sábado, 1 de fevereiro de 2020

Gizmodo Brasil

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Esta bola de fogo espetacular iluminou a noite por onde passou na Inglaterra

Posted: 31 Jan 2020 02:17 PM PST

Bola de fogo vista na Inglaterra

Dê uma olhada nesta foto incrível de uma bola de fogo que apareceu sobre a Inglaterra na última semana.

A imagem, capturada por Christopher Small, foi tirada em Bude, uma cidade litorânea no nordeste da Cornualha, Inglaterra, informa a ESA (Agência Espacial Europeia). A vista deslumbrante apareceu 36 minutos antes da meia-noite de 21 de janeiro deste ano.

O meteoro era tão brilhante que iluminava a superfície do Atlântico e as armadilhas para lagostas em primeiro plano. O evento foi visto por pelo menos cinco observadores do céu, incluindo um observador em Londres, conforme relatado pela International Meteor Organization (Organização Internacional dos Meteoros).

Mapa de onde foi possível ver a bola de fogoMapa mostra a trajetória do meteoro e as cinco localizações de onde foi possível vê-lo. Crédito: International Meteor Organization

O termo "bola de fogo" pode parecer fantasioso, mas é uma designação astronômica autêntica. Bolas de fogo são classificadas pela Sociedade Americana do Meteoro como um "meteoro muito brilhante, geralmente mais brilhante que a magnitude -4", que é o mesmo brilho que Vênus no céu da manhã ou da noite.

Alguns meteoros (não este em específico) têm a notoriedade adicional de serem classificados como bólidos. Esse é um tipo especial de meteoro que explode durante a entrada na atmosfera da Terra, após o qual seus fragmentos caem na superfície. O meteoro de Cheylabinsk é um bólido notável na memória recente — ele causou uma explosão famosa na Rússia em 15 de fevereiro de 2013.

Os meteoros não são nada de especial, e a maioria de nós já conseguiu ver em algum momento uma "estrela cadente" com nossos próprios olhos. De acordo com a ESA, nosso planeta acumula material celeste na ordem de 54 toneladas por ano, chegando como poeira interplanetária, meteoroides (objetos menores que 1 metro) e asteroides (objetos maiores que 1 metro). Centenas de bolas de fogo atingem a Terra a cada ano, segundo a agência. Esta bola de fogo em particular parece ter sido um grande meteoroide, possivelmente com um metro de largura.

O fotógrafo Small, que tirou a foto, disse à ESA que passa muito tempo fotografando o céu noturno, mas nunca viu algo assim. A bola de fogo "foi incrível e iluminou toda a costa de forma tão brilhante quanto o dia por alguns segundos", disse ele. “Havia lindas cores azul e verde”.

Esse vívido tom azul esverdeado da bola de foto e sua raia podem se atribuídos aos átomos de oxigênio no céu, que foram "ativados" pelo calor que emanou do meteoro durante a entrada na atmosfera. Isso fez com que os átomos de oxigênio brilhassem em tons de verde e azul, em um processo semelhante ao modo como as partículas carregadas do Sol causam auroras — incluindo a recém-descoberta forma de aurora verde apelidada de "dunas".

Você pode conferir mais fotos de Christopher Small em seu site Ocean and Earth Photography.

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Facebook vai apagar posts com informações falsas sobre coronavírus

Posted: 31 Jan 2020 01:24 PM PST

Logotipo do Facebook em um computador

A desinformação é um problema grave nas redes sociais. O Facebook, por vezes, toma medidas controversas ao tentar combater essa questão. Mas, em meio à emergência de saúde pública que o mundo passa por causa do surto do novo coronavírus, a empresa decidiu agir rápido e remover conteúdos falsos sobre a doença de suas plataformas.

Em um post, o Facebook disse que vai começar a remover “conteúdo com alegações falsas ou teorias de conspiração que foram sinalizadas pelas principais organizações globais e autoridades locais de saúde e que podem causar danos às pessoas que acreditam nelas”. A empresa disse que vai se concentrar em afirmações que desencorajem o tratamento ou a prevenção, como relatos falsos de cura ou informações que causem confusão sobre os recursos de saúde disponíveis.

A decisão do Facebook veio horas depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar emergência global de saúde pública por causa do surto de coronavírus. Até a tarde desta sexta-feira (31), mais de 10 mil casos tinham sido registrados em todo o mundo, com 213 vítimas fatais.

Como comenta o Verge, a decisão destoa bastante da conduta adotada pela empresa ao lidar com a desinformação. Nos últimos meses, o Facebook foi criticado por não proibir anúncios políticos com conteúdo mentiroso. Antes disso, a rede demorou bastante para começar a apenas limitar o alcance de posts que faziam campanha contra vacinas.

[Facebook, The Verge]

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Cientistas criam água-viva ciborgue capaz de nadar mais rápido que as convencionais

Posted: 31 Jan 2020 12:10 PM PST

As águas-vivas são as nadadoras mais eficientes do oceano, embora sejam bastante lentas. Pesquisadores da Universidade de Stanford fizeram uma água-viva nadar três vezes mais rápido, ligando um motor a ela e criando um robô bio-híbrido ao usar a água-viva como "carcaça".

O ciborgue nadador era 10 a 1.000 vezes mais eficiente em termos energéticos do que outros robôs do tipo, de acordo com o artigo publicado na Science Advances. Os dois pesquisadores por trás do estudo, a estudante Nicole Wu e o professor John Dabiri, ambos de Stanford, esperam que o robô possa ser usado para monitorar o oceano ou coletar amostras subaquáticas.

Os pesquisadores obtiveram águas-vivas do tamanho de pratos no Aquário Marinho de Cabrillo, em San Pedro, Califórnia, e as transferiram para um grande tanque de água salgada artificial. Eles projetaram um controle à prova d’água com uma bateria de polímero de lítio, microprocessador e conjunto de eletrodos, que incorporaram ao tecido muscular da água-viva – como um marca-passo para o coração, mas, neste caso, parecia uma tampa de garrafa cheia de eletrônicos acoplados à água-viva com um palito de dente para fazê-lo se mover mais rápido. O controle gerou formas de onda elétricas e as injetou nos músculos da água-viva.

Os pesquisadores, antecipando objeções éticas a este trabalho, observaram que as águas-vivas "são animais invertebrados sem sistema nervoso central ou nociceptores relatados. No entanto, tomamos medidas para garantir que nenhum dano desnecessário ao tecido ocorra durante as experiências".

Figuras do estudo mostrando os componentes do controlador e a construção concluída. (i) a tampa e o pino de madeira, (ii) é um peso de rolha e aço inoxidável para manter o gabinete flutuante, (iii) é um microprocessador com uma (iv) bateria conectada e (v) são dois eletrodos com LEDs. Captura de tela: Wu e Dabiri (Science Advances (2020))

Três ensaios experimentais se seguiram: um para observar as águas-vivas nadando sozinhas sem um controlador conectado; um com o controlador desligado para ver como isso afetava o movimento das águas-vivas; e uma em que os controladores forneciam estimulação elétrica. A adição do controlador sem estimulação parecia não ter muito efeito sobre as águas-vivas. Mas para o menor dos seis objetos de teste, em frequências de pulso de 0,6 Hz (um pulso por 1,67 segundos), sua velocidade aumentou quase três vezes, de cerca de 0,15 para cerca de 0,45 diâmetros corporais por segundo.

Por que as águas-vivas não nadam tão rápido por conta própria? Os autores especularam que não há pressão evolutiva para que elas nadem tão rápido.

Os autores escrevem que esperam melhorar a controlabilidade dos robôs bio-híbridos, incluindo a introdução de sinais desiguais para alterar a forma de sino da água-viva para controlar o giro. Eles esperam aumentar ainda mais a eficiência energética.

Quanto ao destino final das águas-vivas, os autores escreveram que elas se curaram por conta própria após a remoção dos eletrodos.

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Vírus do coronavírus: cibercriminosos espalham malware a partir de vídeos sobre doença

Posted: 31 Jan 2020 11:03 AM PST

Funcionário de um aeroporto usa uma pistola de temperatura para verificar as pessoas que saem do Aeroporto Internacional de Wuhan Tianhe estão com febre

O coronavírus já tem quase 10 mil casos confirmados, matou 213 pessoas e foi considerado um “estado de emergência internacional de saúde pública” pela OMS (Organização Mundial da Saúde). A nova doença, no entanto, é menos letal do que outros vírus, apesar de se espalhar com mais facilidade. Com as atenções voltadas para o 2019-nCoV, cibercriminosos estão aproveitando para espalhar malwares. É o vírus do coronavírus.

A empresa de cibersegurança Kaspersky detectou que malwares disfarçados de documentos com informações sobre o coronavírus estão sendo espalhados ao redor do mundo. Os documentos vêm em .pdf, .mp4, e .docx e seus nomes indicam que contêm instruções sobre como se proteger da doença, atualizações sobre a ameaça e até procedimentos de detecção do vírus. Tudo balela.

"Até agora vimos apenas 10 malwares exclusivos usando o tema do coronavírus. Como golpes usando temas populares na mídia são comuns, acreditamos que esses ataques só tendem a aumentar conforme as infecções e repercussão sobre o surto do coronavírus crescem", comenta Anton Ivanov, analista de malware da Kaspersky, em comunicado enviado à imprensa.

Os pesquisadores alertam que as ameaças podem “destruir, bloquear, modificar ou copiar dados, além de interferir na operação de computadores ou redes de computadores”.

Como se proteger

A melhor forma de obter informações confiáveis sobre o coronavírus é em veículos de comunicação confiáveis e nos sites oficiais de órgãos de saúde, como a página da OMS ou do Ministério da Saúde.

Além disso, evite abrir links recebidos via WhatsApp, e-mail ou redes sociais que digam conter informações sobre a nova doença. E, como avisar nunca é demais, não encaminhe para colegas.

Outras dicas simples incluem dar uma olhada na extensão do arquivo e nem chegar perto se for um .exe ou .lnk. Usar um bom antivírus pode ser uma boa.

Por fim, o surto do coronavírus ainda não chegou no Brasil e, mesmo se houver algum caso confirmado, não há motivos para pânico. A letalidade do vírus é menor do que de outros surtos, como o da SARS. O Ministério da Saúde monitora nove casos suspeitos no Brasil: Minas Gerais (1), Rio de Janeiro (1), São Paulo (3), Rio Grande do Sul (2), Paraná (1) e Ceará (1).

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Cinco filmes nacionais que valem a pena assistir

Posted: 31 Jan 2020 10:16 AM PST

nacionais

Os filmes nacionais evoluíram muito. Não se limita mais ao gênero de comédia pastelão. Há grandes produções, com carga emocional expressiva, roteiros belos e sutis e fotografia de primeiro escalão. É verdade que ainda existe uma barreira que precisa ser ultrapassada, mas a cena está caminhando a passos largos para se tornar referência não só em solo nacional, mas como internacionalmente.

Pensando nisso, em parceria com o Telecine, separamos algumas indicações para você que gosta de consumir cinema nacional. Confira!

Central do Brasil

Capa Central do Brasil

Dora trabalha escrevendo cartas para analfabetos na estação Central do Brasil, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Ainda que a escrivã não envie todas as cartas que escreve – as cartas que considera inúteis ou fantasiosas demais -, ela decide ajudar um menino a tentar encontrar o pai que nunca conheceu, no interior do Nordeste.

Central do Brasil tem a simplicidade dos grandes filmes. Tem um início que impressiona e prende a atenção do espectador. Quando se dá conta, o filme está caminhando para seu final e, neste meio-tempo, já rimos, choramos e torcemos para cada um dos personagens.

Que Horas ela Volta

Capa Que horas ela volta

A pernambucana Val se mudou para São Paulo a fim de dar melhores condições de vida para sua filha Jéssica. Com muito receio, ela deixou a menina no interior de Pernambuco para ser babá de Fabinho, morando integralmente na casa de seus patrões. Treze anos depois, quando o menino vai prestar vestibular, Jéssica lhe telefona, pedindo ajuda para ir à São Paulo, no intuito de prestar a mesma prova. Os chefes de Val recebem a menina de braços abertos, só que quando ela deixa de seguir certo protocolo, circulando livremente, como não deveria, a situação se complica.

A Val de Regina Casé é mais do que uma personagem, mas um símbolo de uma época, de uma dinâmica que continua sendo perpetuada pela classe média alta. É mais velha e mais experiente, mas respeitosamente chama a jovem patroa de "dona" e "senhora". É "quase da família", mas seus patrões não sabem sequer o nome de sua filha e mal parecem escutá-la quando tenta discutir algo pessoal. Sua filha Jéssica, em contraposição, interpretada por Camila Márdila, é o retrato de um Brasil que mudou muito e rápido e no qual "a filha da empregada" passou a sonhar com algo mais do que simplesmente ser indicada pelos patrões da mãe para trabalhar na casa de alguma família amiga.

Mate-me por favor

Capa Mate-me por favor

Na região da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, a rotina de Bia e de seu irmão João é alterada por uma série de assassinatos sombrios. Este caso acaba ilustrando alguns dos principais problemas enfrentados pela juventude contemporânea.

Não há adultos em cena, apenas garotos e garotas com seus anseios, vontades e contradições, sensações mediadas pela iminência de algo ruim que não sabemos se sobrenatural ou simplesmente fruto de uma mente doentia. O suspense é um dos combustíveis deste filme, no qual mergulhamos nos pormenores do encadeamento das situações.

Gabriel e a montanha

Capa Gabriel e a montanha

Depois de visitar quase 30 países com o objetivo de se preparar para um estudo envolvendo políticas públicas voltadas para nações pobres, Gabriel Buchmann decidiu subir até o pico de uma montanha no Maláui como última etapa de sua jornada – e dezessete dias depois de dispensar o guia no meio do percurso e desaparecer, foi encontrado morto por dois moradores locais. Agora, seus últimos 70 dias de vida são recriados pelo diretor Fellipe Barbosa, que foi seu amigo de juventude.

O protagonista é um jovem repleto de empatia e que, justamente por demonstrar respeito e interesse pelas pessoas que encontra, fugindo de qualquer experiência como mero turista. No entanto, o diretor não comete o erro de beatificar o amigo-convertido-em-personagem, que também acaba se apresentando como um sujeito que às vezes se comporta de forma egoísta e mesmo machista.

O filme da minha vida

Capa O filme da minha vida

O jovem Tony decide retornar a sua cidade natal, Remanso, na Serra Gaúcha. Ao chegar, ele descobre que Nicolas, seu pai, voltou para França alegando sentir falta dos amigos e do país de origem. Tony acaba tornando-se professor e se vê em meio aos conflitos da imaturidade e emancipação da vida.

Vale ressaltar o belíssimo visual, que dá orgulho da fotografia do cinema brasileiro, e a trilha sonora, que some em momentos mais tristes, mas aparece de forma marcante quando necessário. 

Este conteúdo é apresentado pelo Telecine, única plataforma dedicada exclusivamente a filmes. E vale lembrar que agora o Telecine é bem mais do que canais na sua televisão. Ele é também streaming para você assistir ao filme que quiser, pelo dispositivo que quiser e onde quiser.  Ao todo, o catálogo é formado por mais de 2.000 títulos, dos clássicos aos lançamentos saídos do cinema. Conheça os planos disponíveis e assine já!

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Como gravar a tela do seu PC ou Mac do jeito mais fácil

Posted: 31 Jan 2020 09:45 AM PST

Ser capaz de gravar a tela do PC ou Mac pode ser útil por todos os tipos de razões – desde transmitir suas partidas de jogos para o mundo até mostrar aos seus pais como ativar o software antivírus – e existem várias maneiras de fazer isso. Estas são as principais opções de software e hardware a serem consideradas.

Software de Gravação

Agora, tanto o Windows como o macOS possuem ferramentas de gravação de tela integradas, embora esse recurso seja mais direto em um Mac.

Como gravar a tela do seu PC Windows

O gravador de tela do Windows é focado principalmente em jogos, embora você possa usá-lo para o que quiser.

  1. Encontre o aplicativo Xbox Game Bar no menu Iniciar;
  2. Abra-o e clique no botão Gravar (o círculo cinza claro dentro de um círculo cinza escuro em Capturar).

Pressione o botão Parar para interromper as gravações e Mostrar todas as capturas para ver seus vídeos. Observe que apenas a janela ativa é gravada.

Opção para gravar a tela do PC WindowsA barra de jogos do Xbox no Windows. Captura de tela: Gizmodo

Como gravar a tela do seu Mac

    1. Pressione Shift+Cmd+5 para abrir a barra de ferramentas de captura de tela;
    2. Escolha se deseja gravar a tela inteira ou apenas uma parte dela;
    3. Pressione Gravar.

O botão Parar aparecerá na barra de menus. As gravações de tela também podem ser feitas através do QuickTime (clique em Arquivo e depois em Nova gravação de tela).

Opção para gravar a tela do MacA ferramenta de gravação de tela simples disponível no macOS. Captura de tela: Gizmodo

Outras opções de programas

Uma infinidade de opções de software de terceiros também está disponível, oferecendo uma variedade de recursos extras de gravação e edição para seduzi-lo a usá-los. Talvez a melhor opção gratuita seja o OBS Studio para Windows ou macOS, que é abrangente e poderoso, se for um pouco difícil de escolher para o completo iniciante.

Ao carregar a interface, você verá que pode adicionar várias fontes de vídeo na caixa Fontes – uma janela ou jogo específico, ou a tela inteira, por exemplo. Além disso, você pode definir a gravação de áudio de um microfone conectado e o áudio produzido pelo seu computador. Felizmente, o OBS Studio possui um documento de ajuda abrangente para guiá-lo passo a passo no processo.

Em termos de opções pagas, o Camtasia (Windows e macOS) é uma escolha bem conhecida para profissionais que precisam de um produto polido e rico em recursos e não se importam em pagar por isso – você pagará US$ 250 se optar por uma taxa única ou US$ 50 por ano para uma assinatura (que inclui todas as atualizações anuais), embora esteja disponível uma avaliação gratuita. É melhor você ter certeza de que precisa de todos os recursos antes de gastar dinheiro.

Esses recursos incluem a capacidade de incluir efeitos, sobreposições de músicas, títulos, anotações e transições, além de opções para aplicar zoom e animar gravações na tela e suporte para elementos interativos (como questionários) nas suas gravações. Além de gravar sua tela, você também pode gravar seu feed da webcam e outras fontes de vídeo.

Tela do OBS StudioOBS Studio é uma ferramenta de captura abrangente e gratuita para Windows e macOS. Captura de tela: Gizmodo

Se você não deseja gastar tanto e não precisa de tantos recursos, o TinyTake (Windows e macOS) merece sua consideração: possui uma interface simples e agradável para capturar janelas ou a tela inteira, algumas ferramentas úteis de anotação e opções de compartilhamento de vídeo integradas. Clipes com até cinco minutos de duração podem ser gravados gratuitamente; depois disso, você precisará obter uma assinatura, e ela custa US$ 30 por ano.

Aqueles que gastam US$ 70 ou mais por ano no Office 365 já têm um gravador de tela no seu sistema – ele está embutido no PowerPoint, embora apenas na versão do Windows no momento. Abra a guia Inserir e clique em Gravação de tela para gravar parte ou toda a tela – isso serve principalmente para inserir em suas apresentações, mas você também pode salvar o vídeo em disco, clicando com o botão direito do mouse e escolhendo Salvar mídia como.

Hardware de Gravação

Às vezes, as opções de software simplesmente não são suficientes – talvez você precise gravar o que está na tela antes de o sistema operacional iniciar corretamente ou talvez precise capturar algo que os aplicativos não conseguem, por qualquer motivo. Para gravar a tela do seu PC ou Mac em tarefas mais complexas, você pode investir em um dispositivo de hardware dedicado.

Como no software, você tem várias opções para escolher. A boa notícia é que a maioria deles tem um preço relativamente acessível – essas placas de captura geralmente são projetadas para jogadores que desejam transmitir imagens de console para a Web, mas funcionam em computadores e outros dispositivos com saída HDMI também.

Placa de captura HD60 S+ da ElgatoO HD60 S+ da Elgato. Foto: Gizmodo

Elgato talvez seja o nome mais conhecido do mercado, oferecendo uma variedade de placas de captura que funcionam com computadores Windows e macOS, além de consoles. Para ter uma ideia de como o processo funciona, no caso do HD60 S+ de US$ 200, conecte-o à saída HDMI no computador em que deseja capturar e a uma porta USB sobressalente no computador para o qual deseja usar a captura real.

Você pode usar o mesmo computador Windows ou macOS para exibir e gravar, se desejar, embora obviamente seja mais fácil usar, digamos, um desktop e um laptop em conjunto (especialmente se você estiver gravando programas com muitos recursos). A máquina de onde você está gravando reconhecerá o Elgato HD60 S+ como um monitor externo, então você precisa espelhar ou estender a sua área de trabalho, conforme necessário (Exibição em Configurações do Windows ou Monitores em Preferências do Sistema no MacOS).

Tela do software da ElgatoCaptura do Windows no macOS com o software Elgato. Captura de tela: Gizmodo

Depois disso, você precisa do aplicativo de captura do Elgato, que é gratuito para baixar e usar. Combina captura e edição, permitindo ajustar as configurações de gravação de vídeo, misturar saídas de áudio, adicionar comentários de voz (muito úteis para as sessões de jogos) e transmitir as imagens para a Web, além de salvá-las em disco.

Outro software de captura de vídeo funcionará com o Elgato HD60 S+, incluindo o pacote OBS Studio que mencionamos acima. Geralmente, é melhor ficar com o software desenvolvido pela mesma empresa da placa de captura que você escolheu para evitar problemas de compatibilidade, mas uma caixa de placa de captura normalmente produz um fluxo de vídeo que a maioria dos aplicativos será capaz de reconhecer.

Tela de software da ElgatoO Elgato HD60 S+ conectado a uma Apple TV. Captura de tela: Gizmodo

Essas placas de captura podem funcionar com uma variedade de dispositivos com saída HDMI – elas apenas ficam entre o dispositivo e o monitor ou aparelho de televisão conectado (portanto, você precisará de dois cabos HDMI em vez de um e um computador para capturar). Se você precisar gravar imagens de uma caixa de streaming de mídia, por exemplo, isso geralmente é possível.

Placa de Captura Elgato HD60 S+
Elgato Game Capture HD60 S+ Placa de Captura
R$1299

Como dissemos, enquanto o Elgato HD60 S+ é o hardware que usamos como exemplo aqui, porque na verdade temos um em mãos, outros estão disponíveis: incluindo os da AverMedia, Razer e Hauppauge. Alguns são capazes de capturar imagens diretamente em um cartão de memória, sem a necessidade de um computador, embora você obviamente perca a oportunidade de visualizar e controlar suas gravações em tempo real.

Mas esses dispositivos de captura normalmente não são necessários se você estiver apenas tentando ajudar um membro da família que mora longe. Para esse tipo de tarefa, os gravadores de tela integrados da Apple e/ou Microsoft podem oferecer tudo o que você precisa para gravar a tela do seu PC ou Mac.

O Gizmodo Brasil pode ganhar comissão sobre as vendas. Os preços são obtidos automaticamente por meio de uma API e podem estar defasados em relação à Amazon.

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Apple é multada em quase US$ 1 bilhão por infringir patente

Posted: 31 Jan 2020 07:46 AM PST

A semana da Apple estava sendo ótima: a companhia tinha anunciado seus resultados trimestrais com recordes, com a arrecadação de bilhões de dólares graças ao iPhone 11 e sucesso com seus AirPods e Apple Watch. Apenas um dia depois da publicação do balancete, a empresa e sua fornecedora de chips wireless, Broadcom, foram multadas em US$ 1,1 bilhão. De acordo com a Bloomberg, essa é a sexta maior multa relacionada a patentes da história.

Eita.

A Bloomberg aponta que tanto a Broadcom quanto a Apple já anunciaram que vão recorrer do julgamento. O processo foi aberto pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), que obviamente estão satisfeitos com o resultado atual.

O Caltech abriu o processo em maio de 2016, alegando que a Broadcom e Apple utilizaram chips Wi-Fi que se valiam de uma característica chamada codificadores IRA (ou codificadores de acúmulo e repetição irregular).

Esses codificadores (e seus decodificadores complementares) permitem transmissão de dados por sinais sem fio de forma mais eficiente. O Caltech alegou que a Broadcom utilizou codificadores IRA em seus chips Wi-Fi e, portanto, devia royalties por suas patentes.

A Apple é um dos maiores clientes da Broadcom, e como os chips estão em quase todos os dispositivos da Apple com Wi-Fi, o Caltech alegou que a Apple também devia royalties.

As empresas gastaram milhões de dólares discordando umas das outras no tribunal. O julgamento do júri finalmente começou em 15 de janeiro, na Califórnia. A Broadcom continuou insistindo que não usou a propriedade intelectual do Caltech, mas depois as coisas ficaram confusas.

Um especialista que foi testemunha da Broadcom e da Apple teve que corrigir seu primeiro depoimento. De acordo com o site Law360, essa pessoa teve dificuldades em explicar os erros em seu testemunho original, enfraquecendo a defesa da Broadcom e da Apple. Em seguida, os advogados do Caltech alegaram, nos argumentos finais, que a Broadcom e a Apple tinham escondido uma testemunha.

As alegações parecem ter surtido efeito com o júri – eles ordenaram que as empresas paguem ao Caltech mais de US$ 1,1 bilhão. A Apple deve arcar com US$ 837,8 milhões e a Broadcom US$ 270,2 milhões.

O julgamento acontece menos de uma semana depois de um júri de San Diego ordenar à Apple a pagar US$ 85 milhões ao desenvolvedor canadense Wi-Lan, por infringir patentes que permitem que um telefone baixe informações enquanto faz uma ligação.

Talvez parte dos lucros recordes da Apple neste último trimestre possam ser usados para investir numa equipe que cheque quais patentes a companhia pode realmente usar – ou para pagar essas multas.

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O pagamento via WhatsApp vem aí, e Facebook quer lançar a função ainda neste ano

Posted: 31 Jan 2020 07:03 AM PST

Logotipo do WhatsApp em um smartphone

Como um monte de empresas, o Facebook divulgou seus resultados financeiros nesta semana, e a situação continua boa. A companhia aumentou suas receitas e seu lucro na comparação entre o último trimestre de 2019 e o de 2018. A companhia parece ser à prova de qualquer polêmica, seja envolvendo privacidade ou possível interferência eleitoral.

Fora isso, durante chamada com investidores, a companhia falou que vê o sistema de pagamentos como uma nova fonte de receita. Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, disse inclusive que neste ano o WhatsApp Payments, plataforma de pagamentos do app de mensagens, sairia do papel. Ele ainda acrescentou que o Brasil estaria entre os primeiros países.

Aqui exatamente o que o homem disse, segundo a cobertura do pessoal do Mobile Time:

Nós estamos trabalhando com o WhatsApp Payments há algum tempo. Em 2018 começamos um teste com 1 milhão de pessoas. Agora estamos esperando lançar a tecnologia em diversos países nos próximos seis meses. Vamos focar em diversas localidades onde o WhatsApp é mais forte: países como Índia, México, Brasil e Indonésia.

O Facebook testa um sistema de pagamento ponto a ponto via WhatsApp na Índia há um tempão, mas não houve expansão para outras localidades. De acordo com a empresa, a solução a ser implementada será integrada ao Facebook Pay, plataforma de pagamentos apresentada no ano passado e que funciona apenas nos Estados Unidos.

Na Índia, onde funciona para um número limitado de usuários, o WhatsApp Payments está integrado à entidade bancária local, possibilitando transferência de dinheiro para bancos ou mesmo para outras pessoas. Este processo é simples como enviar uma foto ou um vídeo: é necessário apenas escolher uma quantia e escolher um contato. Posteriormente, a plataforma possibilitou pagamentos em estabelecimentos via QR Code, da mesma forma que algumas carteiras digitais estão fazendo no Brasil, como MercadoPago, Iti, iFood, PicPay, entre outras.

Falando especificamente do Brasil, em tese, o Facebook não deve ter muitos problemas para implementar isso por aqui. O Banco Central do Brasil já há um tempo vem regulamentando pagamentos instantâneos, o que, por sua vez, deve reduzir ou acabar de vez com as taxas de transferências bancárias. Então, parece ser mais uma questão de tempo e adaptação do produto para o mercado local.

Fora esse sistema de pagamentos, o Facebook também parece estar empenhado em faturar uma grana pelas conexões que a companhia promove em suas redes. A empresa tem cada vez mais criado formas de construir uma infraestrutura para que empresas possam lidar com compras e vendas feitas em suas plataformas.

Aqui no Brasil, por exemplo, a rede já permite que contas WhatsApp Business tenham uma espécie de vitrine de produtos; o Instagram também em breve deve ter funções ainda mais avançadas para facilitar a compra de itens. Por ora, o Facebook não cobra por estes serviços, mas nada impede que ele faça isso e ganhe ainda mais dinheiro, né?

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União Europeia ignora Apple e vota por carregador padrão

Posted: 31 Jan 2020 05:54 AM PST

Conector USB-C

A União Europeia ensaia há bastante tempo uma lei para obrigar que todas as fabricantes de dispositivos eletrônicos adotem um mesmo tipo de conector para cabos de energia ou de carregamento. Nesta quinta-feira (30), o Parlamento votou uma resolução que pede que a Comissão Europeia, que elabora as leis, garanta que os consumidores não sejam mais obrigados a comprar novos carregadores a cada novo aparelho.

A decisão teve 582 votos a favor e 40 contra. E a Apple deve ter ficado um pouco aborrecida com isso.

Um dos principais argumentos do Parlamento Europeu é a geração de lixo eletrônico, principalmente aquele causado por cabos de carregadores de smartphones. A ideia é que as fabricantes adotem um padrão de entrada para que um único carregador possa ser utilizado para vários aparelhos.

A Apple se posiciona contra a medida, afirmando que "regulamentos que direcionam a conformidade por meio do tipo de conector incorporado a todos os smartphones congelam a inovação, em vez de incentivá-la. Essas propostas são ruins para o meio ambiente e desnecessariamente perturbadoras para os clientes".

Como todos sabem, enquanto a maioria dos novos smartphones Android atuais usam conectores USB-C, os iPhones adotam a entrada Lightning. A empresa da maçã diz que quase 1 bilhão de dispositivos já foram enviados com o conector Lightning e citou o ecossistema de terceiros que surgiu ao criar acessórios para conectores Lightning e que exigir um padrão repentino "resultaria em um volume sem precedentes de lixo eletrônico e incomodaria bastante os usuários".

Uma regra como essa pode, de fato, causar dores de cabeça no início. Mas não é como se a Apple não soubesse disso, afinal, em 2012 a empresa abandonou o conector de 30 pinos pelo Lightning. Sem contar que o MagSafe, conector para carregamento dos MacBooks, foi substituído por USB-C – justamente o padrão que deve ser adotado a partir de agora. O argumento da companhia, no entanto, é que as alterações precisam ser gradativas e não forçadas.

A Comissão Europeia já tinha definido um padrão universal para o continente em 2009, mas na ocasião a decisão era voluntária – a Apple oferecia adaptadores microUSB na Europa, por exemplo. As autoridades chegaram à conclusão de essa medida não funcionou como o planejado.

A resolução do Parlamento toca nos carregadores sem fio. Os legisladores acreditam que essa solução pode ser benéfica para reduzir o lixo eletrônico, mas quer que a Comissão estabeleça regras para que um único carregador sem fio seja capaz de funcionar com diversos dispositivos. A industria já adota padrões, mas agora pode haver uma legislação que obrigue a compatibilidade.

Se a lei for criada, valerá para a Europa. No entanto, por ser um mercado grande e importante para praticamente todas as marcas, é provável que as regras tenham um impacto global.

[Reuters]

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Mudança para o horário de verão aumenta a probabilidade de acidentes de carro fatais

Posted: 31 Jan 2020 05:10 AM PST

Fim de tarde de um dia de verão

Um novo estudo publicado nesta quinta-feira (30) destaca uma consequência perturbadora do horário de verão. Foram encontradas evidências de que o avanço dos relógios leva a acidentes de carro mais fatais nos EUA durante a semana seguinte.

O novo estudo, publicado na Current Biology, analisou dados federais sobre acidentes de trânsito fatais entre 1996 e 2017 em estados onde o horário de verão é seguindo (Havaí e partes do Arizona excluídas). Eles se concentraram especificamente na semana da mudança, uma semana antes dela e uma semana depois.

Comparado às semanas adjacentes, a equipe descobriu que houve um aumento médio de 6% no risco de um acidente de carro fatal durante a semana da mudança do horário de verão. Esse aumento de risco foi observado até mesmo no domingo, quando muitas pessoas podem ter a chance de dormir. Mas de segunda a sexta-feira dessas semanas, a equipe estimou que havia cerca de cinco a seis acidentes extras por dia que não teriam acontecido se não fosse a mudança nos relógios. Ao longo dos 22 anos de dados analisados, isso representaria mais de 600 acidentes fatais evitáveis.

“O impacto na saúde pública da transição do horário de verão em relação ao risco de acidentes de trânsito fatais é claro a partir de nossos dados”, disse a autora do estudo, Céline Vetter, pesquisadora de sono e ritmo circadiano na Universidade da Colorado em Boulder, via e-mail. “Como nossos dados incluíram apenas os acidentes mais graves, ou seja, em que uma fatalidade foi registrada, essa estimativa provavelmente é uma subestimação do risco real.”

Como muitos que já tiveram a dor ou a delícia de experimentar o horário de verão sabe, adiantar o relógio em uma hora pode tornar nossas manhãs subitamente muito mais escuras. Essa mudança de cenário pode estragar nossos relógios corporais, aumentando o sono e diminuindo a capacidade de dormir bem. Os autores também observaram que as mudanças na iluminação natural durante a manhã e a noite podem afetar as condições de direção, embora isso provavelmente tenha um papel menor.

“Considera-se que este ‘mini-jetlag’,  juntamente com a perda de sono que geralmente o acompanha, leve à fadiga e à função cognitiva prejudicada, que por sua vez são preditores conhecidos de acidentes”, disse Vetter.

Desde 2007, os EUA determinam que o horário de verão — implementado originalmente como uma maneira de fornecer às pessoas mais horas de luz do dia e conservar energia que seria gasta na iluminação de nossos edifícios por mais uma hora à noite — deveria começar no segundo domingo de março. Anteriormente, ele começava em abril. Os autores encontraram algumas evidências de que a mudança para março pode ter aumentado a probabilidade de acidentes de carro fatais. Dito isto, eles não encontraram evidências de que o fim do horário de verão, agora no primeiro domingo de novembro, tenha causado um salto em acidentes fatais.

Ainda assim, juntamente com outras pesquisas que vinculam as mudanças de horário causadas pelo horário de verão a outros riscos à saúde pública, incluindo um aumento de ataques cardíacos, derrame e privação de sono, as descobertas do estudo são realmente apenas mais um prego no caixão dessa medida. Alguns estados dos EUA estão começando a concordar.

“Nossas descobertas estão alinhadas com todo um conjunto de evidências sugerindo que devemos abolir a alternância entre o horário de verão e o horário padrão”, disse Vetter.

Em 2019, o Oregon aprovou uma lei para tornar o horário de verão permanente, mas ela só entraria em vigor se Washington e Califórnia aprovassem uma lei semelhante, para facilitar a transição para todos os que vivem na costa oeste. Washington aprovou a versão deles no mesmo ano, mas ainda não se sabe quando ela poderá entrar em vigor. Em 2018, os moradores da Califórnia votaram a favor de uma medida semelhante, que tornava o horário de verão permanente, mas ela está parada no congresso estadual desde então.

“De um modo geral, há evidências de que seria melhor para o sono, o relógio corporal e a saúde geral ter mais luz da manhã e menos luz da noite, como é o caso se adotarmos o Horário Padrão permanente”, disse ela.

No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro acabou com o horário de verão em 2019, alegando que não havia mais tantas vantagens, já que a economia gerada durante o período era quase nula.

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Todos os humanos são um pouco neandertais, diz nova pesquisa

Posted: 31 Jan 2020 04:32 AM PST

Somos todos um pouco neandertais. Essa é a conclusão de um estudo que usou uma nova técnica estatística para rever as estimativas do grau em que os humanos modernos retiveram o DNA do neandertal. A pesquisa sugere que mesmo as pessoas de ascendência africana têm herança neandertal, algo que antes estava em dúvida.

A pesquisa publicada na revista Cell identificou vestígios significativos da ascendência neandertal nas populações africanas. O novo artigo, escrito pelo geneticista Joshua Akey da Princeton University e outros colegas, afirma que “os indivíduos africanos têm um sinal de ancestralidade neandertal mais forte do que se pensava anteriormente”.

Essa descoberta complica a nossa compreensão das origens humanas e dos padrões de migração que contribuíram para a composição da nossa espécie.

“Até agora, estimativas da ascendência neandertal em europeus e asiáticos têm usado a suposição de que os africanos não têm ascendência neandertal, embora nós soubéssemos que isso não estava rigorosamente certo”, disse Svante Pääbo, geneticista do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, ao Gizmodo. “Nós sabíamos que havia alguns traços genéticos em africanos”, resultado de um suposto evento migratório que aconteceu há muito tempo, disse Pääbo, que não estava envolvido com a nova pesquisa.

O novo artigo afirma essas suposições, sugerindo eventos de reprodução cruzada que datam de 100 mil a 200 mil anos atrás.

Ilustração: Matilda Luk, Departamento de Comunicações da Universidade de Princeton

Um novo entendimento sobre nossa ascendência

Investigações sobre o genoma neandertal, que foi sequenciado em 2010, sugeriram que humanos anatomicamente modernos (Homo sapiens) de ascendência eurasiática retiveram cerca de 2% de DNA neandertal. Isto foi tomado como evidência de que os humanos modernos se misturaram com os neandertais à medida que se espalhavam pela África, entrando no Oriente Médio, Europa e Ásia entre 80 mil e 50 mil anos atrás.

Ao mesmo tempo, os paleogeneticistas tiveram dificuldades para detectar vestígios de DNA do neandertal nas populações africanas. Essa falta de evidência se alinhou com a narrativa convencional, de que os humanos modernos que deixaram a África e posteriormente se misturaram com os neandertais nunca retornaram, ou pelo menos não de forma significativa que tivesse impacto na evolução humana.

A nova pesquisa agora mexe com essa noção, oferecendo evidências que sugerem que há mais DNA neandertal nas pessoas africanas do que se supunha anteriormente. Além disso, as evidências sugerem que múltiplos eventos de cruzamento ocorreram entre humanos e neandertais – incluindo episódios que datam de mais de 100 mil anos atrás.

“Essa é uma evidência adicional de que os humanos modernos, ou antepassados dos humanos modernos, deixaram a África várias vezes e se misturaram com os neandertais”, disse Pääbo. “Esses humanos modernos não são ancestrais dos humanos de hoje na Eurásia. Eles foram pelo menos parcialmente assimilados às populações neandertais”, e isso “aconteceu há mais de 100 mil anos”.

Como a pesquisa conseguiu encontrar DNA neandertal em todas as populações

Há duas razões principais pelas quais tem sido tão difícil encontrar sequências genéticas dos neandertais em indivíduos africanos. A primeira razão é bastante simples: a suposição injustificada de que muito pouca ascendência neandertal deve ser encontrada em indivíduos africanos.

A segunda razão tem a ver com os métodos utilizados pelos geneticistas, mas está diretamente relacionada com a primeira razão.

“Métodos anteriores para encontrar sequências neandertais no DNA dos humanos modernos, todos usavam uma população ‘de referência’ que se pensava conter pouca ou nenhuma ascendência neandertal, e essa era sempre uma população africana”, explicou Akey em um e-mail para o Gizmodo.

“A razão pela qual foi usada uma população humana de referência é que os humanos modernos e os neandertais compartilham um ancestral comum recente e muitos lugares em nossos genomas parecerão neandertais apenas por causa dessa história evolucionária compartilhada. Usar uma população de referência permite subtrair esse sinal de ancestralidade compartilhada e identificar sequências que foram herdadas por causa da mistura [reprodução cruzada]”.

O problema é que essa população de referência, ou seja, genomas de indivíduos africanos, produziu estimativas tendenciosas do DNA neandertal entre as populações humanas modernas. Para corrigir esse viés, Akey e seus colegas criaram um novo método estatístico, chamado IBDmix, que não requeria uma população de referência, ao mesmo tempo em que ainda permitia buscas de ancestrais do neandertal em indivíduos africanos, o que não tinha sido feito antes.

IBD significa “identidade por descendência” e sinaliza seções idênticas de DNA que estão presentes em dois indivíduos diferentes. Esses segmentos compartilhados são tomados como evidência de um ancestral comum compartilhado; quanto mais longo o segmento, mais forte a suposta ligação com um ancestral comum.

Este método sem referência aplicou características conhecidas do DNA neandertal, tais como a prevalência de alelos (mutações) e o comprimento dos segmentos da IBD, para identificar ancestralidade comum ligada a eventos antigos de reprodução cruzada. Com este método, a equipe identificou o DNA neandertal em africanos pela primeira vez, ao mesmo tempo em que forneceu estimativas revistas do DNA neandertal em outras populações.

“Essa nova abordagem permitiu aos autores avaliar a possibilidade da presença de material genético do neanderthal em populações africanas – algo que antes estava ‘escondido’ devido a suposições dos métodos anteriormente utilizados, que consideravam que as populações africanas não tinham tal mistura com os neandertais”, explicou a paleoantropóloga Katerina Harvati da Universidade Eberhard Karls de Tübingen. “O resultado surpreendente foi que, de fato, houve uma contribuição considerável do neanderthal para o material genético africano, que foi maior do que se suspeitava anteriormente”, disse Harvati, que não estava envolvida no estudo.

Em média, a quantidade de DNA neanderthal foi encontrada em torno de 55 milhões de pares de base por pessoa entre asiáticos, 51 milhões de pares de base por pessoa em europeus, e 17 milhões de pares de base por pessoa em africanos, embora essas quantidades variem de indivíduo para indivíduo. Em termos da proporção geral do DNA de neanderthal, Akey disse que isso é “um pouco complicado de definir porque não podemos analisar todas as partes do genoma devido a limitações técnicas”, mas uma aproximação aproximada sugere 1,8% em asiáticos, 1,7% em europeus e 0,5% em africanos.

Interação há milhares de anos e fluxos migratórios

“Acho que a descoberta mais interessante do nosso trabalho é que ele destaca que os humanos modernos e os neandertais interagiram durante centenas de milhares de anos e que houve muitos dispersos fora e de volta à África”, disse Akey. “Revela uma história mais matizada e complicada do que anteriormente reconhecida e mostra que o legado do fluxo gênico entre os humanos modernos e os neandertais existe hoje em dia em todos os indivíduos contemporâneos”.

Na verdade, essa pesquisa sugere que os humanos modernos, após o cruzamento com os neandertais, migraram de volta para África, mas também aponta para episódios antigos de acasalamento entre os ancestrais dos humanos modernos e dos neandertais, talvez até há 200 mil anos atrás, uma afirmação que é apoiada por outras pesquisas.

“Esse artigo se junta a vários estudos publicados recentemente para apontar a importância das dispersões, das migrações que voltaram e da reprodução cruzada entre linhagens e populações humanas, tanto no Pleistoceno como mais recentemente, e reforça a visão de que a evolução humana era mais complexa do que se pensava anteriormente”, explicou Harvati. “Ele também apoia as descobertas anteriores de um antigo evento de reprodução cruzada, antes de 100 mil anos atrás, entre os primeiros humanos modernos e os neandertais”.

Harvati disse que isso foi sugerido por evidências paleogênicas anteriores mostradas em vários estudos diferentes, bem como pelo registro fóssil.

“Sabe-se que os primeiros humanos modernos se dispersaram em uma migração precoce para fora da África, há aproximadamente 200 mil anos, como indicam as recentes descobertas fósseis na Grécia e em Israel [veja aqui e aqui], e teriam tido a oportunidade de se encontrar e procriar com os neandertais”, disse Harvati. “Os autores chegam até a supor que poderia ter havido múltiplas dispersões da África e eventos de reprodução cruzada, dos quais apenas alguns podem ser detectados com seus conjuntos de dados e ferramentas metodológicas atuais”.

Curiosamente, um grupo irmão dos neandertais, os misteriosos denisovanos, provavelmente não fazia parte desta equação. Os denisovanos ramificaram-se dos neandertais há cerca de 400 mil anos e viveram na Ásia durante centenas de milhares de anos. Está “ficando cada vez mais claro que os neandertais estiveram em contato genético com populações na África várias vezes durante sua história”, o que contrasta com os denisovanos, “que estavam mais isolados da África”, disse Svante.

As limitações do estudo

Em termos de limitações, Akey disse que sua equipe só analisou dados genéticos de um pequeno número de populações africanas e que “uma melhor amostragem da diversidade genética africana será necessária para entender os padrões de ancestralidade neandertal em toda a África”. Além disso, em virtude de como a nova técnica funciona, os pesquisadores não são capazes de detectar sequências genéticas potencialmente herdadas de linhagens desconhecidas de hominídeos.

Harvati disse que muitas questões ainda permanecem em aberto, incluindo a contribuição genética das linhagens africanas arcaicas.

“Como não temos evidências paleogênicas de fósseis africanos, isso é difícil de avaliar e continua sendo um fator complicador, já que a retenção de material genético africano arcaico, bem como a reprodução cruzada entre os primeiros seres humanos modernos e as linhagens arcaicas na própria África também tem sido postulada”, disse Harvati.

Sem dúvida, o estudo está levantando novas questões importantes que os futuros pesquisadores terão de enfrentar. Com o passar do tempo, e a cada novo avanço científico, a nossa história evolutiva está de alguma forma se tornando mais clara, mas também consideravelmente mais obscura. Além disso, as explicações tentadoras e simplistas quase nunca sejam corretas. A nossa história é tão complicada quanto fascinante.

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Os hipopótamos tarados de Pablo Escobar não param de se reproduzir e defecar pela Colômbia

Posted: 31 Jan 2020 03:14 AM PST

Quando a Polícia Nacional da Colômbia matou o chefão da cocaína e narcoterrorista Pablo Escobar em 1993, eles apreenderam sua enorme propriedade, incluindo seu jardim de esculturas, coleção de carros, pequenos aeroportos e zoológico pessoal. Eles enviaram a maioria dos animais do zoológico para outros jardins zoológicos, mas deixaram os quatro hipopótamos do cara à sua própria sorte.

Mas acontece que esses hipopótamos tiveram uma vida sexual muito ativa, e agora há mais de 80 deles perambulando pela Colômbia. Eles agora são considerados uma das principais espécies invasoras do mundo. E eles estão causando problemas, vagando pelas cidades e sendo um incômodo de duas toneladas. De acordo com um novo estudo da revista Ecology, eles também estão causando estragos no ecossistema local.

Os pesquisadores passaram dois anos estudando a qualidade da água e os microbiomas dos lagos colombianos com populações de hipopótamos e comparando-os com os sem hipopótamos. Eles descobriram que os animais estão mudando a química da água de maneiras bastante desagradáveis.

Os hipopótamos são noturnos. Eles passam os dias comendo em terra e as noites se refrescando na água – e, bem, evacuando grandes quantidades de lixo. Acontece que o cocô deles está alterando a química e os níveis de oxigênio da água e fertilizando algas e bactérias nocivas, o que pode levar à proliferação de algas que deixam pessoas e animais doentes. Em alguns lugares como o Lago Victoria, na África Oriental, os ecossistemas evoluíram com grandes quantidades de cocô de hipopótamo. Na verdade, algumas espécies até mesmo precisam dos nutrientes contidos nas fezes para sobreviver. Embora mesmo lá, algumas pesquisas sugerem que todo esse cocô pode acabar não sendo uma coisa assim tão boa.

Em comparação, os cursos de água da Colômbia e as espécies que vivem dentro e ao redor deles nunca tiveram que lidar com quantidades abundantes de porcaria de hipopótamo ou outras perturbações que os enormes ungulados podem causar. Os pesquisadores também observam que a Colômbia recebe mais chuvas do que os lagos e córregos da África Oriental que os pesquisadores de hipopótamos estudaram, criando outra variável.

É provável que a situação ainda piore. Espera-se que os animais continuem se reproduzindo, e a Colômbia não tem nenhuma das restrições ou ameaças de predadores que os hipopótamos tradicionalmente enfrentam. Os pesquisadores estimam que a população de hipopótamos cresça drasticamente. Tipo, drasticamente mesmo.

"Se você traçar o crescimento populacional deles, mostramos que tende a disparar exponencialmente", disse Jonathan Shurin, um professor de Ciências Biológicas da UC San Diego, que trabalhou no estudo, em um comunicado. “Nas próximas décadas, pode haver milhares deles”.

Isso pode piorar muito o problema e criar novas complicações. Ninguém sabe, por exemplo, como os hipopótamos irão interagir com outros animais locais, como peixes-boi e tartarugas gigantes do rio. Os pesquisadores recomendam que as autoridades colombianas resolvam o problema dos hipopótamos rapidamente.

Isso não será fácil. Os hipopótamos podem parecer bem calmos, mas eles correm realmente rápido e são difíceis e perigosos de capturar. Eles também são muito violentos, então capturá-los envolve sérios riscos. As tentativas de se livrar dos hipopótamos de Escobar não foram muito boas até hoje. Nos últimos anos, as autoridades do governo local enviaram biólogos para tentar contê-los e castrá-los, mas isso não teve muito sucesso. Eles só conseguiram castrar alguns dos animais.

Os pesquisadores também não sabem o que fazer em relação a isso, mas têm certeza de que um número maior de hipopótamos não vai facilitar as coisas. E os ecossistemas vizinhos podem sofrer com isso.

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