quinta-feira, 19 de março de 2020

Gizmodo Brasil

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Cientistas que criaram ordem a partir da aleatoriedade ganham prestigiado prêmio da Matemática

Posted: 18 Mar 2020 02:30 PM PDT

Os cientistas Hillel Furstenberg e Gregory Margulis ganharam o Prêmio Abel deste ano, que é considerado uma das maiores honras da matemática.

Os cientistas ganharam o prêmio “pelo pioneirismo no uso de métodos de probabilidade e dinâmica na teoria dos grupos, teoria dos números e combinatória”, de acordo com a citação do prêmio. Eles dividirão uma quantia de aproximadamente US$ 834.000, concedida pela Academia Norueguesa de Ciências e Letras.

“Os trabalhos de Furstenberg e Margulis demonstraram a eficácia de atravessar fronteiras entre disciplinas matemáticas separadas e derrubaram o muro tradicional entre matemática pura e aplicada”, disse Hans Munthe-Kaas, presidente do comitê do Prêmio Abel, em comunicado à imprensa.

Furstenberg nasceu na Alemanha em 1935, em uma família judia que fugiu para os Estados Unidos pouco antes do início da Segunda Guerra Mundial. Ele foi criado em um bairro ortodoxo na cidade de Nova York e recebeu seu bacharelado e mestrado na Universidade Yeshiva antes de obter seu doutorado em Princeton em 1960. Ele trabalhou como professor assistente e depois professor titular da Universidade de Minnesota. Em 1965, foi trabalhar na Universidade Hebraica de Jerusalém, onde ficou até 2003.

Enquanto isso, Margulis, nascido em Moscou em 1946, recebeu seu Ph.D da Universidade Estadual de Moscou em 1970 e ganhou a famosa Medalha Fields em 1978 — embora o governo soviético tenha se recusado a deixá-lo viajar para recebê-la. Trabalhou em várias instituições na Europa até a década de 1980 e está na Universidade de Yale, nos EUA, desde 1991.

O trabalho dos pesquisadores demonstra o uso de aleatoriedade e probabilidade para entender tópicos que abrangem os vários campos da matemática. Esta pesquisa baseia-se em ferramentas da teoria ergódica, o estudo de sistemas que visitam todos os seus possíveis estados ao longo do tempo, cuja evolução é analisada usando a teoria da probabilidade. Furstenberg concebeu disjunção nesses sistemas — um conceito semelhante à coprimalidade, em que dois números são chamados coprimos se o único divisor que compartilham é 1 — que encontrou aplicações na geometria, na engenharia e na teoria dos números.

Furstenberg também usou a teoria ergódica para fornecer uma nova maneira de provar o teorema de Szemerédi, que se refere a séries de números em que a diferença entre termos consecutivos é constante (como 1, 3, 5, 7, 9…), fornecendo novamente uma maneira entender um campo da matemática nos termos de outro — nesse caso, combinatória aritmética entendida através da teoria ergódica.

Margulis escreveu teoremas classificando e analisando objetos em álgebra abstrata chamados latices de grupos semi-simples. Suas técnicas também contavam com o uso de métodos da teoria das probabilidades. Furstenberg e Margulis não colaboraram diretamente, confiando nas ferramentas uns dos outros para fazer sua pesquisa.

Juntos, os dois cientistas desenvolveram dispositivos matemáticos que criaram ordem do caos — usando a aleatoriedade para produzir teoremas e ferramentas em campos não probabilísticos da matemática. Essas ferramentas são usadas hoje no estudo da teoria dos grafos, ciência da computação, álgebra abstrata e outros campos matemáticos díspares.

O prêmio foi uma surpresa total para Furstenberg, de acordo com uma entrevista. “Eu conhecia o prestígio do Prêmio Abel e conhecia a lista de ex-laureados com o prêmio Abel, por quem tenho uma grande consideração”, disse ele. “Simplesmente senti que eram pessoas de uma determinada categoria e eu não estava nessa categoria.”

Enquanto isso, Margulis disse que considerava o prêmio uma grande honra, mas destacou que muitas outras pessoas também o mereciam, já que a pesquisa de qualquer cientista deve se basear no trabalho de outros.

A cerimônia do Prêmio Abel havia sido agendada para 19 de maio, mas foi adiada devido à pandemia de COVID-19.

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Hospitais nos EUA sofrem com falta de ventiladores mecânicos em meio ao surto de coronavírus

Posted: 18 Mar 2020 01:10 PM PDT

Em meio à atual pandemia de coronavírus, há muitos relatos de escassez de produtos, como máscaras, álcool em gel e até mesmo papel higiênico. No entanto, os médicos dos Estados Unidos também estão tendo que lidar com uma falta grave, que pode resultar em sérias consequências principalmente para as vítimas da doença.

Quando uma pessoa é infectada pelo COVID-19, uma das principais áreas afetadas é o sistema respiratório, sendo que um dos sintomas graves da doença é a falta de ar. Uma forma de amenizar isso é por meio de ventiladores mecânicos que fornecem ar aos pulmões por meio de um tubo e são cruciais para garantir a sobrevivência de muitos pacientes. O problema é que os hospitais norte-americanos não estão conseguindo encontrar o equipamento à venda em nenhum lugar.

Com o crescimento acelerado na demanda por esses aparelhos, fabricantes dos EUA e da Europa afirmam que não estão conseguindo dar conta. O New York Times entrevistou Andreas Wieland, da suíça Hamilton Medical, uma das maiores fabricantes de ventiladores do mundo, para entender a escala do problema. Segundo ele, a empresa tem trabalhado exaustivamente para suprir essa demanda, enviando os equipamentos assim que são montados, tendo empregado e alocado um número maior de trabalhadores nas fábricas.

Ainda assim, os esforços não parecem ser o suficiente. "A Itália queria encomendar 4.000, mas não tem como. Nós enviamos cerca de 400", disse ele ao NYT. Para se ter uma ideia, cada um desses equipamento pode chegar a custar US$ 50.000

De acordo com o jornal norte-americano, os EUA conta com uma média de 160 mil respiradores, sendo que o governo federal mantém mais 12.700 para responder a casos de emergência nacional. Com os números decolando a uma velocidade preocupante, é provável que essa quantidade não seja suficiente.

Alguns dos problemas relacionados a essa escassez é que cerca de metade dos equipamentos utilizados nos EUA são importados e, diante da crise de saúde atual em todo o mundo, os países estão priorizando abastecer seus próprios hospitais. O aparelho também não é simples de ser produzido, uma vez que é feito de centenas de componentes fabricados por empresas ao redor do mundo. Ou seja, acelerar esse processo não é algo fácil e que depende de um único país.

Marcus Schabacker, chefe executivo da organização ECRI, que avalia tecnologias voltadas à medicina, disse ao New York Times que o mundo está vivendo um efeito dominó. “Estamos com um problema global na cadeia de suprimentos, querendo ou não, então todos que fabricam ventiladores aqui ou em outro lugar estão em busca de peças, geralmente provenientes dos mesmos fornecedores”.

Earl Refsland, chefe executivo da fabricante de respiradores Allied Healthcare Products também falou com o jornal norte-americano e ressaltou a importância de zelar pela qualidade do produto diante das pressões por um maior número de entregas. "Esses ventiladores mantêm as pessoas vivas. Não vamos fazer rodas de caminhonetes. Isso leva tempo". Segundo ele, a empresa atualmente fabrica cerca de 1 mil ventiladores mecânicos por ano e levaria, pelo menos, oito meses para aumentar a produção de forma acentuada.

Outra questão é que, enquanto os países estão incentivando que as pessoas trabalhem de casa, trazer mais gente para as fábricas obriga as empresas a oferecer equipamentos e condições de proteção a esses trabalhadores e investir mais em serviços de limpeza.

Enquanto isso, os hospitais se veem obrigados a tomarem decisões difíceis por conta própria sobre quais pacientes precisam mais dos aparelhos. Uma das soluções a serem consideradas por alguns hospitais foi tentar construir seus próprios ventiladores em parceria com departamentos de engenharia de universidades. A questão é que isso nunca foi feito antes.

Por fim, os médicos recebem anos de treinamento antes de serem considerados capazes de operar ventiladores mecânicos em situações de vida ou morte. Portanto, mesmo que as fabricantes milagrosamente descubram uma maneira de entregar toda a quantidade de aparelhos solicitada pelos hospitais, eles ainda podem ter dificuldades em encontrar profissionais qualificados para manejá-los.

[New York Times]

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PlayStation 5: as especificações técnicas do próximo console da Sony

Posted: 18 Mar 2020 12:18 PM PDT

Logo do PlayStation em estande da Sony

O PlayStation 5 está programado para ser lançado até o final deste ano, antes do período de festas. Aos poucos, a Sony vai liberando detalhes do console e o arquiteto de sistema da Sony, Mark Cerny fez uma transmissão pela internet para apresentar novidades – o pessoal do Eurogamer publicou detalhes extensos do hardware do videogame e pelo jeito o PS5 vai ser muito poderoso.

De bate pronto, essas são as especificações:

  • CPU: 8x Zen 2 núcleos a 3.5GHz (com frequência variável);
  • GPU: 10.28 TFLOPs, 36 unidades computacionais a 2.23GHz (frequência variável);
  • Arquitetura da GPU: RDNA 2 Customizada;
  • Memória/Interface: 16GB GDDR6/256-bit;
  • Banda de Memória: 448GB/s;
  • Armazenamento Interno: 825GB SSD Customizado;
  • IO Throughput (velocidade de transferência de dados): 5.5GB/s (Sem compressão), Geralmente 8-9GB/s (Comprimido);
  • Armazenamento Expansível: Slot NVMe SSD;
  • Armazenamento Externo: Suporte a USB HDD;
  • Drive Óptico: 4K UHD Blu-ray.

Os números não ficam muito atrás daquilo que a Microsoft anunciou no começo desta semana para o Xbox Series X. Enquanto o produto da Microsoft tem 12 TFLOPs, o PS4 virá com 10.28 TFLOPs.

Os TFLOPs são a abreviação para teraflops, o número médio de cálculos com ponto flutuante que um dispositivo pode fazer. Para nós, consumidores, é uma maneira de traduzir a potência do produto.

O arquiteto de sistema da Sony, Mark Cerny, diz que as pessoas não devem focar nesse número, já que não seria um indicador confiável de performance – vale notar que o pessoal da Microsoft também disse isso, então não parece ser um blefe.

A carta na manga da Sony pode ser uma tecnologia chamada “Boost” que irá ajustar o uso de CPU e GPU conforme a necessidade dos jogos – isso quer dizer que os desenvolvedores poderão ajustar bastante a performance dos games.

O console também terá a tecnologia ray-tracing, uma das maiores expectativas dessa nova geração. E ela terá suporte direto do hardware, o que deve aumentar e muito a performance.

Cerny também focou bastante no fato de o PS5 ter um SSD. Segundo ele, era um dos itens mais solicitados pelos desenvolvedores e que será combinado com uma biblioteca de software para comprimir dados e ter mais desempenho.

Parece que a briga entre PS5 e Xbox Series X vai ser pau a pau no quesito desempenho. Historicamente, a Sony leva a melhor nos títulos exclusivos, mas a Microsoft não tem ficado para trás nos últimos anos. A corrida pela próxima geração de consoles definitivamente já começou – e vamos ver videogames mais parecidos com computadores poderosos.

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Cai o número de sites com malware, enquanto phishing triplica

Posted: 18 Mar 2020 11:30 AM PDT

Nos últimos anos, vimos uma série de novas ameaças digitais surgirem. O WannaCry, por exemplo, chamou bastante atenção pela amplitude que alcançou e pelo estrago que foi capaz. Porém, esse não é o tipo de perigo que vem crescendo. Um levantamento do Google mostra que o número de páginas com malwares (sejam ransomware, spyware, vírus, worms, cavalos de Troia, etc) caiu, enquanto que os golpes de phishing triplicaram.

Para quem não está familiarizado, o phishing é um dos métodos mais confiáveis ​​que um possível invasor pode usar para acessar suas contas digitais ou até mesmo sua conta bancária. Geralmente, são aquelas páginas falsas que se parecem muito com as verdadeiras – quando você clica num link desses e tenta fazer um login, por exemplo, as suas credenciais podem acabar nas mãos de criminosos.

De acordo com o levantamento do Google, nos últimos três anos, o número de sites identificados como potenciais causadores de ataques de phishing mais que triplicou. Boa parte dessas ameaças chegam direto no e-mail.

Entre janeiro de 2017 e 2020, o serviço Navegação Segura do Google observou o número de sites com phishing ir de 578,7 mil para 1,8 milhão. No mesmo intervalo, sites identificados como perigosos por conter malware caíram de 515,7 mil para apenas 23,5 mil.

Gráfico mostra crescimento de sites de phishing e queda de malware

A gigante das buscas identifica essas páginas não seguras ao examinar bilhões de URLs, softwares e conteúdos. Recentemente, o Google Chrome ganhou uma série de recursos de segurança, como um monitoramento ativo de sites inseguros e alertas em tempo real de phishing.

A companhia lançou ainda um teste que “treina” as pessoas a identificarem páginas com potenciais ataques de phishing. São 8 perguntas que mostram mensagens recebidas e pedem para você indicar se são verdadeiras ou um golpe. Depois de escolher a resposta, a página mostra como você pode identificar cada um dos casos. Faça o teste neste link.

O Google também reuniu algumas dicas para se proteger:

  • Sempre desconfiar de um remetente desconhecido.
  • Ofertas “boas demais” para serem verdadeiras, geralmente não são verdadeiras
  • Nunca confiar em anexos. Verificar duas vezes antes de clicar. PDFs não solicitados e/ou de fontes desconhecidas podem esconder códigos maliciosos
  • Verificar a autenticidade de um site antes de inserir seus dados de identificação.
  • Verificar se o site possui HTTPS (conexão segura) antes de inserir seus dados
  • Criar diferentes senhas para cada conta de e-mail que possuir

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Descoberta em túmulo revela prática ancestral de polo com burros

Posted: 18 Mar 2020 11:04 AM PDT

Arqueólogos na China desenterraram uma tumba pertencente a uma mulher nobre do século 9 que foi enterrada ao lado de seus burros, que ela provavelmente montou enquanto brincava de uma versão antiga do polo.

Uma nova pesquisa publicada esta semana na Antiquity descreve o túmulo de Cui Shi, uma nobre chinesa imperial que morreu em 878. Seu túmulo foi encontrado há oito anos em Xi’an, na China, e parece ter sido muito saqueado. Felizmente, alguns pedaços de pouco valor foram deixados no túmulo, incluindo um epitáfio de pedra que identificou o túmulo como pertencendo a Cui Shi, esposa de um estimado governador.

Para surpresa dos arqueólogos, esse membro de elite da sociedade foi enterrado ao lado de três burros, o que, segundo os pesquisadores, é a primeira evidência física de polo com burro que remonta a esse período. Os textos da Dinastia Tang (618 a 907 d.C.) descrevem o uso de burros para esse esporte antigo, mas faltavam evidências arqueológicas até agora. O novo artigo foi liderado por Songmei Hu, da Academia de Arqueologia Shaanxi, em Xi’an, China.

(a) e (b) figuras de cerâmica de burro encontradas anteriormente em Xi’an; (c) desenho da Dinastia Tang de burros usados ​​para transporte. Imagem: S. Hu et al., 2020/Antiquity

Os burros eram um recurso crítico nos tempos antigos, permitindo o comércio e o transporte de mercadorias (tanto para o comércio quanto para os militares), além de serem utilizados nas fazendas. Quanto ao seu uso em atividades de entretenimento e lazer, pouco se sabe. A nova pesquisa é importante, pois destaca um papel raro e incomum desempenhado por burros na China Imperial, além de fornecer um vislumbre da vida de mulheres imperiais chinesas de alto status.

Além disso, o uso desses animais como bens funerários indica também um potencial papel espiritual dos burros. Os animais foram enterrados ao lado de Cui Shi “para que eles pudessem acompanhar seu espírito até a vida após a morte”, segundo a nova pesquisa. Para os chineses imperiais, os burros eram muito mais do que apenas animais de carga.

O polo é tradicionalmente jogado com cavalos, e o passatempo remonta à antiga Pérsia (hoje Irã) e ao Império Parta (entre 247 aC e 224 dC), segundo os pesquisadores. O esporte acabou se espalhando para o centro da China e o platô tibetano no século VII.

Xi’an era a capital e um importante centro cultural e econômico da dinastia Tang. Os burros tiveram um papel significativo como animais de carga, mas os cidadãos às vezes os usavam para o esporte de polo com burro, conhecido como Lvju na China Imperial.

"Considerado um esporte de prestígio, e originalmente importante para o treinamento de cavalaria, o polo era praticado com cavalo pelos militares e pela corte de Tang em Xi’an, e era estimado por muitos imperadores Tang", escreveram os autores. "O jogo, no entanto, era perigoso e ocasionalmente fatal, como atesta a morte do imperador Muzong (reinou em 821–824). O polo de burro, que usava animais menores e mais firmes do que cavalos, tornou-se um esporte alternativo favorito para mulheres da elite e indivíduos mais velhos, bem como para os menos abastados".

Artefatos encontrados no túmulo: (a) estribo, (b) epitáfio de pedra, (c) e (d) ossos de animais. Imagem: S. Hu et al., 2020/Antiquity

A tumba de Cui Shi era feita de tijolos e apresentava uma entrada, um corredor e uma única câmara funerária. Além do epitáfio de pedra, os arqueólogos encontraram um estribo de chumbo e paredes decoradas com figuras representando servos e músicos. Os restos de quatro bovinos também foram encontrados no túmulo, além dos três esqueletos de burros.

Os textos escritos da época descrevem Cui Shi, que morreu aos 59 anos, e seu marido, Bao Gao, governador de dois distritos e ávido jogador de polo com cavalo. Bao Gao já havia sido promovido pelo imperador uma vez a participar de uma partida importante e até perdeu um olho no jogo, mostrando o quão perigoso o esporte realmente era e por que algumas pessoas optavam por jogar com um burro em vez de cavalos, escreveram os autores no artigo.

A análise mostrou que todos os três burros tinham mais de seis anos quando morreram, o que significa uma idade adequada para o esporte. Além disso, eles eram um pouco subdimensionados em comparação com aqueles usados ​​para transporte. A datação por radiocarbono colocou os animais no mesmo período que Cui Shi. Os burros foram "enterrados ao mesmo tempo que o ocupante da tumba, embora não possamos ter certeza de que os burros foram usados ​​pela própria Cui Shi", escreveram os autores do estudo, acrescentando que é improvável que os burros tenham sido adicionados à tumba em uma data posterior.

Secções transversais de ossos de burro encontrados no túmulo, especificamente no úmero. Imagem: S. Hu et al., 2020/Antiquity

Os cientistas também mediram a quantidade de estresse biomecânico exercido sobre os ossos dos burros ao longo de suas vidas, ou seja, o eixo do úmero. Os autores levantaram a hipótese de que “se esses burros fossem usados ​​para o polo, a geometria do eixo seria mais parecida com a dos burros selvagens, com locomoção caracterizada por aceleração, desaceleração e curvas, em vez da marcha mais lenta e constante dos burros de carga”.

Os resultados mostraram um padrão consistente com curvas fechadas, incluindo os tipos vistos no polo. Além disso, os padrões eram inconsistentes com os vistos em burros selvagens ou domésticos, incluindo aqueles usados ​​para transportar cargas pesadas. Dito isto, os pesquisadores realmente não tinham nada para comparar suas amostras, já que os burros não são mais usados ​​para polo, então eles alertam que essa parte de sua análise não é totalmente conclusiva.

Ainda assim, dado o conjunto completo de evidências, os autores concluem que Cui Shi usou burros para praticar esportes, não para transporte, e que os animais foram incluídos em seu túmulo para garantir que ela continuasse a jogar polo na vida após a morte.

É sempre bom quando evidências arqueológicas físicas são encontradas para corroborar textos escritos. Dito isto, mais evidências podem reforçar ainda mais algumas das alegações feitas no estudo, como os burros sendo usados ​​para polo e que Cui Shi era uma praticante de pólo com burro.

Ainda assim, a ideia de nobres chineses vestidos de forma sofisticada e sentados em cima de burros enquanto empunham bastões de polo é bem legal.

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Novo MacBook Air dobra armazenamento e tem preços que começam em R$ 10.299

Posted: 18 Mar 2020 09:44 AM PDT

MacBook Air 2020

O último MacBook Air lançado é de 2018, e ele não chegou a impressionar muito as pessoas. Nesta quarta-feira (18), juntamente com um novo iPad Pro, a Apple atualizou sua linha de laptops finos com bons recursos, como o dobro de armazenamento na versão mais simples (256 GB), um novo mecanismo de teclado (que não deve travar como nas versões anteriores) e novos processadores Intel Core de 10ª geração, que prometem o dobro de desempenho.

Para começar, a Apple segue o jeitão do modelo anterior oferecendo apenas opções com tela de 13,3 polegadas Retina, TouchID para desbloqueio do computador e operações financeiras com Apple Pay, 8 GB de RAM e placa integrada de vídeo Intel Iris Plus Graphics, que a Apple diz ser 80% melhor que do modelo de 2008. O número de portas continua o mesmo: duas Thunderbolt 3 com formato USB-C.

A novidade é que não tem mais a versão com armazenamento de 128 GB. A versão mais simples já começa com SSD de 256 GB, enquanto a mais sofisticada tem SSD de 512 GB.

O novo MacBook Air vem com opção de processador Intel Core i3 de 10ª geração com dois núcleos e 1,1 GHz (com turbo boost de até 3,2 GHz) e Intel Core i5 de 10ª geração com quatro núcleos e 1,1 GHz (com turbo boost de 3,5 GHz).

Infelizmente, a Apple, aparentemente, não quis apostar nos processadores Ice Lake e resolveu continuar com a linha Kaby Lake, que geralmente tem velocidade de CPU semelhante, mas que perde em desempenho de GPU com a Ice Lake.

Sobre o teclado, a companhia diz que é o mesmo usado no MacBook Pro de 16 polegadas lançado no ano passado. A Apple diz que o mecanismo tesoura foi redesenhado de modo que o key travel é de 1 mm — é a distância da tecla em modo não pressionado até ser acionada. Isso proporciona certo conforto na digitação e foi algo que o Gizmodo US elogiou bastante no teclado no MacBook Pro de 2019.

Detalhe do teclado do MacBook Air 2020
Comparado com modelo de 2018, teclas direcionais do MacBook Air 2020 são um pouco menores. Crédito: Apple

No Brasil, o modelo com Intel Core i3 e 256 GB de armazenamento tem preço sugerido de R$ 10.299, já o modelo com Intel Core i5 e 512 GB de armazenamento custa R$ 13.299. A Apple ainda não deu detalhes da disponibilidade dos computadores.

Mac Mini também foi atualizado

O Mac Mini também recebeu uma atualização. Basicamente, o armazenamento do computador portátil da Apple dobrou. O modelo de 256 GB custa US$ 800, enquanto o de 512 GB custa US$ 1.100. No Brasil, eles custam R$ 7.899 e R$ 10.899, respectivamente.

Quanto às outras características, o “gabinete” portátil da Apple tem opção processador Intel Core i3 de quatro núcleos e 3,6 GHz e Intel Core i5 de seis núcleos e 3 GHz, 8 GB de RAM em todos os modelos e chip gráfico Intel UHD Graphics 630.

Além disso, ele conta com quatro portas Thunderbolt 3 (USB-C), porta Ethernet, duas portas USB 3.0, porta HDMI e entrada para fone de ouvido de 3,5 mm.

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Bug faz Facebook bloquear informações sobre o coronavírus

Posted: 18 Mar 2020 08:40 AM PDT

Logotipo do Facebook com a silhueta de um homem

As ferramentas automatizadas de moderação do Facebook enlouqueceram e censuraram toneladas de publicações sobre a pandemia de coronavírus e outros tópicos na terça-feira à noite, impedindo os usuários de compartilhar artigos de fontes de notícias legítimas.

Após o ex-chefe de segurança do Facebook Alex Stamos tuitou que os erros poderiam ser "o início da [aprendizagem de máquina] enlouquecendo com menos supervisão humana", o atual vice-presidente de integridade Guy Rosen respondeu que "um bug em um sistema anti-spam" era o culpado.

Ele também negou as especulações de que o problema estava relacionado ao surto de coronavírus que teria causado a escassez de moderadores humanos nos escritórios. (O Facebook disse que pagaria US$ 1.000 pelo trabalho home office em tempo integral para lidar com condições de emergência, mas os funcionários terceirizados que trabalham em seus sistemas de moderação só são elegíveis para pagamento contínuo.)

"Nós estamos trabalhando nisso – é um bug em um sistema anti-spam, sem relação com qualquer mudança na nossa força de trabalho de moderação de conteúdo", escreveu Rosen. “Estamos no processo de consertar e trazer todas essas postagens de volta”.

Mais tarde na terça-feira à noite, ele tuitou que o problema não era específico ao conteúdo relacionado ao coronavírus, acrescentando que isso deveria ser corrigido e que todas as postagens erroneamente sinalizadas como spam deveriam ser restauradas. No entanto, outros usuários do Twitter responderam que os problemas ainda permanecem.

As capturas de tela postadas no Twitter e em outros lugares mostraram que o sistema estava informando os usuários: “Sua postagem é contrária à nossa diretriz de Padrões de Comunidade em relação a spam”. O Facebook havia admitido anteriormente que a disseminação do coronavírus nos EUA poderia sobrecarregar as habilidades de suas ferramentas automatizadas.

Tradução: Facebook, seu sistema de revisão está totalmente quebrado – Essa é a terceira vez em duas semanas que vejo “VAI CONTRA NOSSOS PADRÕES DE COMUNIDADE” por compartilhar uma publicação de um veículo reconhecido.
Tipo essa? Um post da Upworthy sobre a Geração X com uma foto do filme Clube dos Cinco? Quê? E as outras são parecidas.

Tradução: Mais alguém está tentando publicar post sobre a pandemia e sendo barrado pelo Facebook por considerar como spam?


Captura de tela: Facebook

Como o TechCrunch observou, a enorme escala do Facebook significa que ele desempenha um papel central na transmissão de informações sobre o surto. Problemas em sistemas automatizados podem, portanto, ter um impacto maior do que como de costume, com grandes interrupções na vida cotidiana e preocupação de que a situação possa piorar em todo o mundo.

O Facebook alegou estar lutando contra a desinformação em sua plataforma sobre o vírus e a doença que causa, o COVID-19, além de restringir anúncios falsos de produtos que oferecem uma cura. Também proibiu os anúncios de máscaras, depois que a escassez resultou em um aumento generalizado dos preços.

Nesta semana, a empresa assinou um compromisso conjunto para impedir a disseminação de informações falsas com Google, LinkedIn, Microsoft, Reddit, Twitter, YouTube, mas o histórico ruim do Facebook em moderar efetivamente sua plataforma não é exatamente um grande presságio de como ele irá lidar com a enxurrada de desinformação sobre coronavírus que já está se espalhando.

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Japonês que ameaçava disseminar intencionalmente o coronavírus morreu

Posted: 18 Mar 2020 07:08 AM PDT

Rua da área de Ginza, em Tóquio (Japão), em foto de 15 de março de 2020. Crédito: Getty Images

Um japonês de 57 anos que contraiu o novo coronavírus e ameaçou intencionalmente espalhar a doença em espaços públicos morreu, segundo múltiplos meios de comunicação do Japão. O homem, que disse à sua família que ia "espalhar o vírus" ao visitar bares, faleceu em um hospital nesta quarta-feira (18).

O homem, que não foi identificado, testou positivo para COVID-19 na cidade japonesa de Gamagori em 4 de março, e foi a dois bares naquela noite, apesar da advertência das autoridades locais de saúde, solicitando que eles ficasse em casa, segundo o Kyodo News. Uma mulher na casa dos 30 anos que trabalha em um dos estabelecimentos testou positivo para o vírus em 12 de março.

Ele ainda pegou um táxi e ficou quase 15 minutos no primeiro bar que ele visitou em 4 de março, e 40 minutos no segundo bar. Aliás, neste segundo estabelecimento, um pub filipino, é onde o homem intencionalmente tocou uma mulher ao colocar o braço dele sobre ela, informa o Kyodo News. O homem também cantou no karaokê naquela noite.

Como boa parte dos casos do COVID-19, segundo relatos, ele estava assintomático quando estava bebendo e só fez o teste para a condição porque seus pais tinham sido infectados. Então, por que será que ele foi enviado para casa em vez de ficar no hospital em 4 de março, quando houve o diagnóstico? A enfermaria local de doenças infecciosas da província de Aichi estava supostamente cheia e pediram que o paciente voltasse para casa e se auto-isolasse. Aichi tem o segundo maior número de casos no Japão, contabilizando pelo menos 125 contaminados, de acordo com o Strait Times.

O pub filipino imediatamente reportou a presença do homem para as autoridades locais de saúde após ele ter confidenciado ter a doença a um funcionário, e o bar foi fechado na sequência para uma limpeza completa. O homem teria sido hospitalizado em 5 de março depois de sair à noite e morreu nesta quarta.

O Japão teve vários relatos de pessoas exibindo comportamento anti-social durante a pandemia global, incluindo um homem de 44 anos que foi preso na semana passada por fingir ter a doença e tossir perto de outras pessoas. Um homem de 54 anos de idade, na cidade japonesa de Kiryu, também foi preso na segunda-feira depois de ameaçar as pessoas em um trem e dizer a elas que tinha coronavírus. Acontece que ele estava bêbado.

O Japão está conduzindo uma média de 1.190 testes para COVID-19 por dia, aproximadamente um sexto da capacidade do país, de acordo uma reportagem do Japan Times. E, embora sejam muito mais testes do que vários países do mundo, é provável que isso oculte a extensão da doença no Japão. Atualmente, o país tem 882 casos confirmados de COVID-19 e 29 mortes, sem incluir os casos do cruzeiro Diamond Princess que anteriormente estava ancorado em Yokohama.

No Brasil, temos apenas duas mortes confirmadas, no entanto, uma delas era de um paciente infectado, mas que não foi notificado para as autoridades. Isso somado ao fato de as autoridades fazerem apenas testes em pessoas suspeitas pode fazer com que a verdadeira extensão da doença pelo País seja desconhecida. O Japão, que tem uma grande população de idosos, enfrente semanas difíceis à frente, enquanto tenta lidar com uma doença que mata desproporcionalmente os idosos.

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Cada vez mais laptop, iPad Pro chega ao Brasil com preços partindo de R$ 8.499

Posted: 18 Mar 2020 06:51 AM PDT

Novo iPad Pro

Falávamos ontem que o iPad Pro não recebia uma grande atualização desde outubro de 2018 e era provável um lançamento em breve. Só não esperávamos que esse lançamento fosse acontecer agora, em meio a crise do coronavírus. É um anúncio discreto, mas está aí: a Apple revelou o seu novo modelo de iPad Pro.

O destaque fica para o conjunto de câmeras renovado, que conta agora com uma lente ulta-wide com sensor de 10 megapixels e um scanner LiDAR para leitura de profundidade – além do sensor principal convencional de 12 megapixels. O tablet é capaz de fazer gravações em 4K e a companhia adicionou ainda um microfone com “qualidade de estúdio”.

A Apple destaca em seu anúncio que o iPad Pro é o “melhor dispositivo para realidade aumentada”. O scanner LiDAR faz a leitura de objetos que estão até 5 metros de distância e funciona para ambientes internos e externos. Esse tipo de sensor, inclusive, tem a mesma tecnologia utilizada em carros autônomos – ele funciona ao medir as propriedades da luz refletida pelos objetos e calcular sua distância e profundidade.

Novo iPad Pro e suas capacidades de realidade aumentada

Os aplicativos que usam o ARKit se beneficiam automaticamente do sensor e responderão mais rápido às leituras. A Apple exemplifica que o seu aplicativo de Medidas, por exemplo, vai permitir calcular mais rapidamente a altura de uma pessoa, por exemplo.

A tela ainda é a Liquid Retina (LCD) e parece que vai demorar mais um tempo até que adotem a tecnologia de mini-LEDs que vem sendo ventilada há alguns meses. Há opções do iPad Pro de 11 e 12,9 polegadas – ambas com taxa de atualização de 120 Hz.

O produto virá com o processador A12Z Bionic que, segundo a empresa, é mais veloz do que a maioria dos laptops Windows e é capaz de lidar com todos tipos de tarefas pesadas, incluindo a edição de vídeos em 4K.

iPad Pro e o novo Magic Keyboard

Junto com o novo iPad Pro, a Apple anunciou uma nova geração do Magic Keyboard. Ele se conecta magneticamente ao tablet e tem uma dobradiça que permite ajustar a altura da tela em até 130 graus. É quase um acessório obrigatório se você quiser usar o iPad Pro como um substituto do notebook. Ele tem retroiluminação e um trackpad, o que nos leva a uma novidade a nível de software. O iPadOS 13.4 agora oferece suporte à trackpads – em vez de um cursos tradicional de computador, o usuário verá uma bolinha que indicará a posição do toque.

O novo iPad Pro já está disponível na Apple Store online. A versão de 11 polegadas começa em R$ 8.499 e o modelo de 12,9 sai a partir de R$ 10.499 – para os modelos com 128 GB de armazenamento.

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Softbank tenta se esquivar de pagar US$ 3 bilhões que poderia salvar WeWork

Posted: 18 Mar 2020 06:18 AM PDT

Masayoshi Son, CEO e fundador da SoftBank, durante apresentação

O conglomerado japonês SoftBank está tentando recuar de parte do plano para salvar a startup WeWork. As informações são do Wall Street Journal que teve acesso a investigações do Departamento de Justiça e da Comissão de Valores Mobiliários e Câmbio dos EUA sobre as as práticas comerciais da empresa de coworking.

De acordo com o WSJ, o SoftBank enviou um aviso aos investidores do WeWork alertando que talvez não precisará comprar US$ 3 bilhões em ações da startup – e isso inclui os US$ 970 milhões em ações detidas pelo ex-CEO Adam Neumann. Essa iniciativa, firmada em um contrato, pode injetar grana no WeWork e evitar a falência iminente.

Neumann foi forçado a sair da empresa no ano passado, após uma tentativa fracassada de oferta pública inicial (IPO) e alegações de má conduta e má gestão, que vão desde autonegociação à discriminação. Desde então, o CEO do SoftBank, Masayoshi Son, tem admitido reservadamente que seu investimento no WeWork foi um fracasso.

Os US$ 5 bilhões restantes da injeção de liquidez do SoftBank ainda não foram afetados, segundo o WSJ, e a gigante dos investimentos não revelou diretamente que a compra de ações no valor de US$ 3 bilhões foi cancelada.

O SoftBank poderia tentar negociar um acordo melhor ou simplesmente estar tentando adiar a compra pelo maior tempo possível, já que os mercados estão instáveis em meio ao surto do novo coronavírus que tem provocado temores de uma grande recessão.

Tanto a CNBC quanto o Financial Times confirmaram a notícia de que o SoftBank enviou uma carta avisando que poderia reverter os seus planos. O Financial Times observa que o valor da SoftBank caiu 38% só no mês passado.

No entanto, o jornal consultou dois advogados “que redigiram acordos semelhantes ao que o SoftBank assinou com o WeWork”, e ambos disseram que seria muito difícil para o conglomerado japonês renegar os planos.

Antes da avaliação da WeWork realizada pelo SoftBank ter caído de US$ 47 bilhões no ano passado para apenas US$ 8 bilhões durante o processo de injeção de liquidez, a WeWork se colocou como uma empresa de tecnologia revolucionária e não como uma empresa imobiliária comercial – o que seria mais adequado.

Esse setor tem sido duramente atingido à medida que milhões de trabalhadores passam a trabalhar em casa. A coisa pode ficar ainda mais feia se empregadores e empregados perceberem que o trabalho remoto não é uma ideia tão ruim.

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Spotify Kids chega em fase de testes para usuários brasileiros

Posted: 18 Mar 2020 06:08 AM PDT

Se você tem filhos, irmãos ou é próximo de alguma criança, provavelmente já passou (talvez, ainda passe) pela experiência de estar ouvindo tranquilamente suas músicas até que uma canção da Galinha Pintadinha surge em sua playlist. É difícil manter os algoritmos alinhados com suas preferências quando você utiliza a sua conta para entreter um indivíduo de 4 anos de idade.

Mas parece que agora o Spotify tem a solução para isso, já que a plataforma está lançando a versão Kids do aplicativo para os assinantes do plano Premium Família – o que significa que não há anúncios. Segundo a empresa, essa opção ainda está em fase de teste e foi desenvolvida para crianças a partir de 3 anos, priorizando a segurança e a privacidade desses jovens usuários.

Spotify Kids

Ainda de acordo com o Spotify, os conteúdos dos perfis Kids são escolhidos pelos editores da plataforma, a fim de garantir que eles sejam adequados para a idade dos ouvintes. Assim, além de evitar que os pequenos tenham contato com áudios indesejados, o app também permita que os pais escolham entre "Áudio para crianças mais novas" e "Áudio para crianças mais velhas". Afinal, alguém de 12 anos provavelmente não tem os mesmos gostos musicais que uma criança de 6 anos.

O Spotify afirma que essa ainda é uma versão beta do novo aplicativo e que a ideia é aprimorá-lo com o tempo a partir de insights de pais, cuidadores e especialistas. O Spotify Kids já está disponível para iOS e Android.

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Podemos ficar otimistas com o primeiro teste de vacina contra o coronavírus?

Posted: 18 Mar 2020 04:15 AM PDT

Na segunda-feira (16), os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NIH) anunciaram que haviam iniciado o primeiro teste em humanos de uma possível vacina contra o SARS-CoV-2, o coronavírus por trás do COVID-19. A primeira participante recebeu a injeção naquele mesmo dia. Mas, embora este teste, com base em Seattle, seja uma boa notícia, ainda levará muito tempo e muita sorte para que qualquer vacina chegue à população.

A vacina experimental é conhecida, por enquanto, como mRNA-1273. Ela foi criada por meio de uma colaboração entre o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID) do NIH e a empresa de biotecnologia Moderna, cuja sede fica em Cambridge, Massachusetts.

Embora o NIH esteja financiando o teste em si, um financiamento adicional para a fabricação da vacina foi fornecido pela Coalition for Epidemic Preparedness Innovations (CEPI), uma fundação iniciada em 2017 pela Fundação Bill e Melinda Gates e outros parceiros especificamente para financiar a pesquisa de vacinas para doenças infecciosas emergentes, como é o caso da COVID-19.

Este é um ensaio clínico de Fase 1, o que significa que os cientistas estão interessados ​​principalmente em testar a segurança do mRNA-1273 em pessoas saudáveis ​​e se ele traz efeitos colaterais perigosos. Quantidades diferentes da vacina serão dadas às pessoas para medir a dose que é mais eficaz em segurança.

Embora os pesquisadores provavelmente monitorem coisas como a resposta imune ao coronavírus de voluntários, esses resultados por si só não podem nos dizer se a vacina funcionará. No total, o estudo envolverá 45 voluntários com idades entre 18 e 45 anos, recrutados por um período de seis semanas, que tomarão duas doses com um mês de intervalo e serão monitorados durante o próximo ano.

“Encontrar uma vacina segura e eficaz para prevenir a infecção pelo SARS-CoV-2 é uma prioridade urgente da saúde pública”, disse Anthony S. Fauci, diretor do NIAID, em comunicado divulgado pelo NIH. “Este estudo de Fase 1, lançado em velocidade recorde, é um primeiro passo importante para alcançar esse objetivo.”

Partículas virais do SARS-CoV-2, o vírus por trás do COVID-19, vistas usando um microscópio eletrônico de transmissão em uma amostra colhida de uma pessoa. Imagem: C.S. Goldsmith e A. Tamin/CDC

Outras tentativas

Alguns cientistas criticaram como essa velocidade recorde foi alcançada. A vacina candidata da Moderna não passou pelo tipo de testes em animais pelos quais drogas e vacinas experimentais normalmente passam. Tratamentos experimentais não são legalmente obrigados a passar por testes em animais, mas desrespeitar essas regras tácitas — mesmo em tempos de crise — pode definir um mau precedente no futuro ou até mesmo colocar em risco a vida das pessoas.

Tentativas anteriores de criar vacinas contra outros coronavírus, como o causador da SARS, tropeçaram porque provocaram uma reação exagerada pelo sistema imunológico em animais de teste — a exposição ao vírus na natureza poderia, na verdade, deixar os animais vacinados ainda mais doentes. Embora as vacinas mais recentes devam ter resolvido teoricamente esse problema, testes em animais ajudariam a descartar essa possibilidade.

Ainda há questões remanescentes sobre a abordagem que a Moderna usou em sua vacina, que se baseia em algo chamado RNA mensageiro, ou mRNA. As vacinas de mRNA trabalham programando células no corpo para produzir um antígeno específico para o germe alvo; esse antígeno inicia o sistema imunológico para reconhecer e atacar o germe. Isso contrasta com a vacina convencional, que se baseia no uso de pelo menos parte do patógeno (possivelmente modificado) para treinar o sistema imunológico.

Em teoria, as vacinas de mRNA devem ter suas vantagens sobre os tipos mais antigos de vacinas, com a esperança de que sejam mais fáceis, baratas e rápidas de produzir em massa e possam ser adaptadas a uma ampla variedade de doenças. Mas, na prática, nenhuma vacina desse tipo foi aprovada por nenhum governo, com a maioria das candidatas ainda em desenvolvimento inicial. Em outras palavras, a tecnologia por trás das vacinas de mRNA ainda não passou por testes maiores.

Mesmo que a vacina de Moderna não funcione, ela não é a única em potencial a ser testada pelo governo dos EUA e outros. Mais de meia dúzia de candidatas estão em desenvolvimento, incluindo uma de Peter Hotez, reitor da Escola Nacional de Medicina Tropical da Baylor College of Medicine, no Texas, e sua equipe.

“Estou mais otimista em relação à nossa vacina, porque ela usa uma tecnologia estabelecida que levou ao licenciamento de outras vacinas, incluindo hepatite B e HPV”, disse Hotez ao Gizmodo, referindo-se à abordagem de sua equipe de modificar uma proteína-chave retirada do vírus. Uma versão de sua vacina já foi testada em animais com sucesso, embora seja uma vacina contra a SARS, não contra o coronavírus causador da COVID-19, que é bem parecido.

Qualquer que seja o resultado desses testes, eles não serão de ajuda imediata. Nós teremos que nos preparar para suportar o COVID-19 da melhor forma possível até lá.

“Em qualquer caso, todas essas vacinas precisam ter sua eficácia e segurança cuidadosamente avaliadas, o que pode facilmente levar de um a dois anos, como disse o Dr. Fauci”, completa Hotez.

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