domingo, 29 de dezembro de 2019

Gizmodo Brasil

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China deve lançar seu concorrente de GPS no próximo ano

Posted: 28 Dec 2019 01:30 PM PST

A China está perto de lançar os dois últimos satélites que completarão o Sistema de Navegação por Satélite BeiDou-3 – o rival do país ao Sistema de Posicionamento Global (GPS) dos Estados Unidos.

Ran Chengqi, porta-voz do Escritório de Navegação por Satélite da China, compartilhou o status do programa na sexta-feira em um evento raro para a imprensa, de acordo com a Associated Press. Ran disse a repórteres que este mês a China lançou satélites que compunham o núcleo do sistema de navegação, permitindo que a rede forneça um serviço global.

As adições elevaram o número de satélites na constelação para 24, se aproximando da conclusão da rede. “Antes de junho de 2020, planejamos lançar mais dois satélites em órbita geoestacionária e o sistema BeiDou-3 será totalmente concluído”, disse Ran, de acordo com a AP.

Esta é a terceira versão do sistema BeiDou. O BeiDou 1, composto por três satélites, começou a fornecer serviços de navegação limitados em 2000 e foi desativado em 2012. Naquele ano, a rede de dez satélites do BeiDou 2 começou a fornecer serviços na Ásia e nos arredores.

Em 2015, a China começou a trabalhar em uma terceira versão do projeto, capaz de fornecer cobertura global. O BeiDou é agora o quarto serviço de posicionamento global – depois do GPS, totalmente operacional em 1993; o GLONASS da Rússia, que fornece cobertura global desde 2011; e o Galileo da União Europeia, em funcionamento desde 2016.

No ano passado, a Comissão Federal de Comunicações dos EUA permitiu que dispositivos não federais usassem alguns sinais do Galileo.

Ran disse à mídia que, com o lançamento dos mais recentes satélites BeiDou, a rede agora tem uma precisão de cinco metros na Ásia-Pacífico e dez metros em qualquer outro lugar do mundo.

"Como uma importante infraestrutura espacial para a China fornecer serviços públicos ao mundo, o sistema BeiDou sempre aderirá ao conceito de desenvolvimento de ‘Beidou da China, BeiDou do mundo e BeiDou de primeira classe’, servindo o mundo e beneficiando a humanidade", disse Ran, de acordo com a AP.

Com a conclusão do BeiDou, a China chegará mais perto de levar seu próprio estado de vigilância para o resto do mundo.

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O derretimento do gelo antártico pode ter quebrado o recorde na véspera de Natal

Posted: 28 Dec 2019 09:32 AM PST

Há sinais de que a Antártida acabou de ter a maior extensão de derretimento já registrada na era dos satélites. O grande colapso aconteceu na véspera de Natal e é uma má notícia para um continente que já lida com muitos problemas. E o verão está apenas começando por lá.

A Antártida é o maior estoque de gelo do planeta. Oceanos quentes representam a maior ameaça a esse gelo, subcotando as prateleiras de gelo que flutuam para o mar, particularmente as línguas de gelo (fino e extenso lençol de gelo se projetando para fora da linha costeira) ao redor da Antártida Ocidental. Mas o derretimento da superfície pode se tornar uma preocupação maior, e o derretimento na véspera de Natal é um indicativo das preocupações.

Resultados preliminares da modelagem feita na Universidade de Liège, na Bélgica, mostram que a porcentagem de superfície derretida no continente disparou em 24 de dezembro. A modelagem usa previsões climáticas para simular a superfície derretida. Como o ambiente é muito severo na Antártida, os dados das estações meteorológicas são difíceis de encontrar, portanto essas são as melhores estimativas.

A estação de derretimento da superfície antártica começa em meados de novembro e termina em fevereiro. O final de dezembro e o início de janeiro são o auge da estação de derretimento.

Em média, apenas 8% da superfície da Antártida derrete nessa época. Mas este ano tem sido tudo menos comum, com todos os dias desde o final de novembro mostrando um derretimento da superfície bem acima da extensão normal. Isso culminou em um grande pico de derretimento na véspera de Natal, quando cerca de 16% da superfície gelada do continente entrou em colapso.

Um gráfico mostrando a época de derretimento normal, os valores máximo e mínimo e o que aconteceu em 2019. Imagem: Universidade de Liège

Essa é uma área equivalente ao tamanho da Dinamarca. A Antártida Ocidental – lar de alguns dos gelos mais ameaçados do planeta – foi a que mais sofreu durante a estação de derretimento, de acordo com dados da Universidade de Liège. Mas mesmo a Antártida Oriental, normalmente mais fria e mais alta, não escapou de um destino mais aguado.

Quando a superfície derrete, um esmalte de gelo pode se formar quando recongela. Mas se o gelo derreter o suficiente, isso pode fazer com que a água comece a acumular-se na superfície ou a fluir e se infiltrar em rachaduras, onde pode fraturar o gelo. Os cientistas observaram isso no coração da Antártida, mas foi ainda pior na Península Antártida.

Robin Bell, professor de geofísica no Observatório Terrestre Lamont-Doherty da Universidade de Columbia, disse ao Gizmodo que se esse derretimento continuar ou piorar, poderá acelerar o colapso das prateleiras de gelo já ameaçadas. E isso pode representar sérios riscos para as pessoas que vivem ao longo da costa, permitindo que o gelo terrestre caia no mar.

"[As prateleiras de gelo] são como a rolha na garrafa. Eles estão retendo muito gelo na Antártida", disse Bell. “Isso significa que você está bombeando mais gelo no oceano, e é isso que importa para o nível do mar”.

Infelizmente, a Antártida não é o único estoque de gelo a lidar com a estação de derretimento mais extrema. Os pesquisadores também observaram o mesmo fenômeno na Groenlândia. A época de derretimento deste verão quebrou um recorde para a perda diária de gelo como resultado do derretimento da superfície. A Groenlândia tem sido o principal contribuinte para o aumento do nível do mar. Com a perda de gelo da Antártida acelerando, estamos começando a entrar em território perigoso.

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Mulher sofre envenenamento por mercúrio ao usar creme para clareamento de pele

Posted: 28 Dec 2019 07:00 AM PST

Mãos com creme na palma

O ritual de beleza de uma mulher causou uma intoxicação severa por mercúrio e danos neurológicos irreversíveis, dizem seus médicos em um estudo de caso recente publicado pelo CDC (Centro para Prevenção e Controle de Doenças dos EUA) neste mês.

A situação da mulher de 47 anos foi detalhada no Relatório Semanal de Morbidade e Mortalidade do CDC, um documento sobre saúde pública com casos coletados de departamentos de saúde e médicos locais.

Segundo o relatório, a moradora de Sacramento, na Califórnia, procurou atendimento médico em julho, quando seus braços desenvolveram espasmos musculares involuntários e ficaram extremamente fracos. Nas duas semanas seguintes, ela ficou ainda pior e parou de falar, andar e a enxergar normalmente, o que levou à sua hospitalização. No hospital, ela teve delírio, um estado grave de confusão mental.

Duas semanas após sua hospitalização, testes de sangue mostraram que ela apresentava níveis incrivelmente altos de mercúrio. Seu sangue continha mais de 1.000 vezes o nível de mercúrio em comparação à média das pessoas. Entrevistas com a família logo depois revelaram que a mulher usava cremes para clareamento da pele trazidos do México há pelo menos sete anos.

O mercúrio é popular há muito tempo como ingrediente em cremes clareadores porque pode impedir que as células da pele produzam melanina. Mas sua toxicidade levou países do mundo todo a proibir ou restringir estritamente o uso em produtos cosméticos, como o Brasil e os EUA. No entanto, as empresas no México e muitos outros países ainda adicionam mercúrio aos cremes para a pele.

O problema da paciente foi ainda mais grave, pois foi encontrado no seu creme mercúrio orgânico, em vez do mercúrio inorgânico normalmente adicionado a esses produtos. O mercúrio orgânico é mais tóxico para o corpo humano em doses menores, especialmente para o cérebro, e as vítimas têm muito menos probabilidade de se recuperar assim que os sintomas neurológicos aparecerem. Esses sintomas, como no caso da mulher, podem levar meses a anos de exposição para se manifestar.

Isso não quer dizer que os produtos para cuidados com a pele feitos com mercúrio inorgânico também sejam seguros. Eles têm sido associados a danos nos rins, erupções cutâneas, cicatrizes, além de depressão e psicose. Mas o mercúrio inorgânico é mais fácil de limpar através da terapia de quelação, uma técnica para retirar metais tóxicos do corpo, como mercúrio orgânico e inorgânico.

Neste caso, os médicos começaram a quelação assim que descobriram mercúrio no sangue dela. Mas, apesar da terapia prolongada com quelação, escreveram os autores, a mulher não recuperou a capacidade de falar e é incapaz de "cuidar de si mesma, exigindo alimentação contínua por sonda para suporte nutricional".

Segundo os autores, este é o primeiro caso de intoxicação por mercúrio orgânico ligado a cremes de clareamento de pele já documentado, e o primeiro caso de envenenamento vinculado a uma forma específica de mercúrio orgânico chamada metilmercúrio.

A fonte original do mercúrio orgânico no creme utilizado pela mulher ainda é desconhecida, escreveram os autores, mas as autoridades de saúde da Califórnia estão testando amostras de outros cremes de clareamento de pele com mercúrio. Eles também estão "investigando o caso de um membro da família com exposição provável, mas com doenças menos graves".

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Satélites Starlink, da SpaceX produzem uma onda de “aparições de OVNIs” nos EUA

Posted: 28 Dec 2019 04:30 AM PST

Constelação de satélites Starlink

Moradores do norte de Montana, nos EUA, reportaram ter visto uma série de pontos de luz vindos do céu. O que pareciam OVNIs (objetos voadores não identificados) de uma invasão alienígena é, na verdade, outra consequência da constelação de satélites Starlink, da SpaceX.

A SpaceX lançou 60 satélites na órbita em maio e outros 60 em novembro como parte da constelação de satélites Starlink, com o objetivo de aumentar o acesso à internet via satélite. Mas os satélites refletivos também estão produzindo trens de luzes brilhantes no céu, alimentando os temores de OVNIs para aqueles que desconhecem os satélites e complicando as observações de astrônomos.

O avistamento mais recente de um trem de satélites Starlink ocorreu nas cidades de Browning, Rocky Boy e Lodgepole, em Montana, onde os moradores compartilharam as imagens com agências de notícias locais. A cientista da computação de Maryland Jen Golbeck apontou em um tuíte que o trem também poderia ter sido visível em Illinois, Iowa e Michigan na semana passada. Uma constelação Starlink lançada em maio provocou uma onda de aparições de "OVNIs" na Europa.

Mas talvez mais preocupante que uma série de relatos de OVNIs, essas aparições estão perturbando os astrônomos. O Gizmodo informou no mês passado que satélites apareceram em imagens tiradas por astrônomos que operam a Câmera de Energia Escura no Observatório Cerro Tololo, no Chile. Aproximadamente 1 em cada 40 exposições capturou o trem de satélites. Cada trem de satélites acaba se fragmentando à medida que se instalam em cada satélite individual e ficam em uma órbita única.

O astrônomo Cliff Johnson, da Universidade Northwestern, disse ao Gizmodo que atualmente os satélites são mais um aborrecimento do que um problema real, mas podem se tornar mais visíveis à medida que o número de constelações de satélites aumentar.

Os lotes lançados este ano são apenas os primeiros de um projeto que pode levar até 12 mil satélites implantados até 2025, e a SpaceX anunciou que lançaria outros 60 no início de 2020. Neste ano, a União Astronômica Internacional emitiu uma declaração pedindo que quem fizesse constelações de satélite trabalhassem com a comunidade de astrônomos para entender os possíveis impactos desses satélites e com agências reguladoras para criar regras que governem os satélites para minimizar esses impactos.

Elon Musk, CEO da SpaceX, tuitou que ele orientou sua equipe a trabalhar na redução de refletividade dos satélites. Mas os cientistas que conversaram com a National Geographic disseram que preferem que essas conversas ocorram antes do lançamento dos satélites.

Correções, como simplesmente reduzir a refletividade, podem nem funcionar para os nossos telescópios mais sensíveis, de acordo com o New York Times. E a constelação de satélites Starlink pode levar os concorrentes a poluir ainda mais o céu noturno com suas próprias constelações de satélites, injetando ainda mais lixo espacial na órbita, com o qual eventualmente teremos de lidar.

Tudo isso é para dizer que se você vir um raio de luzes piscando no céu, provavelmente não são alienígenas. Sem contar que quando isso acontece, acaba frustrando bastante o trabalho dos astrônomos.

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