quinta-feira, 5 de março de 2020

Gizmodo Brasil

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Deixar o celular numa mesa pode facilitar que ele seja hackeado

Posted: 04 Mar 2020 02:41 PM PST

Há uma lista crescente de maneiras pelas quais os dispositivos móveis podem ser hackeados, o que significa que precisamos estar cada vez mais vigilantes em relação à segurança. Mas agora mesmo algo tão inócuo quanto deixar o telefone em cima de uma mesa pode resultar em uma invasão. Pesquisadores acabaram de demonstrar que alguém pode obter acesso ao seu telefone invadindo seu assistente inteligente por meio de comandos de voz inaudíveis aos seres humanos.

SurfingAttack, como é chamado o ataque, foi desenvolvido por uma equipe de pesquisadores da Universidade Estadual de Michigan, da Academia Chinesa de Ciências, da Universidade de Nebraska-Lincoln e da Universidade de Washington em St. Louis, Missouri. A pesquisa em si é detalhada em um artigo publicado recentemente. Essencialmente, se você já ouviu seu telefone vibrar alto em uma mesa quando o alarme silencioso dispara, você já experimentou como esse ataque funciona.

É necessário um hardware especial, mas o ingrediente principal é um transdutor piezoelétrico de US$ 5, capaz de gerar vibrações que ficam fora do alcance da audição humana. Quando conectado a um gerador de sinal e, em seguida, fixado a um pedaço fino de vidro ou metal que pode ser escondido debaixo de uma toalha de mesa, o transdutor pode emitir vibrações ultrassônicas, fazendo com que o material vibre e gere sons que as pessoas não podem ouvir. Os sons não são apenas tons; eles também podem ser palavras e instruções que os microfones sensíveis em dispositivos móveis podem detectar facilmente, acionando o assistente inteligente de um dispositivo quando ele é configurado para responder a comandos de voz.

Talvez você esteja pensando: "E daí? Os hackers podem usar meu telefone para checar a previsão do tempo, quem se importa?

Mas, infelizmente, os assistentes inteligentes se tornaram tão integrados aos sistemas operacionais de dispositivos móveis que os hackers podem fazer algumas truques bastante irritantes, como fazer chamadas de longa distância que rapidamente acumulam cobranças indesejadas e roubar mensagens de texto, o que poderia potencialmente permitir que hackers acessassem códigos de verificação se o seu número de telefone for usado como parte de um processo de verificação de dois fatores.

O processo SurfingAttack também conta com um microfone oculto nas proximidades para ouvir as respostas do assistente inteligente de um dispositivo de destino ou mensagens de texto que podem ser lidas em voz alta usando opções de viva-voz projetadas para serem mais seguras para os motoristas. Depois de fazer contato com um assistente inteligente, comandos adicionais podem ser transmitidos para reduzir o volume do smartphone, para que seja silencioso demais para alguém em um escritório movimentado ouvir o dispositivo tendo uma conversa unidirecional, permitindo que o ataque aconteça de forma despercebida por alguns minutos – talvez até mais, se o proprietário do dispositivo estiver distraído.

Alguns materiais funcionam melhor do que outros na condução dos sinais ultrassônicos para um dispositivo, mas os pesquisadores usaram uma placa de alumínio para fazer o SurfingAttack funcionar a uma distância de 9 metros, permitindo que o outro equipamento necessário seja facilmente escondido. No entanto, eles encontraram várias maneiras de impedir o ataque, além de desativar o recurso de sempre ouvir do assistente inteligente e exigir que ele seja acionado manualmente.

Toalhas de mesa mais grossas abafam os sinais ultrassônicos a ponto de os comandos de voz não conseguirem ser entendidos por um dispositivo, assim como as capas mais robustas de smartphones projetadas para proteger contra quedas e absorver impactos. E pensar que todos os seus amigos riram de você por usar uma capinha de telefone feia.

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Ministério da Saúde confirma terceiro caso de coronavírus no Brasil

Posted: 04 Mar 2020 12:50 PM PST

O Ministério da Saúde confirmou nesta quarta-feira (4) o terceiro caso importado de coronavírus (COVID-19) no Brasil. Assim como os outros dois anteriores, esse novo caso também foi diagnosticado em São Paulo, sendo que outro possível também já está sendo investigado na capital paulista. O Instituto Adolfo Lutz vai realizar os exames de contraprova.

O paciente com caso confirmado é um homem de 46 anos que viajou à Europa (Espanha, Itália, Áustria e Alemanha) entre os dias 9 e 29 de fevereiro. Ele foi atendido no Hospital Albert Einstein, recebendo confirmação posteriormente pelo Adolfo Lutz.

Os três casos confirmados até agora são de pacientes que estiveram em viagens fora do Brasil. Como não existem evidências de circulação do vírus em território nacional, a situação no país permanece a mesma.

Segundo dados mais recentes do Ministério da Saúde, divulgados nesta quarta-feira (4), há 531 casos suspeitos de coronavírus no Brasil e 315 descartados.

Para que um caso seja considerado suspeito, o indivíduo deve apresentar sintomas e ter histórico de viagem a países com risco de transmissão ou contato com um caso suspeito.

Os dois pacientes com casos confirmados apresentam quadro estável e permanecem em quarentena domiciliar, conforme informado por Paulo Menezes, coordenador do comitê de operações emergenciais da Secretaria Estadual de Saúde na terça-feira (3).

Para conter a disseminação de fake news e promover informações qualificadas sobre o coronavírus e como se prevenir, o governo estadual de São Paulo lançou uma cartilha com orientações, que pode ser acessada aqui.

[G1]

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Esses papagaios inteligentes podem entender probabilidade

Posted: 04 Mar 2020 12:02 PM PST

Cientistas que estudam o kea, o papagaio alpino da Nova Zelândia, revelaram que esses pássaros travessos podem entender probabilidades, uma habilidade mental impressionante.

O par de pesquisadores submeteu seis pássaros a uma série de ensaios para ver como eles tomavam decisões diante de incertezas. Quando solicitados a escolher, os kea geralmente optavam por cenários em que eram mais propensos a ganhar uma recompensa. Este trabalho é mais uma evidência da inteligência geral de algumas aves, de acordo com o artigo publicado na Nature Communications.

"Kea é uma espécie de papagaio que existe apenas na ilha sul da Nova Zelândia. Eles também são o único papagaio do mundo a viver nas montanhas alpinas, um ambiente frio e com condições severas onde os recursos alimentares podem ser escassos", disse ao Gizmodo a pesquisadora brasileira Amalia Bastos, primeira autora do estudo da Universidade de Auckland. “Essa escassez de alimentos é provavelmente a razão pela qual eles são altamente curiosos – é essencial para a sobrevivência deles que eles possam avaliar prontamente novas fontes potenciais de alimentos”.

O primeiro experimento apresentou aos pássaros potes contendo diversos tokens pretos e laranja (uma ficha preta lhes daria uma recompensa; a laranja não lhes daria nada). Primeiro, o experimentador colocava uma mão em uma jarra com 100 fichas pretas e 20 fichas laranja e a outra mão em uma jarra com as quantidades reversas. Em 20 tentativas, três dos seis kea imediatamente mostraram uma preferência pela mão que entrou no pote com mais fichas pretas.

Em seguida, para testar se os animais estavam apenas pensando em quantidades ou se estavam considerando probabilidades reais, foi apresentado aos pássaros um frasco contendo 20 fichas pretas e 100 fichas laranja e outro com 20 fichas pretas e quatro fichas laranjas. Quatro kea imediatamente preferiram a mão que havia ido ao pote com melhores chances nas primeiras 20 tentativas.

Finalmente, os pássaros foram testados com um pote contendo 63 fichas laranjas e 57 fichas pretas contra outra com 63 fichas laranjas e três fichas pretas – todos os kea preferiram o pote com as melhores chances nas 20 primeiras tentativas.

Vou levar meu prêmio agora, obrigado. Foto: Amalia Bastos

Então, os pesquisadores tornaram as coisas um pouco mais difíceis. Eles mostraram aos kea dois frascos onde uma barreira havia sido colocada no meio deles. Cada jarra continha um número igual de fichas laranjas e pretas, mas em um pote, a região acima da barreira possuía muito mais fichas pretas que a outra. Cinco dos seis kea preferiram o frasco que lhes daria melhores chances de prêmio nos primeiros 20 testes, mostrando que eles poderiam integrar o conhecimento da barreira na compreensão da probabilidade.

Finalmente, os pesquisadores realizaram um terceiro experimento no qual dois amostradores humanos diferentes foram retratados como “tendenciosos” ou “imparciais”; os amostradores sempre davam tokens pretos aos pássaros, mas o amostrador tendencioso ia ao pote com mais tokens laranjas, enquanto o amostrador imparcial ia ao pote com mais símbolos pretos. Três dos seis kea escolheram o amostrador tendencioso com mais frequência. Como explicam os pesquisadores: “Se os kea entenderam que o amostrador tendencioso era de fato tendencioso para escolher um token de recompensa, enquanto o amostrador imparcial estava escolhendo apenas tokens de recompensa na mesma frequência que o amostrador tendencioso devido às populações das quais eles estavam amostrando, os kea deveriam escolher o amostrador tendencioso em teste. Isso porque, embora o amostrador imparcial agora provavelmente escolha um token de recompensa metade do tempo, o amostrador tendencioso deve continuar a escolher o token de recompensa em todas as tentativas".

Um ponto importante é que você deve saber que os pássaros foram nomeados Blofeld, Bruce, Loki, Neo, Plâncton e Taz. Taz passou em todos os testes. Boa, Taz!

Agora, isso não significa que os papagaios possam fazer cálculos complexos. Em vez disso, a equipe sentiu que os resultados experimentais demonstraram que os kea estavam fazendo escolhas com base em seus entendimentos de probabilidade, em vez de apenas com base em quantidades (como escolher o pote com os mais tokens pretos, independentemente do número de tokens laranja). Eles também demonstraram a capacidade dos kea de integrar uma barreira física em sua compreensão da probabilidade e de levar em conta os indícios sociais, como se um pesquisador era enviesado na recompensa ou não.

É empolgante o fato de os kea terem um desempenho tão bom quanto as tarefas estatísticas intuitivas, disse ao Gizmodo Irene Pepperberg, pesquisadora associada em psicologia da Universidade de Harvard, que estudou raciocínio probabilístico em papagaios. Mas ela argumentou que talvez algumas das alegações do artigo sobre as habilidades dos kea fossem fortes demais. Ela acha que os estudos não mostraram suficientemente que os pássaros entendiam como diferentes probabilidades poderiam afetar suas recompensas.

Mesmo assim, experimentos com papagaios continuam demonstrando que há mais coisas acontecendo no cérebro dos animais do que você imagina – e isso inclui pelo menos uma compreensão básica de probabilidades.

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Twitter testa Fleets, sua versão dos stories, no Brasil

Posted: 04 Mar 2020 10:40 AM PST

Interface do Twitter Fleet na página inicial

Não tem jeito: toda rede social vai ter uma barrinha no topo com avatares redondos onde você poderá consumir um conteúdo efêmero, que desaparecerá em 24 horas. Agora, é a vez do Twitter: batizados de Fleets, os ‘stories’ da rede estão sendo testados inicialmente no Brasil, para usuários do iOS e Android.

O Snapchat foi o precursor e Instagram, Facebook, Messenger e WhatsApp (todos do Facebook) adotaram recursos parecidos. A ideia dos Fleets é igual a todos os outros ‘stories’: compartilhar conteúdos que estarão disponíveis somente por 24 horas.

Em uma publicação no blog oficial do Twitter, Mo Aladham, gerente de produto, disse que “algumas pessoas dizem que sentem-se inseguras para Tweetar porque Tweets são públicos, permanentes e exibem contagens públicas de engajamento (curtidas e Retweets). Queremos tornar possível que você tenha conversas na plataforma de novas maneiras, com menos pressão e mais controle”.

Um aspecto interessante dos Fleets é que eles não poderão ser retuítados, curtidos, nem comentados publicamente. A única forma de interagir com o autor do post será via mensagem direta (DM). Isso, é claro, na concepção do Twitter – não deve demorar até que as pessoas compartilhem conteúdos por meio de prints, por exemplo.

O Brasil foi escolhido para os testes porque é “um dos países em que as pessoas mais conversam no Twitter”. A rede social diz que os Fleets são baseados primariamente em textos, mas também é possível incluir fotos, vídeos e GIFs.

Como acontece no Instagram, os conteúdos irão aparecer no topo do aplicativo para os seguidores, mas quem acessar qualquer perfil público poderá visualizar o que foi publicado. Ou seja, embora sejam conteúdos efêmeros, devem ter mais destaque do que os tuítes convencionais, que costumam se perder em questão de segundos num feed abarrotado e que segue um fluxo intenso.

O Twitter diz que os Fleets serão disponibilizados ao longo desta semana para os brasileiros, tanto no iOS quanto no Android.

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Facebook pode estar considerando mudar os rumos da sua criptomoeda Libra

Posted: 04 Mar 2020 10:25 AM PST

O projeto de criptomoeda Libra do Facebook vem avançando a todo vapor em direção a um iceberg do tamanho de um sistema regulatório financeiro global há um tempo. Mas a empresa pode estar tentando mudar de rumo após finalmente perceber que o iceberg irá ganhar.

Segundo uma reportagem de terça-feira (3) do Information, fontes dizem que a Libra Association, apoiada pelo Facebook, ainda lançará o produto central para todo o projeto: Libra, uma criptomoeda baseada em blockchain que seria administrada por um consórcio global de empresas financeiras e de comércio eletrônico. Mas agora também é esperado o lançamento de equivalentes digitais de outras moedas emitidas pelo governo, como o dólar americano e o euro, que funcionariam na rede de pagamentos Libra.

O Facebook, o principal parceiro do empreendimento, ainda lançará uma carteira digital (Calibra), na qual os usuários podem armazenar a Libra. Mas as fontes do Information disseram que o Facebook agora decidiu que a Calibra também funcionará com os equivalentes da moeda digital e que os “enfatizará” no lançamento da Libra.

Além disso, embora o Facebook pretenda integrar a Calibra ao WhatsApp e sua plataforma Messenger, a carteira digital também poderá ser bloqueada em alguns lugares para impedir que os usuários efetuem transações em outras moedas que não locais. Embora a Calibra estivesse programada para ser lançada em junho, as fontes do Information agora dizem que ela foi adiada para outubro.

O Facebook anunciou originalmente a Libra em junho de 2019, com planos de que seria apoiada por várias moedas internacionais e vários ativos (tornando-o uma “moeda estável”, supostamente à prova de flutuações violentas de outras criptomoedas como o Bitcoin). Todo o plano para a Libra foi baseado em utilizar os bilhões de usuários da rede social para rapidamente aumentar sua escala. Esse argumento foi criticado por reguladores financeiros de todo o planeta, que estão compreensivelmente preocupados com o fato de uma empresa conhecida por sua série interminável de erros estar tentando lançar um sistema financeiro sombrio fora de seu controle.

No mês passado, houve rumores de que a Libra Association estava planejando atrelar seu valor ao dólar americano, como uma forma de aliviar as preocupações dos reguladores dos EUA, que estão hesitantes em relação ao fato de o Facebook lançar uma moeda privada apoiada por reservas estrangeiras. Oferecer equivalentes digitais de uma moeda emitida pelo governo é uma concessão muito maior, observou o Information. Se as alternativas locais estiverem disponíveis, os usuários podem simplesmente optar por…não comprar a Libra.

Além disso, o ambiente regulatório que o projeto enfrenta não parou e provavelmente se tornou mais hostil ao longo do tempo, graças à pura audácia do plano. Em setembro de 2019, um funcionário do Banco Central Europeu acusou a Libra Association de ser “semelhante a um cartel”. Em outubro de 2019, um grupo de trabalho declarou que projetos como a Libra poderiam causar estragos em todo o planeta e que não deveriam continuar até preocupações sobre regulamentações (incluindo seu uso potencial para lavagem de dinheiro e terrorismo, garantias de privacidade, como seria tributado e quais serviços financeiros o Facebook pretende construir em torno dele) forem abordados.

O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, apareceu no Congresso em outubro de 2019, na tentativa de acalmar as coisas; ele foi interrogado principalmente sobre os escândalos enfrentados por sua empresa. De acordo com a Bloomberg, funcionários do Departamento do Tesouro continuaram questionando o Facebook e a associação sobre a possibilidade de lavagem de dinheiro, enquanto alguns envolvidos no projeto ficaram preocupados que a SEC (Securities and Exchange Commission) considere a Libra um título. Isso seria um pesadelo para a Libra, que passaria de uma rede de pagamentos para algo muito mais difícil.

Vários dos mais conceituados patrocinadores da Libra Association, como PayPal, eBay, Stripe, Visa e Mastercard, abandonaram o projeto. Ainda não está claro por que, ao contrário da maioria das redes de pagamento concorrentes, o Facebook e a associação decidiram optar por uma moeda baseada em blockchain. Como o Ars Technica observou, embora o Facebook tenha se afastado de sua visão da Libra como uma “rede totalmente aberta e descentralizada” na tentativa de satisfazer os reguladores, ele também introduziu novos obstáculos potenciais, como a necessidade de examinar os desenvolvedores de terceiros ou a conformidade com a lei local em centenas de países.

"A Associação Libra não alterou seu objetivo de construir uma rede global de pagamentos em conformidade com os regulamentos, e os princípios básicos de design que sustentam esse objetivo não foram alterados assim como o potencial para essa rede promover inovações futuras", disse um porta-voz da associação à Ars Technica.

Parece que tudo está indo bem e não há necessidade de entrar em pânico; a Libra só precisa que todos subam ao convés e coloquem um colete salva-vidas, apenas no caso improvável de tal complicação surgir.

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Apple fechará uma de suas lojas na Itália por determinação do governo sobre coronavírus

Posted: 04 Mar 2020 09:45 AM PST

O surto de COVID-19 já passa de 90 mil atingidos, sendo mais de 10 mil fora da China, onde o coronavírus foi identificado pela primeira vez, no final de dezembro. Um dos locais mais afetados é a Itália, onde o número de casos confirmados já passa de 2 mil, com 52 mortes ligadas à doença. A Apple fechará uma de suas lojas no país no próximo fim de semana, atendendo a uma determinação do governo.

A Apple Store do Oriocenter, na província de Bérgamo, região da Lombardia, ficará fechada nos dias 7 e 8 de março. Um decreto assinado pelo presidente do Conselho de Ministros da Itália, Giuseppe Conte, determinou que lojas médias e grandes das províncias de Bérgamo, Lodi, Piacenza e Cremona fechem no próximo fim de semana.

A ideia parece ser evitar grandes aglomerações de pessoas e saídas de casa sem necessidade como forma de conter a disseminação do vírus.

Segundo o MacRumors, medidas semelhantes foram tomadas em outras regiões do país. A determinação não é inédita: lojas da Apple em Milão e em Bréscia foram fechadas por determinação do governo no último fim de semana (29 de fevereiro e 1 de março).

O AppleInsider também informa que a Apple enviou um memorando a seus funcionários com novas políticas para viagens para a Itália e para a Coreia do Sul ou mesmo desses locais para outras partes do mundo. Itália e Coreia do Sul são dois dos países mais afetados pelo surto de COVID-19.

As medidas lembram muito as que tinham sido tomadas em relação a viagens para a China ou saindo do país. Funcionários só podem viajar com autorização do vice-presidente da empresa.

Em fevereiro, a Apple fechou suas lojas e escritórios na China. Os escritórios já estão abertos novamente, mas nem todos os pontos de varejo voltaram a funcionar.

Como poderia se esperar de um surto desta dimensão, outras empresas também estão sendo afetadas pelo coronavírus. A Samsung culpou a epidemia pelos fracos números de vendas do Galaxy S20 na Coreia do Sul, enquanto Facebook e Google cancelaram suas conferências de desenvolvedores para evitar um contágio maior. No Brasil, fábricas deram férias coletivas a seus funcionários por falta de peças e componentes vindos da China.

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Uber limitará tempo de motoristas no app por segurança no trânsito

Posted: 04 Mar 2020 08:02 AM PST

A Uber vem lançando uma série de novos recursos em seu aplicativo com foco na segurança de passageiros e motoristas. A atualização mais recente, anunciada nesta quarta-feira (4), é uma ferramenta para promover segurança no trânsito, limitando o tempo que o motorista pode realizar corridas durante um dia.

Em comunicado, a empresa informa que a novidade é a primeira iniciativa em preparação para a campanha Maio Amarelo, com o objetivo de promover a segurança no trânsito. Assim, a Uber vai estabelecer um tempo limite de 12 horas para o motorista conduzir durante um dia. Quando ele estiver se aproximando desse número, a plataforma envia uma notificação de alerta. Uma vez atingido o limite, só será possível utilizar o aplicativo novamente após seis horas.

A empresa afirma que a ferramenta foi desenvolvida em parceria com organizações de trânsito e que ela já está sendo implementada em outros países.

No ano passado, a Uber já havia lançado um recurso para orientar os passageiros e motoristas do aplicativo a sempre verificarem se há presença de ciclistas antes de abrir a porta do carro, com uma notificação reforçando a necessidade de atenção caso uma viagem terminasse próxima a uma ciclovia ou ciclofaixa.

Outra iniciativa com foco em segurança no trânsito foi uma parceria firmada com o Instituto Ver & Viver para o projeto "Como você vê o mundo". Por meio da campanha, a Uber incentiva os motoristas a realizarem exames de visão, oferecendo descontos em óculos fornecidos pelo Instituto.

Impedir que motoristas passem um número de horas excessivo na estrada realmente é uma forma de evitar acidentes de trânsito, além de preservar a saúde e bem-estar deles. No entanto, essa iniciativa ainda não aborda o motivo que leva os condutores a jornadas tão exaustivas. A decisão de limitar o uso do aplicativo a 12 horas por dia pode acabar prejudicando financeiramente os motoristas, ou simplesmente fazer com que eles recorram a outros aplicativos para driblar essa restrição.

Em vez de simplesmente lançar recursos para limitar o uso do app pelos motoristas, a Uber deveria se dedicar a solucionar de fato as questões relacionadas aos motoristas que têm gerado tanta polêmica para a empresa tanto no Brasil como fora.

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Alibaba diz que consegue diagnosticar coronavírus em segundos analisando tomografia do pulmão

Posted: 04 Mar 2020 07:46 AM PST

Médicos trabalhando em área isolada do Hospital da Cruz Vermelha em Wuhan

A gigante chinesa de tecnologia Alibaba, conhecida internacionalmente pelo seu varejo online, também investe bastante em inteligência artificial (IA). Um dos últimos esforços da companhia está relacionado com o novo coronavírus, o COVID-19. De acordo com reportagens da mídia chinesa, a empresa desenvolveu um sistema de IA capaz de diagnosticar casos da doença em apenas 20 segundos, com 96% de precisão, ao analisar imagens de tomografias de pacientes.

O algoritmo de diagnóstico foi desenvolvido pelo instituto de pesquisa do Alibaba, chamado Damo Academy. Os pesquisadores afirmam que treinaram um modelo de inteligência artificial com dados de amostra de mais de 5 mil casos confirmados do coronavírus e que seu sistema é capaz de diferenciar pacientes infectados a nova doença e aqueles que possuem pneumonia viral comum com precisão de 96%.

O algoritmo possui as diretrizes de tratamento e dados de pesquisa mais recentes, segundo seus criadores. Enquanto o sistema faz a análise em cerca de 20 segundos, um médico especialista demora entre 5 e 15 minutos para analisar tomografias computadorizadas de pacientes, às vezes mais mais de 300 imagens.

De acordo com o Nikkei Asian Review, a Comissão Nacional de Saúde da China ampliou os critérios de diagnóstico para o coronavírus, adicionando imagens de tomografia computadorizada para diagnosticar novas infecções em pacientes que apresentem os sintomas. Antes, era preciso realizar os testes convencionais. Esse critério agiliza o início do tratamento.

A inteligência artificial do Alibaba já está sendo utilizado no Hospital Qiboshan, em Zhengzhou, na província de Henan. O Alibaba diz que sua tecnologia deve ser adotada em mais de 100 hospitais nas províncias de Hubei, epicentro do surto, Guangdong e Anhui.

A companhia também lançou um serviço de saúde pública que oferece informações relacionadas ao COVID-19 por meio de um aplicativo.

O Next Web aponta que a organização de saúde Ping An também desenvolveu um sistema de análise de imagens similar ao do Alibaba.

O uso de inteligência artificial na saúde é um dos mais promissores, mas não deixa de levantar questões e preocupações. Sistemas automatizados de diagnóstico nem sempre se provam mais eficazes que a leitura humana e às vezes enviesam a leitura de médicos, que podem descartar casos em que a máquina diz não haver doença.

O desenvolvimento tão rápido de uma leitura via inteligência artificial para uma doença que ainda não é completamente compreendida pelos cientistas também é um alerta importante. É imprescindível que as leituras sejam acompanhadas pela avaliação de especialistas.

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Apple parece querer abraçar tecnologia mini-LED em seus dispositivos

Posted: 04 Mar 2020 05:43 AM PST

Apple MacBook Pro

Embora o novo coronavírus tenha afetado as projeções de lucro da Apple e forçado a companhia a fechar temporariamente suas lojas na China, os planos para os novos lançamentos parecem não ter sido afetados. De acordo com uma reportagem do MacRumors, a empresa da maça pretende lançar seis novos produtos com telas mini-LED nos próximos dois anos.

A informação é do respeitado analista Ming-Chi Kuo, que diz que a pesquisa e desenvolvimento de painéis mini-LED não foram afetadas pelo COVID-19, nome oficial do coronavírus. Segundo o analista, a comercialização da tecnologia está adiantada em relação à programação inicial.

Há algo mais surpreendente do que a tecnologia estar adiantada: Kuo afirma que a Apple planeja lançar dois desses seis dispositivos com mini-LED antes do final desse ano: um iMac Pro de 27 polegadas e um iPad Mini de 7,9 polegadas.

O analista não deu detalhes específicos de datas para o lançamento desse novo iPad Mini, mas mencionou que espera que o novo iMac Pro comece a ser vendido em algum momento do quarto trimestre de 2020. Colocar uma tela mini-LED em um iMac Pro faz bastante sentido, já que a tecnologia geralmente possui melhores níveis de contraste e cores mais brilhantes do que as telas LCD tradicionais. Isso seria perfeito para editores de vídeo e outros criadores de conteúdo, que tendem ser o público fiel desses computadores.

Passando para 2021, Kuo espera que a Apple lance mais quatro dispositivos com telas mini-LED, incluindo um iPad de 10,2 polegadas, um iPad Pro de 12,9 polegadas, um MacBook Pro de 14,1 polegadas e um MacBook Pro de 14,1 polegadas.

Desses dispositivos, o destaque é o MacBook Pro de 14,1 polegadas, que poderia representar uma direção ligeiramente diferente para a linha de notebooks da Apple, graças a sua tela maior – mas que deve entrar num corpo de tamanho similar do atual MacBook Pro de 13 polegadas. Na prática, o dispositivo deve ter menos bordas.

Dito isso, a Apple passar a utilizar telas mini-LED seria uma decisão curiosa, já que essa tecnologia geralmente é pensada como um passo de transição entre as telas atuais LCD e a tecnologia micro-LED.

A grande vantagem do mini-LED é que, devido ao seu tamanho menor, é muito mais fácil projetar uma tela com mais zonas locais de dimming (pontos escuros), permitindo que o painel tenha mais contraste e níveis de preto. No entanto, as telas mini-LED normalmente se valem de algum tipo de retroiluminação, o que significa que não há os “pretos reais” de OLEDs e micro-LEDs.

Dito isso, os rendimentos atuais de telas micro-LED são bem ruins nesse momento, o que significa que elas são bastante caras de se fabricar e vender. Ao escolher o mini-LED, a Apple pode ter uma vantagem, enquanto a Samsung e outras fabricantes despejam dinheiro no desenvolvimento e refinamento da tecnologia de micro-LED.

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Equipe de estudantes captura imagem de explosão de buraco negro ‘acidentalmente’

Posted: 04 Mar 2020 04:38 AM PST

Explosão de raios-x do buraco negro MAXI J0637-043

A sonda espacial OSIRIS-REx foi lançada em 8 de setembro de 2016 para estudar o asteroide Bennu. Mas no final do ano passado, um de seus experimentos detectou algo surpreendente: um clarão de um buraco negro.

A OSIRIS-REx foi lançada com um conjunto de instrumentos, incluindo o Espectrômetro de Imagem de Raios-X Regolito, ou REXIS, na sigla em inglês. O instrumento, feito por estudantes e pesquisadores do MIT e de Harvard, tem como objetivo medir os raios-x que Bennu emite depois que o Sol o irradia.

Porém, ele também pode detectar outros fenômenos de raios-x, como uma explosão do MAXI J0637-043, um buraco negro a 30.000 anos-luz de distância. A descoberta está detalhada num comunicado de imprensa do Centro de Voo Espacial Goddard da NASA.

Os responsáveis pela missão OSIRIS-REx escolheram Bennu como alvo porque o asteroide é feito de material de carbono praticamente inalterado desde os primórdios do sistema solar (sem contar que ele não está muito longe da Terra).

Além de trazer uma amostra do asteroide para a Terra, a espaçonave tem uma série de equipamentos científicos para estudar o objeto, incluindo câmeras, instrumentos de varredura e espectrômetros de medição de composição, como o REXIS. O principal objetivo do experimento REXIS é treinar os alunos a construir, operar e gerenciar o equipamento de vôo espacial.

Dois telescópios na órbita da Terra também captaram a explosão, mas a observação pelo REXIS é a primeira feita desse tipo a partir do espaço profundo.

Embora os cientistas tenham apontado o instrumento do tamanho de uma bola de futebol americano para Bennu, outras fontes de raios-x brilham e aparecem nas imagens, especialmente porque não há atmosfera para absorver os raios-x como há na Terra.

Os cientistas usam diferentes comprimentos de onda de luz para explorar a variedade de objetos no universo. Os telescópios de raios-x são populares por observarem fontes de alta energia como supernovas, buracos negros e outros objetos quentes.

Bennu não emite raios-x diretamente; ele absorve raios-x do Sol e os irradia novamente em um comprimento de onda ligeiramente diferente, um fenômeno chamado fluorescência. Os cientistas podem usar esta informação juntamente com outros comprimentos de onda emitidos para ajudar a caracterizar os tipos de elementos que o Bennu contém.

“Detectar essa explosão de raios-x é um momento de orgulho para a equipe do REXIS. Significa que nosso instrumento está funcionando como esperado e ao nível exigido dos instrumentos científicos da NASA”, disse Madeline Lambert, uma estudante graduada do MIT, no comunicado da NASA.

Parabéns a essa equipe de estudantes por sua descoberta inesperada!

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Quão mortal é a COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus?

Posted: 04 Mar 2020 03:40 AM PST

Com mais de 90 mil casos do novo coronavírus confirmados em todo o mundo e mais de 3 mil mortes relatadas — sete delas nos EUA –, os cientistas estão se concentrando em quão mortal é o vírus e quem está sob maior risco. As pesquisas mais recentes sugerem que a taxa de mortalidade está entre 1,4% e 2,3%, mas o verdadeiro impacto do vírus é realmente mais complicado — e provavelmente menos grave.

O surto de COVID-19 ainda está em seus estágios iniciais, depois de ter surgido na China em algum momento no final de 2019 e se espalhado para dezenas de países no início de 2020. Ainda não sabemos muito sobre esse vírus, chamado SARS-CoV-2, mas está começando a surgir uma imagem mais clara de como ele se espalha e de quem corre maior risco de contrair e morrer com essa doença.

Como o coronavírus mata?

Antes de começarmos as pesquisas mais recentes, no entanto, é importante entender como uma infecção por SARS-CoV-2 realmente leva à morte.

Este novo coronavírus é semelhante ao que causa a SARS (sigla em inglês para “síndrome respiratória aguda grave”), sendo inclusive informalmente chamado de SARS-2. A doença, associada a febre e tosse, também foi chamada de NCIP, que significa “nova pneumonia por infecção de coronavírus (2019-nCoV)”. Como ambos os títulos sugerem, a doença afeta os pulmões e nossa capacidade de respirar.

Em casos graves, a pneumonia resultante pode desencadear uma condição perigosa conhecida como síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), que faz com que os pulmões se encham de líquido e se tornem rígidos.

Isso dificulta a respiração, tornando-a às vezes impossível e exigindo que alguns pacientes sejam conectados a ventiladores mecânicos. Consequentemente, a morte por COVID-19 é tipicamente por causa de grandes danos nos pulmões e insuficiência respiratória progressiva, de acordo com pesquisas recentes publicadas na Lancet.

Qual a mortalidade da doença do coronavírus?

Então é assim que a COVID-19 mata, mas quão mortal ela é no geral?

Um estudo publicado no New England Journal of Medicine (NEJM) em 28 de fevereiro de 2020 apresentou uma taxa de mortalidade geral de 1,4%. Esses números, compilados pelo Grupo de Tratamento Médico da China para COVID-19 e muitas outras instituições chinesas, foram baseados em 1.099 pacientes que foram admitidos em 552 hospitais em toda a China até 29 de janeiro de 2020.

A idade mediana desses pacientes era de 47 anos, e a maioria deles — 58,1% — era do sexo masculino. Dos 5% dos pacientes que foram admitidos em unidades de terapia intensiva, 2,3% tiveram que passar por ventilação mecânica invasiva, que, na maioria das vezes, não conseguiu salvar suas vidas.

Em um artigo relacionado publicado no New England Journal of Medicine, Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA, juntamente com seus coautores, escreveu que o surto de COVID-19 apresenta "desafios críticos para a saúde pública e para as comunidades médicas e acadêmicas”, mas que a taxa real de mortes pela doença é provavelmente menor do que a relatada pelos pesquisadores chineses. A razão, dizem eles, é que muitos casos são leves e, portanto, não estão sendo relatados.

“Se alguém presumir que o número de casos assintomáticos ou minimamente sintomáticos é várias vezes maior que o número de casos relatados, a taxa de mortalidade de casos pode ser consideravelmente inferior a 1%”, escreveram Fauci e seus colegas.

Presumindo que isso esteja correto, isso significa que as consequências para a saúde do COVID-19 são mais semelhantes à gripe sazonal grave, que está associada a uma taxa de mortalidade de 0,1%, ou aos surtos de pandemia de influenza de 1957 e 1968, de acordo com Fauci et al.

Esses números são misericordiosamente muito mais baixos do que as taxas de mortalidade de dois outros notórios coronavírus, como o da SARS (taxa de mortalidade entre 9% e 10%) e o da MERS (taxa de mortalidade de 36%), de acordo com uma pesquisa publicada na Nature Reviews Microbiology em 2016.

Essas são estimativas preliminares e ainda há muito a ser aprendido sobre o SARS-CoV-2 e como ele funciona. Dados recentes divulgados pelo Centro de Controle de Doenças da China em Pequim apresentaram uma taxa de mortalidade para o COVID-19 em 2,3%. Provavelmente, ela é muito alta, pelos motivos mencionados anteriormente, mas é alarmante. Essa taxa foi baseada em 44.672 casos relatados em 11 de fevereiro de 2020.

Quem corre mais riscos de morrer de coronavírus?

Alegar que as pessoas têm uma chance de X por cento de morrer de uma doença é uma afirmação bastante precipitada e não totalmente informativa, pois essa taxa se aplica à população total infectada e não a um indivíduo em específico.

Dito isso, as estatísticas do órgão de prevenção de doenças da China estão fornecendo uma visão mais detalhada da condição e de quem está em maior risco.

Os homens parecem estar mais em risco de contrair e morrer de COVID-19. As estatísticas do órgão chinês mostram que 2,8% dos homens morreram com a doença, em comparação com 1,7% das mulheres. Não está claro imediatamente por que isso acontece, mas muitos fatores sociológicos e culturais podem explicar por que os homens podem ser mais propensos a contrair a doença — talvez mais homens na China viajem a trabalho, por exemplo.

Dito isto, o fator de risco mais significativo para morrer de COVID-19 é a idade. Segundo o Centro de Controle de Doenças da China,

  • pessoas acima de 80 anos têm 14,8% de chance de morrer da doença;
  • pessoas na faixa dos 70 anos, 8%;
  • pessoas na faixa dos 60 anos, 3,6%;
  • e pessoas na faixa dos 50 anos, 1,3%.

Uma vez abaixo dessa faixa etária, o risco de morrer cai para 0,2 a 0,4%. Novamente, esses números podem estar superestimados devido ao fato de que muitos casos leves provavelmente não foram relatados.

Além da idade, condições médicas preexistentes também contribuem muito para a morte pela doença. De acordo com o CDC da China, pacientes com COVID-19 que também tinham:

  • doença cardiovascular tiveram 10,5% de chance de morte;
  • diabetes, 7,3%;
  • doença respiratória crônica, 6,3%;
  • hipertensão, 6%;
  • e qualquer forma de câncer, 5,6%.

Claramente, a idade avançada e qualquer uma dessas condições formam uma combinação perigosa.

Outra pesquisa publicada no NEJM na semana passada descreve a “dinâmica de transmissão precoce” da doença. Este estudo foi feito por Qun Li, do China CDC, e outros autores.

O trabalho analisou os primeiros 425 casos relatados em Wuhan, China, o epicentro da epidemia. Esta pesquisa incluiu casos de dezembro a 22 de janeiro de 2020. Os números fornecidos neste documento são importantes, mas, novamente, precisam ser tratados com cautela, pois esses dados foram coletados durante os estágios iniciais do surto.

Com uma idade mediana de 59 anos, os pacientes eram um pouco mais velhos do que os relatados em outros lugares. Desses pacientes, 56% eram do sexo masculino.

Não houve relatos de crianças menores de 15 anos com a doença. O motivo é que “as crianças podem ter menos chances de se infectar ou, se infectadas, podem apresentar sintomas mais leves, e qualquer uma dessas situações seria responsável pela sub-representação na contagem confirmada de casos”, segundo os autores.

Se esse for realmente o caso, isso significa que os cientistas não possuem uma imagem completa do surto atual, pelo menos de acordo com esta amostra limitada.

O período de incubação da doença é de cerca de cinco dias, mas pode ser de até 12 dias em alguns casos, de acordo com o estudo de Li. É importante ressaltar que essa evidência sustenta o período de quarentena de 14 dias para indivíduos expostos.

Os pacientes que tiveram que ser internados no hospital tendem a ter entre 9 e 12 dias de doença. Esse atraso no aparecimento de sintomas graves pode fornecer pistas importantes sobre o vírus e como ele funciona, além de “fornecer uma janela única de oportunidade para intervenção”, escreveram Fauci e seus colegas em seu artigo relacionado.

Fauci e seus colegas disseram que “deveríamos estar preparados” para que o COVID-19 “ganhasse terreno em todo o mundo, inclusive nos Estados Unidos”. Lamentavelmente, eles dizem que talvez não tenhamos escolha a não ser sair do modo de contenção e adotar estratégias de mitigação.

Essas estratégias podem envolver "distanciamento social", conforme formulado por Fauci et al, que envolveria o isolamento de pessoas doentes (por exemplo, ficar em casa), fechar escolas, cancelar eventos como seminários e conferências e trabalhar de casa, entre outras medidas.

Dependendo de onde você ou seus entes queridos estejam no espectro demográfico, os números apresentados nos trabalhos de pesquisa até agora são alarmantes ou dão alguma tranquilidade. Ao mesmo tempo, provavelmente não devemos comparar o COVID-19 a outros surtos, como a gripe. Esta doença e o surto que se seguiu é um problema totalmente novo. Está claro pelos dados que agora estamos em território desconhecido.

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