segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Gizmodo Brasil

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Máquina de pinball de Stranger Things imita telecinese de Eleven e tem projetor de vídeo escondido

Posted: 23 Dec 2019 11:57 AM PST

Apesar de os dispositivos móveis em nossos bolsos oferecerem gráficos com qualidade de fliperama, sempre que você quiser jogar um pouco, as máquinas de pinball, uma forma de entretenimento aparentemente antiquada, ainda estão prosperando, graças em parte a empresas como a Stern Pinball, cuja máquina de Stranger Things apresenta novos recursos, como projeções de vídeo e uma armadilha inteligente, inspirada nos poderes telecinéticos da Eleven.

Jogar em uma máquina de pinball é uma experiência tangível que nem o console de jogos mais poderoso e a maior tela de TV podem replicar. Há sons -mecânicos e eletrônicos -, luzes hipnóticas, o movimento irregular daquela bola de metal brilhante e a sensação da mesa tremendo e vibrando sob suas mãos e dedos agarrando os botões. É uma experiência cativante que vale a pena, mesmo que seja necessário um pouco de trabalho extra para encontrar um arcade com excelentes máquinas de pinball.

Máquinas de pinball temáticas tendem a ser mais comuns nos dias de hoje; olhando para o catálogo de Stern, você encontrará desde Game of Thrones a The Walking Dead. Mas Stranger Things parece especialmente apropriado, uma vez que a série da Netflix se passa em um momento em que as máquinas de pinball ainda dominavam os fliperamas. Mas mesmo que a série se passe nos anos 80, para sua máquina de Stranger Things, a Stern incluiu algumas das tecnologias mais avançadas já incorporadas em uma máquina de pinball.

Várias versões da máquina estarão disponíveis a partir do próximo ano – modelos Pro, Premium e Limited Edition – mas são as duas últimas que fornecerão a experiência mais exclusiva. Além de rampas, obstáculos pop-up, giradores e todos os elementos interativos que são comuns hoje em dia, a máquina de Stranger Things inclui o que parece ser uma tela de cinema em miniatura no meio da mesa, na qual animações personalizadas e trechos da série são exibidos usando um projetor oculto. O centro da tela também se dobra como a ponte levadiça de um castelo, criando uma rampa que envia bolas para colidirem com um Demogorgon animado que aparece atrás dela. Sim, as máquinas de pinball têm batalhas contra chefões agora.

Eleven de Stranger Things também desempenha um papel importante na nova máquina da Stern. A mesa inclui um eletroímã oculto que recria os assustadores poderes telecinéticos da personagem, agarrando e segurando várias bolas antes de liberá-las de uma só vez, desafiando os jogadores a enfrentarem repentinamente um grupo de bolas descendo juntas pela mesa.

As novas máquinas parecem ser a melhor coisa para os fãs de Stranger Things, mas se você estiver interessado, ela também ajudará seu orçamento se você for dono de um árcade, podendo fornecer um retorno constante de trimestre a trimestre do seu investimento. As máquinas de pinball Pro, Premium e Limited Edition de Stranger Things custam US$ 6.099, US$ 7.699 e US$ 9.099, respectivamente.

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Boeing demite CEO após desastres envolvendo aviões 737 MAX

Posted: 23 Dec 2019 09:50 AM PST

Dennis Mullenburg, CEO da Boeing, durante audiência na casa no Capitólio

A Boeing demitiu seu CEO, Dennis A. Mullenburg, e o substituirá com o atual presidente da empresa, David L. Calhoun. Um anúncio enviado à imprensa diz que Mullenburg renunciou, mas no mesmo comunicado é também dito que foi uma decisão do conselho de administração. Em português claro: Mullenburg foi demitido.

"O Conselho de Administração decidiu que a mudança na liderança foi necessária para restaurar a confiança na empresa, à medida que a companhia segue adiante em seu trabalho para reparar o relacionamento com reguladores, clientes e outras partes interessadas", diz o comunicado à imprensa.

A saída de Mullenburg vem após 18 meses tumultuosos para a empresa. Neste período houve duas tragédias com os novos Boeing 737 MAX. Os dois casos tiveram apenas cinco meses de diferença e todos os aviões MAX ao redor do mundo foram proibidos de voar.

O voo 302 da Ethiopian Airlines caiu em 10 de março de 2019 e matou todas as 157 pessoas a bordo. O voo 610 da Lion Air caiu pouco depois da decolagem na costa da Indonésia em 29 de outubro de 2018, matando todas as 189 pessoas a bordo. Ambos os voos foram no novo Boeing 737 Max-8.

O problema central do avião é o Sistema de Aumento de Características de Manobras (MCAS), que abaixa o nariz da aeronave quando detecta que ele pode estar apontando para cima e parado. E como relata o Wall Street Journal, a FAA (regulador de aviação dos EUA) sabia de problemas com o avião e permitiu que ele voasse mesmo assim. A produção do avião foi oficialmente suspensa na semana passada.

Greg Smith, CFO da Boeing, atuará como CEO interino até que Calhoun "saia de seus compromissos que não são da Boeing", de acordo com a empresa.

"Em nome de todo o conselho de administração, estou satisfeito por Dave ter concordado em liderar a Boeing neste momento crítico", disse Lawrence W. Kellner, presidente do conselho da Boeing, em comunicado à imprensa.

"Dave tem uma profunda experiência no setor e um histórico comprovado de forte liderança e reconhece os desafios que devemos enfrentar. O conselho e eu estamos ansiosos para trabalhar com ele e o restante da equipe da Boeing para garantir que hoje seja um novo caminho a seguir para a nossa empresa".

"Acredito firmemente no futuro da Boeing e do 737 MAX", disse o novo CEO Calhoun. "Estou honrado em liderar esta grande empresa e os 150 mil funcionários dedicados que estão trabalhando duro para criar o futuro da aviação".

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ToTok é a ferramenta de vigilância governamental disfarçada de aplicativo de bate-papo

Posted: 23 Dec 2019 07:59 AM PST

Embora, sim, seus aplicativos de mensagens estejam realmente espionando você, argumentar que eles foram desenvolvidos especificamente para esse fim pode parecer um exagero. Mas o mundo anda muito estranho nesse ano de 2019, e agora você pode agradecer a ToTok por tornar seus piores pesadelos de vigilância distópica em realidade.

(A propósito, estamos falando do ToTok. Não deve ser confundido com o TikTok, o aplicativo de vídeo viral que já está enfrentando seus próprios problemas em relação às questões de privacidade do usuário).

Acredita-se que o que milhões de usuários pensavam ser um aplicativo de bate-papo gratuito seja, na verdade, uma ferramenta de vigilância que vaza dados para autoridades do governo nos Emirados Árabes Unidos, disseram autoridades de inteligência dos EUA ao New York Times no domingo. Desde então, a Apple e o Google removeram o ToTok de suas respectivas lojas, mas ele continuará espionando se você já o tiver em seu telefone. Então, resumindo: Exclua o ToTok, caso você tenha baixado o app.

Segundo a reportagem, o governo dos Emirados Árabes Unidos usou o ToTok para coletar dados de localização (necessários para acessar informações sobre o clima), conversas por voz e texto e conexões sociais online de seus usuários. A maior parte da base de usuários do aplicativo vive nos Emirados Árabes Unidos, embora a ferramenta tivesse ganhando popularidade em todo o mundo e recentemente tenha aparecido nos rankings dos Estados Unidos. Apenas em novembro, o app alcançou mais de meio milhão de downloads.

Mas enquanto o ToTok se anunciava como um “aplicativo de chamadas e mensagens rápido e seguro”, sua política de privacidade não promete criptografia de ponta a ponta, apenas referenciando o armazenamento de dados: “Mensagens: todos os dados são armazenados fortemente criptografados para que os engenheiros locais do ToTok ou intrusos físicos não possam ter acesso".

Uma vantagem particularmente forte que atraiu os usuários dos Emirados Árabes Unidos foi que, ao contrário de aplicativos de bate-papo mais onipresentes como Skype e WhatsApp, o ToTok não exigia um VPN e poderia contornar as restrições impostas pelo governo dos Emirados. Isso permitia, portanto, (aparentemente) bate-papos e mensagens de vídeo sem restrições, com qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo, desde que eles também tenham uma conexão com a Internet.

E o desenvolvedor da ToTok, Breej Holding, também é aparentemente suspeito. Eles são um fantasma na internet, de acordo com o relato do Times, e provavelmente uma fachada para a agência de inteligência cibernética DarkMatter.

A empresa tem um histórico de contratos com o governo dos Emirados e contratação de ex-agentes de inteligência, e já atraiu o escrutínio das autoridades de inteligência dos EUA por supostos crimes de hackeamento. O próprio software – basicamente um trabalho de copiar e colar do aplicativo chinês YeeCall – também está vinculado a uma empresa de mineração de dados relacionada ao Dark Matter que compartilhou um prédio com a agência de inteligência dos Emirados Árabes Unidos por um tempo.

Agora, você deve estar sentindo um frio inexplicável na espinha e um impulso repentino de ter mais cuidado com suas informações pessoais. Como o ToTok não está secretamente coletando seus dados, ele não precisou usar os desafios virais de deepfake para acessar uma grande quantidade de informações pessoais. Ele não precisa. Para acessar todos os detalhes da identidade online de seus usuários, o ToTok solicitou as mesmas permissões que você esperaria de um aplicativo de rede social no seu telefone. E esperava que as pessoas não prestassem muita atenção à sua política de privacidade.

[The New York Times]

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Oportunidade para editor de vídeo: Filmora, o software que está desmistificando a produção para YouTube

Posted: 23 Dec 2019 07:00 AM PST

Editar um vídeo é um processo criativo maravilhoso. Dar forma à algo, estilizar algo, criar com audiovisual algo com propósito e capacidade de engajar milhões é um caminho sem volta – quando o bichinho te pica, é irreversível. Ser editor de vídeo, hoje, em um mundo que permite a distribuição abundante desse formato, é uma oportunidade gigantesca

Em 4 anos, no recorte de 2014 até 2018, o consumo de vídeos na web cresceu 135%. No mesmo período, o consumo de TV aumentou 13%. Essas mudanças que vemos nos hábitos do brasileiro, assistindo cada vez mais a vídeos online, estão ligadas ao peso do YouTube, que trouxe uma nova forma de consumir esse tipo de conteúdo, levando as pessoas a serem mais ativas e a se empoderarem. As pessoas também reconhecem o YouTube como um lugar onde se encontra de tudo, em que as principais tendências aparecem primeiro e que traz aquilo que todo o mundo está de olho.

Poder do YouTube para um editor de vídeo

De acordo com os rankings Alexa, o YouTube é o segundo site mais visitado no mundo, ficando atrás apenas do Google, que é o proprietário da própria plataforma. É uma presença em mais de 90 países, 80 idiomas e 1,9 bilhão de usuários ativos mensalmente, de acordo com números de julho de 2018. Isso equivale a cerca de um terço de todos os usuários da internet.

Mais de 500 horas de vídeo são carregadas para o YouTube a cada minuto e mais de um bilhão de horas de vídeos no YouTube são assistidos por dia. Tamanha abundância chama a atenção das empresas cada vez mais e uma boa estratégia de vídeos começa a se tornar foco de atenção de seus negócios.

Com o YouTube, você tem a chance de aumentar o reconhecimento da sua marca entre o seu público, além de reforçar a sua posição de referência no segmento de atuação. São oportunidades intermináveis, que você precisa estar preparado para não ser mais um peixe no aquário – e sim uma bela jubarte no oceano, livre, imponente e digna de registro.

É preciso levar a sério. A concorrência hoje não é mais direta, mas sim assimétrica e transversal. Isso significa que ela vem de todos os lados, de cima e de baixo. Você realmente precisa ter um diferencial – e a edição é o primeiro passo para o caminho da retenção (métrica mais almejada entre os criadores de conteúdo).

Quais são as principais motivações que levam as pessoas a consumirem vídeos?

Segundo a pesquisa Video Viewers, a primeira motivação é entretenimento – 38,7% da amostragem busca vídeos para se divertir. Em segundo vem conhecimento – 29,8% das pessoas buscam se informar; na sequência vem conexão – 22,3% dos objetos de pesquisa buscam sentir algo em conjunto; e por fim, identificação – 9,2% busca se encontrar. O YouTube cobre todos os territórios de necessidade.

E o estudo vai além: ele aponta que os brasileiros veem a plataforma como o lugar que mais oferece vídeos geradores de identificação e inspiração, espelhando a riqueza do mundo onde vivemos. O editor de vídeo que souber se posicionar diante dessas motivações, terá seu espaço no futuro.

De olho nisso, o Gizmodo Brasil procurou por possíveis oportunidades que pudessem te ajudar a começar trilhar essa caminhada. O resultado foi a WonderShare e o seu software Filmora.

Editar um vídeo não é mais um problema!

O Filmora oferece dois editores para YouTube:

  • o Filmora9 – editor de vídeo para iniciantes -, com o Filmstocks dentro dele, que oferece efeitos de vídeo, áudio e mídia prontos, sem direitos autorais para YouTubers. Edição de vídeo por um preço ainda menor: R$169.99 por acesso de um ano, R$249.99 por acesso vitalício; interface de usuário intuitiva que torna o filmora9 simples de aprender e usar para criadores de vídeos de todos os níveis; variedade de elementos integrados como títulos, filtros e outros materiais;
  • e o FilmoraPro – editor de vídeo para profissionais -, que possui mais modos de edição avançados, incluindo edição deslizante, aumento de duração e edição de ondulação; controles avançados de equilíbrio e correção de cor, incluindo três efeitos de correção automática, círculos cromáticos e curvas; biblioteca de efeitos maior recheada de efeitos profissionais personalizáveis com imensos módulos e parâmetros ajustáveis; keyframes para controlar e animar todos os parâmetros diferentes no seu vídeo, áudio e efeitos; redução do alcance dinâmico entre as partes mais suaves e ruidosas do seu áudio para dar uma maior consistência ao seu som; e limpeza de áudio selecionando e analisando automaticamente uma parte com o som do ruído que pretende reduzir.

Fácil de usar

Basta arrastar e soltar para aplicar efeitos de vídeo no Filmora9. O FilmoraPro suporta cortar/recortar/rodar/acelerar seu material, adicionar música, texto ao vídeo e importar e exportar mais de 30 formatos.

Interface e vídeos-tutoriais em português

Nesse mercado, é muito comum que os softwares estejam disponíveis apenas em inglês. Tanto o Filmora9, quanto o FilmoraPro têm interface e vários vídeos tutoriais em português (que são postados no canal oficial do Filmora no YouTube).

Adequados para YouTubers

O Filmora9 suporta configurar a proporção da tela 16:9, que a maioria dos vídeos no YouTube usam, além da possibilidade de exportar diretamente do software para o seu canal na plataforma. O Filmstocks oferece vários efeitos de vídeos prontos, tais quais pack de vlog, videogame, intros, títulos e muito mais.

Outro recurso interessante é a ferramenta de Chroma Key e tela dividida, para dar aquele ar de Hollywood em suas produções. Quer apresentar seu programa da praia? Você está a um clique de distância. E para os canais de moda, beleza e maquiagem, por exemplo, a função de tela dividida pode ajudá-los a colocar dois ou mais vídeos na mesma tela, para efeito de comparação de produtos. São mais de 30 modelos de tela dividida.

Código de cupom WonderShare e Gizmodo Brasil

Com o código de cupom "LBR10", leitores do Gizmodo ganham 10% de desconto no site do Filmora, além de outros produtos da WonderShare, como PDFelement, dr.fone e Famisafe.

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Usuários do Twitter no Android devem atualizar o aplicativo imediatamente

Posted: 23 Dec 2019 06:08 AM PST

Se a rolagem infinita do Twitter no seu telefone faz parte do seu ritual diário, você vai querer atualizar o aplicativo o mais rápido possível, caso seja um usuário do Android. Na última semana, o Twitter confirmou uma vulnerabilidade em seu aplicativo para Android que poderia permitir que hackers vissem suas "informações não públicas da conta" e controlassem sua conta para enviar tuítes e mensagens privadas.

De acordo com um post no blog do Twitter Privacy Center publicado na sexta-feira (20), o problema de segurança (recentemente corrigido) poderia permitir que hackers controlassem uma conta e acessassem dados como informações de localização e tuítes protegidos "através de um processo complicado que envolve a inserção de código malicioso em áreas restritas de armazenamento do aplicativo do Twitter”, potencialmente colocando em risco os milhões de usuários do aplicativo.  Um tuíte do suporte do Twitter mais tarde detalhou que o problema foi corrigido para a versão 7.93.4 do Android (lançada em novembro para o KitKat), bem como a versão 8.18 (lançada em outubro para o Lollipop e versões mais recentes).

Portanto, se você usa o aplicativo do Twitter no Android, precisa atualizar para a versão mais recente agora mesmo.

(O aplicativo para iOS aparentemente não foi afetado.)

A publicação do blog dizia que atualmente não há evidências que sugiram que algum agente mal-intencionado tenha explorado esse bug, mas “não podemos ter certeza absoluta”, de modo que o Twitter está tendo uma resposta proativa. No momento, a empresa está enviando um e-mail para os usuários que correm maior risco por essa exploração e fornecendo instruções sobre como atualizar o aplicativo.

Embora essa não pareça ser a mesma vulnerabilidade que um hacker explorou para controlar a conta do CEO do Twitter, Jack Dorsey, em agosto, você pode avaliar por esse erro o quão vergonhoso esses problemas de segurança podem ser. Basta adicionar isso aos outros escândalos recentes de privacidade que o Twitter e o Android se envolveram antes da nova década começar.

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Dinheiro das farmacêuticas influencia o que médicos prescrevem aos pacientes, diz estudo

Posted: 23 Dec 2019 04:00 AM PST

Notas de dólar dos Estados Unidos sendo contadas

Uma nova reportagem da ProPublica confirma o que muita gente já suspeitou sobre a influência de grandes empresas farmacêuticas na área da saúde: médicos que recebem dinheiro de uma farmacêutica relacionada a um medicamento têm maior probabilidade de prescrever o mesmo remédio frequentemente caro para seus pacientes.

Não é segredo que as empresas farmacêuticas gastam muito dinheiro com médicos e cientistas — mais de um bilhão de dólares anualmente. Esse dinheiro pode variar desde oferecer canetas e jantares gratuitos aos médicos, até pagar para dar palestras em conferências e eventos patrocinados. E há evidências constantes de que esses pagamentos podem influenciar sutilmente o comportamento dos médicos, tanto em suas interações com os pacientes quanto nas pesquisas que realizam.

Uma outra reportagem de 2016 da ProPublica, por exemplo, descobriu que quanto mais médicos eram pagos pelo setor, mais eles prescreviam medicamentos da marca em geral. Outra pesquisa descobriu que esse aumento na prescrição da marca acontece mesmo quando os médicos recebem uma "refeição grátis" de menos de US$ 20. Mas, de acordo com a autora deste último relatório, Hannah Fresques, o que está faltando é uma análise mais abrangente da prática em um nível individual de medicamento.

"Examinamos especificamente quais medicamentos foram promovidos em cada interação que nossos registros forneceram evidências", disse Fresques ao Gizmodo em uma entrevista por telefone.

Fresques e outros usaram dados do programa Open Payments, um projeto iniciado em 2014 para rastrear pagamentos do setor feitos a médicos e hospitais de ensino por empresas que vendem medicamentos e produtos médicos cobertos por planos de seguro fornecidos pelo governo dos EUA, como o Medicare. Em seguida, eles fizeram referência cruzada dessas informações com dados de prescrição de médicos que haviam faturado por meio do programa de prescrição de medicamentos do Medicare em 2016.

Em 50 dos medicamentos de marca mais prescritos naquele ano, eles encontraram o mesmo padrão. Por exemplo, quando os médicos obtiveram pagamentos relacionados a um medicamento usado para tratar síndrome do intestino irritável chamado Linzess das fabricantes Allergan e Ironwood, eles tiveram 45% mais chances de prescrever o medicamento em média do que os médicos não financiados. O mesmo relacionamento ocorreu em 46 dos 50 medicamentos, com taxas de prescrição em média 58% mais altas para os médicos financiados pelo setor. E 38 dos 50 medicamentos custam mais de US$ 1.000 por ano por paciente.

Outros medicamentos populares incluíam o opioide Oxycotin, o medicamento para colesterol alto Crestor e o medicamento para coagulação sanguínea Xarelto.

As empresas, lobistas e médicos financiados que foram entrevistados por Fresques estavam na defensiva sobre os resultados.

"Sou mais educado em relação ao medicamento, pois tenho que ser treinado para falar sobre ele, por isso estou mais confortável em prescrevê-lo", disse Huey Nguyen, gastroenterologista de Indiana, que recebeu mais de US$ 7.000 entre 2013 e 2018 como um palestrante promocional do Linzess, à ProPublica. E, embora negasse que o relacionamento financeiro que ele mantinha com a Allergan e outras empresas influenciou seu atendimento aos pacientes, ele acrescentou que era "perfeitamente razoável que as pessoas questionassem meus motivos".

"Mesmo que os próprios médicos digam que isso não está afetando seu julgamento, há pesquisas mostrando que é possível. A outra preocupação é que corroa a confiança entre pacientes e médicos", disse Fresques. "Acho que muitos pacientes não sabem que esse tipo de atividade ocorre e são informações valiosas".

A reportagem não tinha como objetivo descobrir se esses pagamentos tiveram algum efeito negativo específico sobre a saúde dos pacientes. Fresques obseva, no entanto, que o Medicare Part D poderia ter economizado quase US$ 3 bilhões em 2016 se tivesse pago apenas pelas versões genéricas disponíveis dos medicamentos de marca. E, de acordo com Nicholas Evans, bioeticista da Universidade de Massachusetts Lowell, é claro que a prática tem um efeito pernicioso na medicina como um todo.

"Não sabemos, com certeza, em todos os casos, se isso está relacionado a piores resultados de assistência médica e de saúde. O que podemos dizer é que esse é um componente da injustiça maior que é a assistência médica dos EUA", disse Evans ao Gizmodo por e-mail. "Se é verdade que é assim que os médicos recebem informações sobre os novos medicamentos e orientações sobre prescrição, isso é horrível, porque o que estamos dizendo é que o mercado para novos conhecimentos médicos é exatamente isso: aquele em que o conhecimento sobre medicamentos é governado por quem pode pagar para promover o seu produto. Não é possível executar um sistema de saúde. É uma maneira de ganhar dinheiro, nada mais do que isso".

Além disso, disse ele, a reportagem deve servir como um lembrete de que convencer os médicos a jantares gratuitos é apenas um exemplo de como a indústria farmacêutica lucra às custas dos pacientes. E nada isso vai pará-los de agir desta forma.

"Os tipos de reformas sobre os quais estamos falando agora — os vários planos agrupados do Medicare For All — tirariam algumas das empresas farmacêuticas poderosas para ditar prescrições por meio de materiais promocionais", disse ele. "Isso, na minha opinião, é uma coisa boa, porque a medicina deve ser governada por evidências, não por marketing. Mas as empresas farmacêuticas e seus grupos de lobby da indústria se oporão a isso, porque isso vai contra seus resultados, limitando as maneiras pelas quais elas podem afetar o comportamento de quem prescreve medicamentos".

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Como assistir ao Apple TV+ sem uma Apple TV

Posted: 23 Dec 2019 03:30 AM PST

A Apple TV é o dispositivo mais óbvio para assistir ao Apple TV+, serviço de streaming de vídeo da empresa. Mas se você não tem a set-top-box, existem outras maneiras de assistir ao The Morning Show, The Servant, For All Mankind, Dickinson e as outras séries que a Apple está planejando. Fizemos um guia de como assistir ao Apple TV+ em (quase) todos os outros lugares.

iPhones, iPads, macOS

Apple TV+ no macOS. Captura de tela: Gizmodo

Se você tem algum dispositivo fabricado pela Apple, é bem fácil de começar a assistir ao serviço de streaming de vídeo da marca. Procure pelo aplicativo de TV em seu iPhone, iPad ou computador com macOS. A partir dele, você terá acesso instantâneo a todo o conteúdo do Apple TV+ (além de todo o conteúdo do iTunes e de outros aplicativos).

A interface é praticamente igual em todos as plataformas da Apple – você tem um painel de Assistir, com tudo o que você deixou pela metade, e as seções para Filmes, Séries, Crianças e sua Biblioteca.

Se você estiver assistindo em um Mac ou em um iPad, você pode escolher entre ver em tela cheia ou no modo picture-in-picture.

Windows e Chrome OS

Apple TV+ no Windows. Captura de tela: Gizmodo

Se tiver um computador Windows ou Chrome OS, ainda poderá ver os conteúdos do serviço de streaming de vídeo da Apple – basta abrir o Apple TV+ pelo navegador que preferir, clicar em Assistir, colocar o seu login e senha com ID da Apple.

Os conteúdos que já começou a ver irão aparecer no topo, enquanto haverá uma seleção ampla de programas mais abaixo.

Não é a versão web mais polida ou confiável que já vimos em serviços de streaming, mas esse tipo de plataforma nunca foi o forte da Apple. Essa opção, pelo menos, permite que você logue e assista aos seus programas da Apple TV+ em praticamente qualquer computador – o aplicativo web não funciona nos Macs, mas força o usuário a entrar no app de TV.

Android

Apple TV+ em um Android. Captura de tela: Gizmodo

Se você quiser assistir ao Apple TV+ em um dispositivo Android, o melhor jeito é usar o mesmo web app que mencionamos acima – mas é uma experiência cheia de bugs. Quando testamos a versão web no Google Chrome em um Pixel 4 XL, não fomos muito longe: logamos, passamos pela seleção de séries e encontramos uma tela preta com controles de reprodução – basicamente, ficamos travados na tela de carregamento.

Para contornar isso, é necessário pedir para carregar a versão desktop do site. Dá para fazer isso apertando no botão de menu do Chrome (os três pontinhos, na parte superior direita), e então selecionar Versão para computador.

Depois disso, conseguimos reproduzir as séries pelo Chrome do Android. Porém, independente do que fizéssemos, a barra de gestos não desaparecia. A sua sorte pode ser diferente, dependendo de qual dispositivo Android e navegador estiver usando.

Android TVs e Chromecasts

Transmitindo o Apple TV+. Captura de tela: Gizmodo

Os aplicativos de TV nos iPhones, iPads e Macs não possuem um botão para o Chromecast, então essa não é uma opção viável se você quiser assistir a alguma série em uma televisão com Android ou com um Chromecast. Também não há nenhum app da Apple TV+ para a Android TV, o que não é surpreendente.

O que você pode fazer é abrir o web app da Apple TV+ em uma aba do Chrome e dali fazer a transmissão para o seu Chromecast ou Android TV (todas as Android TVs possuem a opção de Chromecast). Para isso, toque no menu do Chrome (três pontinhos) e depois em Transmitir.

Testamos essa opção e ela funciona bem o suficiente. Não é a experiência mais suave de vídeo e áudio que se pode ter, mas dá para o gasto.

Em outros lugares

Apple TV+ no Roku. Imagem: Roku

O app TV no Mac, iOS e iPadOS não suportam o Chromecast, mas possuem o AirPlay – se você comprou uma TV recentemente, existe a possibilidade de ela ter essa função embutida, e aí você consegue usar esse protocolo de streaming para assistir numa tela maior, sem precisar de uma Apple TV. Basta tocar no botão de AirPlay enquanto estiver assistindo algo em seu celular, tablet ou computador.

Não tem como usar o seu PS4 ou Xbox One, e qualquer que seja a tecnologia utilizada pelo web app do Apple TV+, ela não funciona nos navegadores padrão dos consoles. A Apple prometeu suporte para mais dispositivos no futuro, então o PS4 e Xbox One podem estar inclusos nessa leva – certamente ajudaria o serviço a enfrentar melhor a concorrência.

Aplicativos oficiais já chegaram para dispositivos Roku e Amazon Fire TV, então usar um desses aparelhos é bem simples. Para saber as novidades de novos dispositivo com suporte, fique de olho nesta página do site da Apple.

No geral, é possível assistir o Apple TV+ em mais lugares do que se poderia esperar de um serviço da Apple (as possibilidades são maiores do que as que tínhamos com os filmes e séries do iTunes) – mas a Apple sabe que precisa que o Apple TV+, Apple Music e outros serviços possam passear para além de seu parquinho fechado.

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