segunda-feira, 23 de março de 2020

Gizmodo Brasil

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“Sonic: O Filme” tem lançamento nas plataformas digitais antecipado para 31 de março

Posted: 22 Mar 2020 03:04 PM PDT

O impacto do coronavírus tem feito as empresas de mídia se adaptarem como podem. Uma grande mudança é que, por causa disso, os lançamentos digitais têm muito mais chances de chegar mais rápido, o que acontece as receitas de bilheteria tendem a cair muito.

O mais recente a adotar este caminho é Sonic: O Filme, que vai correr para chegar bem mais cedo do que o planejado nas plataformas digitais. Conforme relatado pelo Nerdist, a Paramount anunciou que o lançamento digital será em 31 de março, daqui a pouco mais de uma semana. Esta versão incluirá, além do filme (que é bastante divertido), algumas cenas excluídas, erros de gravação, um novo curta e outros recursos especiais.

Contrariando expectativas, o filme do Sonic é surpreendentemente agradável. O longa conseguiu capturar o espírito do personagem: frenético, sarcástico, um pouco absurdo e totalmente maravilhoso. Ben Schwartz está muito bem no papel do ouriço azul, e o filme também traz Jim Carrey em sua melhor performance desde os anos 90, em termos de pura palhaçada. James Marsden também tem uma boa participação.

O lançamento de Sonic: O Filme em mídias físicas ainda está previsto para 19 de maio.

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Para ajudar cinemas fechados por causa de coronavírus, distribuidora lança sessões virtuais por streaming

Posted: 22 Mar 2020 01:14 PM PDT

A distribuidora de filmes independentes e de arte Kino Lorber anunciou uma nova iniciativa esta semana. A ideia é exibir os filmes para o público e, ao mesmo tempo, ajudar os cinemas a se sustentarem financeiramente enquanto ficam fechado por causa do coronavírus — assim, todo mundo ganha. Chamado de programa Kino Marquee, a iniciativa usa a plataforma de vídeo sob demanda da empresa, a Kino Now, para criar sessões virtuais em colaboração com os cinemas participantes.

“É claro que queríamos encontrar uma maneira de manter nossos lançamentos, mas também queríamos fazer isso de uma maneira que também beneficiasse nossas salas parceiras”, disse Wendy Lidell, vice-presidente sênior de distribuição em cinemas da Kino Lorber, em uma declaração à imprensa. “Queremos ajudar a garantir que esses cinemas possam reabrir suas portas depois que a crise passar.”

As salas de cinema em todo o mundo estão fechando por causa da pandemia do novo coronavírus. É compreensível, já que, com as limitações de reuniões públicas, quarentenas obrigatórias e ampla adoção de práticas de distanciamento social, muitas sessões ficariam vazias. Vários estúdios importantes, como Disney e Universal, resolveram parcialmente metade do problema, levando seus filmes a serviços de streaming ou adiando lançamentos em salas. Mesmo assim, analistas preveem que as receitas de bilheteria reduzidas podem totalizar uma perda de US$ 5 bilhões para a indústria.

Eis como funciona. Primeiro, você compra seu “ingresso” virtual para uma sessão de cinema na página do Kino Marquee. Depois, você recebe um link para uma “sala” de exibição online no Kino Now. Este link só pode ser acessado por titulares de ingressos. Cada ingresso vale por cinco dias.

Interface do Kino Marquee. O ingresso é comprado em um cinema específico. O serviço não está disponível no Brasil.

Os próprios cinemas lidam com todos os esforços promocionais para divulgar essas exibições, e o desempenho online determina o tempo em cartaz de cada filme. A receita da venda de ingressos é dividida com o distribuidor. Em resumo, é uma simulação de ir ao cinema sem ter que ir fisicamente ao cinema (e possivelmente espalhar ou pegar um vírus mortal).

Embora a Kino Lorber tenha dito originalmente que pretendia ampliar esse programa “em resposta à demanda do mercado” nas próximas semanas, uma série de respostas positivas parece estar acelerando significativamente esse cronograma.

Treze cinemas assinaram o projeto quando ele foi lançado na quinta-feira, todos comprometidos em exibir virtualmente o mais novo lançamento da empresa nos EUA, o brasileiro Bacurau. Desde então, esse número subiu para 50 cinemas participantes em mais de vinte de estados americanos — você pode encontrar a lista completa aqui.

No momento, a Kino Lorber disse que não tem uma data de término prevista para o programa. Enquanto os cinemas permanecerem fechados devido à pandemia, a empresa planeja continuar exibindo seus lançamentos e títulos de catálogo atualmente programados através deste programa online.

É um modelo que eu gostaria que ganhasse o apoio de mais distribuidoras, especialmente para pessoas que não querem ou não podem assinar uma tonelada de serviços de streaming apenas para ver alguns novos lançamentos enquanto estão em quarentena.

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Chip neuromórfico Loihi, da Intel, agora é capaz de reconhecer o cheiro de dez produtos químicos perigosos

Posted: 22 Mar 2020 09:53 AM PDT

O Loihi, um chip neuromórfico experimental desenvolvido pela Intel, aprendeu a cheirar, de acordo com uma matéria publicada recentemente pela PCWorld. A Intel se uniu à Cornell University para treinar o Loihi a reconhecer o cheiro de dez produtos químicos potencialmente perigosos, como acetona, amônia e metano.

Esse nariz artificial parece estar mais próximo do nariz de um cão ou dos detectores portáteis que você pode ter visto em uso pelo Departamento de Segurança Interna dentro de um aeroporto para “cheirar” traços de materiais explosivos. O Loihi, porém, funciona um pouco diferente.

Em vez de tentar detectar os produtos químicos, a Intel e a Cornell estavam modelando o que acontece no cérebro humano quando ele detecta um cheiro com a ajuda de 72 sensores químicos. Em outras palavras, o que sinaliza seu cérebro quando suas células olfativas ou os nervos do nariz são estimulados.

Isso também pode ser útil para detectar certas doenças que, segundo alguns cientistas, têm certos cheiros, como o mal de Parkinson. Existem estudos sobre a capacidade que os cães têm de detectar câncer — talvez, com mais pesquisas, o Loihi possa eventualmente fazer o mesmo.

A Intel afirma que o Loihi pode detectar esses dez produtos químicos mesmo com a presença de “dados ruidosos” ou uma grande quantidade de informações sem sentido.

Digamos que ele esteja tentando cheirar um produto químico específico em um espaço amplo, como um aeroporto cheio de cheiros de perfume, café, comida e malas sujas. Ele poderia acabar coletando dados sobre tudo isso, mas como esses cheiros são dados sem sentido, dá para facilmente ignorar tudo isso, de acordo com a empresa.

Dados ruidosos também podem significar dados corrompidos ou dados que um sistema não pode entender ou interpretar corretamente. Acho que os cães farejadores podem ficar sem emprego daqui a algumas várias gerações.

A Intel desenvolveu o chip Loihi em 2017 com o objetivo de fazê-lo emular o cérebro humano — e parece que ele está a caminho de conseguir fazer exatamente isso. Mas a Intel não é a única atualmente pesquisando computação neuromórfica, que é uma área específica de inteligência artificial (IA). Esta área também está sendo investigada pela IBM, HPE, MIT, Purdue, Stanford e outros.

A empresa também pretende usar sua rede “Pohoiki Springs”, construída a partir de 768 de seus chips neuromórficos Loihi, em várias aplicações diferentes, uma das quais poderia ajudar a combater o covid-19.

Em um comunicado, a companhia disse que, embora a Pohoiki Springs não substitua os sistemas de computação diários, “eles fornecem uma ferramenta para os pesquisadores desenvolverem e caracterizarem novos algoritmos neuro-inspirados para processamento em tempo real, solução de problemas, adaptação e aprendizado”.

Esta rede é capaz de produzir cenários diferentes sobre como o novo coronavírus pode continuar a se espalhar, o que poderia ajudar os cientistas a descobrir a melhor forma de retardá-la ou pará-la completamente.

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Fuligem de incêndios florestais contribuiu para extinção em massa na época dos dinossauros, diz estudo

Posted: 22 Mar 2020 06:43 AM PDT

Conceito artístico de um grande impacto de asteroide

Quando um asteroide gigantesco atingiu a Terra há cerca de 66 milhões de anos, desencadeou um “inverno de impacto” que extinguiu mais de 75% de todas as espécies na Terra. Novas pesquisas sugerem que foi a baixa luz resultante, e não as temperaturas geladas, que conduziram a essa horrível extinção em massa.

O evento da extinção em massa do Cretáceo-Paleógeno foi tão sério que nenhuma espécie terrestre maior do que um rato conseguiu sobreviver – e assim o planeta permaneceu durante centenas de milhares de anos. Foi o impacto desse inverno que causou os danos, pois a atmosfera ficou inundada de poeira, compostos sulfúricos e fuligem, o que causou baixas temperaturas e uma dramática falta de luz solar.

O fator – a baixa luminosidade ou as baixas temperaturas – que mais contribuiu para o impacto desse inverno e para a consequente extinção em massa é motivo de debate. Uma nova pesquisa publicada no periódico Geophysical Research Letters considera a baixa luminosidade – como a causada pela fuligem excessiva na atmosfera – como o fator primário. O novo artigo é de co-autoria do geocientista Clay Tabor, da Universidade de Connecticut, e de seus colegas da Universidade do Colorado e do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica dos EUA.

O método da pesquisa

Para o estudo, os cientistas fizeram múltiplas simulações mostrando como o clima da Terra reagiu à adição de todas essas coisas na atmosfera. Quando o asteroide atingiu o planeta, ele lançou uma quantidade indescritível de material fundido no céu, que caiu como chuva ardente em grande parte do globo. Isso provocou enormes incêndios florestais ao redor do mundo, cujo subproduto era a fuligem. Quanto à poeira e sulfatos, esses elementos vieram da própria colisão, uma vez que os asteroides são repletos de enxofre.

Para criar as simulações, os pesquisadores usaram o Modelo Comunitário do Sistema da Terra (DESM), que é “capaz de simular com precisão o clima atual e tem sido amplamente utilizado para aplicações paleoclimáticas”, de acordo com o estudo.

Consistentes com outras pesquisas, os modelos mostraram que a redução da luz solar causou um arrefecimento global na superfície da Terra. Sim, esse resfriamento foi ruim, admitem os pesquisadores, mas não o suficiente para inclinar a balança para uma extinção em massa.

Quanto ao baixo impacto da luz na biosfera da Terra, isso é outra história. De acordo com os modelos, a fuligem ficou na atmosfera durante um longo período de tempo. E ao contrário da poeira e do enxofre, a fuligem suga os raios do Sol como uma esponja.

“Com base nas propriedades da fuligem e na sua capacidade de absorver eficazmente a luz solar recebida, ela fez um trabalho muito bom para bloquear a luz solar de chegar à superfície”, explicou Tabor em um comunicado de imprensa. “Em comparação com a poeira, que não permaneceu na atmosfera por tanto tempo, e o enxofre, que não bloqueou tanta luz, a fuligem podia realmente bloquear quase toda a luz de chegar à superfície por pelo menos um ano.”

Terra às escuras

Pense sobre isso. A Terra esteve às escuras durante um ano inteiro.

Como resultado, a fotossíntese no planeta caiu para menos de 1% do que era antes do impacto. Isso impediu o crescimento de organismos na base da cadeia alimentar, como plantas fotossintetizadoras, algas e micro-organismos, como o fitoplâncton. O colapso da cadeia alimentar logo se seguiu, dada a importância dessas fontes para outros animais.

“Essa luz baixa parece ser um sinal realmente grande que seria potencialmente devastador para a vida”, disse Tabor. “Parece que essas condições de baixa iluminação são uma explicação provável para uma grande parte da extinção.”

O novo artigo mostra a importância anteriormente subestimada da fuligem na extinção em massa que se seguiu ao impacto de Chicxulub, que aconteceu na Península de Yucatán.

“É interessante que no modelo deles, a fuligem não causa necessariamente um resfriamento muito maior quando comparada a outros tipos de partículas de aerossol produzidas pelo impacto”, explicou Manoj Joshi, professor da Universidade de East Anglia, do Reino Unido, no comunicado à imprensa. “Mas a fuligem faz com que a luz solar de superfície diminua muito mais”, disse Joshi, que não estava envolvido com a pesquisa.

A nova pesquisa aponta tanto para o Ártico quanto para a Antártida como possíveis espaços seguros para a vida durante este período difícil, particularmente as costas polares e os oceanos circundantes. A razão é que estas regiões já passam por períodos periódicos de resfriamento, juntamente com a experiência de períodos prolongados de insolação. Além disso, os organismos nas latitudes mais elevadas já estão bem adaptados às mudanças extremas de temperatura, de acordo com a pesquisa.

Nunca é uma boa ideia atribuir uma única causa a um evento tão dramático. Claramente, o impacto do asteroide desencadeou uma cascata de eventos e, como a pesquisa anterior mostrou, vulcões que irromperam por volta da hora do impacto também não ajudaram. Dito isso, o novo artigo apresenta uma teoria convincente, no qual um domínio muito importante – a base da cadeia alimentar – caiu devido à falta de luz solar, desencadeando uma série dramática de eventos que levaram à extinção em massa.

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