terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Gizmodo Brasil

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Janelas falsas de LED da Mitsubishi simulam a luz solar para tornar os escritórios menos deprimentes

Posted: 10 Feb 2020 02:19 PM PST

As tecnologias que prometiam nos libertar de empregos maçantes em escritórios resultaram basicamente no oposto. Mas a Mitsubishi está tentando para deixar o trabalho em cubículos menos deprimente. A empresa desenvolveu um painel iluminado por LED que pode simular a luz natural vinda de fora, criando o efeito de uma claraboia mesmo em um escritório localizado no primeiro andar de um arranha-céu imenso, onde isso seria impossível.

A Mitsubishi não é a primeira empresa a tentar se beneficiar da qualidade de imagem cada vez maior dos monitores de tela plana para tentar trazer artificialmente a parte externa para o interior.

Quase uma década atrás, uma empresa chamada SkyV criou um produto semelhante que exibia animações de nuvens e até árvores que se balançavam ao vento em LCDs montados no teto.

Em 2014, a Royal Caribbean trouxe a ideia para cruzeiros. Ela instalou telas 4K de 80 polegadas nas paredes de todas as cabines internas do Quantum of the Seas para criar varandas virtuais mostrando feeds ao vivo de câmeras montadas nas laterais do navio.

Mais recentemente, até a Dyson, empresa famosa por seus eletrodomésticos, apresentou produtos que tentam simular a luz solar natural em uma sala. Suas lâmpadas Lightcycle usam a localização para recriar com precisão a intensidade e a cor do que está do lado de fora, supondo que você não tenha acesso a uma janela. Afinal de contas, os humanos não foram feitos para ficar presos dentro de casa o dia inteiro.

Ilustração: Mitsubishi

Como na abordagem da Dyson, os novos painéis Misola da Mitsubishi contam com LEDs que mudam de cor em vez de monitores LCD. Mas enquanto as lâmpadas Lightcycle da Dyson apenas emitem luz colorida em todas as direções, o design do painel Misola inclui um quadro que cria a aparência de uma janela virtual recuada em cerca de 12,7 centímetros. Assim, ele consegue simular não só a cor do céu, mas também a intensidade e os movimentos do sol.

Ao longo do dia, apenas três lados da moldura do painel são iluminados. Assim, o que não acende fica parecendo uma sombra. Desse jeito, dá a impressão de que o Sol não está diretamente acima da janela.

É um truque simples — não é como se a Mitsubishi tivesse usado uma fortuna de seu orçamento em pesquisa e desenvolvimento para pensar nisso — mas é uma indicação visual sutil que os seres humanos naturalmente associam a uma fonte de luz que não está diretamente sobre suas cabeças. Junto com a intensidade e a temperatura de cor gradualmente ajustadas, é um recurso que ajuda ainda mais a vender a ideia de que essa é uma janela real, com a luz do sol batendo nela.

A Mitsubishi vê escritórios e até armazéns gigantes como os principais locais onde os painéis Misola podem ser instalados para melhorar a qualidade de vida dos funcionários. A empresa também acredita que eles poderiam ser igualmente benéficos em locais como hospitais ou casas de repouso — onde apenas a sensação de serem expostos ao ar livre poderia ajudar a melhorar o comportamento do paciente.

No entanto, com um preço inicial de cerca de US$ 6.200 para a versão base programada manualmente e mais de US$ 6.800 para a versão de luxo que pode ser executada em temporizadores automáticos, a Mitsubishi terá dificuldade em convencer as empresas a gastar tanto dinheiro, já que os escritórios sem janelas já são resultado de medidas de redução de custos.

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Programa sul-coreano promove encontro de mãe com sua filha falecida usando realidade virtual

Posted: 10 Feb 2020 01:24 PM PST

Por mais incrível que a tecnologia possa ser, é impossível ignorar todas as implicações éticas que ela pode trazer e potenciais impactos negativos em nossa sociedade — Black Mirror está aí pra mostrar isso. Na última semana, tivemos um exemplo transmitido em rede nacional pela TV sul-coreana.

O programa Meeting You, do canal MBC, apresentou um episódio em que uma mãe foi capaz de se "reunir" com sua filha falecida por meio de realidade virtual. Além de recriar a criança de 7 anos em 3D, a holografia também continha áudio, e a mãe recebeu luvas sensíveis ao toque para interagir com a imagem.

A experiência parece ser assustadoramente realista, permitindo que a mãe conversasse com a holografia como se fosse realmente sua filha. O trecho do programa pode ser visto no vídeo abaixo, que mostra a emoção da mulher durante o "reencontro":

Avaliar um experimento como esse é muito mais complexo do que simplesmente classificá-lo como positivo ou negativo. Afinal, a dor de perder um familiar próximo é algo indescritível — e o sentimento de perder um filho deve ser ainda mais.

Por isso, não há como saber se a experiência vai, de alguma forma, ajudar a mulher em seu processo de luto. Por mais realista que seja a tecnologia, ainda é um código tentando imitar uma criança, o que pode ter efeitos psicológicos na mãe também.

No entanto, talvez, o mais controverso disso tudo seja o fato de a emissora ter transmitido na TV um momento tão pessoal e delicado como esse. À medida que tecnologias como essa vão evoluindo, será preciso estudar com atenção o impacto disso em nossas vidas e como a mídia vai transitar entre essas questões.

[Kotaku]

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Passageiros e motoristas da Uber poderão gravar áudio no app para relatar incidente

Posted: 10 Feb 2020 11:49 AM PST

Aplicativo da Uber em frente a um táxi de Londres

No ano passado, durante o evento Uber Destino 2019, a Uber apresentou uma série de medidas de segurança, e agora elas estão chegando aos poucos ao Brasil. A mais nova funcionalidade, que passa a funcionar nesta segunda-feira (10) em algumas localidades, permite que motoristas e passageiros possam gravar um arquivo de áudio para relatar um incidente.

Num primeiro momento, o recurso chamado de U-Áudio funcionará em cinco cidades brasileiras: Salvador (BA), Campo Grande (MS), São Luís (MA), Sorocaba (SP) e Uberlândia (MG). A empresa diz que vai avisar aos motoristas e passageiros das localidades selecionadas sobre a disponibilidade da nova ferramenta.

Você pode estar perguntando: por que diabos esta ferramenta para gravar áudio é importante para mim? Bom, segundo a Uber, a ideia é fazer com que a companhia entenda melhor incidentes que ocorrem durante as viagens que deixaram incomodados passageiros ou motoristas — isso pode ser particularmente útil em situações de assédio contra mulheres. Após a captação do áudio, ele é criptografado e pode ser enviado à Uber em anexo com uma reclamação.

Este tipo de gravação, segundo a companhia, poderá ser usada em algumas situações como prova para desligar um passageiro ou um motorista da plataforma.

A gravação ficará no aparelho da pessoa, mas, durante testes da plataforma, o arquivo deve ser apagado do dispositivo em uma semana.

Como usar o recurso de gravação de áudio da Uber

Durante uma corrida, basta ir na função Recursos de Segurança e escolher Gravar Áudio.

Na interface do passageiro, terá um botão "Iniciar".

Gif com interface de gravação de áudio do passageiro
GIF com interface de gravação de áudio do passageiro. Crédito: Uber

 Enquanto para o motorista, ele deverá clicar em um botão Avançar para começar o processo.

Gif com interface de gravação de áudio do motorista
Gif com interface de gravação de áudio do motorista. Crédito: Uber

A funcionalidade é mais uma das iniciativas da empresa de tornar as viagens mais seguras para passageiros e motoristas. Durante o Uber Destino 2019, a companhia apresentou novas formas de autenticar motoristas para evitar fraudes, um sistema de código para que passageiros saibam exatamente o carro em que devem entrar, além de um recurso que envia uma notificação para o passageiro quando houver alguma anormalidade (por exemplo, um carro ficar parado por muito tempo).

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Avião pega ‘carona’ em ventos de tempestade e bate recorde de tempo entre Nova York e Londres

Posted: 10 Feb 2020 10:22 AM PST

Um voo da British Airways foi de Nova York a Londres em apenas quatro horas e 56 minutos, atingindo velocidades de 1.327 km/h. Uma nova tecnologia? A volta do Concorde? Nada disso. O Boeing 747 foi beneficiado por condições climáticas extremas: os fortes ventos da tempestade Ciara.

O voo 112 da companhia aérea britânica British Airways decolou do Aeroporto Internacional John F. Kennedy, em Nova York (EUA), às 18h47 de sábado (8), na hora local. Ele pousou no Aeroporto Heathrow, em Londres (Inglaterra), às 4h43 de domingo (9), também na hora local. Descontada a diferença de cinco horas entre os fusos horários, foram apenas quatro horas e 56 minutos de voo — um novo recorde para um avião subsônico.

Buscadores de passagens aéreas estimam que o trajeto costuma levar seis horas e 50 minutos. Ou seja, foi uma bela economia de tempo.

Os voos de Nova York para Londres costumam tirar proveito das correntes de jato, mas a tempestade Ciara intensificou o fenômeno. Segundo o meteorologista Brandon Miller, da CNN, os ventos chegaram a 320 km/h.

Outros dois voos que fazem este mesmo trajeto também tiveram sua duração encurtada graças a isso. Os voos 4 e 46 da Virgin Atlantic levaram, respectivamente, quatro horas e 57 minutos e cinco horas. Ambos usam aeronaves Airbus A350-1000, que, segundo a empresa, têm apenas dois motores e gastam a metade do combustível do Boeing 747, que usa quatro.

O tempo é um recorde para voo subsônico — antes disso, um voo da Norwegian Air tinha feito o mesmo trajeto em cinco horas e 13 minutos. Segundo fontes ouvidas pelo New York Times, apesar de ter atingido uma velocidade maior que a do som, que é de 1.224 km/h, o voo não é considerado supersônico por ter quebrado essa barreira com ajuda das condições meteorológicas.

Nos tempos da operação do Concorde, que atingia até o dobro da velocidade do som, este mesmo percurso era feito em cerca de três horas e meia, mas a aeronave tinha capacidade para transportar apenas 100 passageiros, contra 400 do Boeing 747. Além disso, os altos preços afastavam o viajante médio. O Concorde acabou aposentado em 2003.

Apesar de ter dado uma “carona” para estes voos dos EUA para a Inglaterra, a tempestade Ciara vem causando transtornos e mortes para a Europa. Três pessoas já morreram por causa dela, e outras ficaram feridas. Além disso, voos e viagens de trem foram canceladas na França, Bélgica e Reino Unido.

[Gizmodo ES, New York Times, CNN]

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Yaravírus: cientistas brasileiros descobrem vírus com genes irreconhecíveis

Posted: 10 Feb 2020 09:52 AM PST

Cientistas descobriram na Lagoa da Pampulha, em Minas Gerais, um vírus enigmático que possui genes praticamente irreconhecíveis. Os pesquisadores, entre eles diversos brasileiros, o batizaram como Yaravirus brasiliensis, em homenagem à sereia do folclore brasileiro também conhecida como mãe-d’água.

O Yaravírus, que não representa riscos aos humanos, tem mais de 90% de seu DNA “inédito”. Ou seja, muitos dos seus genes não foram descritos em base de dados científicas utilizadas para comparações genéticas.

A descoberta foi feita enquanto os líderes da pesquisa Jônatas Abrahão, virologista da Universidade Federal de Minas Gerias, e Bernard La Scola, da Universidade Aix-Marseille na França, procuravam por vírus gigantes – um tipo de vírus que tem o tamanho de uma bactéria e que possui grande código genético.

Esses vírus gigantes só foram descobertos neste século e têm a capacidade de sintetizar proteínas e, portanto, realizar reparos em seus DNA, além de fazer a replicação, transcrição e tradução dos genes. Antes dessa descoberta, pensava-se que os vírus não eram seres vivos e que só eram capazes apenas de infectar seus hospedeiros.

O pré-artigo, publicado no bioRxiv, explica que os cientistas compararam o genoma do Yaravírus com mais de 8.500 genes conhecimentos e que só surgiram seis resultados similares. Apesar disso, os genes não tinham códons comumente utilizados — as três letras do RNA ou DNA que estudamos no ensino médio, que são as instruções para fazer proteínas.

Para encontrar esses vírus, os pesquisadores isolaram partículas virais de dezenas de amostras de tecidos de humanos e de outros animais e as examinaram para cadeias circulares de genoma.

O grupo confirmou que o DNA pertencia a um vírus ao procurar um gene que codifica a capsíde, o invólucro dos vírus formado por proteínas e que protege e facilita sua proliferação, além de proteger o ácido nucléico.

Estas sequências de genes são muitas vezes irreconhecíveis, mas um dos pesquisadores, Michael Tisza, desenvolveu um programa de computador capaz de prever quais os genes que mais provavelmente codificariam a capsíde.

Alguns genes do Yaravírus se parecem com os de um vírus gigante, mas ainda não está claro como eles poderiam estar relacionados. Os cientistas ainda estão investigando outros aspectos do estilo de vida do novo vírus, que pode até inaugurar uma nova categoria.

Há dois anos, Abrahão e La Scola ajudaram a descobrir o Tupanvirus, um vírus gigante encontrado em habitats aquáticos.

“A quantidade de proteínas desconhecidas que compõem as partículas do Yaravírus reflete a variabilidade existente no mundo viral e quanto potencial de novos genomas virais ainda estão por descobrir”, dizem os autores no pré-artigo.

Os novos estudos têm implicações além de descobrir quais vírus causam doenças. Alguns vírus que vivem no corpo humano podem ajudar a nos manter saudáveis, e outros são essenciais para manter os ecossistemas funcionando, ajudando a reciclar nutrientes essenciais.

[Science, bioRxiv]

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Quatro gorilas de espécie ameaçada foram mortos por raios em um acidente bizarro

Posted: 10 Feb 2020 08:55 AM PST

Quatro gorilas-das-montanhas morreram após terem sido atingidos por um raio, em uma tragédia peculiar. A espécie está ameaçada: existem pouco mais de mil indivíduos, marca alcançada recentemente.

Os corpos de três fêmeas adultas e um bebê macho foram descobertos no Parque Nacional Mgahinga em Uganda na semana passada. Uma das gorilas estava grávida.

Os quatro corpos apresentavam “lesões graves” que parecem ter sido causadas por eletrocussão. Todos os sinais apontam raios como a causa provável da morte.

O grupo de conservação Greater Virunga Transboundary Collaboration (GVTC) disse que as mortes são “uma grande perda para a espécie”.

“Isso é extremamente triste”, disse à BBC o secretário executivo do GVTC, Andrew Seguya. “O potencial de contribuição das três fêmeas para a população era imenso.”

O GVTC disse que estão sendo realizadas autópsias para confirmar a causa de morte. Os resultados devem sair dentro das próximas três semanas, de acordo com a reportagem da BBC.

Os quatro gorilas-das-montanhas faziam parte de um grupo maior de 17 indivíduos – apelidados de família Hirwa pelas autoridades locais – que originalmente migraram de Ruanda e viviam no parque ugandês desde o ano passado.

A espécie fica confinada em áreas de conservação dentro dos dois países, além de santuários semelhantes na República Democrática do Congo.

Uma pesquisa recente afirmou que a população total de gorilas-das-montanhas na natureza é de 1.063 indivíduos, um número encorajador que indica que os esforços de conservação ajudaram a quase dobrar o número nos últimos dez anos. Um censo de 2008 estimava a população total em 680 gorilas.

Apesar desse sucesso, a espécie ainda está ameaçada. Os principais riscos à sua sobrevivência como a perda de habitat, conflitos entre humanos, armadilhas feitas pelo homem e alterações climáticas ainda representam um sério perigo.

Os gorilas-das-montanhas deixaram de estar em risco de extinção e passaram a ser considerados uma espécie ameaçada recentemente. Somente em 2018 que a União Internacional para a Conservação da Natureza elevou o status da espécie, quando sua população atingiu mil indivíduos.

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Número de casos de coronavírus em navio de cruzeiro japonês dispara

Posted: 10 Feb 2020 08:15 AM PST

O número de casos de coronavírus em um navio de cruzeiro atualmente atracado em Yokohama, no Japão, aumentou em 65, elevando o total de infectados para 135, de acordo com a NHK News do Japão.

O número surpreendente foi anunciado na segunda-feira (10). No mundo todo, o total de mortes atingiu 910, e a quantidade de casos confirmados disparou para mais de 40 mil. A China registrou 97 novas mortes pelo vírus apenas no domingo, o número mais alto em um único dia desde o início do surto em dezembro.

O navio de cruzeiro japonês conhecido como Diamond Princess foi colocado em quarentena quando chegou ao Japão em 3 de fevereiro, forçando todas as 3.711 pessoas a bordo a permanecerem em seus quartos. O navio foi sinalizado como um potencial portador do novo coronavírus depois que um passageiro de 80 anos desembarcou do cruzeiro em Hong Kong e, mais tarde, um exame deu resultado positivo para o vírus.

Inicialmente, apenas 10 pessoas testaram positivo para o coronavírus quando o navio aportou, mas as autoridades de saúde japonesas estão examinando apenas pessoas com sintomas, o que significa que a grande maioria das pessoas a bordo do navio não foi examinada.

O ministro da Saúde do Japão, Katsunobu Kato, disse anteriormente que as autoridades de saúde podem eventualmente testar todas as 3.711 pessoas, embora uma decisão final ainda não tenha sido anunciada. Um grupo de especialistas em doenças infecciosas conduzirá uma pesquisa do navio na terça-feira, de acordo com a NHK News.

Pessoas no navio com casos confirmados estão sendo trazidas para terra, resultando em fotos assustadoras sendo compartilhadas nas redes sociais, mostrando dezenas de ambulâncias aguardando passageiros infectados.

As autoridades têm se esforçado para fornecer aos passageiros em quarentena coisas básicas, incluindo mais de 600 pessoas que solicitaram medicamentos prescritos, geralmente para passageiros idosos. Pelo menos uma passageira começou a sinalizar com um banner na lateral do navio que dizia “escassez de remédios” em japonês.

Profissionais de emergência vestindo roupas de proteção saem do navio Diamond Princess no Daikoku Pier, onde ele está recebendo suprimentos, em 10 de fevereiro de 2020 em Yokohama, Japão. Foto: Getty Images

O navio transportava originalmente 2.666 passageiros de 56 países, além de 1.045 tripulantes. Binay Kumar Sarkar, um membro indiano da tripulação no navio japonês, postou um vídeo no Facebook na segunda-feira pedindo ajuda ao governo indiano, e pessoas de outros países também pediram que seus governos não os esquecessem. Aproximadamente metade dos passageiros tem mais de 70 anos e naturalmente se preocupa com sua saúde.

“Parece haver relatos de que as coisas estão bem, mas isso está longe da realidade”, disse um passageiro à NHK News. “Serviços de aconselhamento estão disponíveis apenas em inglês. Bife para o jantar, que muitos idosos não podem comer. A situação está ruim.”

O navio estava programado para ficar em quarentena por 14 dias, mas ainda não está claro se ela precisará ser estendida. Muitas autoridades de saúde da China acreditam que o período de incubação do vírus pode ser de até 14 dias, mas se alguém contrair o vírus de outro passageiro mais tarde, o vírus poderá se espalhar depois que a quarentena original de 14 dias expirar. Oficialmente, a quarentena está programada para terminar em 19 de fevereiro para a maioria dos passageiros.

Outra preocupação no momento para a comunidade de saúde pública é a presença dos chamados "super espalhadores", capazes de infectar um grande número de pessoas. Um potencial super espalhador em Wuhan já infectou até 57 pessoas.

A doença, que as autoridades de saúde chinesas nomearam temporariamente de NCP (sigla em inglês para “nova pneumonia por coronavírus”), atingiu um marco macabro no fim de semana, superando o número de pessoas mortas pelo surto de SARS em 2002 e 2003. A SARS infectou 8.098 pessoas e matou 774 em todo o mundo. E embora a taxa de mortalidade pelo coronavírus seja muito menor, isso significa que ele também pode se espalhar mais facilmente.

O navio Diamond Princess está ancorado no cais de Daikoku, onde está recebendo suprimentos. Os novos casos de coronavírus diagnosticados estão sendo levados para tratamento, pois a embarcação permanece em quarentena depois que várias das 3.700 pessoas a bordo foram diagnosticadas com a doença. Foto do dia 10 de fevereiro de 2020 em Yokohama, Japão. Foto: Getty Images

O presidente da China, Xi Jinping, que fez poucas aparições públicas desde o início do surto, visitou Pequim na segunda-feira e disse que a situação ainda é “grave” no país. Chamou a atenção o fato de Xi usar uma máscara cirúrgica, em vez de uma máscara N95 ou P2, que filtra 95% das partículas.

Os EUA confirmaram apenas 12 casos do coronavírus, embora ninguém tenha morrido no país. Uma cidadã norte-americana morreu em Wuhan, na China, do vírus, anunciado no sábado. A mulher de 60 anos tinha condições de saúde subjacentes, algo que não seria surpreendente para os pesquisadores de saúde. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 80% das mortes por coronavírus são de pessoas com mais de 60 anos de idade, a maioria delas dos indivíduos que vieram a óbito tinham problemas de saúde subjacentes.

No Brasil, há 11 casos suspeitos e nenhum confirmado. Desde o início do monitoramento do coronavírus, o Ministério da Saúde já descartou 28 suspeitas.

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Este robô usa ultrassom para acertar corretamente sua veia ao coletar sangue

Posted: 10 Feb 2020 06:47 AM PST

Uma das áreas que mais se beneficia da tecnologia e seus avanços é a medicina. Porém, enquanto pesquisadores se dedicam a questões complexas, é estranho pensar que os procedimentos mais triviais ainda mantêm os métodos tradicionais. Por exemplo, se já existem inteligências artificiais capazes de identificar doenças, porque ainda sofremos com procedimentos para tirar sangue porque uma pessoa não consegue achar sua veia?

Felizmente, pesquisadores de Rutgers e do Mount Sinai Hospital desenvolveram um robô capaz de enxergar através da pele e encontrar sua veia facilmente por meio de ultrassom. A máquina ainda realiza todo o trabalho de coleta de sangue e conta com um analisador por centrífuga.

Segundo o artigo, o robô é capaz de retirar sangue com sucesso em 97% das vezes de pessoas com veias de fácil acesso, atingindo uma taxa de sucesso geral de 87% para os 31 participantes do estudo. No entanto, conforme apontado por um usuário do Reddit, os humanos se saem melhor quando se trata de lidar com veias de difícil acesso.

Segundo comunicado da Universidade Rutgers, a punção venosa — ato de introduzir uma agulha para injetar medicamento ou extrair sangue — é um dos procedimentos clínicos mais comuns nos EUA, com mais de 1,4 bilhão de procedimentos feitos anualmente nos Estados Unidos. No entanto, 27% das vezes enfermeiros ou médicos erram o procedimento em pacientes com veias difíceis de serem localizadas.

O problema da punção venosa dar errado é que aumenta a possibilidade de flebite (uma inflamação na veia), trombose e outros tios de infecções. Sem contar que a repetição do procedimento pode exigir que o profissional de saúde realize o procedimento em veias maiores ou artérias, o que representa um risco ainda maior.

Os pesquisadores afirmam que o robô é apenas um protótipo, e o objetivo é aumentar sua taxa de sucesso para que, um dia, ele possa ser utilizado para procedimentos como cateterismo intravenoso e diálise.

[Engadget]

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Surto de coronavírus adia reabertura de Apple Stores na China

Posted: 10 Feb 2020 05:58 AM PST

A Apple disse aos seus funcionários na China que, apesar de estar trabalhando para reabrir os escritórios corporativos e as centrais de atendimento do país no início desta semana, as lojas de varejo ainda permanecerão fechadas até segunda ordem devido ao surto de coronavírus.

O anúncio, obtido em primeira mão pelo MacGeneration, foi feito por Deidre O’Brien, vice-presidente sênior de varejo e pessoal da Apple. Em nota aos funcionários, O’Brien disse que a Apple está em “consulta constante” com especialistas em saúde pública, autoridades governamentais e suas equipes e lideranças na China.

A executiva afirmou que a Apple começaria a reabrir seus escritórios corporativos e centrais de atendimento nesta semana, confirmando o anúncio da empresa realizado no início do mês. Na ocasião, a Apple declarou que fecharia seus escritórios, centros de atendimento e lojas até 9 de fevereiro.

No entanto, O’Brien disse que as lojas de varejo da Apple não irão abrir e que uma data posterior de reabertura deve ser determinada ainda nesta semana.

“Limpeza adicional, protocolos de saúde e restrições locais em torno dos espaços públicos serão fatores que influenciarão essa decisão”, disse O’Brien na nota. “As equipes de varejo receberão atualizações de seus gerentes sobre a data de abertura das lojas e sobre outras medidas de apoio que estamos tomando”.

A Apple começou a tomar medidas importantes em resposta ao surto de coronavírus em janeiro. Na ocasião, o CEO Tim Cook anunciou que a empresa tinha restrito as viagens dos funcionários à China somente para assuntos “críticos para o negócio” e tinha fechado ou reduzido o horário de funcionamento de suas lojas. A Apple também começou a fazer limpezas constantes as suas lojas e a verificar as temperaturas dos funcionários.

Cook declarou que a Apple está se preparando os efeitos negativos causados pelo surto, incluindo na sua capacidade de produção e de receitas.

Neste sábado, o jornal Nikkei Asian Review informou que a China barrou um plano da Foxconn para retomar a produção em suas fábricas no dia 10 de fevereiro, porque havia “alto risco de infecção por coronavírus” – a empresa é uma das principais fabricantes de produtos da empresa da maçã.

Até 9 de fevereiro, de acordo com um relatório da Organização Mundial da Saúde, foram registrados 37.558 casos de coronavírus, a maioria na China – somente 307 casos fora do país asiático. O número de mortos subiu para 813, apenas um deles fora da China.

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Samsung simplesmente exibiu um comercial do Galaxy Z Flip no intervalo do Oscar

Posted: 10 Feb 2020 05:42 AM PST

Galaxy Z Flip em imagem vazada por Evan Blass (@evleaks)

Se ainda restava alguma dúvida, mesmo após uma série de vazamentos, sobre o Galaxy Z Flip, o segundo dobrável da Samsung, a empresa deixou claro que vai anunciar mesmo o smartphone nesta terça-feira (11) com um comercial do aparelho no intervalo do Oscar, que rolou na noite deste domingo (9).

Primeiramente, no comercial, a empresa não cita o nome do smartphone, apesar de confirmar quase todos os vazamentos anteriores sobre formato e cor do aparelho. No entanto, dado o histórico dos vazadores, tanto o Evan Blass como o site alemão Winfuture.de, existe grande chance de o nome e outras informações sobre o telefone serem verdadeiras.

Tudo que se vê na propaganda é o aparelho flip, que claramente é um concorrente do Moto Razr, abrindo e fechando um monte de vezes em diversas formas de uso. Aliás, algo bacana que deu para notar é a presença de uma tela secundária que mostra quem está ligando e que, aparentemente, é possível aceitar a chamada por ela.

Fora isso, deu para notar que a Samsung deve ressaltar o fato de ele poder ficar na posição de 90 graus. Então, uma face do aparelho serve de apoio para que o usuário possa, por exemplo, fazer videochamadas com o smartphone sobre uma mesa.

No fim, o comercial termina com a frase "Change the shape of the future" ("Muda o formato do futuro") e diz que no Galaxy Unpacked, evento que rolará nesta terça-feira (11), serão revelados mais detalhes do novo smartphone dobrável da marca, além de mais informações dos Galaxy S20.

Se os rumores forem confirmados, o Galaxy Z Flip virá com um chip Qualcomm Snapdragon 855+, 8 GB de RAM, 256 GB de armazenamento e uma bateria de 3.300 mAh. Ele deve ter três câmeras, sendo uma selfie de 10 MP e outras duas traseiras de 12 MP. A tela, quando totalmente aberta, será de 6,7 polegadas (2.636 x 1.080 pixels) com uma proporção 22:9.

Agora, só nos resta esperar pelo evento desta terça-feira (11) para saber se a Samsung reserva alguma surpresa ou se só vai confirmar todos os vazamentos que vimos até agora.

A título de curiosidade, em 2007, quando a Apple lançou o primeiro iPhone, a marca fez um anúncio no intervalo do Oscar.

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Amazon e Sony são as mais novas empresas a deixarem o MWC 2020 por preocupação com o coronavírus

Posted: 10 Feb 2020 05:00 AM PST

Pessoas em frente a painel do Mobile World Congress 2018

Estamos a duas semanas do Mobile World Congress e o evento parece estar cada vez mais ameaçado pelo surto de coronavírus. Após empresas como LG, NVIDIA e Ericsson cancelarem sua participação na conferência, a Amazon e a Sony anunciaram nesta segunda-feira (10) que também não vão comparecer.

Em comunicado ao TechCrunch, a Amazon declarou que "devido ao surto e contínuas preocupações com o coronavírus, a Amazon vai retirar sua participação e exibição no Mobile World Congress 2020".

Já a Sony disse que vai revelar seus novos smartphones, que seriam apresentados no evento, em um vídeo no canal oficial do Xperia no YouTube. De acordo com a empresa, "a Sony tem monitorado de perto a situação em evolução após o novo surto de coronavírus, que foi declarado uma emergência global pela Organização Mundial da Saúde em 30 de janeiro de 2020. Como damos a máxima importância à segurança e ao bem-estar de nossos clientes, parceiros, mídia e funcionários, tomamos a difícil decisão de deixar de expor e participar do MWC 2020 em Barcelona, ​​Espanha".

O MWC 2020 está marcado para acontecer entre os dias 24 e 27 de fevereiro em Barcelona, na Espanha. À medida que a data se aproxima, fica cada vez mais incerto o que será do evento, com uma nova empresa cancelando a sua participação a cada dia. A GSMA, responsável pela organização do MWC diz que ele ainda vai acontecer e que será implementada uma série de medidas de segurança.

Primeiramente, não será permitido o acesso ao evento de pessoas que estão vindo da província de Hubei (onde se iniciou o surto de coronavírus), sendo que todos os visitantes que estiveram na China precisarão provar que estão fora do país 14 dias antes do evento. Também serão implementados processos de checagem de temperatura e os participantes terão que certificar que não tiveram contato com nenhuma pessoa infectada.

Segundo o TechCrunch, John Hoffman, CEO da GSMA, ainda acrescentou que a organização vai reforçar um programa de desinfecção no local do evento e promover uma "política de não cumprimentar com apertos de mão".

Até esta segunda-feira (10), já foram contabilizadas 908 mortes por coronavírus e 40.171 casos confirmados da doença. Com esses números, o novo vírus já matou mais pessoas na China que a SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) no mundo. Além das preocupações com saúde pública, o coronavírus também já vem mostrando sinais de impacto na economia mundial e fomentando uma onda de racismo e xenofobia no mundo.

[TechCrunch, Fast Company]

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Chefe do Xbox diz que maiores concorrentes da Microsoft nos games são Google e Amazon

Posted: 10 Feb 2020 03:57 AM PST

Xbox One

Em uma entrevista ao Protocol, nova publicação do site americano Politico com foco em tecnologia, o chefe do Xbox, Phil Spencer, disse algo aparentemente impressionante para qualquer gamer: não é a Nintendo ou a Sony que a Microsoft vê como principais concorrentes no setor de jogos, mas, sim, a Amazon e o Google.

Isso parece profundamente estúpido. O Stadia do Google tem sido basicamente um fracasso, e a Amazon nem sequer lançou um console ou serviço de jogo (não, o Amazon Fire não conta). Mas a corrida dos jogos na nuvem é um pouco mais complexa do que parece à primeira vista.

“Quando você fala sobre Nintendo e Sony, temos muito respeito por eles, mas vemos a Amazon e o Google como os principais concorrentes daqui para frente”, disse Spencer ao Protocol.

O raciocínio de Spencer, de acordo com o Protocol, é que a Amazon e o Google são enormes no espaço de servidores — a AWS da Amazon e a Cloud do Google competem diretamente com o Azure da Microsoft. Essas empresas estão posicionadas para serem gigantes no setor de jogos atualmente dominado pela Microsoft, Sony e Nintendo.

A computação em nuvem se tornou um negócio enorme, com serviços como Azure, AWS e Google Cloud fornecendo o armazenamento em nuvem que é a espinha dorsal real de todos os aplicativos que você usa e os sites que você visita. Quando a ex-repórter do Gizmodo Kashmir Hill tentou cortar a Amazon de sua vida, foi impossível, simplesmente porque a AWS é quase onipresente em toda a internet.

A Amazon é inquestionavelmente o maior provedor de serviços de computação em nuvem, mas o Google e a Microsoft viram seus negócios neste setor crescerem. De acordo com o relatório de resultados do segundo trimestre do ano fiscal, a Microsoft viu sua receita do Azure crescer 62% em comparação com o mesmo período do ano anterior, arrecadando US$ 11,9 bilhões.

E agora essas empresas querem levar todo este poder para os jogos na nuvem, que custam muito menos dinheiro do que os de console. É por isso que Spencer acha que não vale a pena focar nos concorrentes de console da Microsoft.

“Não quero brigar por causa de formato com esses caras [Nintendo e Sony] enquanto a Amazon e o Google estão se concentrando em como levar os jogos para 7 bilhões de pessoas em todo o mundo”, disse Spencer. “No fim das contas, esse é o objetivo”.

A expressão “no fim das contas” é a chave aqui. A Microsoft não matará tão cedo o Xbox para focar no seu concorrente do Stadia, o Project xCloud. Atualmente, a empresa parece vê-lo como complementar ao Xbox, lançando-o em mercados como a Índia, onde os telefones, não os consoles, são os grandes dispositivos de jogos.

Além disso, a Sony e a Microsoft devem lançar consoles importantes este ano e, para todos os efeitos, ambas as empresas pretendem colocar neles componentes internos mais poderosos do que muitos computadores voltados par ajogos disponíveis atualmente.

A Microsoft investiu demais no ecossistema Xbox para matá-lo — e seus negócios de computação em nuvem tornam o cloud gaming um espaço fácil de entrar.

Há também o fato de que os jogos na nuvem estão na sua infância e não estão exatamente indo bem.

“É muito cedo”, disse-me por telefone Joost van Dreunen, cofundador da empresa de pesquisa do mercado de jogos SuperData. Ele acompanha o número de quem joga o quê e quando há mais de uma década. A SuperData agora pertence à empresa de pesquisa de dados Nielsen.

Microsoft, Google e Amazon têm grandes departamentos de servidores, o que quer dizer que elas estão posicionadas para o sucesso no setor de jogos na nuvem, mas, na verdade, elas estão atrasadas. A Sony não tem todos esses servidores que essas empresas possuem, mas está no cloud gaming por mais tempo. Ela adquiriu a empresa de streaming de jogos Gaikai em 2012 e a OnLive em 2015. Além disso, ela possui seu próprio serviço de jogos em nuvem, o PlayStation Now, desde 2014.

Mesmo assim, a Sony, a maior fabricante de consoles do mundo, tem apenas 1 milhão de assinantes pagando pelo serviço de jogos em nuvem.

“Então, basicamente, menos de 1% das pessoas no mundo que possuem um PlayStation se importaram em assinar o serviço”, disse van Dreunen.

A Nvidia é a maior fabricante de placas gráficas de jogos nos EUA e também possui um serviço de jogos na nuvem. A Nvidia lançou o Grid como beta em 2013, antes de mudar o nome do serviço para GeForce Now em 2015. Esse serviço permite que você jogue uma seleção de jogos oferecidos pela própria Nvidia — de graça!

Em seguida, a empresa transformou o serviço e lançou uma nova versão beta aberta em 2017. A iteração do GeForce Now de 2017 permite que os usuários joguem qualquer jogo de PC através da nuvem, transmitindo-o diretamente dos servidores da Nvidia para um computador. Mas quando o GeForce Now saiu da versão beta no início desta semana, apenas 300 mil jogadores haviam participado.

Entre a Sony e a Nvidia, dois dos maiores nomes do hardware de jogos, são apenas 1,3 milhão de jogadores na nuvem. Não é o que dá para chamar de sucesso.

Enquanto isso, o Google fez muito barulho por causa do Stadia no ano passado, mas o serviço teve um desempenho constrangedor. É possível jogar com uma resolução agradável e com pouco atraso, mas a experiência não é consistente, o suporte a jogos é insignificante e a implementação do Google de outros recursos há muito prometidos avançou em um ritmo glacial.

Cada vez mais, parece que o Stadia será outro experimento do Google que vai acabar na lata do lixo. Na semana passada, sua base de usuários pequena e apaixonada causou um grande alvoroço no Reddit, condenando a (falta de) capacidade do Google para lançar um serviço viável de jogos.

A Amazon, o outro grande concorrente que Spencer vislumbra em sua luneta voltada para o futuro, nem começou o lançamento de um serviço de jogos em nuvem. De fato, as ambições de jogos em nuvem da Amazon são em grande parte a suposição de analistas que viram a AWS se tornar a espinha dorsal da Internet. A Amazon continuou a atrair desenvolvedores de jogos, mas não fez nada com as aquisições.

Mas, além do fato de que as empresas que a Microsoft considera como concorrentes mal terem entrado no jogo (com o perdão do trocadilho) e de seus concorrentes atuais não terem conseguido grande sucesso em suas iniciativas, há outro problema: a infraestrutura da internet necessária para o setor decolar simplesmente não existe.

A própria Microsoft observou no ano passado que muitos relatórios sobre a velocidade de banda larga nos EUA são imprecisos. Segundo a empresa, quase metade do país não tem acesso às velocidades necessárias para o Project xCloud no momento.

“A situação da banda larga nos EUA deixa muito a desejar”, disse van Dreunen.

Com exceção da Microsoft (e do Google e da Amazon) que estabelecem canais para melhorar a velocidade da Internet, não há muito o que essas empresas possam fazer para implantar melhorar a internet e conseguir a conexão necessária para tornar os jogos em nuvem uma compra atraente para a maioria dos americanos.

“Phil Spencer provavelmente acredita muito mais em 5G do que em banda larga, embora eles não tenham dito isso”, disse van Dreunen. “Mas se mais pessoas tiverem um telefone no bolso do que uma conexão de banda larga, faz sentido para a Microsoft buscar isso.”

Ele observou que, em um evento recente apenas para convidados, Spencer mencionou o 5G, observando que a maior barreira para os jogos na nuvem atualmente é o roteador (e só depois a conexão à internet) em nossas casas.

A internet americana ficou estagnada graças a uma FCC preguiçoso e a empresas de telecomunicações gananciosas, mas o 5G poderia, teoricamente, resolver o problema de internet do país — exceto que ainda estará sujeito às mesmas empresas de telecomunicações gananciosas e ao mesmo FCC preguiçoso.

Quando o 4G começou sua implantação, há mais de uma década, a promessa era de conectar os EUA de uma maneira que nunca vimos antes. E embora tenha transformado os telefones dos americanos em computadores de bolso acessíveis e sempre conectados, o 4G não cumpriu exatamente sua promessa.

As empresas de telecomunicações responsáveis ​​pela implantação do 4G usavam preços altos e limites de largura de banda para impedir que ela fosse uma alternativa viável à banda larga.

Essas mesmas empresas estão por trás da implantação da infraestrutura 5G nos EUA. Por isso, podemos ver um filme parecido — embora as velocidades certamente sejam mais rápidas e o lag, quase inexistente.

Mas talvez Spencer e seus rivais teóricos no Google e na Amazon saibam algo que a gente não sabe. Afinal de contas, essa confiança na nuvem não pode ser assim tão gratuita.

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Por que o tempo desacelera e acelera?

Posted: 10 Feb 2020 03:25 AM PST

Relógio retrô

O tempo contrai, expande, engole e cospe você neste instante, que parece – dependendo da sua perspectiva – absurdamente distante de onde você estava há dois anos ou quase a mesma coisa. Atrasos nos vôos, separações, surtos de doenças graves – tudo pode levá-lo de volta à sala de aula do ensino médio, onde tudo, de alguma forma, é um relógio em câmera lenta. Você sente cada tique do relógio

Enquanto isso, um ano sem muitos eventos pode parecer que aconteceu em seis dias. Ou talvez o contrário seja verdadeiro para você. A percepção do tempo é intensamente pessoal, sem mencionar efetivamente incomensurável. Ninguém experiencia o tempo em uma taxa uniforme e invariável. Para o Giz Pergunta dessa semana contatamos vários especialistas para descobrir o porquê.

Aaron Sackett

Professor Associado de Marketing da Universidade de St. Thomas, cuja pesquisa se concentra no julgamento e na tomada de decisões, entre outras coisas.

Uma das principais razões pelas quais nossa percepção do tempo flutua muito mais do que muitos outros estímulos no mundo ao nosso redor é que não podemos detectar o tempo diretamente através dos nossos sentidos. Nossos olhos detectam luz, nossos narizes e línguas detectam matéria física, e assim por diante. Mas não existe um sistema sensorial dedicado a detectar a passagem do tempo. Em vez disso, nosso cérebro precisa descobrir indiretamente, e isso abre as portas para muitas influências possíveis.

Se você está pensando sobre como o tempo está passando agora, o maior fator que influencia a sua percepção do tempo é a atenção. Quanto mais atenção você der à passagem do tempo, mais lento ele tenderá a passar. À medida que você se distrai com o passar do tempo — talvez por algo interessante acontecendo nas proximidades ou por uma boa sessão de devaneios — é mais provável que você perca a noção do tempo, dando a sensação de que está passando mais rápido do que antes. “O tempo voa quando você está se divertindo”, diz o ditado, mas, na verdade, é mais como “o tempo voa quando você está pensando em outras coisas”. É por isso que o tempo também passa voando quando você definitivamente não está se divertindo— como quando você está tendo uma discussão acalorada ou está apavorado com uma apresentação futura.

Se, por outro lado, você está pensando em como o tempo passou desde algum evento passado, o maior fator que influencia sua percepção do tempo é a memória. De um modo geral, quanto mais eventos você se lembrar de acontecer em um período de tempo, maior esse período parecerá. Se você se lembrar de um evento de um ano atrás, a extensão em que isso parece ser há pouco ou muito tempo depende em grande parte de “coisas” que sua mente lembra de agora em diante. Isoladamente, um único evento do ano passado pode não parecer muito tempo atrás. Mas se a lembrança desse evento o leva a refletir sobre muitos outros eventos que aconteceram desde então (por exemplo, talvez você se lembre de que, desde então, mudou de emprego, conseguiu um novo apartamento, iniciou um novo relacionamento romântico e começou a aprender um novo idioma), esse evento parecerá consideravelmente mais distante como resultado desse contexto adicional.

Um efeito colateral estranho e interessante de tudo isso é que muitas vezes você pode sentir que o tempo se alonga e sai voando simultaneamente. No final de um dia cheio – talvez um dia agitado de férias ou um dia agitado no trabalho com muitas atividades diferentes – você pode sentir como se o tempo tivesse voado e que ao mesmo tempo que a última manhã parece ter sido dias atrás. Sua mente não prestou muita atenção ao tempo durante todo o dia, tornando o dia curto e fazendo o tempo passar rápido. No entanto, você tem lembranças de muitos eventos desde o início do dia, fazendo parecer que foi um dia muito longo. Suspeito que sinais mistos de atenção e memória sejam frequentemente a razão pela qual achamos nossa própria percepção do tempo tão interessante.

"Não existe um sistema sensorial dedicado a detectar a passagem do tempo. Em vez disso, nosso cérebro precisa descobrir indiretamente, e isso abre as portas para muitas influências possíveis".

Philip Gable

Professor Associado de Psicologia e Diretor de Psicologia Experimental da Universidade do Alabama, cuja pesquisa se concentra no escopo atencional, na memória e na percepção do tempo, entre outras coisas.

Einstein observou que nossa experiência no tempo é subjetiva. Ao descer a primeira colina de uma montanha-russa ou estar em um carro descontrolado, o tempo pode parecer lento. No entanto, o tempo parece “voar” quando você está se divertindo! É a experiência emocional em cada uma dessas situações que faz o tempo parecer mais rápido ou mais lento. Mas, a emoção é a única razão?

É aqui que a motivação, ou o ímpeto para agir, entra em jogo. Geralmente, queremos abordar coisas agradáveis, como sobremesa, e evitar coisas desagradáveis, como ameaças, mas às vezes queremos abordar coisas negativas quando estamos com raiva de alguma pessoa. É esse sistema motivacional para se aproximar ou se afastar que muda nossa percepção do tempo. A motivação para abordar faz com que o tempo pareça passar mais rapidamente, enquanto a motivação para se afastar faz com que o tempo pareça passar mais devagar.

Funcionalmente, o tempo passando mais rapidamente durante a motivação da abordagem nos leva a gastar mais tempo indo atrás de comida, dinheiro ou até mesmo de vingança. Por outro lado, o tempo passando mais devagar durante a motivação para o afastamento nos leva a fugir mais rapidamente de situações potencialmente prejudiciais.

"A motivação para abordar faz com que o tempo pareça passar mais rapidamente, enquanto a motivação para se afastar faz com que o tempo pareça passar mais devagar".

Simon Grondin

Professor de Psicologia na Université Laval (Québec) e autor de The Perception of Time—Your Questions Answered

A percepção do tempo pode ser abordada de várias maneiras, desde o processamento de milissegundos até a impressão de que a vida passa mais ou menos rapidamente ao longo da vida útil. De fato, o tempo determina a maioria dos aspectos da vida, e a adaptação aos requisitos da vida exige ser capaz de perceber o tempo com eficiência.

Se você estiver ouvindo rádio e houver um momento de silêncio, você logo notará que algo (a fala) deve acontecer, que algo temporal, um intervalo um pouco longo demais, aconteceu. Provavelmente estamos sempre prontos para nos envolver em uma atividade de tempo para capturar as anormalidades temporais. Você pode parar no sinal vermelho do modo normal, mas logo sentirá que algo está errado se demorar apenas um pouco mais para que fique verde. Não há necessidade de começar a cronometrar quando você chegar; parece que existe um sistema, um relógio interno de algum tipo, que você pode acessar a qualquer momento para ser informado, que diz que levou tempo demais. E essa impressão de demora pode ser ampliada se você estiver com pressa. É como se este relógio fosse sensível à excitação, como se o relógio girasse mais rápido com uma excitação mais alta. Na psicologia, os pesquisadores frequentemente afirmam que existe um relógio, como um marcapasso que emite pulsos, e o acúmulo desses pulsos determina a experiência do tempo, a impressão de que um intervalo de tempo é curto ou longo. Qualquer evento que tenha efeito sobre a excitação, como é o caso, por exemplo, de eventos que provocam emoções como alegria ou medo, é suscetível de perturbar a percepção do tempo.

Existem outras situações em que o tempo parece voar. O principal ingrediente dessa impressão é a atenção. Se você prestar atenção ao tempo, o tempo não voará. Mas se você estiver ocupado fazendo uma atividade agradável, não verá o tempo passar. Esse efeito da atenção na percepção do tempo é uma das descobertas mais repetidas na literatura sobre a percepção do tempo e sobre o tempo. Se você tem uma tarefa cognitiva, não necessariamente agradável, que captura sua atenção durante um determinado período de tempo, você descobrirá que esse período é curto, mais curto do que se você não tivesse atividade no mesmo período.

Em outras palavras, a acumulação dos pulsos mencionados acima está sob o controle de mecanismos de atenção.

O tempo também é crucial, sob uma forma ou outra, em diferentes patologias. Sabe-se, por exemplo, que pessoas com TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade) terão dificuldade para esperar e podem até ter alguma dificuldade para prever consequências futuras (uma espécie de “miopia temporal”). A relação com o tempo também pode ser distorcida em uma escala maior. Pessoas ansiosas, mais do que outras, terão a impressão de que uma certa distância no futuro está próxima, uma tendência que segue na direção oposta das pessoas deprimidas que tendem a se voltar para o passado.

Em uma escala ainda maior, às vezes sentimos que o tempo está passando mais rápido à medida que envelhecemos. Nesse caso não estamos lidando com “curto ou longo”, mas com “rápido ou lento”. O fato de estar tão ocupado em algum período da vida pode levar à impressão de que, no final de uma determinada semana, não foi feito o planejado ou esperado no início da semana. A repetição dessas impressões pode levar à noção de que o tempo passa mais rápido do que costumava, quando havia menos o que fazer durante a infância.

De fato, essa é uma das várias hipóteses para explicar essa impressão de que a vida está passando mais rápido à medida que envelhecemos. Essa impressão geral também pode estar relacionada ao acúmulo de ocasiões em que nos surpreendemos tanto que um determinado evento ocorreu há tanto tempo. Quando você tem 8 anos, nada aconteceu 10 anos atrás; mas quando você envelhece, pode ter uma vaga impressão de que um evento aconteceu há 8 ou 10 anos, enquanto esse evento pode ter acontecido há 20 anos. “11 de setembro” não aconteceu aproximadamente 8 ou 10 anos atrás; aconteceu 8 + 10 anos atrás.

"Há outras situações em que o tempo parece voar. O principal ingrediente dessa impressão é a atenção".

Adrian Bejan

Professor de Engenharia Mecânica da Universidade de Duke, que recentemente pesquisou a questão de por que os dias parecem mais curtos à medida que envelhecemos

O fato de o tempo voar é motivo de preocupação apenas para quem está ficando mais velho; os jovens não têm esse problema.

Meu trabalho é em física, e a física disso é muito simples. Nossos olhos gravam imagens, mas não gravam imagens continuamente; eles estão tirando o equivalente a fotos instantâneas. O processo é em staccato, irregular, como uma carroça puxada por um cavalo em uma estrada esburacada. Essas imagens discretas viajam da retina para o cérebro, em um fluxo de sinais elétricos. Essa viagem é facilitada por uma ligação – a ligação entre a retina e o cérebro – e ela tem uma velocidade específica.

Com a idade, à medida que o corpo cresce, o comprimento dessas ligações e a distância entre a retina e o cérebro aumentam; enquanto isso, à medida que envelhecemos, a velocidade desses sinais diminui à medida que o corpo se degrada. Essa degradação afeta todos os músculos do corpo, inclusive os olhos – de certa forma, nossa ‘câmera’ fica enferrujada e começa a se mover mais devagar, e o número de cliques diminui a cada dia. É por isso que uma pessoa idosa sente que a vida está correndo.

Mas há coisas que você pode fazer para mudar esse processo. Uma delas seria experimentar mais imagens que valessem a pena gravar com seus olhos – fazer coisas diferentes, evitar a rotina, evitar ser um robô. Vale a pena sair do sofá. O importante é deixar de ser tedioso, não apenas para si mesmo, mas para aqueles que o rodeiam, e experimentar coisas novas. Outra seria se cuidar fisicamente – preservar a câmera que existe no seu corpo.

"Essa degradação afeta todos os músculos do corpo, inclusive os olhos – de certa forma, nossa ‘câmera’ fica enferrujada e começa a se mover mais devagar, e o número de cliques diminui a cada dia. É por isso que uma pessoa idosa sente que a vida está correndo".

Benjamin Devlin, S. Aryana Yousefzadehe Warren H. Meck

Departamento de Psicologia e Neurociência, Duke University

As mudanças voluntárias e involuntárias em nosso estado interno têm uma forte influência no tempo e percepção do tempo na faixa dos centésimos de milissegundos a horas. Nosso estado interno pode ser modulado por fatores neurobiológicos, psicológicos e ambientais, e na maioria das vezes é uma combinação dos três. Tomemos o exemplo de um indivíduo faminto esperando sua comida chegar no restaurante. Quanto mais faminto você estiver (o que está causando mudanças tanto em sua biologia quanto em sua psicologia), maior será a probabilidade de você sentir que está demorando uma eternidade para que sua comida chegue. Por outro lado, se você estiver em um estado de felicidade e desfrutando de conversas emocionantes à mesa do jantar, é menos provável que note uma diferença de 5 minutos no tempo que a comida leva para chegar.

Uma mudança transitória em nosso estado interno, como o surgimento do medo, pode afetar nossa percepção do tempo. Os pesquisadores descobriram que, em situações de risco de morte, nosso cérebro se adapta liberando uma onda de adrenalina, acelerando o relógio interno e, assim, fazendo o mundo externo parecer mais lento.

Esse poderia ser um exemplo do mundo real de uma “desaceleração” inconsciente da percepção do tempo, potencialmente nos permitindo mais tempo para tomar decisões e ações efetivas. Os neurônios em seu cérebro responsáveis ​​pela percepção do tempo, geralmente chamados de “células do tempo”, são modulados por essas várias mudanças em nosso estado interno.

Juntas, essas células compreendem circuitos temporais nos gânglios da base que são danificados ou perdidos em algumas doenças neurodegenerativas humanas (por exemplo, doença de Huntington e doença de Parkinson). Os pacientes que sofrem dessas doenças sofrem interrupções na capacidade de determinar com precisão as durações no intervalo de segundos a minutos. Esses déficits podem ser parcialmente remediados com tratamentos que afetam a liberação do neurotransmissor dopamina dessas células, sugerindo uma ligação neurobiológica direta entre os níveis de dopamina e a percepção do tempo. Além disso, a dopamina é um sinal de recompensa que afeta nossa percepção do tempo, acelerando e desacelerando nosso relógio interno, com base em quão agradáveis ​​são nossas experiências.

"Mudanças voluntárias e involuntárias em nosso estado interno têm uma forte influência no tempo e na percepção de tempo nos centésimos de milissegundos a horas. Nosso estado interno pode ser modulado por fatores neurobiológicos, psicológicos e ambientais, e na maioria das vezes é uma combinação dos três".

Também acontece que a percepção do tempo e os processos cognitivos, como atenção e memória, estão intrinsecamente ligados. Se estamos muito envolvidos no que estamos fazendo, por exemplo, provavelmente não estamos prestando muita atenção à passagem do tempo, a menos que o processamento temporal seja uma parte importante da tarefa. Nesse caso, perdemos efetivamente o controle dos "tiques" e "taques" gerados pelo nosso relógio interno.

Como consequência, a atividade envolvida parece mais curta (ou seja, o tempo passa) em comparação com quando estamos constantemente pensando em quanto tempo temos que esperar até que possamos terminar a tarefa e seguir em frente (ou seja, o tempo se esgota). Como uma experiência se encaixa em um contexto temporal também determina a velocidade do relógio interno, e é por isso que as sextas-feiras parecem passar muito mais rápido que as segundas-feiras. Trabalhar uma segunda-feira no contexto do "início de uma semana" com uma longa lista de tarefas nos faz sentir como se o dia (e o resto da semana) nunca terminasse. Quando chegamos à sexta-feira, no entanto, sentimos que deixamos o pior para trás e estamos motivados para passar pelo dia e começar o fim de semana.

Os processos de temporização relacionados à memória foram recentemente caracterizados em regiões cerebrais importantes para a memória episódica – isto é, o hipocampo e o córtex entorrinal. Alguns pesquisadores afirmaram que a percepção do tempo é em grande parte uma função de vincular a sequência temporal dos eventos. Se mais informações forem armazenadas em um período mais curto na memória episódica, isso poderá ser interpretado como uma percepção mais lenta do tempo. Em suma, uma variedade de fatores fisiológicos, farmacológicos e cognitivos influenciam a maneira como percebemos o tempo na faixa de centésimos de milissegundos a horas, e esses fatores estão constantemente e dinamicamente mudando dentro e fora de nosso controle.

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