quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Gizmodo Brasil

Gizmodo Brasil

Gizmodo Brasil


Até um carregador USB tem mais poder de processamento que o computador de bordo da Apollo 11

Posted: 12 Feb 2020 02:05 PM PST

Você já deve saber que os computadores de bordo usados na Apollo 11 eram muito primitivos, especialmente quando comparados aos computadores de bolso. Mas um desenvolvedor da Apple analisou as especificações técnicas de outros produtos e descobriu que mesmo um simples carregador USB possui mais poder de processamento.

Forrest Heller é um desenvolvedor de software. Ele trabalhou anteriormente no acessório de escaneamento Structure 3D da Occipital para dispositivos móveis, mas agora trabalha para a Apple. Em seu site, ele analisou os números no que diz respeito à capacidade de processamento, memória e capacidade de armazenamento do carregador de 18W de Pixel, o carregador SuperCharge de 40W da Huawei, o carregador Anker PowerPort Atom PD 2 e o computador de bordo da Apollo 11, também conhecido como AGC.

Não é fácil comparar diretamente esses dispositivos modernos com o AGC. Ele tem 50 anos e foi desenvolvido pela NASA para controlar e automatizar os sistemas de orientação e navegação a bordo da nave Apollo 11. Numa época em que os computadores eram do tamanho de salas gigantes, o AGC foi um dos primeiros computadores fabricados com circuitos integrados, o que permitiu que ele ficasse em uma caixa de apenas alguns metros de tamanho.

Em vez de instalar um processador pronto para uso, os engenheiros da NASA projetaram e construíram o AGC com cerca de 5.600 portas lógicas capazes de executar quase 40 mil cálculos matemáticos simples a cada segundo. Estamos acostumados a medir velocidades de processadores em gigahertz, mas o AGC não passava de 1,024 MHz.

Em comparação, o carregador USB-C Anker PowerPort Atom PD 2 inclui um processador Cypress CYPD4225 que funciona a 48 MHz. Ele também tem o dobro da RAM do AGC e quase o dobro do espaço de armazenamento para obter instruções de software.

Haveria alguns desafios para fazer com que todo o software da Apollo 11 funcionasse em equipamentos modernos. Em seu site, Heller explica o motivo pelo qual acredita que apenas quatro carregadores já seriam de grande ajuda naquelas viagens para a Lua.

No entanto, ir ao espaço não é tão simples assim. Lançar um foguete de uma plataforma é muito diferente do que pisar no acelerador de um carro. O equipamento que levou os astronautas ao espaço foi submetido a forças G intensas — a velocidade máxima da Apollo 11 era superior a 38.000 km/h enquanto orbitava a Terra antes de seguir para a Lua. Ao deixar a órbita da terra, ele é exposto à radiação e a outros desafios não experimentados no terreno.

Ou seja: embora um carregador USB moderno possa ter mais poder de processamento do que os computadores de orientação da Apollo 11, talvez eles simplesmente não sobrevivessem a uma viagem dessas.

The post Até um carregador USB tem mais poder de processamento que o computador de bordo da Apollo 11 appeared first on Gizmodo Brasil.

Apple se junta a grupo que cria padrões de autenticação para se livrar de senhas

Posted: 12 Feb 2020 12:46 PM PST

A Apple, que há muito se orgulha da segurança de seus dispositivos, se juntou à Fido Alliance como membro do conselho. Quanto a isso, é uma ótima notícia se você odeia usar senhas ou gerenciadores de senhas.

A Fido Alliance é um grupo aberto da indústria que, em suas palavras, tem a missão de criar “padrões de autenticação para ajudar a reduzir a dependência excessiva do mundo em senhas”. Se você não estiver familiarizado com o grupo em si, talvez já tenha ouvido falar de um de seus três conjuntos de protocolos de autenticação: Fido Universal Second Factor (FIDO U2F), FIDO Universal Authentication Framework (FIDO UAF) e FIDO2. E mesmo se você não tiver, os membros do conselho da Fido incluem alguns gigantes conhecidos da indústria, como Amazon, ARM, American Express, Facebook, Google, Intel, Lenovo, Microsoft, PayPal, Samsung, Visa, Mastercard e, agora, Apple.

A novidade foi inicialmente divulgada na semana passada pelo site francês MacG, que citou um tuíte agora excluído, mostrando uma foto de uma apresentação da conferência Fido com o logotipo da Apple e o texto dizendo ‘Novo Membro do Conselho’. No entanto, os tuítes foram rapidamente excluídos até a última terça-feira, quando a Fido atualizou oficialmente sua página da Web para incluir a Apple.

Então, o que isso significa afinal? Bem, parte do trabalho da Fido é buscar maneiras de substituir completamente as senhas. Isso inclui a criação de padrões para tecnologia, como autenticação biométrica, bem como chaves de segurança física.

A Apple já implementa algumas dessas tecnologias – pense no Face ID ou utilizar um Apple Watch para desbloquear um MacBook compatível. Às vezes, a Apple também pede aos usuários para verificar sua identidade em um laptop concedendo permissão no iPhone. Idealmente, esse tipo de autenticação de dois fatores seria mais difundido fora da própria bolha da Apple. A adesão à Fido Alliance pode ser um passo para tornar isso uma realidade em várias plataformas, não apenas aquelas casadas com o ecossistema da Apple.

Talvez, seja um vislumbre do que a Apple tem em mente em relação à segurança no futuro. A empresa vem trabalhando na integração do U2F há algum tempo e incluiu suporte para chaves de segurança FIDO2 no iOS 13.3 e Safari 13. Dito isso, definitivamente teremos que esperar um pouco antes de dar adeus às senhas para sempre.

The post Apple se junta a grupo que cria padrões de autenticação para se livrar de senhas appeared first on Gizmodo Brasil.

Comissão dos EUA investiga práticas anticompetitivas de gigantes da tecnologia

Posted: 12 Feb 2020 11:53 AM PST

Além do interesse já considerável na aplicação antitruste contra as principais empresas de tecnologia dos EUA, a Federal Trade Commission (Comissão Federal de Comércio) anunciou na terça-feira (11) uma Ordem Especial exigindo informações da Apple, Alphabet/Google, Amazon, Microsoft e Facebook sobre suas fusões e aquisições em um período de dez anos.

Embora, neste momento, a intenção principal da FTC seja realizar pesquisas nessas empresas, em uma conferência de imprensa na terça-feira, o presidente Joe Simon declarou inequivocamente que as descobertas podem muito bem levar a opções de aplicação da lei, incluindo o cancelamento de vários ativos.

"Este é um projeto de pesquisa e política. As respostas a esses pedidos nos ajudam a entender melhor se as agências federais antitruste estão recebendo um aviso adequado de transações potencialmente anticompetitivas", disse Simon a repórteres. "Ouvimos falar das aquisições de plataformas tecnológicas de concorrentes nascentes ou potenciais durante várias sessões nas audiências do ano passado sobre concorrência e proteção do consumidor no século 21. Este estudo faz parte de um acompanhamento dessas audiências".

A Apple e a Microsoft têm raízes que remontam a meados da década de 1970, enquanto a mais nova delas, o Facebook, foi fundada em 2004. Ainda assim, a Comissão escolheu de 1 de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2019 como prazo de sua investigação. Segundo Simon, “dez anos foram consistentes com um grande volume de aquisições e também com o período em que algumas das aquisições que ouvimos falar [nas sessões do Congresso] levantaram preocupações sobre concorrência”.

De acordo com os dados de aquisição disponíveis no Crunchbase, essas cinco companhias devoraram 460 empresas externas durante o período de interesse da FTC, com o Google responsável por 181 delas sozinho. Não está claro quantas delas teriam sido relatadas sob a Lei de Melhorias Antitruste de Hart-Scott-Rodino (HSR) – uma lei de 1976 que exige que a FTC e o Departamento de Justiça interrompam e examinem grandes negociações quanto a possíveis violações antitruste.

Os limites da HSR – baseado em métricas como vendas, ativos ou valor das ações das partes envolvidas – mudou desde 2009. Mas, independentemente de qual estatuto existia na época, destacou a FTC, algumas dessas operações podem ter sido sujeitas a várias isenções.

Como as empresas dessa escala possuem uma variedade de interesses, é um pouco difícil definir o que exatamente se qualificaria como concorrente, e a FTC parece estar nos estágios iniciais de tomada dessas determinações principais. “No momento, não temos uma definição restrita de quem é um concorrente, quem é um potencial concorrente”, disse Simon ao Gizmodo. “Há uma boa chance de que várias dessas aquisições sejam de empresas relativamente novas, onde não está claramente estabelecido se elas são horizontais, verticais ou mesmo a força de sua concorrência futura”.

Embora não estivesse disposto a compartilhar cronogramas exatos sobre quando a Apple, a Amazon e o resto deveriam responder – ou quando o relatório da FTC seria concluído – Simon estava convencido de que a agência mantinha um cronograma “razoavelmente rápido”. O benefício de apuração de fatos resultante desta Ordem Especial provavelmente não seria compartilhado com o Departamento de Justiça, ou com os Procuradores-Gerais do Estado, por suas respectivas investigações antitruste nessas mesmas empresas, a menos que a FTC também decidisse tomar medidas coercitivas.

Um porta-voz da Microsoft disse ao Gizmodo simplesmente: “Esperamos trabalhar com a FTC para responder às perguntas deles”.

Entramos em contato com a Apple, Google e Facebook e atualizaremos se recebermos resposta. A Amazon se recusou a comentar.

The post Comissão dos EUA investiga práticas anticompetitivas de gigantes da tecnologia appeared first on Gizmodo Brasil.

MWC 2020 é cancelado por medo de coronavírus

Posted: 12 Feb 2020 11:04 AM PST

Painel da Mobile World Congress 2019

A GSMA, organização que representa operadoras móveis, informou nesta quarta-feira (12) que cancelou a edição de 2020 do MWC (Mobile World Congress), o maior evento de tecnologias móveis do mundo, realizado anualmente em Barcelona (Espanha). O motivo? Medo do coronavírus.

A informação foi dada em primeira mão pela Bloomberg, que recebeu um comunicado de John Hoffman, CEO da GSMA, dizendo que a doença tornou "impossível" que o evento acontecesse. O congresso, que reúne as principais operadoras e fabricantes de smartphones do mundo, estava marcado para acontecer entre 24 e 27 de fevereiro.

Diz o comunicado de Hoffman:

Com devido respeito ao ambiente seguro e saudável de Barcelona e do país anfitrião, a GSMA cancelou o MWC Barcelona 2020, por causa da preocupação global com o surto de coronavírus, a preocupação com viagens e outras circunstâncias, impossibilitam a realização do evento.
[…]
A GSMA e a cidade anfitriã continuará a trabalhar juntas e apoiando o MWC Barcelona 2021 e em edições futuras.

O evento em si pode não parecer importante para quem não é do ramo, mas é no congresso de Barcelona que várias empresas lançam seus smartphones e onde tem várias discussões sobre o futuro da indústria. Ainda que jornalisticamente os destaques costumam ser os produtos, o MWC é uma oportunidade para reunir toda a cadeia do mundo móvel, que vai das fabricantes de smartphones, passando por quem faz acessórios e chips, além de operadoras e fornecedoras de equipamentos de telecomunicações.

Nas duas últimas semanas, várias empresas foram ou cancelando eventos de imprensa grandes ou reduzindo a participação na feira devido à preocupação com contaminação com o vírus, que tem se espalhado por diversas partes do mundo.

A primeira empresa a se manifestar foi a LG. Na sequência cancelaram, quase como um efeito cascata, Ericsson, Nvidia, Sony, Amazon, MediaTek, Intel e Vivo.

Apesar de ter havido apenas dois casos de coronavírus na Espanha — ambos em ilhas pertencentes ao país, a centenas de quilômetros de distância da parte continental do território —, a não realização do evento deve causar grande impacto na região. O MWC previa atrair 100 mil pessoas de 200 países em quatro dias. Segundo o jornal El País, o evento gera 14 mil empregos temporários e movimenta cerca de meio bilhão de euros na cidade.

Até o momento, a doença causada pelo novo coronavírus, chamada COVID-19, já matou mais de 1.000 pessoas em todo mundo, passando o número de vítimas fatais do SARS (síndrome respiratória aguda grave). Embora a taxa de mortalidade seja menor que a da SARS, a nova doença se espalha muito rapidamente.

Dado que o evento de Barcelona reuniria milhares de pessoas de todas as partes do mundo, parece razoável a decisão da organizadora de não realizar a edição deste ano. No ano passado, por exemplo, o MWC reuniu quase 110 mil pessoas, de mais de 198 países ou territórios.

The post MWC 2020 é cancelado por medo de coronavírus appeared first on Gizmodo Brasil.

Navio rejeitado por cinco países por medo do coronavírus vai finalmente atracar

Posted: 12 Feb 2020 10:26 AM PST

O cruzeiro Westerdam poderá atracar no Camboja, de acordo com uma nova declaração da Holland America Line. O navio já havia sido impedido de entrar em cinco países devido a preocupações de que os passageiros pudessem ter sido infectados com o novo coronavírus que matou 1.116 pessoas e adoeceu mais de 45.000 em todo o mundo.

"Westerdam agora está navegando para Sihanoukville, no Camboja, onde o cruzeiro atual terminará. Chegamos às 7:00, horário local, na quinta-feira, 13 de fevereiro, e permaneceremos no porto por vários dias para desembarque", disse a Holland America Line ao Gizmodo por e-mail.

"Os hóspedes poderão desembarcar em terra. Todas as aprovações foram recebidas e somos extremamente gratos às autoridades cambojanas por seu apoio", continuou a declaração.

O navio, que tem 1.455 passageiros e 802 membros da tripulação, foi impedido de entrar em Taiwan, Japão, Hong Kong e território norte-americano de Guam antes de tentar atracar na Tailândia na segunda-feira. Mas o governo tailandês anunciou na terça-feira que não permitiria que Westerdam atracasse em Bangkok, apesar de ninguém a bordo ter um caso confirmado do vírus.

“Todos os hóspedes a bordo são saudáveis ​​e, apesar dos relatos errôneos, não há casos conhecidos ou suspeitos de coronavírus a bordo, nem nunca houve”, disse ao Gizmodo a Holland America Line, de propriedade da Carinval Corp, com sede em Miami.

O navio Westerdam, como pode ser visto em uma imagem divulgada pela Holland America Line. Imagem: Holland America Line

Por que as pessoas estão surtando com esse cruzeiro em particular? Um passageiro que desembarcou de Westerdam em sua parada em Hong Kong mais tarde deu positivo para o coronavírus.

Agora, os passageiros de Westerdam desembarcarão em Sihanoukville, no Camboja, e farão voos fretados para a capital Phnom Penh nos próximos dias, segundo a Holland America Line. A empresa pagará todos os voos para casa, o que era uma preocupação para os passageiros que continuavam tendo que reagendar voos de diferentes lugares onde o navio estava inicialmente programado para atracar.

Ontem, a Organização Mundial de Saúde (OMS) deu um nome à doença que esse novo coronavírus causa, apelidando-o de COVID-19, mas o vírus em si ainda não tem um nome permanente além da designação original, 2019-nCoV.

O destino final original para o cruzeiro de 14 dias de Westerdam era Yokohama, no Japão, uma cidade que atualmente está enfrentando sua própria crise de coronavírus. A Diamond Princess foi colocada em quarentena na chegada ao Japão e os passageiros não foram autorizados a sair.

Hoje, pelo menos 39 pessoas testaram positivo para o coronavírus no Diamond Princess, junto com um oficial de quarentena, elevando o número total de passageiros infectados daquele navio para 174, sem incluir o oficial de quarentena. Segundo informações do jornal Japan Times, quatro pessoas estão em estado grave, embora todos que testam positivo para a doença sejam removidos do navio e levados para hospitais.

O navio Diamond Princess navega em direção ao cais de Daikoku, onde está sendo reabastecido e os novos casos de coronavírus diagnosticados são levados para tratamento, pois permanece em quarentena depois que várias das 3.700 pessoas a bordo foram diagnosticadas com coronavírus, em 12 de fevereiro de 2020 em Yokohama, Japão. Foto: Getty Images

Especialistas alertam que é altamente incomum que as autoridades de saúde exijam que as pessoas fiquem em quarentena no cruzeiro, principalmente porque muitos dos passageiros são idosos.

"Isso é quase como um paraíso para o vírus. Não faz sentido e é quase cruel", disse recentemente Amesh Adalja, do Centro de Segurança da Saúde Johns Hopkins, ao Washington Post.

Mas o ministério da saúde do Japão não alterou sua decisão. A única maneira de sair desse barco é ficar doente. Pelo menos até o período de quarentena, originalmente agendado para 14 dias, terminar.

The post Navio rejeitado por cinco países por medo do coronavírus vai finalmente atracar appeared first on Gizmodo Brasil.

MWC quer que Barcelona decrete emergência de saúde para cancelar evento, diz revista [atualizada]

Posted: 12 Feb 2020 08:42 AM PST

A GSMA, empresa organizadora do MWC (Mobile World Congress), resolveu cancelar a edição deste ano. Abaixo, segue o texto na íntegra, falando dos planos da idealizadora do evento, antes da confirmação de que não haveria versão de 2020 em Barcelona.

A HMD Global, fabricante dos smartphones Nokia, é a mais recente empresa a anunciar que não estará em participará do Mobile World Congress 2020, se juntando a LG, Nvidia, Amazon, Sony, Intel, MediaTek e Vivo/BLU e muitas outras. De acordo com a Wired UK, a organizadora do MWC, quer cancelar o evento, mas está fazendo lobby para a prefeitura de Barcelona decretar estado de emergência por causa da doença causada pelo coronavírus antes disso.

Segundo fontes próximas à organizadora ouvidas pela Wired UK, a GSMA, que organiza o MWC, pode não receber o dinheiro do seguro caso não haja uma situação de emergência em Barcelona. Para não arcar com os prejuízos, portanto, a entidade estaria em negociação com autoridades para ver o que é possível fazer.

A associação e autoridades sanitárias da cidade tiveram uma reunião de emergência marcada para 13h (10h, no horário de Brasília) desta quarta-feira (12).

A GSMA diz estar monitorando a situação do COVID-19 e que está se reunindo regularmente com especialistas em saúde da Espanha e de todo o mundo para garantir a saúde e o bem-estar dos participantes do evento.

O jornal La Vanguardia relata que Ada Colau, prefeita de Barcelona, disse nesta quarta-feira (12) que a cidade está preparada para receber o evento.

A Espanha registrou apenas dois casos de COVID-19, e nenhum dos dois foi em Barcelona. Por isso, parece não haver motivos para declarar uma emergência considerando apenas a situação do país e da cidade.

Na verdade, nenhum dos dois casos registrados se deu na parte continental do país: um foi de um turista alemão que estava em La Gomera, nas Ilhas Canárias, e teve contato com uma pessoa infectada na Baviera antes disso; o outro foi de um britânico que mora com a família em Palma, na ilha de Maiorca, que contraiu a doença quando esteve nos Alpes.

Por outro lado, se não há uma emergência no momento em Barcelona, ela pode vir a acontecer justamente por causa da MWC, um evento que reúne pessoas de todo o mundo. O MWC previa atrair 100 mil pessoas de 200 países em quatro dias. Segundo o jornal El País, o evento gera 14 mil empregos temporários e movimenta cerca de meio bilhão de euros na a cidade.

O fato de nos dois casos a contaminação se deu fora da China pode ajudar a convencer as autoridades. De acordo com o último relatório da OMS, apenas 84 dos 395 casos registrados em outros países teve transmissão fora da China.

The post MWC quer que Barcelona decrete emergência de saúde para cancelar evento, diz revista [atualizada] appeared first on Gizmodo Brasil.

WhatsApp alcança 2 bilhões de usuários e faz campanha por privacidade

Posted: 12 Feb 2020 08:39 AM PST

Logotipo do WhatsApp em smartphone

O WhatsApp anunciou em um blog post nesta quarta-feira (12) que atingiu a marca de 2 bilhões de usuários ativos da plataforma. Se fosse um país, os cidadãos do WhatsApp formariam o maior grupo de pessoas da Terra, superando China e Índia, que tem populações na casa dos 1,4 bilhão. A título de comparação, o Facebook atingiu a mesma marca em 2017.

Apesar do anúncio, a mensagem da plataforma não é necessariamente "olha como somos bons e atingimos 2 bilhões de usuários", mas "são mais de 2 bilhões de pessoas no mundo se comunicando com criptografia de ponto a ponto".

Diz a rede no blog post:

Nos dias de hoje, a proteção que a criptografia de ponta a ponta oferece é uma necessidade. Nós não abriremos mão da segurança porque isso deixaria as pessoas mais vulneráveis. Para garantir ainda mais proteção, trabalhamos com grandes especialistas em segurança e utilizamos tecnologias de ponta no setor para impedir o uso indevido de informações, além de oferecer controles e formas de denunciar problemas. Tudo isso sem sacrificar a privacidade dos nossos usuários.

O WhatsApp ainda informa que agora conta com uma página que dá detalhes sobre a privacidade do app e dá dicas de como não vacilar, como usar a proteção em duas etapas (o que pode ser uma boa para evitar clonagem de linha), usar as configurações de privacidade de grupo (inclusive evitar ser adicionado automaticamente a um grupo) ou usar biometria (FaceID ou TouchID, no caso dos aparelhos Apple) para proteger o acesso ao app.

Por que o foco em segurança?

Ué, mas por que o WhatsApp está falando assim, do nada sobre a importância da privacidade? Bem, como aponta o Engadget, isso tem relação com legisladores de várias partes do mundo — sobretudo EUA e Reino Unido — que querem ter uma espécie de "porta de entrada" para furar a segurança do aplicativo. Se você tiver 2 bilhões de pessoas defendendo sua causa, deve ser difícil conseguir que um governo siga adiante com isso, não?

Fora o desejo de governos de quererem quebrar a criptografia da rede, o WhatsApp também tem um papel importante para empreendedores, que vendem de tudo pela plataforma (sobretudo com a ajuda da versão WhatsApp Business), e recentemente em campanhas eleitorais.

Aliás, sobre este assunto, a rede ainda está sob escrutínio no Brasil, pois acabou admitindo que foi usada para envio em massa de informações durante o último pleito presidencial. Com o tempo, o WhatsApp passou a limitar o envio de mensagens em massa para coibir a prática, começando pela Índia e depois espalhando a funcionalidade para outros países.

No mais recente escândalo envolvendo a plataforma, o WhatsApp se viu em uma situação na qual o homem mais rico do mundo, Jeff Bezos, foi possivelmente hackeado pelo príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman por meio de uma mensagem no app.

Se o cara mais rico do mundo e que, em tese, manja uma coisa ou outra de tecnologia foi hackeado, imagine nós, pobres mortais.

Que além do compromisso com a privacidade, o WhatsApp também fique esperto com as tentativas de burlar o app e que não abuse do seu direito de colocar propaganda na plataforma.

The post WhatsApp alcança 2 bilhões de usuários e faz campanha por privacidade appeared first on Gizmodo Brasil.

NASA pede financiamento bilionário para seu plano de trazer solo marciano à Terra

Posted: 12 Feb 2020 07:22 AM PST

A NASA está oficialmente pedindo ao Congresso para financiar um projeto de retorno de amostras de Marte, no que seria uma das missões mais complexas já tentadas pela agência espacial.

A tão esperada solicitação de orçamento da NASA para o ano fiscal de 2021 foi lançada na segunda-feira (10) e mostra todas as coisas relacionadas a espaço e aeronáutica que a agência espacial gostaria de realizar nos próximos anos – e a quantidade de dinheiro necessária para fazer tudo acontecer.

A NASA quer gastar US$ 25,25 bilhões em 2021, 12% a mais do que em 2020. Entre os muitos itens listados, o orçamento solicita provisões para a próxima missão Artemis (que pode ver os astronautas americanos pousarem na Lua em 2024), novas missões de observação da Terra, operações em andamento de voos espaciais com baixa órbita terrestre (incluindo missões a bordo da Estação Espacial Internacional), uma missão à lua de Júpiter Europa, e uma missão de retorno de amostras de Marte.

Em termos de números específicos, a agência espacial está pedindo ao Congresso US$ 3 bilhões para desenvolver um sistema de pouso lunar humano para Artemis, que, se aprovado, seria a "primeira vez que teremos financiamento direto para um pouso humano desde o Programa Apollo", disse o diretor da NASA, Jim Bridenstine, em seu prefácio à solicitação de orçamento. Além disso, a NASA quer US$ 8,76 bilhões para projetar e construir sistemas de exploração espacial, US$ 2,71 bilhões para desenvolver projetos científicos planetários e US$ 1,97 bilhão para financiar missões científicas da Terra, entre outras coisas.

O Martian Ascent Vehicle decolando com sua carga. Imagem: NASA/JPL-Caltech

O custo do transporte espacial em 2021 foi estimado em US$ 1,88 bilhão, com o chefe da NASA dizendo que a capacidade de lançar astronautas americanos do solo dos EUA é “uma capacidade que nunca devemos perder novamente”. Quanto à missão proposta Europa Clipper, a NASA está pedindo US$ 403,5 milhões para impulsionar o desenvolvimento, o que, na opinião deste humilde repórter, valeria cada centavo; Europa é um dos objetos mais fascinantes do sistema solar, com sua crosta gelada que esconde um oceano potencialmente habitável.

A NASA ainda quer US$ 233 milhões para financiar as Missões Futuras de Marte – uma grande parte da qual seria alocada “para estudos e desenvolvimento de tecnologia…para uma missão de retorno de amostras de Marte”, de acordo com a solicitação de orçamento. Isso marca um próximo passo importante no programa, no qual a agência espacial mantém parceria com a Agência Espacial Europeia.

A NASA já provisionou essa futura missão de retorno de amostras através do design do rover Mars 2020, que está programado para ser lançado em julho. Quando esta máquina ainda não nomeada começar a rolar na superfície marciana, ela usará sua broca para descer abaixo da superfície e extrair materiais de amostra. O conteúdo extraído pela broca será colocado dentro de 30 cartuchos do tamanho de canetas, que o veículo espacial eventualmente deixará na superfície. A NASA esperava que essas amostras fossem buscadas e devolvidas à Terra durante uma missão futura, e agora parece que isso poderia realmente acontecer.

A missão Mars Sample Return (MSR ) envolverá três fases distintas, se você incluir a contribuição do Mars 2020. A segunda fase enviaria outro lander a Marte, que implantaria um veículo espacial projetado para interceptar os caches deixados para trás. Um braço de transferência de amostras colocaria cada caixa dentro de um Mars Ascent Vehicle (MAV), que seria lançado no espaço com sua preciosa carga. O terceiro estágio envolveria um satélite de suporte esperando na órbita de Marte, que interceptaria o foguete e enviaria as amostras em uma trajetória em direção à Terra.

A missão MSR também exigirá a construção de uma instalação segura de recuperação de amostras, para garantir a integridade das amostras e garantir que nada vaze e contamine nosso meio ambiente aqui na Terra (não sabemos, por exemplo, que substâncias perigosas espreitam em solo marciano – uma preocupação compartilhada pelos planejadores do Programa Apollo).

É uma missão tremendamente complexa, com muitas partes móveis. O MSR envolveria várias inovações técnicas, incluindo o primeiro retorno de amostra de outro planeta, o primeiro lançamento de foguete de outro planeta e a primeira missão de ida e volta de outro planeta.

"É complicado, mas felizmente não estamos fazendo isso sozinhos. Temos uma grande parceria com a Agência Espacial Europeia e eles estão oferecendo algumas das principais peças desta missão", disse Austin Nicholas, engenheiro líder da missão MSR do Jet Propulsion Laboratory da NASA, em um vídeo da NASA. “Na NASA, nós temos vários centros trabalhando em todas as diferentes peças”.

Especificamente, a equipe MSR está em parceria com o Marshall Space Flight Center no Mars Ascent Vehicle, os centros de pesquisa Langley e Ames para o veículo de entrada na Terra, o Glenn Research Center para as rodas do rover de busca de amostras e o Goddard Space Flight Center para a carga do orbitador. É “um esforço inteiro da NASA para realizar o retorno de amostras de Marte”, disse Nicholas, que espera lançar os componentes do segundo e terceiro estágio em 2026 e retorno de amostras até 2031.

Uma vez na Terra, essas amostras seriam estudadas com instrumentos de última geração. O Mars 2020 está programado para pousar na cratera Jezero, que já abrigou um grande lago. Amostras deste local forneceriam aos cientistas uma melhor compreensão dos produtos químicos e compostos encontrados no solo marciano, e possivelmente até mesmo bioassinaturas indicativas de vida antiga.

A nova solicitação de orçamento da NASA para 2021 ainda precisa ser aprovada pelo Congresso e muitos dos itens e números listados no documento de 817 páginas podem ser ajustados.

Ao mesmo tempo, a atual estratégia Lua-Marte da NASA contrasta com um projeto de lei recentemente proposto pela Câmara dos EUA que veria os astronautas americanos na Lua em 2028 e em Marte até 2033. A proposta também mudaria a capacidade da NASA de adquirir parceiros do setor privado, que poderia ter uma influência relevante sobre o orçamento proposto recentemente. Muitos pontos a serem considerados, mas parece que teremos muitas novidades interessantes sobre exploração espacial na próxima década.

The post NASA pede financiamento bilionário para seu plano de trazer solo marciano à Terra appeared first on Gizmodo Brasil.

Robô capaz de fazer ‘supermicro cirurgia’ passa em primeiro teste com humanos

Posted: 12 Feb 2020 05:53 AM PST

A plataforma robótica MUSA, desenvolvida pela MicroSure.

Um robô cirúrgico capaz de reconectar vasos com diâmetros minúsculos de 0,3 milímetros foi testado em pacientes humanos e os resultados são promissores.

Uma nova pesquisa publicada na Nature Communications descreve o MUSA – o primeiro sistema robótico criado exclusivamente para a realização de supermicro cirurgias reconstrutivas.

Usando o sistema, os cirurgiões foram capazes de reconectar vasos com diâmetros entre 0,3 e 0,8 milímetros, o que, embora não impossível para os cirurgiões humanos, é uma tarefa que requer tremenda habilidade, destreza e paciência.

O MUSA foi testado recentemente em um pequeno grupo de pacientes com câncer de mama, e todos responderam positivamente ao procedimento, de acordo com o artigo.

O estudo piloto envolveu 20 pacientes, todos elas selecionadas aleatoriamente para o estudo. Todas as mulheres tinham linfedema relacionado com câncer da mama – uma condição debilitante que pode reduzir substancialmente a qualidade de vida.

O linfedema pode ser tratado com uma técnica microcirúrgica conhecida como anastomose linfático-venosa (LVA, na sigla em inglês), em que cirurgiões altamente qualificados reconstroem e restauram manualmente o fluxo linfático e a circulação arterial.

Mas, como os autores apontam no novo estudo, “o desempenho é limitado pela precisão e destreza das mãos humanas”. Além disso, nem todos os pacientes se qualificam para a cirurgia, dada a sua natureza delicada.

Cirurgiões usando o robôCirurgiões usando o MUSA. Imagem: T. J. M. van Mulken et al., 2020

Com estas limitações em mente, uma equipe do Centro Médico da Universidade de Maastricht, juntamente com colaboradores da Universidade de Tecnologia de Eindhoven, ambas na Holanda, procurou avaliar a eficácia da supermicro cirurgia reconstrutiva assistida por robôs.

Existem outras plataformas cirúrgicas robóticas, como o Sistema Cirúrgico Robótico Da Vinci, mas nenhuma poderia ser adaptada para reconectar vasos em microescala. Isso exigiu que a equipe construísse um sistema específico para a tarefa.

A MicroSure, empresa sediada na Holanda por trás da plataforma, projetou o MUSA para ser extremamente estável; ela é capaz de filtrar vibrações, ou tremores, tipicamente associados à mão humana. Também diminui os movimentos feitos pelos cirurgiões humanos que estão no controle do sistema, tornando-o fácil de manobrar. O MUSA possui braços que seguram instrumentos microcirúrgicos e é compatível com os microscópios cirúrgicos padrão.

Um estudo piloto pré-clínico foi criado para avaliar o sistema, no que é agora o “primeiro estudo em humanos da supermicrocirurgia assistida por robôs usando uma plataforma robótica microcirúrgica dedicada”, de acordo com o artigo, de co-autoria de Tom van Mulken do Centro Médico da Universidade de Maastricht.

Os resultados cirúrgicos foram avaliados um e três meses após a cirurgia. Os especialistas consideraram fatores como a qualidade das conexões e o tempo necessário para a cirurgia, ambos comparados à cirurgia manual de LVA.

A qualidade dos vasos reconstruídos foi muito boa e indistinguível da cirurgia de LVA manual, mas o tempo cirúrgico total necessário para o grupo assistido por robô foi de 115 minutos, em comparação com os 81 minutos necessários para o grupo manual.

Os autores disseram que isso não é uma discrepância terrível, observando que os cirurgiões que utilizaram a plataforma MUSA ficaram mais rápidos, pois superaram a curva de aprendizado e se tornaram mais proficientes com os controles.

Não foram relatados resultados adversos graves e a qualidade de vida das pacientes melhorou, levando os autores a “relatar a viabilidade da anastomose supermicro cirúrgica assistida por robôs em LVA, indicando resultados promissores para o futuro da supermicro cirurgia reconstrutiva”.

Para o futuro, os pesquisadores querem testar o sistema em mais pacientes e em outras instalações médicas. Os cirurgiões são muito competentes no que fazem, mas esse sistema robótico pode dar ainda mais precisão, ao mesmo tempo que aumenta potencialmente o número de pacientes que podem se beneficiar da supermicro cirurgia reconstrutiva.

The post Robô capaz de fazer ‘supermicro cirurgia’ passa em primeiro teste com humanos appeared first on Gizmodo Brasil.

Ameaças de malware no Mac são maiores do que no Windows pela primeira vez, diz relatório

Posted: 12 Feb 2020 05:03 AM PST

MacBook Pro em loja da Apple

Existe uma crença de que os Macs são mais seguros e menos propensos à infecção por malwares do que os PCs Windows. Bem, isso não é mais verdade. Um novo relatório diz que pela primeira vez as ameaças específicas para Mac superaram a dos PCs a uma proporção de 2:1 em 2019

O relatório é da Malwarebytes, uma desenvolvedora de soluções antivírus. Em seu State of Malware Report de 2020, a companhia diz que o volume de ameaças ao Mac aumentou em mais de 400% na comparação com o ano passado.

Embora esse crescimento esteja relacionado com o aumento da base de usuários do Mac, a companhia calculou o número de ameaças por dispositivo – tanto no macOS quanto no Windows. Em 2019, a companhia detectou uma média de 11 ameaças por dispositivos Mac, comparado com 5,8 ameaças por dispositivo Windows.

Comparado com 2018, as ameaças aos dispositivos Mac subiram de 4,8 para 11. A Malwarebytes diz que esse crescimento drástico é provavelmente devido ao aumento da fatia de participação de mercado. Quanto mais pessoas usam computadores da Apple, mais atraentes eles se tornam para atores maliciosos.

O relatório também nota que a segurança incorporada no macOS ainda não consegue combater adwares e programas potencialmente indesejáveis (PUPs, na sigla em inglês) de forma tão eficiente quanto combate malwares.

De acordo com o relatório, as ameaças no Mac são significativamente diferentes daquelas enfrentadas pelos PCs. Enquanto as máquinas Windows são mais propensas a enfrentar tipos tradicionais de malware, as ameaças mais comuns no Mac são de adwares e PUPs – esses últimos consistem em aplicativos de “limpeza” como MacKeeper e MacBooster.

Sobre os adwares, o NewTab ficou no topo da lista. NewTab é uma família de adware que redireciona as buscas do navegador para ganhar “receita de afiliados de forma ilícita” e geralmente é espalhada por meio de páginas falsas de monitoramento de preços de voo, de encomendas ou mapas.

No geral, adware e PUPs são considerados menos perigosos do que o malware tradicional. Dito isso, o número elevado indica que esse tipo de ameaça está se tornando mais agressiva.

O adware também é um problema no Windows, com cerca 24 milhões de detecções nos PCs. Esse número representa um aumento de quase 13% para os consumidores e 463% para clientes corporativos. Além disso, sete das dez principais ameaças para consumidores era alguma variante de adware. Os PCs Windows também foram alvo do Emotet e Trickbot, dois tipos de Trojan, bem como novos ransomwares como Ryuk, Sodinokibi e Phobos.

A grande lição aqui é que não, o seu computador da Apple não é mais imune à malwares e talvez você deveria levar a segurança mais a sério. E adware é uma droga.

The post Ameaças de malware no Mac são maiores do que no Windows pela primeira vez, diz relatório appeared first on Gizmodo Brasil.

EUA dizem que tem “bala de prata” comprovando que Huawei facilita espionagem da China


Posted: 12 Feb 2020 04:46 AM PST

Traseira de um smartphone com logotipo da Huawei

De acordo com uma reportagem do Wall Street Journal, o governo dos Estados Unidos, que diz que a Huawei tem fortes ligações com o governo chinês, tem provas de que a companhia tem a habilidade de espiar os usuários de redes móveis de celular com seus equipamentos. A afirmação vem após anos de acusação dos EUA e repetidas negações da Huawei.

Embora a Huawei seja uma das maiores vendedoras de smartphones do mundo, o seu negócio original consiste na construção de redes de telecomunicações. No entanto, os Estados Unidos baniram os equipamentos da empresa de serem usados em suas redes de telecomunicações. Um relatório do congresso de 2012 baniu efetivamente a Huawei de vender equipamentos no país e desencorajou fortemente que companhias vendam celulares da fabricante em suas lojas.

A preocupação dos EUA vinha dos laços da Huawei com o governo chinês — o seu fundador é um antigo militar do país da Ásia — e também uma boa dose de protecionismo. A empresa tem estado bem posicionada neste ramo, fornecendo equipamento para a implementação de redes 5G acessíveis e rápidas.

"Não tenho dúvidas de que o escrutínio extra que a Huawei tem sido alvo ultimamente tem a ver com o ambiente político entre a China e os Estados Unidos, bem com as altas apostas em torno de inteligência artificial e do 5G", disse Lynette Ong, professora associada de ciência política na Universidade de Toronto, por e-mail, no ano passado. Ong é especialista em política e economia política chinesa.

No ano passado, os EUA e a Huawei trocaram farpas por causa das preocupações dos EUA e de uma suposta espionagem, fraude e violação das sanções internacionais contra o Irã. A briga levou a Austrália e a Nova Zelândia a proibirem o uso de equipamentos Huawei em suas redes de telecomunicações.

No entanto, algumas das maiores operadoras de telecomunicações do mundo, incluindo a Vodafone, sediada no Reino Unido, e a alemã Deutsche Telekom usam equipamentos da empresa chinesa.

Autoridades dos EUA afirmam agora que a Huawei incluiu backdoors no equipamento que permite que autoridades chinesas acessem os mesmos dados que as autoridades policiais podem acessar. Normalmente, esses backdoors, conhecidos como "interfaces de interpretação legal", são utilizados exclusivamente pelas autoridades policiais, que devem fornecer garantias para obter o acesso. O equivalente à escuta telefônica, essas interfaces de interceptação legal dão ao usuário acesso a quaisquer dados transmitidos através da rede, incluindo chamadas telefônicas e mensagens de texto.

Naturalmente, os provedores de equipamentos não devem ter acesso e devem construir o equipamento de tal forma que não possam obter acesso a essas informações. Mas os Estados Unidos acusam a Huawei de fazer exatamente isso.

Segundo o Wall Street Journal, os EUA levaram suas últimas provas para reuniões de portas fechadas com autoridades e empresas de telecomunicações no Reino Unido e na Alemanha. Um memorando confidencial escrito pelo Ministério de Relações Exteriores da Alemanha e obtido pelo Wall Street Journal caracteriza a prova apresentada na reunião como uma "bala de prata" contra a empresa.

No entanto, publicamente, essas empresas e funcionários do governo são um pouco reticentes. A Vodafone negou a qualquer fabricante o acesso à sua rede dessa forma, enquanto a Deutsche Telekom AG disse ao WSJ que uma empresa alemã tinha desenvolvido a sua interface de interceptação legal e, portanto, a Huawei não podia acessar a mesma.

Mas não cabe necessariamente às empresas que querem continuar a usar equipamentos bem projetados e super baratos construídos pela Huawei. Os legisladores alemães estão planejando votar um projeto de lei nas próximas semanas que poderá dar à Huawei a capacidade de fornecer equipamentos para as novas redes 5G da Alemanha.

O projeto se tornou um ponto de discórdia entre a Alemanha e a China, com a China ameaçando "consequências" se isso acontecer. A revelação desta "bala de prata" dos Estados Unidos que ainda ninguém conseguiu comprovar aparece em um período bastante peculiar.

The post EUA dizem que tem “bala de prata” comprovando que Huawei facilita espionagem da China
 appeared first on Gizmodo Brasil.

CIA vendeu serviços falsos de criptografia para espionar países desde 1970

Posted: 12 Feb 2020 03:17 AM PST

A Agência Central de Inteligência (CIA) e a Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA espionaram aliados e inimigos por meio de uma empresa de sua propriedade que fabricava equipamentos de criptografia, de acordo com uma nova reportagem do Washington Post e da agência de notícias alemã ZDF.

A empresa suíça Crypto AG, que foi fundada na década de 1940 como uma empresa independente durante a Segunda Guerra Mundial, fechou um acordo obscuro com a CIA em 1951, posteriormente tornou-se propriedade da CIA na década de 1970 e foi dissolvida em 2018. E muitos ex-funcionários da empresa, muitos dos quais aparentemente não tinham ideia de que a Crypto AG era secretamente controlada pela CIA, não estão satisfeitos com a revelação.

O Washington Post e a ZDF descobriram o programa, de codinome Rubicon e Thesaurus em vários momentos, através de um documento secreto do histórico da CIA de 2004 produzido pela própria agência e uma história oral de 2008 da inteligência alemã. Mas os veículos de comunicação não disseram aos leitores como eles obtiveram esses documentos tão bem guardados.

A CIA e a NSA controlaram a Crypto AG em conjunto com a agência de inteligência da Alemanha Ocidental durante a primeira Guerra Fria.

“Foi o golpe de inteligência do século”, diz o relatório da CIA, segundo o Washington Post. “Os governos estrangeiros estavam pagando um bom dinheiro aos EUA e à Alemanha Ocidental pelo privilégio de ter suas comunicações mais secretas lidas por pelo menos dois (e possivelmente até cinco ou seis) países estrangeiros”.

Os "cinco ou seis países estrangeiros" provavelmente se referem ao acordo de compartilhamento de inteligência Five Eyes entre os EUA, Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, sendo o sexto país a Alemanha.

O programa de espionagem teve enorme sucesso e representou cerca de 40% de todas as interceptações de inteligência de governos estrangeiros pela inteligência dos EUA na década de 1980 e 90% da inteligência da Alemanha Ocidental (BND), de acordo com uma captura de tela do documento da CIA publicado pelo Post.

Os americanos acabaram comprando a parte dos alemães, que deixaram o esquema de espionagem no início dos anos 90, para assumir a propriedade exclusiva da Crypto AG, às vezes chamada de Minerva.

Trecho de uma história interna da CIA escrita em 2004 sobre os sucessos de inteligência da CIA, obtidos pelo Washington Post. Captura de tela: Washington Post

Como a tecnologia de criptografia trabalhou para enganar governos estrangeiros? As máquinas da Crypto AG foram feitas para parecer que estavam produzindo caracteres gerados aleatoriamente para codificar mensagens, mas eram tudo menos aleatórios. A NSA não instalou backdoors, apenas tornou a criptografia fraca o suficiente para que a agência pudesse decifrar as mensagens.

A União Soviética e a China nunca compraram a tecnologia da Crypto AG, mas pelo menos 62 outros países, como Japão, México, Egito, Coréia do Sul, Irã, Arábia Saudita, Itália, Argentina, Indonésia e Líbia, usavam os dispositivos de criptografia e tiveram suas comunicações governamentais mais sensíveis interceptadas e decifradas pela CIA por mais de meio século. Como apenas um exemplo na história do Post, o governo Carter estava espionando o presidente do Egito, Anwar Sadat, durante os Acordos de Camp David.

Isso, é claro, leva a algumas perguntas desconfortáveis ​​sobre os momentos em que as agências de inteligência dos EUA podem ter tido conhecimento sobre os terríveis abusos de direitos humanos e não fizeram nada para detê-los. Ou, no caso da América Central e do Sul, momentos em que a CIA podia ter ajudado ativamente a perpetrar crimes contra a humanidade enquanto descobria sobre diferentes planos ao redor do mundo.

Do Washington Post:

Os documentos evitam amplamente questões mais inquietantes, incluindo o que os Estados Unidos sabiam – e o que fizeram ou não fizeram – sobre países que usavam máquinas Crypto envolvidos em planos de assassinato, campanhas de limpeza étnica e violações dos direitos humanos.

As revelações nos documentos podem fornecer motivos para reavaliar se os Estados Unidos estavam em posição de intervir em, ou pelo menos expor, atrocidades internacionais e se optaram por não fazê-lo para preservar seu acesso a valiosos fluxos de inteligência.

O Washington Post até menciona um incidente em 1977, quando um engenheiro da Crypto AG, identificado como Peter Frutiger, corrigiu as vulnerabilidades da tecnologia da empresa que vendia para a Síria, levando a CIA a reclamar que eles não podiam mais decodificar mensagens vindas de Damasco. O engenheiro foi rapidamente demitido.

Na década de 1980, alguns países estavam suspeitando que seus dispositivos de criptografia estavam comprometidos, mas a CIA criou um plano para dar um jeito nisso. A agência recrutou um acadêmico altamente respeitado, Kjell-Ove Widman, da Suécia, para se tornar um dos principais consultores da empresa que era despachado sempre que um país estava pronto para abandonar a Crypto AG. Depois que a Argentina suspeitou que sua tecnologia havia sido hackeada durante a Guerra das Malvinas, Widman entrou e insistiu que suas máquinas eram “inquebráveis”. Na realidade, a inteligência americana decodificou as mensagens da Argentina sem nenhum problema e as forneceu para a inteligência britânica.

A nova reportagem é realmente inacreditável e obviamente abrirá muito mais portas para os historiadores sobre o papel de organizações como a CIA e a NSA em centenas de eventos, grandes e pequenos, que ocorreram no final do século 20 e no início do século 21.

E a reportagem também deve abrir os olhos das pessoas da comunidade de criptografia que dizem que as ferramentas atuais, como Signal e Tor, são seguras. Os defensores de criptografia insistem que não importa se algo como Tor recebeu dinheiro das forças armadas dos EUA, a matemática dos programas mantém as comunicações de todos seguras. Mas com uma bomba como o relato de hoje, é difícil argumentar que qualquer comunicação é completamente segura.

Você pode ler a reportagem completa no Washington Post (em inglês). Definitivamente vale a pena se você tiver algum interesse na Guerra Fria, em espionagem ou na história da criptografia.

The post CIA vendeu serviços falsos de criptografia para espionar países desde 1970 appeared first on Gizmodo Brasil.

Perdi meu celular no Uber, e agora? Veja como recuperar objetos

Posted: 12 Feb 2020 01:45 AM PST

Aplicativo da Uber em frente a um táxi de Londres

Perdeu o seu celular ou outro objeto, como a sua carteira, no Uber? O desespero é imediato, mas em muitos casos você pode conseguir recuperar seus itens. O primeiro passo é tentar entrar em contato com o motorista e tentar combinar a devolução, só que você vai precisar desembolsar uma grana (a taxa é de R$ 20).

E mesmo que você tenha perdido o celular e pense que não tem como entrar em contato com a Uber, calma que tem jeito. A maneira mais rápida é entrando pela sua conta em um outro smartphone – peça emprestado para um amigo ou familiar, por exemplo. Veja abaixo quais são as alternativas possíveis para reaver seus objetos:

Como entrar em contato com o motorista do Uber

  1. Pegue o celular de alguém emprestado e faça login no aplicativo do Uber;
  2. Toque no menu, no canto superior esquerdo da tela;
  3. Selecione o botão Ajuda;
    Passo a passo para recuperar celular ou objeto perdido no Uber
  4. O aplicativo vai mostrar a sua viagem mais recente, aperte em Itens perdidos;
  5. Selecione a opção Entrar em contato com o motorista sobre um item perdido;
  6. Preencha o campo com um número de telefone incluindo o DDD em que possam entrar em contato com você e aperte Enviar.
    Entrando em contato com o motorista para recuperar celular ou objeto perdido no Uber

A Uber vai fazer uma ponte entre você e o motorista logo em seguida – uma mensagem automática irá tocar e você deve digitar 1 para conseguir conversar com ele. Conte se perdeu o celular, a carteira ou qualquer outro objeto e tente combinar um horário e local para a devolução. Caso ninguém atenda, deixe mensagem de voz e aguarde até 24 horas pelo retorno.

Se isso não der certo e você não conseguir falar com o motorista, vá novamente ao menu Ajuda e selecione a opção Entrar em contato com a Uber sobre um item perdido. Preencha as informações necessárias e a Uber tentará entrar em contato com o motorista após 24 horas.

Não tenho acesso ao aplicativo, o que fazer?

Se você não conseguir um celular emprestado para seguir os passos acima, existe outra maneira de tentar recuperar o seu objeto perdido, por meio da Central de Ajuda.

  1. Acesse a Central de Ajuda do Uber;
  2. Clique em Entre em sua conta para obter ajuda;
  3. Faça o login;
  4. Preencha o campo com um número de telefone incluindo o DDD em que possam entrar em contato com você e aperte Enviar.

Por que é cobrado um valor?

A Uber explica que “em consideração ao tempo e aos custos do motorista com o deslocamento para a devolução de seu objeto, é cobrada uma taxa de devolução”.

Se a corrida tiver sido paga pelo cartão de crédito, a taxa de devolução de R$ 20 será cobrada automaticamente. Se a forma de pagamento tiver sido dinheiro, você precisará pagar a taxa diretamente ao motorista parceiro.

Pode ser que você nem note que perdeu alguma coisa dentro do carro e o próprio motorista irá alertar o Uber. Nesses casos, você receberá um e-mail com o contato do motorista. A recomendação é combinar a devolução em até 15 dias – e a companhia lembra que o valor de R$ 20 é cobrado da mesma forma. Apesar dessa possibilidade, a política da empresa diz que “a Uber não é responsável por qualquer item deixado no veículo após o fim da viagem.”

Dicas para evitar perder objetos

A Uber tem algumas dicas para que você evite perder objetos nas próximas viagens, principalmente o celular. A primeira recomendação é fazer a avaliação do motorista assim que a corrida estiver acabando, assim você estará com o aparelho nas mãos e dificilmente irá esquecê-lo. A companhia também lembra os usuários a darem uma olhada no banco e no assoalho do veículo para se assegurar que nada caiu na viagem.

The post Perdi meu celular no Uber, e agora? Veja como recuperar objetos appeared first on Gizmodo Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário