quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Gizmodo Brasil

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Com ajuda de astrônomo amador, NASA localiza destroços de sonda indiana que caiu na Lua

Posted: 03 Dec 2019 02:05 PM PST

Local onde o módulo lunar Vikram colidiu na Lua

Há três meses, a sonda lunar indiana Vikram caiu na Lua. Nesta segunda-feira (2), a NASA confirmou a localização exata do local do acidente. O mais interessante é que a agência deu os créditos a Shanmuga Subramanian — um desenvolvedor de aplicativos e observador espacial amador indiano — por detectar os restos do módulo perdido.

Não é todo dia que você é aplaudido pela NASA por fazer uma descoberta importante, então podemos imaginar a emoção que Subramanian deve ter sentido quando postou este tuíte.

Tradução: A NASA me creditou por ter achado a sonda lunar Vikram na superfície da Lua

Subramanian, engenheiro mecânico e desenvolvedor de aplicativos, encontrou o campo de destroços enquanto examinava meticulosamente uma fotografia tirada pela Câmera do Orbitador de Reconhecimento Lunar (LROC, na sigla em inglês) da NASA alguns dias após o acidente. A NASA divulgou a foto — uma imagem em mosaico da provável área onde o Vikram caiu — em 26 de setembro de 2019, na esperança de que o público pudesse ajudar a localizar a sonda caída e seu campo de destroços.

A estratégia funcionou: a NASA confirmou oficialmente a localização do local do acidente em um tuíte publicado na segunda (2).

Lançado em julho de 2019 como parte da missão Chandrayaan-2, o módulo lunar Vikram foi o esforço da Índia para se tornar o quarto país a pousar uma sonda na Lua. Infelizmente, a sonda não conseguiu fazer uma aterrisagem suave. A cena que trouxe uma amarga lembrança da missão Beresheet, de Israel, que falhou alguns meses antes da queda do Vikram.

Durante as primeiras horas do dia 7 de setembro, com milhões de cidadãos indianos animados assistindo, a sonda ficou em silêncio quando estava a 2,1 quilômetros acima da superfície lunar. Ela não conseguiu diminuir a velocidade e colidiu com a Lua a cerca de 180 quilômetros por hora. A Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO, na sigla em inglês) tentou fazer contato com o módulo de aterrissagem por semanas, mas não obteve sucesso e acabou desistindo.

Subramanian avistou o campo de destroços no início de outubro, mas a NASA levou várias semanas para confirmar a descoberta. Uma imagem anotada do local do acidente mostra vários pedacinhos espalhados por uma área que se estende por vários quilômetros.

Em um e-mail enviado a Subramanian, o vice-cientista do projeto LROC, John Keller, pediu desculpas pelo atraso, dizendo "precisávamos ter certeza de nossa interpretação da observação, além de garantir que todas as partes interessadas tivessem a oportunidade de comentar antes de anunciarmos os resultados".

Quanto à causa da falha no pouso, o ISRO diz que houve um erro no software de orientação da sonda. A Índia, porém, parece não ter se abalado com o revés. O país planeja tentar novamente com a missão Chandrayaan-3, que pode pousar na Lua em novembro de 2020.

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Anvisa autoriza uso medicinal de remédio à base de maconha

Posted: 03 Dec 2019 12:49 PM PST

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta terça-feira que aprovou um novo regulamento para produtos derivados de cannabis (ou cânabis na versão abrasileirada do termo), a planta da maconha. Após a publicação no Diário Oficial da União, o que deve ocorrer nos próximos dias, a regulamentação entrará em vigor em 90 dias.

Basicamente, a agência autorizou a venda de medicamentos à base de Cannabis, mas não o seu plantio. Os produtos serão vendidos exclusivamente por farmácias e drogarias, sem manipulação, e apenas quando apresentada prescrição médica. O regulamento trata do uso de produtos especificamente para tratamento de humanos, não de animais.

Antônio Barra Torres, relator e diretor da Anvisa, vetou o plantio da erva no Brasil argumentando que a extensão territorial brasileira acabaria facilitando o desvio dessa prática para fins criminais.

Em relação à prescrição, a Anvisa informa que as formulações com concentração de THC (componente alucinógeno da erva) abaixo de 0,2% serão prescritos por meio de receituário tipo B, com numeração da Vigilância Sanitária e renovação de receita em até 60 dias. Já aqueles com concentrações acima de 0,2% serão classificados como tipo A, semelhante ao da morfina, e prescritos apenas a pacientes terminais ou que tenham esgotado as alternativas terapêuticas de tratamento. Nesse caso, os produtos também deverão conter o aviso de que "pode causar dependência física e psíquica".

Sem a autorização de plantio em território nacional, as fabricantes se veem obrigadas a importar Cannabis, o que acaba encarecendo os medicamentos. Além disso, o novo regulamento da Anvisa ressalta que só será permitida a importação da matéria-prima semielaborada, não da planta ou parte dela.

No comunicado, a Anvisa ainda promete estabelecer e coordenar um programa de monitoramento dos produtos. Com isso, as empresas detentoras da Autorização Sanitária deverão manter um banco de dados com informações relacionadas ao uso dos medicamentos e enviar anualmente um Relatório Periódico de Avaliação Benefício-Risco. Além disso, a regulamentação aprovada hoje ainda pode ser revisada em até três anos.

Desde 2015, já estava previsto em lei o uso de Cannabis para fins medicinais, mas não havia regulamentação. Com a proposta apresentada em junho, esperava-se que a agência concedesse permissão para o plantio da erva para a fabricação de medicamentos e pesquisa, o que não aconteceu à época.

[UOL, Folha de S.Paulo]

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Os melhores apps e jogos de 2019, segundo a Apple

Posted: 03 Dec 2019 11:22 AM PST

Assim como o Google, a Apple também divulgou sua lista de melhores aplicativos e jogos da App Store de 2019. A empresa classificou os vencedores de acordo com os dispositivos: iPhone, iPad, Mac e Apple TV. Além disso, também há uma categoria de tendências, que oferece uma interpretação do que ferramentas e games mais populares têm em comum.

Além dessa curadoria da Apple, a empresa disponibiliza a lista dos apps e games mais baixados do ano. Em 2019, YouTube (1º lugar), Instagram (2º), Snapchat (3º) e TikTok (4º) lideraram as primeiras posições do ranking global de aplicativos. No caso de jogos, os mais baixados foram: Mario Kart Tour (1º lugar), Color Bump 3D (2º), aquapark.io (3º) e Call of Duty Mobile (4º).

No Brasil, o ranking foi um pouco diferente: WhatsApp (1º lugar), Instagram (2º), YouTube (3º) e Facebook (4º). O NuBank também figura na lista, em 12º lugar, com 18 milhões de downloads entre outubro de 2018 e outubro de 2019. Isso posiciona a fintech brasileira como o app de banco digital mais baixado do mundo. Para a lista de jogos no Brasil, a classificação foi: Garena Free Fire Spooky Night (1º lugar), Color Bump 3D (2º), Fun Race 3D (3º), e Trivia Crack (4º).

O melhor app do ano para iPhone, eleito pela Apple, foi o Spectre Camera (Lux Optics), uma ferramenta de inteligência artificial que permite tirar fotos melhores. Para iPad, o vencedor foi o Flow by Moleskine (Moleskine), um app de criação para quem trabalha com ilustração ou gosta de desenhar. O Affinity Publisher (Serif Labs) foi eleito o melhor app para Mac, sendo possível utilizá-lo para criar diferentes tipos de design para uma variedade de conteúdos, desde um livro a folhetos. No caso da Apple TV, o escolhido foi The Explorers (The Explorers Network), uma ferramenta colaborativa para compartilhar e explorar fotos e vídeos de diversos lugares do planeta.

A tendência de 2019 em aplicativos foi "Storytelling Simplificado", ou seja, ferramentas que ajudam a reunir e editar conteúdos para contar histórias. Segundo a Apple, aplicativos como Anchor (Anchor FM), Canva: Stories & Video Maker (Canva), Unfold (Unfold Creative), Steller (Expedition Travel Advisor), Spark Camera (Dayworks), Over (Over, Inc) e Wattpad (Wattpad Corp) permitem que "qualquer pessoa possa se expressar por meio de podcasts em movimento, romances únicos e colagens de fotos realistas de uma maneira mais fácil do que nunca".

Na categoria games, o melhor jogo de 2019 para iPhone foi Sky: Children of the Light (thatgamecompany), em que o objetivo é sobrevoar terras para ajudar criaturas celestiais a voltarem para o céu. O game do ano para iPad foi o Hyper Light Drifter (Abylight S.L.), um jogo 16-bit de ação em que o jogador deve sobreviver enquanto explora cenários que parecem um sonho. Já o escolhido para Mac foi GRIS (Devolver/Nomada Studio), com quebra-cabeças que exploram o processo emocional de enfrentar uma perda trágica. Para Apple TV, o eleito foi Wonder Boy: The Dragon's Trap (DotEmu), um game popular dos anos 80.

A tendência de jogos de 2019, segundo a Apple, foi "Blockbusters Reimagined". Jogos clássicos antigos foram reimaginados, não apenas repaginados; o que significa que eles são lançamentos originais criados para essas novas plataformas. De acordo com a empresa, este ano, os desenvolvedores apostaram em títulos já conhecidos, mas adicionaram a eles "tecnologia de ponta, design arrojado e recursos inovadores que proporcionaram um nível de profundidade e qualidade que nunca se pensava possível em dispositivos móveis".

Entre os jogos citados estão: "Mario Kart Tour" e "Dr. Mario World" (Nintendo), "Minecraft Earth" (Mojang), "Pokémon Masters" (DeNA Co), "Assassin's Creed Rebellion" (Ubisoft), "Gears POP!" (Microsoft Corporation), "The Elder Scrolls: Blades" (Bethesda), Alien: Blackout (D3PA) e "Call of Duty: Mobile" (Activision Publishing).

Com o lançamento do Apple Arcade, a lista desse ano também incluiu essa nova categoria, sendo Sayonara Wild Hearts (Simogo) o vencedor. O jogo de aventura envolve motos e espadas, o que o torna popular entre jogadores que buscam games de adrenalina.

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Um radiotelescópio está escaneando o espaço profundo do outro lado da Lua

Posted: 03 Dec 2019 10:02 AM PST

Pela primeira vez na história da astronomia, um radiotelescópio espacial está coletando dados do outro lado da Lua, em um local livre de interferências da Terra. Essa colaboração entre a China e a Holanda poderia fornecer novas ideias sobre as condições do universo primitivo.

O instrumento, chamado de Netherlands-China Low Frequency Explorer (NCLE), está localizado no Queqiao, um satélite de comunicação chinês que foi lançado em apoio à missão Chang’e 4, a primeira missão de aterrissagem suave e robótica para o lado mais distante da Lua. O NCLE foi desenvolvido na Holanda pela Universidade Radboud, ASTRON e ISISpace, com o apoio do Escritório Espacial da Holanda.

Atualmente, Queqiao está localizado a cerca de 450.000 quilômetros da Terra e está posicionado em uma órbita de halo que mantém o satélite no ponto L2 Lagrange Terra-Lua  (para que o satélite fique atrás da Lua da nossa perspectiva, nunca se posicionando entre a Terra e a Lua).

Até agora, Queqiao fornecia serviços de telecomunicação para a missão Chang’e 4, atuando como uma estação de retransmissão entre o Yutu 2 e o centro de controle de projetos da China na Terra. O radiotelescópio holandês-chinês está inativo desde que foi lançado em maio de 2018. O dispositivo NCLE deveria ter sido implantado há alguns meses, mas foi adiado devido ao tremendo sucesso da missão Chang’e 4, que não era esperado que durasse além de março de 2019.

A Administração Espacial Nacional da China (CNSA) decidiu agora avançar para a próxima etapa da missão e converter Queqiao em um observatório de radioastronomia, de acordo com um comunicado de imprensa da Universidade Radboud. Agora, três antenas foram parcialmente desenroladas, permitindo varreduras de rádio no espaço – sem a interferência incômoda da atmosfera da Terra.

O desdobramento de uma das três antenas do NCLE. Imagem: Marc Klein Wolt/Universidade Radboud

“Finalmente estamos trabalhando e temos um instrumento de radioastronomia de origem holandesa no espaço”, disse Heino Falcke, da Universidade Radboud, em um comunicado de imprensa. “A equipe se esforçou de forma incrível, e os primeiros dados revelarão o desempenho do instrumento”.

O NCLE deve ser capaz de detectar sinais de rádio super-fracos, o que será suficiente com suas três antenas de 5 metros de comprimento, que funcionam na faixa de frequência de rádio de 80 kHz a 80 MHz, de acordo com o ISISpace, uma fabricante holandesa de satélite envolvida na missão. Os cientistas esperam capturar sinais de rádio associados à Idade das Trevas do universo – o período imediatamente após o Big Bang, antes do nascimento das estrelas.

Os sinais de rádio desta época embrionária são “considerados o santo graal da cosmologia”, de acordo com o ISISpace. Esses sinais antigos são em grande parte indetectáveis ​​da Terra, pois são bloqueados pela atmosfera do nosso planeta. Os dados de rádio da Idade das Trevas poderiam revelar novos insights sobre as primeiras estrelas e galáxias, bem como a matéria escura e a energia escura, que ainda são fenômenos cosmológicos pouco compreendidos.

O desenrolar das três antenas, guardadas dentro de Queqiao, não foi um processo tranquilo, de acordo com o comunicado de imprensa:

A permanência mais longa atrás da Lua provavelmente teve um efeito nas antenas. A princípio, as antenas se desdobraram sem problemas, mas, à medida que o processo avançava, tornou-se cada vez mais difícil. Portanto, a equipe decidiu coletar dados primeiro e talvez desdobrar as antenas posteriormente. Com essas antenas mais curtas, o instrumento é sensível a sinais de cerca de 800 milhões de anos após o Big Bang. Uma vez desdobrado em toda sua extensão, eles poderão capturar sinais logo após o Big Bang.

Não foram fornecidos mais detalhes sobre a anomalia, mas o vídeo da instalação da antena NCLE em um ambiente de laboratório pode ser visto aqui.

Esperançosamente, isso não será um problema contínuo e a equipe poderá estender as antenas para sua posição completa sem mais problemas. A missão Chang’e 4 apresentou uma oportunidade realmente interessante para os cientistas coletarem dados que, de outra forma, permaneceriam invisíveis para nós. Aguardamos ansiosamente os resultados desta emocionante próxima fase da missão.

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Call of Duty Mobile é eleito o melhor jogo em 2019 por usuários Android

Posted: 03 Dec 2019 08:21 AM PST

Já estamos em dezembro e o Google divulgou sua lista dos melhores aplicativos e jogos da Play Store, além de filmes, livros e audiolivros. Na categoria de voto popular, o jogo mais votado como melhor de 2019 foi Call of Duty Mobile; enquanto o melhor app escolhido foi Dollify – uma ferramenta que permite criar avatares.

O próprio Google também fez sua seleção. Segundo a empresa, o aplicativo selecionado como o melhor de 2019 é aquele que "passamos o ano inteiro usando e comentando com os amigos. Com um design incrível e acessível a todos".  E este ano, o escolhido foi "Cíngulo: Terapia Guiada", um app que oferece sessões de terapia guiada com vídeos, áudios e testes de autoconhecimento. As outras subcategorias dessa premiação incluem melhores apps para o dia a dia, para crescimento pessoal, tesouros escondidos e mais divertidos.

Para o melhor jogo escolhido pelo Google, o site da Play Store diz que levou em consideração o fato de ser "divertido, acessível e ter uma jogabilidade incrível e atraente", sendo necessário também "superar nossas expectativas para uma versão de dispositivos móveis".

Pensando nisso tudo, o vencedor foi o mesmo do voto popular: Call of Duty Mobile. O jogo de tiro é gratuito e permite jogar online com outras pessoas, contando com bate-papo por texto e voz. As subcategorias de jogos premiados são melhores jogos competitivos, indie, casuais e inovadores.

Você pode conferir a lista completa de premiados aqui.

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Celular dobrável promovido por irmão de Pablo Escobar cheira à trambique

Posted: 03 Dec 2019 06:41 AM PST

Se o Samsung Galaxy Fold, o Huawei Mate X ou o Motorola Razr são muito caros para o seu bolso, considere o Pablo Escobar Fold 1, de US$ 350 (R$ 1.500, na cotação atual). Sim, você não leu errado.

O Fold 1 é a criação de Roberto Escobar, irmão do famoso traficante colombiano Pablo Escobar. O aparelho roda o Android 9 com um processador Qualcomm Snapdragon 8150. Faz parte do pacote duas câmeras traseiras, uma com 16 MP e outra com 20 MP, além de duas telas AMOLED de 7,8 polegadas e um leitor de impressões digitais. O site da Escobar Inc diz ainda que o celular é desbloqueado e “funciona em todas as redes dos Estados Unidos e do mundo”.

A versão com 128 GB de armazenamento e 6 GB de RAM custa US$ 350 (R$ 1.500), enquanto a opção de 512 GB de armazenamento e 8 GB de RAM sai por US$ 500 (R$ 2.100).

O fato desse celular existir já é meio doido, mas tem mais. Em entrevista ao Digital Trends, Escobar disse que ele não estava mirando na Samsung. A empresa quer mesmo competir com a Apple. “Eu disse a muitas pessoas que iria superar a Apple e vou cumprir isso”, comentou.

“Eu cortei as operadoras e varejistas para vender aos consumidores um celular que dobra por apenas US$ 349, um tipo de aparelho que nas lojas custa milhares de dólares quando são da Samsung ou outras. Esse é o meu objetivo, superar a Apple, e fazendo isso sozinho como sempre fiz”, completou.

Escobar diz ainda que planeja abrir um processo coletivo contra a Apple no dia 6 de janeiro de 2020 pedindo US$ 30 bilhões e que ele gastou US$ 1 milhão de seu próprio bolso para iniciar o processo legal.

Sobre o aparelho em si, Escobar diz que seu celular é mais difícil de quebrar do que o Galaxy Fold e credita isso ao fato de a tela ser “feita de um tipo especial de plástico” que é “muito difícil de quebrar”.

O Fold 1, de acordo com Escobar, também foi desenvolvido com a segurança em mente. Por isso, o modelo tem funções de “segurança especial” que torna difícil rastreá-lo por Bluetooth ou que governos o acessem. A carcaça também terá uma “fina camada de metal” que bloqueia RFID (Identificação por Rádio Frequência) ou “outras comunicações”.

Uma olhada no site do Fold 1 revela mais detalhes bizarros. Por exemplo, uma das fotos promocionais é apenas o celular com um papel de parede do Pablo Escobar. Há também um vídeo onde mulheres com salto alto e lingerie mostram o aparelho. Há um outro vídeo em que o narrador diz “o garoto da Apple, Steve, uma vez olhou para o espaço. Ele viu Pablo Escobar com um celular além da imaginação de qualquer um”.

Talvez o mais impressionante seja o fato de o Fold 1 ser o Royole FlexPai com outra marca estampada – parte do material promocional também é igual, assim como todas as especificações.

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Amazon entra na corrida da computação quântica oferecendo cálculos pela nuvem

Posted: 03 Dec 2019 05:46 AM PST

A cientista Kai Hudek na sala do IonQ.

Durante a conferência AWS re:Invent 2019 que aconteceu nesta segunda-feira (2), a Amazon anunciou o lançamento de uma plataforma de computação quântica na nuvem.

Agora que os computadores quânticos existem e podem realizar cálculos (embora não muito bem), as empresas estão lançando plataformas nas quais os cientistas e outros interessados na tecnologia podem fazer experimentos.

O sistema da Amazon, chamado Braket, fornecerá acesso a três conhecidos dispositivos quânticos da IonQ, Rigetti e D-Wave. Esse é o primeiro passo da Amazon no mundo quântico.

“Acreditamos que abrir o acesso a computadores quânticos neste estágio atual é um passo crucial para acelerar o desenvolvimento de aplicações úteis. É por isso que, ao projetar o Amazon Braket, escolhemos colaborar com fornecedores como a D-Wave, que criaram tecnologias promissoras que interessam aos nossos clientes”, disse Simone Severini, diretora de computação quântica da Amazon Web Services, em um comunicado enviado ao Gizmodo. “Juntos, podemos tornar mais fácil para os pesquisadores inovarem, com o objetivo comum de concretizar o verdadeiro potencial de longo prazo da computação quântica.”

Computadores quânticos são dispositivos que executam algoritmos usando um tipo diferente de matemática do que um computador normal – os cálculos são baseados nas leis de probabilidade que governam como as partículas subatômicas interagem. Criado por Richard Feynman no início dos anos 80, empresas bem conhecidas como Google, IBM e Microsoft, bem como startups como IonQ e Rigetti, desenvolveram essas máquinas.

Os computadores quânticos de hoje têm mais potencial do que função real – são dispositivos ruidosos difíceis de controlar e que podem perder rapidamente o comportamento quântico para pequenas oscilações do ambiente ao redor.

Eles não serão melhores do que um computador convencional em todas as tarefas. Na verdade, o objetivo é superar um subconjunto de problemas que podem um dia incluir a modelagem do comportamento de moléculas, a fatoração de grandes números e talvez os tipos de problemas de otimização geralmente vistos pelas empresas.

Empresas dos setores financeiro, energético e farmacêutico têm demonstrado interesse na computação quântica, enquanto os governos estão interessados em suas potenciais aplicações para a cibersegurança e armas nucleares.

Uma vez que você tem uma máquina desse tipo, você precisa ser capaz de programá-la. O Braket permitirá que os pesquisadores “criem, testem e executem algoritmos de computação quântica” em dispositivos quânticos e simulações de dispositivos quânticos, de acordo com um comunicado de imprensa da Amazon.

A ferramenta inclui tutoriais e um ambiente de aprendizado, um espaço para executar algoritmos incorporados e testar novos algoritmos, além de permitir que os usuários automatizem a execução de programas quânticos. O nome, Braket, certamente vem da notação “bra-ket” que os físicos usam para representar informações quânticas.

O Braket permitirá aos usuários programar uma das três máquinas quânticas disponíveis, cada uma com suas particularidades.

O computador quântico de captura de íons do IonQ representa cada unidade de informação quântica como um átomo individual preso por lasers, e seus dispositivos são alguns dos menos ruidosos disponíveis.

Já o computador supercondutor da Rigetti representa cada qubit como um átomo artificial feito de fio supercondutor.

Por fim, o computador D-Wave, também feito de supercondutores, opera em um princípio diferente que só pode executar um subconjunto dos problemas que outros computadores quânticos podem, e eles estão principalmente relacionados à otimização.

Outras empresas já apresentaram serviços onde é possível programar um computador quântico na nuvem: o Qiskit da IBM oferece acesso a várias máquinas supercondutoras, e o Google irá em breve disponibilizar os seus próprios computadores quânticos à sua plataforma Cirq. A Microsoft também oferece acesso ao computador IonQ através de sua plataforma Azure, enquanto tenta desenvolver seu próprio computador quântico.

O anúncio da Amazon difere na medida em que, pelo o que sabemos, essa é sua estreia no mundo quântico. Segundo a Wired, a Amazon também abrirá um centro de pesquisas quânticas com a CalTech, e poderá um dia criar o seu próprio computador quântico.

Um lembrete importante: os computadores quânticos não fazem nada de útil por enquanto, a menos que você pense que gerar “números aleatórios certificáveis” seja algo útil.

Um aplicativo quântico realmente inovador pode demorar alguns anos – ou mesmo algumas décadas – enquanto os pesquisadores estão tentando descobrir quais algoritmos serão mais rápidos nos computadores quânticos do que em um supercomputador.

As empresas não estão usando esses dispositivos via nuvem porque esperam quebrar a criptografia de alguma conta ou fazer algo nefasto (ainda). A oferta de múltiplas maneiras para os pesquisadores acessarem computadores quânticos deve produzir mais ideias para aplicativos do futuro – e quem sabe acelerar esse processo.

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Missão para estudar a colisão de uma espaçonave contra um asteroide recebe sinal verde na Europa

Posted: 03 Dec 2019 04:48 AM PST

A ESA (Agência Espacial Europeia) aprovou o orçamento do Hera, o componente europeu de uma missão para lançar uma espaçonave contra um asteroide.

A crescente preocupação com a defesa planetária está motivando novas missões para estudar asteroides e potencialmente desviá-los de um curso de colisão com a Terra. Um desses projetos, a Avaliação de Impacto e Deflexão de Asteróides (AIDA), consiste na missão DART da NASA (Teste de Redirecionamento de Duplo Asteroide ) mais o Hera da ESA. Juntos, eles estudarão a eficácia de um impacto para afastar uma ameaça iminente de asteroide.

Talvez haja 25.000 objetos próximos à Terra (NEOs), coisas que orbitam o Sol em uma trajetória que se aproxima da órbita da Terra. Os cientistas designam um subconjunto desses como “potencialmente perigosos”, o que significa que eles medem 140 ou mais metros de diâmetro e se aproximam 0,05 AU da Terra, onde 1 AU é aproximadamente a distância entre a Terra e o Sol. Em 2005, o Congresso determinou que os cientistas da NASA catalogassem 90% desses asteroides potencialmente perigosos até 2020, uma meta que os cientistas americanos hoje estão longe de cumprir.

Enquanto isso, os cientistas estão trabalhando em outras iniciativas de proteção planetária, incluindo a visita de OSIRIS-REx ao asteroide potencialmente perigoso Bennu. Mas talvez a medida mais drástica até agora seja a AIDA.

A NASA anunciou no ano passado que seus pesquisadores haviam contemplado a construção de seu componente da missão, o DART. O DART viajará para o sistema de asteroide duplo Didymos, que consiste em uma rocha de 800 metros de largura e uma de 160 metros. A espaçonave colidirá com o asteroide menor a cerca de 6 quilômetros por segundo. O lançamento do DART está programado para 2021, visando uma colisão em 2022.

A ESA deveria então construir uma missão complementar, a Missão de Impacto de Asteroides, ou AIM, que seria lançada este ano e incluía recursos avançados de observação para estudar o Didymos antes da chegada do DART e monitorar o asteroide durante e após o impacto. Infelizmente, o AIM não deu certo; a Alemanha retirou sua parte do financiamento da missão em 2016, e então o diretor geral da ESA, Jan Woerner, cancelou a missão. A NASA avançou com o DART, com planos para monitorar da Terra a colisão. A ESA propôs uma missão alternativa em 2018 para substituir o AIM, chamada Hera.

A Hera está programada para ser lançada em 2024 e chegar ao sistema Didymos em 2027. Ela medirá a cratera de impacto produzida pela colisão do DART e a mudança na trajetória orbital do asteroide. Sua carga útil provisoriamente inclui dois pequenos satélites chamados cubesats que estudarão o asteroide menor de perto e potencialmente pousarão nele.

O órgão diretor da ESA se reuniu na Espanha na semana passada para decidir sobre quais propostas eles iriam avançar e financiar. Seus Estados membros concordaram em reservar 12,5 bilhões de euros nos próximos três anos, quase todo o dinheiro solicitado, para missões. Isso incluiu a aprovação de Hera, que a ESA anunciou em um vídeo de imprensa (sim, tem participação de Brian May, o guitarrista do Queen, que também é astrofísico).

Outras missões a receber financiamento incluem transporte espacial e programas de telecomunicações, bem como iniciativas relacionadas ao retorno de amostras de Marte e o Lunar Gateway.

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Estudo sugere que pessoas que escovam mais os dentes têm menos chances de ter problemas cardíacos

Posted: 03 Dec 2019 03:58 AM PST

Parte de evitar doenças cardíacas pode envolver escovar os dentes, sugere um estudo publicado esta semana. Pesquisadores na Coréia descobriram uma ligação clara entre saúde bucal e menor chance de irregularidades cardíacas e insuficiência cardíaca grave.

O estudo, publicado no domingo (1º) no European Journal of Preventive Cardiology, analisou os registros de saúde de mais de 150.000 coreanos de meia-idade a idosos que haviam participado de um programa de triagem anterior e não apresentavam doenças cardíacas pré-existentes. Como parte da triagem, os voluntários forneceram informações sobre seus hábitos de saúde bucal e tiveram seus dentes examinados por um dentista. Em seguida, os pesquisadores monitoraram a saúde cardíaca deles durante a década seguinte com base nos dados de seguro (na Coréia, a cobertura de saúde de todos é fornecida e gerenciada pelo governo).

Durante esse período, 3% dos voluntários experimentaram um caso de fibrilação atrial ou batimento cardíaco irregular, enquanto 4,9% apresentaram insuficiência cardíaca pelo menos uma vez. Mas, mesmo depois de considerar outros fatores conhecidos para doenças cardíacas, como idade, índice de massa corporal e histórico de tabagismo, os pesquisadores descobriram que pessoas que relataram uma melhor higiene bucal eram menos propensas a desenvolver esses problemas cardíacos.

Aqueles que escovavam os dentes pelo menos três vezes ao dia, por exemplo, tinham 12% menos chances de ter insuficiência cardíaca, e as pessoas que haviam perdido uma maioria substancial de seus dentes (22 dentes ou mais) tinham 35% mais chances de ter problemas cardíacos, após contabilizar outros fatores.

Esses tipos de estudos populacionais só podem apontar indiretamente para um elo entre duas coisas, e não mostrar diretamente que escovar os dentes o protegerá de doenças cardíacas. E vale ressaltar que o potencial impacto de uma boca saudável em seu coração provavelmente é relativamente pequeno: 4,17% das pessoas com doença gengival neste estudo desenvolveram insuficiência cardíaca, em comparação com 3,95% das pessoas sem doença gengival, por exemplo.

Mas esta não é a primeira pesquisa a estabelecer uma relação clara entre saúde bucal e cardíaca, um elo encontrado em diferentes populações em todo o mundo. Embora seus dentes e seu sistema cardíaco possam parecer não relacionados, na verdade existem razões para pensar que eles estão conectados.

Uma teoria comum, referenciada pelos autores, argumenta que a escovação frequente dos dentes impede que um biofilme de bactérias se acumule em nossas gengivas, o que diminui a chance dessas bactérias migrarem para a corrente sanguínea e causarem inflamação por todo o corpo. A inflamação crônica observada na doença gengival também pode enfraquecer indiretamente o corpo e o coração. E ambas as doenças cardíacas e de gengiva estão ligadas a fatores semelhantes de risco, como o tabagismo, envelhecimento e diabetes.

Organizações como a American Heart Association evitaram recomendar que as pessoas mantenham seus dentes saudáveis para prevenir doenças cardíacas, pelo menos até que tenhamos evidências mais conclusivas para uma ligação causal. Este estudo não fornece uma evidência concreta, mas já existem muitas boas razões para escovar os dentes regularmente e ir ao dentista, como manter os seus dentes nos próximos anos.

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Após uma década, é possível dizer que a tecnologia Bluetooth é boa

Posted: 03 Dec 2019 03:21 AM PST

Símbolo do Bluetooth com dispositivos conectados

Há quase uma década, um gadget azul chegou na minha caixa de correio e mudou fundamentalmente minha compreensão da tecnologia sem fio. O gadget era um Jawbone Jambox — provavelmente o primeiro alto-falante Bluetooth popular — que me permitia tocar música do meu telefone do outro lado do meu quintal. Como a maioria das engenhocas Bluetooth da época, o Jambox às vezes não funcionava bem, mas essa ideia de vida sem fio era emocionante! Agora, dez anos depois, o Bluetooth é realmente bom.

Em 2009, um ano antes do Jambox chegar ao mercado, os padrões Bluetooth tiveram grandes atualizações que começariam a transformar o ecossistema, como velocidades mais altas de transferências de dados e o uso da tecnologia com baixa energia. Meu Jambox não suportava esses padrões quando o comprei e, como resultado, certamente foi um pesadelo de usar. Com o Bluetooth 2.1, o Jambox lutava para permanecer conectado a qualquer um dos meus dispositivos, tanto que acabei ligando meu telefone diretamente ao alto-falante a maior parte do tempo. Mesmo assim, a maldita coisa pareceu morrer depois de uma hora de reprodução de música.

Avance uma década e parece que todos os aparelhos que uso diariamente são alimentados por algum tipo de Bluetooth. Meu laptop, meu computador desktop, meu mouse, meu teclado, meus fones de ouvido, meu smartwatch e, sim, meu alto-falante, repleto de tecnologia Bluetooth, que permite que eles conversem entre si e troquem dados em alta velocidade. O verdadeiro milagre hoje em dia é que todos são incrivelmente confiáveis. Eles se conectam rapidamente e permanecem conectados. Suas baterias duram muito mais tempo. É o oposto do quão ruim eram o Bluetooth há dez anos.

A extensão em que eu nem penso sobre o uso do Bluetooth atualmente é a evidência de que a tecnologia não é apenas boa agora, é incrível. E está prestes a melhorar. Como chegamos até aqui é essencial para entender o que está por vir.

O início do Bluetooth

O Bluetooth ainda é uma nova tecnologia. Acredite ou não, tanto o celular quando o Wi-Fi existem desde a década de 1970 e hoje são inegavelmente as tecnologias sem fio mais prevalentes. O primeiro dispositivo de consumidor com Bluetooth — um fone de ouvido sem fio feito pela Ericsson — não chegou ao mercado até 1999. Como o novo garoto do setor sem fio, o Bluetooth era motivo de riso.

Nos primeiros dias, a largura de banda do Bluetooth era uma porcaria, o que é parte do motivo pelo qual era usado principalmente para fones de ouvido telefônicos. Isso mudou drasticamente com a introdução do Bluetooth 3.0 em 2009, mas o verdadeiro fator de mudança foi uma nova tecnologia chamada Bluetooth Low Energy, que chegou com o padrão 4.0 em 2011. Isso basicamente dividiu o padrão em dois segmentos: Bluetooth clássico e Bluetooth Low Energy (ou Bluetooth LE). Este foi um grande negócio.

"Bluetooth Low Energy tornou possível que tudo e qualquer coisa fossem um dispositivo conectado", disse Chuck Sabin, do Bluetooth Special Interest Group (SIG), em uma conversa comigo. "Começou o que você consideraria a internet das coisas moderna".

Parte da razão pela qual isso acontece é que, na época, o Bluetooth era incorporado em praticamente todos os telefones do mercado, e o Bluetooth LE tornava mais fácil para os desenvolvedores criarem aplicativos que aproveitam os recursos da tecnologia. Enquanto o Bluetooth clássico era voltado para conexões de largura de banda mais alta e exigia operações complicadas de emparelhamento, a tecnologia Low Energy mais recente lidava com transmissão de dados menores, ideais para dispositivos como relógios inteligentes, beacons e aparelhos domésticos inteligentes.

Como o nome indica, o Bluetooth LE também usava menos energia, para que esses dispositivos pudessem ser alimentados por baterias embutidas. O novo padrão Bluetooth também permitiu que o processo de emparelhamento acontecesse em segundo plano, o que incentivou ainda mais desenvolvedores a criar novos truques par aa tecnologia.

Nova leva de produtos

Estas atualizações incentivaram a adoção do Bluetooth de várias maneiras. Como seus chips de baixo custo podem ser alimentados por baterias de célula tipo moeda por meses ou até anos, o Bluetooth LE começou a aparecer em todos os tipos de novos aparelhos, desde monitores de pressão arterial a pequenos dispositivos de rastreamento que você pode guardar junto com seu chaveiro.

O processo simplificado de emparelhamento do Bluetooth LE também o tornou uma alternativa útil para dispositivos de comunicação de campo próximo (NFC). Uma vantagem importante, no entanto, é que o Bluetooth LE pode separar os dispositivos a dezenas de metros para conversar com cada um, enquanto o NFC funciona a uma distância de centímetros. O Bluetooth LE também pode suportar conexões conexões em duas vias com o Bluetooth clássico, que possibilitou novos recursos e melhor duração de bateria. (Os beacons Bluetooth LE também podem detectar dispositivos Bluetooth à medida que passam por ele, o que é aterrorizante para os defensores de privacidade, mas uma mina de ouro para o varejo).

Foi há cerca de cinco anos que comecei a fazer análises de fones de ouvido Bluetooth. O desafio, na época, era descobrir se alguém deles era confiável para o uso diário. Até os aparelhos mais caros eram propensos a cortar a conexão ou ser alvo de interferências.

Esta também foi a época em que muitas pessoas tinham dúvidas sobre a qualidade do áudio no Bluetooth. Isso foi justificado durante os primeiros padrões da tecnologia. A especificação 1.0 original poderia lidar com uma faixa de transferência máxima de 721 kbps, o que funcionaria bem em ligações telefônicas, mas provavelmente não faria muito mais com seus arquivos FLAC.

À medida que novas versões do Bluetooth foram lançadas, no entanto, a largura de banda aumentou e codecs como o aptX e o LDAC passaram a oferecer uma compreensão aprimorada para arquivos de áudio. Para ser sincero, há cinco anos, era difícil dizer a diferença na qualidade de áudio ao ouvir por meio de fones de ouvido Bluetooth versus fones de ouvido com fio.

Na minha experiência, o desempenho também variou amplamente por marca, pois algumas empresas simplesmente estavam melhor equipadas para navegar pelos padrões e integrar a tecnologia em seus produtos. A Jabra, por exemplo, foi um destaque inicial. Ela foi uma das primeiras empresas a produzir dispositivos Bluetooth no início da década, e seu popular Jabra Move foi um dos primeiros conjuntos de fones de ouvido sem fio que testei que ofereciam conectividade quase perfeita.

Isso aconteceu em 2014, quando a maioria dos fones de ouvido Bluetooth ainda era um pesadelo (A Jabra mais tarde me impressionou com os fones de ouvido verdadeiramente sem fio Elite 65t, um concorrente dos AirPods, da Apple, e que não está disponível no Brasil). Dentro de alguns anos, todos fabricantes, da Bowers & Wilkins à Sony, estavam fabricando fones de ouvido Bluetooth que podiam permanecer conectados, reproduzindo áudio de alta qualidade e, em alguns casos, duram mais de oito horas com uma única carga.

Então, em 2016, a Apple veio com seu chip W1. Este System On a Chip (SOC) apareceu pela primeira vez nos primeiros AirPods, além de alguns modelos da Beats. O W1 ajudou a manter uma conexão Bluetooth Class 1 entre os fones de ouvido e dispositivos Apple. (A Classe 1 é o Bluetooth mais forte e com maior consumo de energia). Esse tipo de ajuste proprietário significava que você podia emparelhar os AirPods a um iPhone sem procurar no seu configurações e, então, os pequenos fones sem fio se conectariam ao dispositivo imediatamente e sem vacilar. De repente, o Bluetooth, para alguns foi mais fácil do que conectar um fio.

AirPods de 1ª geraçãoCrédito: Christina Warren/Gizmodo

Na mesma época em que os AirPods começaram a melhorar o mercado no início de 2017, os dispositivos com suporte ao Bluetooth 5 começaram a aparecer. Embora esse padrão não crie categorias totalmente novas de produtos como o Bluetooth LE, as melhorias de desempenho significam mudar o que os dispositivos Bluetooth existentes podem fazer. O alcance mais longo, as velocidades mais altas e os melhores recursos de serviços de localização ajudaram o Bluetooth 5 a crescer a partir de dispositivos de consumo e a entrar em novos sistemas massivos.

"Na metade da década, a entrega do Bluetooth 5 deu início à revolução e evolução do Bluetooth em edifícios industriais, comerciais, casas inteligentes e aplicativos de cidades inteligentes", lembrou Sabin. Ele acrescentou que as redes de sensores podem fazer uso de novos recursos de rede mesh no Bluetooth, que podem permitir que milhares de dispositivos se comuniquem.

E o futuro?

As melhorias vistas no Bluetooth 5 também estão transformando o modo como a tecnologia funciona em dispositivos de consumo. Por ser mais eficiente, o Bluetooth 5 está aumentando a vida da bateria em muitos dispositivos. A Master & Dynamic, por exemplo, adicionou o Bluetooth 5 a nova geração de seus populares fones de ouvido sem fio MW07, e a duração de bateria quase triplicou de 3,5 horas na versão antiga para 10 horas na versão nova.

Combinada com eficiência, a largura de banda aprimorada do Bluetooth 5 está possibilitando novos recursos, como microfones sempre ativados para assistentes de voz em fones de ouvido.

Você provavelmente percebeu que estou falando muito sobre fones de ouvido e alto-falantes Bluetooth. Isso ocorre em parte porque passo muito tempo testando essas coisas e posso falar sobre como as atualizações de Bluetooth melhoraram drasticamente a maneira como elas funcionam. Mas também é importante perceber que o Bluetooth começou no áudio e continuará focado em áudio nos próximos anos.

O pessoal da Bluetooth SIG me disse que podemos esperar novos codecs para áudio de alta qualidade, mais recursos de aparelhos auditivos e alguns recursos de transmissão à medida que a próxima década se aproxima.

Caso contrário, será interessante ver o Bluetooth "lutar" com tecnologias como o Wi-Fi no nosso futuro conectado. Nós apenas estamos no começo em termos do que o Bluetooth 5 pode realizar em operações comerciais e industriais, mas é importante observar que o Wi-Fi está em toda parte. Enquanto um número crescente de dispositivos usa o Bluetooth para conversar, o Wi-Fi oferece aos gadgets a capacidade de se conectar a outros dispositivos e de se conectar diretamente à internet. Portanto, à medida que vemos as lâmpadas com Bluetooth se tornarem dispositivos cada vez mais comuns, as lâmpadas com Wi-Fi podem ser mais capazes.

"O Wi-Fi será um candidato muito forte para praticamente qualquer cenário de conectividade em casa, porque a rede Wi-Fi já existe em quase toda a casa", disse para mim Kevin Robinson, da Wi-Fi Alliance. "Quando você fala sobre internet das coisas, uma das palavras chave é internet".

A fala de Robinson não está errada. A tecnologia Bluetooth também enfrenta uma série de limitações que tornam o Wi-Fi mais atraente para os desenvolvedores. A velocidade também é um grande fator. Embora as transferências de dados tenham dobrado do Bluetooth 4 para o Bluetooth 5, a última padronização consegue lidar com apenas 48 Mbps. O próximo padrão Wi-Fi 6 chega aos 9,6 Gbps. O alcance e o consumo de bateria são mais dois problemas que sempre afetaram o Bluetooth e, embora tenham melhorado com o tempo, o Wi-Fi ainda é melhor em algumas circunstâncias.

Mas, em última análise, à medida que essas tecnologias convergem, as pessoas ganham. O Bluetooth é bom para coisas que o Wi-Fi não é e vice-versa. O simples fato de a conectividade sem fio estar se tornando o padrão é um passo excepcional adiante. Nos próximos anos, também veremos mais inovação com o 5G, por isso não é totalmente absurdo acreditar que não nos preocuparemos com a tecnologia sem fio em uma década porque a tecnologia sem fio estará em todo lugar. A única questão, então, é como aproveitar tudo isso ao máximo.

Este post faz parte da série Decade’s End que tenta revisitar grandes descobertas da última década. Você pode ler o restante dos textos (em inglês) aqui.

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