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- O que rolou de legal na CES 2020 e deve repercutir durante o ano
- Vênus pode ter vulcões ativos
- DG1 é a primeira placa gráfica dedicada da Intel em anos, e ela deve chegar ao mercado em 2020
- Uber deixará de operar serviço de transporte na Colômbia em 1º de fevereiro
- CES 2020 teve gadgets e empresas para adultos, mas eles foram recebidos com receio pela organização
O que rolou de legal na CES 2020 e deve repercutir durante o ano Posted: 11 Jan 2020 01:10 PM PST A edição de 2020 da Consumer Electronics Show (ou CES, como a feira é mais conhecida) se encerrou neste final de semana. Centenas de empresas apresentaram produtos e conceitos dos mais variados tipos que foram de celulares a pedaços de madeira “inteligentes” com LED. O noticiário de tecnologia foi bastante cheio nesta semana graças a feira e, como publicamos o que esperávamos da feira, fazemos agora um balanço do que rolou. Casa conectadaSeguindo o mantra de edições anteriores, a casa conectada (ou “inteligente”, como as marcas gostam de vender) está se transformando em algo mais palpável — começando por mercados como os EUA, como de costume. Os dispositivos automatizados estão encontrando utilidades reais, sendo refinados, apesar de ainda serem muito caros. Para você ter uma ideia, uma cama “inteligente” que esfria e aquece cada lado do colchão separadamente custa a pechincha de US$ 8.000. Já a torneira da Moen que ajusta a temperatura e até a quantidade exata de água que deve liberar sai mais em conta, por US$ 430 — ainda assim, um valor considerável. Apesar dos valores, é evidente que são gadgets bacanas, que a gente sonha em ter na casa do futuro. Imagem: Moen A casa conectada também recebeu um empurrãozinho dos assistentes virtuais, que estão ficando mais espertos, integrados a cada vez mais produtos e, pelo menos na superfície, mais conscientes de que os consumidores não querem trocar privacidade por comodidade. O Google aproveitou a CES 2020 para lançar uma ferramenta que facilita a configuração dos dispositivos conectados, as ações programadas (que permite que você instrua um dispositivo conectado a fazer coisas em determinados momentos) e anunciar que seu conjunto de voz está mais expressivo, com mais emoções na fala. Imagem: LG Entre os dispositivos mais bacanas, parece que a utilidade está mesmo na cozinha. Além da torneira inteligente que citei acima, a empresa Juno criou um acessório capaz de gelar até as bebidas mais quentes em pouco tempo. A LG, por sua vez, quer que você tenha uma hortinha dentro de casa. Para que as refeições têm muito o que ganhar com essa tendência de casas conectadas. Esse tipo de produto deve aparecer nas próximas edições da CES e no noticiário de tecnologia durante o ano. NotebooksOutra categoria de produto que dominou as manchetes foi a de notebooks. O desktop ainda tem seu espaço, principalmente no ambiente corporativo e de games, mas sempre que vejo os lançamentos de laptops eles me parecem mais obsoletos. Não quero dizer que vão desaparecer, mas os notebooks chegaram a ponto de performance que une portabilidade que atrai a maioria das pessoas. E, falando em games, a próxima aposta das companhias parece ser desenvolver laptops potentes para jogos. O Asus Zephyrus G14 tem especificações bacanas e um monte de LEDs na tampa, além de não ser um trambolho. A AMD, por sua vez, finalmente está no páreo de CPUs para laptops com o Ryzen 4000. E aqui faço uma menção honrosa ao Big O, que não é um notebook, mas um desktop que vem com Xbox One S ou PS4 embutido — baita ideia. Asus Zephyrus G14. Foto: Sam Rutherford/Gizmodo Como de costume, vimos o novo Dell XPS 13, que incrivelmente conseguiu ficar ainda mais bonito. Falando em beleza, o Galaxy Chromebook da Samsung parece ser elegante — mas confesso que não consegui entender por que tanta potência num laptop que roda um sistema operacional limitadíssimo. Alguns conceitos chamaram a atenção, como a tela dobrável do ThinkPad X1 Fold. Ele tem painel OLED plástico flexível da LG de 13,3 polegadas e me pareceu ser um dispositivo dobrável mais interessante do que os smartphones do tipo — o laptop parece ser bastante versátil. A Dell tem um produto muito parecido, o Concept Ori, e uma outra solução chamada Concept Duet oferecendo telas idênticas de 15 polegadas na parte superior e inferior. ThinkPad X1 Fold. Foto: Sam Rutherford/Gizmodo Coisas legaisAlém de produtos mais convencionais como notebooks e utilidades domésticas, a CES sempre nos revela algumas bugigangas que você mal poderia imaginar e outras inovações que vão além de dispositivos. A própria Dell, por exemplo, mostrou um clone do Switch com Windows, chamado Concept UFO. Por fora, ele tem dois controles removíveis, um suporte dobrável e uma porta para conectar a uma tela. Mas por dentro, é um PC completo, incluindo suporte para uma CPU x86. Concept UFO. Foto: Sam Rutherford/Gizmodo A PopSockets, empresa que criou aquele círculo de plástico que fica grudado na traseira do celular e ajuda a segurar o aparelho de forma mais confortável, resolveu o problema de muita gente com um carregador sem fio próprio, com um buraco para você encaixar o celular. Quem usa o acessório geralmente não consegue usar um carregador sem fio porque não há espaço para contato — e, olha, com esse acessório você evita até do smartphone cair ou que ele fique mal encaixado, win-win. Saindo dos gadgets, a Impossible Foods apresentou a sua versão para carne de porco a base de plantas, ampliando o leque de sabores de seus produtos. Quem comeu disse que é bastante gostoso — o Burger King deverá ter o produto em lojas selecionadas dos EUA no final de janeiro. Inovações médicas também fizeram parte da CES 2020 e uma das soluções mais curiosas foi o adesivo que é colocado lá onde o Sol não bate para tratar a ejaculação precoce. O dispositivo desenvolvido pela Morari é uma espécie de band-aid que vai lá no períneo — entre o ânus e o saco escrotal. Adesivo da Morari. Foto: Victoria Song/Gizmodo E já que falamos em sexo, a CES ficou menos careta e finalmente passou a permitir a exibição de brinquedos eróticos e afins. Teve empresa que mostrou vibradores que poderiam ser montados de acordo com preferências pessoais, a Lora DiCarlo montou seu estande com o Osé — brinquedo sexual que havia ganhado o prêmio de inovação no ano passado, mas proibido de exibir na feira — entre outras. Por outro lado, o ganhador do prêmio deste ano era um produto voltado para usuários de maconha, mas que também teve restrições (mas, para ser justo, algumas questões legais estavam envolvidas). Quem sabe ano que vem a CES fique ainda menos careta. The post O que rolou de legal na CES 2020 e deve repercutir durante o ano appeared first on Gizmodo Brasil. |
Posted: 11 Jan 2020 11:17 AM PST Experimentos em laboratório mostram evidências de que Vênus pode estar vulcanicamente ativo. A Terra é o único planeta com vulcões ativos conhecidos (embora a lua Io de Júpiter seja bastante vulcanicamente ativa). Quanto a Vênus, uma espaçonave chamada Venus Express orbitou o planeta de 2006 a 2014 e coletou dados, mas observar diretamente a atividade vulcânica na superfície é difícil por causa de sua atmosfera espessa. Um novo experimento de laboratório demonstrou que uma das observações da sonda poderia ser explicada pela atividade vulcânica de um dia que altera as rochas chamadas olivina.Os cientistas já haviam encontrado evidências de vulcões e fluxos de lava na superfície de Vênus, mas não conseguiam descobrir a idade desses fluxos. Geralmente, os cientistas estudam a composição da superfície de um planeta com base nos diferentes comprimentos de onda da luz que ele emite e reflete. Mas, no caso de Vênus, eles têm menos linhas de emissão para trabalhar devido ao dióxido de carbono da atmosfera absorver parte da luz. A caracterização completa dos minerais na superfície de Vênus requer simulações por computador e a compreensão de como as reações químicas, como a atmosfera gasosa que interage com os minerais da superfície após uma erupção, podem afetar os sinais observados pela Venus Express. Um estudo publicado anteriormente pelos mesmos autores mediu as propriedades da olivina, um mineral que eles acreditam existir na superfície de Vênus, incluindo a quantidade e os comprimentos de onda da luz refletida após a oxidação em um forno a 600 e 900 graus Celsius. Após um mês de oxidação, a olivina desenvolveu uma camada enferrujada de hematita, alterando os comprimentos de onda da luz que refletia. Isso é importante porque os resultados da Venus Express pareciam registrar a assinatura da olivina, de acordo com o artigo publicado na Science Advances. Mas se a olivina se oxida rapidamente sob a quente atmosfera de Vênus, a olivina observada pela Venus Express pode ter apenas meses de idade. Os vulcões podem ter trazido a olivina para a superfície do planeta apenas alguns dias antes das observações da Venus Express. Essa evidência, combinada com picos ocasionais no dióxido de enxofre atmosférico que a Venus Express e o Pioneer Venus Orbiter registraram, é um argumento mais forte para que haja vulcões atuais em Vênus. Esta pesquisa não é evidência direta de vulcanismo da superfície do planeta, é claro. Mas é motivação para outra missão para nosso vizinho pouco estudado e que poderá responder a essa pergunta com certeza — embora é possível que nossa tecnologia atual não consiga lidar com a atmosfera aterradora do planeta. The post Vênus pode ter vulcões ativos appeared first on Gizmodo Brasil. |
DG1 é a primeira placa gráfica dedicada da Intel em anos, e ela deve chegar ao mercado em 2020 Posted: 11 Jan 2020 10:19 AM PST A primeira placa gráfica da Intel em anos, a Intel DG1, chegará ainda este ano. Anunciada no início desta semana na CES 2020, aqui está tudo o que vimos sobre a DG1, sua arquitetura Xe e os planos da Intel para usá-la em conjunto com sua próxima geração de CPUs, a Tiger Lake. A DG1 é a grande jogada da Intel para rivalizar melhor com as conhecidas fabricantes de GPU Nvidia e AMD. No final de 2017, a Intel escalou o principal arquiteto de GPU da AMD, Raja Koduri, e anunciou seu plano de investir na criação de placas gráficas dedicadas — a primeira da empresa desde a abortada GPU Larrabee, em 2009. Menos de seis meses depois de conquistar Koduri, a Intel trouxe Jim Keller, seu antigo colaborador na AMD que estava na Tesla. Desde então, tivemos algumas informações sobre a DG1 e o programa de gráficos discretos planejados da Intel, o Odyssey. Em 2019, a Intel finalmente lançou suas CPUs Ice Lake, que levaram um longo tempo em desenvolvimento e trazem gráficos muito melhorados — um indicativo do trabalho que a empresa vinha fazendo nesse setor. No final de novembro, a Intel começou a falar mais sobre a arquitetura que estava na base de seus novos produtos gráficos, a Xe. Ela se ramificou em três microarquiteturas. A Xe HPC será usada nos servidores para alimentar a nuvem. A Xe HP é destinada a estações de trabalho profissionais. A Xe LP é o que mais importa para nós, pois será usada em jogos e dispositivos móveis. O Xe LP será encontrado na próxima geração de CPUs Intel, Tiger Lake. Segundo a Intel, o Tiger Lake terá até o dobro do desempenho gráfico de seu antecessor, Ice Lake. Em nossos testes, o Ice Lake consegue uma média de 34 quadros por segundo em Overwatch a 1080p em configurações altas. Isso pode significar 60 quadros por segundo em Tiger Lake. Isso colocaria as GPUs Xe LP em pé de igualdade com a GeForce mx250 da Nvidia. A Intel também alega uma melhoria de “dois dígitos” no desempenho da CPU em Tiger Lake em comparação com Ice Lake. Isso significa que o Blender poderá em breve renderizar o popular benchmark "Car Demo" em menos de 10 minutos em processadores destinados a laptops finos e leves, como o Dell XPS 13 e o Lenovo Yoga. No Ice Lake, esse benchmark fica em torno de 10 minutos e 7 segundos para o processador Ice Lake i7 1065G7. Espera-se que Tiger Lake seja lançado em laptops ainda este ano, mas o Intel DG1 está sendo colocado em um slot PCIe agora e será enviado em breve para desenvolvedores de software independentes (ISVs). Ele vai primeiro para os ISVs em vez de ir direto para todas as nossas mãos porque o hardware é apenas metade de uma nova implantação da arquitetura gráfica. Como vimos nos primeiros dias da arquitetura Vega da AMD, o suporte ao software é absolutamente crucial para o desempenho da GPU. Os desenvolvedores de sistemas operacionais, designers de jogos e empresas de software em geral que usam GPUs precisam acessar o hardware e uma boa API se a Intel quiser maximizar o desempenho. A Intel já se concentrou bastante nas melhorias de software, pois prevê o lançamento do DG1 (espero) ainda este ano. O Intel Graphics Command Center, o pacote de software por meio do qual os usuários irão interagir com a GPU, já está na versão beta, e a Intel já está mexendo com alguns recursos divertidos da GPU, como "retro scaling", que aprimora os gráficos de jogos de 16 bits (pense no SNES ou no Mega Drive). Portanto, a Intel está enviando o DG1 para ISVs agora para ajudar a descobrir outros recursos e ajustes de software necessários antes de um eventual grande lançamento. Se você quiser saber mais, a Intel fará uma sessão de perguntas e respostas no Reddit na próxima quinta-feira, 16 de janeiro, às 14h, no horário de Brasília. The post DG1 é a primeira placa gráfica dedicada da Intel em anos, e ela deve chegar ao mercado em 2020 appeared first on Gizmodo Brasil. |
Uber deixará de operar serviço de transporte na Colômbia em 1º de fevereiro Posted: 11 Jan 2020 07:55 AM PST Em uma decisão que surpreendeu a mídia local, a Uber anunciou nesta sexta-feira (10) que vai deixar de operar o serviço de transporte de passageiros na Colômbia a partir de 1º de fevereiro. O movimento vem após um longo processo movido contra a empresa no país. A autora da ação contra a Uber é a Cotech, uma operadora local de táxis, que registrou a reclamação contra a companhia em 2016. A entidade argumenta que o app de transportes incentiva a concorrência desleal por incentivar a prestação de serviços em carros particulares e pelo uso de uma tarifa dinâmica. No entanto, após um longo processo, a SIC (Superintendência de Indústria e Comércio), uma agência colombiana que fiscaliza a competitividade (algo parecido com o Cade, no Brasil), julgou em 20 de dezembro de 2019 que a Uber deveria interromper seu serviço no país. A Uber está recorrendo da decisão, mas, enquanto isso, decidiu anunciar que vai parar de funcionar na Colômbia a partir do próximo mês. Diz o comunicado da Uber:
Segundo o jornal colombiano El Tiempo, o Ministério de Transporte do país informou que "é proibido prestar serviço público de transporte em um veículo privado", além disso o órgão informa que existe regulamentação para apps de transporte que, no caso, é a necessidade de ter os mesmos requerimentos de taxis tradicionais. Então, tanto a empresa como os veículos devem receber uma autorização para estarem regularizados no país. É curioso que a decisão, por ora, cita só a Uber. Outros apps que atuam na Colômbia — como Didi (a empresa dona da 99), Cabify e Beat e InDriver — continuam a operar normalmente, por ora. Além disso, a Uber está saindo apenas do ramo de transporte de passageiros, pois o UberEats continuará funcionando normalmente — aliás, a Colômbia é a sede do Rappi, um dos grandes concorrentes da Uber no ramo de entregas. Apesar da escolha drástica da Uber, um post no Twitter indica que a companhia deve ainda se esforçar para voltar a operar em nosso vizinho sul-americano. A empresa diz "adeus", mas que espera que seja um "até breve".
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CES 2020 teve gadgets e empresas para adultos, mas eles foram recebidos com receio pela organização Posted: 11 Jan 2020 05:31 AM PST Eu estava bem cansada quando cheguei ao estande da Crave na CES na Sands Expo. Havia um trailer da Airstream de 1961 com luzes de néon que o convidavam a "Dominar o Seu Prazer". Acima, havia um cartaz digno do Instagram detalhando o Manifesto de Prazer da Crave, cheio de aforismos sexuais positivos sobre como ‘o prazer não é egoísta’ e que ‘se falarmos de prazer fora dos lençóis, podemos tirá-lo das sombras'. Havia também outros sinais e adesivos atrevidos. “De acordo com meu novo smartwatch fitness, eu me masturbei por 6 km”, dizia um deles. Outro dizia: “Conte seus orgasmos, não suas calorias”. Eu estava lá no estande da Crave para construir um vibrador. Essa não é uma frase que eu pensei que escreveria na CES, especialmente depois do ano passado, quando a feira premiou, revogou e premiou novamente Lora DiCarlo por seu inovador brinquedo sexual Osé. Meses depois, quando a reação diminuiu, a CES anunciou que recuaria em seus padrões puritanos injustos e convidaria as empresas de tecnologia sexual a participar do maior programa de produtos eletrônicos de consumo do mundo, em "caráter experimental". Isso não significa que a CES deste ano tenha sido uma explosão de vibradores, plugs anais ou brinquedos sexuais mais ousados que você pode encontrar em uma loja para adultos em outro lugar da Strip, em Las Vegas. Em eventos como CES Unveiled e Pepcom, onde a mídia pode ver um seleto grupo de expositores do lado de fora do salão, havia mais de um estande para tecnologia sexual e eles não haviam sido necessariamente empurrados para um canto com baixa movimentação. (Embora o adesivo da Morari Medical tenha sido definitivamente “escondido”.) Este ano, a tecnologia sexual não foi banida para as sombras – mas eu não chegaria ao ponto de dizer que também foi celebrada. Pelo menos, não pela CTA (Consumer Technology Association), a entidade organizadora do evento. O que me leva de volta ao workshop Build-a-Vibe do Crave. A razão de eu estar tão cansada foi porque passei o dia inteiro tentando visitar ou encontrar o maior número possível de empresas de tecnologia sexual. Não foi exatamente fácil. Para começar, enquanto a maioria dos estandes estava localizada na Sands Expo, na seção de saúde e bem-estar, eles não estavam necessariamente agrupados. O estande de Lora DiCarlo tinha um espaço maior e estava longe do resto dos estandes. Mas Crave e Satisfyer também tinham estandes de tamanho decente que atraíam muito tráfego de visitantes. Enquanto isso, outras empresas como Lionness e MysteryVibe tinham estandes menores em áreas menos movimentadas. A Dame Products, sobre o qual você já deve ter ouvido falar devido ao processo judicial com o MTA [rede de transporte dos EUA] relacionado a publicidade, não tinha seu próprio estande – ela fez parceria com a Formlabs, de impressora 3D, para estar presente na feira. O único problema era que isso significava que ela estava escondida em um canto no South Hall do LVCC, longe das outras empresas de tecnologia do sexo. Havia muita gente no estande da Crave, que teve que receber aprovação da CTA para todas as suas sinalizações e materiais. Foto: Victoria Song/Gizmodo "Nós na verdade gostamos que [os estandes] estão um pouco dispersos porque acho que se estivéssemos todos em uma área, muitas pessoas realmente evitariam essa área", diz Anna Lee, cofundadora da Lionness. Mas não vivemos em um mundo ideal. A maioria das empresas de tecnologia do sexo com quem conversei era pequena e fundadas, administrada e trabalhava com mulheres. Para elas, o objetivo de expor em uma feira como a CES é divulgar seu produto. Para que as pessoas vejam, se envolvam e, esperançosamente, atraiam alguns investidores interessados. A dispersão das empresas pode não ter impacto em marcas maiores, mas certamente afeta empresas menores que buscam ganhar visibilidade. Os locais dispersos seriam menos problemáticos se fosse fácil encontrar expositores por categoria. O aplicativo da CES é uma bagunça quando se trata de encontrar empresas por categoria. Isso é duplamente verdadeiro para a tecnologia do sexo. As empresas são categorizadas como saúde e bem-estar – nomenclatura adequada para a maioria -, mas a pesquisa por ‘sexo’ como palavra-chave no aplicativo não produz resultados. Você precisaria saber o nome da empresa que está procurando ou, de outra forma, navegar por várias categorias. Lora DiCarlo, por exemplo, pode ser pesquisada nas categorias robótica, saúde digital, wearables e família e lifestyle. A Crave, no entanto, é listada apenas em lifestyle e wearables. Se você estivesse interessado em uma área de inovação tecnológica, não há uma maneira fácil de procurar todos os expositores relevantes da feira. Você não consegue nem procurar a Dame Products porque a empresa está lá como parceira, não como expositora individual. A Dame Products estava na CES, embora indiretamente. Se você quisesse procurar a empresa no aplicativo da CES, não a encontraria. Foto: Victoria Song/Gizmodo "Isso é um enigma para mim. Eles apenas nos atribuíram esse lugar, não nos permitiram mudar. Eles colocaram algumas [estandes de tecnologia sexual] lá, outras lá. Não sei por quê", diz Ti Cheng, fundador da Crave. “Realmente não parece que eles estão nos recebendo de braços abertos”, diz Janet Lieberman-Lu, fundadora da Dame Products, sobre a falta de uma categoria ou área coesa de tecnologia sexual. “Parece que eles precisavam melhorar a imagem de relações públicas”. Não seria de surpreender se a CTA estivesse ansiosa para obter uma boa cobertura de imprensa para apagar as falhas do ano passado da memória. O estande da Lora DiCarlo é elegante, de bom tamanho e está localizado em uma área mais central da Sands Expo, com muito tráfego de visitantes. Isso faz sentido e é merecido, devido à maneira com que a empresa foi tratada no ano passado. Quando visitei o estande, disseram-me que o presidente da CTA, Gary Shapiro, havia passado por lá várias vezes e que a empresa estava registrando vendas recordes. Isso é ótimo, mas também acho que isso pode não ser verdade para os outros expositores de tecnologia do sexo. Outro aspecto desanimador é que os expositores de tecnologia sexual tiveram que passar por um rigoroso processo seletivo para conseguir uma vaga no salão. Materiais de marketing, sinalização, fotos – todas essas coisas tiveram que ser aprovadas pela CTA. Vários expositores me disseram que eles também estavam sujeitos a um código de vestimenta. Eu não sei por que, em 2020, a CTA parece pensar que receber expositores de tecnologia do sexo pode transformar a área da feira em um clube de strip-tease, mas a hipocrisia é descarada se você lembrar que no ano passado a organização do evento não teve nenhum problema com as garotas de roupas curtas girando em torno de uma cadeira de massagem Lamborghini. É isso aí. São todas as partes envolvidas na construção de um vibrador. Foto: Victoria Song/Gizmodo “Definitivamente, passamos por um processo de seleção muito árduo”, diz Cheng. "Temos oito produtos em nossa biblioteca, mas apenas mostramos três [na feira]. Eles tiveram que aprovar tudo, desde os adesivos – literalmente os adesivos – e, em seguida, o CTA rejeitou alguns deles. Tudo, desde a sinalização, às imagens visuais que estamos mostrando em nossos iPads, tudo. Eu acho que é em parte porque eles têm medo de ofender as pessoas". “Este ano foi um pouco interessante quando montamos nosso estande”, concorda Lee. "Tínhamos que seguir regras sobre o que podemos e o que não podemos fazer. Tínhamos que obter aprovação para todos os nossos materiais gráficos. Eles [a CTA] disseram que não poderia haver nenhuma anatomia feminina e que homens e mulheres não deveriam se vestir de forma provocativa, seja lá o que isso significa". Dito isto, havia coisas boas e concretas na feira deste ano para os expositores de tecnologia do sexo. Todas as empresas com quem conversei informaram que a recepção dos espectadores fora positiva. É algo que eu posso pelo menos anedoticamente confirmar. Vi grandes multidões nos estandes de Lora DiCarlo, Satsifyer, Lioness e Crave. Até mesmo as estandes menores geralmente tinham multidões interessadas em conversar com a equipe. E, quando se tratava de lidar com o CTA, a maioria das empresas com quem conversei notou que, embora houvesse algumas idas e vindas, não era tão contencioso quanto nos anos anteriores. Lora DiCarlo também desempenhou um papel na melhoria da CES para as participantes do sexo feminino, não apenas para seus pares. Em particular, havia três coisas que a empresa queria ver concluída. Primeiro, mais palestrantes mulheres – embora ostensivamente, a empresa provavelmente não estava se referindo à Ivanka Trump. O segundo era ter a tecnologia sexual representada como parte da categoria de saúde e bem-estar. E terceiro, livrar-se de representantes de estandes no estilo "assistente de palco". A CTA cumpriu pelo menos dois dos três, o que você pode contar como uma vitória. (Havia apenas duas mulheres palestrantes.) O estande da Lioness estava cheio quando passei, mas fica em um canto menos movimentado. Foto: Victoria Song/Gizmodo É claro que a CTA sabe que cometeu um grande erro no ano passado. A questão é se a edição deste ano foi uma estratégia para melhorar o desastre de relações públicas ou se é um sinal genuíno de que uma organização puritana está mudando com o tempo. Em particular, o aspecto ‘caráter experimental’ parecia pesar bastante com quase todos os expositores de tecnologia sexual com quem falei. Havia uma sensação geral de que o próximo ano não está de forma alguma garantido, e é por isso que era importante estar aqui este ano. “Esperamos que continue”, diz Kim Porter, diretora de engenharia da Lora DiCarlo. "Eu sei que isso foi um experimento. Estamos apenas tentando ser positivos. É isso que queremos fazer agora. Ser positivo e proativo. Afinal, você está empoderando mulheres". Lieberman-Lu concorda. "A qualquer momento, você não sabe em quais feiras você será permitido ou não. Essas coisas mudam". Ela enfatizou que a falta de clareza era particularmente difícil para marcas menores que tentavam conquistar um espaço. Sem regras claramente definidas, ou sem saber se a empresa tem chance de ser aceita, torna-se impossível tomar decisões importantes sobre estoque ou vendas. "Foi muito importante estar aqui este ano, mesmo que em termos de planejamento financeiro não pudéssemos ter um estande. Não sabemos se poderemos estar aqui no próximo ano se não participarmos agora. " O estande da Lora DiCarlo e o brinquedo sexual que iniciou tudo. Foto: Sam Rutherford/Gizmodo “Espero que eles façam isso novamente no próximo ano”, disse Cheng, ecoando seus colegas. "As coisas ainda estão incertas porque eles estão tentando descobrir como fazer isso e ter essa conversa. É bom que eles estejam dando esse primeiro passo, e espero que eles tenham percebido que foi uma coisa boa para os participantes e para a humanidade em geral. Espero que não haja uma reação negativa, porque talvez se uma pessoa reclamar ou o que quer que seja e eles simplesmente podem encerrar tudo". A CES 2020 foi sem dúvida melhor para a tecnologia sexual do que nos anos anteriores. Mesmo assim, isso não é suficiente – as coisas precisam continuar melhorando. Para começar, a CTA deveria realizar um post-mortem com os expositores de tecnologia do sexo que participaram este ano. Mas, francamente, eu aceitaria que eles apenas se comprometessem a receber tecnologia sexual em cada CES subsequente até que as mudanças climáticas destruam a Terra e nada disso importe mais. A principal conclusão que eu tirei da minha sessão Build-a-Vibe foi que os vibradores não são uma parte inerentemente escandalosa da tecnologia. Em sua essência, são apenas motores desequilibrados com bateria, placa de circuito, silicone e cola de silicone. Na verdade, construir o vibrador Duet da Crave me lembrou mais a construção de Legos do que qualquer outra coisa. Do ponto de vista do hardware, não é tão diferente dos outros produtos que você pode ver na feira. Por isso, elas devem ser tratadas como qualquer outra empresa de hardware também. 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