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- Os astrônomos estão cada vez mais preocupados em como as megaconstelações de satélite afetarão a ciência
- Pokémon Go bate recorde de vendas dentro do app em 2019
- Robin, de Batman da década de 60, diz que tomou remédio para reduzir suas partes íntimas
- Os usuários do Apple Pay estão sendo cobrados a mais nas catracas do metrô de Nova York
- Nova espécie de louva-a-deus perfura sua presa com uma pata que parece um garfinho
Posted: 12 Jan 2020 12:58 PM PST Os organizadores de uma conferência da American Astronomical Society no Havaí realizaram uma sessão especial para discutir as maneiras pelas quais as megaconstelações de satélite, como a que está sendo construída pela SpaceX, estão prontas para interromper as observações telescópicas. Os astrônomos também propuseram possíveis soluções para esse problema emergente. A sessão especial, intitulada "Desafios à Astronomia dos Satélites", foi realizada ontem no 235º Encontro da Sociedade Astronômica Americana (AAS), que está acontecendo atualmente em Honolulu, no Havaí. Presidida por Connie Walker, do Laboratório de Pesquisa em Astronomia Ótica e Infravermelho da National Science Foundation, em Tucson, Arizona, a reunião foi motivada por desenvolvimentos recentes relacionados à construção da megaconstelação Starlink, da SpaceX, mas o objetivo da reunião era discutir a perspectiva em geral, já que várias outras empresas planejam construir suas próprias constelações de satélites. A Starlink foi um ponto focal da reunião, o que não é uma surpresa. A SpaceX lançou agora três lotes de seus pequenos satélites, o que eleva o número total a cerca de 180. Cada lançamento foi acompanhado por um show de luzes, no qual uma procissão ordenada de satélites Starlink foi vista passando pelo céu noturno. Esse efeito que parece um trem dura uma semana ou mais, até que os satélites se dispersem em suas órbitas de serviço mais altas, mas mesmo assim ainda são visíveis a olho nu. Talvez, como era de se imaginar, os trens Starlink já atrapalharam as observações astronômicas. Isso é certamente um problema, mas há outro relacionado ao grande volume de satélites que se espera que entre em órbita nos próximos anos. Em última análise, a SpaceX quer que sua constelação Starlink seja composta por dezenas de milhares de satélites, enquanto outras empresas, como OneWeb, Telsat e Amazon, esperam construir suas próprias constelações de vários satélites. O setor privado deve aumentar o número de objetos no espaço em uma ordem de magnitude, e esse experimento sem precedentes – sem nenhuma consideração aparente sobre as consequências – pode atrapalhar as observações astronômicas em um grau alarmante. Jonathan McDowell, astrônomo do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics e especialista em satélites, participou dessa sessão especial do AAS e conversou com seus colegas sobre o assunto. Ele também se encontrou com os representantes da SpaceX. “Eu acredito que a SpaceX está fazendo um esforço de boa fé para resolver o problema”, disse McDowell ao Gizmodo em um e-mail. “Acho que eles podem deixar os satélites mais fracos do que o olho nu pode ver, o que é algo mínimo para não estragar o céu noturno para quem não é astrônomo”. Quanto aos astrônomos profissionais, ele teme que haverá épocas do ano em que esses satélites representarão “no mínimo um grande problema”, dizendo que se preocupa com os problemas sobre os quais os astrônomos ainda nem pensaram. Durante sessão, Patricia Cooper, vice-presidente de assuntos governamentais do satélite da SpaceX, disse que “o nível de brilho e visibilidade foi uma surpresa para nós”, relatou a SpaceNews. Essa inesperada luminosidade, disse Cooper, é uma consequência dos satélites terem que ser depositados em uma órbita baixa, bem como a maneira pela qual suas grandes matrizes solares são inicialmente orientadas. Uma vez em suas órbitas pretendidas, a cerca de 550 quilômetros acima da Terra, seu brilho é bastante reduzido, mas ainda podem ser vistos do solo. A SpaceX respondeu a esse problema. Para a implantação mais recente – na qual a SpaceX se tornou a maior operadora comercial de satélites do mundo -, um satélite Starlink foi tratado com um revestimento escuro especial destinado a diminuir sua refletividade. Não saberemos se essa solução funcionará até fevereiro, quando os satélites entrarão em serviço. Além disso, a empresa espacial privada está disponibilizando as coordenadas de cada satélite Starlink para os astrônomos, que podem usar essas informações ao planejar suas observações, de acordo com o Washington Post. “Ainda não sabemos se essas mitigações são úteis e eficazes”, disse Cooper. "Nós tendemos a trabalhar muito rapidamente. Nós tendemos a testar, aprender e refazer". A sessão também abordou megaconstelações em geral, discutindo as maneiras pelas quais essas matrizes de satélites podem influenciar observações científicas, se esses satélites são usados para telecomunicações, como é o caso da Starlink, ou estudos abrangentes da superfície da Terra, como a constelação ICEYE proposta, que envolveria frotas de satélites equipados com radar de abertura sintética (SAR). Durante a sessão, o astrônomo Patrick Seitzer, da Universidade de Michigan, alertou para os efeitos deletérios, como múltiplas faixas nas imagens, artefatos fantasmas, saturação dos detectores de luz e interferência em dispositivos eletrônicos, informou a BBC. “As megaconstelações na órbita baixa da terra estão chegando e estão chegando rapidamente”, disse Seitzer à BBC. “Os novos satélites são mais brilhantes que 99% dos objetos em órbita”, acrescentando que o lote inicial de satélites Starlink é “apenas o começo”. Seitzer recomendou que a SpaceX fizesse com que seus satélites Starlink não fossem visíveis a olho nu, mesmo quando em órbita de serviço, e que a empresa trabalhasse para reduzir o brilho desses objetos para evitar a saturação excessiva de grandes telescópios profissionais, informou a BCC. Surpreendentemente, ele disse que o Observatório Vera C. Rubin, anteriormente conhecido como Telescópio Grande de Pesquisa Sinóptica, será gravemente afetado por megaconstelações, pois esse observatório, com seu equipamento altamente sensível, mapeará todo o céu a cada três dias. Outro problema mencionado na conferência foi a ameaça de interferência de rádio excessiva proveniente de alguns desses satélites, como o mencionado ICEYE. Em entrevista a repórteres na conferência, Harvey Liszt, do Observatório Nacional de Radioastronomia (NRAO), disse que se o SAR for apontado para um radiotelescópio que está olhando diretamente para ele, o SAR “queimará o receptor de radioastronomia”, informou a BBC. Esperamos que essas discussões obriguem ainda mais o setor privado a adotar práticas sensatas antes de colocar seus produtos no espaço. É profundamente decepcionante que tenhamos essas conversas tão tarde. Ser capaz de prever que dezenas de milhares – ou possivelmente centenas de milhares – de satélites em baixa órbita terrestre afetarão nossa visão do cosmos não é exatamente uma coisa de outro mundo. The post Os astrônomos estão cada vez mais preocupados em como as megaconstelações de satélite afetarão a ciência appeared first on Gizmodo Brasil. |
Pokémon Go bate recorde de vendas dentro do app em 2019 Posted: 12 Jan 2020 10:45 AM PST Você se lembra de 2016? Quando a preocupação de muita gente era o Pokémon Go, e não uma crise de saúde provocada por cigarros eletrônicos ou não havia a possibilidade eminente de uma Terceira Guerra Mundial? Pois bem, muita gente entrou na onda do Pokémon Go na época e muita gente deixou a caça de monstrinhos de lado. Porém, mesmo após a febre, talvez você ficaria surpreso em saber que o aplicativo fechou o ano em que mais faturou. Em 2019, o app teve uma receita de quase US$ 900 milhões por meio de compras no aplicativo, segundo a consultoria Sensor Tower. Este é um grande salto comparado com os US$ 832 milhões que a Niantic recebeu durante o ano do lançamento, em 2016, contrariando uma possível noção de que o aplicativo tenha entrado numa espécie de limbo após um grade lançamento. No entanto, os números mostram que o aplicativo continua sendo muito relevante. Os ganhos de apps costumam cair após seu lançamento, relata a Sensor Tower. É uma trajetória normalmente esperada quando esses jogos grátis explodem em popularidade logo de cara. Embora eu tenha certeza de que a cobertura de casos bizarros envolvendo o jogo — como acidentes por causa de jogadores viciados — também não tenha ajudado tanto na fama do jogo. O festival do game também não foi um sucesso. Houve um evento em 2017 com a participação de cerca de 20 mil fãs que tiveram problemas de conexão à internet e aumento excessivo no preço de ingressos — o que mais tarde rendeu uma ação coletiva contra a Niantic no valor de US$ 1,6 milhão). Levantamento da Sensor Tower mostra evolução de faturamento com o jogo Pokémon Go. Crédito: Sensor Tower O Pokémon Go começou a ganhar força entre os jogadores novamente depois que a Niantic implementou recursos pedidos pelos fãs, como trocas entre usuários e efeitos de realidade aumentada melhorados. Após arrecadar US$ 816 milhões em 2018, no ano passado, o Pokémon Go alcançou o top 5 dos jogos de celular com maior ganho em todo o mundo, ficando logo atrás do Candy Crush Saga, em quarto, que faturou cerca de US$ 1,1 bilhão. Das vendas de 2019, US$ 335 milhões — aproximadamente 40% de todos os gastos — vieram de jogadores dos Estados Unidos, segundo o relatório. Os jogadores japoneses ficaram em segundo lugar, gastando US$ 286 milhões, com o total de vendas de todos os anos ultrapassando a marca de US$ 3 bilhões em outubro do ano passado. No que diz respeito a downloads, a Sensor Tower diz que em 2019 houve mais de 55 milhões de instalações do app. A maioria deles era dos EUA (com mais de 10 milhões de downloads), seguindo do Brasil (mais de 5 milhões) e da Índia (mais de 3 milhões). A receita média por download do Pokémon Go é de US$ 5,70 por usuário. É curioso saber que ainda existem muitos jogadores tentando caçar Pokémon por aí. Porém, confesso que tudo isso ainda não é o suficiente para eu tirar o pó da minha conta antiga no jogo. Em vez disso, estarei indo para o meu sofá para passar horas e horas jogando games que não exigem que eu saia de onde eu estou. The post Pokémon Go bate recorde de vendas dentro do app em 2019 appeared first on Gizmodo Brasil. |
Robin, de Batman da década de 60, diz que tomou remédio para reduzir suas partes íntimas Posted: 12 Jan 2020 08:49 AM PST No início desta semana, Burt Ward, que ficou famoso por ser o Robin da série de TV Batman da década de 1960, recebeu uma estrela na Calçada da Fama em Hollywood. Durante a cerimônia, ele revelou algumas informações que acabaram levantando muitas curiosidades. Acontece que havia algo que a emissora ABC queria que aparecesse menor nas cenas do ator. "Eles achavam que o Robin tinha uma protuberância muito grande para a televisão", disse ele ao Page Six. O pênis do ator era tão grande que, aparentemente, a Liga Católica de Decência reclamou e, aparentemente, a ABC estava tão preocupada que a empresa quis resolver o assunto. Segundo Ward, ele usou um remédio de um médico do estudo que, em suas palavras, diminuiria as partes íntimas. "Eu tomei os remédios por três dias e então eu decidi parar, pois isso provavelmente me impediria de ter filhos", disse Ward. "Interrompi a medicação e usei minha capa protetora para cobrí-la [a protuberância]". Batman (vivido por Adam West) e Robin (vivido por Burt Ward) em seriado da década de 1960. Crédito: ABC Provavelmente foi uma atitude sábia da parte de Ward: não acho que exista qualquer droga no mundo em que o encolhimento de pênis seja algo prescrito no rótulo, e qualquer medicamento que tenha esse efeito provavelmente também terá um impacto na fertilidade. Ward também fez questão de dizer que, enquanto sua protuberância era natural, a de Adam West, o ator que fazia o Batman, não era. "Com Adam, eles colocaram toalhas turcas em sua cueca", disse Ward. Aparentemente, a ABC tinha um conjunto rígido de regras para super-cuecas na década de 1960, com as quais todas as protuberâncias de morcego tinham que estar em conformidade. É importante notar que não é a primeira vez que Ward reconta alegremente sobre as dificuldades envolvidas que a produção do Batman teve com sua anatomia. Em sua autobiografia, ele detalha uma série de métodos adotados pela produção, além da intervenção médica direta, para controlar sua super virilha, que inclui basicamente qualquer coisa que você possa imaginar naquela região. E embora Ward pareça ter se esquivado por pouco de negligência médica, ele conseguiu algo para aproveitar pela sua vida inteira desde então: uma oportunidade de se gabar de sua genitália. The post Robin, de Batman da década de 60, diz que tomou remédio para reduzir suas partes íntimas appeared first on Gizmodo Brasil. |
Os usuários do Apple Pay estão sendo cobrados a mais nas catracas do metrô de Nova York Posted: 12 Jan 2020 06:05 AM PST A MTA, companhia responsável pelo transporte público em Nova York, está cobrando a mais dos usuários novamente. Os passageiros relataram ter visto cobranças de US$ 2,75 (valor da tarifa local) em suas contas Apple Pay depois de passarem perto de leitores de tarifa OMNY por aproximação, mesmo quando usaram os MetroCards físicos. Isso aparentemente está acontecendo em nenhuma outra cidade além de Nova York. A MTA confirmou em comunicado que recebeu cerca de 30 reclamações. Com certeza, alguém tuitou meia hora antes desta publicação que havia sido cobrado acidentalmente na estação 66th Street-Lincoln Center. Mais passageiros reclamaram nas redes sociais que eles foram cobrados duas vezes, o que acompanha um recente relato da Gothamist. As mesmas reclamações não foram relatadas em outras cidades com o sistema Express Transit, incluindo Pequim, Xangai, Londres, Portland e Tóquio, que possuem tecnologia personalizada. Para ser justo, o Twitter mostra muitas reclamações sobre cobranças a mais em Londres. Mas: a Apple faz parte desses roubos de US$ 2,75??? O modo Express Transit, disponível no iOS 12.3 ou posterior, é ativado automaticamente para clientes Apple Pay e realiza o pagamento quando os usuários tocam na área correta da catraca sem a etapa intermediária de forçar os usuários a desbloquear seus dispositivos. Portanto, se isso se aplica a você e você está em Nova York, há uma chance de que você aproximou seu telefone da tela do OMNY e foi cobrado. Você recebe um aviso. Atualizar o iOS para 12.3 ou posterior (em Nova York), entrar na área de Nova York e configurar o Apple Pay acionará uma notificação automática explicando como o Express Transit funciona. É possível que isso já tenha acontecido com você. Você pode desativá-lo acessando Configurações> Carteira e Apple Pay> Express Transit Card e escolher a opção “nenhum”. Em comunicado, o executivo da OMNY Al Putre disse que o sistema é um “grande sucesso que está funcionando bem para a maioria das pessoas” e acrescentou que está trabalhando no problema da Apple. A Apple diz que “[milhões] de clientes em cidades como Xangai, Tóquio, Londres e Portland desfrutam da conveniência do Apple Pay Express Transit todos os dias”. Hummm. Defensiva. Suspeito. De quem quer que seja a culpa, é melhor corrigirem isso, porque a MTA espera implementar o sistema OMNY em toda a cidade até o final deste ano e substituir gradualmente os leitores por aplicativo e cartões por aproximação até 2023, e o sistema atual de passar cartões é literalmente a única coisa que funciona na cidade. Mesmo assim, eu nunca vi duas máquinas totalmente operacionais lado a lado no metrô. Entrar em uma briga por isso, pode ser uma perda de tempo. O MTA está atualmente ocupado com obras para impedir que as pessoas caiam dos trens. As pessoas até podem obter um reembolso se reclamarem, mas elas provavelmente estão mais preocupadas em chegar em casa logo. The post Os usuários do Apple Pay estão sendo cobrados a mais nas catracas do metrô de Nova York appeared first on Gizmodo Brasil. |
Nova espécie de louva-a-deus perfura sua presa com uma pata que parece um garfinho Posted: 12 Jan 2020 04:56 AM PST Os louva-a-deus são predadores de elite na emboscada, agarrando suas vítimas com um ataque relâmpago usando seus membros da frente. Mas uma espécie recém-descrita não segura sua presa em um ‘abraço’ espinhoso: ela perfura a vítima, usando longos espinhos ásperos, e os segura como se fosse um pedaço de pão no fondue. Os novos louva-a-deus foram descobertos na floresta tropical montanhosa do centro do Peru, onde a espécie, sem dúvida, viveu durante eras. Foi somente nos últimos anos que Julio Rivera, um entomologista da Universidade Santo Inácio de Loyola em Lima, começou a estudar esses insetos de perto. A primeira vez que ele encontrou a espécie foi há cerca de duas décadas, quando viu um macho. Agora, Rivera conseguiu capturar uma fêmea viva e passou a reproduzi-los no seu laboratório, utilizando a técnica de kokedama para plantas. A análise cuidadosa das características físicas dos indivíduos sugeriu que esta espécie era distinta dos seus parentes próximos. Rivera e um colega apresentaram a criatura – batizada de Carrikerella simpira – à ciência pela primeira vez em um artigo publicado no mês passado na revista Neotropical Entomology. Essa espécie do louva-a-deus é esguia e minúscula, com cerca de metade do comprimento do um polegar. Malhado em cinza e verde, o inseto imita muito bem o líquen que cresce no tronco da árvore em que habita na floresta tropical, onde espera pacientemente sua presa. Uma Carrikerella simpira bebê comendo um pulgão. Foto: Yony Callohuari Mas enquanto observava um dos pequenos predadores caçando em seu kokedama, Rivera percebeu que esta criatura despretensiosa não caçava como os outros louva-a-deus. “O que eu realmente vi foi um louva-a-deus que não conseguia pegar uma mosca”, conta Rivera. “O louva-a-deus perdeu a presa e depois furou o tecido da planta, e ficou preso.” Com algum esforço, diz Rivera, o louva-a-deus conseguiu soltar sua pata dianteira espinhosa da planta. Não demorou muito para que o pesquisador visse os louva-a-deus terem sucesso, atacando e prendendo sua presa numa fila de espinhos. Um olhar mais atento para aqueles espinhos revelou suas bordas forradas com farpas, perfeitas para agarrar as vítimas empaladas. Uma renderização 3D do segmento das patas dianteiras da nova espécie. Ilustração: Yony Callohuari Insetos carnívoros apanham as suas presas usando uma vasta gama de truques, mas até agora, essa técnica nunca tinha sido documentada. O Carrikerella simpira parece ser o primeiro inseto conhecido a empalar a sua presa com as patas, e entre todos os artrópodes, essa é uma estratégia vista apenas em algumas lacraias-do-mar, que são crustáceos sem parentesco direto. Usar as patas dianteiras dessa forma parece ser uma adaptação para conseguir sobreviver entre o musgo e o líquen da floresta tropical. O habitat está repleto de invertebrados de corpo mole (e rápido), como colêmbolos e ácaros. Para o Carrikerella simpira, o mundo é um supermercado, e as amostras grátis sempre estão disponíveis. Uma fêmea da espécie recém-descrita de louva-a-deus. Foto: Yony Callohuari Mas como os louva-a-deus conseguem atingir essas presas minúsculas é algo impressionante, exigindo uma precisão difícil de entender. Alguns dos ácaros que os louva-a-deus capturaram tinham apenas 0,5mm de comprimento. “Imagine que você quer pegar um M&M com um palito que seja cumprido o suficiente para alcançá-lo do chão”, disse Rivera. “E você tem que fazer isso de uma só vez. Sem erro.” “É uma abordagem mais fina e refinada ao golpe dos louva-a-deus”, observou Rivera. Em retrospecto, ele disse, observar o ataque de nocaute e agarramento dos louva-a-deus mais típicos parece “grosseiro” e “brutal”, em comparação com a técnica dessa espécie. Esses louva-a-deus, segundo Rivera, estão “basicamente atirando num alvo de longa distância”, um feito ainda mais impressionante, dado o seu cérebro pequeno e aparentemente simples. Mais pesquisas sobre como esses louva-a-deus conseguem atingir seus alvos podem ter aplicações tecnológicas, como melhorar os sistemas de navegação de longa distância, sugeriu Rivera. “Esse artigo é um bom exemplo da taxonomia moderna: uma nova espécie é descrita não apenas como um espécime seco com uma forma estranha, preso em uma caixa, mas como uma fascinante peça da evolução”, disse Roberto Battiston, entomologista do Musei del Canal di Brenta, na Itália, que não estava envolvido neste estudo, em um e-mail ao Gizmodo. “Quando você estuda louva-a-deus, você nunca se entedia; eles estão sempre te surpreendendo”, disse Battiston, observando que a família à qual a nova espécie pertence – Thespida – é particularmente misteriosa. “Eles são alienígenas entre alienígenas.” Na esquerda: uma pata dianteira “padrão” do Pseudopogonogonogaster kanjaris. Na direita: a pata dianteira modificada do Carrikerella simpira. Foto: Yony Callohuari Por mais estranha que seja o Carrikerella Simpira, não é o único. Rivera disse que existem definitivamente outros louva-a-deus na mesma família que estão caçando com a mesma técnica, bem como algumas espécies não relacionadas de louva-a-deus que vivem no líquen do sudeste asiático que evoluíram de forma independente com patas dianteiras notavelmente semelhantes. Há também alguns louva-a-deus que, quando jovens, têm espinhos dianteiros muito parecidos com os do Carrikerella simpira, mas que acabam por se tornar adultos com patas mais convencionais. Portanto, é possível que exista um pequeno exército de louva-a-deus secretos, apenas à espera de serem plenamente reconhecidos. The post Nova espécie de louva-a-deus perfura sua presa com uma pata que parece um garfinho appeared first on Gizmodo Brasil. |
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