeos africanos – visitou uma das propriedades do Fundo, ele recebeu fotos da aranha e “imediatamente exclamou ‘meu Deus, é uma nova espécie'”, disse Wright. Aranhas do tipo "button" macho (esquerda) e fêmea (direita). Phinda. Foto: Luke Verburgt Depois de muita pesquisa na área, a equipe encontrou mais fêmeas da espécie (e mais casos de ovos roxos) em uma reserva particular de caça nas proximidades. Os pesquisadores fizeram comparações cuidadosas entre as características físicas das aranhas e as de espécies conhecidas, e analisaram e compararam seu DNA. Suas descobertas, publicadas recentemente na revista Zootaxa, sugerem que a aranha é uma espécie única e anteriormente desconhecida pela ciência – e possivelmente pela humanidade em geral. “Ainda não encontramos ninguém que a tenha visto antes de descobrirmos o primeiro espécime, e isso inclui as comunidades locais”, disse Wright. “Elas são aranhas extremamente secretas e tímidas, e se escondem em cavidades de árvores em um tipo de vegetação que é raro e poucas pessoas têm acesso a ela”. Esse habitat raro é um ecossistema criticamente ameaçado, conhecido como floresta de areia, encontrado apenas nesta parte da África e esporadicamente na América do Sul tropical. São lugares surreais: bosques densos caídos sobre as antigas dunas de areia, agora longe do mar. Habitat de floresta de areia. Foto: Roger De La Harper A nova espécie, apelidada de “aranha Phinda button” em homenagem à reserva em que muitas foram encontradas, possui algumas peculiaridades físicas. As fêmeas, com seus corpos do tamanho de uma moeda de dez centavos, são possivelmente as aranhas viúvas mais pesadas já descobertas, por exemplo. Mas os impressionantes laços brancos e manchas vermelhas do aracnídeo foram realmente o que inspirou seu nome científico: Latrodectus umbukwane. "Umbukwane" é uma palavra isiZulu para algo tão absurdamente atraente e bonito que você não pode simplesmente passar por ela. A aranha Phinda button provavelmente tem um veneno perigosamente neurotóxico como outras viúvas, mas isso não foi confirmado, disse Wright. Embora, dada sua relação mais próxima com as viúvas marrons, sua picada possa ser relativamente fraca. No futuro, Wright espera investigar o veneno em detalhes. Há também algumas preocupações de conservação a longo prazo sobre as espécies, que parecem viver apenas em áreas primitivas de floresta de areia. “Não existe muito desse tipo de vegetação no mundo”, disse Wright, acrescentando que a floresta de areia é muito sensível às perturbações humanas. “É um crescimento extremamente lento, com algumas árvores com milhares de anos, para que não possam ser substituídas uma vez destruídas”. Além disso, há a questão do saco de ovos intensamente roxo. Nenhuma outra aranha viúva tem ovos assim, e não está claro por que a cor surgiu ou qual poderia ser seu objetivo. Paula Cushing, uma aracnóloga do Museu de Natureza e Ciência de Denver que não participou da descoberta, disse ao Gizmodo por e-mail que a cor púrpura é estranha, mas não totalmente inédita. Algumas aranhas de solo, ela observou, podem colocar sacos de ovos cor de rosa ou roxos. Aranha Phinda button perto de um buraco de árvore. Foto: Wild Tomorrow Fund Para Ingi Agnarsson, um biólogo evolucionário da Universidade de Vermont, também não envolvido com a descoberta, a nova aranha é uma prova de quanto ainda não sabemos sobre a estupefata diversidade de vida de invertebrados da Terra. “Minha estimativa é que cerca de 70% das espécies de aranhas ainda são desconhecidas, então estamos realmente na era da descoberta e exploração quando se trata de classificação de aranhas”, disse Agnarsson ao Gizmodo por telefone. Aparentemente, essas descobertas ainda podem acontecer em lugares considerados bem cobertos pela pesquisa de aranhas, como a África do Sul. “Isso destaca o fato de que ainda há muito por aí, e muitas dessas espécies poderiam ser perdidas antes mesmo de as descobrirmos ou as descrevermos”, disse Wright. Afinal, se nem notamos um "umbukwane" como essa aranha, o que mais estamos perdendo? The post Aranha recém-descoberta põe ovos roxos brilhantes appeared first on Gizmodo Brasil. |
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