sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Gizmodo Brasil

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Steven Seagal é multado em US$ 330 mil por promover criptomoeda bitcoiin (com dois ‘i’ mesmo)

Posted: 27 Feb 2020 02:31 PM PST

O mestre zen Steven Seagal, visto pela última vez promovendo um filme de ação lançado diretamente em DVD para fãs como Vladimir Putin — e também sendo acusado de abuso sexual — concordou em pagar à SEC (autoridade que regula o mercado financeiro dos EUA, mais ou menos equivalente à CVM aqui no Brasil) um total de US$ 330.448,76 por não divulgar os detalhes de seu relacionamento com uma criptomoeda denominada "bitcoiin2gen" (com dois “i” mesmo).

Alguns diziam que ela era um esquema de pirâmide. Alguns chamavam de fraude. De acordo com a SEC, Seagal, ao falar da oferta inicial de moedas (ICO) da B2G, disse que era uma oportunidade imperdível.

A propósito, ao incentivar os seguidores a entrar no B2G, ele deixou de mencionar à SEC que a empresa havia prometido pagar a ele US$ 250.000 em dinheiro e US$ 750.000 na moeda (ou deveríamos chamar de moeeda?).

Os tweets de Seagal para promover o B2G foram apagados, mas o release de 2018 intitulado “Mestre Zen Steven Seagal se torna embaixador da marca do bitcoiin2gen” descrevia o que mais parece ser uma conversão religiosa. “O ator de Hollywood Steven Seagal se tornou um crente do bitcoiin2gen”, diz o texto.

E continua:

Como budista, professor zen e curandeiro, Steven vive de acordo com os princípios de que o desenvolvimento do eu físico é essencial para proteger o homem espiritual. Ele acredita que o que ele faz em sua vida é levar as pessoas à contemplação para despertá-las e iluminá-las de alguma maneira. Esses são precisamente os objetivos do bitcoiin2gen de empoderar a comunidade, fornecendo um sistema de pagamento P2P descentralizado com sua própria carteira, ecossistema de mineração e plataforma robusta de blockchain sem a necessidade de terceiros.

E também:

Mestre Zen, Steven mencionou um velho ditado chinês: "Flua com o que quer que aconteça e deixe sua mente livre. Mantenha-se centrado ao aceitar o que estiver fazendo. Isto é o melhor." de Chuang Tsu.

Após um escrutínio da documentação da empresa, que prometia taxas de transação dez vezes inferiores às do bitcoin e receitas de mineração duas a três vezes maiores, a empresa lançou um anúncio de abertura com a declaração: "É claro que não somos uma empresa marketing multi-nível ou um esquema de pirâmide ou uma fraude…" (Eles ilustraram seu “plano de recrutamento para ICO" com porcentagens diferenciadas de comissão, em forma piramidal.)

O Bureau of Securities de Nova Jersey enviou uma ordem de cessação e desistência, observando que o único funcionário listado em seus escritórios na Ásia era um enigmático “John Williams” e que a bitcoiin nunca havia sido aprovado para vender títulos no estado.

Meses depois, Seagal e os misteriosos fundadores se afastaram imediatamente após a ICO, com o emocionante anúncio de que ela seria lançada para o público “sem indivíduos ou indivíduos controlando a entidade!”

Infelizmente para Seagal, suas crenças acabaram se materializando em US$ 157 mil do pagamento prometido de um milhão de dólares.

A SEC informou ao Gizmodo que a penalidade inclui a restituição de ganhos ilícitos de US$ 157 mil, juros pré-julgamento de US$ 16.448,76 e outra multa de US$ 157 mil. A SEC também diz que sua investigação sobre o bitcoiin2gen está em andamento, mas se recusou a comentar mais sobre a extensão do inquérito.

Seagal não é o primeiro a estar enrolado com criptomoedas suspeitas. Em 2018, a SEC fez acordos e multou o boxeador Floyd Mayweather Jr. e o produtor DJ Khaled por promover ilegalmente o token Centra, oferecido por uma empresa cujo CEO acabou se revelando um fantoche.

E estas são as notícias mais recentes sobre Steven Seagal.

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Facebook cancela F8, sua conferência anual de desenvolvedores, por causa do coronavírus

Posted: 27 Feb 2020 12:50 PM PST

Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, durante conferência F8 em 2018. Crédito: Justin Sullivan/Getty Images

O coronavírus está aos poucos se espalhando por diversos países, e isso tem aumentado a tensão de organizadores de eventos que reúnem audiências internacionais. Neste mês, tivemos o cancelamento do Mobile World Congress, o maior evento de tecnologias móveis do mundo, realizado anualmente em Barcelona (Espanha), e nesta quinta-feira (27) soubemos que o Facebook cancelará um dos seus maiores eventos.

Planejado para os dias 5 e 6 de maio deste ano, o F8 é o evento do Facebook para desenvolvedores em que são mostradas as novidades em primeira mão dos diversos produtos da companhia. Porém, por causa do coronavírus, não haverá a edição de 2020.

"Esta foi uma decisão difícil. O F8 é um evento incrivelmente importante para o Facebook e uma de nossas maneiras favoritas de celebrar com todos vocês [desenvolvedores] de várias partes do mundo — no entanto, nós precisamos priorizar a saúde e a segurança de nossos parceiros desenvolvedores, funcionários e todos que ajudam para o F8 acontecer", disse Konstantinos Papamiltiadis, diretor de programas e plataformas de desenvolvedores do Facebook, em um comunicado ao Cnet.

Este já é o segundo evento cancelado pelo Facebook neste ano por causa do medo de transmissão do novo coronavírus. No caso, o primeiro tratava-se de um encontro global de marketing, que seria realizado em março em San Francisco, na Califórnia.

Em vez de um evento gigante, o Cnet informa que a empresa pretende fazer eventos menores localmente para falar das novidades de suas plataformas para desenvolvedores.

O coronavírus está começando a preocupar cada vez mais as autoridades em todo o mundo, pois novos casos estão sendo confirmados em indivíduos que não estiveram na China, local de onde vieram os primeiros relatos da doença, nem em outros países que já têm números altos de pacientes contaminados, como Japão, Itália, Coreia do Sul e Irã. Ao todo, já são mais de 2.800 mortes e mais de 82 mil casos de contaminação em 50 países desde o início do surto em dezembro de 2019.

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iPhone XR foi o smartphone mais vendido de 2019; Galaxy A10 foi o Android de maior sucesso

Posted: 27 Feb 2020 11:12 AM PST

Traseira do iPhone XR amarelo

A Apple foi a fabricante que mais vendeu smartphones no quarto trimestre de 2019, de acordo com um levantamento da Canalys, uma empresa de pesquisa e análise de mercado de tecnologia. O iPhone XR, lançado em 2018, foi o smartphone mais vendido na estimativa do consolidado de 2019.

A Samsung vem logo atrás no ranking, com pouca diferença em relação à Apple. Para a marca sul-coreana, o produto mais bem-sucedido foi o Galaxy A10, modelo de entrada, que se sagrou o Android mais popular de 2019.

A Huawei ficou na terceira posição do mercado no quarto trimestre de 2019, com uma queda considerável em relação ao mesmo período de 2018 – provavelmente afetada pelas restrições impostas pelos EUA e as limitações que tem agora com o Android. A queda foi de 7%, o primeiro tombo da empresa em dois anos.

Dados do quarto trimestre de 2019

Durante o quarto trimestre de 2019, a Apple enviou 78,4 milhões de iPhones e abocanhou 21,3% da fatia do mercado, com crescimento anual de 9%.

A Samsung enviou 70,8 milhões de aparelhos e ficou com 19,2% do bolo, com crescimento anual de 1%.

Já a Huawei teve 56 milhões de envios, com 15,2% do mercado do quarto trimestre de 2019. Xiaomi e Oppo completam o ranking, conforme o gráfico:

Tabela de envios de smartphones no quarto trimestre de 2019

O salto da Apple no último trimestre do ano tem a ver com a época de seus lançamentos: os iPhone 11, 11 Pro e 11 Pro Max foram lançados em setembro, derrubando preços dos modelos anteriores e impulsionando as vendas da marca como um todo. Neste período, a empresa da maça ocupou as cinco primeiras colocações de smartphones mais enviados com o iPhone 11 liderando com folga, seguido do iPhone 11 Pro Max, iPhone 11 Pro, iPhone XR e iPhone 8.

A Xiaomi enviou muitos Redmi Note 8 e a Samsung foi bem em seus aparelhos da linha A, com o A10s, A20s e A30s aparecendo no ranking.

Os analistas da Canalys destacam que o mercado de aparelhos de entrada, principalmente em países como a China, aqueceram bastante o mercado. Os envios globais de smartphone cresceram apenas 1% no quarto trimestre de 2019, mas esse é o segundo crescimento trimestral consecutivo da indústria.

Consolidado de 2019

No consolidado de 2019, a Samsung ainda é líder de mercado, com 21,8% da fatia e 298,1 milhões de aparelhos enviados.

A Huawei, mesmo com as restrições dos EUA, conseguiu se manter na segunda colocação com alguma folga, com 17,6% de mercado e 240,6 milhões de smartphones enviados – no comparativo com o consolidado de 2018, a empresa teve crescimento de 17%.

A Apple enviou 198,1 milhões de iPhones e tem 14,5% do bolo, com 7% menos volume do que em 2018. A Xiaomi e Oppo completam a lista.

Tabela de envios de smartphones no consolidado do ano de 2019

O iPhone XR, lançado em 2018 e que ficou um pouco mais barato em 2019, foi o campeão de vendas geral do ano, seguido do iPhone 11 e do Galaxy A10. A análise da Canalys não possui números individuais de envios para os modelos, mas dá para ter uma noção a partir da escala que vai de 0 a 35 milhões de unidades.

A Samsung aparece em quatro das dez posições de aparelhos com maior estimativa de vendas, porém o modelo mais caro, o Galaxy S10+, está na última colocação.

Smartphones mais vendidos no quarto trimestre de 2019 Smartphones mais vendidos em 2019

 

Nessas análises, as empresas de consultoria calculam os envios das fabricantes, que geralmente indicam a demanda global pelos modelos.

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Além do Brasil, 19 outros países relataram seus primeiros casos de coronavírus nesta semana

Posted: 27 Feb 2020 10:42 AM PST

Criança de touca, óculos escuros e máscara cirúrgica. A criança está sobre um patinete. Ao fundo, vários prédios.

Vinte países relataram seus primeiros casos do novo coronavírus esta semana, elevando o número total de casos confirmados para mais de 82 mil em 50 países desde o início do surto em dezembro. Pelo menos 2.800 pessoas morreram em todo o mundo.

O número de casos de COVID-19 está crescendo consideravelmente fora da China, a origem dos surtos. A Coreia do Sul registrou 505 novos casos apenas nas últimas 24 horas.

Um novo caso foi relatado no norte da Califórnia na quarta-feira (26) em uma paciente que não possuía histórico de viagens a lugares com altas concentrações da doença. Esse paciente ficou dias sem fazer exames, apesar das recomendações de seu médico, devido aos critérios incrivelmente rígidos estabelecidos pelo CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA) para quem deve fazer testes ou não.

O presidente Donald Trump deu uma coletiva de imprensa na quarta-feira (26) para tentar  acalmar o público. Trump nomeou o vice-presidente Mike Pence como principal autoridade para coordenar a luta dos EUA contra o vírus.

Em suma, parece que o COVID-19 estará em todos os lugares em breve.

Abaixo, temos uma lista de todos os países que relataram seus primeiros casos do vírus esta semana, listados em ordem alfabética.

Mapa múndi com círculos vermelhos mostrando a incidência de COVID-19. Os maiores círculos estão na Ásia e na Europa. Quanto maior o círculo, maior o número de casos.Imagem: Monitor do Coronavírus da Johns Hopkins

Afeganistão

O Afeganistão confirmou seu primeiro caso do novo coronavírus na segunda-feira (24) na província de Herat, que faz fronteira com o Irã. O ministro da Saúde do Afeganistão, Ferozuddin Feroz, declarou uma emergência para a província e disse que o paciente havia viajado recentemente para Qom, no Irã, uma das regiões fora da China mais atingidas pela doença.

Argélia

Autoridades de saúde da Argélia relataram o primeiro caso do vírus na terça-feira (25) em um homem que chegou da Itália em 17 de fevereiro. É o segundo país da África a reportar um caso confirmado de COVID-19, após o primeiro caso do Egito, há quase duas semanas.

Áustria

A Áustria relatou seus primeiros casos do novo coronavírus na terça-feira (25) em duas crianças de 24 anos que estavam recentemente na Lombardia, uma das duas regiões da Itália mais atingidas por surtos de COVID-19. Ambos os pacientes estão em quarentena na cidade austríaca de Innsbruck e estão em condições estáveis.

Bahrein

O Bahrein anunciou seu primeiro caso do novo coronavírus na segunda-feira (24). O paciente é um motorista de ônibus escolar que estava levando crianças para três escolas diferentes no domingo. Ele tinha retornado recentemente do Irã, em uma viagem com escala em Dubai. As crianças que entraram em contato com o motorista do ônibus estão fazendo exames para a doença.

As autoridades de saúde do Bahrein informam que confirmaram pelo menos 33 casos da doença nos últimos três dias, de acordo com o Gulf News, e o governo suspendeu voos para o Bahrein de vários países, incluindo o Irã.

Brasil

O primeiro paciente de coronavírus no Brasil é um homem de 61 anos em São Paulo com um histórico de viagens para a Itália. O paciente estava viajando para a Itália a trabalho. As autoridades de saúde do país estão tentando identificar e notificar todos que compartilharam o voo com ele de volta ao Brasil, segundo o New York Times. O Brasil está investigando pelo menos outros 20 casos potenciais de COVID-19, incluindo uma dúzia de pessoas que viajaram recentemente para a Itália.

Croácia

O primeiro-ministro croata, Andrej Plenkovic, anunciou o primeiro caso confirmado do país na terça-feira (25) na capital Zagreb. O paciente é descrito como um jovem croata que esteve em Milão, Itália, de 19 a 21 de fevereiro e está apresentando “sintomas leves”. Outros nove cidadãos croatas que retornaram recentemente da Itália estão fazendo exames para identificar o vírus, de acordo com o Dubrovik Times da Croácia.

Dinamarca

As autoridades de saúde da Dinamarca anunciaram o primeiro caso do país de COVID-19 na quinta-feira (27): um homem adulto que voltou recentemente de uma viagem para esquiar na Itália. A esposa e o filho do homem tiveram um resultado negativo para o vírus, mas a família inteira está isolada em sua casa em Zelândia, na Dinamarca.

Espanha

A Espanha relatou seu primeiro caso de COVID-19 na parte continental do país na terça-feira (25) em uma mulher da Catalunha que viajou recentemente para a Itália. A paciente de 36 anos é uma cidadã italiana que vive em Barcelona e passou algum tempo em Milão, na Itália, de 12 a 22 de fevereiro, de acordo com a agência de notícias Local SE. As autoridades de saúde da Espanha encontraram pelo menos mais 10 casos desde terça-feira (25).

As Ilhas Canárias, um arquipélago ao sul da Espanha continental que está tecnicamente mais próximo da África do que a Europa, relataram seus primeiros casos depois que um médico italiano em férias na região deu positivo para o vírus. O hotel no centro do surto, o H10 Adeje Palace, está atualmente fechado, e cerca de mil pessoas não estão autorizadas a sair dele.

Estônia

O ministro de Assuntos Sociais da Estônia, Tanel Kiik, anunciou na quinta-feira (27) que o país tem seu primeiro caso confirmado de coronavírus, de acordo com a Baltic News Network. O paciente é um cidadão iraniano que vive na Estônia. Ele recentemente viajou de ônibus saindo da Letônia, em um veículo operado pela Lux Express.

Não se sabe quantas pessoas estavam no ônibus, mas o governo da Estônia está entrando em contato com pessoas que acredita estarem próximas do paciente. O governo da Letônia ainda afirma que não há casos confirmados do vírus, segundo a emissora pública da Letônia.

Finlândia

Uma mulher em Helsinque, na Finlândia, se tornou a primeira naquele país a testar positivo para o novo coronavírus na quarta-feira. A mulher, descrita como “em idade de trabalhar” pela mídia local, provavelmente foi infectada em uma recente viagem a Milão, na Itália, segundo as autoridades de saúde locais. A paciente voltou da Itália no domingo (23) e seus contatos íntimos estão sendo monitorados, embora ninguém mais tenha mostrado sintomas da doença.

Geórgia

A Geórgia relatou seu primeiro caso de COVID-19 na quarta-feira (26). O paciente é um cidadão do país que esteve recentemente no Irã, um dos lugares mais atingidos fora da China. O homem viajou via Azerbaijão, país que separa a Geórgia e o Irã, e foi inspecionado pelos guardas de fronteira ao retornar ao seu país de origem na terça-feira. O homem está em quarentena, e os agentes estão sendo monitorados para a doença agora, de acordo com a agência de notícias Anadolu Agency da Turquia.

Grécia

Oficiais na Grécia confirmaram o primeiro caso de novo coronavírus do país na quarta-feira (26) na cidade de Tessalônica. A paciente é uma mulher de 38 anos que teria voado de volta para a Grécia saindo de Milão, Itália, em 23 de fevereiro. Um porta-voz do Ministério da Saúde da Grécia, Dimitris Tsiodras, relata que a mulher está em “boas” condições.

Dois novos casos da doença foram registrados na Grécia na quinta-feira (27), e um deles é parente do primeiro paciente em Tessalônica. O segundo caso é uma mulher que também viajou recentemente para a Itália.

Iraque

O Iraque confirmou o primeiro caso do país de COVID-19 na segunda-feira (24). O paciente é um cidadão iraniano que estuda no Iraque. Uma família de quatro cidadãos iraquianos também testou positivo para a doença na província de Kirkuk nesta semana. A família havia viajado recentemente para o Irã. O governo iraquiano está fechando rapidamente escolas e grandes reuniões públicas na tentativa de controlar a propagação do vírus.

Kuwait

As autoridades de saúde do Kuwait anunciaram na segunda-feira (24) os cinco primeiros casos de COVID-19 no país, em pessoas que haviam viajado recentemente de Mashhad, no Irã. Esse número havia subido para 43 casos nesta manhã, todos em pessoas que tinham laços com o Irã, de acordo com a agência de notícias Al Arabiya. O Kuwait fechou todas as escolas em todo o país por duas semanas.

Macedônia do Norte

O país da Macedônia do Norte anunciou seu primeiro caso do vírus na quinta-feira (27). A paciente é uma mulher que estava na Itália. A mulher, cidadã da Macedônia do Norte, viajava em uma van cheia de gente antes de voltar da Itália para casa. As autoridades de saúde estão agora testando outras pessoas que estavam no veículo para ver se foram infectadas.

Noruega

A Noruega anunciou seu primeiro caso de COVID-19 na quarta-feira (26). A paciente é um cidadão norueguês que voltou recentemente da China. A mulher, que supostamente mora na cidade de Tromsø, só foi identificada por causa de testes de rotina que atualmente estão sendo conduzidos pelas autoridades de saúde norueguesas em pessoas que retornam de áreas do mundo com alto número de casos de coronavírus.

Omã

Omã registrou seus dois primeiros casos do novo coronavírus na segunda-feira (24) e outros dois na terça-feira (25), elevando o total atual para quatro. Todos os quatro pacientes viajaram recentemente para o Irã.

Paquistão

O Paquistão relatou dois casos do vírus em Karachi na quarta-feira (26), incluindo um homem de 22 anos que se acredita ter sido infectado no Irã, segundo o Saudi Gazette.

Romênia

O ministro da Saúde da Romênia anunciou na quarta (26) o primeiro caso de coronavírus no país. Acredita-se que o homem, que mora no condado de Gorj, tenha sido infectado por um cidadão italiano que estava visitando a Romênia no início de fevereiro.

“Ele está em boas condições e será transferido para um hospital infeccioso de Bucareste”, anunciou o ministro da Saúde na quarta-feira, segundo a Reuters.

Suíça

Autoridades de saúde da Suíça relataram o primeiro caso de coronavírus no país na terça-feira (25). O paciente, que vive em Ticino, teria visitado Milão, Itália em 15 de fevereiro e começou a apresentar sintomas apenas alguns dias depois. Mais três casos foram identificados na Suíça desde terça-feira (25).

Aviso em farmácia dizendo que há falta de máscaras.Avisos de máscaras esgotadas colocados em uma farmácia de Manhattan. Foto tirada em 26 de fevereiro de 2020. Foto: Getty Images

Outros países com um grande número de casos incluem o Japão, a Itália e o Irã. Alguns países que receberam cidadãos que estavam no cruzeiro Diamond Princess no Japão também relataram seus primeiros casos fora do navio esta semana. Israel relatou seu terceiro caso de coronavírus na quinta-feira (27) em um cidadão israelense que retornou recentemente da Itália, seu primeiro caso depois de dois israelenses que foram trazidos para casa do navio que estava em quarentena em Yokohama.

A Itália anunciou duas novas mortes pela doença na quarta-feira, elevando para 14 o número total de mortes no país. O Irã anunciou na quinta-feira que mais três pessoas morreram de COVID-19, elevando o número oficial de mortes no país para 26.

E países ao redor o mundo está começando a levar a sério a proibição de reuniões públicas e o fechamento de espaços públicos. No Japão, o primeiro-ministro Shinzo Abe anunciou hoje que todas as escolas de ensino fundamental e médio serão fechadas a partir de segunda-feira, 2 de março.

A Organização Mundial da Saúde se recusou a chamar os surtos mundiais de “pandemia”, com o objetivo de evitar o pânico, mas não está claro por quanto tempo o grupo global de saúde poderá evitar a palavra.

“Usar a palavra pandemia de forma descuidada não traz benefícios tangíveis, mas possui um risco significativo em termos de amplificação de medo e estigma desnecessários e injustificados e de paralisar sistemas”, disse Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (26). "Também pode sinalizar que não podemos mais conter o vírus, o que não é verdade. Estamos em uma luta que pode ser vencida se fizermos as coisas certas."

Mas um líder mundial usou abertamente a palavra pela primeira vez. O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, disse que seu país precisa continuar como se uma pandemia estivesse chegando.

“Embora a Organização Mundial da Saúde ainda não tenha declarado a natureza do coronavírus e sua mudança para uma fase de pandemia, acreditamos que o risco de uma pandemia global esteja sobre nós”, disse Morrison em entrevista coletiva nesta quinta-feira (27), de acordo com o jornal Sydney Morning Herald.

“Estamos efetivamente operando agora com base em uma pandemia.”

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Apple Watch pode não ser capaz de detectar irregularidades em frequência cardíaca

Posted: 27 Feb 2020 09:24 AM PST

Relógio Apple Watch 5 no pulso

Os relógios inteligentes são uma das tecnologias que deixaram de ser quase que exclusivas de gerações mais jovens para começar a ganhar popularidade entre os mais velhos, e grande parte disso deve-se ao fator saúde. A Apple é uma das principais fabricantes que aposta no discurso sobre a preocupação com a saúde dos usuários para vender seu vestível.

Prova disso é o vídeo promocional da empresa, exibido inclusive durante a apresentação do Apple Watch Series 5, que reúne uma série de depoimentos de pessoas relatando como o relógio inteligente da empresa salvou suas vidas. Mas, por mais que esses casos sejam verdadeiros, a própria Apple é cautelosa em reforçar que seus produtos não devem ser vistos como equipamentos médicos.

Além dos tradicionais recursos de monitoramento de sono e de exercícios físicos, uma das novidades oferecidas pelo Apple Watch é a possibilidade de realizar um eletrocardiograma (ou ECG) que permite detectar fibrilação atrial, uma irregularidade na frequência cardíaca que pode gerar um infarto ou AVC (Acidente Vascular Cerebral). Assim, você pode realizar um teste, antes feito apenas por médicos utilizando um equipamento especial, a partir de um dispositivo em seu pulso.

No entanto, uma limitação apontada pela própria Apple é que o relógio pode não ser capaz de detectar um ritmo cardíaco acima de 120 bpm (batidas por minuto). Na verdade, a empresa alega que o smartwatch inclusive não foi feito para diagnosticar fibrilação atrial, mas apenas para notificar os usuários que um diagnóstico ou acompanhamento médico é recomendado. Segundo a companhia, o dispositivo não monitora constantemente condições como essa e pessoas com fibrilação atrial podem não receber uma notificação.

Um dos problemas dessa limitação do Apple Watch é que, conforme dados da Mayo Clinic citados pela Fortune, uma pessoa com fibrilação atrial costuma apresentar uma frequência cardíaca entre 100 e 175 bpm. O site ainda menciona outro estudo publicado na Annals of Medicine que descobriu que um terço dos pacientes analisados tinha uma frequência acima de 120 bpm. Além disso, parte desses pacientes utilizava beta-bloqueadores, um medicamento para controlar o ritmo acelerado do coração; o que significa que muitos deles poderiam apresentar uma frequência maior do que aquela registrada no estudo.

Somando-se a isso, um artigo publicado na Circulation estudou a capacidade do Apple Watch de detectar fibrilação atrial em um grupo de pacientes que haviam sido submetidos a uma cirurgia cardíaca. Os resultados indicaram que a precisão do dispositivo em detectar a irregularidade foi de apenas 41%.

Diante disso, a lição que fica é: apesar de o Apple Watch, e os relógios inteligentes em geral, facilitarem muito o monitoramento e acompanhamento da nossa própria saúde, eles não substituem de maneira alguma qualquer exame, equipamento ou consulta médica profissional. Tenha você recebido ou não uma notificação do seu smartwatch, mantenha seus exames de rotina em dia.

[Fortune]

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Huawei queima a largada e lança o P40 Lite antes do P40

Posted: 27 Feb 2020 08:00 AM PST

Huawei P40 Lite

Tradicionalmente, as fabricantes lançam primeiro seu modelo parrudo com mais recursos e depois (ou ao mesmo tempo) uma versão mais básica, ligeiramente mais barata. A Huawei decidiu inverter a ordem com a sua linha P40 e anunciou nesta quarta-feira (26) o P40 Lite, com um visual idêntico a outros modelos vendidos em mercados asiáticos como o Nova 6 SE. Os Huawei P40 e P40 Pro devem ser anunciados em 26 de março.

O Huawei P40 Lite tem processador Kirin 810 de seis núcleos Cortex-A55 de 1,6 GHz e dois núcleos Cortex-A76 de 2,27 GHz. Assim como os outros processadores fabricados pela empresa, há “processamento neural integrado”. A GPU é a Mali-G52 MP6 e é acompanhada de um software GPU Turbo que, segundo a companhia, reduz a latência e aumenta a taxa de quadros por segundo dos jogos.

Completam as especificações 6 GB de RAM, 128 GB de armazenamento e bateria de 4200 mAh que pode ser carregado rapidamente – a promessa são 70% de carga em 30 minutos, com um carregador de 40 W.

São quatro câmeras traseiras que ficam abrigadas num quadradinho de vidro, no melhor estilo cooktop. O sensor principal tem 48 megapixels com f/1.8, capaz de gravar vídeos em 2K a 30 quadros por segundo. Ele conta também com uma lente grande angular num sensor de 8 MP f/2.4, com ângulo de visão de 120 graus. Há ainda um sensor macro de 2 MP f/2,4 capaz de fotografar objetos a 4 cm de distância e um sensor de profundidade de 2 MP. A câmera frontal tem 16 MP e f/2.0, fica abrigada num furinho no canto superior esquerdo da tela.

Falando em tela, ela tem 6,4 polegadas – o painel é IPS e a resolução Full HD. O smartphone tem ainda um leitor de impressões digitais na lateral.

Por enquanto, o modelo foi anunciado para o mercado europeu, por € 300 (R$ 1.478, em conversão direta). O preço abaixou € 50 em relação ao P30 Lite, lançado no ano passado – porém, apesar de o P40 Lite rodar Android, não vem com os serviços do Google como Play Store, YouTube, Gmail e outros. Isso tem a ver com a restrição que a Huawei enfrenta pelos Estados Unidos e que impede que o Google faça negócios com a empresa chinesa.

É provável que esse aparelho chegue no Brasil este ano. Em entrevista ao Mobile Time, o gerente sênior de desenvolvimento de negócios para o Brasil da Huawei, Daniel Dias, prometeu novos lançamentos da marca – mesmo com as restrições no Android. A ideia da empresa é atrair desenvolvedores para a sua loja própria de aplicativos, o que contornaria boa parte das limitações com a Play Store.

Quando foi anunciado no Brasil, o Huawei P30 Lite tinha preço sugerido de R$ 2.499 – se seguir a tendência europeia, o P40 Lite pode chegar ainda mais barato, mas com um Android bem limitado. Recentemente, o Google pediu para que os donos de smartphones da Huawei não instalem versões paralelas de seus apps.

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OMS é acusada de conduzir testes de vacina sem o consentimento dos participantes em três países africanos

Posted: 27 Feb 2020 07:23 AM PST

Pessoa prepara aplicação de vacina

Um artigo de opinião mordaz no BMJ, uma das mais conceituadas publicações sobre medicina do mundo, está acusando a OMS (Organização Mundial de Saúde) de conduzir um programa piloto na África para uma vacina experimental contra a malária sem o consentimento informado dos participantes. Os especialistas dizem que essa é uma “grave violação” dos padrões bioéticos internacionais e potencialmente “um desastre para a confiança pública nas vacinas”.

O teste em questão está em curso no Malawi, Gana e Quênia e deverá envolver mais de 720.000 crianças, às quais será administrada a vacina experimental contra a malária, chamada Mosquirix, nos próximos dois anos, de acordo com o artigo de opinião do BMJ, de autoria de Peter Doshi, editor associado da revista. Doshi afirma que a Organização Mundial da Saúde, que lidera o teste, não possui o consentimento informado dos participantes.

“Os receptores da vacina contra a malária não estão sendo informados de que estão em um estudo”, declarou Doshi no artigo do BMJ. “E não está clara a quantidade de informações que os pais recebem sobre as preocupações de segurança conhecidas antes da vacinação.”

O bioeticista Charles Weijer da Western University em Londres, Ontário, no Canadá, foi citado no artigo de opinião dizendo que o não recebimento do consentimento informado é uma “séria violação dos padrões éticos internacionais”.

A Mosquirix, também conhecida como a vacina RTS,S, é a primeira vacina licenciada contra a malária no mundo. O medicamento já passou por ensaios clínicos iniciais, e os resultados preliminares têm sido na sua maioria positivos – porém, surgiram algumas preocupações sérias de segurança.

As taxas de meningite parecem ser 10 vezes mais elevadas nos participantes que receberam a Mosquirix em comparação com os indivíduos que não a receberam. Além disso, a Mosquirix tem sido ligada a taxas mais elevadas de malária cerebral (quando as células sanguíneas infectadas por parasitas bloqueiam pequenos vasos sanguíneos no cérebro) e, muito preocupantemente, a um risco duplo de mortalidade por todas as causas em meninas.

Para o teste, a OMS está atribuindo aleatoriamente áreas, ou clusters, nas quais a vacina será implementada. Após dois anos, a agência de saúde avaliará os dados e tomará uma decisão sobre a implantação ou não da Mosquirix em uma escala muito maior.

Mosquirix “foi analisada positivamente pela Agência Europeia de Medicamentos, mas seu uso está sendo limitado à implementação piloto, em parte para avaliar as preocupações de segurança pendentes que surgiram de estudos clínicos anteriores”, escreveu Doshi.

Dito isso, a OMS descreve o estudo como uma “introdução piloto” e não como uma “atividade de pesquisa”, de acordo com o artigo do BMJ, e diz que os participantes que recebem esta vacina experimental estão fazendo isso de acordo com o cronograma de vacinação de rotina de seu país. Por causa disso, o consentimento está implícito, de acordo com a OMS.

Weijer, um dos vários bioeticista citados no artigo da BMJ, disse que o teste piloto da OMS viola a Declaração de Ottawa sobre o Desenvolvimento Ético e a Conduta dos Testes Aleatórios de Cluster. Criada em 2012, a Declaração de Ottawa fornece as diretrizes éticas internacionais mais abrangentes para esses tipos de ensaios clínicos.

“Como com todas as outras diretrizes éticas internacionais de pesquisa, a Declaração de Ottawa articula uma forte presunção de consentimento informado dos participantes da pesquisa”, disse Weijer, que ajudou a desenvolver as diretrizes, ao Gizmodo. “Os participantes da pesquisa têm o direito de serem informados sobre o propósito da pesquisa, os benefícios e riscos das intervenções do estudo, alternativas à participação e seus direitos como participantes. Em circunstâncias especiais, a exigência de consentimento livre e esclarecido pode ser posta de lado com uma renúncia ao consentimento. Mas o uso de uma renúncia de consentimento nunca é apropriado para um ensaio em grupo envolvendo uma intervenção medicamentosa ou vacinal.”

Em seu artigo no BMJ, Doshi disse que não está claro se um conselho de revisão ética assinou o processo de “consentimento implícito”. Quando perguntado por Doshi sobre isso, a OMS disse que “a implantação da vacina é liderada pelos países e é feita no contexto de vacinações de rotina, onde não há exigência de consentimento individual escrito.”

Como foi dito anteriormente, a OMS afirma que o estudo é uma “introdução piloto”, e não uma “atividade de pesquisa”, e é por isso que a organização está usando a lógica do consentimento implícito. Eis como um porta-voz da OMS o explicou ao Doshi, conforme citado no artigo do BMJ:

Um processo de consentimento implícito é aquele em que os pais são informados da vacinação iminente por meio da mobilização e comunicação social, por vezes incluindo cartas dirigidas diretamente aos pais. Posteriormente, considera-se que a presença física da criança ou adolescente, com ou sem um dos pais acompanhantes na sessão de vacinação, implica o consentimento.

Weijer não compra essa ideia.

“Um processo de consentimento implícito não substitui o consentimento informado. Na verdade, o consentimento implícito não é nenhum consentimento”, disse ele ao Gizmodo. “Nós não temos nenhuma garantia de que os pais de fato receberam informações sobre o estudo, muito menos de que eles o entenderam. Os pais que frequentam uma clínica para vacinação de rotina de seus filhos podem, portanto, não ter conhecimento do estudo e do fato de que eles podem recusar.”

A afirmação da OMS de que essa não é uma “atividade de pesquisa” certamente parece estranha, até mesmo desonesto. O seu próprio documento de perguntas e respostas sobre o ensaio afirma que o objetivo é fornecer “uma avaliação mais aprofundada [da nova vacina contra a malária] antes de considerar a implantação em larga escala”. A pesquisa, segundo Weijer, é uma “pesquisa sistemática concebida para produzir conhecimentos generalizáveis”. O piloto da vacina contra a malária da OMS “corresponde claramente a essa definição e é obviamente uma pesquisa”, disse ele ao Gizmodo.

Além disso, o piloto foi registrado no clinicaltrials.gov, o que “equivale a uma declaração aberta de que isso é pesquisa”, segundo o bioeticista Jonathan Kimmelman, da McGill, que foi citado no artigo do BMJ. Ao descrever o projeto como uma implementação piloto, a OMS foi capaz de evitar uma série de burocracias éticas.

Que a OMS optou por ignorar ou desconsiderar potenciais riscos à saúde é mais um aspecto alarmante dessa história. Estudos clínicos anteriores da Mosquirix mostraram que 2,3% (67 de 2.967) das meninas morreram no grupo da vacina, em comparação com 1,1% (17 de 1.503 meninas) do grupo de controle, que não tomaram a vacina.

Quando a BMJ perguntou porque este “sinal de mortalidade feminina” não foi considerado, a OMS disse que havia “provas insuficientes para classificar a mortalidade específica de gênero como um risco conhecido ou potencial.”

No artigo do BMJ, Christine Stabell Benn, da Universidade do Sul da Dinamarca, disse que os pais devem ser alertados para o duplo risco de mortalidade das meninas. Se isso se revelar um risco real para a saúde, “como será percebido pelos participantes – que os seus filhos estavam inconscientemente envolvidos numa enorme experiência das autoridades?”, questiona Benn, acrescentando que “pode ser um desastre para a confiança pública nas vacinas e nas autoridades de saúde”.

Sem dúvida, essa controvérsia chega num momento terrível, já que provavelmente vai fornecer combustível para o movimento anti-vacina. Além disso, a natureza aparentemente irresponsável desse experimento de campo dá uma imagem do colonialismo, do racismo e até da misoginia. Infelizmente, é mais um exemplo de experimentos médicos feita às custas de pessoas africanas.

O fato de a OMS querer lançar uma vacina o mais rapidamente possível é compreensível, já que a malária mata aproximadamente 435.000 pessoas em todo o mundo a cada ano. Mas isso não é desculpa para violar as diretrizes éticas estabelecidas e colocar vidas humanas em potencial perigo no processo.

O Gizmodo procurou a OMS para comentar, mas não recebeu resposta até o momento da publicação.

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Agência Espacial da China revela o que aprendeu com sonda de radar no lado oculto da Lua

Posted: 27 Feb 2020 05:43 AM PST

O lado oculto da Lua, com setas apontando para o local de pouco da Chang'e 4. Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University (Wikimedia Commons)

Em 3 de janeiro de 2019, a CNSA (Administração Espacial Nacional da China) atingiu um feito nunca antes alcançado por ninguém: conseguiu colocar um módulo no lado oculto da Lua. Na quarta-feira (26), a equipe revelou novos conhecimentos sobre o que encontrou sob a superfície lunar.

Trocando em miúdos, o lado oculto da Lua é chamado assim, pois nunca está virado para a Terra, já que nosso satélite natural tem rotação sincronizada com o nosso planeta. O oposto ao lado oculto da Lua é a face que conseguimos ver do satélite.

A equipe da Chang'e 4 liberou o primeiro estudo de radar de penetração do lado oculto da Lua em um novo artigo. A sonda detectou material poroso e granular cravejado com rochas sob a superfície, um tipo de rocha diferente do que é encontrado no outro lado da Lua e provavelmente o resultado de material dragado por um grande impacto.

"Houve estudos geofísicos durante as missões Apollo, mas não com tal resolução", disse Elena Pettinelli, uma das autoras do estudo, que está baseada na Università degli Studi Roma Tre, na Itália, ao Gizmodo.

A CNSA lançou pela primeira vez o satélite Queqiao em 2018 para o ponto Lagrange L2, um ponto estável em relação à Terra e ao Sol, a fim de poder se comunicar com o módulo lunar. A sonda Chang'e 4 e seu veículo espacial Yutu-2 se seguiram, tornando-se com sucesso a primeira missão a pousar no lado oculto da Lua, terminando na cratera Von Kármán. Os experimentos têm coletado dados desde então, e o artigo publicado nesta quarta-feira (26) vem do Lunar Penetrating Radar (Radar de Penetração Lunar), ou experimento LPR.

O LPR funciona como um radar aéreo, explicou Pettinelli. Uma antena transmissora dispara ondas eletromagnéticas quando uma pequena explosão de energia atinge o chão. As ondas viajam até encontrar um limite, uma diferença nas propriedades geológicas da rocha, e algumas delas ricocheteiam e retornam ao radar receptor, enquanto outras continuam descendo antes de refletir fora do próximo limite. O estudo, publicado na Science Advances, representa uma análise dos dois primeiros dias luares (um dia lunar dura cerca de um mês terrestre).

Esses resultados representam uma penetração mais profunda da superfície lunar comparado com missões anteriores, segundo a pesquisa. O radar revelou uma camada de um material homogêneo de 12 metros com rochas esporádicas; depois, uma de 12 a 24 metros, uma camada de rochas na maior parte uniformemente distribuídas com cerca de 0,2 a 1 metro de diâmetro; e então uma camada de pedras misturadas com material mais fino. Além de 24 metros de profundidade havia regiões com menos rochas, com as maiores majoritariamente mais próximas da superfície, além de regiões transparentes ao radar, sugerindo que elas consistiam principalmente de partículas de sujeira de granulação fina.

Tomadas em conjunto, as imagens de radar implicam que os pesquisadores estão observando depósitos de dejetos — rochas que se estabeleceram na superfície após vários impactos de asteroides, misturados com grãos finos que se acumulam ao longo do tempo. Rastrear quais rochas pertencem a quais impactos ou quais crateras não é possível, e o radar não pôde penetrar até o fundo do regolito. Ainda assim, os pesquisadores escrevem: "Este trabalho mostra que o uso extensivo do LPR poderia melhorar muito nossa compreensão da história do impacto lunar e vulcanismo e poderia lançar uma nova luz sobre a compreensão da evolução geológica do lado oposto da Lua".

Estas imagens de radar são muito mais profundas do que aquelas tiradas pela missão Chang'e 3 da área visível da Lua, disse Pettinelli. As propriedades da rocha no lado próximo dificultaram a penetração do sinal do radar.

Bradley Thomson, professor associado de pesquisa no Departamento de Ciências da Terra e Planetárias da Universidade do Tennessee que revisou o artigo, achou os resultados convincentes e empolgantes, dado o desafio de realizar experimentos no lado oposto da Lua. Ele ressaltou que a LPR forneceu uma maneira fácil de acessar a superfície lunar, mas tem suas desvantagens.

"É possível detectar interfaces ou rochas enterradas, mas nem sempre é claro o que são essas camadas, por exemplo, camadas de impacto de crateras ejetadas, camadas de fluxo de lava, etc. Aqui parece que as camadas estão relacionadas a processos de impacto, e não a camadas vulcânicas", disse Thomson.

Há ainda muito trabalho a ser feito. O veículo móvel Yutu-2 opera em duas faixas de frequência, alta e baixa. Este documento apenas relata os dados de alta frequência; os dados de baixa frequência representam um desafio de processamento, já que o próprio corpo do veículo espacial pode atrapalhar o sinal do radar. "Podemos ir muito mais fundo se encontrarmos uma maneira de processar os dados e cancelar o ruído e a interferência do rover no sinal das antenas", disse Pettinelli.

Mas, por enquanto, a equipe provou que seu sistema de radar está funcionando e que servirá como uma ferramenta útil para ajudar a descobrir a história dos impactos no lado oposto da Lua.

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Violação de dados em empresa de reconhecimento facial aumenta preocupações sobre privacidade

Posted: 27 Feb 2020 05:09 AM PST

Uma violação de segurança em uma startup de reconhecimento facial, já criticada pela coleta irrestrita de dados pessoais dos norte-americanos em nome de centenas de clientes agentes da lei, ressalta ainda mais os riscos potenciais enfrentados pelos consumidores nas mãos de uma tecnologia de vigilância controversa e amplamente não regulamentada, disseram as autoridades federais na quarta-feira (26).

A Clearview AI recebeu críticas por obter bilhões de fotografias de sites públicos como Facebook e Google, em um esforço para treinar um software de reconhecimento facial para uso da polícia na busca de suspeitos. Esta semana, a empresa notificou seus clientes que um invasor não identificado havia obtido “acesso não autorizado” à sua lista interna de clientes e o número de pesquisas no banco de dados realizadas por cada cliente.

O Daily Beast relatou a notícia pela primeira vez. Tor Ekeland, advogado da Clearview AI, confirmou a violação em um comunicado ao Gizmodo. A segurança continua sendo a "principal prioridade" da Clearview, disse Ekeland, acrescentando: "Infelizmente, as violações de dados fazem parte da vida no século XXI. Nossos servidores nunca foram acessados. Corrigimos a falha e continuamos a trabalhar para reforçar nossa segurança".

A Clearview disse que a violação não concedeu ao invasor acesso à sua plataforma nem aos históricos de pesquisa de nenhum agente da lei. No entanto, os legisladores dos EUA rapidamente contestaram a resposta da Clearview, que eles consideraram desdenhosa.

"Ignorar a seriedade da situação e dizer que violações de dados acontecem é um descaso para com os americanos que poderiam ter suas informações vazadas para hackers sem o seu consentimento ou conhecimento", disse o senador Ron Wyden, um defensor constante de privacidade no Congresso e autor da Lei Mind Your Own Business, um projeto de lei que visa tornar mais difícil para as empresas de tecnologia acumularem enormes bancos de dados com informações pessoais dos consumidores.

“Como podemos confiar em uma empresa com enormes responsabilidades de privacidade quando ela não pode nem proteger seus próprios dados corporativos?”

“As empresas que coletam e comercializam vastas informações, incluindo produtos de reconhecimento facial, devem ser responsabilizadas se não mantiverem essas informações em segurança”, disse Wyden ao Gizmodo.

A Clearview, cujos serviços estão sendo testados pelo FBI e pelo Departamento de Segurança Interna, segundo o New York Times, foi duramente criticada por seu processo de coleta de dados. A empresa alega ter captado mais de três bilhões de imagens de sites como Facebook, Google e YouTube – que enviaram à Clearview uma carta de cessação e desistência este mês, alegando que a coleta viola as políticas dessas empresas.

O CEO e fundador da Clearview, Hoan Ton-That, defendeu as práticas de sua empresa este mês em uma entrevista à CBS This Morning, comparando sua coleta de dados com o Google e dizendo que a Clearview tem um “direito com base na Primeira Emenda à informação pública”.

Alex Joseph, um porta-voz do YouTube, respondeu mais tarde às observações de Ton-That argumentando que, ao contrário dos indivíduos cujas fotos são adicionadas ao banco de dados da Clearview, a maioria dos sites deseja ser incluída na pesquisa do Google. “A Clearview coletou secretamente dados de imagens de indivíduos sem o seu consentimento, violando as regras que os proíbem explicitamente”, disse ele.

O comissário da FCC Geoffrey Starks disse ao Gizmodo que a tecnologia de reconhecimento facial levanta “sérios problemas de privacidade e liberdades civis, principalmente quando se trata de comunidades de minorias raciais”.

Em dezembro, o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia, uma filial do Departamento de Comércio, divulgou um estudo de 189 sistemas de reconhecimento facial que descobriu – entre outras questões centradas na idade dos sujeitos – que pessoas de ascendência africana e asiática foram identificadas erroneamente pelo sistemas a uma taxa 100 vezes maior que os rostos de pessoas brancas.

"Como eu disse há muito tempo, o manuseio de nossos dados é uma das questões mais definidoras de direitos civis de nossa geração, e o reconhecimento facial é atualmente um dos mais preocupantes. O reconhecimento facial está sendo usado para determinar se você pode entrar em sua casa, se agentes da lei podem abordá-lo na rua e mesmo se você pode entrar no país", disse Starks. "Agora estamos descobrindo que, tendo reunido uma quantidade sem precedentes de imagens pessoais, a Clearview não pode nem proteger seus próprios sistemas. Como podemos confiar em uma empresa com enormes responsabilidades de privacidade quando ela não pode nem proteger seus próprios dados corporativos?"

O senador Ed Markey, membro do Comitê de Comércio, Ciência e Transporte, também comentou a resposta da Clearview, dizendo que a afirmação de que a segurança é sua principal prioridade “seria cômica se a falha da empresa em proteger suas informações não fosse tão perturbadora e uma ameaça à privacidade do público".

"Se sua senha for violada, você poderá alterar sua senha. Se o número do seu cartão de crédito for violado, você poderá cancelar o seu cartão. Mas você não pode alterar informações biométricas, como suas características faciais, se uma empresa como a Clearview falhar em manter esses dados seguros", disse ele. “Esta é uma empresa cujo modelo de negócios inteiro depende da coleta de informações incrivelmente sensíveis e pessoais, e essa violação é mais um sinal de que os benefícios potenciais da tecnologia da Clearview não superam os graves riscos à privacidade que ela apresenta”.

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Uma possível nova minilua foi detectada ao redor da Terra

Posted: 27 Feb 2020 04:06 AM PST

Astrônomos do projeto Catalina Sky Survey, no Arizona (EUA), dizem ter detectado uma rara minilua ao redor da Terra. Infelizmente, nem adianta se apegar a este novo satélite natural, pois a rocha — se é que ela é realmente uma rocha — ficará ao redor do planeta por apenas alguns meses.

A minilua, apelidada de 2020 CD3 e também conhecida como C26FED2, foi vista por astrônomos da Catalina Sky Survey da Universidade do Arizona em 15 de fevereiro de 2020, segundo a EarthSky. O especialista sênior em pesquisa Kacper Wierzchos e o especialista em pesquisa Theodore Pruyne esperaram alguns dias para anunciar sua descoberta, pois mais observações foram necessárias para confirmar o objeto como uma minilua ou um TCO (sigla em inglês para “orbitador capturado temporariamente”).

Tradução do tweet: GRANDES NOTÍCIAS (tópico 1/3). A Terra tem um novo objeto capturado temporariamente / possível mini-lua chamado 2020 CD3. Na noite de 15 de fevereiro, meu colega Teddy Pruyne e eu encontramos um objeto de magnitude 20. Aqui estão as imagens da descoberta.

O Minor Planet Center (MPC) da União Astronômica Internacional anunciou formalmente a descoberta, adicionando o TCO à sua circular eletrônica em 25 de fevereiro de 2020. Observações feitas em outros observatórios “indicam que este objeto está temporariamente ligado à Terra” e “nenhuma ligação com um objeto artificial conhecido foi encontrada”, de acordo com o MPC. O centro também acrescenta que “mais observações e estudos dinâmicos são fortemente encorajados”.

Embora seja raro, nosso planeta ocasionalmente hospeda uma minilua temporária — um pequeno asteroide que gira em torno da Terra por um curto período de tempo até que se solte e volte à sua aventura no espaço, onde retoma sua jornada solo ao redor do Sol.

Tradução do tweet: O objeto tem um diâmetro entre 1,9 – 3,5 m, presumindo um albedo de asteroide tipo C. Mesmo assim, é importante, pois de cerca de um milhão de asteroides conhecidos, esta é apenas a segunda vez que vemos um deles ao redor da Terra (depois do 2006 RH120, que também foi descoberto pelo Catalina Sky Survey).

De acordo com uma série de tweets divulgados por Wierzchos, o CD3 2020 entrou na órbita da Terra há cerca de três anos e estima-se que tenha entre 1,9 a 3,5 metros de largura.

O astrofísico Tony Dunn usou um simulador orbital para modelar a trajetória orbital do CD3 2020 enquanto ele circula a Terra. Espera-se que o objeto saia em algum momento de abril de 2020 e retome sua órbita normal ao redor do Sol, de acordo com um tuíte da Space Initiatives Inc.

Tradução do Tweet: Aqui está um GIF animado da nossa nova minilua 2020 CD3, descoberta por @WierzchosKacper. A moldura rotativa mantém a linha Terra / Sol estacionária. Elementos orbitais são cortesia da IUA MPEC.

Se confirmada, essa seria apenas a segunda minilua conhecida a orbitar a Terra. A outra foi a RH120 de 2006 (também conhecida como 6R10DB9), que ficou entre setembro de 2006 e junho de 2007. Esse objeto, com um diâmetro estimado entre 2 e 3 metros, também foi descoberto pelos cientistas da Catalina Sky Survey.

Grigori Fedorets, astrônomo da Universidade de Helsinque, disse que a nova descoberta deve ser tratada com cautela.

“Na minha opinião, é um pouco cedo para escrever uma matéria sobre esse objeto”, disse Fedorets ao Gizmodo. “Ainda é possível que esse objeto seja de origem artificial [ou seja, um satélite feito pelo homem]. Nossa equipe internacional está trabalhando continuamente para chegar a uma solução melhor."

Fedorets disse que os cálculos orbitais, quando feitos com apenas alguns pontos de dados, podem resultar em muitas soluções possíveis. À medida que mais dados são adicionados, no entanto, as possíveis trajetórias orbitais ficam mais restritas, disse ele. Dito isto, o CD3 2020 parece estar em uma órbita geocêntrica (um objeto em órbita ao redor da Terra, em oposição a uma órbita heliocêntrica ao redor do Sol), embora temporariamente.

“Este é um evento raro, o primeiro foi descoberto há 14 anos e pode ser o segundo”, disse Fedorets. “Objetos como esse nos permitem restringir a distribuição de tamanho e frequência dos pequenos corpos do sistema solar e, em particular, a população de objetos próximos à Terra, para que possamos saber quantos existem por aí”.

De fato, os TCOs podem ser raros, mas são de grande interesse científico. Uma pesquisa publicada em 2018 mostrou que as miniluas poderiam nos ajudar a entender melhor os asteroides e como eles se formam, bem como a dinâmica complexa entre os corpos celestes, entre outras coisas. É importante ressaltar que a pesquisa sobre miniluas também pode melhorar nossa capacidade de detectar objetos perigosos recebidos.

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Você deve cancelar sua viagem por causa do coronavírus?

Posted: 27 Feb 2020 03:14 AM PST

À medida que um surto de um novo coronavírus causador de pneumonia está prestes a se espalhar por todo o mundo, pessoas em lugares não afetados podem estar preocupadas em visitar áreas onde o vírus está presente ou fazer qualquer tipo de viagem. A resposta para se você deve cancelar seus planos existentes, no entanto, é complicada.

No final do mês passado, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA emitiram um alerta de viagem de nível 3 (o mais alto), recomendando que qualquer pessoa com planos de viagem não essenciais para a China continental evite ir para lá; o Departamento de Estado emitiu seu próprio aviso equivalente, aconselhando o mesmo. Desde então, muitas grandes companhias aéreas cancelaram todos os voos dos EUA para a China (embora ainda haja algumas opções disponíveis).

Mas embora o surto de COVID-19, como é chamada a doença causada pelo vírus, está centrado na China continental desde dezembro passado, ele agora também está se espalhando para outros países. A Coreia do Sul, a Itália e o Irã relataram recentemente grandes grupos de casos, espalhados localmente de pessoa para pessoa. E agora estamos começando a ver casos em lugares próximos a esses países. No total, houve pelo menos 80.000 casos documentados de COVID-19 em todo o mundo, em 37 países, com mais de 2.700 mortes.

Na segunda-feira (24), o CDC emitiu outra rodada de avisos de viagem, com um alerta de nível 3 para a Coreia do Sul, que registrou quase 1.000 casos, e um alerta de nível 2 para pessoas que viajam para a Itália, Irã e Japão.

"Os adultos mais velhos e aqueles com condições médicas crônicas devem considerar adiar viagens não essenciais" para a Itália, Irã e Japão, afirma o nível 2, enquanto indivíduos que retornaram recentemente desses países nas últimas duas semanas e que desenvolveram febre, tosse ou dificuldade em respirar devem procurar ajuda médica e informar o médico sobre suas viagens recentes.

Portanto, a menos que o CDC emita um aviso de viagem para a área que você planeja visitar, não há motivo para cancelar nenhum plano no momento. O que você pode fazer em geral se for viajar (e mesmo se não for) é praticar boa higiene. Evite tocar o rosto com as mãos, evite o contato próximo com pessoas doentes e lave as mãos corretamente e com frequência – com água e sabão por pelo menos 20 segundos ou com um desinfetante para as mãos à base de álcool que contenha entre 60% e 95% de álcool.

Curiosamente, a Organização Mundial da Saúde desaconselha a implementação de restrições de viagens em geral durante um surto, inclusive durante este. Muitos especialistas em saúde pública já criticaram as restrições de viagens implementadas por países como os EUA. Por um lado, o medo e os danos econômicos que essas restrições criam podem piorar involuntariamente a situação, tornando os países mais relutantes em relatar casos dentro de suas próprias fronteiras. Eles também podem tornar as pessoas preconceituosas em relação aos residentes dos países afetados ou a seus vizinhos que vêm de lá.

Outro grande problema é que, quando um surto se espalha visivelmente, as restrições de viagem podem não ajudar a impedi-lo – no máximo, eles podem atrasar um pouco o contágio no país. Um estudo publicado no início de fevereiro, por exemplo, descobriu que havia “pesquisas limitadas para apoiar o uso de proibições de viagens para minimizar a propagação” de MERS, SARS, Ebola e Zika, quatro outras doenças infecciosas que causaram grandes surtos nos últimos anos, com SARS e MERS sendo causados ​​por coronavírus também.

A certa altura, a triste verdade é que se trata menos de tentar impedir que um surto entre em um país e mais de fazer o possível para mitigar os danos que ele causa, objetivos que tendem a exigir estratégias diferentes. Na terça-feira (25), por exemplo, oficiais do CDC alertaram que a disseminação do COVID-19 nos EUA é quase certamente inevitável. Já no Brasil, foi confirmado o primeiro caso da doença nesta quarta-feira (26).

Isso não significa necessariamente que estamos condenados a uma pandemia. Na segunda-feira (24), a Organização Mundial da Saúde se recusou a declarar o surto uma pandemia por enquanto, observando que alguns países parecem ter sido capazes de impedir a propagação local da doença. Essa situação pode mudar nos próximos dias e semanas, mas provavelmente não dependerá de você decidir ou não mudar seus planos de viagem para as férias.

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