segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Gizmodo Brasil

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Os gadgets mais importantes dos últimos 10 anos no Brasil

Posted: 30 Dec 2019 02:00 PM PST

Os últimos dez anos forma de profunda mudança no uso da tecnologia no Brasil. Saímos dos features phones para os smartphones e começamos a carregar com a gente itens tecnológicos para resolver problemas que nem imaginaríamos em ter, como um carregador portátil de bateria ou suporte para smartphone para facilitar a pegada dele, já que os aparelhos cresceram muito com o tempo.

Para lembrar um pouco dessas transformações, reunimos os jornalistas do Gizmodo Brasil para falar dos dispositivos e das inovações mais relevantes que passaram a se tornar de uso comum.

iPhone 4

Traseira do iPhone 4

Em 2010, o lançamento do iPhone 4 trouxe duas grandes novidades para o mundo dos smartphones: um acabamento em metal, o que conferia ao aparelho um ar de premium, e a tela Retina, que basicamente trouxe muito mais concentração de pixels para um display.

Curiosamente, o telefone também trouxe um problema de antena. Dependendo de como a pessoa o segurava, interrompia ou diminuía a comunicação do telefone com a operadora. À época, Steve Jobs, então CEO da Apple, chegou a dizer que o problema era como as pessoas o seguravam.

Fora isso, teve toda a questão envolvendo o Gizmodo US, que teve acesso a um aparelho perdido no bar e publicou um review dele antes do lançamento do dispositivo.

Confusões à parte, o iPhone 4 inovou pelo design e iniciou a guerra por telas com cada vez mais pixels e acabamentos mais elaborados. — Guilherme Tagiaroli

Galaxy Note

Galaxy Note no bolso

Em 2011, tive a oportunidade de ver o primeiro Galaxy Note durante a IFA, feira de tecnologia que ocorre em Berlim (Alemanha). O sentimento entre parte dos colegas do jornalistas era de que a tela de 5,3 polegadas e a canetinha Stylus eram um exagero e que a Samsung tinha enlouquecido de vez — lembrando que o iPhone 4s na época tinha uma tela de 3,5 polegadas. Passados oito anos, falar de um aparelho com este tamanho de tela é quase uma vergonha, pois é muito pequena.

O fato é que a Samsung apostou nas telas grandes e a marca acabou influenciando todo o mercado, inclusive a própria Apple que, posteriormente, faria modelos "Plus" com displays maiores. — Guilherme Tagiaroli

Nokia Lumia

Smartphones Nokia Lumia

Como fã dos aparelhos Lumia, devo dizer que fiquei bem triste com o fim que eles tiveram. Muitas pessoas podem não gostar do smartphone da Nokia, mas ele teve seu valor. O lançamento da linha Lumia foi importante para a história tanto da Nokia como da Microsoft, marcando a fusão das empresas.

Os smartphones Lumia eram conhecidos pelo design colorido e preços relativamente acessíveis. O sistema operacional da Microsoft também funcionava muito bem, e a ideia era integrar a experiência no mobile com o desktop. Assim, aplicativos como o Office ofereciam uma ótima experiência e tornavam o aparelho adequado para quem utilizava ele para trabalhar.

A possibilidade de organizar tudo em "tiles" formava uma interface única, em que os usuários poderiam personalizar a tela como um quebra-cabeças ou buscar diretamente o que queriam na segunda tela por meio da lista de apps. A câmera também oferecia uma resolução superior a de alguns concorrentes, com apps próprios dedicados à edição de imagens.

O grande problema era a loja de aplicativos extremamente limitada, o que fez com que muitas pessoas optassem por aparelhos com Android ou iPhones. Ainda assim, os Lumia representaram a tentativa da Microsoft de ingressar no setor mobile e a oportunidade de a Nokia, antes líder no segmento de telefones móveis, acompanhar a onda crescente de smartphones.  — Erika Nishida

Powerbanks

Powerbank Anker 20100

Os aparelhos eletrônicos se tornarem um dos bens mais preciosos das pessoas. No entanto, a alegria de poder carregar um telefone e computador por aí logo se transformava em frustração, desespero e até raiva quando a bateria se esgotava. Encontrar tomadas em locais públicos (ou privados, desde que você comprasse um café ou algo do tipo) nem sempre era uma tarefa fácil ou possível.

Por esse motivo, os powerbanks se tornaram um verdadeiro salva-vidas em viagens longas ou para quem costuma utilizar o celular para trabalhar e está sempre fora do escritório. Isso também influenciou, de certa forma, nossa decisão de compra. É claro que ainda buscamos aparelhos que tenham uma bateria com número de miliampere-hora razoável, mas talvez isso já não seja prioridade para algumas pessoas. Os powerbanks já se tornaram um acessório tão essencial para a vida moderna que até mesmo empresas como a Duracell perceberam que já está mais do que na hora de apostar na tecnologia. — Erika Nishida

Moto G

Smartphone Moto G

No fim de 2013, a Motorola trouxe o Moto G ao Brasil. A grande onda do aparelho é que ele tinha sido pensado para mercados emergentes mesmo. Era um aparelho com uma tela boa para época (4,5 polegadas) e decente — resolvia bem a vida para quem queria usar WhatsApp, Facebook e Instagram. A câmera não era lá essas coisas, mas era uma aparelho que tinha preço sugerido de R$ 649, enquanto o iPhone 5s da época estava na casa dos R$ 2.800. Enfim, era um telefone bom e barato.

Vendeu bem? Pra caramba. Um ano após o lançamento, as consultorias de mercado diziam que o Moto G foi o aparelho mais vendido do País. Na época, lembro-me que estavam começando os apps de táxi (não Uber e afins, táxi mesmo!) e boa parte dos motoristas teve como primeiro smartphone o Moto G.

Com o tempo, o Moto G não manteve o baixo preço da estreia, mas a linha até hoje é bem procurada pelos consumidores e já está em sua oitava geração. — Guilherme Tagiaroli

TV Conectada + Chromecast

A TV conectada invadiu as casas brasileiras a partir de 2014, quando a Copa do Mundo aconteceu por aqui. Muita gente aproveita o evento esportivo para trocar a TV da sala e, nessa época, estávamos começando a ver a utilidade das Smart TVs e a chegada do 4K (que ainda custava muito caro). A Netflix operava no Brasil desde 2011 e vinha construindo sua base de usuários.

Naquele tempo, nem imaginávamos que em 2018, na Copa da Rússia, já teríamos uma variedade de players nesse mercado de entretenimento, como o Globoplay (lançado em 2015) e o Amazon Prime Video (lançado no final de 2016). E, nos próximos meses, teremos ainda mais opções de streaming (oi, Disney+).

Com essa amplificação de serviços e entretenimento, o Chromecast foi um dispositivo marcante – com preço mais acessível e a promessa de transformar televisores comuns em TVs conectadas, ele desembarcou no Brasil em 2014 custando R$ 199.

Hoje em dia, difícil é encontrar no mercado uma TV que não seja conectada. — Alessandro Feitosa Jr

Maquininhas de cartão de crédito e débito

No fim da década passada, Visanet (que depois mudou o nome para Cielo) e Redecard dominavam o mercado de maquininhas. Isso acontecia em grande parte porque a primeira aceitava exclusivamente cartões com a bandeira Visa, e a segunda, Mastercard.

Foi no ano 2010 que essa exclusividade foi quebrada e as coisas começaram a mudar. Cielo e Redecard passaram a aceitar outras bandeiras, dispensando os lojistas da obrigação de ter uma máquina para cada empresa de cartão. Mas a grande revolução viria mesmo com a chamda guerra das maquininhas dos últimos anos da década.

Novas empresas, como PagSeguro e Stone, começaram a empregar estratégias mais agressivas para conquistar lojistas, como vender máquinas a preços baixos (e não alugá-las, como faziam as líderes do setor), oferecer suporte e cortar taxas.

Deu resultado: o PagSeguro abriu capital na Bolsa de Valores de Nova York e levantou US$ 2,7 bilhões, e a Stone teve o maior crescimento em volume transacionado. Novos players, como SumUp e SafraPay, também entraram na disputa, e até as gigantes Cielo e Rede se mexeram para não ficarem para trás.

Para quem é consumidor, o resultado disso é uma presença generalizada das maquininhas. Hoje, até vendedor ambulante aceita cartão, e só alguns estabelecimentos se recusam a adotá-las, de maneira quase folclórica.

O mercado ainda parece ter potencial de crescimento, já que os pagamentos com cartão representam apenas 38% dos gastos das famílias, o que é compreensível levando em consideração o grande número de desbancarizados do País.

A próxima década, porém, pode aposentar o cartão, com pagamentos por aplicativos e carteiras digitais, como Iti e PicPay. — Giovanni Santa Rosa

Pulseiras inteligentes

Mi Band

No começo, muita gente pode não ter entendido ou não dado importância para as pulseiras e relógios inteligentes. Parecia mais um acessório para exibir por aí ou para ajudar atletas a acompanhar seu desempenho. Hoje em dia, porém, é muito provável que você conheça pelo menos uma pessoa que utiliza um desses wearables.

O número de opções oferecidas por diferentes marcas aumentou muito nos últimos anos, assim como os propósitos dos aparelhos. O foco em saúde certamente ajudou a popularizar as pulseiras inteligentes, sendo que até mesmo pessoas mais velhas e que não ligam muito para tecnologia utilizam para acompanhar sua saúde física e prevenir situações de emergência. Opções mais acessíveis, como o Mi Band, também permitiram que mais pessoas tivessem contato com a tecnologia. — Erika Nishida

Fones de ouvido sem fio

O Bluetooth existe há um bom tempo, mas os fones de ouvido sem fio ganharam um empurrãozinho (bem forçado, é verdade) quando a Apple tirou a saída de fone de ouvido do iPhone 7, um movimento que virou tendência e foi adotado pela maioria das fabricantes.

Junto com a remoção, a marca da maçã lançou seus AirPods, fones de ouvido totalmente sem fio que se tornaram desejo de consumo e, como não podia deixar de ser, símbolo de status. Eles também estiveram no centro de algumas situações um pouco patéticas, como as cordinhas para prendê-los ao pescoço e as montanhas de fones perdidos em estações de metrô nos EUA.

Mas não foi só a Apple que fez fones de ouvido sem fio nesta década. Samsung, Amazon e Microsoft também embarcaram na onda. A Xiaomi faz sucesso com seus AirDots, que custam bem mais barato que os concorrentes, e a Sony voltou a ter destaque com sua linha de áudio cheia de recursos de cancelamento de ruído inteligente. — Giovanni Santa Rosa

Pop Socket

Não sou fã do Pop Socket, mas muita gente que eu conheço não vive sem – e me lembro que fiquei bastante curioso quando comecei a vê-lo nas mãos dos vendedores do metrô de São Paulo.

Esse acessório é aquele círculo de plástico que fica grudado na traseira do celular e ajuda a segurar o aparelho de forma mais confortável – a tendinite agradece. Em tempos de smartphones gigantes, dá para entender o sucesso – não tenho dados, mas a sensação é de que o Pop Socket é muito mais popular entre as mulheres, que geralmente têm mãos menores e sofrem mais para segurar os aparelhos cada vez maiores. — Alessandro Feitosa Jr

Alto-falante inteligente

Os alto-falantes inteligentes estrearam na gringa com o Amazon Echo, lá em 2014. Já deram muito o que falar sobre privacidade, mas parece que vieram para ficar.

Em 2019, deram as caras no Brasil: Amazon e Google já lançaram seus dispositivos oficialmente no País, e se seguirem a tendência de crescimento dos EUA, muitas casas terão uma assistente digital capaz de ouvir tudo o que acontece.

É um dos dispositivos mais importantes dos últimos 10 anos justamente por ser aquele com mais potencial para a próxima década. Vamos ver. — Alessandro Feitosa Jr

Cadeira gamer

Nos anos 2010, o videogame virou coisa séria. Tem jogador profissional, tem liga mundial, tem patrocínio, tem transmissão com centenas de milhares de espectadores. E, claro, uma série de produtos abusando da estética cheia de LEDs e cores futuristas, de gabinetes a mousepads, passando por mouses, teclados e notebooks.

Um deles, porém, é bem inusitado: a cadeira gamer. Ela é uma espécie de filhote da cadeira de escritório tradicional com o banco esportivo automotivo, e promete mais conforto e regulagens para quem vai passar horas jogando e não quer sentir dor nas costas ou sofrer com uma tendinite. — Giovanni Santa Rosa

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Os casos médicos mais bizarros de 2019

Posted: 30 Dec 2019 12:25 PM PST

O 2019 foi realmente um ano cheio e meio bizarro. Em nenhum outro lugar isso é mais evidente do que nos bizarros casos médicos que apareceram por aí. Por isso, fizemos uma breve retrospectiva, para o caso de você nunca mais querer ter uma boa noite de sono.

Injeção de esperma

A automedicação é sempre arriscada. Para um homem de 33 anos na Irlanda, uma tentativa especialmente criativa de tratar a sua própria dor o levou ao hospital.

Em janeiro, os médicos relataram que o homem tinha passado pelo menos 18 meses tomando injeções com o seu próprio esperma usando uma agulha hipodérmica comprada pela internet. Um esforço completamente desconcertante para curar as suas dores lombares crônicas.

Não só o remédio caseiro não parecia funcionar, mas a sua última tentativa fez com que ele precisasse ser hospitalizado imediatamente para tratar o braço, que ganhou uma infecção.

Sem surpresas, os médicos não conseguiram encontrar nenhum outro caso semelhante de alguém que tentou tratar dores nas costas com uma injeção de esperma, nem sequer conseguiram encontrar uma dica na internet de por que o homem fez isso. Imagine só: uma ideia tão absurda que ninguém na internet havia sugerido antes.

Ele melhorou das dores e saiu do hospital por conta própria, deixando para trás um mistério que talvez nunca seja resolvido.

O gato que causava esquizofrenia

Em março, médicos relataram um caso assustador de um menino de 14 anos que provavelmente ficou louco após contrair uma infecção bacteriana aguda encontrada em gatos.

Durante um período de 18 meses, o menino, outrora saudável, entrou em depressão, ideação suicida e psicose. Ele sofreu alucinações que o tornaram violento e homicida, e sua família acabou doando seus animais de estimação, temendo que ele pudesse machucá-los. Embora inicialmente diagnosticado com esquizofrenia, o rapaz não respondeu à medicação antipsicótica.

Só no início de 2017, quando um médico detectou lesões de “estrias” durante um exame, é que a verdadeira causa do seu sofrimento foi descoberta: o seu cérebro tinha sido infectado por um tipo de bactéria espalhada por gatos e outros animais, chamada Bartonella. Na verdade, a infecção específica, geralmente leve, é popularmente conhecida como doença da arranhadura do gato.

Depois que sua família conseguiu entrar em contato com um dos poucos especialistas em Bartonella no país, os médicos puderam tratar a infecção com sucesso. No final, o rapaz conseguiu se recuperar completamente física e mentalmente.

É provável que o caso do rapaz tenha sido uma complicação rara da infecção por Bartonella. Mas como a bactéria é tão pouco estudada, como explicou o autor do estudo de caso Ed Breitschwerdt ao Gizmodo, que não se sabe com que frequência as pessoas podem ficar gravemente doentes, nem como exatamente a bactéria afetou o cérebro do garoto.

Empinou a moto e outra coisa também

Em maio, médicos no Reino Unido relataram uma daquelas histórias que só têm graça anos depois de ter acontecido com você. Um paciente de 35 anos, do sexo masculino, acabou indo para o pronto socorro com uma ereção de grau quatro, o maior nível da Escala de Rigidez de Ereção – um termo médico que realmente existe – que já durava nove dias.

A maioria dos casos de ereção persistente acontece por causa de um bloqueio dos vasos sanguíneos que chegam ao pênis. O problema aconteceu após ele ter caído de sua motocicleta e ter ferido o períneo, a área entre o genital e o ânus.

A lesão rompeu os vasos sanguíneos próximos, o que fez com que o sangue se acumulasse ao redor de seus genitais e criasse novas conexões que redirecionaram o sangue para seu pênis.

Felizmente, os médicos foram capazes de criar coágulos que interromperam o fluxo sanguíneo e que se dissolveram sozinhos posteriormente. Embora tenha demorado algum tempo para se recuperar, ele conseguiu voltar a ter relações sexuais depois de um ano.

O parasita do desafio

Não há mistério nesse aqui.

Em maio, as autoridades de saúde do Havaí foram obrigadas a emitir um alerta aos turistas de que deveriam evitar comer lesmas cruas, mesmo nas piores situações. As criaturas viscosas podem infectar quem fizer isso com a larva parasita do pulmão de rato, como também é conhecida a Angiostrongylus cantonensis.

Como o nome indica, os humanos normalmente não estão no menu da larva. Os vermes instalam-se nos pulmões de um rato, onde causam problemas suficientes para que o rato tente tossi-las. Elas, então, são ingeridas de volta através sistema digestivo e expelidas. Lesmas e caracóis comem essas fezes de ratos contaminadas, ou os vermes invadem esses bichos quando eles entram em contato próximo com o cocô. Finalmente, outros ratos comem as lesmas e o ciclo recomeça.

Mas às vezes as pessoas ficam no meio dessa majestosa dança da vida e comem as lesmas. Apesar de sermos um beco sem saída para os vermes e eles logo desaparecem, eles ainda podem causar uma infecção cerebral grave com risco de vida: a meningite.

Normalmente, isso acontece por acidente. As pessoas geralmente são infectadas pela ingestão de vegetais contaminados com lesmas ou restos delas. Mas, em pelo menos um caso, as autoridades de saúde relataram que uma pessoa ficou doente em dezembro passado “aós comer propositalmente uma lesma em um desafio”.

Embora a larva do pulmão de rato seja comumente encontrada no sudeste da Ásia e na Bacia do Pacífico, há indicações de que seu território está começando a se expandir ainda mais nos EUA, pois o clima quente tornou mais áreas habitáveis para as muitas lesmas capazes de hospedar o verme.

Uma nuvem de moscas fez mal para os olhos

Existem poucas combinações de palavras que são tão nojentas como "uma nuvem de moscas". Mas, infelizmente, essa é a realidade que Dianne Travers-Gustafson, uma antropóloga médica aposentada e pesquisadora de saúde pública de Nebraska, teve que enfrentar enquanto fazia jogging pela Califórnia em fevereiro de 2018. Pior ainda, a experiência a deixou com uma infestação quase sem precedentes de vermes oculares.

Sua doença foi detalhada em outubro deste ano em um relato de caso que ela mesma escreveu, em parceria com seus médicos. Embora o relatório não a nomeie como paciente, Travers-Gustafson mais tarde concordou em compartilhar sua história diretamente.

“Vivemos em uma fazenda e temos gado, por isso tem moscas por lá… Mas nunca vi nada parecido com isso”, disse ela ao Gizmodo.

Um mês após o encontro com as moscas, seus olhos estavam lacrimejando constantemente. Ela, então, decidiu a olhar mais de perto com uma caneta de luz e um espelho de aumento. No olho direito, ela viu inconfundivelmente “três pequenas coisas translúcidas e brilhantes” se movendo.

Travers-Gustafson, como ela descobriu mais tarde, tornou-se a segunda pessoa conhecida a estar infestada pelo verme de olho de gado. Essa lombriga é espalhada por uma espécie de mosca que normalmente bebe as lágrimas de animais grandes, como cavalos e bois. Mas a enorme massa de moscas que a médica encontrou naquele dia deve ter tido tempo suficiente para infectá-la com larvas de vermes. Enquanto os vermes podem causar danos mais sérios nos animais, Travers-Gustafson foi capaz de remover todos eles (ela suspeita que havia um quarto parasita no olho esquerdo) sem complicações duradouras.

Sendo uma cientista, ela se sentiu obrigada a divulgar sua situação, na esperança de aumentar a conscientização sobre o que poderia ser uma doença emergente, embora ainda muito rara, nos EUA. Temos que aplaudir Travers-Gustafson por sua notável frieza em relação à doença.

"Meu primeiro pensamento, na verdade, foi: ‘Uau, fascinante. Isto é interessante. O que diabos está acontecendo aqui?’ Então, um segundo depois, eu fiquei tipo: ‘Caramba, eu sou uma hospedeira? ‘", disse ela.

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As piores desculpas de executivos do mundo da tecnologia em 2019

Posted: 30 Dec 2019 11:04 AM PST

O empresário bilionário Elon Musk

Mesmo vistas à distância no Twitter, as notícias sobre o mundo dos negócios desenvolveu o seu próprio sub-gênero macabro e espetacular: a desgraça do valentão corporativo. É 2019, o documentário sobre a Theranos [uma startup que prometia analisar sangue de pacientes com apenas uma gota] já apareceu e sumiu, mas não tem um dia que não ouvimos falar de um novo melodrama de algum alto executivo.

Nós acompanhamos com certo entretenimento as reclamações feitas por esses valentões às 2h da manhã no Twitter; vimos com certa estupefação o vilão digno de filme do James Bond se livrar de acusações. Especulamos sobre o processo de pensamento que levaria um CEO a investir em uma startup que produz ondas em piscinas enquanto sua companhia implode, ao mesmo tempo que o desenrolar ficcional da história dele está sendo idealizada por algum canal de TV.

As ações estão em baixa, e a mídia está paralisada. Enquanto isso, os políticos iniciaram investigações, e hashtags pedindo o cancelamento desses executivos se tornam virais no Twitter. Ou seja, está tudo indo de mal a pior. Se um CEO consegue sair dessa confusão, na pior das hipóteses, com US$ 500 milhões, então o que ele deve fazer a seguir é se preparar para enfrentar os microfones.

Agora, você pode estar se perguntando: como essas pessoas se desculpam? Convocamos alguns especialistas em gerenciamento de crise para comentar alguns grandes casos de desculpas esfarrapadas dadas por executivos durante este ano.

Dois pesos, duas medidas

"A distração flagrante é uma tática mal-sucedida", disse Lindsey Carnett, CEO e presidente da Market Maven, ao Gizmodo.

"Por exemplo, se a rede Popeye’s começar a doar dinheiro para um fundo de câncer infantil e a fazer anúncios sobre isso para distrair os consumidores do fato que as pessoas estavam ficando doentes por causa de seus sanduíches de frango, em vez de reconhecer o que está acontecendo e assumir responsabilidade com um pedido de desculpas ou propondo uma solução, disciplina ou mudança na política, os consumidores veriam esta tática como uma forma de distração e o evento provavelmente viralizaria por meio das mídias sociais, chegando ao ponto de a marca ser cancelada na internet."

"As pessoas têm feito muitas críticas, como ‘por que vocês mudaram seu logotipo para arco-íris, mesmo que tenha tomado essa decisão difícil?’. É porque, como uma companhia, nós realmente queremos apoiar esta comunidade. E que do ponto de vista político, precisamos ser consistentes. Porque, veja, se derrubássemos esse conteúdo, haveria tantos outros conteúdos que precisaríamos derrubar. Não queremos ser precipitados, precisamos pensar sobre de uma forma muito ponderada…"

— CEO do YouTube, Susan Wojcicki, em uma "meia-desculpa" dez dias após o apresentador do Vox Carlos Maza ter tuitado evidências de que um vlogger de direita estava fazendo ataques homofóbicos sistemáticos contra ele há anos. Enquanto isso, o YouTube atualizou o seu logotipo com um arco-íris para celebrar o mês do orgulho gay.

Susan Wojcicki, CEO do YouTube. Crédito: GettyCEO do YouTube, Susan Wojcicki. Crédito: Getty Images

A arte do memorando

“Você pode estar do lado dos fatos todos os dias, e eu compreendo isso", disse Jason Sherman, presidente da Sherman Communications. “Mas parecerá vazio e insensível.”

"Nós deveríamos dar mais tempo a vocês para digerirem melhor as mudanças"

— Jason Chicola, CEO da Rev.com [uma empresa que paga para quem fizer transcrição de áudio], em um longo memorando explicando o sistema de notas de trabalhadores do rev.com, que tiveram grandes cortes em seus pagamentos, adicionando que "a margem de lucro continua a mesma".

Captura de tela do serviço Rev.com , que faz transcrição de áudiosCaptura de tela do serviço Rev.com, que faz transcrição de áudios

Dane-se!

"O pior de tudo é quando uma companhia diz 'sem comentários'. Quando isso ocorre, o público tipicamente considera uma admissão da falha, mas sem a devida desculpa", disse Lindsey Carnett, CEO e presidente da Marketing Maven. Segundo ela, este “é o motivo por que toda empresa deveria ter um plano de crise de comunicação para redigir um comunicado e deixar pronto um pedido de desculpas quando chegar a hora”.

“…”

— Adam Neumann, ex-CEO da WeWork, em outubro de 2019 após deixar a companhia com US$ 1,7 bilhão no bolso. Apesar de sempre dar palestras, ao deixar a empresa que ajudou a fundar, não disse nada.

Adam Neumann, ex-CEO do WeWork, durante apresentaçãoEx-CEO do WeWork Adam Neumann. Crédito: Getty

Culpa suficiente para distribuir para os outros

"Evite sempre dar desculpas ruins com uma abordagem do tipo ‘se isto/então aquilo’, que acaba colocando o ônus sobre a pessoa ofendida, e não o ofensor — 'se você se sentiu ofendido por X, lamentamos'”, observou um representante de relações públicas da Motion. "Além disso, nunca use a palavra 'mas' para qualificar suas desculpas com um aviso de isenção de responsabilidade ou de compartilhamento de culpa com a outra parte. Oferecer desculpas e assumir total responsabilidade, bem como prometer ações específicas para garantir que o erro não volte a acontecer, são elementos-chave de um pedido de desculpas eficaz."

"Primeiramente, eu diria que lamento que os filhos deles estejam usando o produto [cigarro eletrônico]. Não foi feito para eles. Espero que não tenhamos feito nada que os tornassem atraente. Como pai de um adolescente de 16 anos, sinto muito por eles [os pais preocupados com filhos usando cigarro eletrônico] e tenho empatia por eles em termos dos desafios pelos quais os pais estão passando."

— Ex-CEO da Juul Kevin Burns, em um pronunciamento em julho de 2019, sobre uma matéria da CNBC que falava da batalha dos pais contra a FDA (Food and Drug Administration) sobre a epidemia do uso de cigarros eletrônicos entre jovens.

Ex-CEO da Jull, Kevin Burns. Ex-CEO da Juul, Kevin Burns. Crédito: Captura de tela

Tuíte e veja o que acontece

"Acho que qualquer tipo de pedido de desculpas que esteja ocorrendo precisa ser genuíno, e o tom dessa mensagem deve ser em um tom que represente que a pessoa está sendo sincera", afirmou Andrew Schetter, diretor de serviços da agência de marketing digital Webimax. "O maior erro que alguém pode cometer é tentar fingir o pedido de desculpas… isso só tornará as coisas piores".

"…minhas palavras foram ditas com raiva depois que o senhor Unsworth disse várias mentiras e sugeriu que eu praticasse um ato sexual com o minissubmarino, que foi construído como um ato de bondade e de acordo com as especificações do líder da equipe de mergulho. No entanto, suas ações contra mim não justificam minhas ações contra ele e, por isso, peço desculpas ao senhor Unsworth e às empresas que represento como líder. A culpa é minha e só minha."

— Elon Musk, em julho de 2018, após chamar um mergulhador que ajudou no resgate de 12 crianças na Tailândia de "pedófilo".

Bilionário sul-africano Elon Musk. Crédito: GettyElon Musk. Crédito: Getty Images

"Pedo guy [ou pedófilo] era um insulto comum usado na África do Sul, quando eu era criança. É sinônimo de 'velho assustador' e é usado para insultar a aparência e o comportamento de uma pessoa, e não para acusar uma pessoa de pedofilia".

—Elon Musk, em setembro de 2019, em um processo de difamação aberto pelo mergulhador da caverna que foi chamado de "pedófilo".

Você é um mago das desculpas

"A chave é a clareza e direção da mensagem", disse Josh Weiss ao Gizmodo. "O comunicado deve indicar clara e simplesmente em que a empresa está concentrada durante a crise e o que a empresa fará após o término da crise inicial. Isso lhe dará tempo para entender melhor o problema, permitindo que você se desculpe uma vez pelo erro geral depois de saber por que está se desculpando. Desculpar-se cedo demais significa que você pode precisar pedir desculpas várias vezes e fazer com que parecia que você não entendia direito o que está acontecendo durante uma crise que você deveria resolver."

"Este é exatamente o equilíbrio [da parte boa e da parte ruim do Twitter] sobre o qual temos que pensar profundamente. Mas, ao fazer isso, precisamos examinar como o produto funciona. E onde os abusos mais acontecem: respostas, menções, pesquisas e trending topics. Esses são os espaços compartilhados que as pessoas se aproveitam."

— Jack Dorsey, CEO do Twitter, em fevereiro de 2019, em uma de suas muitas entrevistas incoerentes abordando diferentes formas de corrigir a rede.

Jack Dorsey, CEO do TwitterJack Dorsey, CEO do Twitter. Crédito: Getty Images

Silencie os minions

Você está sofrendo as consequências depois que seus ex-funcionários conversaram com um veículo de imprensa sobre suas práticas desumanas de trabalho e abuso emocional em sua empresa de malas? Não prove que eles estão certos.

“Às vezes, eu me expressava de maneiras que machucavam a equipe. Posso imaginar como as pessoas se sentiam lendo as mensagens; fiquei chocado e envergonhado ao lê-las. Não tenho orgulho do meu comportamento nesses momentos e lamento sinceramente o que disse e como eu disse. Era errado. Simples assim.”

— CEO da Away, Steph Korey, em dezembro de 2019 ao pedir desculpas um dia após o Verge detalhar as práticas da Away ao repreender os funcionários, monitorar suas comunicações e forçá-los a trabalhar até às 3 da manhã e nos feriados.

CEO da Away, Steph Korey, em tuíte com comunicado sobre práticas de sua empresa

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Gerentes da Away em dezembro de 2019, instruindo os funcionários a não discutirem a reportagem do Verge horas antes do tuíte de desculpas do CEO da companhia.

Peça desculpas

"A falta dessa simples palavra [no caso, perdão ou desculpa] é bastante aparente e vibrante, não é?", observou Sherman. "Todos fomos criados com certas maneiras. Penso que no mundo global multibilionário de uma empresa cujo produto está em cada um de nossos dispositivos, e já infiltrou cada elemento da nossa vida, se resume a: o que sua mãe e seu pai ensinaram a você?". Sim, é feio, mas tem muita companhia que não pede desculpas.

"Disse, naquele momento, algo em que eu não acredito"

— CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, após ter sido criticado por chamar o assassinato e desmembramento do jornalista Jamal Khashoggi de um "erro" que deve ser levado a "sério" e que pode ser "perdoado".

CEO da Uber, Dara Khosrowshahi. Crédito: GettyCEO da Uber, Dara Khosrowshahi. Crédito: Getty

Ativismo até a página dois

"Quando você tem um homem que cede a qualquer pressão, você não chega a lugar algum", disse Sherman. No caso quando a pressão vem da trilionária Arábia Saudita, isso parece ter outra dimensão.

"Somos uma marca de entretenimento, não nos sentimos nada mal com isso"

— CEO da Netflix, Reed Hastings, ao censurar a série Patriot Act com Hasan Minhaj na Arábia Saudita para acalmar o governo local. No episódio, Minhaj critica duramente o regime do país, ligando, inclusive, a morte do jornalista Jamal Khashoggi às autoridades sauditas.

Reed Hastings, CEO da Netflix. Crédito: GettyReed Hastings, CEO da Netflix. Crédito: Getty

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Os 10 melhores gadgets de 2019 para deixá-lo animado para 2020

Posted: 30 Dec 2019 08:08 AM PST

Vários dos gadgets do ano de 2019 em uma fotomontagem

Estamos em um estágio bem estável no que diz respeito a gadgets. Na maioria dos casos, estamos empacados em um ciclo de continuidade e pequenas evoluções das mesmas tecnologias antigas de sempre para se animar. Mas os gadgets abaixo não só terminaram o ano sendo nossos favoritos, eles também fizeram um bom trabalho em nos animar no que vem por aí. Claro, o ano teve desastres — um dos produtos da lista, inclusive, começou como um desastre! Dito isso, aí vão alguns dos melhores gadgets de 2019. Você pode discordar, mas você pode estar errado ou simplesmente guardar para si sua crítica (brincadeira, diz aí nos comentário o que você acha):

Apple MacBook Pro de 16 polegadas

MacBook de 16 polegadas

Este é o laptop que a Apple deveria ter lançado há anos. A Apple é uma das empresas mais ricas do mundo, mas seus laptops ultimamente têm sido pesadelos minimalistas que ficam melhores em museus de arte do que escritórios. O MacBook Pro 16 conseguiu capturar parte da estética enquanto é um laptop realmente bom e que você pode usá-lo regularmente. Mas além de ser um ótimo laptop da Apple, ele é um ótimo laptop. As teclas são lindas, a tela também, o carregador elegante, apesar de sua potência, e o processador e a GPU são rápidos pra caramba. O preço é alto pra caramba, ainda mais no Brasil, porém vale a menção, pois a companhia, aparentemente, superou o problema de teclado dos notebooks anteriores. — Alex Cranz

North Face Futurelight

Blusa Northface Futurelight é impermeável, mas não esquenta horrores

Na CES 2019, A North Face revelou o que parecia ser um produto impossível. Um tecido à prova d´água que repelia chuva, neve e café, permitindo que o ar quente escapasse por outra direção, de modo que o usuário fique seco durante a chuva, mas não necessariamente fique suado.

A companhia desenvolveu um novo processo de fabricação chamado nanospinning, que tece fibra microscópicas em uma estrutura complexa de teia que pode ser aplicada em camadas em outros tecidos para criar roupas à prova d'água adequadas para qualquer clima.

Diferentemente das capas de chuva tradicionais que parecem sacolas plásticas, as jaquetas feitas com Futurelight são realmente confortáveis e mantêm você seco por dentro e por fora. Mas com preços a partir de US$ 500, você pode esperar alguns anos até o preço dela cair. — Andrew Liszewski

Samsung Galaxy Fold

Samsung Galaxy Fold

Depois de um começo conturbado, o Galaxy Fold mostrou o potencial dos smartphones dobráveis e por que você pode querer um. Bem, talvez não imediatamente, mas no futuro, quando a tecnologia de tela flexível ficar um pouco mais acessível.

Fragilidade à parte, a tela expansível do Galaxy Fold pode substituir uma bolsa inteira de gadgets, de itens de uso único, como e-readers, a gadgets maiores, como tablets. E como seu preço de US$ 2.000 geralmente deixa as pessoas descrentes, é fácil esquecer que o Fold é um baita telefone com uma segunda tela de 4,6 polegadas do lado de fora, um total de seis câmeras e um enorme armazenamento de 512 GB — tudo isso na configuração padrão. Sim, é caro e não é super durável, mas para os usuários entusiastas, depois de usar o Galaxy Fold, os telefones normais não são mais o suficiente. — Sam Rutherford

Fossil Hybrid HR

Smartwatch Fossil Hybrid HR

Smartwatches estão ficando mais avançados a cada ano, mas ainda há muitas pessoas por aí que preferem as pulseiras para medir atividade física. Para essas pessoas, o Fossil Hybrid HR é provavelmente o smartwatch mais interessante. É uma reminiscência do Pebble, graças à sua tela de e-ink discreta e elegante, e, ao contrário dos híbridos mais antigos, apresenta monitoramento de frequência cardíaca, rastreamento de sono e duas semanas de duração de bateria. Claro, não existem recursos super avançados nele, mas você recebe suas notificações do smartphone com perfeição. Sue preço nos EUA é de US$ 195, o que é muito bom para tudo o que faz e uma pechincha comparado com relógios inteligentes mais sofisticados. — Victoria Song

Intel Ice Lake

Intel Ice Lake

Após meia década, a grande mudança da Intel para o processo de 10nm chegou neste ano. O que surpreendeu no Ice Lake é o fato de ele ser realmente bom. Quando você tem de esperar o que tivemos de aguardar pela nova geração de processadores da Intel, a expectativa é que seria ruim. Mas embora o fornecimento do produto tenha sido menor do que o esperado, o processador sugere que a Intel sabe fazer mais do que atualizações minuciosas de velocidade iterativa. Além de ser rápido e extremamente eficiente em termos de energia, o Ice Lake possuir recursos de GPU tão robustos quanto os encontrados pelos concorrentes. — Alex Cranz

Philips Hue Lights com Bluetooth

Lâmpada Philips Hue com Bluetooth

Philips Hue produz algumas das melhores luzes inteligentes do mercado, mas o começo pode ser meio difícil, especialmente se você não deseja configurar um hub dedicado. Felizmente, as novas lâmpadas Hue, da Philips, com Bluetooth tornam o teste das luzes inteligentes ainda mais fácil, permitindo a conexão de até 10 luzes Hue por meio de Bluetooth a único dispositivo móvel.

Isso facilita a escolha de salas ou acessório que você deseja atualizar, sem investir em hardware desnecessário, e você ainda tem acesso à maioria dos mesmos controles de cores e rotinas inteligentes normais das lâmpadas Hue. O interessante é que você pode comprar uma Hue Bridge e atualizar todo o sistema com uma Hue Bridge. — Sam Rutherford

Nintendo Switch Lite

Pessoa jogando no Nintendo Switch Lite

O Switch é um gadget sensacional, mas o Switch Lite está mais para um amor platônico. A flexibilidade e a frieza frustrantes do Switch foram trocadas por um produto robusto, destinado quase exclusivamente para viagens, com botões de pressão, uma tela menor, porém mais nítida, e uma bateria sólida.

Toda vez que procuro um Switch, agora me pego buscando o Lite. Claro que ele não pode fazer tudo que o Switch convencional pode fazer, mas posso jogar os games que eu quero e ocupa menos espaço na minha bolsa e menos peso nas minhas mãos. Com isso, o Switch parece bastante o sucessor que o 3DS estava esperando. — Alex Cranz

Google Pixel 3a

Smartphone Pixel 3A

Para todas as pessoas que dizem que só querem um telefone rápido, que tem uma boa câmera e não querem gastar muito, o Pixel 3a é exatamente o que você precisa. Por fora, o Pixel 3a mantém as coisas simples com um corpo de plástico (entrada para fone de ouvido), enquanto na frente, você tem uma tela OLED, algo que você geralmente não vê em um aparelho de US$ 400. Mas a verdadeira mágica do Pixel 3a é conseguir capturar as mesmas fotos HDR que os principais Pixels do Google, portanto os sensores são praticamente os mesmos. E com o Android 10 e a experiência completa do software do Pixel, o Pixel 3a tem praticamente tudo o que você poderia querer de um smartphone de gama média. — Sam Rutherford

Apple Airpods Pro

AirPods Pro

Não há nada de profissional nos Airpods Pro. Eles são fones de ouvido sem fio bem bons que melhoram bastante a experiência comparado com o modelo anterior. O ajuste está melhor (não muito), assim como a duração de bateria (um pouco) e, embora, o cancelamento de ruído ativo nunca rivalize com os fones de ouvido da Bose e da Sony, certamente é bem-vindo mesmo sendo em fones super portáteis com pouco cancelamento de ruído passivo.

A parte realmente "pro" dessa cara atualização dos AirPods é a ótima qualidade de som. Em comparação com os convencionais e muitos outros fones de ouvido verdadeiramente sem fio, os AirPods Pro são excepcionais. — Alex Cranz

DJI Osmo Mobile 3

DJI Osmo Mobile 3

Ser capaz de capturar belos vídeos em 4K em um dispositivo que cabe no seu bolso faz você se perguntar como as pessoas nos anos 80 sobreviveram carregando câmeras gigantes em seus ombros. No entanto, essas relíquias ofereceram um benefício sobre os smartphones modernos: eram muito mais fáceis de se manter firmes e capturar vídeos sem solavancos.

O Osmo Mobile 3, a terceira evolução do estabilizador de smartphone da DJI, faz maravilhas em melhor os vídeos filmados com um dispositivo móvel. Por US$ 120, é a versão mais barata. Quando associado ao aplicativo de câmera da DJI, você pode até filmar enquanto corre pelas ruas sem fazer o público vomite ao assistir o seu vídeo. Ele também é dobrável de maneira inteligente e pequeno, para que você realmente queira levá-lo para sua próxima viagem. — Andrew Liszewski

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Ministério da Justiça multa Facebook em R$ 6,6 milhões por caso Cambridge Analytica

Posted: 30 Dec 2019 06:34 AM PST

Logo do Facebook em vidraça

No apagar das luzes de 2019, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) anunciou que aplicará multa de R$ 6,6 milhões ao Facebook devido ao compartilhamento indevido de dados de mais de 400 mil usuários brasileiros no caso Cambridge Analytica.

Uma investigação começou em abril de 2018, após a imprensa divulgar que usuários brasileiros poderiam ter sido afetados pelo uso indevido de dados pela consultoria Cambridge Analytica.

Na época, foi revelado que 87 milhões de pessoas tiveram seus dados de Facebook roubados pela empresa de consultoria política. Aproximadamente 70 milhões das vítimas estavam nos Estados Unidos, enquanto o restante estavam principalmente no Reino Unido, na Indonésia e nas Filipinas. No Brasil, pouco mais de 443 mil usuários (ou 0,5% do total) foram afetados.

A multa brasileira vem semanas após a Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC, na sigla em inglês) concluir que a Cambridge Analytica enganou os usuários do Facebook para coletar e usar suas informações pessoais. Segundo o órgão americano, a empresa de consultoria “se envolveu em práticas enganosas para coletar informações pessoais de dezenas de milhões de usuários do Facebook” e usou esses dados para direcionar anúncios publicitários políticos.

Os R$ 6,6 milhões são troco do cafezinho para a rede social de Mark Zuckerberg, mas a punição é importante principalmente se levarmos em consideração que o número de usuários afetados é proporcionalmente pequeno. Se dividirmos o valor por cada usuário afetado, daria cerca de R$ 14,9 mil.

De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a “decisão destaca a configuração de relação de consumo no caso em análise, em que o Facebook Inc. e Facebook Serviços Online do Brasil Ltda. são considerados fornecedores, nos termos do artigo 2º, do Código de Defesa do Consumidor, na medida em que colocam à disposição dos consumidores brasileiros os serviços e produtos associados à plataforma Facebook, sendo aqueles, a priori, destinatários finais de tais serviços e produtos, ainda que esses últimos não sejam remunerados pelos consumidores”.

O comunicado do MJSP diz ainda que o Facebook falhou em informar adequadamente os usuários “a respeito das consequências do padrão de configuração de privacidade, especialmente quanto aos dados dos amigos/amigos de amigos dos usuários e a relação com os dados compartilhados com desenvolvedores de aplicativos que tais amigos venham a utilizar”.

A decisão pouco tem a ver com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que só passa a valer em agosto de 2020. Apesar disso, o escândalo da Cambridge Analytica foi a faísca para que uma discussão sobre privacidade de dados ganhasse destaque o suficiente para acelerar o processo de criação de regulamentações.

Para as eleições americanas de 2020, algumas plataformas de mídia social anunciaram que não permitirão a compra de anúncios políticos, incluindo Twitter e Spotify. O Google, por sua vez, decidiu atualizar suas diretrizes e limitar o tipo de direcionamento. Enquanto isso, o Facebook embolsa milhões de dólares dos candidatos à presidência dos EUA. Essas decisões devem impactar as eleições municipais no Brasil, também – por aqui, o WhatsApp (que foi comprado pelo Facebook) quer que a legislação proíba o disparo de mensagens em massa.

[UOL, MJSP]

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12 dicas de tecnologia para ajudar seus amigos e familiares

Posted: 30 Dec 2019 05:13 AM PST

Essa é a época mais maravilhosa do ano: a época em que você resolve um ano de problemas técnicos em apenas uma visita à casa de um parente. Se você é o especialista em TI da família, veja aqui como transmitir os conselhos mais úteis no menor tempo possível, para que você possa voltar a se divertir.

1) Desativar a suavização de movimento da TV

A suavização de movimento (ou motion smoothing) foi projetada para reduzir a desfocagem, mas, a menos que você esteja assistindo a esportes ou jogando videogame, isso pode levar a um “efeito de novela” assustadoramente realista. Faça um favor à sua família e desative a suavização de movimento em suas TVs — você terá que pesquisar na internet o modelo de TV para encontrar as instruções, mas não deve ser muito difícil de encontrar (lembre-se de que diferentes fabricantes têm diferentes nomes para suavização de movimento).

2) Não negligenciar as atualizações

Verifique se os membros da sua família não estão negligenciando as atualizações do sistema operacional de dispositivos, pois esses patches incluem segurança essencial e correções de bugs. Hoje em dia é muito difícil ficar sem atualizar dispositivos, mas vale a pena verificar se seus entes queridos estão nas versões mais recentes do sistema operacional sempre que possível (consulte GeralAtualização de Software em Configurações em um iPhone, por exemplo, e em SistemaAvançado e Atualização de sistema em Configurações nos dispositivos Android).

3) Arquivar fotos e vídeos

Captura de tela: Gizmodo

Se você apenas conversar com sua família sobre o backup de um tipo de dado, verifique se são fotos e vídeos, que podem ser enviados para a nuvem por segurança. O Google Fotos é uma boa solução, pois é compatível com várias plataformas e é gratuita se você não se importar com redimensionamento. Se você conseguir convencer seus parentes a gastar alguns dólares por mês, terá muito mais opções, incluindo a Biblioteca de Fotos do iCloud, Dropbox, OneDrive e também o próprio Google Fotos (em resolução máxima).

4) Atualizar o roteador

Levará apenas alguns minutos, mas redefinir o roteador da sua família, verificar se há atualizações de firmware e talvez colocá-lo em um local mais central (se possível) devem evitar muitos problemas relacionados à internet nos próximos 12 meses. Provavelmente também vale a pena alterar a senha do Wi-Fi — isso significará reconectar todos os dispositivos, mas desconectará todos os vizinhos ou dispositivos mais antigos que você não deseja que ocupem a largura de banda da rede.

5) Atualizar o gerenciamento de senhas

Muitos de nós temos parentes que usam a mesma senha para todas as suas contas online, o que é uma abordagem muito perigosa no que diz respeito à segurança — até escrever senhas em um bloco de notas e colocar em uma gaveta é mais seguro, desde que sejam diferentes. O melhor de tudo é que você pode apresentar à sua família os recursos de armazenamento de senhas dos navegadores modernos de hoje, ou pensar em presenteá-los com um gerenciador de senhas dedicado.

6) Configurar a autenticação de dois fatores

Atualmente, vazamentos de dados são muito comuns, mas a autenticação de dois fatores (2FA) pode mantê-lo protegido, mesmo que seu nome de usuário e senha estejam expostos. Verifique se seus entes queridos têm 2FA em todas as suas principais contas — a única coisa extra de que precisam é um aplicativo autenticador no telefone para gerar códigos. A 2FA é suportada por praticamente todos os serviços importantes disponíveis atualmente, incluindo Facebook, Apple, Google e Microsoft.

Imagem: Google/Gizmodo

7) Reduzir excessos do navegador

É uma boa ideia gastar alguns minutos se livrando de todos os complementos e extensões desnecessários que foram adicionados nos navegadores usados ​​por seus parentes: é provável que eles tenham acumulado vários inúteis e até perigosos nos últimos anos, alguns dos quais eles nem sabem. Quando você terminar o processo, o navegador estará funcionando mais rapidamente e o software deverá estar muito menos carregado.

8) Limitar o rastreamento do navegador

Falando em navegadores, colocar limites no número de rastreadores que os sites podem executar manterá mais informações pessoais de sua família em sigilo. O Safari e o Firefox lidam com isso imediatamente, enquanto você pode limitar os cookies de terceiros no Chrome via AvançadoConfigurações do siteCookies e dados do site. Você também pode instalar uma extensão de bloqueio de rastreador, como Ghostery ou Privacy Badger, que irá restringir o monitoramento.

9) Limpar o sistema

Se um laptop começar a ficar sem espaço de armazenamento, ele pode ficar lento de uma hora para outra e começar a ser atormentado por todos os tipos de bugs e problemas, mesmo que seja relativamente novo e rápido. No Windows, procure e execute o aplicativo Limpeza de Disco; no macOS, abra o menu Apple e escolha Sobre este MacArmazenamento e Gerenciar. Ambos o guiarão pelo processo de limpeza de dados temporários e arquivos indesejados da unidade do computador.

Captura de tela: Gizmodo

10) Livre-se de aplicativos não utilizados

A exclusão de arquivos temporários desnecessários e antigos ainda não é o suficiente — veja se você pode fazer com que seus familiares também revejam os aplicativos que eles instalaram em seus computadores e até em seus telefones e descartem os que realmente não precisam. Eles podem ter sido pré-instalados na máquina, podem ter sido instalados anos atrás e esquecidos, podem estar relacionados a assinaturas que não estão mais ativas e assim por diante.

11) Apagar informações de alto-falantes inteligentes

Seus parentes podem ter um ou dois alto-falantes inteligentes em casa e possivelmente não percebem que tudo o que é dito a esses dispositivos é guardado para sempre. Salve as páginas relevantes para os alto-falantes Amazon Alexa e Google Nest que permitem que essas pesquisas e comandos por voz sejam apagados — no caso do Google, as atividades podem ser apagadas automaticamente após três meses, que é uma configuração que vale a pena ativar.

12) Configurar um software de compartilhamento de tela

Você pode não estar presente o resto do ano, mas ainda pode fazer check-in com os membros da família através da magia do software de compartilhamento de tela — aplicativos gratuitos como o Chrome Remote Desktop e o TeamViewer permitem que você faça check-ins de qualquer lugar, mesmo que você não esteja no mesmo espaço físico, portanto, instale um deles antes de ir embora. Ou então, não se dê ao trabalho: talvez você prefira ficar em paz até a próxima reunião de família.

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