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- OMS descarta pandemia de coronavírus mesmo com surtos ao redor do mundo
- Huawei anuncia Mate XS com tela dobrável mais forte e ajustes gerais
- Katherine Johnson, uma das pioneiras da NASA, morre aos 101 anos
- Xbox Series X terá 12 teraflops de processamento gráfico e suporte a 120 fps
- Presidente da Coreia do Sul autoriza medidas semelhantes às da China para conter avanço do coronavírus
- Estudo que vinculava cigarros eletrônicos a ataques cardíacos é descreditado. E agora?
OMS descarta pandemia de coronavírus mesmo com surtos ao redor do mundo Posted: 24 Feb 2020 11:42 AM PST O novo coronavírus, batizado oficialmente como COVID-19, continua se espalhando ao redor do mundo – centenas de casos foram relatados fora da China, que antes era o único epicentro do surto. Mas, por enquanto, a Organização Mundial da Saúde disse que não irá declarar que o surto se trata de uma pandemia – o grupo defende que tal anúncio seria prematuro e só espalharia medo. Durante o final de semana, diversos países relataram um salto nos casos do COVID-10. Na Itália, já são mais de 200 casos; na Coreia do Sul, mais de 800; e no Irã, pelo menos 61 casos. Ao redor do mundo, o novo vírus já atinge 80 mil casos em mais de duas dúzias de países, com pelo menos 2.627 mortes. No entanto, as estimativas provavelmente são apenas a ponta do iceberg e há relatos contraditórios sobre a escala de alguns desses surtos. No domingo, um parlamentar do Irã contestou a contagem oficial do governo, afirmando que houve pelo menos 50 mortes na cidade de Qom; o país até agora só relatou 12 mortes. (O governo do Irã nega que esteja subnotificando o número de mortes por causa da doença). Essa estimativa mais alta, dada a taxa de mortalidade relativamente baixa (variando de 2% na China a menos de 1% em outros lugares), pode chegar a centenas de casos não detectados, se não milhares. No início do fim de semana, um funcionário do Ministério da Saúde do Irã declarou que poderia haver casos em todas as grandes cidades do país. Numa coletiva de imprensa realizada segunda-feira (24), o Director Geral da OMS Tedros Adhanom Ghebreyesus expressou a sua preocupação com esses focos da COVID-19. Mas por várias razões, ele declarou que a OMS ainda não iria declarar uma ameaça de nível pandêmico. “Por enquanto, não estamos testemunhando a disseminação global descontrolada desse coronavírus, e não estamos vendo adoecimentos graves ou mortes em larga escala”, disse ele. “O que vemos são epidemias em diferentes partes do mundo, afetando países de diferentes maneiras e exigindo uma resposta sob medida.” Na China, disse Tedros, o crescimento de novas infecções parece ter desacelerado nos últimos dias, enquanto alguns outros países foram capazes de impedir que os casos se espalhassem ainda mais – ambos bons sinais que poderiam argumentar contra a probabilidade de isso se tornar uma pandemia. Ao mesmo tempo, acrescentou, os países têm que fazer tudo o que estiver ao seu alcance para se prepararem para essa possibilidade. “Usar a palavra pandemia agora não se encaixa nos fatos, mas pode certamente causar medo […] Não vivemos em um mundo binário, em preto e branco”, disse ele. “Temos de nos concentrar na contenção, enquanto fazemos tudo o que podemos para nos prepararmos para uma potencial pandemia.” Nesse momento, não está claro exatamente quais seriam os critérios para a OMS mudar de ideia. A Reuters noticiou recentemente que a organização abandonou seu antigo sistema de classificação para uma pandemia, que havia sido usado anteriormente para a pandemia de gripe H1N1 em 2009. “Para fins de esclarecimento, a OMS não utiliza o antigo sistema de 6 fases”, disse um representante da OMS ao Gizmodo via e-mail, ao mesmo tempo em que afirmou novamente a necessidade de vigilância. “Definições e terminologia à parte, nossos conselhos continuam os mesmos, e continuamos trabalhando com os países para limitar a disseminação do vírus, enquanto também nos preparamos para a possibilidade de uma disseminação mais ampla.”
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Huawei anuncia Mate XS com tela dobrável mais forte e ajustes gerais Posted: 24 Feb 2020 10:41 AM PST Há um ano, a Huawei mostrava o seu primeiro smartphone dobrável com bastante pompa. O lançamento do aparelho não ocorreu exatamente como o planejado, mas eis que chegamos na segunda geração. O Huawei Mate XS é uma versão mais potente e com uma tela mais durável, segundo a fabricante. O preço sugerido é de € 2.499 (R$ 11.900, em conversão direta). A companhia decidiu usar uma construção de quatro camadas para a tela do Mate XS. O Verge explica que na parte de cima há duas camadas de filme poliamida que são unidas por um adesivo transparente. Abaixo delas há um painel OLED flexível, seguido de um polímero macio que serve como um amortecedor e uma camada final que conecta tudo ao corpo do dispositivo. A peça inteira é de plástico e a Huawei não menciona vidro, como faz a Samsung. Os tamanhos continuam os mesmos:
A dobradiça também foi remodelada para passar uma sensação mais suave e de mais durabilidade. São duas alterações simples no design, mas fundamentais para o sucesso dos dispositivos dobráveis. As principais reclamações entre analistas e consumidores com esse tipo de smartphone é justamente a fragilidade da tela e da dobradiça – basta lembrar dos perrengues que a Samsung e a Huawei passaram nos lançamentos. Por dentro, o processador evoluiu do Kirin 980 para o Kirin 990 – o que significa que ele tem um modem 5G integrado, em vez de um componente separado. A fabricante também diz ter reprojetado o sistema de resfriamento. Completam as especificações 8 GB de RAM, 512 GB de armazenamento, bateria de 4.500 mAh e um conjunto de câmeras com um sensor principal de 40 megapixels f/1.8, telefoto de 8 megapixels f/2.4, outro ultra-angular de 16 megapixels f/2.2 e um sensor de profundidade 3D. O Huawei Mate XS será lançado em “mercados globais” no mês que vem custando € 2.499 (R$ 11.900, em conversão direta). A companhia ainda está na lista de entidades dos EUA e, por isso, embora rode o Android, não possui aplicativos Google ou a loja de apps Play Store. The post Huawei anuncia Mate XS com tela dobrável mais forte e ajustes gerais appeared first on Gizmodo Brasil. |
Katherine Johnson, uma das pioneiras da NASA, morre aos 101 anos Posted: 24 Feb 2020 09:25 AM PST Katherine G. Johnson, matemática da NASA e uma das inspirações do filme Estrelas Além do Tempo, morreu nesta segunda-feira (24), aos 101 anos. Johnson nasceu em 26 de agosto de 1918 em White Sulfur Springs, West Virginia, nos EUA, em uma família que se dedicou muito à sua educação – eles chegaram a se mudar para Institute, West Virginia para que ela pudesse continuar os estudos depois do ensino fundamental. Os esforços foram recompensados: ela se formou com honras na West Virginia State College em 1937, aos 18 anos de idade. Johnson começou a trabalhar como professora e era dona de casa, mas em 1953, entrou para o Departamento de Orientação e Navegação do Centro de Pesquisa de Langley do Comitê Consultivo Nacional para Aeronáutica, ou NACA – o antecessor da NASA. Lá, ela trabalhou como uma “computadora”, realizando cálculos. A NACA contratava mulheres para esse trabalho de computação desde 1935 e passou a contratar mulheres afro-americanas durante a Segunda Guerra Mundial. Johnson calculou as complexas trajetórias de lançamento de foguetes em órbita, incluindo a trajetória da viagem de Alan Shepherd em 1961, na primeira vez que um americano foi para o espaço. “Desde o início, quando eles disseram que queriam que a cápsula descesse num determinado lugar, estavam tentando calcular em que momento isso deveria começar. Eu disse: ‘Deixa eu fazer isso. Você me diz quando quer e onde quer que a cápsula pouse, e eu faço o cálculo ao contrário e lhe digo quando deve decolar’. Esse era o meu forte”, disse ela, como lembra um comunicado da NASA. À medida que a tecnologia avançou e os voos se tornaram mais complicados, a NASA começou a contar com computadores mecânicos para calcular essas trajetórias. Johnson verificava os resultados desses computadores e os operava; ela verificou os resultados do computador que calculou a órbita da famosa missão Friendship 7 de John Glenn, a primeira vez que um americano entrou em órbita – Glenn não confiaria nos números a menos que Johnson os tivesse executado. Em 1969, ela viu Neil Armstrong caminhar na Lua, uma viagem que, em partes, dependeu do seu trabalho. Johnson continuou a trabalhar em Langley até 1986, no Programa do Ônibus Espacial e em missões a Marte. Johnson foi co-autora de 26 trabalhos científicos durante a sua carreira. Porém, muitas das contribuições de Johnson passaram despercebidas pelo público em geral até recentemente. O ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama lhe concedeu a Medalha Presidencial da Liberdade em 2015 pelo seu trabalho, e muitas pessoas souberam dela quando Margot Lee Shetterly publicou o seu livro Hidden Figures: The American Dream and the Untold Story of the Black Women Who Helped Win the Space Race (Estrelas além do tempo, na versão em português), seguido da adaptação para os cinemas. Em 2016, o Centro de Pesquisa da NASA Langley mudou o nome do seu centro de computação para Katherine G. Johnson Computational Research Facility. Apesar do seu trabalho como pioneira das mulheres negras na ciência, tecnologia, engenharia e matemática, os obstáculos ainda permanecem. Os físicos negros ainda estão subrepresentados na área – a porcentagem de estudantes negros que recebem diplomas de bacharelado em física não aumentou nos EUA desde 2006. “Katherine Johnson foi uma heroína que teve de esperar uma vida inteira para ser reconhecida por suas contribuições para a ciência espacial e astronomia”, disse Chanda Prescod-Weinstein, professora assistente de física na Universidade de New Hampshire, ao Gizmodo. “Espero que a comunidade científica tire uma lição da forma como seu trabalho foi escondido e comece a procurar agressivamente por todas as formas de exclusão e expulsão das mulheres negras. Agora é um momento para lembrar suas contribuições, sim, mas é também um momento para avaliar o legado que ela representa e descobrir o que os cientistas farão para realizar os sonhos das mulheres negras que gostam de calcular e que amam o céu noturno. Apesar das portas que ela abriu, muitos de nós ainda estamos lutando para ultrapassá-las”, completou. Esperamos que um dia, qualquer estudante interessado na pesquisa espacial seja capaz de perseguir a sua paixão sem barreiras. Johnson disse em 2008: “Encontrei o que procurava em Langley. Isso é o que um pesquisador de matemática faz. Fui para o trabalho todos os dias durante 33 anos feliz. Nunca me levantei e disse que não queria ir para o trabalho.” The post Katherine Johnson, uma das pioneiras da NASA, morre aos 101 anos appeared first on Gizmodo Brasil. |
Xbox Series X terá 12 teraflops de processamento gráfico e suporte a 120 fps Posted: 24 Feb 2020 09:00 AM PST A próxima geração do Xbox, chamada de Xbox Series X, vai ter potência de sobra. Em um post divulgado nesta segunda-feira (24), a Microsoft confirmou algumas das especificações técnicas do console. Ele terá 12 teraflops de processamento gráfico e suporte a 120 frames por segundo. Os 12 teraflops de processamento gráfico são o dobro do Xbox One X e oito vezes mais do que o Xbox One original — um grande salto, portanto. Isso permitirá alcançar 120 fps. Como já falamos aqui, a corrida por taxa de atualização de gráficos cada vez é uma tendência na indústria de tecnologia, e até smartphones estão entrando nesta onda. O processamento gráfico contará também com DirectX Raytracing acelerado por hardware, tecnologia que permite que desenvolvedores criem ambientes com iluminação e reflexos mais realistas em seus jogos. O console também terá a tecnologia Variable Rate Shading, que permite otimizar o processamento gráfico para eliminar redundâncias e garantir taxas de atualização mais estáveis. O texto assinado por Phil Spencer, chefe da divisão de Xbox da Microsoft, também revela algumas informações sobre o hardware a ser usado no console. O processador do Xbox Series X será um modelo customizado, baseado nas arquiteturas Zen 2 e RDNA 2, da AMD. Ele também contará com SSD do tipo NVMe de próxima geração e HDMI 2.1, que promete menor latência em taxas altas de quadros por segundo. E, por fim, o Xbox Series X também contará com Quick Resume para múltiplos jogos — permitindo alternar entre jogos com mais rapidez, sem precisar fechá-los — e retrocompatibilidade com Xbox, Xbox 360 e Xbox One. O Xbox Series X deve ser lançado até o fim de 2020. Juntamente com o PlayStation 5, da Sony, eles marcarão a chegada da próxima geração de consoles de videogame. The post Xbox Series X terá 12 teraflops de processamento gráfico e suporte a 120 fps appeared first on Gizmodo Brasil. |
Posted: 24 Feb 2020 06:49 AM PST O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, colocou seu país no mais alto possível nível de alerta no domingo (23). A decisão vem após o aumento drástico do coronavírus, oficialmente conhecido como COVID-19, na região. A designação permite que o governo isole cidades, restrinja viagens domésticas e proíba atividades públicas, entre outras medidas semelhantes às adotadas pela China para controlar a propagação da doença. O anúncio de Moon vem à luz dos 602 casos confirmados de coronavírus e cinco mortes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com o New York Times, em uma reunião de emergência de autoridades sul-coreanas para discutir o surto, o presidente afirmou que os próximos dias seriam um “momento crítico” para o país. “O governo central, governos locais, autoridades de saúde e pessoal médico e todo o povo devem ter uma resposta total e organizada ao problema”, afirmou Moon. O país tem o maior número de casos de coronavírus fora da China. Mais de 300 dos casos confirmados de coronavírus da Coréia do Sul estão ligados à Igreja de Jesus Shincheonji em Daegu, uma cidade do sudeste de 2,4 milhões de pessoas. O Wall Street Journal relata que o prefeito da cidade disse às pessoas para ficarem dentro de casa e evitarem grandes reuniões. Ex-membros da igreja relataram que entre 8 mil e 9 mil pessoas participam de cultos na igreja de Shincheonji, um prédio de oito andares na cidade. As medidas da Coréia do Sul são semelhantes às da China desde o início do surto. Em janeiro, a China proibiu seus cidadãos de fazer viagens internacionais e reservar pacotes de voos e hotéis no exterior. Durante o feriado do Ano Novo Lunar, muitas cidades cancelaram grandes reuniões públicas para impedir a propagação da doença. A China também trancou milhões de pessoas em suas cidades e vilas. Em todo o mundo, a OMS afirma que existem 78.811 casos confirmados de coronavírus em 29 países. Houve 2.445 mortes na China e 17 mortes em outros países. A Itália está atualmente lidando com o maior surto de coronavírus da Europa: segundo o Times, já são 152 casos confirmados no país. Em resposta, as autoridades italianas determinaram que mais de 50 mil pessoas em dez cidades da região da Lombardia, no norte da Itália, não saíssem de suas casas. The post Presidente da Coreia do Sul autoriza medidas semelhantes às da China para conter avanço do coronavírus appeared first on Gizmodo Brasil. |
Estudo que vinculava cigarros eletrônicos a ataques cardíacos é descreditado. E agora? Posted: 24 Feb 2020 05:12 AM PST Na semana passada, um estudo que sugeriu que o uso de cigarros eletrônicos poderia aumentar o risco de ataque cardíaco foi retirado do ar. Uma investigação feita pelos editores da revista considerou que as descobertas “não eram confiáveis”. Mas isso significa que o cigarro eletrônico é seguro e deveríamos nos preocupar com a validade de outras pesquisas sobre vaping? O estudo foi publicado em junho passado no Journal of the American Health Association (JAHA) por uma dupla de pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Francisco. Usando dados da população, eles descobriram que as pessoas que usam cigarros eletrônicos ou tradicionais atualmente têm maior probabilidade de também sofrer um ataque cardíaco. Aqueles que relataram usar cigarros eletrônicos e tradicionais ao mesmo tempo tiveram um risco associado ainda maior do que o uso isolado, segundo o estudo. As descobertas alinharam-se com pesquisas semelhantes que apontam para riscos à saúde em usuários de cigarros eletrônicos e tradicionais, além de um maior risco possível entre os usuários de ambos. O estudo recebeu alguma atenção da mídia, embora o Gizmodo não o tenha abordado. Mas não demorou muito para que alguns cientistas e jornalistas começassem a criticar o estudo. Uma falha importante, destacada em uma carta enviada à JAHA em janeiro por vários cientistas, foi que os pesquisadores não tentaram excluir casos em que as pessoas tiveram um ataque cardíaco antes de relatarem usar cigarros eletrônicos. Outra crítica foi que os autores não haviam explicado em suas análises o histórico de tabagismo dos usuários atuais de e-cigarettes. Como os efeitos do tabagismo, inclusive no coração, podem levar anos para desaparecer, muitos usuários que fumavam anteriormente poderiam ter mais chances de sofrer um ataque cardíaco, independentemente do novo hábito de usar cigarros eletrônicos. As críticas foram suficientes para alguns editores da JAHA olharem novamente para o estudo e como ele foi revisado por pares. Assim, eles descobriram que os revisores apontaram essas críticas para os autores e pediram que refizessem suas análises, mas os "revisores e editores não confirmaram se os autores haviam entendido e cumprido" sua solicitação, de acordo com a nota de retratação. Foi solicitado aos autores que corrigissem seus trabalhos, mas outros problemas apareceram. Eles disseram à revista que não tinham mais acesso ao banco de dados usado originalmente para o estudo e não podiam fazer outra análise até o prazo final da revista. Dadas essas questões, escreveram os editores da revista, eles estavam preocupados com o fato de as conclusões do estudo não serem confiáveis e a retiraram. "A retratação não é uma questão trivial", disse Brad Rodu, um pesquisador da Universidade de Louisville, em Kentucky e um dos primeiros críticos do estudo, à VICE. "É uma ação significativa. Dizer que foi um erro é muito fraco." A remoção do artigo iniciou um debate cada vez mais controverso entre os cientistas e especialistas em saúde pública que estudam vaporizadores e cigarros eletrônicos. Muitos especialistas, particularmente no mundo da redução de danos, acreditam que os cigarros eletrônicos representam uma das melhores maneiras de ajudar as pessoas a pararem de fumar, que é sem dúvida um dos hábitos mais prejudiciais que uma pessoa pode ter. Mas outros especialistas argumentam que ainda se sabe muito pouco sobre seu risco potencial, especialmente a longo prazo, para que os produtos de vaping sejam adotados sem problemas. Eles argumentam, com evidências mistas, que o uso de cigarros eletrônicos pode não ajudar as pessoas a parar de fumar melhor do que outras opções; muitos apenas se tornam usuários duplos. Enquanto isso, muitos adolescentes, que de outra forma poderiam nunca ter tocado em nicotina, estão se tornando fãs de vaping. No ano passado, o debate aumentou ainda mais quando ondas de usuários de vaporizadores nos EUA começaram a contrair doenças pulmonares graves, às vezes fatais. O surto, que atingiu o pico em setembro de 2019, mas ainda não terminou completamente, envolveu mais de 2.600 casos, além de 68 mortes no país. A maioria desses casos acabou sendo ligada a produtos não regulamentados, feitos com aditivos oleosos tóxicos, como a vitamina E, usados para fumar maconha, e não cigarros eletrônicos com nicotina comprados em lojas. Mas, ainda assim, a crise incentivou a criação de novas leis para restringir e até mesmo proibir cigarros eletrônicos com sabor — políticas que muitos especialistas lamentaram como injustificadas e propensas a conduzir mais pessoas a fumar. E agora? Bem, assim como um único estudo por si só não pode nos dizer com certeza se o uso de cigarros eletrônicos é prejudicial, um estudo descreditado não pode nos dizer que não é. Outras pesquisas ainda sugerem que existe um vínculo real entre o uso de cigarros eletrônicos e os possíveis danos corporais, incluindo o coração e a circulação. Nenhuma dessas pesquisas traz evidências indiscutíveis, mas a ciência funciona somando todas as melhores evidências possíveis, ajustando ou descartando as mais fracas e fazendo um julgamento. No momento, as evidências apontam claramente que os cigarros eletrônicos são mais seguros que os tradicionais, excluindo os produtos alterados, é claro. Mas é difícil dizer com certeza que os cigarros eletrônicos ajudaram a reduzir a taxa de consumo de cigarros, que está em declínio nos EUA há décadas, ou que esses produtos são melhores para ajudar os fumantes a deixar de fumar do que outras opções disponíveis. E sim, ainda há muito que não sabemos sobre como o vaping pode afetar a saúde a longo prazo ou o que acontecerá com a nova geração de adolescentes que usam e-cigarettes à medida que envelhecem. O conselho mais prático que posso dar — mas talvez o mais difícil de seguir, dada a natureza viciante da nicotina — é evitar tanto os cigarros eletrônicos quanto os tradicionais. The post Estudo que vinculava cigarros eletrônicos a ataques cardíacos é descreditado. E agora? appeared first on Gizmodo Brasil. |
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