segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

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O reboot de Power Rangers vai ganhar um novo reboot

Posted: 15 Dec 2019 12:50 PM PST

Você lembra que daquela época — digamos assim, dois anos atrás — quando um novo filme de Power Rangers foi lançado como reboot da franquia? Pois é, ele não foi tão bem. Mas agora Hollywood está prestes a dizer “É hora de morfar!” mais uma vez.

O Gizmodo confirmou que a Paramount está em “negociações iniciais” com o cineasta Jonathan Entwistle (que fez The End of the F***ing World, da Netflix) para mais um reboot de Power Rangers nas telonas. O Hollywood Reporter deu a notícia em primeira mão.

Ao contrário do filme de 2017 acima mencionado, porém, esse Power Rangers seria menos “Young Adult” e mais “sitcom dos anos 90”, como o programa de TV. De fato, relatos apontam que o argumento desse filme "envolve um elemento de viagem no tempo que leva as crianças aos anos 90 e, de um jeito meio De Volta Para o Futuro, elas precisam encontrar uma maneira de voltar ao presente". O roteirista Patrick Burleigh (Peter Rabbit 2) está trabalhando no projeto.

Tudo isso, é claro, confirma notícias anteriores de que a Hasbro, que é a nova proprietária da franquia Power Rangers, estava procurando voltar ao mercado de filmes. Até o próprio Dacre Montgomery, que fez o Ranger Vermelho no primeiro reboot, disse que essa era uma possibilidade.

Meu colega James Whitbrook tem suas opiniões sobre isso (que você pode e deve ler aqui), mas minha reação inicial é que isso até que faz sentido. Primeiro de tudo, o filme de 2017 foi apenas meio ruim. Depois que os personagens realmente se tornam Power Rangers, ele melhora muito, provando que a ideia central de as crianças se tornarem uma equipe de super-heróis ainda funciona.

Além disso, com a Hasbro no comando, é de se esperar que a empresa tente focar um um público mais jovem para realmente fazer brinquedos do filme. E os Power Rangers eram isso originalmente. No entanto, este é apenas um entre 500 milhões de exemplos da falta de originalidade e da fé cega que Hollywood tem em franquias que já demonstraram não ser hits garantidos.

Mas, apesar de o pessimismo imperar, o lado otimista leva a pensar em como um filme dos Power Rangers poderia ser divertido, ainda mais se trouxer de volta o clima do programa de TV e colocar umas viagens no tempo no meio de tudo isso. Parece um tiro no escuro, mas pode ser emocionante.

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Chimpanzés faziam passinho de conga no zoológico e podem ter dado pistas sobre como e por que os humanos aprenderam a dançar

Posted: 15 Dec 2019 10:21 AM PST

Um passinho de conga aparentemente espontâneo feito por uma dupla de chimpanzés mantidos em cativeiro pode dar mais informações sobre como os humanos aprenderam a dançar. É o que dizem cientistas em um novo estudo.

Por anos, os visitantes do zoológico de Saint Louis ocasionalmente viam e filmavam uma exibição surpreendente de duas chimpanzés que eram muito próximas entre si, chamadas Holly e Bahkahri: elas andavam e balançavam em sincronia ao longo de seu habitat, geralmente cada uma carregando um cobertor debaixo delas, quase como se estivessem fazendo uma fila de conga.

Em um novo estudo publicado na quinta-feira (12) na Scientific Reports, pesquisadores da Europa dizem que existem evidências suficientes para sugerir que a coreografia das chimpanzés não foi um acidente nem o produto de treinamento humano. E eles ainda argumentam que a descoberta poderia ajudar a estabelecer uma nova teoria sobre como a dança evoluiu entre os humanos.

Os pesquisadores estudaram mais de uma dúzia de vídeos. Filmados entre 2011 e 2015 e postados no YouTube, eles mostram os passinhos de conga da dupla. Criando um modelo de seus movimentos, eles concluíram que a “dança” era um ritual totalmente intencional que a dupla tinha definido muito bem entre si.

As chimpanzés, eles escreveram, "exibiam um movimento de marcha que era individualmente regular e mutuamente sincronizado, demonstrando que queriam manter o mesmo ritmo. Sempre que um indivíduo acelerava ou desacelerava seu ritmo, seu parceiro correspondia."

Também é improvável que as duas tenham sido treinadas por seus tratadores para realizar sua performance. A prática de treinar chimpanzés para entretenimento havia sido eliminada pelo zoológico de St. Louis na década de 1980, e elas chegaram em 1998, quando tinham algo em torno de quatro meses de idade. Também não é provável que eles tivessem adotado esse comportamento somente por ver seres humanos fazendo isso, já que a coreografia é bem complicada, disseram os autores.

Ilustração da fila de conga dos chimpanzés. Ilustração: Lameira, et al/Scientific Reports

Outros animais já foram observados movendo seus corpos ritmicamente de acordo com sons ou em resposta a outro membro de sua espécie, da mesma forma que os humanos. No entanto, esta parece ser a primeira vez que outros animais além de nós demonstram esse tipo de comportamento espontaneamente, sem nenhum tipo de estímulo externo como a música, de acordo com os autores.

Nesse caso, é provável que a dança tenha surgido como um comportamento de acolhimento e suporte para as duas chimpanzés. Embora tenham sido aceitas na família do zoológico, ambas foram separadas de suas mães e de um ambiente saudável no início de suas vidas, e isso, obviamente, pode afetar de maneira dramática os seres humanos e os primatas não humanos. Por estarem tão intimamente ligadas, o balanço sincronizado pode ter aliviado o estresse, da mesma maneira que acontece quando um bebê chupa o dedo.

De fato, isso corrobora o que o zoológico de Saint Louis disse. A diretora de relações públicas do zoológico, Susan Gallagher, disse ao canal local KSDK em 2017 que as duas chimpanzés estavam “dançando” desde a infância.

"Desde que se tornaram adultas, Holly e Bakhari socializam com todos os outros membros do grupo e se comportam como chimpanzés", ela disse, "mas ainda há momentos em que as duas, como melhores amigas, se procuram pelo conforto tátil familiar que oferecem uma a outra.”

Mas o fato de as chimpanzés terem a capacidade de adotar esse comportamento, argumentam os autores do estudo, é motivo suficiente para suspeitar que a dança entre os seres humanos foi um processo desenvolvido em várias etapas, que inicialmente pode nem ter envolvido música. Assim como ocorreu com Holly e Bahkahri, talvez tenha sido um comportamento praticado pela primeira vez por grupos de proto-humanos em situações estressantes.

Obviamente, há muito que podemos deduzir sobre nossa própria evolução observando espécies ligadas a nossa mantidas em cativeiro. Portanto, há muito mais trabalho a ser feito para desvendar como e por que aprendemos a dançar.

Infelizmente, a chimpanzé Holly morreu em 2018, aos 19 anos de idade, devido a um câncer avançado. Desde então, Bakhari não tem mais um parceiro de dança.

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Cientistas pedem limite para produção de carne como forma de conter o aquecimento global

Posted: 15 Dec 2019 07:59 AM PST

Abandonar a carne não é fácil. Falo isso por experiência própria: comi um bolonhesa no almoço ontem e depois ainda mandei para dentro algumas asas de frango. Mas, infelizmente, a indústria de carne é uma fonte crescente de poluição de carbono, e continuar a permitir que seu consumo continue crescendo pode gastar uma grande parte do limite mundial de carbono até 2030. Então, bem, precisamos parar com aquele churrasco com a galera.

Cientistas de todo o mundo estão pedindo aos países de renda média e alta para estabelecer um prazo-limite para o crescimento da indústria de carne. Em uma carta publicada no Lancet Planetary Health Journal na quarta-feira (11), os pesquisadores destacam o papel que a indústria pecuária deve desempenhar para cumprir as promessas estabelecidas no Acordo de Paris, que está sendo discutido pelos líderes mundiais em Madri no momento.

No Acordo de Paris, os governos concordarem em limitar o aquecimento global a não mais de 2°C e mantê-lo abaixo de 1,5°C, se possível. Para fazer isso, o mundo precisará reduzir as emissões rapidamente nesta década. Isso significa abandonar os negócios a que estamos habituados.

E para o setor pecuário será crucial nisso. As emissões provenientes da criação de animais correspondem a 14,5% de toda a poluição de gases de efeito estufa no mundo. O consumo de carne aumentou globalmente, com a China contribuindo para grande parte do crescimento mais recente (assim como o Brasil, em menor grau). Se o mundo continuar nesse caminho, as emissões do gado consumirão quase metade do limite mundial de carbono até 2030.

É por isso que a carta pede aos líderes governamentais de países de renda média e alta, como os EUA e a China, que estabeleçam um cronograma para o “limite do gado”, um ponto a partir do qual a produção de certas espécies de animais não poderia aumentar.

A partir daí, os países precisam reduzir as emissões desse setor, identificando as maiores fontes, as empresas que utilizam mais terras, ou ambas. O que pode ser mais desafiador, no entanto, é descobrir como mudar o setor de alimentos da carne e buscar alimentos mais ecológicos. Estou falando de feijão, frutas, legumes e sementes.

Esse tipo de transformação social não será simples, mas os autores argumentam que é necessário. Isso não significa parar de vez de comer hambúrguer. Esta carta não está tentando envergonhar publicamente os consumidores por suas escolhas nas refeições. É sobre mudanças sistêmicas, disse ao Gizmodo a autora Helen Harwatt, cientista social ambiental do Programa de Direito e Política Animal da Universidade de Harvard.

“Acho que [ações individuais] ajudarão a mudar os mercados, geralmente via sinalização, e isso é uma ação positiva”, escreveu ela, “mas para alcançar uma transformação profunda da agricultura, precisamos de mudanças no nível do sistema, e isso exige que os formuladores de políticas ajam”.

Os especialistas em clima têm dado mais e mais atenção a esse setor em particular e já começam a imaginar como seria uma dieta em um planeta mais quente. Empresas de fast-food como Dunkin Donuts e Burger King estão até incorporando “carnes” feitas de proteína vegetal em seus menus, mostrando que essa também é uma decisão de negócios, além de uma questão ambiental.

A realidade é, porém, que precisamos fazer mais do que mudar o que compramos no supermercado ou comer no café da manhã. Quem está no poder precisa fazer a transição do setor agrícola para um modelo mais sustentável que não use grandes extensões de solo, nem envie a poluição para as cursos d’água ​​e muito menos emita gases nocivos do efeito estufa.

Caso contrário, corremos o risco de ter que enfrentar "[consequências] potencialmente catastróficas, dependendo de quanto a temperatura subir, como os ecossistemas vão reagir a esse aumento e como essas duas coisas vão interagir entre si", disse Harwatt. Em resumo, estaremos lascados se os líderes não se empenharem nessa tarefa.

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Relatório diz que reconhecimento de emoções por IA é tendencioso e impreciso e pede proibição da tecnologia

Posted: 15 Dec 2019 04:14 AM PST

A tecnologia de reconhecimento de emoções, na melhor das hipóteses, promete ler a angústia mental de passageiros e ajustar as condições da cabine do metrô de acordo com elas. No pior dos cenários, ela coloca microscópios mentais tendenciosos e cheios de erros nas mãos das pessoas mais poderosas das grandes empresas. Em um novo relatório, o centro de pesquisa AI Now, da New York University pede que os reguladores proíbam a tecnologia.

O AI Now ressalta que o reconhecimento de emoções ou de afetos — que alega detectar traços de personalidade e emoções e avaliar a saúde mental — é cientificamente suspeito e permite que as instituições façam um ajuste fino de seus dados biométricos.

O relatório argumenta que essas instituições poderiam potencialmente usar os dados para tomar decisões sobre nossa aptidão para contribuir com a sociedade, como “quem deve entrevistado ou contratado para um emprego, o preço do seguro, as avaliações de dor de um paciente ou o desempenho de um aluno na escola”.

A ideia de um entrevistador de emprego lendo sua mente é bem esquisita, de fato, mas não é só isso: na verdade, o relatório diz que essa porcaria nem funciona. Ele cita um artigo do ProPublica que constata que os “detectores de agressão” desenvolvidos pela Sound Intelligence — que foram implementados em escolas, prisões, hospitais e bancos — consideram a tosse como um sinal de agressão.

Essa tecnologia também é comprovadamente tendenciosa. O relatório também menciona um estudo que processou um conjunto de fotos dos jogadores da NBA por meio do Face++ e da API Face da Microsoft. As duas tecnologias deram pontuações emocionais mais negativas aos jogadores negros do que a todos os outros. De acordo com o estudo, o Face++ considerou os jogadores negros mais “agressivos”, e o Face API da Microsoft os classificou como tendo mais “desprezo”, apesar dos sorrisos.

Além disso, em novembro, a Harvard Business Review falou sobre o uso de reconhecimento emocional nas escolas da China para rastrear o foco dos alunos e sobre como a tecnologia é inadequada: “Pense em diferentes estilos de aprendizagem: algumas pessoas são aprendizes visuais. Alguns aprendem fazendo. Outros preferem intensa concentração solitária. Mas um algoritmo, talvez projetado por um aluno visual, pode errar completamente ou interpretar mal essas dicas."

“Portanto, há pouca ou nenhuma evidência de que esses novos produtos de reconhecimento de afetos tenham validade científica”, escreve o AI Now.

O relatório também endossa pedidos de longa data para que governos e empresas interrompam o uso do reconhecimento facial “em contextos sociais e políticos sensíveis” até que a tecnologia seja melhor compreendida. Eles pedem que o setor leve a sério o racismo e a misoginia nas práticas de contratação das empresas, pois elas distorcem os algoritmos, já que eles acabam extraindo os dados problemáticos e aprendem a partir deles.

O AI Now gostaria de ver mais regulamentações parecidas com a Lei de Privacidade de Informações Biométricas de Illinois (BIPA), que permite que as pessoas abram processos judiciais em caso de coleta não consensual e uso de dados biométricos por agentes privados para fins como rastreamento, vigilância e criação de perfis psicológicos a partir de reconhecimento facial.

Eles também procuram empoderar os trabalhadores para que eles possam se opor à vigilância exploradora (ou seja, através da sindicalização). Eles também pedem que os funcionários de tecnologia sejam informados quando estiverem criando ferramentas de espionagem e que os governos obriguem as empresas de IA a enviar relatórios de impacto climático.

Essa última parte não é insignificante: eles estimam que “um modelo de IA para processamento em linguagem natural pode emitir até 270 toneladas de dióxido de carbono”.

Prevê-se que a indústria de análise de emoções, que em grande parte não está regulamentada, irá receber US$ 25 bilhões em 2023 e se espalhará por todas as áreas da vida cotidiana.

A Disney a usou para rastrear as respostas da plateia aos seus filmes, os pesquisadores se voltaram para ela para diagnosticar condições de saúde mental, e as empresas a utilizaram para examinar as conversas dos representantes de atendimento ao cliente.

Em 2016, a Apple adquiriu a Emotient, uma startup de reconhecimento facial, que desenvolveu o “Facet”, uma ferramenta que alega capturar microexpressões subconscientes e processar imagens de baixa resolução.

As autoridades da China já estão usando o reconhecimento facial para identificar e rastrear minorias muçulmanas e (muito provavelmente) manifestantes de Hong Kong. O reconhecimento emocional adicionaria outra camada distópica a essa realidade, cujo escopo não se limita a países fora dos EUA.

Se não houver resposta da sociedade, o reconhecimento facial inevitavelmente estará nos postos de controle da TSA (órgão responsável pela segurança dos aeroportos nos EUA) e nas câmeras que os policiais carregam no corpo.

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